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Dr. Fernando Eduardo Zikan (RJ)
Fisioterapeuta; Prof. Associado, Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Coordenador Ensino Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato Ortopédica – ABRAFITO; Comissão de Educação e Pesquisa – CREFITO-2.
O avanço do ensino em Fisioterapia alcançou, nos últimos anos, uma grande marca e com universos muito díspares, o que requer responsabilidade nas ações futuras. Como levar os avanços científicos para a prática clínica? Como garantir melhor atendimento ao usuário, pautado nas melhores diretrizes clínicas, fundamentadas pela ciência disponível até o momento?
Passamos por momentos onde o ensino era pautado em técnicas; mesmo não sendo mais técnicos. Muitas técnicas foram desenvolvidas e alcançaram notoriedade na Fisioterapia e para o público em geral. Algumas sobreviveram ao tempo e muitas resistem fora no campo das evidências científicas.
Novos momentos trazem um ensino pautado nas evidências, nas análises científicas cada vez mais amplas e frequentes em nossa área. O discurso empírico dá lugar ao argumento científico; embora ainda não difundido corretamente por esse país continente.
As Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Fisioterapia fundamentam a garantia de temas relevantes no cenário atual, com currículos interdisciplinares e ementas integradas no tripé ensino-pesquisa-extensão, sendo uma forma de garantirmos a eficácia do bom ensino. Mas, isto não basta.
O ensino, de mãos dadas com os avanços científicos e as tecnologias cada vez mais presentes nos espaços domiciliares, fez com que esse “lugar de ensino” se modificasse. O espaço físico passa ser uma variável não dependente; podemos ensinar e aprender em outros locais.
A entrada do Ensino a Distância (EaD), a duras penas e com muita resistência, foi posta em cheque em 2020, onde grande parte das Instituições de Ensino tiveram que adaptar seu modo de funcionar para uma realidade remota.
A situação de pandemia por COVID-19 foi determinada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Educação (MEC) brasileiro se posicionou, diante da necessidade do isolamento social, autorizando, em caráter excepcional, a substituição das disciplinas presenciais, em andamento, por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação; vedando num primeiro momento a aplicação da substituição de práticas profissionais de estágio e de laboratório (Portarias MEC 343 e 345/2020).
Num passo seguinte dessa dança, onde seus bailarinos ainda trôpegos e fora de ritmo tentavam se entender, a Portaria 544, 16 de junho de 2020, revoga as anteriores mantendo “a substituição das disciplinas presenciais, por atividades letivas que utilizem recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação”, mas altera o bailado para “…no que se refere às práticas profissionais de estágios ou às práticas que exijam laboratórios especializados, a aplicação da substituição… deve obedecer às Diretrizes Nacionais Curriculares… e deve constar de planos de trabalhos específicos, aprovados, no âmbito institucional, pelos colegiados de cursos e apensados ao projeto pedagógico do curso”.
Cada IES se mostra livre então para realizar seu ensino, aprovando em seu próprio âmbito, como será feito este bailado.
Neste cenário, o papel docente é eixo fundamental para o melhor ensino de Fisioterapia no país. Um docente bem formado, informado, capacitado, atualizado e ativo na sua área de saber, pode garantir uma formação de qualidade?
Formaremos, informaremos e ensinaremos a uma nova geração de profissionais com a qualidade que desejamos?
O futuro dirá se dançamos…
WEBCOBRAF
No período de Outubro/2020 a Fevereiro/2021, sob a organização do XXIII COBRAF, do 1st International Seminar on Innovative Learning and Healthcare Approaches in Physical Therapy, do 1° Encontro de Fisioterapia nos Distúrbios do Sono e dos eventos parceiros – 5º COBRAFISM, I COBRASFE e COBRASFIPICS, acontecerá o WEBCOBRAF, que consiste em uma série de webinars, que ocorrerão de quinze em quinze dias com diversos temas. Poderão participar do WEBCOBRAF sem custo adicional, todos os que estiverem inscritos no XXIII COBRAF até 5 dias antes de cada webnair. Não perca essa oportunidade! Garanta já a sua participação.
17 DE OUTUBRO
WEBCOBRAF – WEBINAR DE FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO EM FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM PARALISIA CEREBRAL COM BASE NA CIF
PALESTRANTES: PartiCipa Brasil & CanChild
17/10/2020 09h30min – 12h00min
Abertura – 5 min de duração
Palestras – 2 horas de duração
Peter Rosenbaum (CanChild, Canadá): F-words para o desenvolvimento da infância e a CIF
Kennea Ayupe (UnB, Brasil): Introdução à avaliação da criança e do adolescente no contexto da CIF
Paula Chagas (UFJF, Brasil): Avaliação dos fatores contextuais de acordo com core-sets da CIF
Robert Palisano (CanChild, USA)/ Hércules Leite (UFMG, Brasil)/ Ana Cristina Camargos (UFMG, Brasil): Avaliação do domínio da Atividade: GMFM, Challenge, Teste de Caminhada de 10 metros e PEDI-CAT
Ana Carolina de Campos (UFSCar, Brasil)/ Egmar Longo (UFRN-FACISA, Brasil): Avaliação do domínio de Participação: PEM-CY e YC-PEM
Aline Toledo (UnB, Brasil)/ Rafaela Moreira (UFSC, Brasil) /Rosane Morais (UFVJM, Brasil): Avaliação do domínio de Função Corporal: EASE, SRT, Teste de Caminhada de 6 minutos, FSA e Mini-mental
Discussão – 20 min de duração
Encerramento – 5 min de duração