WOMEN USING PSYCHOACTIVE SUBSTANCES: PSYCHOSOCIAL REINSERTION AND PSYCHOLOGIST’S PERFORMANCE
MUJERES QUE UTILIZAN SUSTANCIAS PSICOACTIVAS: REINSERCIÓN PSICOSOCIAL Y DESEMPEÑO DEL PSICÓLOGO
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410221547
David Silva Vieira
Nicolli Hidaly A. Basile
Francielle Rosa da Silva
Beatriz Tatibano Tavares
Emily A. M. Carvalho
RESUMO
Este estudo teve como objetivo refletir a importância do psicólogo no processo de reabilitação de mulheres usuárias de substâncias psicoativas, através de uma revisão bibliográfica de artigos pautada no modelo hermenêutico. Os resultados endossam a ideia da invisibilidade feminina, a relutância na procura por tratamento adequado, e a praxis. Concluímos que a mulher sofre preconceitos apenas por ser mulher, também é visto que estamos em um momento crucial para a reformulação da identidade feminina, isto é, a mulher está tecendo sua posição nas relações de poder, de maneira a protagonizar suas possibilidades de devir. O psicólogo é importante na (re)construção da identidade feminina, atuando de maneira preventiva e na promoção de saúde, valorizando a singularidade de cada uma.
Palavras-chave: Drogas; Feminismo; Mulheres; CAPSad; Psicologia; Reabilitação; Equipe Multidisciplinar.
ABSTRACT
This study aimed to reflect the importance of the psychologist in the rehabilitation process of women who use psychoactive substances, through a bibliographic review of articles based on the hermeneutic model. The results endorse the idea of female invisibility, the reluctance to seek appropriate treatment, and praxis. We conclude that women suffer prejudices just because they are women, it is also seen that we are at a crucial moment for the reformulation of female identity, that is, women are weaving their position in power relations, in order to protagonize their possibilities of becoming. The psychologist is important in the construction of female identity, acting in a preventive manner and in promoting health, valuing the uniqueness of each one.
Keywords: Drugs; Feminism; Woman; CAPSad; Psychology; Rehabilitation; Multidisciplinary team
RESUMEN
El estudio demuestra la importancia del psicólogo en el proceso de rehabilitación de las mujeres que hacen uso de psicoactivos, mediante revisión bibliográfica de los artículos embasados en un modelo hermenéutico. Los resultados demouestran invisibilidad femenina, la reluctancia al buscar el tratamiento adecuado y la praxis. Concluimos que las mujeres sufren prejuicios porque son mujeres, y también vemos que estamos en un momento crucial para la reformulación de la identidad femenina, es decir, las mujeres tienden a su posición en las relaciones de poder, a fin de liderar sus posibilidades de cambiar. El psicólogo es importante para reconstruir la identidad femenina, actuando en la prevencion y promocion de la salud, valorando la singularidad de cada mujer.
Palabras clave: Drogas; Feminismo; Mujer; CAPSad; Psicología; Rehabilitación; Equipo multidisciplinario
INTRODUÇÃO
Há duas possíveis definições para o abuso: O Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5, 2013) diagnostica a dependência e o abuso juntos para facilitar e unificar o diagnóstico, porquanto a OMS define como abuso a utilização de psicoativos por duas (2) vezes ou mais em um período de doze (12) meses que causem prejuízos ao trabalho, à escola, a relacionamentos ou danos relacionais.
Segundo Rosa (2010), há visões que destoam disto, e ou, problematizam essa visão biológica sobre o problema, pois as definições anteriormente citadas colocam sob a medicina o poder de assegurar a normatização da sociedade, e esta, coloca imperativos sob os corpos destes sujeitos, para que eles se adequem ao considerado saudável.
Mesmo a definição OMS, que leva em conta os danos relacionais e em atividades cotidianas, além do rompimento de vínculo, esta ainda não consegue escapar do estigma social e marginalização imposta pela sociedade e pelo círculo social próximo por conta da utilização de drogas ilícitas, isto é, o afastamento de pessoas próximas e ou diminuição de possibilidades enquanto sujeito, não por conta do uso abusivo, mas sim gerada pelo preconceito acerca do uso de drogas.
Existe, porém, a problemática relativa ao diagnóstico, que deposita no médico o poder de rotular ou não como uso abusivo, e podendo gerar um número sem identificação de usuários rotulados como abusivos, mesmo que não o sejam. De acordo com Silva (2010), essa discussão, vai para além da discussão médica e biológica, pois perpassam por aspectos culturais. Então, o poder de rotular ou não alguém como dependente, parte de um poder biopolítico, que estipula um poder sobre corpos e subjetividade do sujeito, rebaixando assim, sua autonomia.
HISTORICO DO USO DAS DROGAS NA SOCIEDADE
Ao longo da história humana, o homem sempre se valeu de substâncias para alterar sua percepção e seu humor. Pode-se dizer, então, que a história da dependência de drogas se confunde com a própria história da humanidade (CARRANZA; PEDRÃO, 2005), ou seja, tanto dentro de outras culturas e também religiões. Isso porque, o homem sempre buscou, através dos tempos, maneiras de aumentar o seu prazer e diminuir o seu sofrimento (MARTINS; CORRÊA, 2004).
No Brasil, cerca de 68% da população faz uso de álcool e outras drogas. Contudo, seu uso irregular e com frequência é considerado um problema de saúde pública. A estratégia de redução de danos foi progressivamente incorporada à legislação brasileira sobre drogas. Nesse sentido, com a aprovação da Lei Federal nº 10.216/2001 conhecida como a Lei de Reforma Psiquiátrica (BRASIL, 2001a), a partir de então, os usuários de drogas foram efetivamente aceitos como de responsabilidade da saúde pública, mais especificamente, da saúde mental.
Com a vigência dessa lei, as políticas sobre drogas passaram a priorizar a rede de cuidados extra hospitalares, como os Centros de Atenção Psicossocial álcool e drogas – CAPSad –, além de ressaltar os direitos à saúde e à proteção do usuário e do dependente de álcool e de outras drogas.
ESTATÍSTICAS SOBRE ABUSO DE DROGAS
Segundo o The United Nations Office on Drugs and Crime (2011) estima-se que o álcool sozinho mata cerca de 3,2% de pessoas no mundo todo.
Em pesquisa realizada em 2002, pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, constatou-se que a cola de sapateiro é a terceira droga mais consumida em nosso país, depois do tabaco e do álcool.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística cresceu o uso de drogas ilícitas por adolescentes de 2009 para 2012, e o maior número foi entre meninas. Uma pesquisa feita pelo IBGE em 2012, trouxe dados sobre esse aumento, a pesquisa mostra que nas capitais, em 2009, 6,9% das meninas disseram ter usado alguma droga, índice que subiu para 9,2% em 2012. O consumo entre os meninos ficou praticamente estável, oscilando de 10,6% para 10,7%. Em 2012 a pesquisa foi feita no país inteiro e o resultado foi de 7,3% de adolescentes com alguma experiência de uso de drogas. No caso de drogas lícitas, sete em cada dez adolescentes já experimentaram alguma bebida alcoólica (NUNES; NEDER, 2013).
MULHERES: CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO DE DROGAS
Historicamente, a mulher atrai uma gama de pressupostos já impostos na sociedade, favorecendo julgamentos e questionamentos sobre os padrões de comportamento socialmente aceitáveis de acordo com as normas estabelecidas pela cultura. Por muito tempo, problemas relacionados ao consumo de álcool e outras drogas eram mais comuns em homens, contudo, as mudanças no papel social da mulher e seu empoderamento, ocasionou uma diminuição considerável dessa diferença.
O ideal de mulher, imposto pela sociedade, não têm uma imagem de usuárias de drogas e de participantes do narcotráfico, o que contribui para a invisibilidade das mesmas no contexto das drogas e para maior vulnerabilidade na esfera social e da saúde dessas mulheres. Fisiologicamente diferenciadas, as substâncias psicoativas tornam as mulheres mais sensíveis aos seus efeitos, fator que também contribui para a vulnerabilidade.
Estudos epidemiológicos comprovam que existe um crescimento no consumo de drogas ilícitas pela população feminina. Alguns desses estudos atribuem esse aumento no consumo ao fato da desigualdade de gênero e a submissão das mulheres aos homens, não descartando a ideia de uma iniciativa própria das mulheres para o consumo e tráfico de drogas (SOUZA, OLIVEIRA E NASCIMENTO, 2014).
Uma das consequências do abuso de drogas é a dependência, podendo ser psicológica ou química e física. A dependência psicológica baseia-se no desejo do indivíduo em continuar usando a droga para induzir o prazer ou aliviar a tensão, até mesmo evitar desconforto, produzindo dependência psicológica as drogas mais comuns são as que alteram o humor e sensações que afetam o sistema nervoso central, que causam alegria, ou mudanças agradáveis, alteram percepção sensorial.
Alguns estudos científicos apontam que há diferenças fisiológicas e metabólicas entre os sexos determinando uma maior sensibilidade das mulheres aos efeitos do álcool e, aos danos a ela relacionados. As mulheres iniciam de forma mais tardia o consumo de bebidas alcoólicas em relação aos homens, contudo, elas apresentam mais precocemente as patologias relacionadas a este consumo.
Os efeitos da bebida são mais devastadores para o sexo feminino do que para o masculino. As doenças decorrentes do alcoolismo matam proporcionalmente duas vezes mais as mulheres do que os homens alcoólatras. Entre elas, os estragos à saúde provocados pelo vício da bebida costumam aparecer dez anos antes do que entre eles. As consequências à saúde das mulheres que abusam de bebidas alcoólicas, apontadas nas reportagens, são os distúrbios cardiovasculares e neurológicos, as doenças hepáticas, o câncer, a osteoporose e os transtornos psiquiátricos (SOUZA, OLIVEIRA E NASCIMENTO, 2014).
Enquanto as causas e consequências do alcoolismo feminino estão mais frequentemente associadas a questões psicológicas, portanto intrínsecas às mulheres, para os homens referemse a assuntos de ordem social.
Há hipóteses que drogas como a cocaína, a maconha, os tranquilizantes e estimulantes tenham efeitos mais prejudiciais em mulheres. No entanto, a maioria das pesquisas realizadas para estabelecer evidências clínicas se concentra no grupo de homens (MARANGONI & OLIVEIRA, 2013.)
O consumo de drogas pela população feminina é uma realidade ainda pouco discutida na literatura nacional, embora esse consumo está cada vez mais abrangente no cenário atual da sociedade, juntamente com o crescimento do número de mulheres reclusas em regime prisional, sendo um dos principais motivos, o narcotráfico (SOUZA et al., 2014).
O uso do álcool traz consequências como complicações em doenças que as mulheres já tenham e podendo causar novas como por exemplo: distúrbios cardiovasculares e neurológicos, as doenças hepáticas, o câncer. Além de grande aumento na tendência de comportamentos violentos e agressivos e seu uso está bastante relacionado com suicídios, tendo de 60 a 120 vezes mais probabilidade de atentarem contra a própria vida. Causa de suicídio entre as mulheres: intoxicação. Enforcamento e quedas. (MENDES, MARIA CECÍLIA, 2012).
Com alta predominância de transtornos mentais em tentativas de suicídios em mulheres, são: episódios depressivos, abuso e dependências de psicoativas, transtornos de estresse póstraumático, esquizofrenia e transtornos psicóticos agudos.
Apresentando particularidades no uso de cocaína em mulheres, temos a prostituição e comportamentos de riscos como contexto de vulnerabilidade. Em casos com mulheres grávidas e usuárias de cocaína, podem apresentar uma maior probabilidade de aborto, o feto poderá apresentar deformações causadas pelo uso da cocaína, já que facilmente passa pelo sangue materno para o feto. Crianças que são geradas por mulheres usuárias de cocaína, apresentam padrões de sonos anormais e má coordenação, pode vir a apresentar um retardo no desenvolvimento (falar, andar e engatinhar), podendo nascer prematuros e com sífilis congênitas, causados por falta nutricional, cuidados no pré-natal, porém, a falta de estudos sobre as consequências em mulheres, limita a maiores levantamentos de dados específicos sobre tal objetivo.
A dependência severa em cocaína pode provocar náusea e fadiga crônica, letargia, dor de cabeça, de garganta crônica, irritabilidade, congestão nasal, piora da asma, infecções frequentes nos pulmões, diminuição da coordenação motora, alteração na memória e atenção, alteração da capacidade visual e do pensamento abstrato, problemas menstruais, impotência, diminuição da libido e da satisfação sexual, depressão e ansiedade, labilidade e irritabilidade, ataques de pânico, tentativas de suicídio, isolamento social, afastamento do lazer e outras atividades sociais (LARANJEIRA, R. JUNGERME, 1998).
TRATAMENTO E PSICOLOGIA
Os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) surgiram com a reforma psiquiátrica, que vai além de uma reforma, é, sobretudo um processo de transformação assistencial e cultural, que permite sociedade e usuários a viver uma nova experiência. Esse serviço se sustenta em princípios éticos, claros e definidos; respeita o direito de liberdade, o consentimento com o tratamento, respeito à cidadania e aos direitos humanos. Esses centros oferecem às pessoas com sofrimento mental acolhimento, cuidado e suporte desde crises até a reconstrução de laços com a vida (CREPOP, 2013).
A partir do Plano Integrado de Enfretamento ao Crack, publicado pelo governo federal em 2010, a política pública para drogas no Brasil incluiu o tratamento em comunidades terapêuticas, através de financiamento público, como uma estratégia de cuidado para os usuários de álcool e outras drogas. Diante disso, foram criados os Centros de Atenção Psicossociais Álcool e Drogas (CAPS AD), como um dos serviços substitutivos à internação.
É no CAPS álcool e drogas (CAPSad) que se desenvolvem ações que visam fortalecer o usuário, o processo deve obter técnicas para a organização e reinserção do mesmo na família e sociedade. São lugares abertos, que respeitam e trabalham de acordo com a ética dos direitos humanos. A liberdade é um ponto chave nesse modelo, as portas mostram a eles que existe uma decisão a ser tomada, levam em conta o consentimento do usuário frente ao tratamento, na reconstrução e reconhecimento do usuário quanto a ele mesmo e como um sujeito de direitos.
Como alternativa considerada, o Documento do CFP Referências Técnicas para a Atuação de Psicólogas/os em Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas/ Conselho Federal de Psicologia (2013, p. 41) cita:
Em 2003, a política do Ministério da Saúde de “Atenção Integral ao Usuário de Álcool e outras Drogas” elegeu a redução de danos como estratégia de saúde pública, na qual é incentivada a criação e sistematização de intervenções junto à população usuária que, devido ao contexto de vulnerabilidade, não querem ou não desejam parar com o uso da droga. Pela primeira vez, em âmbito governamental, as ações de redução de danos foram assumidas como relevantes intervenções de saúde pública, para ampliar o acesso e as ações dirigidas a uma população historicamente desassistida de contato com o sistema de saúde.
A atuação dos (as) psicólogos (as) nesse processo é construída a partir do momento em que ele se coloca no contexto de trabalho. Devem se posicionar explicando sua presença nesse serviço, a posição que os(as) psicólogos(as) ocupam nessa intervenção sempre em conjunto com os usuários, por meio dessa prática que esses lugares precisam ser construídos. O papel do(a) psicólogo(a) é precisamente o de acessar um caminho que muitas vezes está separado da rede de saúde e social por temer julgamentos, estigma e rejeição (Referências Técnicas para a Atuação de Psicólogas/os em Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas/ Conselho Federal de Psicologia. – Brasília: CFP, 2013).
As atividades que estão disponíveis no CAPS AD possíveis de serem realizadas pelo psicólogo, conforme descreve a portaria, incluem: atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros); atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outras); atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio; visitas e atendimentos domiciliares; atendimento à família; atividades comunitárias enfocando a integração do dependente químico na comunidade e sua inserção familiar e social. É importante a contextualização e parceria no tratamento, com os familiares e a comunidade dos usuários de drogas, eles são importantes no debate, considerando as práticas sócio assistenciais. As (Os) psicólogas (os) inseridas (os) na Atenção Primária à Saúde (APS) realizam um trabalho intersetorial, esse leva em conta uma abordagem total do indivíduo e todo o seu contexto familiar e também cultural (Referências Técnicas para a Atuação de Psicólogas/os em Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas/ Conselho Federal de Psicologia. – Brasília: CFP, 2013).
MÉTODOS
Revisões da literatura são caracterizadas pela análise e pela síntese da informação disponibilizada por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema, de forma a resumir o corpo de conhecimento existente e levar a concluir sobre o assunto de interesse. Existem diversos tipos de estudos de revisão e cada um deles segue uma metodologia específica (MANCINI & SAMPAIO, 2006).
Entende-se pesquisa como um processo no qual o pesquisador tem “uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente”, pois realiza uma atividade de aproximações sucessivas da realidade, sendo que esta apresenta “uma carga histórica” e reflete posições frente à realidade (MINAYO, 1994, p.23 apud LIMA E MIOTO, 2007).
Desta forma, na elaboração deste trabalho realizaremos uma revisão narrativa da bibliografia sobre o tema proposto: a importância da psicologia na reabilitação com usuárias de drogas, visto que essa revisão possibilita condensar as pesquisas já concluídas e obter novas conclusões. Portanto, a pesquisa bibliográfica possibilita um amplo alcance de informações, além de permitir a utilização de dados dispersos em inúmeras publicações, auxiliando também na construção, ou na melhor definição do quadro conceitual que envolve o objeto de estudo proposto (GIL, 1994).
A base de dados: Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine), PePsic (Periódicos Eletrônicos de Psicologia), Conselho Regional de Psicologia, Conselho Federal de Psicologia, livros, servirão como instrumentos para a coleta de dados. Dentre as Palavras chave que utilizaremos estarão: Drogas, Reabilitação, Mulheres, Empoderamento, Feminismo.
O procedimento de coleta de dados será realizado por meio de pesquisa das palavras chaves, seleção de artigos, leitura criteriosa dos mesmos, sendo selecionada apenas a literatura que atendia aos critérios de inclusão definidos neste estudo. Após a coleta dos dados, será feita a leitura de todo material, as principais informações foram compiladas. Posteriormente será realizada uma análise descritiva das mesmas buscando estabelecer uma compreensão e ampliar o conhecimento pesquisado e elaborar o referencial teórico. Serão incluídas apenas publicações que responderam à questão de estudo, publicadas no período de 2000 a 2017, no idioma português, todos os tipos de delineamentos metodológicos foram aceitos.
O procedimento de análise de dados será realizado através do método hermenêutico, modo de compreensão e da maneira correta de interpretar o que se entendeu. Segundo Gadamer (1999), entender e interpretar textos faz parte da experiência do homem e nessa compreensão se adquire juízos e reconhecem verdades. O fenômeno hermenêutico procura reconhecer uma experiência da verdade que será por ela mesma uma maneira de filosofar.
RESULTADOS
Foram realizadas pesquisas bibliográficas acerca do tema abuso de drogas e reabilitação, com o público delimitado para mulheres. As pesquisas foram realizadas em bases de dados online, artigos e livros. Os principais resultados obtidos corroboram a ideia de que a mulher é marginalizada, contudo, há uma invisibilidade social, pois, a maioria das políticas públicas são voltadas para os adolescentes.
- Reabilitação: Centros de Atenção Psicossocial – Álcool e Outras Drogas (CAPSad) são as principais instituições que dedem a responsabilidade sobre indivíduos que tenham relações problemáticas com alguma substancia que cause dependência, que visam compreender os sujeitos em sua singularidade, ajudando-os com seu sofrimento psíquico, estimulando a autonomia e a reconstrução da subjetividade dos mesmos, todavia, há uma gama de
- Diretrizes do Conselho Federal de Psicologia: documento que, dentre outras coisas, busca construir referências para a atuação da Psicologia na área de Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas. Com a participação crítica e reflexiva dos profissionais da área, foram elaborados parâmetros compartilhados e legitimados para o exercício profissional do Psicólogo com essas usuárias.
- Papéis Sociais: As mulheres procuram menos os serviços de atendimentos a usuários de álcool e drogas, isso se deve ao estigma social em relação a elas na sociedade, conseguem esconder por mais tempo a dependência por conta de como a sociedade vê a mulher dependente, além de ter que aceitar esse papel socialmente imposto, ela também tendo uma maior preocupação em relação a autoimagem e em se expor e ficar estigmatizada.
- Práxis: Os psicólogos participam do processo de reabilitação justamente para a recuperação da dignidade da usuária ou ex usuária de substâncias psicoativas, na qual envolve os aspectos emocionais, cognitivos e sociais para sua ressocialização, buscando uma reconstrução de sua identidade enquanto ser humano, auxílio para autoestima, conscientização das consequências mais graves que as drogas podem causar, sobre a importância da família e do processo de reabilitação.
DISCUSSÃO
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), a dependência química caracteriza-se pela presença de um agrupamento de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos, indicando que o indivíduo continua utilizando uma substância, apesar de problemas significativos relacionados a ela (SOUZA; RIBEIRO; MELO; OLIVEIRA, 2015). A doença passou a ser codificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir de 1955.
As drogas foram utilizadas durante toda a história das civilizações humanas, seja envolvidas em rituais religiosos, sejam como acesso a um nível superior de consciência ou até como porta para outros mundos, e de certa forma, também como agente de socialização, hoje entende-se como um problema de saúde, e, o aparato estatal a partir da portaria 336, aborda de uma maneira biopsicossocial o tratamento de pessoas com problemas acarretados pela utilização problemática de substancias vulgarmente chamadas de drogas. É válido lembrar que o uso de certas drogas é estimulado pela publicidade, desta forma, tornando-se um problema de saúde pública (FONSECA; GONDIM; FONTELES, 2014).
A partir de nossas inferências, pudemos averiguar que apesar das consequências do uso contínuo das drogas, os usuários ainda assim continuam o seu uso, um exemplo deste fato são as propagandas de aviso em cigarros alertando as consequências; o álcool nas propagandas de televisão, induzem ao uso, pois vendem muito além do produto e sim a ideia de felicidade, ignorando o grande número de acidentes de veículos causados pelo consumo de bebidas alcoólicas (MELLO, 2015).
Nós, enquanto psicólogos e em contato com a realidade de usuários de álcool e outras drogas, nos estágios, supervisões durante a faculdade e no dia a dia profissional vimos que as consequências vão desde as menos agressivas até as que causam maiores danos, podendo ser físicas, psíquicas, emocionais, sociais e familiares, tanto em homens quanto em mulheres, sendo elas as que sofrem os maiores danos, causados pelo papel imposto pela sociedade, a perda dos filhos, a discriminação por estar grávida e não conseguir parar com o uso de drogas, a exclusão por parte da família que muitas vezes, sem estrutura ou conhecimento para auxílio, acaba causando o afastamento desta usuária que encontra nas ruas, uma saída à essa situação. É necessária atenção para a incitação ao uso de certas drogas propagadas pela mídia, enquanto aceitas pela sociedade, pois o consumo destas drogas é socialmente incentivado.
Segundo Rosa (2009), no decorrer da história ocidental, vimos ser construídos diversos discursos acerca das drogas e seus usuários, além de que os meios de comunicação perpetuam e espalham esses discursos, desta forma cria-se 3 estereótipos: O cultural; O moral; e o éticojurídico. Outro fator que acarreta numa maior estigmatização é a terminologia, isto é, algumas palavras são praticamente universais, ou ainda, possuem variantes muito semelhantes, o que soma carga emocional sobre elas. Nas sociedades modernas, a medicina já se estabeleceu como fator integrante da cultura, isto é, ela tem poder de legitimar ou não, além de estar presente no imaginário dos brasileiros, então a concepção de saúde e de doença que possuímos, está ligada com o social, e cada vez mais surge a dificuldade de desconstruir os paradigmas consolidados pela medicina, que reforçam os estereótipos de que tanto o usuário quanto o dependente químico estão doentes e de certa forma marginalizados.
Em 2007 no VI Conselho Nacional de Psicologia, que surgem os assuntos sobre violação de direitos humanos, e a importância da redução de danos para usuários de álcool e outras drogas. A partir dessas discussões que o tema “Atuação de psicólogas (os) em Políticas
Públicas de Álcool e Outras Drogas” aparece, elaborando assim, o documento Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas – CREPOP (CREPOP, 2013).
O CREPOP (2013) cita como um dos principais serviços do SUS, de atenção aos usuários de álcool e outras drogas, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em especial abordado o CAPS Álcool e outras Drogas (CAPSad). Nesse serviço a rede psicossocial para álcool e outras drogas é fortalecida, quando oferece atenção integral e contínua às pessoas relacionadas com o uso de álcool, crack e outras drogas, já que se trata de um serviço de saúde aberto e comunitário. O CAPSad funciona em municípios de até 200 mil habitantes e o CAPSad III atendendo 24 horas por dia, em municípios com população acima de 200 mil habitantes.
Os CAPSad devem oferecer atendimento diário a pacientes que fazem um uso prejudicial de álcool e outras drogas, permitindo o planejamento terapêutico dentro de uma perspectiva individualizada de evolução contínua (Ministério da Saúde, 2004).
Nos CAPSad, segundo o Ministério da Saúde (2004) existe o atendimento individual que pode ser medicamentoso, psicoterapia, etc, atendimentos em grupo e/ou oficinas terapêuticas, podendo ocorrer até visita domiciliar. É proposto também para esse serviço, garantir espaço para repouso e desintoxicação para pacientes que necessitem desse tipo de cuidado, que não precisem de atendimento clínico hospitalar.
Esse serviço pode atuar de maneira preventiva pautada na redução de danos, com estratégias e práticas voltadas para minimizar as consequências do uso de substâncias psicoativas. A redução de danos não tem a abstinência total com prática, tem uma proposta flexível, na qual contempla estratégias que informam: as consequências causadas pelo uso das drogas, atividades livres de drogas; ajudam no fortalecimento de vínculos afetivos, laços sociais, melhora da autoestima e ajudam na identificação de problemas pessoais, mais a garantia ao suporte para o enfrentamento de tais problemas. Para a efetivação dessas práticas, é necessário que todos os segmentos sociais colaborem (Ministério da Saúde, 2004).
Souza, et al (2013) coloca que os modelos de tratamento precisam de tipos de intervenções que incluam várias estratégias, considerando elementos biológicos, psicológicos e sociais. Tais intervenções devem levar em conta a falta de motivação para o tratamento e as recaídas dos indivíduos dependentes. O que mostra a motivação como um fator de bastante relevância em relação à adesão ao tratamento, podendo ser acentuada como uma coisa que faz um indivíduo agir, ou estimular esse indivíduo a agir, assim sendo a motivação uma das teorias que mais ajudam para o tratamento.
Tendo quatro estágios pelos quais o indivíduo transita, sendo o primeiro Précontemplação, não há intenção de mudança, segundo, contemplação o indivíduo começa a se dar conta, conscientizando que existe um problema, terceiro ação quando inicia a mudança de seu comportamento, ou seja, buscar por ajuda e quarto manutenção que é o estágio constitui o desafio de mudança, estabilizar comportamento, sendo necessário um esforço maior e constante para consolidar os ganhos conquistados nos outros estágios.
Além do indivíduo querer a mudança é necessário a ajuda da família neste processo de recuperação, tendo um papel importante para que isso ocorra, Melo, F. Patrícia e Paulo, L. A. Maria (2012) mostram a importância do acompanhamento da família junto ao indivíduo em tratamento, incentivam a mudança e que vão até questões financeiras, o diálogo e o afeto, as autoras trazem a vida cotidiana doméstica e suas diferentes necessidades dos membros dela. A família representa, na verdade, a unidade básica de atenção à saúde; é o primeiro nível de atenção à saúde. Nesse sentido, o cuidado familiar constitui o fundamento do cuidado comunitário (SERAPIONE, 2005).
Parece claro também, que um dos principais indícios do resultado positivo do tratamento é a melhora da relação do usuário com a sua família, uma vez que, a dependência tem como uma de suas principais consequências o desgaste dos vínculos afetivos e o prejuízo das relações familiares.
Durante o estudo foi possível identificar que o uso de drogas por mulheres tem sido bastante estudado nos últimos anos, contudo, ainda há carência de dados e informações acerca desse tema. Sendo o tratamento especifico para mulheres uma realidade pouco encontrada na sociedade.
A escassez de pesquisas com esse subgrupo foi identificada, a partir das reivindicações dos movimentos feministas americanos pela criação de programas terapêuticos mais adequados e sensíveis às prioridades femininas, nos anos de 1980. (GOMES, K. VARELA, 2010, p. 19).
Estudos na atualidade sobre o consumo de drogas, como o uso de crack, cocaína e álcool, entre outras substâncias, têm sido um problema social e de ordem pública, sendo o número de usuários masculinos superior em relação as mulheres, contudo, há exceção para os medicamentos estimulantes e orexígenos (utilizados para estimular o apetite), onde as mulheres superam o consumo dos homens.
As razões que levaram as mulheres a desencadearem o uso de drogas, muitas vezes se diferem dos homens, tendo fatores como depressão, sentimentos de isolamento social, pressões familiares, baixa autoconfiança e problemas de saúde. Contudo, em alguns estudos, é possível perceber que seu envolvimento se dá por meio de afeto com homens em seu entorno social: companheiro, irmão, vizinho. (SOUZA; OLIVEIRA; NASCIMENTO, 2014).
Acreditamos que seja necessário um olhar mais apurado para os usuários de drogas, principalmente de álcool e crack. Portanto, para isso, precisa-se de um olhar conjunto de profissionais da área de saúde, psicólogos olhando para as questões angustiantes dessas mulheres usuárias, suas motivações, e não menos importante o olhar da sociedade de diferentes setores e com isso, das instituições de fortalecimento da educação e saúde, como escolas, unidade básica de saúde, postos de atendimento, instituições de segurança e justiça. (MACHADO e BOARINI, 2013).
As mudanças ocorridas na pós-modernidade, ocasionaram uma maior inserção das mulheres no mercado de trabalho, buscando cada vez mais sua independência, porém, sabe-se que o estigma social em relação as mulheres usuárias são altamente expressivas, de maneira que são constantemente julgadas, seja pela sociedade ou pela própria família, causando muitas vezes o abandono.
Dentro de toda literatura consultada, o que vimos foi que a maioria dos autores, concordam que a mulher está em uma posição desprivilegiada, quanto ao acesso a políticas públicas, pois ainda há uma carga simbólica muito grande sobre o papel a ser desempenhado pela mulher. Há sim, estratégias voltadas ao usuário de drogas, porém, as mulheres ainda são minoria nos usuários destes serviços públicos.
CONCLUSÃO
No decorrer deste trabalho, procurou-se demonstrar que, historicamente o uso de drogas deixou-se de ser um problema contemporâneo para ser universal. Sendo este tema, objeto de estudo de diversas pesquisas especialmente sob o gênero masculino. Entretanto, o estudo de mulheres usuárias de substâncias psicoativas demonstrou uma grande escassez. Consideramos que as fontes científicas consultadas em sua maioria não refletem sobre o tema de gênero. Sendo assim, com esta pesquisa esperamos contribuir para a disseminação de informações sobre o tema emergente e de tamanha importância.
Outrossim, é que as relações de gênero contemporâneas estão em um momento não linear. Isto é, apesar da crescente onda de emancipação feminina, o que podemos chamar de “Primavera feminista”, ainda existem lugares onde o retrocesso e o machismo imperam.
Esses fatores citados anteriormente, corroboram o que aferimos com nossas pesquisas:
o sofrimento psíquico e social da mulher tem uma dimensão que é ampliada pela violência simbólica presente na sociedade, sendo uma delas o patriarcado.
Através das nossas pesquisas, foi possível constatar, a falta de atenção das equipes de saúde em relação a esse subgrupo, não apresentando serviços específicos às mulheres, não sendo respeitadas suas singularidades e peculiaridades, sendo estas usuárias, carregadas de um estigma social e preconceitos dentro e fora de seu convívio familiar, já que por muitas vezes os próprios familiares encontram dificuldades para a compressão das mulheres dependentes químicas, causando assim uma barreira na busca por tratamento, seja por medo ou vergonha. Pudemos contribuir também para uma visão mais abrangente e sem estigmas da mulher e seu papel na sociedade.
Surgindo como marco de resistência em saúde mental e redução de danos, as políticas públicas se constituem como bastião para o tratamento dessas mulheres estigmatizadas. Neste sentido, afirmamos que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em conjunto com a equipe multiprofissional podem criar possíveis planos de ação voltados à prevenção e orientação dos familiares e comunidades com intuito de evitar a experimentação e diminuir os prejuízos aos usuários de drogas.
Dentro deste contexto, a atuação do psicólogo é relativamente nova, uma vez que o CAPS surgiu como possibilidade na saúde apenas no ano de 1987. Desta maneira, enquanto psicólogos, trabalharemos buscando intervenções a serem desenvolvidas no âmbito da saúde mental, ressignificando o sofrimento e valorizando a singularidade de cada usuária.
Conclui-se que em consequência de toda discriminação que as mulheres ainda sofrem, as mesmas procuram menos os serviços de saúde, com receio de serem mais estigmatizadas do que já são. Já que os meios de ajuda estão disponíveis para toda a população, o acesso das mulheres poderia ser maior. Acredita-se que se assim buscarem, não carregarão a pressão dos danos causados pelas drogas sozinhas, e com medo. O apoio da rede trará a possibilidade de melhorar e prevenir a saúde das mulheres como um todo, já que fortalecerá seus vínculos sociais, trazendo a elas mais segurança. Firmando assim, a importância do acompanhamento com a rede de apoio, o papel do psicólogo enquanto agente de saúde mental dessas mulheres, trazendo a importância de se reinserir na sociedade, fortalecer os vínculos afetivos com a família, o acompanhamento psicológico juntamente com o acompanhamento no CAPSad, e o empoderamento dessas mulheres usuárias de psicoativos, fazendo-as se verem como ser pertencente a sociedade, família e a ela mesma, que merece ser ouvida, acolhida, cuidada e pensada em sua existência sem os estigmas que a seguem.
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