WOMEN IN SITUATIONS OF VIOLENCE: AN INTEGRATIVE REVIEW THROUGH THE LENS OF SYSTEMIC THEORY
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10204968
Ana Paula Miranda Ferreira 1
Vanessa Marieli Ceglarek2
Resumo
Este estudo aborda a violência doméstica sob a ótica da teoria sistêmica, discutindo as causas, consequências e complexidade. Utilizando a metodologia de revisão integrativa, a pesquisa se apoia em dados extraídos de bases científicas como Scielo, PePSIC e Lilacs, com descritores como “violência doméstica”, “violência contra mulheres” e “terapia familiar sistêmica”. Explora-se a história da violência doméstica e a relevância da Psicologia Sistêmica na compreensão e tratamento deste fenômeno. O estudo destaca a necessidade de abordagens multidisciplinares, políticas públicas eficazes e apoio às redes de assistência para romper o ciclo da violência e auxiliar na reconstrução das vidas das vítimas. Conclui-se que a terapia sistêmica é fundamental nesse processo, oferecendo uma visão holística e detalhada do fenômeno e orientando intervenções personalizadas e estratégias preventivas na luta contra a violência doméstica.
Palavras-chave: 1. Violência Doméstica 2. Abordagem Sistêmica 3. Políticas Públicas 4. Maria da Penha
Abstract
This study addresses domestic violence from the perspective of systemic theory, discussing its causes, consequences, and complexity. Using the integrative review methodology, the research relies on data extracted from scientific databases such as Scielo, PePSIC, and Lilacs, with descriptors such as “domestic violence,” “violence against women,” and “systemic family therapy.” The history of domestic violence is explored, along with the relevance of Systemic Psychology in understanding and treating this phenomenon. The study emphasizes the need for multidisciplinary approaches, effective public policies, and support for assistance networks to break the cycle of violence and aid in the reconstruction of victims’ lives. It is concluded that systemic therapy is crucial in this process, offering a holistic and detailed view of the phenomenon and guiding personalized interventions and preventive strategies in the fight against domestic violence.
Keywords: 1. Domestic Violence 2. Systemic Approach 3. Public Policies 4. Maria da Penha
1 INTRODUÇÃO
A violência doméstica, também conhecida como violência familiar ou violência conjugal, é um desafio social e de saúde pública que afeta indivíduos de todas as idades, gêneros, raças e classes sociais (OPAS, 2021). Essa forma de violência ocorre no ambiente familiar, geralmente envolvendo um parceiro íntimo, cônjuge ou membros, e se manifesta por meio de agressão física, ameaças verbais, assédio, controle coercitivo, e outras formas de abuso (BRASIL, 2006; DIAS, 2012).
No Brasil, a Lei Maria da Penha criminaliza a violência doméstica e a categoriza em diversas formas: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Ela visa, principalmente, a proteção das mulheres e estabelece penas variadas conforme a gravidade do crime, além de medidas protetivas para as vítimas (BRASIL, 2006). Apesar dessas medidas legais, em 2016 o Brasil registrou a quinta maior taxa de feminicídios do mundo, com 4,8 mortes para cada 100 mil mulheres (ONU, 2016).
Os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2023) revelam um aumento preocupante em diversos tipos de violência contra mulheres no Brasil em 2022. O número de feminicídios, assassinatos de mulheres motivados por questões de gênero, cresceu 6,1%, totalizando 1.437 vítimas. Além disso, os homicídios dolosos contra mulheres também tiveram um aumento de 1,2%.
As estatísticas mostram um cenário alarmante no contexto de violência doméstica. Os casos de agressão subiram 2,9%, com 245.713 registros, enquanto as ameaças, uma forma de violência psicológica que pode causar danos emocionais significativos, aumentou 7,2%, chegando a 613.529 ocorrências. Os chamados para o serviço de emergência 190 somaram 899.485, uma média de 102 chamadas por hora. Especificamente no ambiente doméstico, 245.713 mulheres registraram boletins de ocorrência por agressões, uma média diária de 673 casos, representando um aumento de 2,9% em relação ao ano anterior.
A violência psicológica, que foi tipificada como crime em 2021, resultou em 24.382 boletins de ocorrência, correspondendo a uma taxa de 35,6 mulheres por cada 100 mil habitantes. Além disso, a perseguição, também conhecida como “stalking”, outro crime recentemente tipificado, foi responsável por 56.560 casos envolvendo mulheres, com uma taxa de 54,5 vítimas por 100 mil. Estes números destacam a urgente necessidade de medidas efetivas para a proteção e segurança das mulheres no Brasil.).
Os impactos dessa violência são devastadores, levando a graves consequências físicas e psicológicas, como traumas e problemas de saúde mental, que podem até resultar em morte
(GROENINGA, 2018). Além de comprometer o bem-estar individual, a violência doméstica também tem um impacto negativo duradouro em crianças expostas a esse ambiente, causando problemas de saúde mental e baixo desempenho escolar (ROSAS, CIONEK, 2006). Portanto, a necessidade urgente de implementar políticas públicas eficazes e fornecer auxílio às redes de apoio, como a assistência à saúde, é evidente. Neste contexto, o enfoque terapêutico da abordagem sistêmica surge como um caminho promissor para abordar a violência doméstica.
A terapia sistêmica é uma abordagem terapêutica que se baseia na Teoria Geral dos Sistemas, e considera a família ou o sistema social em que um indivíduo está inserido como um todo interconectado, onde cada membro influencia e é influenciado pelos outros (CAPRA, 2006). Assim, concentra-se nas interações e padrões de comunicação dentro desse sistema, buscando entender como as dinâmicas familiares influenciam o comportamento de seus membros e vice-versa (GOMES et al, 2014), mostrado melhoras na resolução de conflitos e fortalecimento dos laços familiares (ROSSET, 2021; CONTE, 2021).
Ao estudar as relações familiares de maneira mais detalhada, a abordagem sistêmica ajuda a entender melhor o fenômeno da violência doméstica. Isso abre caminho para identificar maneiras de prevenir e proteger as relações afetivas e familiares (COSTA, 2010), tendo suporte para que a mulher seja capaz de romper com o ciclo da violência (SILVA, ATAIDE E MOREIRA, 2021), tornando a terapia sistêmica uma ferramenta nos espaços de acolhimento ao combate à violência doméstica. Portanto, este trabalho tem como objetivo oferecer uma visão aprofundada da violência doméstica, explorando suas causas e consequências sob a percepção da teoria sistêmica, mostrando a contribuição dessa teoria no entendimento e intervenção da violência doméstica contra mulheres.
2 DESENVOLVIMENTO
Esta seção aborda, de maneira sucinta, dois temas centrais: Psicologia Sistêmica, História da Violência Doméstica e a Complexidade da violência doméstica na perspectiva de gênero e a teoria sistêmica. No contexto da Psicologia Sistêmica, o foco está na compreensão da família como um sistema complexo, examinando os princípios e critérios que orientam esse ramo do conhecimento. Quanto à Violência Doméstica, a seção fornece uma visão histórica e conceitual, explorando como a violência é contextualizada como um problema de saúde pública e seus impactos sociais e culturais. Ambos os temas são discutidos com embasamento teórico rigoroso, fornecendo o alicerce conceitual para a pesquisa em questão.
2.1 A história da violência doméstica
A violência é um fenômeno complexo, tanto em sua origem como em suas manifestações. O termo deriva do latim “vis” que significa “força” e enquanto tradicionalmente refere-se ao uso de força física, seu escopo é muito mais amplo, englobando ações que causam danos físicos, mentais, sociais ou espirituais (Brasil, 2005).
Segundo as Nações Unidas, a violência de gênero contra as mulheres abrange qualquer ato que cause ou tenha o potencial de causar dano físico, sexual ou psicológico, incluindo ameaças, coerção e privação de liberdade (BRASIL, 2016). Este entendimento alinha-se com o de Coelho, Silva e Lindner (2014), que apontam a violência também como um problema significativo de saúde pública.
O entendimento da violência também requer uma análise dentro de um contexto histórico e cultural. Desde tempos antigos, sistemas patriarcais têm dominado diversas sociedades, consolidando o poder econômico, político e sexual em mãos masculinas (Martinelli, 2020). Tal dinâmica frequentemente reduz as mulheres a papéis tradicionais e submissos, tornando-as mais vulneráveis à violência (JACINTO, 2018). Este ciclo pernicioso é ainda mais reforçado por justificativas morais e sociais conservadoras que estigmatizam e desempoderam as mulheres, como indicado por Rodrigues (2018).
A violência doméstica, dessa forma, é um fenômeno complexo que não pode ser inteiramente explicado ou combatido por meio de uma única abordagem ou perspectiva (SANTOS, 2020). Uma análise multifacetada, que leva em conta fatores históricos, culturais e contemporâneos, é crucial para entender a profundidade e a complexidade deste grave problema social. Portanto, embora as raízes da violência possam ser rastreadas até desigualdades históricas e estruturas de poder, um entendimento completo requer um olhar holístico que considere as múltiplas dimensões e contextos nos quais ela ocorre.
Para o Conselho Nacional do Ministério Público (2018), contudo, é fundamental observar que a história da violência doméstica é marcada por séculos de silenciamento e impunidade. A sociedade, em grande parte, ignorou ou minimizou a violência que ocorria nos lares, muitas vezes considerando-a uma questão privada. As leis e as instituições muitas vezes falharam em proteger as vítimas e responsabilizar os agressores (BRASIL, 2018).
Durante o final dos anos 70 e início dos anos 80, a questão da violência contra as mulheres ganhou destaque graças ao movimento feminista, alcançando reconhecimento. Um dos principais avanços desse movimento foi a criação de serviços como as Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), abrigos e centros multiprofissionais
focados, principalmente, em lidar com a violência física e sexual perpetrada por parceiros, ex- parceiros e companheiros (BRASIL,2005).
As Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs) representam um marco importante no direcionamento e reconhecimento público da violência doméstica no Brasil (BRASIL, 2005). Levy (2005) destaca que, até então, o foco estava na violência contra crianças, mas o movimento feminista mudou o enfoque para a situação das mulheres na sociedade. Entretanto, naquela época, a violência familiar era vista como um fenômeno raro e anormal, associado a pessoas com transtornos psicopatológicos. A mulher vítima era estigmatizada como frágil e masoquista, enquanto o agressor era percebido como alguém com pouco controle sobre seus impulsos. Ambos, vítima e agressor, eram considerados patológicos, e essa perspectiva era tratada como distúrbios individuais.
Nichols E Schwartz (2007) consideram que os primeiros praticantes da terapia familiar, inicialmente focados em abordagens teóricas freudianas para lidar com psicóticos e crianças, expandiram seu escopo para incluir atendimento à família. Isso deu origem à terapia familiar, cuja premissa central era que, para promover mudanças em um indivíduo, era necessário alterar o contexto familiar. O desenvolvimento do pensamento sistêmico-relacional, introduzido por Bertalanffy na década de 1930, e da cibernética por Wiener nos anos 40, trouxe contribuições significativas tanto teóricas quanto práticas para a compreensão das dinâmicas familiares e o campo da terapia.
A análise sistêmica revelou que as relações entre vítimas e agressores podem ser entendidas como um jogo, onde as vítimas também desempenham o papel de agressores e vice- versa, formando uma dinâmica de co-dependencia e coconstrução. Segundo a visão sistêmica, as propriedades essenciais de um organismo ou sistema vivo são atribuídas ao todo, surgindo das relações e interações entre suas partes. Separar as partes resulta na perda de suas características, pois a natureza do todo é única e vai além da soma de suas partes (SCHMIDT, SCHNEIDER, CREPALDI, 2011).
De acordo com Levy (2005) a visão antiga sugeria que o sistema cria o problema, mas a nova perspectiva afirma que o problema cria o sistema, considerando a violência como um sintoma de um problema subjacente. Hoje, reconhecemos a violência como um fenômeno comum em diversas relações, tanto visível, como em guerras, quanto invisível, presente em relações familiares e institucionais. Identificar essa violência requer ação rápida do terapeuta, especialmente em situações delicadas, sendo muitas vezes perceptível apenas para aqueles distantes da realidade.
A invisibilidade mencionada também se aplica às formas de violência nas famílias, onde a resistência à mudança pode persistir. Da mesma forma que as situações de injustiça social, as diversas formas de violência intrafamiliar frequentemente permanecem ocultas, desafiando a crença na possibilidade de transformação na maneira de viver e ser (LEVY, 2005)
Conforme Bandeira (2014), apenas nas últimas décadas a violência doméstica passou a ser reconhecida como um problema sério que demanda atenção pública. Campanhas de conscientização, movimentos feministas e iniciativas governamentais contribuíram para sensibilizar a sociedade sobre a gravidade desse fenômeno, por exemplo o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e a criação da lei Maria da Penha (BRASIL, 2008). No entanto, a luta contra a violência doméstica ainda enfrenta desafios significativos, incluindo a persistência de arraigados estereótipos de gênero e a escassez de recursos adequados para as vítimas.
2.2 Teoria da Psicologia Sistêmica
A Psicologia Sistêmica, que se originou na década de 1950 e está intimamente associada à Terapia Familiar, concebe a família como um sistema complexo (NICHOLS, SCHWARTZ, 2007). Dentro deste sistema, subsistemas distintos, como conjugal, paterno/materno, filial e fraterno, coexistem e são governados por elementos estruturais como hierarquia, fronteiras, regras e canais de comunicação (Bucher-Maluschke, 2008). Esta abordagem enfatiza a análise holística das interações familiares e como elas contribuem para o desenvolvimento e bem-estar dos membros individuais da família (BUCHER-MALUSCHKE, CELESTINO, 2015).
O termo “sistema” deriva do grego synhistanai, significando “unir, colocar junto” (Gomes et al, 2014). A abordagem sistêmica busca compreender as relações dentro de um contexto mais amplo, fundamentada na ideia de “complexidade organizada”. Esta complexidade é manifestada em diferentes níveis de sistemas, cada um com suas próprias leis operacionais, mas todos interconectados em uma hierarquia de sistemas dentro de sistemas (Vasconcellos, 2010).
O Pensamento Sistêmico serve tanto como um marco teórico para pesquisa quanto como uma abordagem clínica. Ele defende o entendimento do indivíduo em seu contexto relacional e sistêmico, refutando a ideia de uma realidade estática e enfocando a complexa rede de interações interpessoais (Gomes, et al., 2014). Assim, segundo as obras de Capra (2009) e Vasconcellos (2010), os critérios fundamentais para o pensamento sistêmico incluem:
Transição das partes para o todo: A análise de sistemas vivos deve considerar o sistema como uma totalidade integrada. As “propriedades sistêmicas” emergem da interação e organização das partes e não podem ser reduzidas a componentes individuais. Sendo assim, em casos de violência doméstica, em vez de olhar apenas para o agressor ou a vítima, o pensamento sistêmico nos faz considerar que toda a família está envolvida. A violência não é apenas sobre uma pessoa, mas como todos na interação familiar.
Contextualização: O pensamento sistêmico é intrinsecamente contextual e ambientalista, focando nas relações mais do que nos objetos individuais. Ele advoga que os objetos são, na verdade, redes de relações inseridas em contextos mais amplos. Isso significa que pensamos no ambiente em que a violência acontece. Isso significa olhar para o ambiente onde a violência acontece. Por exemplo, se uma família está passando por problemas financeiros, isso pode tornar a situação mais tensa e contribuir para a violência. O pensamento sistêmico nos lembra de considerar o cenário completo e não apenas o que acontece naquele momento.
Interconexão: Os sistemas são concebidos como redes dinâmicas de interações. A ciência, neste âmbito, é uma rede de conceitos e modelos interconectados, nenhum dos quais detém uma verdade absoluta. Por exemplo, a violência doméstica afeta todos na família. Se uma criança testemunha violência entre os pais, isso pode afetar seu comportamento e saúde mental. O pensamento sistêmico nos lembra de considerar como as ações de uma pessoa afetam todas as outras.
Relações como elementos fundamentais: Ao contrário da visão mecanicista, que vê o mundo como uma coleção de objetos isolados, o pensamento sistêmico considera as relações como os blocos construtivos básicos da realidade. Exemplo: Em vez de ver a violência como um ato isolado, o pensamento sistêmico nos faz pensar em como as pessoas na família se relacionam entre si. Podemos envolver questões de poder e controle entre parceiros ou parceiros que permitam a violência. Basicamente, olhamos para como as pessoas se relacionam dentro da família.
Rosset (2021) expande os fundamentos do pensamento sistêmico, enfatizando a complexidade e interconexão dos sistemas e suas dinâmicas. Ela começa destacando a importância da “causalidade circular”, que se opõe à ideia de uma relação linear de causa e efeito. Em vez disso, propõe um ciclo contínuo de influências mútuas, onde eventos podem afetar uns aos outros de maneira circular, ao invés de seguir um caminho direto e previsível.
Outro conceito central é a “autorregulação” nos sistemas, que se refere à capacidade dos sistemas de se ajustarem e adaptarem a mudanças internas e externas. Essa ideia é
exemplificada pela Homeostase fisiológica, um mecanismo de autorregulação em sistemas biológicos, que busca manter a estabilidade e adaptar-se às condições ideais de sobrevivência (CARDOSO, 2012).
Rosset também ressalta a importância do “contexto” na análise de sistemas. Ela argumenta que compreender as interações e comportamentos sem levar em conta o ambiente em que estão inseridos é inadequado. Isso se alinha com a relatividade da “objetividade”, onde a verdade e a objetividade variam conforme a perspectiva do observador e a interpretação do contexto.
A autora aborda o conceito de “isomorfismo”, que se refere à semelhança entre padrões e estruturas em diferentes sistemas. Isso permite entender como sistemas distintos podem compartilhar características comuns, apesar de diferenças superficiais. Além disso, Rosset reconhece “a autonomia e a dependência” como características coexistentes nos sistemas, indicando que, embora possam agir de forma independente, também estão interligados em relações de dependência.
Os conceitos de “funcionalidade e disfuncionalidade” são apresentados como relativos, variando conforme o contexto e os objetivos. O que é funcional em um cenário pode ser disfuncional em outro. Da mesma forma, as “fronteiras, abertura e fechamento” dos sistemas são cruciais, definindo o que está dentro e fora do sistema e influenciando as interações entre eles.
Finalmente, Rosset fala sobre o “padrão de funcionamento” de cada sistema, que representa uma maneira sistemática de operar e responder às mudanças. Compreender esse padrão é essencial para a análise sistêmica. Assim, segundo Rosset (2021), a integração desses elementos enriquece a compreensão dos sistemas em variados contextos, desde a terapia familiar até o entendimento de fenômenos complexos na sociedade. Turner & Turner (2019) complementam que a abordagem sistêmica promove uma compreensão mais rica e interconectada da realidade, oferecendo insights que abordagens reducionistas não alcançam.
2.3 Compreendendo a Complexidade da Violência Doméstica: Perspectivas de Gênero e Teoria Sistêmica
A Teoria da Psicologia Sistêmica, conforme elucidado por Schmidt, Schneider e Crepaldi (2011), fornece um arcabouço conceitual essencial para entender as interconexões e dinâmicas no seio familiar, ressaltando a relevância das relações, contextos e padrões comportamentais. Esta abordagem, ao enfatizar a interdependência entre os membros da família
e a contextualização das suas interações, lança luz sobre a compreensão profunda da violência doméstica.
Carvalho-Barreto et al. (2009) destacam que, ao abordar a violência de gênero, a Teoria Sistêmica vai além das visões tradicionais, linearmente causais, examinando a violência como um sistema complexo de relações e influências interligadas. Esta perspectiva nos instiga a considerar não só os indivíduos diretamente envolvidos, mas também toda a rede de interações familiares.
Falcke et al. (2009) argumentam que a transição para a discussão da complexidade da violência de gênero, no contexto da Teoria Sistêmica, é coesa e necessária, promovendo uma análise mais abrangente. A aplicação desta teoria na compreensão da violência de gênero permite uma abordagem holística, considerando as influências socioculturais, estereótipos de gênero e redes de atores sociais envolvidos.
Carvalho-Barreto et al. (2009) acrescentam que essa abordagem integrada oferece uma visão enriquecedora e aprofundada da complexidade dos fenômenos sociais, superando fronteiras disciplinares. Ao tratar da violência contra as mulheres, como aponta Ferreira (2019), abordamos simultaneamente a questão de gênero, embora seja crucial reconhecer que a violência não se limita apenas a isso, manifestando-se em diversas facetas da sociedade, conforme Ortega (2020).
Lisboa (2006) esclarece que o conceito de gênero abrange tanto homens quanto mulheres e suas relações mútuas, não se restringindo ao feminino. Minayo (2007) reitera a complexidade da violência e sua dificuldade de definição, dada a sua variação entre indivíduos e contextos.
Silva (2019) e Ferreira (2019) apontam para a persistência de ideias machistas, patriarcais e sexistas na sociedade ocidental, muitas vezes relacionadas à violência observada. Narvaz e Koller (2006) ressaltam que os estereótipos de gênero, muitas vezes perpetuados pela cultura familiar, obscurecem as origens e a perpetuação da subordinação feminina, criando um terreno fértil para abusos.
Minuchin (2008) sublinha que o pensamento sistêmico realça a importância das relações interconectadas e do contexto, incluindo tempo e espaço, em que o indivíduo está inserido. Essa abordagem vai além do modelo linear causa-efeito, adotando um modelo circular e reconhecendo o indivíduo como influenciador e influenciado pelo seu ambiente.
Sant’Anna e Penso (2017), assim como Narvaz e Koller (2014), observam que os valores socioculturais influenciam as dinâmicas familiares e os relacionamentos, moldando a compreensão sobre os papéis de gênero e influenciando a violência conjugal. Zuma (2004) e
Lotta (2019) destacam a importância de entender a rede de atores sociais envolvidos na dinâmica da violência intrafamiliar e de gênero, incluindo a família, a comunidade, o sistema de justiça e os serviços de atenção.
Zuma (2004) também ressalta a complexidade da intervenção comunitária em casos de violência, enquanto Levy (2005) enfoca os desafios terapêuticos em famílias com histórico de violência intergeracional, onde a construção de um vínculo seguro no tratamento é fundamental. Em síntese, essa visão sistêmica, ao considerar o amplo espectro de influências e interações, proporciona um entendimento mais completo e nuanceado da violência doméstica e
de gênero, enfatizando a necessidade de abordagens integradas e multidisciplinar.
3 METODOLOGIA
A abordagem metodológica deste estudo baseia-se em uma revisão integrativa, um método que permite a síntese e aplicabilidade de resultados de estudos significativos em um contexto prático (Souza, Carvalho, 2010). Essa técnica é direcionada para identificar, analisar e sintetizar estudos independentes relacionados ao tema em questão, fornecendo uma visão consolidada do conhecimento atual sobre o assunto (Souza, Carvalho, 2010).
Para a coleta de dados, foram consultadas as bases científicas Scielo, PePSIC e Lilacs, limitando a busca a artigos publicados após a sanção da Lei n.11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, em 2006. Além disso, foram analisadas legislações relevantes, materiais de sites governamentais e informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. Os descritores utilizados na pesquisa foram “violência doméstica”, “violência contra mulheres”, “violência intrafamiliar”, “terapia familiar”, “terapia familiar sistêmica”, “teoria sistêmica” e “psicologia sistêmica” no idioma português, os artigos redigidos em línguas estrangeiras foram excluídos.
Foram excluídos da pesquisa documentos no formato de dissertações e teses, bem como artigos que não se relacionavam diretamente com o tema de violência doméstica e teoria sistêmica. A seleção foi feita com base na análise dos títulos dos artigos, palavras-chave e, por fim, dos resumos, observando critérios como a relevância do conteúdo e a sua adequação aos objetivos da pesquisa.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Um panorama geral dos resultados das buscas está apresentado na tabela 1. Um total de 1.213 artigos foram inicialmente identificados. Uma pré-seleção reduziu este número para 34 artigos, que passaram por uma análise mais detalhada, como a formação da biblioteca individual para selecionar os artigos, e considerando apenas artigos por sua qualidade metodológica, coerência com a teoria sistêmica e relevância para a pesquisa. Com base em critérios específicos, 19 desses 34 artigos foram excluídos, resultando em 15 artigos que foram considerados altamente relevantes para o escopo deste estudo, a Tabela 1 apresenta os estudos identificados, pré-selecionados, incluídos e excluídos, além das bases de dados utilizadas. A distribuição temporal desses artigos selecionados revela que cinco foram publicados nos anos de 2007, 2009, 2015, 2022 e 2023, enquanto os demais se distribuem igualmente nos anos de 2010, 2011, 2014, 2017 e 2018.
Tabela 1 – Estudos encontrados, Pré-selecionados, Incluídos e excluídos, segundo as bases de buscas, Cascavel, 2023.
Após revisar a literatura, identificamos um total de 1.213 registros de artigos durante nossa pesquisa. Desses registros, conduzimos uma pré-seleção de 34 artigos. Em uma análise mais detalhada, excluímos 19 desses artigos com base em critérios específicos, resultando na seleção de 15 artigos devido à sua relevância para os objetivos deste estudo, os artigos excluídos, bem como os motivos estão na tabela 1, nos apêndices. Destes 15 artigos, cinco foram publicados nos anos de 2007, 2009, 2015, 2022 e 2023, enquanto os outros dez foram distribuídos em dois artigos para cada um dos anos de 2010, 2011, 2014, 2017 e 2018, os artigos escolhidos, juntamente com os motivos de seleção e as bases de dados correspondentes, são detalhados nas Tabelas 2, 3 e 4, disponíveis nos apêndices.
No contexto da revisão da literatura e dos estudos de pesquisa, identificamos diferentes delineamentos metodológicos utilizados. Cinco desses estudos consistiam em análises de
literatura conduzidas por Diniz, Santos e Mendonça (2007); Diniz (2017); Costa (2010); Fabeni et al. (2015); e Albuquerque e Carreta (2023).
O estudo de Diniz, Santos e Mendonça (2007) adotou uma abordagem crítica das representações sociais relacionadas à família e à violência, enfocando seu impacto nas relações familiares e as dificuldades associadas à superação das dinâmicas violentas. Já o trabalho de Diniz (2017) investigou diversas manifestações de violência em relações conjugais e familiares, explorando os efeitos dessas formas de violência na saúde física e mental, além de analisar aspectos da conduta dos profissionais que atuam em serviços voltados para mulheres em situação de violência.
A pesquisa de Costa (2010) trouxe à tona a atuação dos psicólogos no atendimento a mulheres em situação de violência, contribuindo significativamente para a compreensão desse campo. Além disso, abordou os discursos que explicam por que algumas mulheres não denunciam a violência, destacando a importância desses insights para a formulação de políticas públicas e a prestação de assistência psicológica em casos de violência conjugal. O estudo de Albuquerque e Carreta (2023) incluiu a análise de perfis das mulheres que vivenciam situações de violência e adotou uma perspectiva sistêmica, alinhando-se com os objetivos da pesquisa.
Também identificamos um estudo quantitativo descritivo conduzido por Mosmann e Falcke (2011) com o propósito de coletar e analisar dados quantitativos para descrever o fenômeno em estudo. Este estudo foi incorporado à revisão devido à sua abordagem sistêmica e sua capacidade de fornecer informações valiosas sobre estratégias de intervenção para melhorar os relacionamentos conjugais.
Destacam-se também dois estudos qualitativos exploratórios conduzidos por diferentes pesquisadores. O primeiro conjunto de estudos, realizado por Santos e Moré (2011), concentrou-se na coleta de dados qualitativos e abordou o impacto da violência nas dinâmicas familiares, incluindo sua transgeracionalidade e a influência das relações de gênero na perpetuação da violência. O segundo estudo, conduzido por Rolim e Falcke (2017), abordou amplamente a violência conjugal, políticas públicas e a percepção dos psicólogos(as) envolvidos na rede de atendimento, proporcionando uma perspectiva essencial sobre como esses profissionais percebem a problemática da violência e as políticas associadas.
Também encontramos o estudo qualitativo descritivo conduzido por Hanada, Oliveira e Schraiber (2010), que foi incorporado devido à sua relevância no contexto do atendimento de mulheres em situação de violência por parte dos profissionais psicólogos, oferecendo insights sobre a atuação desses profissionais nesse cenário complexo.
Além disso, identificamos uma pesquisa-ação conduzida por Machado et al. (2014), na qual os pesquisadores se envolveram ativamente no contexto estudado com o propósito de promover mudanças, focando na violência intrafamiliar e em suas intervenções.
Também foram realizadas duas pesquisas transversais quantitativas. Uma delas, conduzida por Rosa et al. (2018), abordou questões relacionadas à violência doméstica, incluindo a prevalência desse crime, contribuindo para o embasamento da nossa pesquisa e a compreensão do tópico em questão. A segunda pesquisa, realizada por Silva et al. (2009), teve o objetivo de determinar a prevalência das mulheres em situação de violência.
Adicionalmente, identificamos uma pesquisa documental conduzida por Macarini e Miranda (2018), na qual os pesquisadores analisaram documentos relacionados ao nosso tópico de pesquisa. Esse artigo foi incluído devido à sua apresentação do índice de desistência em realizar denúncias, o que contribui para uma compreensão mais abrangente do ciclo da violência.
Entre os estudos analisados, nove utilizaram algum tipo de instrumento para a coleta de dados. Sete deles optaram por entrevistas semi-estruturadas, enquanto dois empregaram o Genograma (Carter & McGoldrick, 1995) para entender a transicionalidade e prevalência da violência doméstica na família. Além disso, foram utilizados outros instrumentos, como Questionário de Dados de Identificação, a Escala de Conflito Conjugal (BUEHLER; GERARD, 2002), a Revised Conflict Tactics Scales CTS2 (Strauss, Hamby, Boney-McCoy e Sugarman, 1996) adaptada ao português por Moraes, Hasselmann e Reichenheim (2002), e a Abuse Assessment Screen (AAS) (Reichenheim, Moraes & Hasselmann, 2000).
Os autores Macarini e Miranda (2017) destacam a natureza interacional, sistêmica e cíclica da violência conjugal, enfatizando a importância do empoderamento das mulheres, bem como a necessidade de políticas de prevenção e discussões sobre papéis de gênero. Silva, Neto e Filho (2009) abordam a influência da exposição à violência na infância na perpetuação da violência conjugal e a relação entre escolaridade e violência doméstica. Já a pesquisa de Fabeni, Souza, Lemos e Oliveira ressalta a pressão que as campanhas de conscientização podem exercer sobre as vítimas e destaca a importância de abordagens holísticas.
Albuquerque e Carreta (2023) adotam uma abordagem sistêmica para analisar o perfil das vítimas de violência doméstica, evidenciando a necessidade de políticas públicas que visem à reconstrução das vidas das mulheres vitimizadas e à prevenção de novos casos de violência. Por outro lado, Costa (2010) aponta a necessidade de desenvolver metodologias flexíveis para oferecer atendimento clínico e psicossocial adaptado à realidade brasileira.
O estudo de Hanada, Oliveira e Schraiber (2010) enfoca a importância da presença do psicólogo na rede de assistência a mulheres em situação de violência, destacando a necessidade de capacitação e supervisão dos profissionais da rede. Já Gomes et al. (2022) destaca a dificuldade das mulheres em perceberem que estão vivenciando situações de violência no início de seus relacionamentos e enfatiza a importância da conscientização e do apoio adequado.
Além disso, Rolim e Falcke (2017) apresentam as percepções dos profissionais de saúde em relação à violência doméstica, enfatizando a perspectiva feminista que relaciona a violência à desigualdade de gênero e normas patriarcais. O estudo de Machado et al. (2014) examina como os profissionais de saúde da Estratégia Saúde da Família lidam com casos de violência intrafamiliar, destacando a importância de uma intervenção multiprofissional.
O estudo de Rosa et al. (2018) concentra-se na violência contra a mulher em um município específico, abordando as características sociodemográficas das mulheres, os fatores de risco e a importância de abordar a violência na Atenção Primária à Saúde. Por fim, Santos e Moré (2011) e Razera e Felcke (2014) ressaltam a complexidade do ciclo de violência e os fatores que levam as vítimas a permanecer em relacionamentos violentos. A pesquisa de Diniz (2017) destaca a persistência das mulheres em relacionamentos violentos e a complexidade desse fenômeno, enfatizando a necessidade de compreensão, apoio e políticas de prevenção. Este estudo sugere que a violência conjugal no Brasil é um problema multifacetado que requer uma abordagem interdisciplinar para compreender suas causas e consequências.
A teoria sistêmica desempenha um papel fundamental na compreensão da formação da identidade do sujeito e na análise das dinâmicas familiares, conforme enfatizado por Maluschke-Bucher (2008). Esta abordagem ressalta que as heranças familiares e sociais contribuem significativamente para a identidade individual, e a teoria sistêmica se destaca por proporcionar uma visão abrangente do indivíduo, considerando sua interdependência com o meio circundante, conforme indicam Muniz e Eisenstein (2009).
Silva, Menezes e Lopes (2010) acentuam a importância da transgeracionalidade na escolha de parceiros, sublinhando como os modelos transmitidos pelas famílias de origem influenciam as decisões nos relacionamentos conjugais. A dinâmica parental, analisada através da teoria sistêmica, pode impactar na busca por similaridade ou complementaridade nos relacionamentos.
A compreensão da violência sob a ótica da teoria sistêmica é vital, conforme argumentado por Barreto et al. (2009). Eles afirmam que a violência não ocorre aleatoriamente, mas é aprendida por meio da transmissão geracional, corroborando com a visão de Ramos e Oliveira (2008), que descrevem esse processo como uma “perpetuação transgeracional do ciclo
da violência”. Essa perspectiva sistêmica destaca como a violência pode se tornar um método predominante para a resolução de conflitos dentro de um sistema familiar.
3 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados destacam a urgência de abordar a violência doméstica, considerando sua complexidade e transmissão geracional. A análise crítica das representações sociais, investigações aprofundadas sobre as manifestações de violência e o papel dos psicólogos surgem como pilares fundamentais para uma abordagem eficaz, enriquecendo a compreensão das dinâmicas familiares.
Frente à persistência alarmante da violência, a necessidade de políticas públicas eficazes e apoio às redes de assistência torna-se inegável. A terapia sistêmica emerge como uma ferramenta indispensável, oferecendo suporte vital para que as mulheres possam quebrar o ciclo da violência e reconstruir suas vidas com bases sólidas e relacionamentos saudáveis.
A revisão da literatura e a análise dos estudos empíricos proporcionam insights valiosos, destacando a influência das representações sociais. Pesquisas quantitativas e qualitativas complementam-se, oferecendo uma visão holística e embasada estatisticamente do fenômeno, orientando intervenções personalizadas.
Perspectivas futuras apontam para a necessidade de explorar estratégias preventivas focadas na transmissão geracional. A continuidade da pesquisa sobre práticas clínicas, o desenvolvimento de políticas públicas embasadas em abordagens sistêmicas e a compreensão do impacto das representações sociais na busca por auxílio são áreas que merecem mais investigação.
Em suma, esta pesquisa não apenas contribui para a compreensão atual da violência doméstica sob a ótica sistêmica, mas também delineia caminhos para abordagens mais eficazes e abrangentes. A combinação de esforços interdisciplinares, intervenções personalizadas e políticas públicas embasadas em evidências pode efetivamente transformar a narrativa em torno da violência doméstica, proporcionando um ambiente seguro e saudável para as mulheres e suas famílias.
REFERÊNCIAS
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APÊNDICES
Tabela 1 – Estudos excluídos e seus respectivos motivos, segundo dados da publicação. Cascavel, 2023.
Base de Dados | Revista | Título | Autores | Ano e país | Motivo da exclusão |
PEPSIC | Psicologia Ciência E Profissão, 2009, 29 (2), 290-305 | A Psicologia e as Demandas Atuais do Direito de Família | Vivian de Medeiros Lago; Denise Ruschel Bandeira | Brasil, 2009 | O estudo não apresenta relevância em relação ao tema em questão. |
PEPSIC | Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, num. esp., p. 45- 54, 2003 | Práticas Educativas, Estilos Parentais E Abuso Físico No Contexto Familiar | Alessandra Marques Cecconello; Clarissa De Antoni; Sílvia Helena Koller | Brasil, 2003 | O artigo foi excluído por estar com data fora dos critérios estabelecidos. Neste estudo, serão selecionados apenas os artigos publicados após o sancionamento da Lei Maria da Penha, tornando esse artigo específico irrelevante para a revisão. |
PEPSIC | Psicologia Ciência E Profissão, 2011, 31 (2), 220-235 | Impacto da Violência no Sistema Familiar de Mulheres Vítimas de Agressão | Ana Cláudia Wendt dos Santos; Carmen Leontina Ojeda Ocampo Moré | Brasil, 2011 | Artigo já encontrado em outra rede de dados e incluído na pesquisa. |
PEPSIC | Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 2, p. 201-208, mai./ago. 2005 | Família, Álcool E Violência Em Uma Comunidade Da Cidade Do Recife | Zélia Maria de Melo; Marcus Túlio Caldas; Michelle Maria Campos Carvalho; Anamaria Tavares de Lima | Brasil, 2005 | O artigo foi excluído por estar com data fora dos critérios estabelecidos. Neste estudo, serão selecionados apenas os artigos publicados após o sancionamento da Lei Maria da Penha, tornando esse artigo específico irrelevante para a revisão. |
PEPSIC | Psic. Clin., Rio de Janeiro, vol.22, n.2, p.223 – 240, 2010 | Terapia de casal e violência: reflexões teórico- técnicas | Alan Bronz | Brasil, 2010 | O artigo foi excluído por estar incompleto, tornando-o irrelevante para o estudo em questão. |
PEPSIC | Biblioteca da Asav | Gritos Do Silêncio: A Violência Psicológica No Casal | Patrícia Manozzo Colossi; Denise Falcke | Brasil, 2011 | Está fora dos critérios de inclusão por ser uma dissertação. |
PEPSIC | Universidade Catolica De Brasilia | Violência Conjugal Na Perspectiva Sistêmica E De Gênero | Tatiana Camargo De Sant’anna; Maria Aparecida Penso | Brasil, 2013 | Está Fora Dos Critérios De Inclusão Por Ser Uma Dissertação. |
PEPSIC | Boletim Interfaces da Psicologia da UFRuralRJ – 2o Seminário – Ano 2008 | Violência: Aspectos Psicossociais | Alves S. C. J e et..al | Brasil, 2008 | O estudo não apresenta relevância em relação ao tema em questão. |
PEPSIC | Estudos de Psicologia Visões de adolescentes sobre família 2000, 5(2), 347-381 347 | A visão de família entre as adolescentes que sofreram violência intrafamiliar | Clarissa De Antoni; Sílvia Helena Koller | Brasil, 2000 | O artigo foi excluído por estar com data fora dos critérios estabelecidos. Neste estudo, serão selecionados apenas os artigos publicados após o sancionamento da Lei Maria da Penha, tornando esse artigo específico irrelevante para a revisão. |
SCIELO | Alfa, São Paulo, v.65, 13172, 2021 | Avaliação, Identidades E Gênero: Análise De Narrativas De Violência Doméstica Em Uma Interação Entre Mulheres | Adriana Nogueira A. Nóbrega; Adriana Rodrigues De Abreu | Brasil, 2021 | O artigo não atende aos critérios de relevância estabelecidos para a pesquisa. |
SCIELO | Acta Paul Enferm. 2021; 34:eAPE00803. | Significados da dinâmica familiar por homens que reproduziram a violência doméstica | Júlia Renata Fernandes de Magalhães; Nadirlene Pereira Gomes; Fernanda Matheus Estrela; Andrey Ferreira da Silva; Milca Ramaiane da Silva Carvalho; Álvaro Pereira; Moniky Araújo da Cruz; Jordana Brock Carneiro | Brasil, 2021 | Aborda intervenções com homens e não no atendimento às mulheres em situação de violência, tornando irrelevante para a pesquisa. |
SCIELO | cadernos pagu (61), 2021:e216119 ISSN 1809-4449 | As intervenções com autores de violência doméstica e familiar no Brasil e suas relações com a Lei Maria da Penha | Raíssa Jeanine Nothaft; Teresa Kleba Lisboa | Brasil, 2021 | O artigo aborda as intervenções com os autores de violência doméstica, e não sobre o atendimento às mulheres em situação de violência, tornando o artigo irrelevante para a pesquisa |
LILACS | Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 27 [ 4 ]: 1205-1224, 2017 | Abordagens da Alienação Parental: Proteção ou violência? | Márcia Amaral Montezuma; Rodrigo da Cunha Pereira; Elza Machado de Melo | Brasil, 2017 | O estudo não aborda o assunto específico desta análise. |
LILACS | REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA 33 (1) : 72 – 79 ; 2009 | Genograma: informações sobre família na (in)formação médica | José Roberto Muniz; Evelyn Eisenstein | Brasil, 2009 | O artigo não atende aos critérios de relevância estabelecidos para a pesquisa. |
LILACS | Estudos Interdisciplinares em Psicologia, Londrina, v. 10, n. 3supl, p. 48-65, dez. 2019 | Psicologia Da Família, Self E Relação: Revisão Narrativa Da Construção De Um Campo Disciplinar | Edna Lúcia Tinoco Ponciano | Brasil, 2019 | O artigo não atende aos critérios de relevância estabelecidos para a pesquisa. |
LILACS | Pensando Famílias, 19(2), dez. 2015, (3- 20) | Por Que Não Se Separam? A Perda da Confiança no Relacionamento Conjugal | Roberto Pereira. | Brasil, 2015 | O artigo aborda um contexto e foco diferentes dos objetivos de sua pesquisa, e pode não contribuir significativamente para a discussão sobre atenção psicológica em situações de violência conjugal. |
REDALYC | Psicologia Clínica, vol. 22, núm. 2, 2010, p. 235 | Terapia de casal e violência: reflexões Teórico – técnicas | Alan Bronz | Brasil. 2009 | O estudo foi excluído por duplicação, pois um artigo semelhante já foi encontrado e incluído na revisão. Evitando assim, a repetição de informações e mantendo a seleção diversificada de fontes relevantes para a pesquisa. |
REDALYC | Temas em Psicologia – 2013, Vol. 21, no 1, 221 – 243 DOI: 10.9788/TP2013.1- 16 | Violência Conjugal e Família de Origem: Uma Revisão Sistemática da Literatura de 2006 a 2011 | Aline Riboli Marasca; Patrícia Manozzo Colossi; Denise Falcke | Brasil, 2013 | Este artigo apresenta uma divergência em relação aos objetivos da pesquisa |
Fonte: Elaboração das autoras, 2023
Tabela 2. Artigos selecionados e incluídos da base de dados Scielo
Local de publicação | Título | Autores | País e ano | Motivo da Inclusão |
Psicologia: Teoria e Pesquisa | A Perspectiva Sistêmica para a Clínica da Família | Liana Fortunato Costa | Brasil, 2010 | O artigo apresenta fundamentos históricos científicos sobre a terapia familiar, e a perspectiva para o futuro da abordagem sistêmica. |
Estudos Feministas, Florianópolis, 18(1): 288, janeiro- abril/2010 | Os psicólogos na rede de assistência a mulheres em situação de violência situação de violência | Heloisa Hanada; Ana Flávia Pires Lucas D’Oliveira; Lilia Blima Schraiber | Brasil, 2010 | O artigo é relevante para a pesquisa pois traz como é a atuação do profissional psicólogo no atendimento de mulheres em situação de violência. |
Cogitare Enferm. 2022, v27:e78904 | Permanência De Mulheres Em Relacionamentos Violentos: Desvelando o Cotidiano Conjugal | Nadirlene Pereira Gomes; Jordana Brock Carneiro; Lilian Conceição Guimarães de Almeida; Dália Sousa Gonçalves da Costa; Luana Moura Campos; Ionara da Rocha Virgens; Natália Webler | Brasil, 2022 | O artigo é uma pesquisa em campo sobre o que faz a mulher permanecer em um relacionamento abusivo. |
Psicologia: Ciência e Profissão Out/Dez. 2017 v. 37 n°4, 939 -955. | Violência Conjugal, Políticas Públicas e Rede de Atendimento: Percepção de Psicólogos(as) | Kamêni Iung Rolim; Denise Falcke | Brasil, 2017 | A inclusão do artigo justifica-se pela sua abordagem sobre a violência conjugal, políticas públicas e a percepção de psicólogos(as) envolvidos na rede de atendimento. Essa perspectiva é fundamental para compreender como os profissionais da área percebem a problemática e as políticas relacionadas, |
Saúde Soc. São Paulo, v.23, n.3, p.828-840, 2014 | Violência intrafamiliar e as estratégias de atuação da equipe e Saúde da Família | Juliana Costa Machado; Vanda Palmarella Rodrigues; Alba Benemérita Alves Vilela; Aline Vieira Simões; Roberta Laíse Gomes Leite Morais; Elisama Nascimento Rocha | Brasil, 2014 | O artigo traz sobre os tipos de violências intrafamiliares e as intervenções a partir delas, sendo relevante para a pesquisa |
Saúde Debate | Rio De Janeiro, V. 42, N. Especial 4, P. 67- 80, Dez 2018 | Violência provocada pelo parceiro íntimo entre usuárias da Atenção Primária à Saúde: prevalência e fatores associados | Doriana Ozólio Alves Rosa; Renata Cristina de Souza Ramos; Talita Munick Vieira Gomes; Elza | Brasil, 2018 | Inclusão desse artigo se justifica pela sua abordagem relevante sobre a violência doméstica, incluindo a discussão sobre a prevalência desse crime, o que contribuirá para o embasamento |
Machado de Melo; Victor Hugo Melo | da pesquisa e compreensão do tema em questão |
Fonte: Elaboração das autoras, 2023.
Tabela 3. Artigos selecionados e incluídos da base de dados Redalyc
Local de publicação | Título | Autores | País, ano e idioma da publicação | Motivo da Inclusão |
Psicologia Ciência e Profissão, vol. 31, núm. 2, 2011, pp. 220- 235 | Impacto da Violência no Sistema Familiar de Mulheres Vítimas de Agressão | Ana Cláudia Wendt dos Santos; Carmen Leontina Ojeda; Ocampo Moré | Brasil, 2011, | Aborda o impacto da violência nas dinâmicas familiares e sua transgeracionalidade além de destacar a influência das relações de gênero na perpetuação da violência |
Aletheia 45, p.156-167, set./dez. 2014 | Relacionamento conjugal e violência: sair é mais difícil que ficar? | Josiane Razera; Denise Falcke | Brasil, 2014, | Este artigo oferece uma análise aprofundada da história conjugal de um casal em situação de violência conjugal, destacando as formas de violência, os motivos para permanecer na relação e a necessidade de atenção dos profissionais a esses casos. |
Psic. Clin., Rio de Janeiro, vol. 29, n. 1, p. 31 – 41, 2017 | Trajetórias conjugais e aconstrução das violências | Gláucia R. S. Diniz | Brasil, 2017, | Esse artigo está relacionado a minha pesquisa pois trabalha a presença de várias formas de violência nas relações conjugais e familiares; fala sobre os impactos das violências na saúde física e mental e os aspectos importantes da postura de profissionais que atuam em serviços para mulheres em situação de violência |
Revista latino am enfermagem, 2007 | Representações Sociais Da Família E Violência | Normélia Maria Freire Diniz; Maria de Fátima de Souza Santos; Regina Lúcia Mendonça Lopes | Brasil, 2007, | Este artigo oferece uma perspectiva crítica sobre as representações sociais de família e violência, enfocando como essas representações afetam as relações familiares e a dificuldade de rompimento das relações de violência. |
Tabela 4. Artigos selecionados e incluídos da base de dados Pepsic e Lilacs
Local de publicação | Título | Autores | País, ano e idioma da publicação | Motivo da Inclusão |
Pensando Famílias, 22(1), Jun. 2018, (163- 178). | Atuação Da Psicologia No Âmbito Da Violência Conjugal Em Uma Delegacia De Atendimento À Mulher | Samira Mafioletti Macarini; Karla Paris Miranda | Brasil, 2018, | Este Artigo Foi Incluído Por Apresentar O Índice De Desistência Em Realizar A Denúncia Mostrando O Ciclo Da Violência. |
Psicologia em Estudo, Maringá, V. 14, N. 1, P. 121-127, Jan./Mar. 2009 | Maus-Tratos Na Infância De Mulheres Vítimas De Violência | Maria Arleide Da Silva; Gilliatt Hanois Falbo Neto; José Eulálio Cabral Filho | Brasil, 2009, | Esse Artigo Foi Incluído Por Determinar A Prevalência Das Mulheres Em Situação De Violência. |
Rev. Nufen [Online]. 2015, Vol.7, N.1, Pp. 32-47. Issn 2175-2591. | O Discurso Do “Amor” E Da “Dependência Afetiva” No Atendimento Às Mulheres Em Situação De Violência | Lorena Fabeni; Luanna Tomaz De Souza; Lívia Bezerra Lemos; Maria Cristina Lima Rocha Oliveira | Brasil, 2015, | Esse Artigo Foi Incluído Pois Apresenta Uma Pesquisa Bibliográfica Sobre Os Discursos Que Justificam Por Que Algumas Mulheres Não Denunciam A Violência E Tem Relevância Para Políticas Públicas E Atenção Psicológica Em Situações De Violência Conjugal. |
Revista Farol. Vol. 18, No 18. 2023 – Maio | O Perfil Das Mulheres Em Situação De Violência Doméstica: Uma Visão Sistêmica | Créia Martins Pereira Albuquerque; Priscila Maciel Carreta | Brasil, 2023, | Esse Artigo foi Incluído Por Apresentar Relação Com O Tema Proposto, Além De Trabalhar Sobre Os Perfis Das Mulheres Que Sofrem Violência E Incluir A Perspectiva Sistêmica. |
Revista da SPAGESP – Jul.-Dez. 2011, Vol. 12, No. 2, pp. 5-16. | Conflitos conjugais: motivos e frequência | Clarisse Mosmann; Denise Falcke | Brasil, 2011, | Esse artigo está incluído pois utiliza uma perspectiva sistêmica e fornece insights sobre estratégias de intervenção para melhorar relacionamentos conjugais. |
Fonte: Elaboração das autoras, 2023
Ana Paula Miranda Ferreira – Discente do Curso Superior de Psicologia do Centro Universitário Univel1
Vanessa Marieli Ceglarek – Mestre em Biociências e Saúde (Unioeste); Professora no Centro Universitário Univel2