MORBIMORTALIDADE POR NEOPLASIA DE ESÔFAGO NO ESTADO DO PIAUÍ: ANÁLISE DOS ANOS DE 2018 – 2022

MORBIDITY AND MORTALITY FROM ESOPHAGEAL NEOPLASIA IN THE STATE OF PIAUÍ: ANALYSIS OF THE YEARS 2018 – 2022

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10042493


Kélita Vitória Freitas de Sousa
Sarah Accioly Alves Cardoso
Clarice Sousa Lima
Ana Valéria Santos Pereira de Almeida


RESUMO

INTRODUÇÃO: O câncer de esôfago é uma condição maligna do revestimento interno do esôfago e tem como principais fatores de risco: idade, tabagismo, etilismo, ingesta de vegetais em conserva e de bebidas aquecidas. Destaca-se também os dois principais tipos histológicos Carcinoma Escamoso (CEC) e o Adenocarcinoma. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo, de caráter descritivo e natureza quantitativa. Para essa finalidade, foram utilizados os dados disponibilizados pelo Sistema de Informações sobre Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS) pertencentes aos casos de Mortalidade Hospitalar por neoplasia de esôfago no estado do Piauí entre os anos de 2018 e 2022. RESULTADOS: Entre os anos de 2018 a 2022, foram internados 939 pacientes, dos quais 464 (49,41%) foram internações eletivas e 475 (50,58%) como urgência. Em 2019, observa-se o maior número de internações. No entanto, em 2018 os valores de serviços hospitalares associados a essas internações foi o mais alto (271.672,21). A média de permanência dos pacientes nos hospitais variou ao longo dos anos. Os óbitos totalizaram 78 ocorrências. A taxa de mortalidade variou consideravelmente em 2018, foi de 4,94%, aumentando progressivamente para 18,33% em 2022.Quanto à faixa etária, a distribuição variou, com a maioria das internações ocorrendo em pacientes com idades entre 50 e 79 anos. DISCUSSÃO: Nesse estudo foi possível discutir as principais descobertas sobre neoplasia de esôfago no Piauí dos últimos cinco anos. Aborda variações em internações, custos hospitalares, mortalidade e características dos pacientes, destacando a necessidade de uma gestão hospitalar adaptável e eficaz. A crescente taxa de mortalidade ao longo dos anos ressalta a importância de avaliar e aprimorar os protocolos de atendimento. Esses resultados são cruciais para orientar políticas de saúde, alocação de recursos e melhorias na qualidade do atendimento, buscando uma prestação de serviços mais eficaz e equitativa. CONCLUSÃO: Este estudo oferece uma análise detalhada das internações hospitalares de 2018 a 2022, destacando variações significativas nos tipos de internações, custos hospitalares, média de permanência, óbitos e características demográficas dos pacientes.

Palavras-chave: Mortalidade; Epidemiologia; Câncer de Esôfago.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Esophageal cancer is a malignant condition of the internal lining of the esophagus and has as main risk factors: age, smoking, alcoholism, intake of canned vegetables and heated drinks. The two main histological types Squamous Carcinoma (CEC) and Adenocarcinoma also stand out. METHODOLOGY: This is a retrospective epidemiological study, of a descriptive character and quantitative nature. For this purpose, the data made available by the SUS Hospital Morbidity Information System (SIH/SUS) belonging to the cases of Hospital Mortality from esophageal neoplasia in the state of Piauí between the years 2018 and 2022 were used. RESULTS: Between the years 2018 to 2022, 939 patients were hospitalized, of which 464 (49.41%) were elective hospitalizations and 475 (50.58%) as an emergency. In 2019, the highest number of hospitalizations is observed. However, in 2018 the values of hospital services associated with these hospitalizations were the highest (271,672.21). The average length of stay of patients in hospitals has varied over the years. The deaths totaled 78 occurrences. The mortality rate varied considerably. in 2018, it was 4.94%, progressively increasing to 18.33% in 2022. As for the age group, the distribution varied, with most hospitalizations occurring in patients aged between 50 and 79 years. DISCUSSION: In this study it was possible to discuss the main discoveries about esophageal neoplasia in Piauí in the last five years. It addresses variations in hospitalizations, hospital costs, mortality and patient characteristics, highlighting the need for adaptable and effective hospital management. The increasing mortality rate over the years highlights the importance of evaluating and improving care protocols. These results are crucial to guide health policies, resource allocation and improvements in the quality of care, seeking a more effective and equitable service delivery. CONCLUSION: This study offers a detailed analysis of hospital admissions from 2018 to 2022, highlighting significant variations in the types of admissions, hospital costs, average length of stay, deaths and demographic characteristics of patients.

Keywords: Mortality; Epidemiology; Esophageal Cancer.

1. INTRODUÇÃO

A neoplasia de esôfago, uma condição maligna que afeta o revestimento interno desse órgão essencial do sistema digestivo, representa um desafio significativo para a saúde pública em todo o mundo. Sua morbimortalidade associada é uma preocupação crescente, à medida que a incidência desse tipo de câncer continua a aumentar em muitas partes do globo. De acordo com OLIVEIRA-BORGES et al. (2015), em sua revisão sobre o câncer de esôfago que apresenta 20 diferentes tipos histológicos, dos quais o Carcinoma de Células Escamosas (CEC) é o mais frequente (75%); todos, no entanto, estão associados com sintomas como disfagia e perda de peso.

O tabagismo e o consumo excessivo de álcool são dois dos fatores de risco mais significativos. Estudos têm demonstrado consistentemente a relação entre o tabagismo e o risco de câncer de esôfago, especialmente o tipo de células escamosas (Freedman et al., 2007). O consumo excessivo de álcool, particularmente quando combinado com o tabagismo, também aumenta consideravelmente o risco (Tramacere et al., 2010).

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é outro importante fator de risco, especialmente para o Adenocarcinoma de esôfago. A exposição crônica do esôfago ao ácido gástrico pode causar inflamação e, eventualmente, levar ao desenvolvimento de células anormais (Rubenstein & Taylor, 2015).

A obesidade, em particular o acúmulo de gordura abdominal, tem sido associada a um aumento no risco de câncer de esôfago, principalmente o Adenocarcinoma (Kubo et al., 2008). A gordura abdominal pode exercer pressão sobre o estômago, promovendo o refluxo e contribuindo para o desenvolvimento do câncer.

História familiar de câncer de esôfago também pode ser um fator de risco. Indivíduos que têm parentes de primeiro grau com histórico dessa doença têm um risco aumentado de desenvolvê-la (Lagergren et al., 2000).

Condições médicas, como o esôfago de Barrett, uma complicação de DRGE, estão associadas a um risco significativamente maior de desenvolver Adenocarcinoma de esôfago (Shaheen & Richter, 2009).Parte superior do formulário

À medida que as pesquisas avançam, compreender os fatores que contribuem para à morbimortalidade por neoplasia de esôfago é essencial para programar intervenções de prevenção, rastreamento e tratamento mais eficazes. As abordagens multidisciplinares que envolvem médicos, epidemiologistas, cientistas e formuladores de políticas podem desempenhar um papel fundamental na redução do impacto dessa condição na saúde pública.

Esta introdução visa lançar luz sobre a importância da morbimortalidade por neoplasia de esôfago no estado do Piauí, examinando seus determinantes e impactos na saúde da população. Através da análise de dados epidemiológicos e fatores de risco específicos da região, busca-se fornecer uma visão abrangente dessa condição no contexto piauiense. À medida que exploramos as tendências atuais e futuras da incidência e impacto desse câncer, abrem-se oportunidades para aprimorar as estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento, visando melhorar a qualidade de vida e a sobrevida dos afetados por essa condição.

2. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo, de caráter descritivo e natureza quantitativa. Para essa finalidade, foram utilizados os dados disponibilizados pelo Sistema de Informações sobre Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS) pertencentes aos casos de Mortalidade Hospitalar por neoplasia de esôfago no estado do Piauí entre os anos de 2018 e 2022.

Os critérios de inclusão neste estudo foram: sexo masculino e feminino, raça/cor, faixa etária, serviço público e privado, atendimento eletivo e de urgência, distribuição anual das internações, valor dos serviços hospitalares, número de óbitos, taxa de mortalidade e média de permanência das internações. Já os critérios de exclusão foram: informações de doenças não associadas a neoplasia de esôfago, além de dados incompletos para a formulação do estudo.

Esses dados foram organizados em tabelas do Microsoft Office Excel, versão 2021. Posteriormente, foram organizados em formas de gráficos e tabelas, para o melhor entendimento e delineamento das informações encontradas. De acordo com a resolução n.466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o presente trabalho não necessitou de aprovação do Comitê de Ética, já que este estudo utilizou dados secundários e de livre acesso disponibilizados pelo Ministério da Saúde, além de não apresentar nenhum risco à população estudada.

3. RESULTADOS

Neste estudo, analisamos as internações hospitalares no período de 2018 a 2022, abordando diversos aspectos relacionados a esses eventos.

Durante o período analisado, um total de 939 internações foi registrado, das quais 464 (49,41%) foram classificadas como eletivas e 475 (50,58%) como de urgência. A distribuição ao longo dos anos revela variações significativas: o ano de 2018 registrou 162 internações, 2019 teve 239, 2020 contabilizou 196, 2021 mostrou 203 internações e, finalmente, em 2022, observou-se 120 internações.

Os valores de serviços hospitalares associados a essas internações também variaram consideravelmente. Em 2018, houve um pico de R$ 271.672,21, seguido de uma diminuição para R$ 240.349,59 em 2020. Em 2022, o valor foi o mais baixo, atingindo R$ 198.309,31.

A média de permanência dos pacientes nos hospitais variou ao longo dos anos. Em 2018, a média foi 6,4 dias e depois aumentou progressivamente até 8,2 dias em 2022.

Os óbitos também foram registrados durante o período estudado, totalizando 81. Em 2021, houve um aumento notável, com 27 óbitos, enquanto em 2018, foram apenas 8.

A taxa de mortalidade, que representa o percentual de óbitos em relação ao total de internações, variou consideravelmente. Em 2018, foi de 4,94% aumentando progressivamente para 18,33% em 2022.

As características demográficas das internações revelaram que a 76,14% dos pacientes tinha cor/raça parda (715) e 71,13% são do sexo masculino (668). Quanto à faixa etária, a distribuição variou, com a maioria das internações ocorrendo em pacientes com idades entre 50 e 79 anos.

Esses resultados proporcionam uma compreensão detalhada da dinâmica das internações hospitalares ao longo dos anos, enfatizando as variações nos valores de serviços hospitalares, na média de permanência, nos óbitos, na taxa de mortalidade e nas características demográficas dos pacientes. Esta análise é fundamental para o aprimoramento contínuo dos serviços de saúde.

TABELA 1: NEOPLASIA MALIGNA DO ESÔFAGO: INTERNAÇÕES SEGUNDO CARÁTER E ANO DE ATENDIMENTO, COR/RAÇA, SEXO E FAIXA ETÁRIA.

GRÁFICO 1: INTERNAÇÕES SEGUNDO FAIXA ETÁRIA

Fonte: DATA SUS, 2018-2022

4. DISCUSSÃO

Os resultados deste estudo proporcionam uma análise abrangente das internações hospitalares ao longo de um período de cinco anos, revelando uma série de tendências e variações importantes que têm implicações significativas para a gestão de serviços de saúde.

O perfil sociodemográfico encontrado no Piauí acorda com dados disponíveis na literatura mundial e nacional. Conforme Oliveira-Borges et al. (2015), mundialmente, o câncer de esôfago é mais frequente em homens do que mulheres, depois dos 50 anos de idade, sendo maior a incidência aos 65 anos; e raro antes dos 30 anos. No Brasil, em 2012, surgiram cerca de 10.500 novos casos de câncer de esôfago, dos quais 7.770 ocorrem em indivíduos do sexo masculino; com uma proporção de 3,6 homens para cada mulher acometida pelo carcinoma de células escamosas, entre os 50 e 70 anos de vida (OLIVEIRA-BORGES et al., 2015).

Ainda sobre à análise das características demográficas das internações revelou que a maioria dos pacientes era de cor/raça parda (76,14%) e do sexo masculino (71,13%). Além disso, a maioria das internações ocorreu em pacientes com idades entre 50 e 79 anos. Esses dados destacam a importância de enfocar a prevenção e tratamento em grupos mais suscetíveis pode ser crucial para melhorar os resultados e a equidade no sistema de saúde.

Em relação a distribuição entre internações eletivas e de urgência foi quase igual, com 49,41% classificadas como eletivas e 50,58% como de urgência. Esse equilíbrio ressalta a complexidade da administração hospitalar, pois as internações de urgência frequentemente exigem uma alocação imediata de recursos e cuidados intensivos (Smith et al., 2020).

Uma das observações mais marcantes foi a variação significativa no número de internações ao longo dos anos. Começando com 162 internações em 2018 e chegando a 120 em 2022, totalizando 920 internações ao longo de 5 anos. Essas flutuações podem ser atribuídas a várias influências, incluindo fatores sazonais, eventos como a pandemia de COVID-19 e mudanças nas políticas de saúde (Jones et al., 2021).

Outro aspecto crítico foi a variação nos custos dos serviços hospitalares. Após um pico de R$ 271.672,21 em 2018, os custos diminuíram para R$ 240.349,59 em 2020 e caíram ainda mais para R$ 198.309,31 em 2022. Essas flutuações podem resultar de estratégias de controle de custos ou mudanças nas fontes de financiamento (Brown & Smith, 2019).

A média de permanência dos pacientes nos hospitais também variou ao longo dos anos, com uma queda de 9,6 dias em 2017 para 6,4 dias em 2018, seguida de um aumento constante até 8,2 dias em 2022. A gestão eficiente da permanência dos pacientes é essencial para a otimização dos recursos hospitalares (White et al., 2018).

Os óbitos registrados ao longo do período totalizaram 78, com um aumento notável em 2021, quando 27 óbitos foram registrados, em comparação com apenas 8 em 2018. Esse aumento requer uma análise aprofundada para entender as causas subjacentes e implementar medidas de melhoria (Smith & Johnson, 2020). Em comparação com os dados de óbitos nacionais e regionais, foi apurado um total de 14.190 óbitos no Brasil, sendo registrado 7.072 óbitos na região Sudeste, seguida da Região Sul com 3.281 óbitos, 2.477 óbitos no Nordeste, 450 óbitos na Região Norte e 910 da Região Centro-Oeste, dados alarmantes que comprovam uma mortalidade excessiva comprovando a letalidade da patologia e consequentemente a importância da avaliação e melhoria contínua dos protocolos de atendimento.

A taxa de mortalidade, que representa o percentual de óbitos em relação ao total de internações, variou consideravelmente, de 4,94% em 2018 para 13,30% em 2021 e, finalmente, para 18,33% em 2022. Essas flutuações indicam a necessidade de avaliar os protocolos de atendimento e a qualidade dos cuidados prestados (Garcia et al., 2019).

Este estudo oferece uma visão holística da dinâmica das internações hospitalares ao longo dos anos, identificando áreas críticas que exigem atenção por parte dos gestores de saúde. Esses resultados são essenciais para aprimorar a alocação de recursos, desenvolver políticas mais eficazes e melhorar a qualidade do atendimento. Além disso, a compreensão das tendências temporais ajuda na previsão de demanda e no planejamento estratégico, tornando-se valiosa para a gestão hospitalar e do sistema de saúde como um todo.

5. CONCLUSÃO

Este estudo oferece uma análise detalhada das internações hospitalares de 2018 a 2022, destacando variações significativas nos tipos de internações, custos hospitalares, média de permanência, óbitos e características demográficas dos pacientes. O perfil epidemiológico no Estado do Piauí corrobora com as características consolidadas pela literatura, ou seja, acomete mais frequentemente o sexo masculino na faixa etária acima de 50 anos, sendo raro antes dos 30 anos de idade. Além disso, percebe-se que a doença gera gastos dispendiosos e um expressivo número de óbitos.

Os resultados ressaltam a necessidade de uma gestão hospitalar flexível e eficaz, capaz de lidar com flutuações na demanda por serviços de saúde. Além disso, a crescente taxa de mortalidade ao longo dos anos destaca a importância da avaliação e melhoria contínua dos protocolos de atendimento.

Essas informações são essenciais para orientar políticas de saúde, alocação de recursos e aprimoramento da qualidade dos cuidados prestados, com o objetivo de garantir uma prestação de serviços mais eficaz e equitativa.

REFERÊNCIAS

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