MICRONEEDLING: A SYSTEMATIC REVIEW OF ITS EFFICACY AND APPLICATIONS IN THE MANAGEMENT OF MELASMA
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202506161013
Heloísa Helena Hackbarth Zardo¹
Giulia Galani Martha²
Dra. Aline Nunes³
Orientadora: Dra. Susane Lopes⁴
Resumo
O melasma é uma condição cutânea crônica e recidivante, afetando principalmente a face e sua qualidade de vida. O tratamento é desafiador devido à complexidade etiológica e à variabilidade de resposta individual. Este estudo teve como objetivo identificar protocolos de microagulhamento (MA) no manejo do melasma facial, analisar ativos utilizados como estratégia de liberação de ingredientes ativos clareadores e discutir a eficácia clínica dessa abordagem. A revisão da literatura mostrou que o MA se consolidou como técnica promissora, especialmente quando associado à entrega transdérmica de agentes despigmentantes como ácido tranexâmico, vitamina C, niacinamida e PRP. Essa associação potencializa a penetração cutânea dos ativos, reduzindo a pigmentação e melhorando a uniformidade da pele, mesmo em casos resistentes a terapias convencionais. No entanto, a análise dos estudos revelou heterogeneidade metodológica em relação à profundidade das microagulhas, número de sessões e tipos de cartuchos, limitando a comparabilidade dos resultados. A resposta ao tratamento varia conforme o tipo de melasma, o fototipo e o histórico terapêutico. Estratégias emergentes como nanotecnologia e entrega transdérmica personalizada mostraram-se promissoras para aumentar a eficácia e reduzir efeitos adversos. A abordagem psicossocial no manejo do melasma também é crucial, dado o impacto emocional da condição. Conclui-se que o microagulhamento, especialmente com ativos clareadores e tecnologias de liberação de ingredientes ativos, representa uma alternativa eficaz no tratamento do melasma facial, porém, necessitando de mais estudos clínicos padronizados e de longo prazo.
Palavras-chave: Drug delivery. Tratamento despigmentante. Terapias combinadas.
1 INTRODUÇÃO
O melasma é uma condição dermatológica comum, caracterizada pelo surgimento de manchas escuras, geralmente simétricas, em áreas do rosto frequentemente expostas ao sol, como testa, bochechas e mandíbula (ABDALLA, 2021; RAJANALA; MAYONE; VASH, 2019). Essa hiperpigmentação resulta de múltiplos fatores, incluindo exposição à radiação ultravioleta, alterações hormonais, predisposição genética e processos inflamatórios cutâneos (WAWRZYŃCZAK, 2023). Distúrbios de saúde mental, como transtornos de humor e qualidade do sono prejudicada, também são considerados fatores agravantes do melasma facial (ABREU et al., 2024). Embora a etiologia exata do melasma ainda não esteja completamente esclarecida, sabe-se que a condição está associada ao aumento da atividade dos melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina (RAJANALA; MAYONE; VASH, 2019).
Categoricamente, o melasma é classificado em epidérmico, dérmico ou misto, com base na localização da deposição de pigmento (GARG et al., 2024). O exame com lâmpada de Wood tem sido usado para determinar a localização do pigmento, no entanto, estudos histopatológicos recentes revelaram que essas avaliações podem não ser precisas (WANG et al., 2023). A microscopia confocal a laser sugere que todos os tipos de melasma são mistos, indicando uma fisiopatologia compartilhada (PROIETTI et al., 2024). Além das categorias, três padrões clínicos foram descritos: (1) centrofacial – o padrão mais comum envolvendo testa, bochechas, nariz, lábio superior e queixo; (2) malar – envolvendo bochechas e nariz; e (3) mandibular – envolvendo a linha do maxilar. Melasma nos antebraços também foi descrito, mas não foi bem caracterizado (WANG et al., 2023).
Essa disfunção dermatológica pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e na autoestima, especialmente devido à sua localização frequente no rosto e ao curso crônico da condição. Embora geralmente assintomático, o melasma é uma condição deformante que pode afetar profundamente o bem-estar psicossocial dos pacientes. A gravidade desse impacto não está apenas relacionada à extensão das manchas, mas também é influenciada por fatores emocionais. Pesquisas indicam que o melasma pode levar a uma redução substancial na qualidade de vida e a questões de autoestima (MCKESEY et al., 2020; MAJID; ALEEM, 2022). Esse cenário destaca a necessidade urgente de desenvolver e implementar abordagens inovadoras e eficazes no tratamento do melasma. É fundamental que essas abordagens não apenas tratem a descoloração, mas também minimizem os impactos psicossociais, promovendo alívio duradouro e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. O manejo eficaz do melasma é essencial para reduzir os impactos negativos dessa condição e promover o bem-estar geral dos afetados (PAWASKAR et al., 2007; JIANG et al., 2018).
Existem várias opções para o gerenciamento do melasma, incluindo medicamentos tópicos e sistêmicos, peelings químicos, lasers e terapias baseadas em luz. Entre as técnicas, o microagulhamento (MA), uma abordagem que utiliza microagulhas finas para causar microperfurações na pele, se destaca por sua capacidade de estimular a proliferação de fibroblastos, aumentar a formação de colágeno e facilitar a administração de ativos tópicos (PROIETTI et al., 2024). Este procedimento, também conhecido como “entrega de ativos”, melhora a eficácia dos tratamentos tópicos e promove a regeneração da pele, aprimorando sua textura e uniformidade (FABBROCINI et al, 2011).
Estudos recentes indicam que a combinação de MA com agentes clareadores, como hidroquinona, ácido azelaico, mequinol, ácido kójico e retinoides, pode resultar em uma redução mais significativa e duradoura das manchas de melasma em comparação com o uso isolado de agentes despigmentantes (MCKESEY et al., 2020). Em particular, a formulação com hidroquinona, tretinoína e corticosteroide tem mostrado resultados promissores (TASSARA et al., 2024).
Dado o avanço no tratamento do melasma com a técnica de MA, o objetivo deste estudo é investigar os protocolos de MA mais eficazes no manejo do melasma e examinar como a combinação com diferentes agentes na entrega de ingredientes ativos pode influenciar os resultados.
2 METODOLOGIA
2.1 Desenho do estudo
A revisão sistemática seguiu os critérios PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses – http://www.prisma-statement.org/PRISMAStatement/Checklist), utilizando a base de dados do Portal de Periódicos da CAPES, estabelecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação do Brasil (https://www-periodicos-capes-govbr.ezl.periodicos.capes.gov.br/index.php?). Atualmente, o banco de dados hospeda mais de 49 mil manuscritos completos, juntamente com 455 bases de dados indexadas no portal.
Os descritores “microneedling” AND “melasma” foram utilizados nesta pesquisa, focando exclusivamente em artigos científicos revisados por pares, escritos em inglês, e publicados entre 2019 e 2023.
Entre as coleções acessíveis na plataforma da CAPES, os resultados foram filtrados pelas seguintes bases de dados: Journals@0vid (n = 38), PubMed (n = 35), Science Citation Index Expanded (n = 32), Wiley Online Library (n = 25), AUC Wiley Frozen Package em 2012 (n = 24), Wiley-Blackwell Full Collection 2013 (n = 24), DOAJ Directory of Open Access Journals (n = 20), Wiley Online Library Open Access (n = 19), PubMed Central (n = 17), ScienceDirect (n = 7), SpringerNature Journals (n = 5), Wiley-Blackwell Full Collection 2009 (n = 5), ScELO (n = 2), Oxford Journals (n = 1) e HighWire Press (Jornais Abertos) (n = 1).
2.2 Avaliação de qualidade
Dois autores (H.H.H.Z. e G.G.) realizaram a revisão da literatura de forma independente para minimizar possíveis vieses na seleção dos artigos. Após isso, uma investigação abrangente foi realizada por mais dois indivíduos (A.N. e S.L.). O mapeamento dos artigos ocorreu de 24 a 26 de abril de 2024.
2.3 Extração de dados
Os dados foram extraídos integralmente dos periódicos da CAPES para análise posterior, independentemente de sua inclusão nos resultados (n = 62). Eles foram tabulados em uma planilha do Microsoft Excel® (.xlsx), incluindo o título do artigo, ano de publicação, área de estudo e objetivo da pesquisa.
2.4 Critérios de inclusão/exclusão
Após compilar os artigos (n = 62), os seguintes critérios de exclusão foram aplicados: artigos de revisão de literatura (n = 19), artigos que não direcionaram o MA para o gerenciamento de melasma (n = 6), artigos que apenas citaram o tema (n = 1), uma resposta ao editor (n = 1), uma atualização de manuscrito (n = 1) e dois artigos duplicado (n = 2). Assim, 32 artigos que atendiam aos critérios de inclusão, utilizando MA para o tratamento de melasma, foram retidos para análise abrangente e descrição dos resultados. Esses artigos selecionados foram categorizados em dois grupos: comparações entre diferentes técnicas ou ingredientes ativos (n = 16), e avaliação de eficácia (n = 16) (Figura 1).

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Dos 32 artigos selecionados para a revisão sistemática, observou-se que 7 foram publicados a cada ano nos períodos de 2020, 2021, 2022 e 2023, enquanto 4 foram publicados em 2019.
Entre os periódicos que publicaram os artigos selecionados, o Journal of Cosmetic Dermatology destacou-se com 11 publicações, seguido pelo Journal of Cutaneous and Aesthetic Surgery com 3, e pelo The Journal of Clinical and Aesthetic Dermatology e Dermatologic Therapy, ambos com 2 publicações. Além disso, 14 outros periódicos foram incluídos na pesquisa, cada um com um único artigo publicado.
Em relação às categorias de análise, foram consideradas duas: artigos que avaliaram comparações entre diferentes técnicas ou ingredientes ativos (n = 16) e aqueles que analisaram a eficácia de uma técnica isoladamente ou em combinação para determinar a efetividade do tratamento (n = 16).
3.1 Comparação entre técnicas e/ou ingredientes ativos
Ao analisar os resultados da comparação entre técnicas e/ou ingredientes ativos, um total de 16 manuscritos foi identificado (Tabela 1). Esses estudos foram divididos em duas categorias: aqueles que utilizaram apenas ingredientes ativos (n = 14) e aqueles que combinaram técnicas com ingredientes ativos (n = 2), além do tratamento com microagulhamento (MA). As publicações foram lançadas entre 2020 (n = 6), 2021 (n = 2), 2022 (n = 4) e 2023 (n = 4).
Nos artigos que empregaram apenas ingredientes ativos, os seguintes foram observados: ácido tranexâmico (ATX; n = 11), vitamina C (n = 5), plasma rico em plaquetas (PRP; n = 3) e hidroquinona (HQ; n = 3). Entre os estudos envolvendo diferentes técnicas e ingredientes ativos, 2 estudos combinaram ATX com diferentes técnicas, ou seja, testaram lasers em conjunto com ATX comparando-os à técnica de MA.
Começando pelos manuscritos que testaram apenas ingredientes ativos, o ATX (ácido tranexâmico) teve o maior número de estudos. No estudo de Cassiano et al. (2020), 64 mulheres com melasma facial participaram de uma investigação que avaliou a eficácia do ATX oral e do MA (Microagulhamento com ativos) no tratamento da condição. As participantes foram aleatoriamente divididas em quatro grupos: Grupo M recebeu MA (2 sessões) e um placebo oral; Grupo T recebeu ATX oral (250 mg, duas vezes ao dia); Grupo MT recebeu uma combinação de ATX oral e MA; Grupo CT recebeu um placebo oral, sem MA. O critério de avaliação primário foi o índice de gravidade da área de melasma modificado (mMASI) em três momentos: 30, 60 e 120 dias após o tratamento. Os resultados mostraram que todos os grupos apresentaram uma redução no mMASI ao longo do tempo. No entanto, os Grupos M e T demonstraram uma melhoria significativa já aos 30 dias, em comparação com o Grupo CT. Aos 60 dias, os Grupos M, T e MT apresentaram resultados superiores em comparação com o Grupo CT. Não houve diferença significativa na eficácia entre os Grupos M e T (p > 0,1), mas o Grupo T apresentou desempenho inferior em relação ao Grupo CT no acompanhamento de 120 dias (p = 0,04). Melhorias nos escores de qualidade de vida foram observadas principalmente nos Grupos M e MT (T30). A análise DifL revelou uma diminuição precoce no grupo MT. Assim, os autores concluíram que tanto o ATX quanto o MA são eficazes no tratamento do melasma, com melhorias significativas em relação ao tratamento padrão.
Menon et al. (2020) realizaram um estudo com 30 mulheres com melasma simetricamente bilateral, com o objetivo de realizar uma investigação comparativa de face dividida. As participantes passaram por dois procedimentos em lados opostos do rosto: MA com ATX no lado esquerdo e MA com vitamina C a 20% no lado direito. Os procedimentos foram realizados duas vezes, com intervalos mensais, e os resultados foram avaliados por meio de fotografias clínicas, a pontuação MASI e avaliações globais tanto do médico (PGA) quanto da paciente (PtGA). Os resultados indicaram que, embora ambos os tratamentos tenham levado a melhorias, a maioria das pacientes mostrou respostas moderadas ao ATX, enquanto a vitamina C resultou predominantemente em respostas leves. Após oito semanas, 10% das pacientes apresentaram melhora significativa com ATX, em comparação com apenas 3,33% com vitamina C. Estatisticamente, a diferença entre os grupos não foi significativa (p > 0,05), provavelmente devido ao pequeno tamanho da amostra. No entanto, a satisfação geral foi maior com ATX, com 56,7% das pacientes relatando melhorias moderadas, em comparação com 16,7% com vitamina C. O estudo concluiu que o MA é um método seguro e eficaz, especialmente em combinação com ATX, que mostrou maior potencial como agente terapêutico para o melasma.
O estudo de Meymandi et al. (2020) avaliou 60 pacientes com melasma facial para comparar a eficácia do MA combinado com ATX tópico e HQ tópico no tratamento dessa condição. Os participantes foram randomizados em dois grupos: o Grupo A passou por MA mensal com ATX tópico a 4% aplicada durante três sessões, enquanto o Grupo B usou HQ tópico a 4% diariamente. O desfecho primário foi a redução no mMASI, avaliado nas semanas 4, 8 e 12 por dermatologistas cegos para os protocolos de tratamento. Ao final do estudo, ambos os grupos apresentaram uma redução significativa no mMASI. No Grupo A, o escore diminuiu de 12,89 ± 5,16 para 6,84 ± 4,31 (p < 0,01), enquanto o escore do Grupo B caiu de 13,56 ± 4,88 para 7,16 ± 4,38 (p < 0,01). Não foi observada diferença estatisticamente significativa na eficácia do tratamento entre os grupos (p > 0,05). Além disso, a satisfação dos pacientes foi maior do que a dos médicos em ambos os grupos (p < 0,01). Os autores concluíram que tanto o MA com ATX quanto o HQ tópico são eficazes no tratamento do melasma, sem diferenças significativas entre os métodos.
A pesquisa de Xing et al. (2020) envolveu sessenta pacientes chineses com melasma facial bilateral e avaliou a eficácia do MA combinado com ATX em comparação com HQ a 4% no tratamento da condição. Os participantes foram randomizados em três grupos: o Grupo A aplicou ATX lipossomal a 1,8% topicamente duas vezes ao dia; o Grupo B passou por MA com solução de ATX a 5% semanalmente; e o Grupo C usou creme de HQ a 2% todas as noites como controle convencional. O tratamento durou 12 semanas. Os resultados mostraram que 27,8% dos pacientes no grupo de ATX lipossomal, 33,3% no grupo de MA com ATX, e 30,0% no grupo de HQ apresentaram melhorias superiores a 50%. O índice de melanina (MI) diminuiu significativamente em todos os grupos, com a redução mais pronunciada nos grupos MA com ATX e HQ em comparação com o grupo de ATX lipossomal. O índice de eritema (EI) também apresentou uma redução significativa nos grupos de ATX lipossomal e MA com ATX. Assim, foi concluído que tanto o ATX lipossomal a 1,8% quanto o MA com ATX a 5% são métodos eficazes e seguros para o tratamento do melasma.
Gharib, Mostafa e Ghonemy (2021) avaliaram os efeitos do MA seguido de PRP versus MA seguido de ATX em 26 pacientes com melasma. Os participantes foram aleatoriamente divididos em dois grupos, cada um com 13 pacientes. O Grupo 1 recebeu microagulhamento com agulhas de 1,5 mm seguido de aplicação tópica de PRP, enquanto o Grupo 2 passou por microagulhamento com a mesma profundidade de agulha seguido de ATX tópico (4 mg/mL). Antes do tratamento, foi realizada uma análise com luz de Wood para determinar o tipo de melasma (epidérmico, dérmico ou misto), e fotografias foram tiradas para avaliação dos resultados. Os desfechos foram avaliados com base no Índice de Área e Gravidade do Melasma (MASI) antes e depois do tratamento. Na primeira sessão, não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p > 0,05). No entanto, melhorias significativas foram observadas em ambos os grupos durante a segunda e terceira sessão, com resultados superiores no grupo tratado com PRP (p < 0,05), que foram ainda mais reduzidos ao final da quarta sessão (grupo tratado com PRP antes: 6,84 ± 3,37, depois: 3,08 ± 1,99; grupo tratado com ATX antes: 9,06 ± 2,95, depois: 5,89 ± 3,41). Não foram observadas diferenças significativas nos efeitos adversos, incluindo dor, eritema e hiperpigmentação pós-inflamatória. Os autores concluíram que o MA combinado com PRP proporciona resultados superiores em comparação ao MA com ATX no tratamento do melasma, mostrando-se uma alternativa eficaz e segura.
Zaky et al. (2021) investigaram 50 pacientes com melasma para comparar a eficácia do ATX tópico aplicado após MA versus HQ tópico a 4%, aplicado isoladamente. Os participantes foram aleatoriamente divididos em dois grupos de 25 pacientes cada: o Grupo A usou HQ 4% à noite, enquanto o Grupo B passou por sessões de MA (a cada duas semanas, totalizando quatro sessões) seguidas de ATX tópico a 4%. Ambos os grupos utilizaram protetor solar com FPS 50 durante o dia. O escore médio inicial do mMASI foi 6,604 ± 4,02 no Grupo A e 6,348 ± 3,84 no Grupo B, sem diferença significativa entre os grupos (p = 0,328). Após o tratamento, ambos os grupos demonstraram eficácia, com melhorias significativas no mMASI, efeitos adversosmínimos e boa tolerabilidade. No entanto, tanto os avaliadores quanto os pacientes relataram maior satisfação com os resultados no Grupo A, que usou HQ 4%. Os autores concluíram que ambas as modalidades são seguras e eficazes, com benefícios comparáveis no manejo do melasma.
El Attar et al. (2022) realizaram um ensaio clínico prospectivo de face dividida com 20 mulheres com melasma facial simetricamente bilateral. O lado direito do rosto foi tratado com ATX tópico após MA, enquanto o lado esquerdo recebeu vitamina C tópica após MA. As sessões ocorreram a cada duas semanas, totalizando seis sessões. O protocolo incluiu duas passagens com dermapen (Dr. Pen Ultima A1-W) ajustado para uma profundidade de 1,5 mm: a primeira passagem utilizou uma técnica de stamping com 10% de sobreposição após a aplicação inicial do agente, seguida pela aplicação do agente restante e uma segunda passagem com o dermapen. O lado direito recebeu 0,5 mLde ATX tópico (Kapron 500 mg/5 mL) e o lado esquerdo recebeu 0,5 mL de vitamina C tópica (Cosmotech 5 mL). Os resultados, avaliados pelo índice hemi-MASI e dermatoscopia antes e depois do tratamento, indicaram uma melhora significativa em ambos os lados do rosto. No entanto, o lado tratado com ATX apresentou uma melhora superior no componente vascular do melasma, atribuída aos efeitos vasculares do ATX. Os autores concluíram que tanto o ATX tópico quanto a vitamina C após o MA são técnicas eficazes e seguras no tratamento do melasma, com efeitos colaterais mínimos, e que o ATX é particularmente eficaz na redução do componente vascular da condição.
O estudo de Aboshady et al. (2023) envolveu 30 mulheres com melasma facial em um ensaio clínico de face dividida. O lado direito do rosto foi tratado com MA seguido de creme de ATX a 5%, enquanto o lado esquerdo recebeu MA seguido de solução de ATX a 5%. Além disso, o lado direito foi tratado com o creme de ATX a 5%, e o lado esquerdo com um creme placebo, ambos aplicados pelas pacientes duas vezes ao dia durante três meses. As sessões de MA ocorreram uma vez por mês, totalizando três sessões. A eficácia foi avaliada utilizando o índice Hemi-MASI, a satisfação das pacientes, fotografias clínicas, dermatoscopia e análise histopatológica da concentração de melanina por meio da coloração Fontana-Masson. Os resultados mostraram uma melhora significativa em ambos os lados em relação aos escores de Hemi-MASI, satisfação das pacientes e redução da concentração de melanina após o tratamento. Foi observada uma leve recidiva do melasma dois meses após a última sessão. Embora não houvesse diferenças significativas entre os tratamentos após a primeira e segunda sessões, o lado tratado com creme de ATX apresentou melhores resultados um mês após a terceira sessão (p < 0,05). Os autores concluíram que o ATX tópico é uma alternativa eficaz e segura para o tratamento do melasma, com o protocolo que combina creme de ATX aplicado pelas pacientes e MA apresentando resultados superiores em comparação ao MA com solução de ATX seguido de creme placebo.
Pazyar et al. (2023) estudaram 34 mulheres com melasma facial bilateral, comparando a eficácia do MA seguido de ATX e MA seguido de vitamina C. O tratamento envolveu MA a uma profundidade de 2-3 mm em cada lado do rosto, aplicando ATX no lado direito e vitamina C no lado esquerdo. O tratamento foi realizado três vezes, com intervalos de duas semanas. Os critérios de inclusão foram mulheres de 18 a 50 anos com melasma bilateral, enquanto os critérios de exclusão incluíam gravidez, uso de contraceptivos orais nos últimos 12 meses, distúrbios de coagulação, entre outros. O critério principal de avaliação foi o índice MASI, medido no início, durante o tratamento e dois meses após a conclusão do protocolo. Além disso, avaliações globais pelos pacientes (PtGA) e médicos (PGA) foram realizadas, juntamente com fotografias de acompanhamento. O escore médio do MASI no início do estudo foi 4,61 ± 1,54 no grupo ATX e 4,58 ± 1,59 no grupo vitamina C. Após a última sessão, o escore médio do MASI foi 2,11 ± 1,14 para o grupo ATX e 2,21 ± 1,17 para o grupo vitamina C. Embora ambos os tratamentos tenham mostrado melhoria, a diferença entre os grupos não foi estatisticamente significativa. A avaliação global dos pacientes (GAP) mostrou resultados favoráveis para os indivíduos tratados com ATX, com uma taxa de sucesso de 58,82%. Da mesma forma, o grupo tratado com vitamina C apresentou uma taxa de sucesso de 50%. No entanto, a diferença nas taxas de sucesso entre esses dois grupos de tratamento não foi estatisticamente significativa (p > 0,05). Na análise de satisfação (Patient Global Assessment [PtGA]), 35,29% dos pacientes tratados com ATX relataram “satisfação completa”, em comparação com 26,47% do grupo tratado com vitamina C, sem diferenças significativas (p > 0,05). Os autores concluíram que tanto o MA com ATX quanto o MA com vitamina C são opções eficazes e seguras para o tratamento do melasma, proporcionando boas respostas clínicas sem efeitos adversos significativos.
Poostiyan et al. (2023) investigaram 27 mulheres com melasma facial simétrico por meio de um estudo randomizado, controlado e com avaliador cego, comparando a eficácia e segurança da aplicação de MA com ATX e microinjeções com ATX, para o tratamento do melasma. As intervenções foram aplicadas nos lados opostos do rosto: um lado recebeu MA com ATX (100 mg/mL) usando o dispositivo InnoPen™, com profundidade de 1,5–2 mm, realizando movimentos de varredura em todas as direções, e o outro lado recebeu microinjeções intradérmicas de ATX, aplicadas em intervalos de 1 cm usando uma seringa de insulina de 0,5 mL com agulha de calibre 30. O tratamento foi realizado em três sessões, com intervalos de quatro semanas entre cada aplicação (semanas 0, 4 e 8). Todas as pacientes aplicaram creme de hidroquinona 4% (Sobhan Daru Co.) bilateralmente nas bochechas todas as noites durante um mês antes e durante o estudo como tratamento principal. O principal critério de avaliação foi a melhoria no mMASI, medida quatro semanas após a última sessão de tratamento. Os critérios secundários incluíram complicações e satisfação das pacientes, avaliados por meio de uma escala visual analógica (VAS). Os resultados mostraram que não houve diferença significativa entre os dois tratamentos em relação ao mMASI (p = 0,248 para o lado da mesoterapia e p = 0,633 para o lado das microinjeções). No entanto, a satisfação das pacientes foi significativamente maior no grupo da mesoterapia com ATX (p = 0,007). Em relação às complicações, hiperpigmentação pós-inflamatória ocorreu em uma paciente no grupo de mesoterapia, enquanto eritema, descamação e edema foram mais intensos no grupo de mesoterapia (p < 0,001). Os autores concluíram que, embora a mesoterapia com ATX e as microinjeções intradérmicas de ATX sejam comparáveis em eficácia para o tratamento do melasma facial, a mesoterapia foi preferida pelas pacientes devido à maior satisfação, apesar de uma maior taxa de complicações.
Batra et al. (2022) investigaram 40 pacientes com melasma facial, randomizados em dois grupos de 20 participantes cada. O Grupo A recebeu ATX oral (250 mg, duas vezes ao dia) por 12 semanas, enquanto o Grupo B recebeu aplicação transepidérmica de ATX (4 mg/mL) nas lesões de melasma utilizando um dermaroller (ou seja, MA) em sessões quinzenais, também por 12 semanas. Os pacientes foram acompanhados por 24 semanas, com avaliações nas semanas 4, 8, 12, 18 e 24 quanto à melhoria no MASI, recidiva e possíveis efeitos adversos. Os resultados mostraram que o padrão centrofacial foi o mais comum, presente em 60% dos casos, seguido pelo padrão malar em 40%. A redução nas pontuações MASI foi semelhante entre os grupos ao longo do período de estudo. O grupo A apresentou uma pontuação inicial de 11.98 ± 5.47 e, após 24 semanas de tratamento, reduziu para 3.10 ± 3.38, enquanto o grupo B iniciou com 12.13 ± 3.16, reduzindo para 3.09 ± 1.32. Ao final das 24 semanas, 70% (n = 14) dos pacientes no Grupo A mostraram uma melhora significativa (>75%), enquanto essa porcentagem foi de 45% (n = 9) no Grupo B. A recidiva foi rara, observada em apenas um paciente no Grupo A ao final do acompanhamento. O estudo concluiu que tanto o ATX oral quanto o ATX transepidérmico foram igualmente eficazes no tratamento do melasma, sugerindo que a eficácia do ATX é independente da via de administração. A administração oral é mais prática, enquanto a via transepidérmica evita efeitos adversos sistêmicos, embora seja mais dolorosa. Além disso, destacou-se a necessidade de sessões de manutenção devido à propensão à recidiva do melasma. Apesar dos resultados promissores, foi notado um pequeno número amostral como uma limitação do estudo.
Além dos estudos focados no ATX, pesquisas recentes avaliaram outros tratamentos para melasma, destacando o uso da MA combinada com diferentes agentes terapêuticos. No estudo de Abdel-Rahman et al. (2020), 20 pacientes com melasma facial participaram de uma investigação comparando a eficácia de MA com vitamina C e MA com PRP com MA isolada. Os participantes foram divididos em quatro grupos utilizando o modelo split-face: no Grupo A, o lado direito do rosto foi tratado com MA combinada com vitamina C, enquanto o lado esquerdo recebeu apenas MA; no Grupo B, o lado direito foi tratado com MA combinada com PRP, e o lado esquerdo foi submetido apenas a MA. O protocolo incluiu exame clínico da pele, fotografias, análise com luz de Wood, dermatoscopia e biópsias de pele para avaliação dos resultados. Os resultados mostraram que tanto MA com vitamina C quanto MA com PRP levaram a melhorias significativas no melasma em comparação com a MA isolada. As avaliações clínicas e exames complementares confirmaram a eficácia dos tratamentos combinados na redução da hiperpigmentação. Nenhum efeito colateral significativo foi relatado. Os autores concluíram que combinar MA com vitamina C ou PRP é uma abordagem eficaz e segura no manejo do melasma, apresentando resultados superiores em comparação com a MA isolada.
No estudo de Abdel-Rahman et al. (2022), dez mulheres com melasma misto bilateral facial participaram de um estudo prospectivo split-face para comparar a eficácia do MA combinado com vitamina C com o MA combinado com PRP. As participantes realizaram seis sessões de MA, com vitamina C aplicada no lado direito do rosto e PRP no lado esquerdo. A avaliação ocorreu um mês após a última sessão, considerando exames clínicos, dermatoscópicos e histológicos. Os resultados indicaram que ambos os tratamentos reduziram significativamente os escores do MASI em comparação com a linha de base. No entanto, a redução foi mais pronunciada no lado tratado com vitamina C (p < 0,05). A limpeza clínica e dermatoscópica do melasma também foi superior com a vitamina C (p = 0,005), assim como a redução de melanina epidérmica e melanófagos dérmicos. A análise histológica usando a coloração MART-1 mostrou uma redução mais significativa nas células positivas no lado tratado com vitamina C (p = 0,044 para células epidérmicas). Em termos de avaliação global, o lado direito (tratado com vitamina C) foi classificado como “excelente” em 70% dos casos, e “bom” em 30%, enquanto o lado esquerdo (tratado com PRP) foi classificado como “excelente” em 40% e “bom” em 60%. Os autores concluíram que MA combinada com vitamina C foi mais eficaz no tratamento do melasma misto em comparação com MA com PRP, demonstrando uma maior redução nos escores do MASI e uma melhora clínica superior. Esses resultados reforçam que, além do ATX, outros agentes podem ser explorados em combinação com MA para potencializar o tratamento do melasma.
No estudo de Farshi e Mansouri (2020), 20 pacientes com melasma epidérmico participaram de uma pesquisa para avaliar a eficácia da MA combinada com uma solução de despigmentação mesoestetic (mesoneedling) em comparação com a MA padrão. Os participantes receberam o tratamento de MA em um lado do rosto e mesoneedling no outro, com sessões mensais durante quatro meses. A eficácia dos tratamentos foi avaliada utilizando colorimetria Dermacatch, escores mMASI, avaliação global do investigador (IGA) e questionários dos pacientes. As avaliações foram realizadas no início do estudo, após dois meses e ao final do estudo (quatro meses após). Os resultados mostraram que, antes do tratamento, a diferença média de pigmentação entre a pele normal e a área afetada pelo melasma era semelhante para ambos os tratamentos (43,7 ± 20,12 para MA e 44,6 ± 20,72 para mesoneedling). Após dois meses de tratamento, essa diferença diminuiu significativamente para 34,5 ± 16,26 para MA e 29,75 ± 15,07 para mesoneedling. Após quatro meses, a diferença foi reduzida para 28,05 ± 13,79 para MA e 20,45 ± 10,58 para mesoneedling, com diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos (p = 0,0001). Os autores concluíram que tanto MA quanto o mesoneedling são eficazes na redução da melanina nas lesões de melasma epidérmico, oferecendo uma alternativa viável para o tratamento dessa condição.
Em artigos que investigaram o uso de ingredientes ativos e diferentes técnicas, foram encontradas abordagens testadas para os tratamentos que utilizam ATX, incluindo um estudo que comparou sua eficácia combinada com MA ou o laser ND:Yag (DEBASMITA et al., 2022) e um que avaliou o ATX isolado em combinação com laser CO2 fracionado em comparação com o MA associado ao ATX e ATX tópico (DAWAUD et al., 2023).
Debasmita et al. (2022) investigaram 60 pacientes com melasma para comparar a eficácia e os efeitos colaterais da MA e do laser Nd:YAG fracionado Q-switch, ambos associados ao uso tópico de gel de ácido tranexâmico (ATX) a 3%. Os participantes foram aleatoriamente designados para dois grupos: o Grupo A recebeu sessões mensais de laser Nd:YAG Q-switch com gel de ATX diário, enquanto o Grupo B passou por sessões mensais de MA, também com gel de ATX diário. Um total de cinco sessões foi realizado, com acompanhamento de dois meses após o tratamento. O critério primário de avaliação foi a redução no mMASI, juntamente com a pontuação de satisfação dos pacientes e fotografias comparativas. Os resultados mostraram uma redução significativa no mMASI em ambos os grupos. No Grupo A, o mMASI diminuiu de 5,12 ± 2,66 para 2,33 ± 1,33, enquanto no Grupo B, caiu de 4,60 ± 2,38 para 1,88 ± 1,08 (p < 0,001). Embora nenhuma diferença estatisticamente tenha sido observada entre os dois grupos (p = 0,14), a redução percentual no mMASI foi de 55% no Grupo A e 60% no Grupo B. A satisfação dos pacientes não apresentou diferença significativa entre os grupos (p > 0,05). O grupo B apresentou melhores resultados, segundo os autores desta pesquisa.
No estudo de Dawaud et al. (2023), 30 mulheres com melasma facial participaram de uma investigação que avaliou a eficácia do ácido tranexâmico tópico (ATX) isolado e em combinação com laser CO₂ fracionado ou MA. As participantes foram divididas aleatoriamente em três grupos iguais. O Grupo A recebeu tratamento com laser CO₂ fracionado em quatro sessões com intervalos de três semanas, seguido pela aplicação tópica imediata de uma solução de ATX a 5% e o uso diário de um creme de ATX a 5%. O Grupo B foi tratado com o MA, seguindo um protocolo similar ao do Grupo A, também seguido pela aplicação tópica imediata e uso diário de ATX. O Grupo C recebeu apenas a aplicação diária de um creme de ATX a 5%. A avaliação foi baseada no mMASI, na satisfação dos pacientes e na dermatoscopia. Os resultados mostraram uma melhora significativa no mMASI em todos os grupos, com os Grupos A e B apresentando resultados significativamente melhores do que o Grupo C (p = 0.039 e 0.011, respectivamente). No entanto, não houve diferença entre os Grupos A e B (p = 0,62).
Além disso, o laser CO₂ fracionado demonstrou um risco maior de hiperpigmentação pósinflamatória em pacientes Fitzpatrick III e IV (30% dos pacientes), destacando a importância de uma seleção cuidadosa dos pacientes. Foi verificado um grau de satisfação significativo nos Grupos A e B comparados ao Grupo C (p = 0,001 e 0,006, respectivamente). Embora ambos os tratamentos combinados (laser CO₂ e microagulhamento) tenham mostrado resultados dermatoscópicos favoráveis e alta satisfação dos pacientes, não houve uma diferença estatisticamente significativa entre os dois em termos de efeitos dermatoscópicos ou satisfação. Os autores concluíram que o ATX tópico é uma opção segura e eficaz para o tratamento do melasma facial, e sua combinação com laser CO₂ fracionado ou MA melhora os resultados.
Entretanto, o MA é mais recomendado devido à sua eficácia semelhante ao CO₂ fracionado e menores riscos associados.
Há vários mecanismos fisiopatológicos que compreendem o que é esteticamente descrito como melasma, incluindo (1) melanócitos biologicamente ativos (2) agregação de melanina e melanossomas na derme e epiderme (3) aumento da contagem de mastócitos e elastose solar (4) membrana basal (BM) alterada e (5) aumento da vascularização (PIĘTOWSKA; NOWICKA; SZEPIETOWSKI, 2022). Isto demonstra a importância de estratégias personalizadas adaptadas aos perfis individuais dos pacientes. Essas estratégias podem otimizar os resultados e aumentar a satisfação do paciente no tratamento dessa disfunção cutânea complexa e frequentemente recalcitrante. À medida que o campo continua a evoluir, a integração de abordagens inovadoras será crucial para melhorar a qualidade do atendimento para aqueles afetados pelo melasma.
Tabela 1 – Artigos publicados na base de dados do Portal de Periódicos da CAPES (2019-2023) utilizando os descritores “microneedling” AND “melasma” na categoria de comparação (n = 16).


3.1 Efetividade dos tratamentos e/ou ingredientes ativos
Para a categoria relacionada à efetividade dos tratamentos e/ou ingredientes ativos (n = 16), foram estabelecidas duas subcategorias: a eficácia dos ingredientes ativos (n = 14) e a eficácia das técnicas (n = 2). Os artigos indicaram o uso de placebo para avaliar a eficácia dos tratamentos, destacando a resposta ao tratamento ao avaliar tanto o início quanto o final (Tabela 2). Esses estudos foram publicados entre 2019 (n = 4), 2020 (n = 1), 2021 (n = 6), 2022 (n = 3) e 2023 (n = 2). Entre os artigos que avaliaram a eficácia dos ingredientes ativos, as análises incluíram ATX (n = 3), vitamina C (n = 2), sérum clareador (n = 1), ácido azelaico lipossomal, 4-n-butilresorcinol e sérum de retinol (n = 1), fator de crescimento epidérmico (n = 1), ácido retinoico (n = 1), creme despigmentante (n = 1), metimazol (n = 1), polinucleotídeos (n = 1), HQ e PRP (n = 1), e glutationa (n = 1).
Em relação à análise de ATX, Saleh et al. (2019) avaliaram 42 mulheres com melasma facial em um estudo que comparou a eficácia do ATX tópico (3%) combinado com MA versus MA isolado. As participantes foram divididas aleatoriamente em dois grupos: o Grupo I recebeu seis sessões de MA com aplicação tópica de ATX (1 a 3 mL, dependendo da área tratada), enquanto o Grupo II passou por seis sessões de MA isolado. As sessões foram realizadas a cada 14 dias usando um dermapen (com agulhas ajustadas para 1,5 mm) em múltiplas direções até que aparecesse eritema e sangramento pontiforme. A melhora clínica foi classificada como ‘excelente’ em 23,8%, ‘muito boa’ em 23,8%, ‘moderada’ em 42,9% e ‘leve’ em 9,5% no Grupo I, e como ‘moderada’ em 28,6% e ‘leve’ em 71,4% no Grupo II. A melhora clínica foi mais significativa no grupo ATX, com diferença significativa (p = 0,001). As avaliações clínicas foram realizadas usando o MASI, com fotografias analisadas por dois dermatologistas cegos, enquanto biópsias foram realizadas para análises histopatológicas e imuno-histoquímicas. Os resultados mostraram que ambos os grupos apresentaram reduções significativas no MASI ao final do tratamento. No entanto, o Grupo I exibiu uma maior redução em comparação ao Grupo II (p < 0,05). Os escores mostraram uma redução de 14,9 ± 4,2 antes do tratamento para 6,1 ± 4,9 ao final das seis sessões para o Grupo I, correspondendo a uma porcentagem de 62,1 ± 21,4%, e de 15,9 ± 4,3 para 12,3 ± 4,6 (22,5 ± 15,8%) para o Grupo II. As avaliações histopatológicas indicaram uma diminuição na hiperpigmentação epidérmica e melanofágos dérmicos em ambos os grupos, com um impacto mais pronunciado no Grupo I (p < 0,001). A análise imuno-histoquímica revelou uma redução significativa nos antígenos MART-1 em ambos os grupos (Grupo I: 61,1 ± 19,5% e Grupo II: 37,8 ± 15,5%), sendo mais pronunciada no Grupo I (p < 0,05). Os autores concluíram que a combinação de ATX tópico com MA é mais eficaz do que o MA isolado no tratamento do melasma, apresentando melhorias clínicas e histológicas significativas.
Arida et al. (2021) avaliaram a eficácia do ATX administrado por meio de MA em 20 pacientes com melasma facial. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos, com MA realizada em toda a face, seguida da aplicação de ATX (50 mg/mL – Transamin®) em uma hemiface e placebo (salina 0,9%) na outra. O tratamento consistiu em três sessões mensais. A avaliação primária foi o Hemi-MASI e a análise de pixels das imagens, além de avaliações realizadas pelos especialistas e pelos próprios pacientes. Os resultados indicaram que o HemiMASI mostrou uma regressão maior de 29% no lado tratado com ATX e 22% no lado tratado com placebo, embora a diferença entre os grupos não tenha sido estatisticamente significativa. Os especialistas observaram melhora em 42,5% dos pacientes tratados com ATX, comparado a 37,5% no grupo placebo. De forma semelhante, os pacientes relataram melhora em 60% dos casos, independentemente do tratamento. A análise de pixels também não mostrou diferenças significativas entre os lados tratados com ATX e placebo. Assim, os resultados indicaram que não houve diferença significativa na eficácia entre os dois tratamentos.
Hassan et al. (2021) observaram a eficácia da combinação de MA com ATX em 66 pacientes com melasma moderado a grave. Os participantes foram incluídos após aprovação ética, com idades variando entre 18 e 40 anos, enquanto pacientes com condições como anemia, hepatite B e C, diabetes e outros critérios de exclusão foram excluídos. O protocolo consistiu em três sessões de MA usando um Dermapen com um cartucho de 36 agulhas, seguidas pela aplicação tópica de ATX (4 mg/mL), com intervalos de 0, 4 e 8 semanas. O escore MASI foi utilizado para avaliar a resposta clínica antes e após 12 semanas de tratamento. Os resultados mostraram uma redução significativa no escore modificado do MASI, com uma melhora média de 50,6% (p < 0,001). Ao final do estudo, 53% dos pacientes exibiram uma resposta muito boa, 41% uma boa resposta e 5% uma resposta moderada. Nenhum efeito colateral grave foi observado, apenas desconforto temporário, como sensação de queimação e eritema, que se resolveram rapidamente. O estudo concluiu que a combinação de MA e ATX foi eficaz e segura no tratamento do melasma, proporcionando uma redução significativa nas lesões e oferecendo uma opção de tratamento eficaz e acessível para a condição.
Entre os estudos que analisaram a vitamina C, Ismail et al. (2019) avaliaram 30 mulheres com melasma epidérmico e a eficácia da combinação de MA com vitamina C tópica. As pacientes realizaram seis sessões de MA com aplicação de vitamina C, a cada duas semanas. O escore MASI foi utilizado como critério de avaliação antes e após cada sessão, com acompanhamento 3 meses após a última aplicação. Os resultados mostraram uma redução significativa no escore médio do MASI, diminuindo de 8,61 ± 4,45 na primeira sessão para 5,75 ± 4,16 na última (p < 0,0001), com uma melhoria média de 36,87 ± 19,85%. Entre os grupos, as pacientes com tipos de pele mais claros (Fitzpatrick II-III) apresentaram uma melhora mais pronunciada do que aquelas com tipos de pele mais escuros, com diferença significativa entre os tipos de pele II e V (p = 0,04). Recorrência foi observada em cinco pacientes (16,67%), enquanto a maioria (83,33%) manteve a melhora alcançada durante o tratamento. Os autores concluíram que a combinação de MA com vitamina C tópica é uma opção segura e eficaz para o tratamento do melasma epidérmico, especialmente para pacientes com tipos de pele mais claros. A eficácia foi mantida na maioria dos casos após o período de acompanhamento, com uma baixa taxa de recorrência.
No estudo de Gul et al. (2023), foi investigada a eficácia da combinação de MA com vitamina C tópica em 60 mulheres com melasma facial. As participantes realizaram 6 sessões (a cada duas semanas) de MA, utilizando um Dermaroller em direções vertical, horizontal e diagonal até que fosse formado um eritema leve, seguido pela aplicação de uma bolsa de gelo. Em seguida, foi aplicado topicamente ácido ascórbico a 20% na área afetada. O critério de avaliação principal foi o mMASI, medido antes do tratamento e após cada sessão. Os resultados indicaram que houve uma redução no escore do mMASI, que foi de 38,3 ± 8,2% (pré-tratamento 13,17 ± 1,09 e pós-tratamento 8,10 ± 1,11, valor de p = 0,004). Os dados demográficos foram analisados, mas não foi encontrada associação significativa com a redução do escore do mMASI. Os autores concluíram que a combinação de MA com vitamina C tópica é uma opção eficaz e segura para o tratamento do melasma em fototipos de pele Fitzpatrick III – IV, demonstrando melhorias significativas na gravidade da condição.
Outros estudos focaram em um único ingrediente ativo. Na pesquisa de Agostinho et al. (2018), 20 pacientes com melasma foram divididos em dois grupos para avaliar a eficácia da combinação de MA com um sérum clareador em comparação com a MA isolada. O Grupo A (n = 7) recebeu apenas sessões de MA, enquanto o Grupo B (n = 13) passou por MA combinada com o sérum clareador (Md: complex melanoceuticals®), que combina ácido kójico, ácido tranexâmico, azeloglicina, arbutina, ácido glicólico, ácido ascórbico, ácido cítrico e glutationa em concentrações não divulgadas. Foram realizadas três sessões de MA de acordo com um protocolo padrão, com intervalo de 30 dias entre cada sessão. Um questionário de autoavaliação foi aplicado aos pacientes, o escore MASI foi utilizado para avaliar os resultados antes e após o tratamento, além de registros fotográficos. Os resultados indicaram que ambos os grupos apresentaram melhora no escore MASI ao longo do tempo, refletindo a eficácia da MA no clareamento das lesões de melasma. Embora não tenha sido encontrada diferença estatisticamente significativa entre os grupos, o Grupo B apresentou uma tendência a resultados mais favoráveis, incluindo melhorias na aparência da pele, considerando outras variáveis como textura e redução dos poros, sugerindo um benefício adicional da combinação do sérum clareador com MA. Os autores concluíram que a MA é uma ferramenta eficaz para o tratamento do melasma e que sua combinação com agentes clareadores pode oferecer benefícios adicionais, embora sejam necessários estudos maiores para confirmar essas observações.
No estudo de Kusumawardani et al. (2019), três pacientes com melasma do tipo misto foram tratados com MA combinado a um sérum lipossomal contendo ácido azelaico, 4-nbutilresorcinol e retinol. O protocolo incluiu quatro sessões de MA realizadas a cada 14 dias. A eficácia foi avaliada por meio do MASI, da Escala de Gravidade do Melasma (MSS) e do questionário Melas-QoL, que mede a qualidade de vida relacionada à condição. Os resultados mostraram melhora significativa em todos os pacientes, com a pontuação média inicial do MASI de 5,9 reduzida para 2,7, apresentando uma variação de 41,7-85% de melhora ao final do tratamento. A pontuação média do Melas-QoL, que inicialmente era 55,33, reduziu para 7,66, com variação de 38,8-83,3%, indicando um impacto positivo na qualidade de vida. O MSS, inicialmente classificado como moderado, foi reduzido para leve em todos os pacientes. Os autores concluíram que a combinação de MA com o sérum lipossomal contendo ácido azelaico, 4-n-butilresorcinol e retinol é uma abordagem promissora para o tratamento do melasma misto, proporcionando tanto melhora clínica quanto benefícios para a qualidade de vida dos pacientes.
No estudo de Rosenthal, Mohamadi e Moy (2020), dez mulheres com melasma, com idades entre 35 e 63 anos e fototipos de pele II a V, participaram de uma investigação comparando MA isolado com MA combinado ao fator de crescimento epidérmico (EGF) tópico. As participantes receberam, em média, 3,4 sessões de MA. O principal critério de avaliação foi a pontuação no MASI, complementado por avaliação fotográfica usando a Global Aesthetic Improvement Scale (GAIS) e o questionário de qualidade de vida MELASQoL. Os resultados mostraram que a pontuação média do MASI diminuiu de 10,6 para 7,8, e a pontuação do MELASQoL reduziu em média 12,5 pontos, indicando uma melhora significativa na qualidade de vida. O MA combinado com EGF resultou em uma redução na área afetada de 0,1, na escuridão de 0,8 e na homogeneidade de 0,3 pontos, enquanto o MA isolado reduziu a área em 0,1, a escuridão em 0,3 e a homogeneidade em 0,3 pontos. Ambos os tratamentos apresentaram resultados semelhantes na GAIS. Os autores concluíram que o MA é eficaz no tratamento do melasma e que a adição do EGF tópico pode fornecer benefícios adicionais, especialmente no clareamento das lesões hiperpigmentadas.
O estudo de Bergmann et al. (2021) teve como objetivo avaliar a eficácia do tratamento isolado com ácido retinoico 5% e sua combinação com MA em 42 mulheres com melasma facial. As participantes foram divididas aleatoriamente em dois grupos: o Grupo A recebeu MA com o equipamento Dr. Roller® com profundidade de agulha de 1 mm, realizando movimentos de vai e vem nas direções vertical, horizontal e diagonal até o aparecimento de eritema. Em seguida, foi aplicada uma solução de peeling de ácido retinoico pigmentado a 5%, que permaneceu na pele da paciente por 6 horas. O Grupo B recebeu apenas a solução de peeling de ácido retinoico pigmentado a 5% pelo mesmo período. O tratamento consistiu em quatro sessões com intervalos de 15 dias. Os principais critérios de avaliação foram a melhora clínica do melasma, medida pelo MASI, e os níveis séricos de estresse oxidativo, incluindo marcadores de oxidação de proteínas (carbonila), peroxidação lipídica (TBARS), níveis de sulfidrila e atividades enzimáticas da superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). Os resultados indicaram uma redução na pontuação do MASI de 34,1 ± 2,4 para 18,28 ± 2,68 no Grupo A, considerando todos os fotótipos de pele. No Grupo B, a pontuação diminuiu de 32,61 ± 2,10 para 16,47 ± 2,27. No entanto, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas para os fatores isolados de fototipo de pele (p = 0,346) ou tratamento (p = 0,649), nem para a interação entre ambos (p = 0,860). Também foi observada uma redução significativa nos níveis de TBARS ao longo do tempo (p = 0,01), embora os níveis tenham sido semelhantes entre os dois tratamentos. A análise dos níveis de carbonila revelou um aumento significativo aos 30 dias (p = 0,002), indicando maior estresse oxidativo. A atividade da SOD diminuiu após 30 dias em ambos os grupos (p < 0,001), mantendo-se reduzida após 60 dias. No Grupo A, os níveis de sulfidrila diminuíram significativamente aos 60 dias (p < 0,001). Ambos os grupos apresentaram redução de quase 50% nos escores do MASI após 60 dias, indicando melhora clínica do melasma. No entanto, o tratamento com MA e ácido retinoico foi associado a uma redução da defesa antioxidante não enzimática, sugerindo que o MA não proporciona eficácia clínica adicional quando combinado com o ácido retinoico em comparação com o tratamento isolado.
No estudo de Bosamiya e Jain (2021), 40 pacientes com melasma moderado a grave participaram de uma pesquisa que avaliou a eficácia do tratamento combinado de MA e um creme despigmentante em comparação com o uso isolado do creme despigmentante. Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: o Grupo A recebeu MA combinado com o creme despigmentante, enquanto o Grupo B utilizou apenas o creme despigmentante. O tratamento foi realizado em um centro dermatológico entre janeiro e maio de 2019, com acompanhamento dos pacientes por até 2 meses. O principal critério de avaliação foi a pontuação no MASI, medida antes do tratamento e nos dias 7, 30 e 60. No Grupo A, o MA foi realizado com um dermaroller de agulhas de 1,5 mm, seguido da aplicação noturna de um creme despigmentante contendo 0,05% de tretinoína, 2% de hidroquinona (HQ) e 0,01% de acetonido de fluocinolona, além do uso diário de protetor solar. O Grupo B seguiu o mesmo protocolo de tratamento, mas sem o MA. A documentação fotográfica foi realizada antes do tratamento e em cada acompanhamento. A análise estatística foi conduzida com o software STATA, versão 14.2, utilizando o teste do qui-quadrado para variáveis categóricas e o teste de Wilcoxon para comparação dos escores MASI. Os resultados mostraram uma redução significativa (p < 0,05) no escore MASI no Grupo A, que passou de 7,425 ± 1,35 antes do tratamento para 0,99 ± 0,60 após 60 dias, indicando que o tratamento combinado com MA e creme despigmentante foi mais eficaz do que o uso isolado do creme despigmentante. No Grupo B, os escores foram de 7,78 ± 1,39 antes do tratamento para 3,47 ± 1,05 após 60 dias. Os autores concluíram que o tratamento combinado de MA e creme despigmentante apresentou melhores resultados no tratamento do melasma em comparação com o uso isolado do creme.
O estudo de Farag et al. (2021) teve como objetivo avaliar a eficácia e segurança do metimazol (MMI) aplicado durante as sessões de MA e como uso tópico adicional entre as sessões para o tratamento do melasma. O estudo foi conduzido como um ensaio de divisão facial (split-face) com 30 pacientes egípcios que receberam 12 sessões de MA, realizadas uma vez por semana durante 12 semanas. Os pacientes foram tratados com MA utilizando um Dermapen, com profundidade de agulha variando entre 0,25 e 0,50 mm, em movimentos circulares, horizontais e verticais (4 passagens), com aplicação de um creme contendo 5% de MMI no lado direito do rosto e um creme placebo no lado esquerdo. Após a sessão, além do protetor solar, os pacientes foram instruídos a aplicar o creme de 5% de MMI duas vezes ao dia no lado direito do rosto, enquanto o lado esquerdo recebeu o placebo. O principal critério de avaliação foi o hemi-MASI, baseado em avaliações clínicas e dermatoscópicas, satisfação dos pacientes e níveis séricos do hormônio estimulador da tireoide (TSH). Os resultados mostraram uma melhora significativa no escore hemi-MASI no lado tratado com metimazol (p < 0,001). A melhora foi mais acentuada em casos de melasma em padrão malar (53,84 ± 15,27%), tipo epidérmico (47,52 ± 22,02%) e tipo misto (56,85 ± 11,73%). A análise dermatoscópica revelou uma melhora na cor do pigmento de 15,72 ± 26,96% no lado direito, enquanto no lado esquerdo não houve alteração (0%). Aproximadamente 70% dos pacientes relataram satisfação com o tratamento, sendo que 10% classificaram como excelente, 36,7% como bom, 23,3% como regular e 30% com baixa satisfação. Além disso, 100% dos pacientes relataram baixa satisfação com o lado esquerdo do rosto. Não foram observados efeitos adversos locais ou sistêmicos significativos, e os níveis séricos de TSH permaneceram dentro dos limites normais.
No artigo de Gulfan et al. (2022), 30 participantes adultos com melasma (fototipos IIIV de Fitzpatrick) foram incluídos em um estudo que avaliou a eficácia do MA combinado com radiofrequência (RF) no tratamento da condição. Os participantes receberam três sessões de tratamento em intervalos de duas semanas, utilizando um dispositivo de RF bipolar invasivo e pulsado (SYLFIRM; Viol, Kyunggi, Coreia). Um lado do rosto de cada participante foi tratado com RF mais nanopartículas (NP), enquanto o lado contralateral serviu como controle e foi tratado com RF mais solução salina normal (NSS). Os parâmetros do tratamento foram os seguintes: primeira passagem (rosto inteiro) com profundidade de 1,5 mm; segunda passagem (sobre as lesões de melasma) com 1,5 mm; e terceira passagem (rosto inteiro) com 0,8 mm, com uma sobreposição de 10-30% entre as passagens. Cada lado do rosto foi randomicamente designado para receber RF associada a 0,3% de nanopartículas (REVS-NCFS 140 HPn; Reanzen, Gyeonggi-do, Coreia) ou RF com solução salina normal (controle). Após o procedimento, ambos os lados foram ocluídos com um curativo transparente (Tegaderm; 3M Healthcare, St. Paul, MN, EUA) por 1 hora. A avaliação do tratamento foi conduzida utilizando o Índice de Melanina (IM), o Índice de Eritema (IE), a rugosidade da pele (medida pelo sistema Antera 3D) e o mMASI, além da autoavaliação dos pacientes. As medições foram realizadas no início do estudo, após o último tratamento (2 semanas) e em 1, 2, 3 e 6 meses pós-tratamento. Os resultados mostraram uma melhora significativa nos escores de IM, IE, rugosidade da pele e mMASI em ambos os lados do rosto ao longo do tempo, com uma tendência positiva na autoavaliação dos pacientes. No entanto, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os lados tratados com NP e com solução salina após 6 meses de acompanhamento. A taxa de recorrência do melasma foi de 10%, sendo observada em três participantes nos meses 2, 3 e 4 após a última sessão de tratamento. Os indivíduos dos grupos de tratamento e controle classificaram sua melhora como “boa a excelente” (51% a ≥ 75%) já nas duas semanas após a última sessão, e essa tendência continuou até o sexto mês, sendo semelhante para ambos os lados do rosto. Os autores concluíram que MA combinado com RF não foi superior ao tratamento isolado com RF no controle do melasma, mas que a associação de MA com RF pode ser considerada segura e eficaz para melhorar a textura da pele e como uma opção terapêutica adjunta para o melasma.
Tekam e Belgaumkar (2022) trabalharam com 30 pacientes com melasma facial, avaliando a eficácia da combinação de PRP e 4% de HQ no tratamento da condição. O estudo foi realizado entre 2018 e 2020 em um desenho de divisão facial (split-face), onde os pacientes foram tratados com 4% de HQ no lado esquerdo do rosto e PRP autólogo no lado direito. O tratamento consistiu em quatro sessões de MA realizadas a cada três semanas, seguidas da aplicação de PRP autólogo no lado direito e solução salina no lado esquerdo. A principal avaliação foi feita pelo mMASI, além de avaliações de satisfação dos pacientes e da Physician Global Assessment (PGA). Os resultados mostraram que a combinação de PRP e 4% de HQ levou a uma melhora significativa no mMASI, com uma redução média de 82% no lado tratado com PRP e 69% no lado tratado com solução salina (controle), sendo essa diferença estatisticamente significativa (p < 0,05). Além disso, os escores de satisfação dos pacientes e as avaliações globais dos médicos foram mais favoráveis para o lado tratado com PRP. Os efeitos adversos foram leves e transitórios. Os autores concluíram que o PRP autólogo é uma terapia eficaz e segura para o tratamento do melasma, apresentando melhores resultados quando combinado com 4% de HQ em comparação com o uso isolado de HQ.
Finalmente, Mohamed, Beshay e Assaf (2023) investigaram a eficácia da MA combinada com glutationa em comparação com a MA isolada no tratamento do melasma epidérmico em 29 mulheres adultas. As participantes realizaram seis sessões de MA com um dermapen (My M), com profundidade variando de 0,5 a 2 mm, dependendo da área tratada, até o aparecimento de eritema ou sangramento pontual, seguido da aplicação tópica de glutationa no lado direito do rosto, na forma de uma solução com concentração de 2400 mg (Global Cosmetics Pharma), enquanto o lado esquerdo recebeu apenas MA. As sessões foram realizadas a cada duas semanas durante três meses. O principal critério de avaliação foi o mMASI, calculado antes e após cada sessão de tratamento, e os resultados foram comparados entre os dois lados do rosto. Os resultados indicaram que ambos os tratamentos levaram a reduções significativas no escore Hemi-mMASI ao longo do tempo, sendo que o lado direito (MA + glutationa) apresentou uma redução mais precoce e maior. A média do escore Hemi-mMASI antes e depois do tratamento no lado esquerdo foi de 4,06 ± 1,91 para 2,31 ± 1,45, enquanto no lado direito foi de 4,21 ± 2,08 para 1,96 ± 1,30. A porcentagem de melhora foi de 46,92 ± 16,30% no lado esquerdo e 55,17 ± 15,50% no lado direito, com uma diferença estatisticamente significativa. No lado esquerdo, a resposta ao tratamento variou de moderada a boa, enquanto no lado direito foi predominantemente boa (68,97%). A taxa de satisfação dos pacientes foi de 24,14% para aqueles muito satisfeitos, 62,07% satisfeitos e 13,79% insatisfeitos. Os autores concluíram que o MA, quando combinado com glutationa, é mais eficaz e acelera o tratamento do melasma, tornando-se uma opção preferível em relação ao MA isolado.
Em relação aos artigos que avaliaram a eficácia das técnicas, foram encontrados apenas dois estudos: um que utilizou o laser Q-Switched Nd:YAG combinado com MA (KÖSE; BORLU, 2021) e outro que combinou MA fracionada com laser Q-Switched Nd:YAG de 532 nm (LEE et al., 2021).
No estudo de Köse e Borlu (2021), quinze mulheres com melasma epidérmico e dérmico foram inicialmente tratadas com um laser QsNd-YAG de 1.064 nm (Starwalker, Fotona). O microagulhamento foi realizado com um Dermapen III com agulhas de 2 mm de comprimento, contendo 12 microagulhas, em toda a face, até que micro-sangramento e eritema leve fossem visualmente aparentes. Durante o microagulhamento, foram aplicados simultaneamente 2,5-3 mL de produtos de mesoterapia contendo peptídeos biomiméticos na pele. Fotografias foram tiradas antes e duas semanas após a última sessão de tratamento, sendo utilizadas para cálculo objetivo e comparação do mMASI. Os resultados mostraram uma redução nos escores de mMASI de 9,2 ± 5,7 (3,8-23,1) antes do tratamento para 3,6 ± 4,0 (0,6-16,8) após o tratamento. Além disso, a gravidade do melasma foi significativamente reduzida de 2,13 ± 0,91 para 1,2 ± 0,56 após a terapia combinada. Os autores concluíram que a tonificação a laser com QsNdYAG e o microagulhamento com mesoterapia contendo peptídeos biomiméticos são uma combinação eficaz para o tratamento do melasma.
Lee et al. (2021) avaliaram a eficácia do microagulhamento fracionado por radiofrequência (FMR) com agulhas de 300 μm combinado com laser Q-Switched Nd:YAG (QSNY) no tratamento da hiperpigmentação relacionada à idade em 25 mulheres asiáticas. As participantes foram divididas em dois grupos: QSNY isolado e QSNY combinado com FMR. O tratamento foi avaliado ao longo de 16 semanas usando o índice de melanina, hemi-MASI, Escala de Rugas e Elastose de Fitzpatrick e a Escala Global de Melhoria Estética (GAIS). Os resultados mostraram que o grupo QSNY + FMR teve uma redução significativamente maior no índice de melanina na 16ª semana (p < 0,01) em comparação com o grupo QSNY isolado. A redução no hemi-MASI também foi mais pronunciada no grupo QSNY + FMR nas semanas 12 e 16 (p < 0,01). Além disso, o grupo QSNY + FMR demonstrou melhorias mais significativas na Escala de Rugas e Elastose de Fitzpatrick (p < 0,001) e um GAIS superior em comparação com o grupo QSNY isolado (p < 0,05). Os autores concluíram que a combinação de QSNY com FMR de 300 μm não apenas potencializou os efeitos do QSNY no clareamento da hiperpigmentação, mas também promoveu maior reparo da membrana basal e redução de rugas, tornando-se uma abordagem promissora para o tratamento das alterações pigmentares relacionadas à idade.
Várias opções de tratamento estão disponíveis, como filtros solares, hidroquinona tópica, terapia de combinação tripla tópica, peelings químicos e lasers (Q-switched) Neodímio: Ítrio Alumínio Garnet (Nd: YAG) laser, Alexandrite laser, Ruby laser e Erbium Ítrio Alumínio Garnet (laser Er: YAG) e Luz Intensa Pulsada (RAO; RAJASHEKAR; ASHRAF, 2022). Portanto, o tratamento do melasma exige uma abordagem multifacetada e individualizada, que leve em consideração a complexidade dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos. Com a combinação de terapias tópicas e tecnológicas, como os filtros solares e lasers, é possível alcançar resultados mais eficazes e duradouros, promovendo não apenas a melhora estética, mas também o bem-estar dos pacientes. No entanto, a contínua pesquisa e inovação serão essenciais para otimizar essas opções terapêuticas, oferecendo aos pacientes, soluções cada vez mais precisas e eficazes no combate a essa condição desafiadora.
Tabela 2 – Artigos publicados na base de dados do Portal de Periódicos CAPES (2019-2023) utilizando os descritores “microneedling” AND “melasma” na categoria de eficácia (n = 16).


4 LACUNAS E PERSPECTIVAS
O desenvolvimento de abordagens personalizadas para o gerenciamento do microagulhamento (MA) é essencial para otimizar a eficácia terapêutica e minimizar os efeitos adversos. Fatores como fototipo cutâneo, histórico médico e gravidade da hiperpigmentação devem ser considerados na definição das estratégias terapêuticas mais adequadas (MCKESEY et al., 2020). Entre os ativos mais utilizados nos protocolos, destaca-se o ácido tranexâmico (ATX), que atua como inibidor da tirosinase, reduz a vascularização e exerce efeito antiinflamatório. É amplamente empregado tanto por via tópica quanto oral, embora apresente riscos de efeitos adversos, como desconforto gastrointestinal e predisposição a eventos trombóticos (RAJANALA; MAYONE; VASH, 2019).
A vitamina C também é relevante devido às suas propriedades despigmentantes e antioxidantes. Segundo Correia e Magina (2023), a vitamina C pode inibir a síntese de melanina por meio da regulação negativa da atividade da monofenolase da enzima tirosinase. Além disso, seu efeito antioxidante previne a produção de radicais livres que desencadeiam a melanogênese, auxiliando na uniformização do tom da pele e na proteção contra o estresse oxidativo. O PRP (plasma rico em plaquetas) surge como uma alternativa terapêutica promissora devido ao seu potencial regenerativo, embora sua eficácia ainda necessite de mais estudos clínicos (WAWRZYŃCZAK, 2023). Por outro lado, a hidroquinona (HQ), apesar de sua comprovada eficácia, continua sendo alvo de debate devido aos riscos de efeitos adversos, como irritação cutânea e ocronose exógena, reforçando a necessidade de alternativas mais seguras (PAWASKAR et al., 2007).
Alguns ativos emergentes têm despertado interesse no tratamento do melasma, conforme apontado por Goel e Trivedi (2023), mas ainda necessitam de mais estudos para comprovar sua eficácia e segurança. Entre eles, destacam-se o ácido kójico, ácido azelaico, arbutin, niacinamida, 4-n butilresorcinol, metformina, picnogenol, tiamidol, glutationa, cisteamina e metimazol. Apesar dos avanços, ainda não é possível determinar um único ativo como padrão-ouro no gerenciamento do melasma. A HQ continua sendo amplamente utilizada devido à sua eficácia, mas sua segurança a longo prazo levanta preocupações (GONZÁLEZMOLINA; MARTÍ-PINEDA; GONZÁLEZ, 2022). A resposta ao tratamento depende de fatores como o tipo de melasma, o fototipo do paciente e a associação com outras terapias. O aprimoramento da padronização metodológica e a ampliação dos estudos clínicos de longo prazo são fundamentais para otimizar o tratamento do melasma. O desenvolvimento de diretrizes mais detalhadas, que considerem fatores como tipo de melasma e fototipo de pele, pode contribuir para uma abordagem mais eficaz e segura.
Nos estudos recentes sobre melasma, os critérios de avaliação mais utilizados incluem o MASI e a análise de qualidade de vida, como o MELASQoL. O MASI é uma ferramenta confiável para mensurar a gravidade do melasma, avaliando a área afetada e a intensidade da pigmentação. Sua confiabilidade foi validada em diversos estudos, demonstrando que a área de envolvimento e a intensidade da pigmentação são suficientes para medir com precisão a gravidade do melasma (PANDYA et al., 2011). No entanto, a falta de padronização na apresentação dos escores do MASI entre os estudos pode dificultar a comparação e a generalização dos resultados. Seria recomendável que os estudos relatassem claramente os escores do MASI, permitindo uma análise mais robusta e comparativa.
Além disso, a avaliação da qualidade de vida, por meio do MELASQoL, é essencial, pois o melasma impacta significativamente a vida social e emocional dos pacientes. Este índice avalia as dificuldades enfrentadas pelos pacientes em situações cotidianas, como interações sociais e autoestima, refletindo a carga psicossocial da condição. A inclusão dessa análise nos estudos pode proporcionar uma visão mais holística dos efeitos do melasma, indo além dos resultados clínicos (POLLO; MIOT; MENEGUIN, 2018)
Novas estratégias terapêuticas, como o MA associado à entrega transdérmica de fármacos, mostram-se promissoras para potencializar os resultados clínicos e melhorar a tolerabilidade ao tratamento (FABBROCINI et al, 2011). Entretanto, a evolução do manejo do melasma deve priorizar não apenas a eficácia clínica, mas também os benefícios psicossociais dos indivíduos acometidos pois, segundo Silva et al. (2023), além de ter prejuízo na sensação de prazer e bem-estar, o melasma pode desenvolver quadros de ansiedade e depressão. Chen et al. (2024) também observou uma prevalência de depressão relativamente alta em pacientes com melasma e uma correlação entre melasma e depressão. Assim, a integração do suporte psicológico ao tratamento dermatológico pode contribuir significativamente para a adesão ao tratamento e para a qualidade de vida dos pacientes, considerando o impacto emocional do melasma (JIANG et al., 2018).
Dessa forma, a padronização no uso dessas ferramentas de avaliação, como o MASI e o MELASQoL, é crucial para a comparabilidade dos dados e para uma melhor compreensão do impacto do melasma, tanto em termos clínicos quanto sociais. Isso abre caminho para considerar as abordagens terapêuticas no contexto do bem-estar geral do paciente.
As terapias combinadas têm se destacado no tratamento do melasma, pois abordam múltiplos aspectos da patogênese da condição. A combinação de agentes despigmentantes tópicos com laserterapia pode aumentar significativamente a eficácia do tratamento, resultando em melhorias mais rápidas e duradouras. Contudo, é essencial ajustar esses tratamentos individualmente, levando em consideração possíveis efeitos adversos, como irritação cutânea e hiperpigmentação pós-inflamatória (OLIVEIRA; VITORELI, 2025). Além disso, a nanotecnologia tem sido amplamente explorada para aumentar a eficácia e a estabilidade de ativos despigmentantes, como o ácido tranexâmico. A encapsulação de moléculas em nanopartículas melhora sua penetração na pele e reduz os efeitos adversos, tornando o tratamento mais seguro e eficiente (KHATRI, 2024).
Alguns estudos como, Abdel-Rahman et al. (2022), Kusumawardani et al. (2019) e Rosenthal, Mohamadi e Moy (2020), apresentam um número reduzido de participantes (10, 3 e 10, respectivamente), o que compromete a generalização dos resultados. Outros possuem um número um pouco maior, mas ainda assim insuficiente para conclusões definitivas. Além disso, muitos estudos não especificam detalhadamente o método de aplicação, como o número de agulhas do cartucho, a profundidade da penetração e a marca da caneta de microagulhamento (MA) utilizada. A definição do limite ideal de profundidade da microagulha é um ponto crucial, pois pode variar de acordo com a espessura da pele e com base nas necessidades individuais de cada paciente. Segundo Chen, Jilian e Yu (2024), microagulhas com comprimento ≤ 1 mm aumentam a absorção transdérmica de medicamentos e produtos químicos bioativos, já microagulhas com comprimento > 1 mm podem desencadear uma sequência de processos de cicatrização pós-traumáticos, que estimulam a liberação de vários fatores, impulsionando a remodelação do tecido da pele.
A distinção entre melasma epidérmico, dérmico e misto nem sempre é relatada nos estudos, embora essa informação seja fundamental, já que diferentes tipos de melasma podem responder de maneira distinta aos tratamentos. Além disso, a classificação de Fitzpatrick nem sempre é descrita, apesar de ser um fator essencial a ser considerado. Indivíduos com fototipo III ou superior têm maior predisposição ao desenvolvimento de hiperpigmentação pósinflamatória (SADICK et al., 2023), o que pode afetar os resultados terapêuticos
O gerenciamento do melasma deve ser adaptado às características individuais de cada paciente, considerando fatores como fototipo da pele, histórico médico e tipo específico de melasma. Estratégias personalizadas permitem maior eficácia e minimizam riscos, como a hiperpigmentação pós-inflamatória em indivíduos com fototipos mais altos (Fitzpatrick III-VI) (SADICK et al., 2023). A escolha do protocolo terapêutico deve levar em conta a profundidade do melasma (epidérmico, dérmico ou misto) e a resposta do paciente a diferentes ativos despigmentantes. Além disso, a associação de técnicas, como microagulhamento (MA) e laser de baixa fluência, pode potencializar os resultados em casos resistentes (ARIEMBI; WIDAYATI; MALIK, 2020). A avaliação contínua e o monitoramento individualizado são essenciais para ajustar a terapia conforme a evolução clínica do paciente, garantindo maior segurança e eficácia a longo prazo.
A comparação direta entre diferentes modalidades de gerenciamento do melasma é fundamental para identificar as abordagens mais eficazes, especialmente quando combinadas. Embora existam várias opções terapêuticas, como hidroquinona, ácido tranexâmico, MA e laser, não há consenso sobre quais combinações oferecem os melhores resultados para tipos específicos de melasma ou perfis de pacientes.
A maioria dos estudos atuais foca em opções isoladas, sem considerar os efeitos sinérgicos de abordagens combinadas. Estudos que investiguem diferentes combinações, como o microagulhamento (MA) associado ao laser de baixa fluência ou ao uso de ativos despigmentantes tópicos, são necessários para avaliar não apenas a eficácia, mas também os possíveis efeitos adversos em diversos fototipos e tipos de melasma (epidérmico, dérmico ou misto). Além disso, a comparação de abordagens deve levar em conta fatores como a resposta individual do paciente, o histórico médico e a evolução clínica do melasma ao longo do tempo. Dessa forma, será possível determinar quais estratégias de gerenciamento são mais eficazes em pacientes com características clínicas específicas, contribuindo para a personalização do tratamento e garantindo melhores desfechos a longo prazo (PHILIPP-DORMSTON, 2024).
Um aspecto importante a ser explorado nas futuras comparações de gerenciamento é o conceito de drug delivery, ou seja, a forma como os medicamentos e ativos terapêuticos são entregues na pele. A eficácia dos protocolos não depende apenas do ativo utilizado, mas também da capacidade de entrega e absorção dos ingredientes ativos nas camadas profundas da pele. Tecnologias como a nanotecnologia, que envolve a encapsulação de ativos em nanopartículas, têm demonstrado grande potencial para aumentar a penetração de substâncias como o ácido tranexâmico (ATX) e a niacinamida, melhorando sua eficácia e reduzindo os efeitos adversos (CHOO; TEY, 2023). Métodos de drug delivery aprimorados podem potencializar os efeitos dos protocolos convencionais, melhorando os resultados terapêuticos e permitindo um gerenciamento mais eficiente e seguro do melasma.
Ademais, este trabalho abre espaço para investigações adicionais, sugerindo que futuras pesquisas possam explorar outras abordagens biotecnológicas, como a utilização de exossomos e PDRN (Polinucleotídeos de DNA recombinante). Essas terapias ainda estão em fase de pesquisa, mas têm demonstrado grande potencial em tratamentos dermatológicos, incluindo a melhora de condições como o melasma, conforme resultados do estudo inédito de Proietti et al. (2024). Embora o estudo pioneiro de Noh et al. (2016) já tenha fornecido informações importantes sobre a atuação do PDRN na diminuição dos níveis de MITF (fator de transcrição associado à microftalmia), tirosinase e TRP-1, proteínas envolvidas na melanogênese, um estudo mais recente de Kin et al. (2022) evidenciou o potencial da combinação de PDRN com vitamina C e niacinamida, administrada por microagulhamento, para reduzir a hiperpigmentação e melhorar a saúde da pele, indicando uma abordagem promissora no tratamento do melasma.
Além disso, recomenda-se considerar os avanços em dispositivos de diagnóstico e monitoramento para aprofundar a compreensão do tema. Tecnologias como espectrofotometria e inteligência artificial têm sido aplicadas na análise da pele, possibilitando diagnósticos mais precisos e um acompanhamento individualizado do tratamento. Essas inovações permitem adaptar as terapias de acordo com a resposta do paciente, contribuindo para melhores desfechos clínicos (GONZÁLEZ-MOLINA; MARTÍ-PINEDA; GONZÁLEZ, 2022).
É evidente que o gerenciamento do melasma precisa ser cada vez mais personalizado, levando em consideração as características específicas de cada paciente. Há um grande potencial de aprimoramento nos estudos sobre combinações de tratamentos, que podem se revelar mais eficazes do que abordagens isoladas. A integração de terapias, como agentes clareadores, antioxidantes e procedimentos físicos, como microagulhamento (MA) e laser, tem mostrado resultados promissores. No entanto, a resposta variável entre os pacientes destaca a importância de um acompanhamento contínuo e da adaptação dos protocolos conforme a evolução de cada caso. O foco no longo prazo, incluindo o uso de fotoprotetores e antioxidantes, pode não apenas melhorar os resultados, mas também garantir a manutenção dos efeitos e reduzir a recorrência do melasma.
5 CONCLUSÃO
Observou-se que o microagulhamento se consolidou como uma técnica promissora no tratamento desta disfunção dermatológica, especialmente quando utilizado em terapias combinadas e como facilitador da entrega transdérmica de agentes despigmentantes. Essa estratégia potencializa a ação dos ativos, oferecendo uma alternativa confortável, segura e eficaz para pacientes com baixa resposta a terapias convencionais, como os peelings, especialmente nos casos de melasma do tipo dérmico e misto.
Os avanços nas terapias despigmentantes, aliados ao uso de tecnologias emergentes como nanotecnologia e estratégias de liberação controlada de fármacos, ampliam significativamente as perspectivas para gerenciamentos mais eficazes e duradouros. Contudo, a variabilidade nas respostas clínicas ressalta a necessidade de uma abordagem personalizada, considerando fatores como fototipo cutâneo, classificação do melasma, histórico terapêutico e tolerância aos procedimentos.
Além disso, é crucial reconhecer o impacto psicossocial do melasma na vida dos pacientes, entendendo que os resultados terapêuticos devem ir além da mera melhora clínica, promovendo também o bem-estar emocional e a qualidade de vida. A continuidade de estudos clínicos bem desenhados, com amostras representativas, seguimento a longo prazo e padronização dos protocolos de microagulhamento, será essencial para consolidar essa técnica como parte integrante das diretrizes terapêuticas para o gerenciamento eficaz do melasma.
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¹Discente do Curso Superior de Biomedicina pela Universidade do Vale do Itajaí, Campus Itajaí (UNIVALI). E-mail: heloisa.hhzardo@gmail.com;
²Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociência da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGBTC/UFSC). E-mail: giugalani98@gmail.com;
³Pós-Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus Botucatu (UNESP). Doutora em Biotecnologia e Biociências (UFSC). E-mail: alinenunes_bio@hotmail.com;
⁴Discente do Curso Superior de Biomedicina pela Universidade do Vale do Itajaí, Campus Itajaí (UNIVALI). Doutora em Biologia Celular e do Desenvolvimento (UFSC). E-mail: susane.lopes@ufsc.br.