REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12803007
Thiago Marques de Albertim1
RESUMO
O presente estudo analisa a importância de Metodologias de Ensino e Aprendizagem Estratégicas para o Ensino e Aprendizagem Estratégicas para o Ensino de Leituras no Ensino Fundamental II, principalmente, na formulação dos conteúdos e estratégias a serem ministrados por professores de português quanto ao processo de ensino, os quais irão contribuir para a realização de aulas de leitura eficientes nesse nível de escolaridade. Assim, o presente trabalho busca compreender qual a importância das metodologias de ensino e aprendizagem utilizadas pelos professores nos anos das séries finais do ensino fundamental e qual a importância destas metodologias para o desenvolvimento pleno dos adolescentes? Logo, a relevância da pesquisa sustenta-se na importância da leitura como meio de inserção social e o uso da liberdade pedagógica de professores de explorarem novas metodologias, especialmente, na aplicação de metodologias de ensino progressistas. Com isso, de início, tem-se como objetivo realizar uma abordagem contextualizada na das estratégias utilizadas pelos profissionais de ensino fundamental II, principalmente, o professor de língua portuguesa no processo de leitura e letramento dos alunos. Após, infere-se como a leitura é importante para a compreensão do mundo contextualizado, além de compreender a necessidade de aprendizagem para que os alunos possam se inserir no contexto social e profissional, ou seja, no mercado de trabalho. O método utilizado na pesquisa foi o dedutivo, ancorado em estudo bibliográfico. Assim, a hipótese lançada foi comprovada, por meio de proposições verdadeiras, para obter a conclusão de que o professor de língua portuguesa é fundamental para trazer o aluno ao mundo da leitura, desde que consiga inovar nas estratégias de ensino.
Palavras-chaves: Estratégias de leitura. Ensino-aprendizagem. Ensino Fundamental II.
ABSTRACT
This study analyzes the importance of Strategic Teaching and Learning Methodologies for Teaching Reading in Elementary School II in the teaching-learning process, mainly in the formulation of content and strategies to be taught by Portuguese teachers, which will contribute to the carrying out efficient reading classes at this level of education. Thus, the present work seeks to understand the importance of teaching and learning methodologies used by teachers in the final years of elementary school, in addition to seeking to understand the importance for the full development of adolescents as future citizens? The relevance of the research is based on the importance of reading as a means of social inclusion and the use of teachers’ pedagogical freedom to explore new methodologies, especially in the application of progressive teaching methodologies. With this, initially, the objective is to carry out a contextualized approach to the strategies used by secondary education professionals, mainly Portuguese language teachers, in the students’ reading and literacy process. Afterwards, it is inferred how important reading is for understanding the contextualized world, in addition to the fact that this objective requires learning capable of social and professional insertion, that is, in the job market. The method used in the research was deductive, anchored in a bibliographic study. Thus, the hypothesis launched was proven, through true propositions, to obtain the conclusion that the Portuguese language teacher is fundamental in bringing the student into the world of reading, as long as he is able to innovate in teaching strategies.
Keywords: Reading strategies; teaching-learning, elementary education II.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo versa discutir a importância Metodologias De Ensino e Aprendizagem Estratégicas Para O Ensino De Leituras No Ensino Fundamental II, visando compreender a importância da leitura nas aulas de língua portuguesa.
Logo, o presente estudo surgiu após observar fatos atuais de ensino de português em relação às estratégias e metodologias utilizadas em sala de aula, além da importância em fazer com que o aluno se interesse pela leitura, uma vez que os trabalhos de leitura apresentados não condizem com a realidade social vivida pelo aluno. Assim, ante à dificuldade de mudança no paradigma escolar brasileiro, que é a falta de hábito de leitura dos jovens, busca-se trazer meios e estratégias que façam com que o estudante do ensino fundamental II sinta o gosto pela leitura por meio de textos e literatura dentro do universo juvenil no qual estão inseridos, devendo ser deixado de lado textos clássicos, que só faz a maioria dos alunos não terem mais prazer na leitura.
Para reduzir o risco de não termos futuros cidadãos interessados em leitura, faz-se necessário que o professor consiga entender o contexto no qual o adolescente vive e busca, trazendo para sala de aulas textos constantes em sala de aula, sejam elas de diversos tipos de gêneros literários, principalmente, narrativos, cuja utilização se faz em mangás, animes e histórias em quadrinhos.
Apesar de saber a importância que os clássicos nacionais são para a língua portuguesa, é-se necessário estimular o interesse pela leitura dos alunos do ensino fundamental II por meio de textos que sejam conhecidos, apreciados e atrativos ao público de alunos com o qual os textos são apresentados; refletir e compreender o universo do aluno também é papel do professor, uma vez que textos da cultura juvenil colaboram para a leitura e, consequentemente, letramento literário no ensino fundamental II.
De certo, sabemos que as redes privadas de ensino possuem infraestrutura e professores, por vezes, mais capacitados que os da rede pública, sendo a diferença os meios e liberdades que os profissionais da educação básica têm perante a um conhecimento prévio do aluno do ensino particular. O próprio modelo de ensino imposto pela Política Nacional de Educação Infantil (PNEI), traz em seu bojo a importância dos profissionais de educação, cuja importância se dá no desenvolvimento do aluno como ser social, ou seja, de complementarem o papel da família.
Assim, tomando como ponto de partida o IDEB, o PNEI e os fatos atuais, é necessário realizar o seguinte questionamento: Qual a importância da liberdade de cátedra dos professores da educação infantil para o pleno desenvolvimento das crianças como futuros cidadãos?
Entende-se a centralidade que o aluno ocupa desde o surgimento da tendência liberal renovada ou, simplesmente, escola nova, onde o professor deixa de ser o único detentor de ideias para um orientador do processo de ensino-aprendizagem, com seu significado, valor e complexidade adquiridas por um longo processo de estudo.
Vê-se, portanto, que a utilização de novas metodologias de ensino e estratégias são fundamentais, a fim de que professores se relacionarem com o universo infanto-juvenil, portanto, havendo trocas de experiências e aprendizagens entre docentes e discentes, o que evitará que o futuro cidadão se torne cada vez mais leitor, além de ser um dos fatores que contribuem na permanência escolar dos alunos, desde que consiga ser uma escola que seja contextualizada com os conteúdos interessantes para os estudantes.
Destarte, vê-se a importância de se debruçar sobre tal tema, pois, pela perspectiva social, é imprescindível analisar quais métodos e metodologias de ensino-aprendizagem são capazes de fazerem com que as crianças e os adolescentes concretizem seu desenvolvimento pleno, adentrando dentro do universo do letramento e leitura, uma vez que a escola é um meio para que o aluno seja capaz de se desenvolver completamente ao ponto de poder ser inserido totalmente na sociedade em que vive.
Academicamente, o profissional de educação do ensino fundamental II tem autonomia para conduzir da melhor forma possível o processo de ensino e aprendizagem de seus alunos, por meio de projetos e oferta de novas tendências pedagógicas progressistas, pois a literatura está em constante mudança, capaz de trazer informações e realidades vividas de cada época em que fora escrita.
Nesse sentido, indagações pertinentes são elaboradas, mas dentre todas que surgem com as inquietações, pretende-se verificar ao longo do estudo tomando-se como referência a necessidade do uso de Metodologias de Ensino e Aprendizagem Estratégicas para O Ensino de Leituras no Ensino Fundamental II, além da liberdade dos professores em sala de aula para adotarem novas estratégias.
Dessa forma, é necessário analisar as Metodologias de Ensino e Aprendizagem Estratégicas que os professores podem ofertar dentro de sala de aula, uma vez que o professor tem função de educar e cuidar, além de ser um agente capaz de transformar a sociedade por meio da práxis pedagógica.
Para tanto, foi estabelecido como escopo geral, analisar Metodologias de Ensino e Aprendizagem Estratégicas para o Ensino de Leituras no Ensino Fundamental II utilizadas em salas de aula desse nível de ensino.
E, para alcançar esse objetivo, busca-se, especificamente: estudar os diversos tipos de literatura; e, por fim, verificar as possibilidades inovadoras que os profissionais da educação podem exercer para que o aluno tenha gosto pela leitura, a fim de ser prazeroso e educadora dentro do seu contexto social.
A pesquisa é bibliográfica, na qual se utiliza o método hipotético-dedutivo, com abordagem qualitativa. O material para o embasamento teórico tem como ponto de partida a abordagem sobre leitura e letramento, e qual a sua importância para o infanto-juvenil, buscando suporte em estudos relevantes sobre o tema e especialistas na área. A escolha pela abordagem qualitativa é decorrente da facilidade em apresentar o que os alunos preferem ler, bem assim descrever a complexidade de uma determinada hipótese e/ou problema, ou seja, realiza a análise dos fatos já estudados, a fim de melhor compreendê-los, assim como estabelecer uma relação de causa e efeito.
Logo, o presente artigo buscou apresentar a importância do professor em utilizar Metodologias de Ensino e Aprendizagem Estratégicas para o Ensino de Leituras no Ensino Fundamental II, como também buscou apresentar a necessidade de o professor estar contextualizado no universo do estudante.
2. A LEITURA DENTRO DAS SALAS DE AULA DO ENSINO FUNDAMENTAL II
Para melhor conhecer sobre como é feita a leitura dentro da sala de aula é necessário entender primeiro os gêneros textuais, que já foi utilizada pela retórica e a teoria da literatura como algo específico em si, logo, são identificados três tipos: o lírico, o épico, o dramático, além daqueles que são considerados modernos: romance, novela, conto, drama e etc. Têm-se que Bakhtin (2003) foi o primeiro a utilizar o termo gênero, sendo também um dos primeiros a entender a polivalência da literatura, que para ele o gênero era inerente ao ser humano.
Para Bakhtin (2003), é possível configurar em gêneros os diversos tipos de textos ou gêneros textuais ou discursivos, que apresentariam três características básicas: o tema, o modo composicional (a estrutura) e o estilo (usos específicos da língua).
Ao analisarmos como os alunos escolhem dentro de sala de aula os textos, percebe-se que a melhor maneira para poder propor um universo de leitura dentro de sala de aula é por meio da exposição dos diversos tipos de gêneros literários em sala de aula pelo professor, fazendo que os estudantes possam se reencontrar com a literatura e a função ímpar dela, a imaginação (ZILBERMAN, 1985).
Deixar que o aluno possa escolher os textos que serão lidos e escritos é uma maneira clara e evidente para tornar o aluno protagonista do processo ensino-aprendizagem, mas deixando claro que se deve ter requisitos mínimos para tal liberdade, como por exemplo número de páginas.
Também não podemos excluir que o professor possa selecionar gêneros textuais adequados à faixa etária e ao universo sociocultural em que seus alunos estão inseridos.
Quanto às estratégias de leitura que devem ser trabalhadas em sala de aula, para Kleiman (2007) é importante o professor trabalhar a melhor forma de que a sala de aula consiga capacitar bons alunos na leitura, além de que tragam esses alunos a paixão por ler. Assim, cabe ao primeiro professor ser versado em novas publicações literárias, para que possa proporcionar e orientar dentre os diversos textos existentes.
Para que o professor consiga tornar seu aluno em um leitor e consiga compreender os textos com clareza são necessárias três condições, segundo Palincsar; Brown (1984):
1. Os textos devem ter clareza e coerência do conteúdo a ser lido, além da familiaridade no nível de estrutura, bem como um nível lexical, sintaxe e coesão interna.
2. Que o leitor tenha um conhecimento prévio relevante para conseguir ler o texto para poder atribuir significados ao contexto.
3. Quais as estratégias que o leitor tem a fim de compreender e armazenar o que se lê, ou seja, capaz de verificar possíveis falhas ou erros de compreensão.
Assim, o aluno tem que ter conhecimento prévio do mundo em que está inserido para poder ter compreensão do que está implícito e explícito no texto, ou seja, além de ser alfabetizado, o aluno deve ser letrado e estar antenado com o mundo a sua volta.
Ao passo que adentramos com a leitura na escola o aluno já traz sua própria bagagem de letramento, portanto, sendo o desafio do professor ampliar essa bagagem a ponto do aluno se tornar leitor. Para tanto, se faz necessário que o profissional de educação seja capaz de mostrar as diferenças da linguagem oral e escrita, formal e não formal.
O que o professor precisa fazer nesse primeiro impacto que o aluno terá, é trazer textos que sejam de fácil acesso e atraentes ao aluno. Portanto, não devendo dispersar do aluno os diversos gêneros literários que circundam a vida do estudante.
Assim, adentramos o pensamento de Braga (1985, p. 7) “aprendam a ler e lendo, aprendemos algo”, ou seja, o dia a dia é a melhor forma de fazer o aluno se tornar um leitor, pois temos vários tipos de textos presentes no cotidiano do século XXI.
A escola precisa ser um espaço mais amplamente aberto a todos os aspectos culturais do povo, e ir além do ensinar e fazer as quatro operações. Precisa investir em bons livros, considerando que a cultura de um povo se fortalece pelo prazer da leitura; e a escola representa a única oportunidade de ler que muitas crianças não têm. É necessário propiciar nas salas de aula e na biblioteca a dinamização da cultura viva, diversificada e criativa, que representa o conjunto de formas de pensar, agir e sentir do povo brasileiro (BRAGA, 1985, p.7).
Logo, faz-se que a escola seja um ambiente inovador, além de ter profissionais com capacitação continuada para poder lidar com as inovações trazidas diariamente, a fim de evitar textos fragmentados de materiais didáticos que são o único meio de auxílio do professor para o ensino do português, portanto, deixando uma educação bancária e que presa somente pela memorização.
Devemos transformar a realidade nas salas de aulas de textos tortuosos aos alunos, com graus de dificuldades e escritos em contextos (épocas) diferentes das vivenciadas pelos alunos.
O professor de língua portuguesa tem que saber seu papel como orientador no processo formativo do aluno, principalmente, no tocante ao apreço do estudante à leitura. Na maioria das vezes o que se precisa é refletir sobre a realidade atual e trazer textos sedutores, que sejam repletos de significados e capazes de levar o aluno ao universo desconhecido que é o da leitura.
De acordo com Antunes (2003, p. 67) o trabalho com a leitura é:
A atividade de leitura completa a atividade da produção escrita. É por isso, uma atividade de interação entre sujeitos e supõe muito mais que a simples decodificação dos sinais gráficos. O leitor, como um dos mais sujeitos da interação, atua participativamente, buscando recuperar, buscando interpretar e compreender o conteúdo e as interações pretendidas pelo autor.
Para que tenhamos mais leitores assíduos em nossa sociedade, faz-se necessário que o professor se utilize de metodologias e estratégias de aprendizagem eficazes, capazes de atrair os alunos para o universo da leitura.
Desde a educação básica os professores tentam trazer seus alunos ao universo do letramento por meio de exposição de frases, criando bibliotecas dentro da sala com diversos tipos de gêneros literários, que é um passo importante para que o aluno possa criar curiosidade sobre esse universo.
Outro passo importante para que os estudantes se sintam estimulados, é fazer com que se sintam livres para apresentarem quais tipos de leituras gostam de ler, orientar a fazer resumos e apresentar em salas de aula para os demais colegas, pois, é em meio a diversidade que se cria interesse por novos textos antes não introduzidos.
Outras estratégias que podem ser utilizadas pelos professores é criar grupos para confeccionar suas próprias histórias e depois apresentá-las em sala de aula como se em um teatro estivesse. Isso faz com que mostre aos estudantes que eles também são criadores de histórias e podem criar universos, realidades e dimensões diferentes conforme o nível de criatividade.
Para tanto, o professor de português tem que interagir com outros profissionais da educação, como o professor de artes, os quais um poderão ajudar o outro numa disciplina intertextualizada.
O professor de letras pode se apoiar em diversas estratégias, sendo as já apresentadas mais utilizadas, entretanto, isso não impede que esse profissional introduza outras tipos: criação de podcast, utilização de paródias, criação de poemas, criação de músicas, criação de histórias em quadrinhos, reprodução de histórias em contextos diferentes, organização de júri popular quando se tratar de narrativa de suspense ou de uma temática polêmica.
Cabe ressaltar que além das sugestões apresentadas há diversas, entretanto, é de suma importância avaliar a escrita e a apresentação oral feita pelos alunos, uma vez que o português é tanto escrito quanto oral. Portanto, devendo o professor conduzir com clareza a exposição das ideias dos alunos nos momentos em sala de aula.
3. OS GÊNEROS TEXTUAIS DO PRIMÓRDIOS ATÉ ATUALIDADE COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO: UMA ANÁLISE COMO MEIO DE ESTUDO POR MEIO DO COMPLEXO DE MORIN.
Desde os primórdios das civilizações humanas, a comunicação foi um fator indispensável para que o homem pudesse se desenvolver e evoluir socialmente, apesar do “homus primitivus” já tentar se comunicar, seja por gestos, seja grunhido ou posteriormente pinturas, as quais viriam depois a ser letras.
Temos que pensar que para poder evoluir e integrar, o ser humano teve que inventar um meio de se comunicar que pudesse ultrapassar gerações (SOUSA, 2006). Sabe-se que o costume dos povos primitivos era passar o conhecimento por meio da tradição oral, entretanto, essa forma de transmitir conhecimento não permitia uma reanálise do que era passado, mas distorções de quem não conhecia o fato contado.
As pinturas foram os primeiros meios antes da escrita que tenta de alguma forma convencionar um processo de comunicação que pudesse permanecer ao longo dos tempos. Logo, houve várias etapas da escrita: mnemônica (representativa), pictografia, a logografia cujos significados estão ainda dissociados da língua (da fala e da oralidade), ideográfico e fonético. (SANTOS, 2013).
Mas como tudo neste planeta evolui, assim também evoluiu a escrita. Segundo Barbosa (2008, p. 37) a escrita como é hoje obteve “três grandes avanços na construção histórica”, a saber:
1 – O princípio sumério de fonetização;
2 – A escrita silábica semítica ocidental; e,
3 – O alfabeto grego.
Logo, analisando como se deu o surgimento da escrita, percebe-se que ela não deve ser explorada de forma mecanizada ou alienada, no qual é aprendida ou ensinada de forma memorizada e descontextualizada. A escrita deve ser valorizada, pois ela irá fazer parte do universo do aluno: na rua, no mercado, nas redes sociais, aplicativos de conversas e etc., ou seja, ele precisa da escrita e da leitura para ser um cidadão completo que irá saber se expressar de maneira completa.
Assim, como professores de língua portuguesa, o estudo do discurso e dos gêneros textuais recaem com maior peso na forma de ensinar e avaliar o aluno quanto à estruturação (ortografia, coesão e coerência). Pois o português é uma das matérias obrigatórias, art. 26, §1º da LDB (Lei de Diretrizes e Bases), que devem os profissionais colocarem os alunos para produzir de forma livre, a fim de que possam por meio seus próprios textos perceber a importância da escrita, principalmente, a contribuição que ela tem no desenvolvimento da oralidade e, consequentemente, para que o aluno possa se introduzir socialmente e laboralmente, vejamos:
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013).
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.
Nessa entoada, temos que ter em mente a função social da escola, também prevista pela LDB no artigo 1º, vejamos:
Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
§ 1º. Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§ 2º. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
Logo, utilizar-se de todos os meios que possam formar o aluno na sua integralidade é válido. Desta forma, é válida o uso de diversos tipos de gêneros textuais que possam fazer com que os alunos se produzam textualmente, apesar que muitos destes textos ainda sejam novos para determinada sociedade, então, a ponto de cumprir com o disposto na LDB é obrigação da escola e seus profissionais lidarem com o gênero textual ou gênero discursivo a fim de chegar na função social (Marcuschi, 2005, p. 41).
Mas a escola como um todo deve ir além disso, ela deve buscar meios de que os alunos também desenvolvem sua oralidade, bem como tentar colocar essa oralidade na forma escrita, dependendo do desenvolvimento psicointelectual (Vygotsky, 1987), uma vez que ele é um sujeito que se desenvolve conforme suas capacidades biológicas (Nunes, 1990) em construção com o meio.
Para uma melhor compreensão de como se dá esse desenvolvimento psicointelectual em relação à escrita, leitura e oralidade, é necessário que o professor use dos diversos tipos de processos avaliativos, principalmente, os do tipo diagnóstico e formativo, os quais devem formar a construção do sucesso escolar (Esteban, 2004, p.07).
Ademais, para Alliende e Condemarin (2005, p.103 e 106), a leitura assim como a oralidade favorecem o indivíduo e ao professor possibilita que ouça e observe o procedimento de palavras desconhecidas por ele, o qual analisará o uso no contexto, na tonalidade da voz e os hábitos posturais. No ponto da oralidade o estudante deve encarar que ela precisa ser mais sistematizada, ou seja, uma articulação de ideias enquanto fala, podendo ser formal ou informal.
Para Marcuschi “os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social” (MARCUSCHI. 2005, p. 19). Logo, percebe-se que todo processo de comunicação está dentro do contexto sócio-histórico-cultural, que faz com que o indivíduo possa interagir e se relacionar com a sociedade.
Para aprendizagem de língua portuguesa cada aluno o professor tem que ter ciência de que ela “É inserida em situações reais com suas funções sociais que a criança se apropria da língua escrita, pois, ao escrever os enunciados dentro de um determinado gênero, suas escolhas abordam o enunciado como um todo. Assim, as partes desse todo estão carregadas de sentido.” (SANTOS. 2013, p. 136).
O profissional de educação responsável pelo ensino de línguas ou idioma, deve ajudar o aluno com a produção textual, capaz de criar um ambiente de aprendizagem positivo, ou seja, deve ele sempre que possível reescrever as formas escritas pelos alunos e levar em consideração os interesses dos alunos quanto a leitura (OECD, 2019). Dessa forma, o professor deve passar confiança a ponto de que os alunos possam se sentir seguros em próximas produções textuais, fazendo sempre críticas positivas e encorajadoras. Além disso, é importante que o aluno tenha engajamento social, ou seja, o aluno deve ler, compreender e escrever bem o que está ao seu redor e, para isso, é necessário que ele seja um ser social (SOARES, 2020). Desse modo, o aluno será capaz de poder dialogar e argumentar suas ideias sem a necessidade de regras gramaticais imediatas, isto é, o aluno irá mentalmente reprisar as formas com as quais o uso da escrita é formal ou informal ao passo que ele tem contato com inúmeros textos por meio da leitura, contação, oitiva e etc., portanto, “que o professor considere os conhecimentos prévios aprendido no contexto social e não insista em ensinar aquilo que o aluno já sabe, pois isso criaria, no mínimo, uma desmotivação pela aprendizagem” (NOBREGA; POSSENTI, 1996).
Nesse mesmo contexto de interação social do aprendizado da escrita temos a afirmação de Chartier, Clesse e Hébrard (1996, p.25), vejamos:
Aprender a ler é entrar no mundo da escrita. Antes de chegar ao domínio da leitura, a criança faz um verdadeiro percurso, desde a etapa em que sabe ver que já qualquer coisa escrita num objeto àquele em que, sem ainda saber realmente ler, é capaz de compreender um bom número de mensagens só pelo fato de que tem familiaridade com o contexto no qual elas aparecem. Muitas crianças aprendem desta forma, em suas famílias, que os escritos existem, que os adultos os utilizam e há nisso algo que desencadeia uma curiosidade precoce acerca dos sinais gráficos e das mensagens que eles contêm.
Para Bakhtin (1992) o desenvolvimento humano está relacionado à escrita, mas que ela não é estática, ela é viva, capaz de se reinventar ou recriar como o ser humano. A linguagem se concretiza de forma oral ou de forma escrita, produzidos em diversos contextos sociais e épocas diferentes. Logo, a língua varia quanto ao processo de enunciação, conteúdo temático, estilo verbal e, especificamente, pela composição da estrutura.
Dessa maneira, os gêneros textuais ou do discurso conforme Bakhtin (1992) são inúmeros, eles vão desde a receita de bolo da vovó aos modernos mangás trazidos pela cultura asiática, hoje tão popular entre as crianças e adolescentes. Mas, independente dos diferentes gêneros, também há uma heterogeneidade tipológica (sequência narrativa; descritiva; expositiva, argumentativa e injuntiva).
Assim, devemos distinguir os tipos de texto com os gêneros textuais, uma vez que o primeiro corresponde a “um conjunto limitado de categorias teóricas determinadas por aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas, tempo verbal” ou a “designações teóricas dos tipos: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição” (MARCHUSCHI, 2005, p. 23). Contudo, tais definições não são plenas, uma vez que diversos tipos de textos podem possuir inúmeros gêneros, pois, isso é o escrever, pois o indivíduo varia constantemente a forma de falar no dia a dia.
Vê-se, portanto, que o estudo do domínio da escrita de forma definida e gramatical é chata e entediante para o aluno, apesar de que ele deve ter o conceito sobre todos os aspectos de como funciona seu idioma, mas, isso não impede que não seja de forma prazerosa. Para tanto, a legislação brasileira por meio da LDB no artigo 26, §7º, traz a importância da transversalidade das matérias entre si, vejamos:
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013).
§ 7º A integralização curricular poderá incluir, a critério dos sistemas de ensino, projetos e pesquisas envolvendo os temas transversais de que trata o caput. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017).
Ademais, o ensino da escrita deve ser integralizado com outras matérias, uma vez que para fazer um resumo sobre um assunto de história, o professor especializado irá pedir que os alunos leiam e façam resumos. A própria matemática para melhor ser compreendida deve ser lida por meio da escrita, ou seja, para que o aluno possa resolver um problema de lógica ou uma questão matemática baseada em uma situação hipotética, o aluno deverá compreender elementos básicos da escrita, seja para ler, seja para escrever.
Portanto, o que se deve ter é alunos que trocam experiências não só socialmente, mas também dentro da sala de aula com outras matérias, pois o ensino deve ser inter/transdisciplinar. É desse conhecimento fragmentado, que deve acabar na escola que Morin, o pai da teoria da complexidade, nos traz:
A inteligência parcelada, compartimentada, mecanicista, disjuntiva e reducionista rompe o complexo do mundo em fragmentos disjuntos, fraciona os problemas, separa o que está unido, torna unidimensional o multidimensional. É uma inteligência míope que acaba por ser normalmente cega. Destrói no embrião as possibilidades de compreensão e de reflexão, reduz as possibilidades de julgamento corretivo ou da visão a longo prazo. (Morin, 2004, p. 43).
Em seu livro, Morin (2004) estabelece sete saberes necessários à educação do futuro que estão assim distribuídos:
No capítulo I, As Cegueiras do Conhecimento: o Erro e a Ilusão, p. 19-33, que para o autor, o erro e a ilusão do mundo devem ser dissipados pelo educador, sendo essa a função primordial dele, o profissional da educação.
No capítulo II (p. 35-46), os princípios do Conhecimento Pertinente, que trata da contextualização que a educação deve tomar, a interdisciplinaridade e transversalidade dos conteúdos ministrados em sala de aula.
No capítulo III, Ensinar a Condição Humana, p. 47-61, no qual o autor menciona que a educação deve mostrar quem realmente é o ser humano, que faz parte de todo um contexto universal, ou seja, somos uma peça de um grande quebra cabeça.
No capítulo IV, Ensinar a Identidade Terrena (p. 63-78), é descrito nesse capítulo que o ser humano deve ter empatia pelo próximo, o outro, a ter ética e moral unificadas.
O capítulo V, Enfrentar as Incertezas (p. 79-92), no capítulo nada é definido, pois tudo está em constante transformação, o que impulsiona o conhecimento e novas descobertas.
No capítulo VI, Ensinar a Compreensão (p. 93-104), o professor deve estar pronto para aderir ao mundo globalizado, utilizando-se desses novos meios de informação a favor dos educandos, os quais devem aproximar os diferentes povos.
No capítulo VII, A Ética do Gênero Humano (p. 105-115), o autor ressalta a condição humana indivíduo/sociedade/espécie, pois tudo que a humanidade conseguiu foi por meio de diferentes experiências de erros e acertos.
Conforme visto nos estudos de Morin, a educação tem que transformar os alunos em seres pensantes, capazes de construírem não só uma nova sociedade, mas seres capazes de criar novos meios e métodos por si próprios de aprendizagem. Claro, isso não afasta o papel do professor, que deve ser o apoio para direcionar o aluno em suas descobertas e inúmeros caminhos a seguir.
Werthein apud Morin (2004, p 12) enfatiza que esses sete saberes necessários à educação do futuro “constituem eixos e, ao mesmo tempo, caminhos que se abrem a todos os que pensam e fazem educação, e que estão preocupados com o futuro das crianças e adolescentes. […]
Por fim, como profissionais da educação e, também, estudantes, devem repensar o que significa o processo de ensino-aprendizagem e como os sete saberes podem tornar estudantes cidadãos e senhores do futuro de uma nova história. Pois, o mundo está em constante transformação e os profissionais da educação devem estar atualizados para trazer novas formas de ensinar, a fim de que possa trazer o educando ao mundo da educação, que é criativo e está em constante evolução.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, podemos inferir que as metodologias que são utilizadas nas salas de aulas por alguns profissionais, apesar de serem variados, não são aqueles de interesse do aluno, o qual não inclui a leitura deleite como uma metodologia, na qual a intenção é mesmo ler por prazer, em que a aprendizagem da escrita se dará de forma espontânea. E, apesar de termos uma boa diversidade de gêneros textuais, que pode garantir a finalidade da escrita e leitura, ela não é atualizada.
O que fica evidente é que o ensino da leitura e escrita deve se fazer como prática social, mas quando falamos em prática social, os professores também devem ter em consideração o universo dos educandos, seus gostos, prazeres e o que é atual, uma vez que estamos em um mundo globalizado. Logo, para poder concretizar isso, o professor deve se utilizar dos processos de avaliação diagnóstica e formativa, que irão demonstrar um pouco a realidade dos alunos.
Por fim, o professor será indispensável quando sabe fazer essas avaliações e diagnósticos dos alunos, pois será ele que irá conduzir o processo de ensino-aprendizagem por metodologias prazerosas e que estão de acordo com a realidade dos alunos. Assim, o papel da escola e professor é oportunizar que os alunos consigam ter prazer em ler e escrever, transformando não só a sociedade, mas a civilização como um todo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALLIENDE, f. & CONDEMARÍN, M. A leitura: Teoria, Avaliação e Desenvolvimento – trad. Emani Rosa. 8ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2005.
ALENCAR, J. de. Lucíola. São Paulo: Ediouro, 2000.
ANTUNES, I. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BARBOSA, J.J. Alfabetização e leitura. São Paulo: Cortez, 2008.
BRAGA, R. A traição das elegantes. Rio de Janeiro: Sabiá, 1969, p. 112.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB – Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
CHARTIER, A; CLESSE, C; HÉBRARD. J. Ler e escrever: entrando no mundo da escrita. Trad. Carla Valdga_Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, pp. 25 e 114.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília. Ministério da Educação, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Acesso em: .28 jun. 2020.
______________. Constituição da República Federativa do Brasil. Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988. Senado Federal. 2016. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Acesso em: 21 jun. 2020.
ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliação no cotidiano escolar. In ESTEBAN, Maria Teresa (org.) Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos 5 ed. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2004.
KLEIMAN, Â. B. (Org). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de letras, 1995.
MARCUSCHI, L., A. Leitura como processo inferencial num universo cultural cognitivo. In: BARZOTTO, V. H. (Org.) Estado de leitura. Campinas, SP: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 1999 (Coleção Leituras no Brasil).
MORIN, E. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. 2 ª ed. São Paulo, SP: Cortez, 2004.
NÓBREGA, Maria Helena da. POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, Mercado de Letras, 1996, 95 p. Filologia e Linguística Portuguesa, [S. l.], n. 2, p. 265–271, 1998. DOI: 10.11606/issn.2176-9419.v0i2p265-271. Disponível em: https://revistas.usp.br/flp/article/view/59671.. Acesso em: 17 jul. 2024.
OECD. PISA 2018 results (Volume III): What school life means for students’ lives.
OECD Publishing. 2019. DOI: 10.1787/acd78851-en. Disponível em: https://www.oecd-ilibrary.org/education/pisa-2018-results-volume-iii_acd78851-en. Acesso em 15 mar. 2023.
SANTOS, Sonia de Oliveira. As Escolhas das Letras e Caracteres na Elaboração de Enunciados em Cartas e Histórias em Quadrinhos. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências. Marília, p. 248. 2013.
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 7. ed. 4ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2020
SOUSA, Jorge Pedro. Elementos da teoria e pesquisa da comunicação e dos media. 2. ed. Porto: Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação. 2006. Disponível em: chrome extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://bocc.ufp.pt/pag/sousa-jorge-pedro-elementos-teoria-pequisa-comunicacao-media.pdf. Acessado em: 19/05/2024.
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. Tradução: Jéferson Luiz Camargo. Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1987.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 5 ed. rev. ampl. São Paulo: Global, 1985.
1Advogado. Graduado em Direito pela Faculdade Damas da Instrução Cristã. Pós-graduado em Advocacia Cível pela Fundação Escola Superior do Ministério Público/FMP. Pós-graduado em Filosofia do Direitos Humanos pela Faculdade Fabras. Graduado em Licenciatura em Pedagogia pela UNOPAR (Universidade Norte do Paraná). Graduado em Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade IBRA. Graduado em Licenciatura em Filosofia pelo Centro Universitário ETEP. Graduado em Licenciatura em História pelo Centro Universitário ETEP. Graduado em Licenciatura em Letras Português/Inglês pelo Centro Universitário ETEP. Pós-graduado em Educação Especial pela Faculdade Fitec. Pós-graduado em Coordenação Pedagógica e Supervisão Escolar pela Faculdade Facuminas. Pós-graduado em Docência na Educação Infantil e Ensino Fundamental dos Anos Iniciais pela Faculdade Fabras. Pós-Graduação em Educação Especial e Inclusiva com Ênfase em Atendimento Educacional Especializado pela Faculdade Fabras. Pós-graduado em Psicopedagogia e Gestão Escolar pela Facuminas.