MEDIDAS PREVENTIVAS NO CONTROLE DE INFECÇÕES HOSPITALARES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 

PREVENTIVE MEASURES IN CONTROL OF HOSPITAL INFECTIONS IN INTENSIVE CARE UNIT 

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12752257


Autor principal: Bruno Bibiano de Oliveira; Autora Orientadora: Dra. Leanara Amaro Rocha; Coautores: Sônia Bertolino; Adrielle Sossai Dias Nascimento; Felipe Leonardo Rossi Oliveira; Eduardo Dal Moro Borges; Daniel Cadore Simionatto; Laura Kontze Galli; Agheta Cristine Mendonça Tomasini; Ana Luísa Araújo Macedo; Vitor Antônio Aniel Guimarães Nogueira; Pedro Henrique Gasparin Boni Schumann; Raphael Bruno Queiroz de Sousa. 


RESUMO 

Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são infecções adquiridas por pacientes durante o cuidado médico em hospitais ou outras instituições de saúde. Elas representam uma preocupação significativa devido aos riscos aumentados para pacientes que já estão doentes ou imunocomprometidos. As IRAS podem incluir pneumonia associada à ventilação mecânica, infecções do trato urinário associadas a cateteres, infecções de feridas após cirurgias e bacteremias associadas a cateteres intravenosos. As principais causas das IRAS incluem práticas inadequadas de higiene das mãos, uso inapropriado de antimicrobianos, procedimentos invasivos e superlotação hospitalar. A resistência antimicrobiana também aumenta a gravidade das IRAS, tornando tratamentos mais difíceis e caros. Este artigo tem por objetivo, avaliar a eficácia das medidas preventivas para IRAS em unidades de terapia intensiva. Este artigo se trata de uma revisão bibliográfica com caráter descritivo, buscando nas bases de dados Scielo, Pubmed, Medline, artigos dos últimos 5 anos para o levantamento bibliográfico. Para prevenir as IRAS, estratégias eficazes incluem a implementação de protocolos rigorosos de higiene das mãos, uso apropriado de equipamentos de proteção individual, controle cuidadoso de dispositivos médicos invasivos, e a promoção de práticas de prescrição de antimicrobianos baseadas em evidências. Além disso, educação contínua de profissionais de saúde, vigilância epidemiológica e auditorias regulares são fundamentais para garantir a conformidade com as diretrizes de prevenção. 

Palavras-chave: Infecção hospitalar, Unidade de Terapia Intensiva, Prevenção. 

ABSTRACT 

Healthcare-Related Infections (HAIs) are infections acquired by patients during medical care in hospitals or other healthcare institutions. They represent a significant concern due to the increased risks for patients who are already ill or immunocompromised. HAIs can include ventilator-associated pneumonia, catheter-associated urinary tract infections, wound infections after surgery and bacteremia associated with intravenous catheters. The main causes of HAIs include inadequate hand hygiene practices, inappropriate use of antimicrobials, invasive procedures and hospital overcrowding. Antimicrobial resistance also increases the severity of HAIs, making treatment more difficult and expensive. The aim of this article is to evaluate the effectiveness of preventive measures for HAIs in intensive care units. The aim of this article is to evaluate the effectiveness of preventive measures for HAIs in intensive care units. This article is a descriptive literature review, searching the Scielo, Pubmed and Medline databases for articles from the last five years. To prevent HAIs, effective strategies include the implementation of strict hand hygiene protocols, appropriate use of personal protective equipment, careful control of invasive medical devices, and the promotion of evidence-based antimicrobial prescribing practices. In addition, continuous education of healthcare professionals, epidemiological surveillance and regular audits are key to ensuring compliance with prevention guidelines. 

Keywords: Hospital infection, Intensive Care Unit, Prevention. 

INTRODUÇÃO 

A infecção hospitalar (IH) é um problema de saúde pública de longa data no Brasil e no mundo. Porém, apesar dos avanços da ciência e da tecnologia na área da saúde, está comprovado que hoje persistem problemas ancestrais como as infecções nosocomiais. É uma das principais causas de adoecimento e morte, e coloca em risco a saúde dos usuários que acompanham o procedimento ou adoecem. Em 1990, o termo “infecção nosocomial” foi substituído por infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) (Teles, 2020). Se após 72 horas da admissão surgirem manifestações clínicas de infecção, se o paciente for diagnosticado com infecção, é considerada uma IRAS. 

A unidade de terapia intensiva (UTI) é um importante local de internação de pacientes graves que necessitam de suporte especializado contínuo. As IRAS em unidades de terapia intensiva estão associadas a procedimentos invasivos como cateteres venosos centrais (CVC), cateteres urinários de demora (VDI) e ventilação mecânica (VM), uso de imunossupressores, uso hospitalar prolongado, convivência com microrganismos resistentes a medicamentos antibacterianos (Teles, 2020). 

As IRAS são pertinentes porque aumentam a morbidade e a mortalidade, aumentam o tempo de permanência dos pacientes no ambiente hospitalar e, portanto, aumentam os custos de hospitalização e tratamento. Cerca de metade (35-45% em média) das infecções nosocomiais, as infecções nosocomiais são a principal causa, resultando em internamentos hospitalares mais longos e custos mais elevados para as instituições (Ghiraldelli, 2021).  

Num ambiente onde a vulnerabilidade dos pacientes é elevada devido à gravidade das suas condições médicas e aos procedimentos invasivos frequentemente necessários, são essenciais medidas preventivas rigorosas. A importância destas medidas é profunda. Os pacientes de UTI frequentemente enfrentam imunossupressão grave, o que os torna particularmente suscetíveis à infecção. Além disso, as infecções adquiridas em hospitais, muitas vezes causadas por bactérias resistentes a múltiplos antibióticos, não são apenas um desafio terapêutico, mas também prolongam a internação hospitalar e aumentam os custos médicos (Corrêa, 2022). 

Este artigo tem como objetivo geral, avaliar a eficácia das medidas preventivas para IRAS em unidades de terapia intensiva. Como objetivos específicos: Analisar a Incidência de Infecções Hospitalares, Explorar Impactos Econômicos e Sociais, exemplificar Estratégias de Prevenção. 

METODOLOGIA 

Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa realizada no período de setembro a novembro de 2023, através de pesquisas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed via Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Google Scholar.  

Os critérios de inclusão foram os artigos nos idiomas português e inglês publicados no período de 2018 a 2023 e que tratavam as temáticas propostas nesta pesquisa, incluindo estudos originais, teses, dissertações e artigos do tipo revisão sistemática e metanálises. Foram ainda selecionados artigos pivotais para a compreensão do tema, conforme experiência dos autores. Os termos descritos utilizados na pesquisa foram: Infecção hospitalar, Unidade de Terapia Intensiva, Prevenção. 

Os critérios de exclusão foram: artigos científicos com mais de 5 anos de publicação, artigos duplicados, aqueles disponibilizados com formato de resumo, e aqueles que não versavam com a proposta de estudo e que não atendiam aos demais critérios de inclusão.   

REVISÃO DA LITERATURA 

Classificadas como efeitos adversos, as IRAS são infecções adquiridas na área da saúde e constituem um dos mais importantes problemas de saúde pública, com elevada morbidade e mortalidade. As IRAS podem começar em diferentes áreas, como trato respiratório, circulatório ou urinário. Dentre elas, a maioria das complicações está relacionada às vias aéreas, como pneumonia (PNM) e doenças respiratórias decorrentes da intubação orotraqueal, como traqueobronquite associada à ventilação mecânica (TAV) e pneumonia associada à ventilação mecânica.  Essas infecções são definidas pela ocorrência após 48 horas da intubação e apresentam incidência de 5 a 15% em UTIs de alta mortalidade (Corrêa, 2022).   

A unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital destaca-se como o setor com maior número de pacientes graves – pacientes que muitas vezes são submetidos a procedimentos invasivos que apresentam risco de infecções relacionadas à saúde. Vale ressaltar também o fato de que o sistema imunológico desses pacientes costuma estar enfraquecido, o que viabiliza processos infecciosos e é alvo fácil de microrganismos no ambiente hospitalar, por exemplo, em superfícies inanimadas ao redor do paciente, que são terreno para o desenvolvimento de bactérias (da Silva Santos, 2022). 

Um estudo multicêntrico baseado na vigilância ativa da terapia intensiva mostrou uma prevalência de IRAS de 22,6% em pacientes com mortalidade por IRAS de 10,8%. Outro estudo relatou dados recentes com infecção por PAV de 62%, seguida por infecção da corrente sanguínea associada a cateter central (ICSAC) (20,7%) e infecção do trato urinário associada a cateter (ITU-AC) (17,2%). Os pacientes que chegam à terapia intensiva são altamente suscetíveis à infecção devido às condições médicas críticas e aos procedimentos invasivos necessários para recuperação e suporte à vida, bem como à alta rotatividade de pacientes e profissionais que trabalham na área. Portanto, o controle de infecção é uma condição que requer mais atenção neste cenário. Isso mostra a importância de identificar medidas de controle (Dantas, 2019). 

As mãos dos profissionais de saúde são uma das formas mais importantes de contaminação cruzada no ambiente hospitalar, e está cientificamente comprovado que a falta de lavagem das mãos agrava as infecções no ambiente hospitalar, pois vários microrganismos podem ser facilmente transferidos para a pele e transmitido  do contato pele a pele com patógenos locais ou transitórios (Soares, 2021). 

Atualmente, o foco tem sido a segurança do paciente durante a lavagem das mãos. Exemplo disso é a iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), apoiada em medidas e ações sob a supervisão dos responsáveis ​​pelos serviços de saúde, que reduziram os problemas de segurança dos pacientes nos países da União, porque as mãos são a principal ferramenta dos profissionais de saúde no desempenho de suas atividades (do Nascimento, 2024). 

É fundamental identificar os fatores de risco para IRAS com base no julgamento técnico e científico da equipe, uma vez que refere-se a procedimentos invasivos realizados na unidade de terapia intensiva que necessitam de medidas para redução de incidentes e danos, melhora da saúde do paciente, reduzindo efeitos colaterais e mortes por infecções (da Silva Santos, 2022). 

Para SILVA et al. (2022) embora o objetivo da UTI seja reduzir a incidência de infecção, o risco de infecção pode ser facilmente avaliado e gerenciado de forma eficaz com ferramentas simples, implementando protocolos e procedimentos apropriados para melhorar a qualidade do atendimento. Nesse sentido, programas de intervenção multidimensionais sobre higienização das mãos, manejo de antimicrobianos e redução do uso de equipamentos, baseados nas necessidades específicas da UTI, deverão aumentar a conscientização da equipe sobre a importância de seguir as melhores práticas clínicas. 

No ambiente hospitalar, a utilização de indicadores tem aumentado nos últimos anos, por se tratar de uma forma periódica quantitativa que, por meio dos dados coletados, mostra se os processos alcançaram resultados desejados ou indesejáveis, ou seja, se os processos alcançaram resultados desejados ou indesejáveis. permitem critérios objetivos para a qualidade dos serviços de saúde, e o indicador pode mostrar a qualidade do serviço prestado ou um possível comprometimento que pode afetar diretamente a assistência (Ghiraldelli, 2021). 

 A utilização de indicadores na unidade de terapia intensiva é rotina para muitos profissionais. A unidade de terapia intensiva é um local destinado ao atendimento de pacientes graves e instáveis ​​e geralmente é considerada muito avançada devido às suas instalações tecnológicas e informatizadas de última geração, que oferece ritmo acelerado e realiza procedimentos agressivos e invasivos que exigem 24 horas por dia, onde o duelo de vida e morte está muito presente e a morte está sempre à frente (Ghiraldelli, 2021). 

As abordagens à prevenção de infecções na unidade de cuidados intensivos enfatizam a eficácia de uma combinação de formação intensiva, técnicas assépticas rigorosas e medidas de isolamento. A adesão às diretrizes globais de saúde sublinha como são necessárias práticas rigorosas de higiene e vigilância constante para manter os pacientes seguros em ambientes críticos. Estratégias como melhorar os sistemas de ventilação e isolar pacientes infectados ajudam a minimizar a propagação de doenças infecciosas nas unidades de cuidados intensivos (Fonseca, 2024). 

Sobre as infecções da corrente sanguínea, a higiene das mãos, a antissepsia adequada, principalmente antes do manuseio dos equipamentos, são relatadas em 100% dos artigos, incluindo o monitoramento do tempo de permanência do cateter. São medidas que visam reduzir a incidência de infecções que entram na corrente sanguínea através do CVC. Também foi relatado que os principais meios de prevenção das IRAS são as medidas de proteção, que incluem o uso de luvas estéreis e outros equipamentos de proteção individual. O uso de luvas estéreis é apropriado para procedimentos invasivos, como inserção de cateter venoso central, pois reduz a incidência de infecções por CVC (Nepomuceno, 2019). 

Em relação às infecções do trato urinário, a maioria dessas infecções, aproximadamente 80%, está relacionada ao cateterismo urinário e sua duração, ou seja, cateteres mais longos apresentam maior risco de IRAS. Concluiu-se que o enfermeiro da enfermaria deve avaliar diariamente o cateter, verificar sinais fisiológicos, analisar métodos alternativos que possam reduzir o risco de infecção (Nepomuceno, 2019). 

A Pneumonia Associada à Ventilação (PAV) tem a maior incidência, variando de 6 a 52%. É definida como aquela pneumonia que se desenvolve após 48 horas de intubação endotraqueal e ventilação mecânica (VM), e está associada com o tempo de ventilação e prolongado período de internação, resultando em mortalidade e custos hospitalares superelevados, sendo necessário uma boa higiene das mãos e uso adequado de luvas estéreis, manejo dos equipamentos e dispositivos seguindo o protocolo do hospital (Nepomuceno, 2019). 

Do ponto de vista do tratamento seguro, isso implica na segurança do paciente e dos especialistas que realizam tais operações. Contudo, esse cuidado envolve muitos aspectos, desde o conhecimento dos profissionais, a complexidade de suas atividades assistenciais, a disponibilidade e distribuição de recursos humanos e a estrutura física que controla as infecções. Portanto, o controle da infecção requer um esforço coordenado de todos os prestadores de cuidados de saúde com estratégias que abordem os seus diversos aspectos. No manejo das IRAS devem ser partilhadas outras profissões relacionadas com a prestação de cuidados, uma vez que cada profissional tem seus protocolos a serem seguidos, além da educação e formação, todos os profissionais de saúde apostam no conhecimento prático e teórico para melhor desenvolver e seguir práticas que minimizem a ocorrência de IRAS. 

CONCLUSÃO 

A prevenção de infecções relacionadas à assistência a saúde em unidades de terapia intensiva é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes que dependem deste suporte vital. A implementação rigorosa de medidas como a higiene das mãos, a manutenção adequada do equipamento, o uso criterioso do equipamento e o uso criterioso de antibióticos não só reduzem a incidência de complicações infecciosas, mas também melhoram os resultados clínicos e minimizam os custos de saúde relacionados. 

É importante que as equipes multidisciplinares trabalhem em conjunto, seguindo as diretrizes estabelecidas e participando de programas de treinamento contínuos para garantir a adesão às práticas preventivas e a adoção das melhores práticas. Além disso, é necessário monitoramento e revisão constante dos processos para identificar áreas de melhoria e estratégias de mudança, se necessário. 

Ao promover uma cultura de segurança e qualidade na gestão da ventilação mecânica, podemos não só proteger os pacientes de infecções potencialmente graves, mas também aumentar a eficácia dos cuidados críticos, ao mesmo tempo que promovemos um ambiente hospitalar mais seguro e eficiente. Investir na prevenção de infecções não é apenas uma responsabilidade ética, mas também uma estratégia importante para promover a saúde pública e melhorar os resultados de saúde dos pacientes internados em UTI. 

REFERÊNCIAS 

BASTOS, Elaine Cristina Bezerra et al. Perfil epidemiológico das infecções em uma unidade de terapia intensiva de emergência. Brazilian Journal of Health Review, v. 2, n. 3, p. 1654-1660, 2019. 

CORRÊA, Marina Braga; CORDENUZZI, Onélia da Costa Pedro. AÇÕES DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE INFECÇÕES EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO NO CONTEXTO DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: REVISÃO INTEGRATIVA. REVISTA DE SAÚDE DOM ALBERTO, v. 9, n. 2, p. 185-212, 2022. 

DA SILVA SANTOS, André et al. IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NO CONTROLE DE INFECÇÕES NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. International Journal of Health Sciences, v. 2, n. 1, 2022. 

DANTAS, Ana Clara. Medidas de prevenção de infecção em unidades de terapia intensiva: uma revisão integrativa. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 

DO NASCIMENTO, Maria Eduarda Bezerra et al. AÇÕES DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE INFECÇÕES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 5, p. 1899-1908, 2024. 

GHIRALDELLI, Daniel et al. O uso de indicadores de infecção em Unidade de Terapia Intensiva: uma revisão da literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 4, p. e6924-e6924, 2021. 

SILVA, B. B. L. da, et al. Factors associated with the development of healthcareassociated infections in the intensive care unit: a literature review. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 5, p. e14711528125, 2022. DOI: 10.33448/rsdv11i5.28125. 

SOARES,    M.A.et    al.    Microrganismos multirresistentes  nas  mãos  de  profissionais  de saúde em Unidades de Terapia Intensiva. Revista de Epidemiología e controle de Infeccao, v. 9, n.   3,   p.   187-192,   2019.      

TELES, Juliane et al. Medidas de prevenção à infecção hospitalar em unidades de terapia intensiva. Enfermagem Brasil, v. 19, n. 1, 2020.