MEDICAÇÕES PARA O TRATAMENTO DE SAÚDE MENTAL EM CRIANÇAS: UMA ANÁLISE ABRANGENTE

REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th102501030912


Wilma Adrielly Pereira de Lima1
Ayllane Chaves Lucena2
Eduarda Leite Vargas3
Clovis Patrício de Macedo Filho4
Antonio Americo Falcone de Almeida Filho5
Fernanda Rodrigues Lopes6
Michele Cabral Lima7
Andreza Cipriano Coelho8
Brenda de Souza Moreno9
Elaine Cristina dos Santos Coelho10
Fernanda Silva Veloso Marcondes11
Islandia Maria Rodrigues Silva12
Juliana Oliveira do Nascimento13
Mayara Amelia de Aguiar Maia Saldanha14
Rodrigo Teixeira Santiago15


Introdução

Nos últimos anos, o aumento das preocupações com a saúde mental infantil tem levado a uma maior conscientização sobre os transtornos psíquicos que afetam crianças e adolescentes. Embora as questões de saúde mental em adultos sejam amplamente discutidas e reconhecidas, os distúrbios emocionais e comportamentais em crianças frequentemente passam despercebidos, sendo muitas vezes confundidos com simples fases do desenvolvimento ou com comportamentos típicos da infância. No entanto, transtornos como depressão, ansiedade, TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), transtornos de conduta e até distúrbios graves do espectro autista podem se manifestar desde os primeiros anos de vida, impactando de forma significativa o desenvolvimento da criança, suas relações sociais e seu desempenho escolar.

A intervenção precoce é um dos principais fatores que contribui para o sucesso no tratamento desses transtornos. Quando identificados e tratados de maneira adequada, é possível mitigar os sintomas e garantir uma melhor qualidade de vida para a criança, além de minimizar os impactos que esses transtornos podem ter ao longo da vida adulta. Dentro desse contexto, a medicação desempenha um papel importante no tratamento de muitos desses distúrbios, principalmente quando os sintomas são intensos ou persistentes e não são suficientemente controlados por abordagens terapêuticas não farmacológicas, como a psicoterapia.

Contudo, o uso de medicamentos para tratar a saúde mental de crianças é uma questão delicada e que exige uma avaliação cuidadosa. O desenvolvimento cerebral infantil é um processo dinâmico e sensível, o que torna as crianças mais vulneráveis aos efeitos colaterais e às reações adversas de certos fármacos. Além disso, a medicação não deve ser vista como uma solução isolada, mas sim como parte de um tratamento integrado, que inclui o envolvimento da família, acompanhamento psicológico e, em alguns casos, ajustes no ambiente escolar e social.

Portanto, ao considerar o uso de medicações no tratamento de distúrbios mentais infantis, é essencial que o médico e os pais estejam bem informados sobre as opções terapêuticas disponíveis, os possíveis efeitos colaterais e a necessidade de monitoramento contínuo do progresso da criança. Este artigo visa abordar as principais classes de medicamentos utilizados no tratamento de saúde mental em crianças, seus benefícios, riscos e as recomendações para um manejo adequado, promovendo uma compreensão mais ampla sobre como as medicações podem ser utilizadas de forma segura e eficaz no cuidado infantil.

Distúrbios Mentais Comuns em Crianças

Antes de se aprofundar nas medicações específicas, é importante compreender os distúrbios mentais mais comuns que podem afetar crianças:

  1. Transtornos de Ansiedade: Como o transtorno de ansiedade generalizada, fobias específicas e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
  2. Transtornos Depressivos: Incluindo a depressão maior e o transtorno depressivo persistente.
  3. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): Caracteriza-se por sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade.
  4. Transtornos do Espectro Autista (TEA): Embora não seja um transtorno mental em sentido estrito, muitos indivíduos com TEA apresentam comorbidades psiquiátricas, como ansiedade ou dificuldades emocionais.
  5. Transtornos de Conduta e Desafios Comportamentais: Envolvem comportamentos disruptivos, agressivos ou desafiadores.
  6. Transtornos do Sono e Alimentares: Muitas vezes relacionados a distúrbios emocionais.

Esses transtornos podem se manifestar de maneiras variadas e, dependendo de sua intensidade, podem demandar uma abordagem terapêutica que envolva medicação, psicoterapia ou uma combinação de ambas.

Tipos de Medicações Usadas no Tratamento de Saúde Mental Infantil

O tratamento farmacológico é, em muitos casos, necessário para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das crianças. Contudo, o uso de medicação deve ser cuidadosamente monitorado, uma vez que as crianças estão em fases de desenvolvimento que podem ser sensíveis aos efeitos de substâncias químicas.

Antidepressivos

Os antidepressivos são frequentemente prescritos para o tratamento de transtornos depressivos e ansiosos em crianças. A classe mais comum de antidepressivos utilizada é os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), que atuam aumentando a disponibilidade de serotonina no cérebro, um neurotransmissor relacionado ao humor e à regulação emocional.

Exemplos de ISRS usados em crianças:

  • Fluoxetina (Prozac): A fluoxetina é um dos ISRS mais comumente usados para tratar a depressão infantil e a ansiedade generalizada.
  • Sertralina (Zoloft): Outro ISRS utilizado no tratamento da depressão, transtornos de ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo.
  • Escitalopram (Lexapro): Também utilizado para tratar a depressão e a ansiedade em crianças e adolescentes.

É importante notar que o uso de antidepressivos em crianças deve ser feito com cautela, pois alguns estudos sugerem que pode haver um risco ligeiramente aumentado de suicídio em crianças e adolescentes que tomam esses medicamentos, especialmente nos primeiros meses de tratamento. Por isso, o acompanhamento médico rigoroso é imprescindível.

Estimulantes e Não Estimulantes para o TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos distúrbios mais comuns entre crianças, e o tratamento farmacológico pode ser essencial para controlar os sintomas. Existem dois tipos principais de medicamentos usados para tratar o TDAH:

  • Estimulantes: São os medicamentos mais frequentemente prescritos para o TDAH e incluem substâncias como a anfetamina (Adderall) e o metilfenidato (Ritalina). Eles atuam aumentando a atividade de certos neurotransmissores no cérebro, como dopamina e norepinefrina, o que ajuda a melhorar a atenção e o controle de impulsos.
  • Não Estimulantes: Quando os estimulantes não são eficazes ou causam efeitos colaterais indesejados, medicamentos não estimulantes, como a atomoxetina (Strattera), podem ser usados. Eles também aumentam a disponibilidade de norepinefrina, mas de maneira diferente dos estimulantes.

Antipsicóticos

Os antipsicóticos podem ser prescritos para crianças que apresentam sintomas graves de distúrbios emocionais ou comportamentais, como no caso de crianças com transtorno de conduta, esquizofrenia ou distúrbios de comportamento severo. Esses medicamentos ajudam a controlar comportamentos agressivos ou psicóticos.

Exemplos de antipsicóticos:

  • Risperidona (Risperdal): Usado para tratar irritabilidade associada ao transtorno autista, além de ser indicado para algumas condições psicóticas.
  • Aripiprazol (Abilify): Também usado para tratar sintomas de irritabilidade em crianças com transtornos do espectro autista e para distúrbios comportamentais.

Medicações para Transtornos de Ansiedade e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

Os transtornos de ansiedade e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) são condições comuns na infância e adolescência, que podem afetar significativamente o bem-estar emocional, social e acadêmico das crianças. Embora a ansiedade seja uma reação normal e até útil em muitas situações, como diante de desafios ou ameaças, quando ela se torna excessiva e interfere no funcionamento diário, pode indicar a presença de um transtorno de ansiedade. O TOC, por sua vez, envolve pensamentos obsessivos intrusivos e comportamentos compulsivos repetitivos que a criança sente necessidade de realizar para aliviar a ansiedade gerada por essas obsessões.

Esses transtornos, quando não tratados, podem se agravar com o tempo, prejudicando o desenvolvimento saudável e a capacidade de adaptação da criança. O tratamento desses transtornos pode envolver uma combinação de psicoterapia e medicação. Enquanto a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é considerada uma abordagem de primeira linha para ambos os transtornos, os medicamentos frequentemente desempenham um papel crucial, especialmente nos casos mais graves, quando os sintomas não respondem bem à terapia sozinha.

Antidepressivos e Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)

Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são amplamente utilizados no tratamento de transtornos de ansiedade e do TOC em crianças e adolescentes. A serotonina é um neurotransmissor crucial para a regulação do humor, das emoções e do comportamento, e os ISRS atuam aumentando a disponibilidade de serotonina no cérebro, o que ajuda a melhorar o equilíbrio emocional e reduzir os sintomas de ansiedade.

Exemplos de ISRS comumente prescritos incluem:

  • Fluoxetina (Prozac): A fluoxetina foi um dos primeiros ISRS aprovados para uso pediátrico e é comumente prescrita para tratar a depressão, o transtorno de ansiedade generalizada, o transtorno obsessivo-compulsivo e o transtorno de pânico. A fluoxetina demonstrou ser eficaz no tratamento de crianças e adolescentes com TOC, ajudando a reduzir tanto as obsessões quanto as compulsões associadas ao transtorno.
  • Sertralina (Zoloft): A sertralina também é indicada para o tratamento de transtornos de ansiedade, incluindo o transtorno de ansiedade social, o transtorno obsessivo-compulsivo e o transtorno de pânico. Estudos mostram que a sertralina pode ser eficaz na redução da intensidade dos sintomas de TOC e de ansiedade em crianças e adolescentes.
  • Escitalopram (Lexapro): O escitalopram, outro ISRS, tem sido utilizado em crianças e adolescentes com transtornos de ansiedade e também no tratamento do TOC. Ele é bem tolerado por muitos pacientes, sendo eficaz para controlar a irritabilidade, a ansiedade generalizada e as obsessões presentes no TOC.

Embora os ISRS sejam eficazes para muitos pacientes, seu uso em crianças e adolescentes requer uma monitorização cuidadosa. Alguns estudos indicam um pequeno aumento do risco de pensamentos suicidas no início do tratamento com esses medicamentos, o que exige que os profissionais de saúde monitorem atentamente os sinais de comportamento suicida, especialmente nas primeiras semanas de uso.

Benzodiazepínicos e Medicações de Ação Rápida

Em algumas situações, como em episódios agudos de ansiedade intensa ou ataques de pânico, os benzodiazepínicos podem ser prescritos para proporcionar alívio rápido dos sintomas. Esses medicamentos agem de forma rápida no sistema nervoso central, promovendo um efeito calmante e ansiolítico.

No entanto, o uso de benzodiazepínicos em crianças é geralmente limitado a curto prazo, devido ao risco de dependência, à possibilidade de efeitos colaterais sedativos e à potencial diminuição da eficácia com o uso prolongado. Medicamentos como o diazepam (Valium) e o lorazepam (Ativan) são exemplos dessa classe de medicamentos. Embora possam ser úteis em situações emergenciais, os benzodiazepínicos não são recomendados para uso contínuo no tratamento de transtornos de ansiedade em crianças devido ao risco de abuso e dependência.

Clomipramina (Anafranil)

A clomipramina é um antidepressivo tricíclico que, embora menos utilizado atualmente devido ao risco de efeitos colaterais mais graves (como aumento da pressão arterial, taquicardia e efeitos anticolinérgicos), ainda é uma opção eficaz no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), especialmente em casos mais graves e resistentes ao tratamento. A clomipramina tem mostrado resultados positivos no controle das obsessões e compulsões características do TOC, sendo uma escolha para pacientes pediátricos que não respondem bem aos ISRS.

No entanto, devido aos efeitos colaterais potenciais e ao risco de toxicidade, a clomipramina é geralmente considerada uma opção de segunda linha, sendo prescrita apenas após uma avaliação cuidadosa e quando outros tratamentos não se mostraram eficazes.

Considerações Importantes no Uso de Medicamentos para Ansiedade e TOC

Embora os medicamentos possam ser eficazes no tratamento dos transtornos de ansiedade e TOC em crianças, existem várias considerações importantes que devem ser levadas em conta:

  • Acompanhamento Contínuo: O uso de medicamentos deve ser monitorado de perto por um profissional de saúde qualificado, especialmente devido ao risco de efeitos colaterais e à necessidade de ajustes de dosagem. O acompanhamento regular é fundamental para avaliar a resposta ao tratamento e a presença de efeitos adversos.
  • Combinando Medicação com Terapia: A medicação não deve ser vista como uma solução isolada. A psicoterapia, em especial a terapia cognitivo-comportamental (TCC), é um componente essencial no tratamento de transtornos de ansiedade e TOC. A TCC ensina a criança a identificar e a modificar os padrões de pensamento distorcidos que alimentam a ansiedade e as compulsões, promovendo estratégias de enfrentamento mais saudáveis.
  • Efeitos Colaterais: Como qualquer tratamento farmacológico, os medicamentos para ansiedade e TOC podem causar efeitos colaterais, como náuseas, sonolência, ganho de peso, irritabilidade ou dificuldades no sono. Cada criança pode reagir de maneira diferente a um medicamento, e os efeitos colaterais devem ser avaliados em relação aos benefícios do tratamento.
  • Cautela no Uso de Medicamentos de Ação Rápida: Como mencionado, medicamentos como benzodiazepínicos devem ser usados com muita cautela e apenas em casos de necessidade imediata. O uso prolongado dessas substâncias pode levar à tolerância e ao risco de dependência, o que torna esses medicamentos menos adequados para o tratamento a longo prazo em crianças.

Conclusão sobre o Tratamento Medicamentoso para Ansiedade e TOC

O tratamento medicamentoso para transtornos de ansiedade e TOC em crianças pode ser extremamente eficaz quando bem indicado e monitorado. A escolha do medicamento ideal dependerá de uma avaliação cuidadosa do tipo de transtorno, da gravidade dos sintomas, da resposta anterior a tratamentos e da tolerância da criança aos efeitos colaterais.

Contudo, é essencial que o tratamento seja integrado a uma abordagem terapêutica ampla, que envolva tanto o acompanhamento médico quanto a psicoterapia e o suporte da família, garantindo um tratamento mais holístico e eficaz.

Estabilizadores de Humor

Em casos de transtornos bipolares ou outros distúrbios de humor, os estabilizadores de humor como o lítio ou valproato de sódio podem ser prescritos para ajudar a estabilizar os episódios de mania e depressão.

Considerações Importantes no Uso de Medicações em Crianças

Embora as medicações possam ser eficazes, elas devem ser usadas com cuidado. Algumas considerações importantes incluem:

  • Efeitos Colaterais: As crianças podem ser mais sensíveis aos efeitos colaterais das medicações. O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar qualquer reação adversa.
  • Dosagem Apropriada: A dosagem deve ser ajustada conforme o peso e a idade da criança. A automedicação ou alterações na dose podem ser perigosas.
  • Tratamento Integrado: A medicação deve ser combinada, sempre que possível, com psicoterapia, que pode incluir terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou outras abordagens que ajudam a criança a lidar melhor com suas emoções e comportamentos.
  • Acompanhamento Familiar: O envolvimento da família no processo de tratamento é crucial. A educação dos pais e cuidadores sobre o transtorno da criança e as estratégias de apoio podem melhorar significativamente os resultados do tratamento.

Conclusão

O tratamento de distúrbios mentais em crianças é uma tarefa complexa e multifacetada, que exige um acompanhamento cuidadoso e a combinação de diversas abordagens terapêuticas. A saúde mental infantil afeta diretamente o desenvolvimento emocional, social e acadêmico das crianças, tornando essencial a identificação precoce de sinais de distúrbios psíquicos e a adoção de estratégias eficazes para enfrentá-los. Entre essas estratégias, o uso de medicação pode desempenhar um papel fundamental, especialmente em casos em que os sintomas são intensos ou não respondem de forma satisfatória às terapias não farmacológicas.

Medicações, como os antidepressivos (principalmente os inibidores seletivos da recaptação de serotonina), os estimulantes no caso do TDAH, e os antipsicóticos para distúrbios comportamentais mais graves, têm se mostrado eficazes em muitos casos de distúrbios mentais infantis. Elas podem aliviar sintomas debilitantes, melhorar o funcionamento da criança no cotidiano e ajudar a controlar comportamentos disruptivos. No entanto, o uso de medicamentos em crianças precisa ser altamente individualizado, levando em consideração a idade, o histórico clínico e as necessidades específicas de cada criança. O acompanhamento médico constante é fundamental para ajustar as dosagens, monitorar possíveis efeitos colaterais e avaliar a eficácia do tratamento.

A medicação, embora útil, nunca deve ser vista como a única solução. O tratamento farmacológico deve ser sempre integrado com outras formas de apoio, sendo a psicoterapia um componente central na maioria dos casos. A terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, tem se mostrado eficaz no tratamento de transtornos como ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), proporcionando às crianças ferramentas cognitivas e comportamentais para lidar com suas emoções e situações de estresse de forma mais saudável. Além disso, a colaboração com a família, a escola e outros membros da rede de apoio é essencial para criar um ambiente que favoreça o desenvolvimento emocional e social da criança.

A educação dos pais sobre o distúrbio mental da criança e as opções de tratamento também desempenha um papel crucial no sucesso do tratamento. Eles devem estar preparados para compreender a natureza do transtorno, participar ativamente do processo terapêutico e apoiar a criança durante todo o percurso. Isso contribui não apenas para a adesão ao tratamento, mas também para a criação de um ambiente seguro e acolhedor, que facilite o desenvolvimento de uma autoestima saudável e de habilidades de enfrentamento.

Embora o uso de medicamentos seja uma parte importante do tratamento, o sucesso no cuidado da saúde mental infantil depende de uma abordagem abrangente, que considere tanto o bem-estar físico quanto o emocional da criança. O tratamento deve ser sempre monitorado e ajustado conforme necessário, com foco no equilíbrio entre as intervenções farmacológicas e terapêuticas.

Em suma, a chave para o tratamento eficaz de distúrbios mentais em crianças está na combinação de uma avaliação clínica detalhada, a escolha criteriosa dos medicamentos e terapias adequadas, e o acompanhamento contínuo e o apoio familiar. Quando todas essas etapas são integradas de maneira cuidadosa e bem planejada, as chances de uma melhora significativa no quadro da criança aumentam consideravelmente, permitindo-lhe alcançar um desenvolvimento mais equilibrado e saudável, tanto em termos emocionais quanto sociais. A intervenção precoce, juntamente com a colaboração entre médicos, terapeutas, escolas e famílias, oferece a melhor oportunidade para que as crianças superem os desafios trazidos por transtornos mentais e se desenvolvam de maneira plena e saudável.

Referências

BOTELHO, Jhenny Kessy Dias et al. CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO DE SAÚDE MENTALINFANTOJUVENIL EM UM MUNICÍPIO DO SUDESTE GOIANO. Revista Panorâmica online, v. 42,n. 1, p. 29-40, 2024.

RAMIRES, Vera Regina Röhnelt et al. Saúde mental de crianças no Brasil: Uma revisão de literatura.Interação em Psicologia, v. 13, n. 2, 2009.

SOUSA, Fernando Sérgio Pereira de; JORGE, Maria Salete Bessa. O retorno da centralidade do hospital psiquiátrico: retrocessos recentes na política de saúde mental. Trabalho, Educação e Saúde, v. 17, p. e0017201, 2018.

MUNDIM FILHO, Marco Tulio et al. Transtorno bipolar: uma análise abrangente dos aspectos clínicos e terapêuticos. Brazilian Journal of Health Review, v. 6, n. 5, p. 22973-22985, 2023.

DE PAULA, Luiza Corsino et al. Transtornos psiquiátricos prevalentes na infância: lidando com desafios comportamentais. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 1, p. 728-760, 2024.

MARTINS, Ana Cristina Marques et al. Óbitos por eventos adversos a medicamentos no Brasil: Sistema de Informação sobre Mortalidade como fonte de informação. Cadernos de Saúde Pública,v. 38, p. e00291221, 2022.

DE MARQUE, Hamilton Vedovato et al. ANÁLISE DOS PROGRAMAS DE SAÚDE VINCULADOS AO SUS PARA PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM CURITIBA. RevistaPsicoFAE: Pluralidades em Saúde Mental, v. 9, n. 1, p. 35-51, 2020.

ROHDE, Luis A.; HALPERN, Ricardo. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: atualização.Jornal de pediatria, v. 80, p. 61-70, 2004.

TANAKA, Oswaldo Yoshimi; RIBEIRO, Edith Lauridsen. Ações de saúde mental na atenção básica: caminho para ampliação da integralidade da atenção. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, p. 477-486, 2009.

GONÇALVES, LUANA GAIGHER. A participação de crianças e familiares no cuidado em saúde mental: um grupo GAM no CAPSi de Vitória-ES. 2018. Tese de Doutorado. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Espírito Santo, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional, Vitória, ES.


1 Graduanda em enfermagem pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió, email: wilmaadrielly804@gmail.com

2 Graduanda em enfermagem pela faculdade Maurício Nassau, email: Ayllnecl@gmail.com

3 Graduando em medicina pela Universidade Estácio de Sá, e mail: eduardaleitevargas@gmail.com

4 Graduando em medicina pelo Centro universitário de João Pessoa, e mail: clovismacedofh@gmail.com

5 Graduando em medicina pelo Centro universitário de João Pessoa, e mail: americofalconee@gmail.com

6 Graduanda em medicina pela UniRV, e mail: felopesr@icloud.com

7 Graduanda em enfermagem pela Universidade Estadual de Piauí, email: xmcabral7@gmail.com

8 Enfermeira, pós graduada em urgência e emergência, saúde da mulher, do trabalhador e enfermagem obstétrica, e mail: andrezacipri@hotmail.com

9 Farmacêutica pela Universidade de Brasília, email: morenobrenda013@gmail.com

10 Enfermeira pela faculdade de São Miguel, e mail: elainecrristina_coelho@hotmail.com

11 Farmacêutica pela Universidade de Uberaba, e mail: nandasveloso@hotmail.com

12 Mestre em epidemiologia em saúde pública, e mail: islaenf@hotmail.com

13 Médica pela Universidade de Iguaçu, e mail: julianaodns@gmail.com

14 Farmacêutica pela Universidade Federal do Ceará, e mail: mayara.ams@hotmail.com

15 Farmacêutico pela UFPA, e mail: drrodrigosan@gmail.com