MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES COM ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202505132231


Felipe Alcantara Alves
Leandro Coutinho Muniz
Welington Luís Pereira Rocha
Orientador Prof.: Me. Gustavo J. C. Gomes


RESUMO

O presente estudo teve como objetivo geral identificar as principais manifestações patológicas que afetam edificações com estrutura de concreto armado na construção civil. Como objetivos específicos foram propostos: analisar as causas e fatores que contribuem para o surgimento dessas manifestações; investigar a eficácia da impermeabilização como uma estratégia essencial para preservar a integridade das edificações. O estudo foi realizado por meio de busca on-line com levantamento bibliográfico de reproduções científicas, no período de 2016 a 2023, disponíveis em artigos na Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google acadêmico. Nesse viés, foram propostas para as buscas as seguintes palavras-chave: construção civil; patologias; concreto armado; edificações. Os resultados mostram que fissuras, trincas, umidade, eflorescências salinas e outros problemas identificados são reflexos de uma interação intricada entre diversos fatores, incluindo condições climáticas, qualidade dos materiais, técnicas construtivas e manutenção adequada. Ao final desse estudo, sugere-se a conscientização sobre práticas adequadas de uso, ventilação, e a importância da manutenção regular são elementos-chave para a preservação das construções. 

Palavras-chave: Construção civil. Edificações. Concreto armado. Patologias.

ABSTRACT

The present study had the general objective of identifying the main pathological manifestations that affect buildings with reinforced concrete structures in civil construction. Specific objectives were proposed: analyze the causes and factors that contribute to the emergence of these manifestations; investigate the effectiveness of waterproofing as an essential strategy to preserve the integrity of buildings. The study was carried out through an online search with a bibliographic survey of scientific reproductions, from 2016 to 2023, available in articles on the Scientific Electronic Library Online (SciELO) and Google Scholar. In this sense, the following keywords were proposed for the searches: civil construction; pathologies; reinforced concrete; buildings. The results show that fissures, cracks, humidity, salt efflorescence and other identified problems are reflections of an intricate interaction between several factors, including climatic conditions, quality of materials, construction techniques and adequate maintenance. At the end of this study, it is suggested that awareness about appropriate usage practices, ventilation, and the importance of regular maintenance are key elements for the preservation of buildings. 

Keywords: Civil construction. Buildings. Reinforced concrete. Pathologies

1 INTRODUÇÃO

As manifestações patológicas em edificações com estrutura de concreto armado na construção civil são um tema de grande relevância para a durabilidade e segurança das estruturas modernas. Essas manifestações são distúrbios que ocorrem devido a diversos fatores, que podem incluir desde erros de projeto e execução até a exposição a condições ambientais adversas. Este texto pretende introduzir e explorar as principais patologias que afetam as estruturas de concreto armado, fornecendo um panorama sobre suas causas, consequências e as possíveis medidas de prevenção e reparo (Freire et al., 2019);

O concreto armado, por ser um material composto predominantemente por cimento, agregados e aço, está sujeito a uma série de interações complexas e desafios ao longo de sua vida útil. Problemas como corrosão da armadura, carbonatação, retração, fissuração, entre outros, são comuns e podem comprometer tanto a integridade estrutural quanto a funcionalidade do edifício. A identificação precoce dessas patologias e a compreensão dos seus mecanismos são fundamentais para garantir a longevidade das estruturas e a segurança dos usuários (Oliveira et al., 2019).

Os efeitos adversos das manifestações patológicas não se limitam apenas ao aspecto estrutural, estendendo-se aos custos de manutenção, desvalorização do imóvel e, em casos mais graves, riscos à segurança dos moradores. Além disso, o contexto em que estas edificações estão inseridas — incluindo o clima, a qualidade dos materiais e as técnicas construtivas empregadas — influencia diretamente a incidência e a severidade das patologias (Santos; Laursen, 2022).

Dessa forma, o presente estudo se propôs a responder a seguinte problemática de pesquisa: Com base em evidências científicas nacionais, quais são as principais manifestações patológicas que afetam edificações com estrutura de concreto armado na construção civil?

Diante do pressuposto acima, o presente estudo teve como objetivo geral identificar as principais manifestações patológicas que afetam edificações com estrutura de concreto armado na construção civil. Como objetivos específicos foram propostos: analisar as causas e fatores que contribuem para o surgimento dessas manifestações; investigar a eficácia da impermeabilização como uma estratégia essencial para preservar a integridade das edificações

Diante desse contexto, tendo em vista os inconvenientes gerados pelo aparecimento da patologia, torna-se imprescindível o conhecimento das causas, a fim de que essas anomalias possam ser evitadas. Em suma, esse estudo procura de um modo conciso contribuir com informações relevantes para os profissionais da área de engenharia civil, visto que este se depara rotineiramente com a existência de edificações nas quais se evidenciam as patologias. Eis, portanto, a justificativa desse estudo.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 MECANISMOS DE CORROSÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 

O concreto armado é uma das composições mais fundamentais e versáteis utilizadas na construção civil, caracterizando-se pela combinação de concreto com barras ou redes de aço (armaduras), que trabalham em conjunto para formar uma material extremamente robusto e resistente. As propriedades do concreto armado derivam dessa sinergia, onde o concreto, forte em compressão mas fraco em tração, é complementado pelo aço, que possui alta resistência à tração. (Ferreira; Lobão, 2018).

A principal vantagem do concreto armado é sua resistência e durabilidade, tornando-o ideal para uma ampla gama de estruturas, desde residências e edifícios comerciais até infraestruturas como pontes, viadutos, barragens e túneis. O concreto protege a armadura de aço da corrosão, enquanto o aço confere ao concreto a capacidade de suportar tensões de tração significativas (Gonzaga et al., 2018).

Vale destacar que essa combinação permite que as estruturas de concreto armado suportem cargas pesadas e vibrações, além de resistir a condições ambientais adversas, como variações climáticas extremas e exposição a substâncias químicas (Gonzaga et al., 2018).

Outra propriedade importante do concreto armado é sua plasticidade durante a fase inicial de aplicação, que permite que seja moldado em diversas formas e tamanhos. Uma vez endurecido, o concreto mantém a forma desejada com excelente integridade estrutural. Isso proporciona uma liberdade de design que é fundamental em projetos arquitetônicos modernos e complexos, possibilitando a criação de estruturas com formas inovadoras e funcionalidades específicas (Paz et al., 2018).

A utilização do concreto armado também é economicamente vantajosa devido à disponibilidade e ao custo relativamente baixo de seus materiais constituintes, como cimento, água, agregados e aço. Além disso, a manutenção de estruturas de concreto armado é geralmente menos frequente e menos custosa em comparação com outros materiais de construção, o que contribui para a redução do custo total de propriedade ao longo do tempo. (Santos; Laursen, 2022).

No entanto, para maximizar as vantagens do concreto armado, é crucial a correta execução em todas as etapas da construção, desde o projeto e a escolha dos materiais até a mistura, a colocação e a cura do concreto, bem como a instalação adequada das armaduras.

Erros nesses processos podem levar ao desenvolvimento de patologias que comprometem a segurança e a durabilidade da estrutura (Vieira, 2018). Assim, a construção com concreto armado exige rigor técnico e supervisão contínua para assegurar que todas as normas e práticas recomendadas sejam seguidas rigorosamente. (Oliveira et al., 2019).

Uma das patologias mais frequentes no concreto armado é a corrosão das armaduras. Uma grande parte dos edifícios residenciais em Espanha e em muitos outros países desenvolvidos inclui estruturas de betão armado que são reguladas por regulamentos específicos que, na maioria dos casos, requerem uma vida útil do edifício superior ou igual a 50 anos (Ferreira; Lobão, 2018).

O uso extensivo do concreto ao longo do século XX aumentou os níveis de definição (resistência, consistência, tamanho máximo do agregado e ambiente de exposição) e controle de qualidade em sua fabricação e execução. Por dois milênios, o concreto preparado pelos romanos com cal, pozolana e agregados sobreviveu aos elementos naturais e às ações externas, comprovando sua durabilidade (Vieira, 2018)

Com o uso do concreto, tem-se a ideia de um material muito resistente, devido às suas características de pedra e qualidades mecânicas. O betão garante um meio muito adequado para a proteção das armaduras graças à sua elevada alcalinidade (pH = 12–13), atuando como barreira química, e à barreira física que proporciona (Paz et al., 2018).

Porém, em condições agressivas (geralmente relacionadas à carbonatação ou presença de cloretos) mesmo o concreto preparado e aplicado corretamente pode perder suas propriedades protetoras e permitir a corrosão das armaduras antes de decorridos no mínimo 50 anos de sua vida útil esperada, às vezes com sérias consequências. Assim, já não se aplica este conceito de durabilidade quase eterna, reconhecendo-se, de facto, a necessidade de manutenção contínua das estruturas de betão, incluindo intervenção e reparação em estruturas com idade inferior a 10 anos (Rocha et al., 2018).

As estruturas de concreto armado se difundiram, principalmente a partir da segunda metade do século XX, e estão presentes em grande percentual de nossos edifícios residenciais. Atualmente existe uma consciencialização da importância desta patologia visto que existem estruturas com idade suficiente para confirmar os problemas causados ​​pela corrosão. A deterioração das estruturas motiva uma preocupação constante com as perdas econômicas decorrentes do encurtamento da vida útil das edificações (Oliveira et al., 2019).

A partir de 1980, a atividade de pesquisa sobre esse problema aumentou com a análise dos aspectos fisiológicos do comportamento do aço no concreto, como as soluções presentes nos microporos do concreto que envolvem o aço, a eletroquímica do aço e os mecanismos de proteção para aço em concreto (camada passivante). Progressos têm sido feitos na compreensão dos fenómenos e mecanismos da corrosão, mas esta patologia continua a afetar gravemente os edifícios, pelo que existe um real interesse em alargar os nossos conhecimentos (Santos; Laursen, 2022).

As normas e instruções para a preparação de concreto armado consideram várias classes gerais de exposição relacionadas à corrosão de armaduras: não agressiva, normal, marinha e com cloretos que não o ambiente marinho. Em ambientes não agressivos (interiores de edifícios) e ambientes normais (com humidade média e elevada) mas com corrosão inicial não relacionada com cloretos), os modelos de previsão da vida útil da estrutura apresentam valores muito elevados, na ordem de mais de 100 anos (Rodrigues et al., 2019).

A capacidade de proteção do concreto armado contra a corrosão do aço carbono é um dos pontos fundamentais que o tornaram o material de construção mais utilizado para estruturas industriais e civis. Os reforços de aço conferem resistência à tração aos materiais cimentícios, e o concreto oferece condições de proteção para preservar o aço da corrosão, tornando possível a produção de estruturas duráveis. A ação protetora se deve à formação de produtos de hidratação do cimento Portland, que aumentam a alcalinidade da água no interior dos poros do concreto endurecido (Gonzaga et al., 2018).

De fato, o comportamento corrosivo do aço carbono é fortemente influenciado pelo pH da solução dos poros, e assume-se que é passivo quando ultrapassa 11,5. Nestas condições, a taxa de corrosão de reforços de aço carbono torna-se insignificante devido à formação de uma película protetora passiva, que retarda o processo anódico de dissolução do metal (Ferreira et al., 2018).

O cimento Portland é composto por silicatos de cálcio, que, reagindo com a água durante o processo de endurecimento, levam à formação de hidróxido de cálcio. Esta substância é um hidróxido forte e ligeiramente solúvel, que satura a água dos poros. À temperatura ambiente, uma solução saturada simples dessa substância tem um pH em torno de 12,5 (Pereira et al., 2020).

No entanto, o pH da pasta de cimento fresca é geralmente mais elevado devido à presença de pequenas quantidades de hidróxidos de sódio e potássio, determinando o aumento do pH até 13,5. Esses níveis de alcalinidade são atingidos imediatamente durante a mistura, promovendo assim uma rápida passivação da armadura que retarda o processo anódico de dissolução do metal (Rodrigues et al., 2019).

A ação protetora do concreto de cimento Portland, no entanto, não se deve apenas aos altos valores de pH, mas também depende da presença de cloretos e da capacidade da matriz de cimento em diminuir a penetração de cloretos e carbonatação através do cobrimento de concreto. Os cloretos quebram o filme passivo e promovem o início da corrosão localizada das armaduras (Vieira, 2018).

Esta é a principal forma de corrosão responsável por danificar o betão exposto ao meio marinho ou tabuleiros de pontes e edifícios civis expostos a sais descongelantes. O início da corrosão localizada ocorre uma vez que a concentração de cloreto (por porcentagem em relação ao peso do cimento) excede um limite de concentração crítica na superfície do aço (Ferreira; Lobão, 2018).

Em estruturas expostas à atmosfera, onde as armaduras de aço embutidas são caracterizadas por um alto potencial de corrosão, esse limite crítico no concreto de cimento Portland geralmente está entre 0,4 e 1%. Valores maiores são encontrados em concretos saturados com água, nos quais o potencial de corrosão do aço é menor (Freire et al., 2019).

A alcalinidade e as características da interface concreto/armadura são os principais fatores que influenciam o limiar crítico de concentração de cloretos. Ele aumenta com o pH e pode ser descrito em termos de razão molar crítica de cloreto para hidroxila, que é comumente considerada igual a 0,6 (Paz et al., 2018).

De acordo com esta relação, a alcalinidade do concreto de cimento Portland, portanto, possibilita o início da corrosão localizada somente quando os cloretos penetram do ambiente. O valor pode ser ainda maior no concreto, devido ao efeito tampão produzido pelo hidróxido de cálcio formado durante a hidratação do cimento (Silva; Sobrinho, 2020).

A durabilidade das estruturas de concreto armado está estritamente relacionada aos dois principais processos que regem a corrosão das armaduras de aço, como a penetração de cloretos e a carbonatação. Ambos os processos afetam a capacidade de proteção do concreto contra a corrosão das armaduras de aço. As taxas de penetração de cloreto e dióxido de carbono dependem principalmente da porosidade da matriz de concreto, do tamanho e da distribuição dos poros (Rodrigues et al., 2019).

É bem sabido, de fato, que a durabilidade do concreto depende principalmente do projeto da mistura, lançamento e cura. (Rodrigues et al., 2019). Nesta visão, a espessura do cobrimento de concreto pode ser considerada como o principal fator determinante que define o tempo necessário para substâncias agressivas atingirem as armaduras (Oliveira et al., 2019).

A baixa taxa de corrosão das armaduras é determinada principalmente pela passividade. O oxigênio está normalmente presente e atinge a superfície da armadura em quantidades que promovem o processo de corrosão. Uma vez quebrada a camada de passivação, no entanto, podem ocorrer condições de corrosão muito diferentes, em relação à saturação de água dos poros (Ferreira et al., 2018).

Somente em concretos saturados com água, o reduzido aporte de oxigênio, devido à lenta difusão pelos poros ocluídos pela fase aquosa, pode limitar o processo corrosivo. Isso pode ser observado em concreto permanentemente imerso, no qual mesmo a possível perda de passividade não levaria a nenhuma corrosão significativa (Oliveira et al., 2019).

No entanto, o concreto normalmente não está saturado de água e o acesso de oxigênio é tal que não constitui fator limitante, devido à rápida difusão pelo ar contido nos poros, apenas parcialmente preenchidos por água. Nesse caso, a taxa de corrosão é determinada pela disponibilidade de água, necessária para promover o processo corrosivo (Pereira et al., 2020).

Em concretos muito úmidos, mas não saturados, o processo de corrosão pode ocorrer com taxas significativas principalmente na presença de contaminação significativa por cloretos. Nestes concretos, a quantidade de água é suficiente para garantir uma baixa resistividade elétrica da matriz cimentícia, favorecendo assim a ação do par galvânico, que controla o mecanismo de corrosão localizada (Santos; Laursen, 2022).

No concreto carbonatado – sem cloretos – a taxa de corrosão é muito menor e ocorre corrosão geral. A taxa de corrosão assume valores relativamente baixos, principalmente em concretos expostos a baixos níveis de umidade. A quantidade de eletrólito é muito baixa e, consequentemente, a taxa de corrosão também é baixa (Santos; Laursen, 2022).

Além disso, os produtos de corrosão tendem a reduzir o pequeno volume de eletrólito, promovendo assim a formação de pátinas nas armaduras, que diminuem ainda mais o processo de oxidação anódica do metal. Surge uma situação de pseudo-passividade, com potenciais de corrosão relativamente altos, mas com taxas de corrosão desprezíveis. O período de propagação torna-se o principal processo na vida útil das estruturas carbonatadas (CRUZ, 2015).

A presença de trincas e defeitos pode representar um ponto de acesso preferencial para agentes corrosivos no concreto. No entanto, o concreto de cimento Portland possui propriedades “inteligentes” que dificultam esse efeito, tornando-o muito menos importante do que se poderia esperar (Rocha et al., 2018).

A interação entre o concreto e o meio ambiente leva à precipitação de substâncias que tendem a selar as fissuras, tornando-as muito menos críticas. É o que acontece, por exemplo, no ambiente marinho ou em contato com a água que contém iões bicarbonato, iões cálcio e iões magnésio, sob a forma de sais dissolvidos. Em contato com a alcalinidade das paredes de concreto, os carbonatos de cálcio e magnésio limitam a entrada de água e podem selar fissuras relativamente grandes (abaixo de 300 μm) (Rocha et al., 2018).

As propriedades de barreira do concreto são de alguma forma restauradas, prolongando assim o início dos fenômenos de corrosão. O efeito é significativo apenas para fissuras de pequeno porte e depende das características da água e das propriedades do concreto. Na presença de grandes patologias, no entanto, esse efeito não pode ser considerado, e os mecanismos de taxa de corrosão são os da corrosão atmosférica e não da corrosão das armaduras de aço carbono no concreto (Silva; Sobrinho, 2020).

Métodos adicionais de proteção são necessários para estruturas de concreto armado que operam em condições de campo severas ou quando é necessária uma vida útil muito longa: reforços resistentes à corrosão, prevenção catódica, inibidores de corrosão e tratamentos de superfície representam “ferramentas” adequadas para prevenir a corrosão em ambientes muito agressivos (Torres, 2019).

Os tratamentos de superfície a aplicar na superfície de elementos de betão armado são métodos de proteção eficientes a um custo relativamente baixo. O efeito desses tratamentos se dá por dois motivos: reduzem o transporte de agentes agressivos no concreto (oxigênio, dióxido de carbono e cloretos), retardando o início da corrosão; eles diminuem o teor de água do concreto, reduzindo a taxa de corrosão (DELALIBERA, 2016).

Muitos testes de laboratório foram realizados para estudar sua eficácia, mesmo que sejam principalmente testes de curto prazo sobre absorção de água, permeabilidade ao vapor, adesão e corrosão acelerada de cloretos. O tratamento hidrofóbico e as argamassas modificadas com polímeros apresentaram a melhor eficiência na prevenção da corrosão (Rodrigues et al., 2019).

Os inibidores de corrosão podem ser usados ​​para prevenir e parar a corrosão induzida por cloreto e como um remédio para estruturas expostas à carbonatação. Podem ser divididos em dois grupos: inibidores de mistura (inibidores de massa), adicionados diretamente como constituinte do concreto fresco e como técnicas preventivas; inibidores migratórios, aplicados na superfície do concreto que podem penetrar na matriz de cimento endurecida, geralmente adotados em reabilitação (Rocha et al., 2018).

Entre os inibidores de massa, os inorgânicos foram estudados pela primeira vez desde a década de 1950 e produtos comerciais eficientes estão disponíveis. Os inibidores de corrosão comerciais migratórios foram propostos nos últimos 30 anos, devido ao crescente interesse na recuperação e restauração de edifícios existentes (Ferreira; Lobão, 2018).

Os inibidores à base de nitrito que atuam como agentes passivantes anódicos, são os mais eficazes, desde que seja mantida uma relação molar cloreto/nitrito inferior a 1. Na dosagem máxima (30 L/m 3) garantem um aumento no teor crítico de cloretos de até 3% em massa de cimento. Eles também têm efeito sobre a corrosão por carbonatação se dosados ​​a 3% da massa de cimento (Fernandes, 2018).

Em particular, os nitritos foram considerados eficazes na aceleração do processo de passivação do aço galvanizado ativo no concreto fresco, o que é um aspecto importante a ser considerado para esses tipos de reforços. As preocupações são com sua nocividade, solubilidade e possível aumento na taxa de corrosão no caso de dosagem baixa (Gonçalves, 2018).

Os inibidores orgânicos comerciais (aminas, alcanolaminas e carboxilatos) agem por adsorção na superfície do metal, formando uma monocamada orgânica. Testes de laboratório, tanto em solução como em concreto, mostraram um leve aumento no teor crítico de cloreto (até 1,2–1,5% em massa de cimento) para dosagens de inibidor variando de 1,5 a 10 L/m 3 (Torres, 2019).

Poucos dados estão disponíveis sobre eficiência a longo prazo; em qualquer caso, eles não são tão eficientes quanto o nitrito. Os inibidores orgânicos migratórios, baseados em compostos similares, na maioria dos casos não reduzem a taxa de corrosão após o início, eles apenas retardam o início da corrosão devido a um efeito de bloqueio dos poros (Rodrigues et al., 2019).

Nos últimos 20 anos tem havido um interesse crescente no estudo de novos compostos, e para entender o mecanismo de inibição: tanto compostos inorgânicos (óxido de zinco, molibdatos, boratos) quanto compostos orgânicos (derivados de benzoato, íons carboxilados e compostos à base de aminas) (Silva; Sobrinho, 2020).

2.2 FATORES CAUSADORES DE PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

O desenvolvimento de patologias em estruturas de concreto armado é frequentemente o resultado de uma complexa interação de fatores, que inclui erros de projeto, falhas de execução, condições ambientais adversas e a qualidade dos materiais utilizados. Cada um desses elementos tem o potencial de comprometer significativamente a integridade e a durabilidade dessas estruturas, levando a custos elevados de manutenção e reparo, além de reduzir sua vida útil esperada (Torres, 2019).

Erros de projeto são uma das causas mais críticas de patologias em concreto armado. Esses erros podem incluir especificações inadequadas do concreto, design incorreto das armaduras, ou a falta de consideração de cargas que a estrutura enfrentará durante sua vida útil. Um exemplo clássico é o subdimensionamento das armaduras, que pode levar à fissuração prematura do concreto sob cargas operacionais. Além disso, a falta de detalhes adequados para a drenagem de água em projetos de lajes e coberturas pode resultar em problemas sérios de infiltração e corrosão acelerada das armaduras (Fernandes, 2018).

Falhas de execução, por sua vez, referem-se aos problemas que ocorrem durante a construção da estrutura. Essas falhas podem incluir a mistura inadequada do concreto, cura imprópria, colocação incorreta ou insuficiente de armaduras, e má compactação do concreto. Tais falhas resultam em áreas de concreto com porosidade elevada, ninhos de concretagem e segregação de agregados, que comprometem a homogeneidade e a resistência do material. A cura inadequada do concreto, especificamente, pode levar à retração excessiva e à formação de fissuras. (Oliveira et al., 2019).

Condições ambientais adversas também desempenham um papel significativo na saúde das estruturas de concreto armado. Exposição a ciclos de congelamento e degelo, ambientes marinhos com alta salinidade, e exposição prolongada a produtos químicos industriais são exemplos de condições que podem acelerar a deterioração do concreto e das armaduras. O ambiente ácido, por exemplo, pode reduzir o pH do concreto, comprometendo a camada passivadora ao redor do aço e permitindo que a corrosão progrida descontroladamente (Gonçalves, 2018).

Por fim, a qualidade dos materiais usados na construção é fundamental para garantir a durabilidade da estrutura. O uso de concreto ou aço de baixa qualidade pode levar diretamente a muitas das patologias mencionadas. O concreto com baixa resistência, por exemplo, pode não ser capaz de suportar as cargas aplicadas, enquanto um aço de baixa qualidade pode ser mais suscetível à corrosão. Além disso, a utilização de agregados reativos pode resultar em expansão e fissuração do concreto devido à reação álcali-agregado, uma patologia difícil de prever no estágio de projeto e complicada de remediar uma vez que a construção esteja completa. (Silva; Sobrinho, 2020).

Portanto, para a prevenção de patologias em estruturas de concreto armado, é crucial uma abordagem holística que envolva atenção meticulosa durante o projeto, seleção rigorosa de materiais, execução precisa durante a construção e consideração cuidadosa das condições ambientais. A implementação de práticas rigorosas de inspeção e manutenção ao longo da vida útil da estrutura também é essencial para identificar e mitigar os problemas antes que eles evoluam para falhas estruturais graves. (Rocha et al., 2018).

2.3 PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Patologias em estruturas de concreto armado representam uma série de condições adversas que podem afetar a durabilidade, a segurança e a funcionalidade dessas estruturas essenciais na construção civil. O entendimento aprofundado dessas patologias é crucial para engenheiros, construtores e gestores de manutenção, a fim de assegurar que as intervenções sejam eficazes e que a integridade das construções seja mantida ao longo do tempo (Ferreira et al., 2018).

O concreto armado, composto por concreto e aço, é um material de construção escolhido por sua resistência mecânica e durabilidade. No entanto, o desempenho dessa combinação pode ser comprometido por vários fatores, incluindo práticas inadequadas de construção, condições ambientais agressivas e falhas de projeto ou de manutenção. Entre as patologias mais comuns estão a corrosão das armaduras, fissuras, retração, fluência e reações alcalinas, cada uma com suas causas e efeitos específicos sobre as estruturas (Rocha et al., 2018).

 As estruturas de concreto armado são essenciais na construção civil devido à sua robustez e durabilidade. No entanto, apesar dessas características, essas estruturas estão suscetíveis a uma série de manifestações patológicas que podem comprometer sua integridade e funcionalidade ao longo do tempo. Compreender essas patologias é crucial para garantir a manutenção adequada e a longevidade das construções. (Silva; Sobrinho, 2020).

Uma das manifestações patológicas mais comuns em estruturas de concreto armado é a corrosão das armaduras. Esse fenômeno ocorre quando o pH do concreto se reduz devido à carbonatação ou à presença de íons cloreto que penetram no concreto, alcançando o aço da armadura. Uma vez iniciado, o processo de corrosão pode expandir o volume do aço, gerando tensões internas que resultam em fissuras e, eventualmente, spalling (desprendimento do concreto da superfície). A corrosão não apenas enfraquece a estrutura fisicamente, mas também diminui sua vida útil drasticamente. (Rodrigues et al., 2019).

A corrosão das armaduras é talvez a mais perniciosa das patologias do concreto armado. Ela ocorre quando o ambiente alcalino do concreto, que normalmente protege o aço da oxidação, é comprometido. Isso pode acontecer devido à carbonatação do concreto ou à penetração de cloretos, por exemplo, em estruturas expostas a ambientes marinhos. A corrosão não apenas enfraquece o aço, mas também provoca a expansão do material, o que pode levar à formação de fissuras e ao desprendimento do concreto circundante. (Ferreira; Lobão, 2018).

Fissuras podem surgir por diversas razões, como cargas excessivas, assentamentos diferenciais do solo, variações térmicas e erros na execução, como a inadequada cura do concreto. Enquanto algumas fissuras são superficiais e não afetam significativamente a estrutura, outras podem ser profundas e largas o suficiente para comprometer a integridade estrutural, permitindo a entrada de água e agentes agressivos que aceleram outros tipos de deterioração, como a corrosão. (Rodrigues et al., 2019).

Retração é outro fenômeno comum, ocorrendo quando o concreto perde água ao longo do tempo, seja durante o processo de cura ou ao longo de sua vida útil. Isso resulta em uma redução de volume que pode levar à formação de fissuras, especialmente se as condições de cura não forem adequadas ou se o projeto não considerar essa característica do material. (Rodrigues et al., 2019).

Fluência do concreto é a deformação progressiva que ocorre sob carga constante ao longo do tempo. Embora seja um processo normal, a fluência excessiva pode resultar em deformações indesejáveis e na redução da capacidade portante da estrutura, especialmente em elementos que suportam cargas permanentes e significativas. (Rocha et al., 2018).

Reações alcalinas representam outro grupo de patologias em que os agregados reagem com o alcalino do cimento, formando gel que pode expandir e causar danos consideráveis ao concreto. Essa condição requer a seleção cuidadosa de materiais e, em alguns casos, o uso de aditivos para minimizar os riscos (Gonzaga et al., 2018).

Além da corrosão e da fissuração, a delaminação é outra patologia crítica, caracterizada pela separação entre as camadas do concreto, muitas vezes causada pela corrosão da armadura ou pela presença de vazios e ninhos de concretagem durante o processo de lançamento do concreto. Esse problema é particularmente perigoso porque pode não ser imediatamente aparente e só se torna visível quando parte do concreto já está comprometida (Torres, 2019).

Para enfrentar esses desafios, é essencial implementar medidas preventivas e de manutenção proativas. Isso inclui a utilização de concreto de alta qualidade durante a construção, a aplicação de técnicas adequadas de cura, e a realização de inspeções e manutenções periódicas. Além disso, a inovação em materiais, como o uso de aditivos que aumentam a impermeabilidade e resistência do concreto, e o emprego de tecnologias de reparo avançadas, podem desempenhar um papel significativo na mitigação das patologias em estruturas de concreto armado (Gonçalves, 2018).

Ao abordar essas questões com a seriedade que merecem, é possível garantir que as estruturas de concreto armado mantenham sua funcionalidade e segurança, prolongando sua vida útil e evitando custos excessivos em reparos futuros. A conscientização sobre essas patologias e as estratégias de mitigação associadas são portanto, fundamentais para profissionais da construção civil em todo o mundo. (Ferreira; Lobão, 2018).

2.4 ANÁLISE DAS NORMAS E REGULAMENTAÇÕES RELACIONADAS À CONSTRUÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

As normas e regulamentações desempenham um papel crucial na prevenção de manifestações patológicas em estruturas de concreto armado, estabelecendo padrões e diretrizes para o projeto, execução e manutenção dessas construções. No contexto da construção civil, as normas técnicas definem os requisitos mínimos de segurança, desempenho e durabilidade que as estruturas devem atender, visando garantir a integridade das edificações e a proteção dos ocupantes. (Rodrigues et al., 2019).

No caso específico das estruturas de concreto armado, diversas normas e regulamentações foram desenvolvidas ao longo dos anos para abordar questões relacionadas à qualidade do concreto, dimensionamento das armaduras, métodos construtivos, entre outros aspectos. (Silva; Sobrinho, 2020).

Um dos conjuntos de normas mais amplamente reconhecidos e adotados na construção de estruturas de concreto armado são as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). No Brasil, a ABNT estabelece normas técnicas específicas para diferentes aspectos das estruturas de concreto armado, incluindo normas de projeto, execução, ensaios e manutenção. Essas normas são desenvolvidas com base em pesquisas científicas, melhores práticas internacionais e experiência prática, visando garantir a qualidade e segurança das construções. (Ferreira; Lobão, 2018).

Um exemplo importante de norma relacionada à construção de estruturas de concreto armado é a NBR 6118:2014 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. Esta norma estabelece os requisitos e procedimentos para o projeto de estruturas de concreto armado, abrangendo desde a determinação das ações e combinações de cargas até o dimensionamento das seções de concreto e armaduras. Ao seguir as diretrizes estabelecidas pela NBR 6118, os engenheiros e projetistas podem garantir que as estruturas sejam projetadas de acordo com princípios técnicos atualizados e requisitos de segurança adequados (Paz et al., 2018)

Além das normas de projeto, também existem regulamentações específicas relacionadas à execução e controle de qualidade das estruturas de concreto armado. Por exemplo, a NBR 14931:2004 – Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento, estabelece diretrizes para a execução de estruturas de concreto armado, incluindo critérios para concretagem, cura do concreto, controle de fissuração, entre outros aspectos. O cumprimento dessas normas durante a execução das obras é fundamental para garantir a qualidade e durabilidade das estruturas construídas (Silva; Sobrinho, 2020)

Além das normas da ABNT, existem também regulamentações específicas emitidas por órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização e regulamentação da construção civil. Por exemplo, em muitos países, as estruturas de concreto armado devem atender aos requisitos estabelecidos por códigos de construção ou legislações específicas de segurança estrutural. Essas regulamentações podem abordar aspectos como resistência ao fogo, resistência sísmica, proteção contra incêndio, entre outros. (Rodrigues et al., 2019).

É importante ressaltar que a observância rigorosa das normas e regulamentações relacionadas à construção de estruturas de concreto armado é essencial para prevenir a ocorrência de manifestações patológicas. O não cumprimento dessas diretrizes pode resultar em problemas de qualidade, segurança e durabilidade das construções, aumentando o risco de falhas estruturais e manifestações patológicas ao longo do tempo. (Rodrigues et al., 2019).

Além disso, as normas e regulamentações estão em constante evolução, sendo revisadas e atualizadas regularmente com base em novos conhecimentos científicos, avanços tecnológicos e experiências práticas. Portanto, é importante que os profissionais da construção civil estejam sempre atualizados com as últimas normas e regulamentações aplicáveis ​​às estruturas de concreto armado, garantindo assim a qualidade e segurança das construções (Paz et al., 2018)

Desse modo, as normas e regulamentações desempenham um papel fundamental na prevenção de manifestações patológicas em estruturas de concreto armado, estabelecendo padrões de qualidade, segurança e desempenho que as construções devem atender. O cumprimento rigoroso dessas diretrizes é essencial para garantir a integridade e durabilidade das estruturas, protegendo assim a vida e a segurança dos ocupantes. (Ferreira; Lobão, 2018).

2.5 MÉTODOS DE INSPEÇÃO E DIAGNÓSTICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

A identificação de manifestações patológicas em estruturas de concreto armado é um processo crucial para garantir a segurança e a durabilidade dessas construções. Para isso, uma variedade de métodos de inspeção e diagnóstico é empregada, cada um com suas características e aplicabilidades específicas. (Rodrigues et al., 2019).

Um dos métodos mais fundamentais é a inspeção visual, que consiste na análise direta da superfície da estrutura em busca de sinais visíveis de deterioração, como fissuras, desplacamentos, manchas de umidade ou eflorescências. Essa técnica é frequentemente o primeiro passo em uma avaliação mais abrangente da condição da estrutura, fornecendo informações preliminares sobre possíveis problemas. (Ferreira; Lobão, 2018).

Além da inspeção visual, os ensaios não destrutivos (ENDs) desempenham um papel crucial na identificação de manifestações patológicas em estruturas de concreto armado. Esses métodos incluem técnicas como ultrassom, tomografia de resistividade elétrica, radar de penetração no solo e termografia infravermelha, entre outros. Por meio dos ENDs, é possível obter informações detalhadas sobre as propriedades físicas e mecânicas do concreto e das armaduras, sem danificar a estrutura. Esses dados são fundamentais para identificar áreas problemáticas e orientar a realização de reparos ou reforços adequados (Paz et al., 2018).

Nos métodos de diagnóstico não destrutivos mais eficazes na detecção precoce de patologias nas estruturas a ultrassom detecta fissuras internas, a esclerometria avalia a resistência superficial do concreto, termografia identifica variações de temperatura que indicam infiltrações e vazamento e radiografia ou métodos eletromagnéticos para detectar a corrosão nas armaduras. Esses métodos são cruciais para identificar problemas antes que se agravem.

Além dos ENDs, a medição de parâmetros como carbonatação e cloretos também é comumente utilizada na avaliação da condição das estruturas de concreto armado. A carbonatação reduz o pH do concreto, aumentando o risco de corrosão das armaduras, enquanto a presença de cloretos pode acelerar esse processo. A medição desses parâmetros fornece informações valiosas sobre o potencial de corrosão das armaduras e ajuda a determinar a necessidade de medidas preventivas (Rodrigues et al., 2019).

Outro método importante é a realização de ensaios de carga, nos quais cargas controladas são aplicadas à estrutura enquanto são monitoradas as deformações e respostas estruturais. Esses ensaios permitem uma avaliação mais precisa da capacidade de carga e da integridade estrutural das edificações de concreto armado, fornecendo dados importantes para validar ou refinar modelos de análise estrutural. (Ferreira; Lobão, 2018).

Além disso, a obtenção de amostras de concreto para análise em laboratório é uma abordagem valiosa na identificação de manifestações patológicas. Essas amostras podem ser obtidas por meio de extração de núcleos de concreto da estrutura ou por meio de ensaios destrutivos em locais específicos. A análise laboratorial permite uma avaliação detalhada das propriedades do concreto, incluindo resistência, porosidade, composição química e presença de agentes agressivos, fornecendo informações cruciais para entender as condições de degradação da estrutura (Rodrigues et al., 2019)

Além dos métodos mencionados, o monitoramento contínuo por meio de sensores instalados na estrutura é uma abordagem cada vez mais utilizada para detectar e monitorar manifestações patológicas em tempo real. Sensores de deformação, umidade, corrosão e outros dispositivos podem fornecer dados precisos sobre o desempenho da estrutura e alertar para a ocorrência de problemas potenciais (Paz et al., 2018).

A identificação de manifestações patológicas em estruturas de concreto armado requer uma abordagem multidisciplinar que combina diversos métodos de inspeção e diagnóstico. Desde a inspeção visual inicial até os ensaios não destrutivos, medições laboratoriais, ensaios de carga e monitoramento contínuo, cada técnica desempenha um papel importante na avaliação da condição estrutural e na tomada de decisões relacionadas à manutenção e reparo das edificações. Desse modo, o uso conjunto desses métodos permite uma abordagem abrangente e eficaz para garantir a segurança e durabilidade das estruturas de concreto armado. (Rodrigues et al., 2019).

2.6 PREVENÇÃO E MANUTENÇÃO DE PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

A prevenção e manutenção de patologias em estruturas de concreto armado representam um aspecto crucial na engenharia civil para garantir a durabilidade e a segurança das construções. Estratégias eficazes nessas áreas começam na fase de design e prosseguem ao longo de todo o ciclo de vida da estrutura. O processo de garantir que as estruturas de concreto armado mantenham sua integridade estrutural envolve um entendimento profundo das potenciais vulnerabilidades e a aplicação meticulosa de técnicas de engenharia e manutenção (Paz et al., 2018).

Durante a fase de projeto, a importância de prever as condições ambientais e de carga que a estrutura enfrentará ao longo de sua vida útil não pode ser subestimada. A análise de riscos é fundamental, pois fornece a base para decisões informadas sobre os materiais a serem usados, as técnicas de construção a serem aplicadas e as medidas de proteção específicas necessárias. Por exemplo, em áreas com alta exposição a cloretos, como ambientes marinhos, o uso de concreto com baixa permeabilidade e armaduras resistentes à corrosão é essencial para prevenir a deterioração acelerada. (Rocha et al., 2018).

A seleção de materiais de alta qualidade é igualmente crítica. Materiais que atendem ou excedem os padrões de qualidade estabelecidos ajudam a prevenir problemas como a corrosão das armaduras e a retração do concreto. Além disso, o detalhamento construtivo deve receber atenção especial. Detalhes como a profundidade adequada do cobrimento do concreto sobre as armaduras e a implementação eficaz de juntas de dilatação e sistemas de impermeabilização são fundamentais para proteger a integridade da estrutura (Rodrigues et al., 2019).

Durante a fase de construção, o controle rigoroso da qualidade é imperativo. Supervisionar a mistura, o transporte e a colocação do concreto assegura que as especificações do projeto sejam atendidas sem comprometer a estrutura. Além disso, a cura do concreto deve ser cuidadosamente gerenciada para evitar problemas de retração e fissuração. O treinamento adequado da mão de obra é crucial para assegurar que todas as operações sejam realizadas corretamente, minimizando os erros de execução que podem levar a patologias estruturais sérias (Oliveira et al., 2019).

Após a construção, a estratégia deve se voltar para a manutenção e monitoramento contínuos. Estruturas de concreto armado exigem inspeções regulares para identificar e tratar precocemente quaisquer sinais de deterioração. Isso inclui a busca por fissuras, sinais de corrosão das armaduras e outros indicativos de degradação estrutural. Um plano de manutenção bem estruturado é essencial, delineando claramente quando e como as inspeções devem ser realizadas e quem será responsável por elas (Ferreira; Lobão, 2018).

A manutenção preventiva, que pode incluir a limpeza de drenos, a reparação de pequenas fissuras e a revisão de sistemas de impermeabilização, desempenha um papel crucial na prevenção de danos maiores (Silva; Sobrinho, 2020). As estratégias de manutenção devem ser adaptadas ao ambiente específico e às condições de uso da estrutura para serem eficazes. Por exemplo, em áreas industriais, onde as emissões químicas podem acelerar a deterioração do concreto, medidas de proteção adicionais, como revestimentos resistentes a produtos químicos, podem ser necessárias (Santos; Laursen, 2022).

A fim de sintetizar os resultados encontrados nesse estudo, a tabela 01 abaixo exemplifica um diagnóstico das manifestações patológicas e, por conseguinte, das soluções encontradas pela literatura.

Tabela 01: Diagnóstico e soluções

Fonte: Vieira (2018)

A execução inadequada do sistema de impermeabilização devido à falta de qualificação da mão de obra é um problema comum que compromete a eficiência do sistema. Investir em treinamento e certificação da mão de obra é uma solução eficaz para garantir a correta execução da impermeabilização. (Ferreira; Lobão, 2018). Profissionais qualificados são essenciais para assegurar a aplicação adequada dos materiais (Rocha et al., 2018).

A esse respeito, Paz et al., (2018) ressalta as inovações tecnológicas como aliadas na prevenção de patologias. Sistemas de monitoramento contínuo, materiais inteligentes e métodos construtivos avançados são apontados como meios eficazes para antecipar e prevenir problemas, promovendo a sustentabilidade e durabilidade das edificações.

Autores como Oliveira et al., (2019) enfatizam a necessidade de uma abordagem multidisciplinar na análise e tratamento de patologias. A colaboração entre engenheiros civis, arquitetos, profissionais de saúde ambiental e especialistas em materiais é crucial para uma compreensão abrangente e soluções efetivas

Portanto, as estratégias de prevenção e manutenção de patologias em estruturas de concreto armado são multifacetadas e exigem uma abordagem integrada desde o projeto até a manutenção pós-construção. Ao garantir a aplicação rigorosa dessas estratégias, as estruturas de concreto armado podem alcançar sua vida útil projetada, proporcionando segurança e funcionalidade por muitas décadas. O compromisso com a manutenção contínua e a reavaliação periódica das estratégias de preservação são essenciais para adaptar-se às mudanças nas condições ambientais e nos padrões de uso da estrutura (Silva; Sobrinho, 2020).

3 METODOLOGIA

Constituiu-se de uma revisão integrativa de literatura de abordagem qualitativa como método de pesquisa. O estudo foi realizado por meio de busca on-line com levantamento bibliográfico de reproduções científicas, no período de 2016 a 2023, disponíveis em artigos na Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google acadêmico. Nesse viés, foram propostas para as buscas as seguintes palavras-chave: construção civil; patologias; concreto armado; edificações.

Quanto aos critérios de inclusão adotados pelo presente estudo foram: a publicação possuir como temática relacionada à temática proposta, estar disponível eletrônica e gratuitamente na íntegra, ser classificado como artigo original: estar divulgado em português, inglês ou espanhol; com ano de publicação de 2016 a 2023 e publicações completas com resumos disponíveis online e indexados na base de dados supracitadas. 

Foram excluídos os arquivos do tipo carta ao editor, diretrizes, revisões sistemáticas, meta-análises; resumos; estudos que possuem duplicatas, aqueles que não possuíam o texto na íntegra, não se encontrar disponível na internet ou que tivessem uma abordagem diferente do tema proposto. Desse modo, após a busca nas bases de dados, os achados na literatura passaram por uma avaliação crítica nos campos título, resumo e assunto para responder ao problema da pesquisa.  

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A análise do estudo de caso à luz das ideias de vários autores destaca a complexidade das patologias em residências na construção civil. A integração de estratégias preventivas, diagnóstico preciso, manutenção regular, colaboração profissional e adaptação às condições locais emerge como a abordagem mais abrangente para garantir a qualidade e durabilidade das edificações habitacionais.

O estudo de Gonzaga et al., (2018) revelou uma diversidade de patologias presentes nas residências da Comunidade Rafael. Fissuras, infiltrações, umidade, desplacamento de revestimentos e problemas estruturais foram algumas das manifestações mais recorrentes. Essa diversidade destaca a complexidade e a interconexão de fatores que contribuem para as condições patológicas.

No estudo de Gonzaga et al., (2018), observou-se uma clara influência dos fatores socioeconômicos nas patologias identificadas. Características como baixa renda, falta de acesso a recursos adequados e limitações nas práticas construtivas refletiram diretamente nas condições das residências. Essa compreensão é crucial para a implementação de soluções contextualizadas e socialmente responsáveis.

  Fonte: Gonzaga et al., (2018)

As patologias identificadas não apenas afetam a integridade das estruturas, mas também têm um impacto direto na qualidade de vida dos moradores. Problemas como infiltrações, que comprometem a habitabilidade, e fissuras, que podem levar a desconforto térmico e acústico, destacam a urgência de intervenções para melhorar as condições de moradia. Ficou evidente que a falta de práticas de manutenção preventiva contribui significativamente para a intensificação das patologias. A implementação de programas educacionais e iniciativas para conscientização sobre a importância da manutenção regular pode desempenhar um papel crucial na preservação das residências.

O estudo de Paz et al., (2018) revelou uma ampla gama de patologias relacionadas à umidade, incluindo a presença de eflorescência, manchas, desplacamento de revestimentos, corrosão de elementos metálicos e, em alguns casos, comprometimento estrutural. Essa diversidade destaca a necessidade de uma abordagem multifacetada no tratamento e prevenção desses problemas.

A umidade propiciou o desenvolvimento de mofo e bolor em algumas áreas internas da edificação. Esses fungos não apenas comprometem a estética do ambiente, mas também representam riscos à saúde dos ocupantes, especialmente em regiões com clima quente e úmido como Palmas – TO (Paz et al., 2018)

O fenômeno da eflorescência foi identificado em diversos revestimentos, principalmente em locais com maior acúmulo de umidade. Essas manchas brancas são indicativas da migração de sais solúveis presentes nos materiais de construção para a superfície, resultando em comprometimento estético e, potencialmente, na durabilidade dos revestimentos.

Fonte: Paz et al., (2018)

As condições climáticas específicas de uma região influenciam diretamente a escolha dos materiais de construção. Em regiões úmidas, por exemplo, a preocupação é maior com a impermeabilização e o uso de materiais resistentes à água. Já em áreas costeiras, a resistência à corrosão causada pela salinidade é um fator decisivo. Em regiões com grandes variações de temperatura, é fundamental a escolha de materiais com alta flexibilidade para evitar o surgimento de trincas.

Vale salientar que o contexto específico de Palmas – TO, com seu clima tropical, demanda uma análise aprofundada das causas subjacentes das patologias identificadas. A falta de inclinação adequada do terreno para a drenagem, a inadequada impermeabilização e a escolha de materiais pouco resistentes à umidade podem contribuir para a prevalência dessas patologias.

A utilização de novos materiais e tecnologias pode impactar positivamente a durabilidade e resistência das estruturas de concreto, ao proporcionar maior proteção contra agentes agressivos, como cloretos e sulfatos, e reduzir a permeabilidade. Além disso, esses materiais e tecnologias melhoram as propriedades mecânicas do concreto e permitem o monitoramento mais eficiente de fissuras e deformações, especialmente com o uso de sensores e sistemas avançados.

O levantamento de Rodrigues et al., (2019) identificou a presença significativa de infiltrações nas paredes da edificação. Essas infiltrações foram observadas em diversas áreas, resultando em manchas, descolamento de revestimentos e deterioração de pinturas. A água infiltrada pode ser originada tanto de falhas na impermeabilização quanto de problemas relacionados à drenagem no entorno da edificação.

As discussões do estudo de Rodrigues et al., (2019) enfatizam a necessidade de intervenções corretivas específicas para cada patologia identificada. Isso inclui a aplicação de sistemas de impermeabilização eficazes, a remoção e tratamento do mofo, a substituição de materiais corroídos e a implementação de medidas estruturais para prevenir recorrências.

De acordo com Rocha et al., (2018) a identificação precisa das causas das patologias é um desafio significativo. Diversos fatores, como movimentações do solo, erros de projeto e qualidade de materiais, podem contribuir para problemas estruturais. A integração de profissionais especializados e tecnologias de diagnóstico avançadas é recomendada para uma análise mais precisa.

A formação e o treinamento dos profissionais da construção civil são essenciais para a prevenção e manutenção de patologias nas estruturas. Esses profissionais precisam de treinamento contínuo em novas tecnologias de construção e diagnóstico, além de um conhecimento aprofundado sobre os materiais modernos e suas propriedades. Também é importante a capacitação em técnicas de inspeção preventiva e manutenção programada, assim como a atualização constante sobre normas e boas práticas de construção.

Segundo as ideias de Fernandes (2018), a aplicação de sistemas adequados de impermeabilização na viga baldrame tem como objetivo primordial proteger a estrutura contra a umidade proveniente do solo. A umidade ascendente, se não controlada, pode causar danos significativos, como o surgimento de fungos, deterioração de elementos construtivos e comprometimento da resistência do concreto.

A seleção de materiais apropriados para a impermeabilização da viga baldrame é essencial. Membranas asfálticas, mantas impermeáveis, argamassas poliméricas e sistemas de injeção são exemplos de materiais e técnicas utilizados para criar uma barreira eficaz contra a penetração de água, prevenindo problemas futuros. A viga baldrame, localizado na base da estrutura, é responsável por distribuir as cargas da edificação para o solo, garantindo sua estabilidade e segurança. No entanto, quando não devidamente impermeabilizado, a viga baldrame está sujeito à infiltração de umidade, que pode resultar em uma série de problemas de degradação do concreto armado (Silva; Sobrinho, 2020).

  Figura 02: Impermeabilização da viga baldrame

  Fonte: Silva e Sobrinho (2020)

A impermeabilização da viga baldrame não deve ser vista como uma etapa isolada, mas sim como parte integrante de um sistema abrangente de proteção contra a umidade. É crucial que esse procedimento seja realizado com precisão, considerando detalhes como tratamento de juntas, conexões e a seleção adequada de materiais. Inspeções regulares e manutenção são igualmente importantes para garantir a eficácia contínua dessa barreira física ao longo do tempo. (Silva; Sobrinho, 2020).

A aplicação de argamassa com aditivo impermeável hidrofugante é outra prática essencial na prevenção de patologias relacionadas à umidade em estruturas de construção. Este método é particularmente eficaz como barreira física contra a penetração de água, protegendo as superfícies de problemas como infiltrações, eflorescências, e desplacamento de revestimentos. A principal função da argamassa com aditivo impermeável hidrofugante é criar uma barreira eficaz contra a infiltração de água. O aditivo hidrofugante age repelindo a água, impedindo-a de penetrar na estrutura da argamassa.

  Figura 03: Aplicação de argamassa com aditivo impermeável

    Fonte: Pereira et al., (2020)

Com base na ilustração acima, observa-se que o aditivo impermeável na argamassa reduz significativamente a absorção de água pelos poros do material. Isso é importante para evitar danos causados pela umidade, como o desgaste prematuro da estrutura e o surgimento de patologias. Além disso, a aplicação desse tipo de argamassa contribui para aumentar a durabilidade das estruturas, protegendo-as contra os efeitos nocivos da umidade, como corrosão de armaduras metálicas e deterioração dos materiais (Pereira et al., 2020).

A argamassa com aditivo impermeável hidrofugante é geralmente compatível com diversos tipos de substratos, incluindo concreto, alvenaria e reboco. Isso possibilita sua aplicação em diferentes partes da construção, proporcionando uma proteção abrangente. Torres (2019) destaca o papel crítico da manutenção regular na preservação das residências. A falta de manutenção adequada pode agravar patologias existentes, tornando essencial a conscientização dos moradores sobre a importância de inspeções periódicas e intervenções oportunas.

Dos Santos (2018) ressalta as inovações tecnológicas como aliadas na prevenção de patologias. Sistemas de monitoramento contínuo, materiais inteligentes e métodos construtivos avançados são apontados como meios eficazes para antecipar e prevenir problemas, promovendo a sustentabilidade e durabilidade das edificações. Souza e Santos (2021) enfatizam a necessidade de uma abordagem multidisciplinar na análise e tratamento de patologias. A colaboração entre engenheiros civis, arquitetos, profissionais de saúde ambiental e especialistas em materiais é crucial para uma compreensão abrangente e soluções efetivas

Sobre a integração de tecnologias de monitoramento contínuo, pode aprimorar significativamente a manutenção das estruturas de concreto ao longo do tempo. Sensores embutidos nas estruturas permitem o monitoramento em tempo real, detectando precocemente fissuras, descolamentos ou deformações. Além disso, essas tecnologias monitoram as condições ambientais que afetam o concreto, como a umidade e a temperatura, permitindo que as decisões de manutenção sejam tomadas com base em dados precisos, o que aumenta a vida útil das estruturas.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve como objetivo, a partir de uma revisão bibliográfica, identificar as principais manifestações patológicas que afetam edificações com estrutura de concreto armado na construção civil.

A partir das leituras realizadas, pode-se lograr com êxito os objetivos e a problemática ora elencadas nessa pesquisa, uma vez que foi possível comprovar que diante da análise preliminar das manifestações patológicas mais comuns em construções edificiais tornando-se evidente a complexidade e diversidade dos desafios enfrentados por essas estruturas. Fissuras, trincas, umidade, eflorescências salinas e outros problemas identificados são reflexos de uma interação intricada entre diversos fatores, incluindo condições climáticas, qualidade dos materiais, técnicas construtivas e manutenção adequada.

Ao longo do estudo foi possível observar, ainda, que a constatação da deterioração de elementos ao longo do tempo reforça a necessidade de programas de manutenção regular. A ausência de cuidados sistemáticos pode acelerar o surgimento de patologias e comprometer a funcionalidade e segurança das edificações. Os desafios impostos por condições climáticas e características regionais influenciam diretamente nas manifestações patológicas. A adaptação de estratégias construtivas a essas condições específicas se mostra essencial para a sustentabilidade das construções.

Além disso, é essencial investir em pesquisas que explorem o potencial de novos materiais e tecnologias de construção. Isso inclui o desenvolvimento de concretos mais duráveis e resistentes, métodos de construção inovadores e sistemas de monitoramento avançados. Ao incorporar essas inovações nas práticas de construção, podemos melhorar significativamente a qualidade e a longevidade das estruturas de concreto armado.

Outra área de pesquisa importante é a revisão e atualização das normas e regulamentações relacionadas à construção civil. É fundamental garantir que essas diretrizes reflitam as melhores práticas e os mais recentes avanços tecnológicos, fornecendo orientações claras e precisas para os profissionais da indústria. Além disso, programas de treinamento e capacitação devem ser implementados para garantir que os profissionais estejam devidamente informados e preparados para aplicar essas normas em seus projetos.

Ao final desse estudo, sugere-se a conscientização sobre práticas adequadas de uso, ventilação, e a importância da manutenção regular são elementos-chave para a preservação das construções. A introdução de inovações tecnológicas, aliada a uma normatização rigorosa, pode ser um caminho promissor. Sistemas de monitoramento, novos materiais e regulamentações eficazes são recursos que podem contribuir significativamente para a qualidade e durabilidade das edificações.

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