MANIFESTAÇÕES ORAIS RELACIONADOS À INFECÇÃO POR COVID-19 NO BRASIL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10204714


JESUS ,Karina Oliveira de2
JUNIOR ,Florival Costa3

RESUMO

As manifestações orais referem-se a qualquer sintoma ou problema relacionado à boca, como dor de dente, gengivite, aftas, lesões na boca, entre outros. No período da pandemia, 2020 a 2021, algumas manifestações orais foram relatadas como possíveis sintomas da doença, que incluem: feridas na boca, alterações no sentido do paladar: Perda parcial ou total do paladar (ageusia) ou alteração do paladar (disgeusia) dentre outras. Desta forma, este estudo teve como abordar sobre essas manifestações orais em pacientes acometidos pela covid-19. Visto que, é uma doença infecciona e de fácil disseminação por meio de gotículas salivares contendo o vírus. Com isso, diversas pesquisas foram desenvolvidas para compreender o mecanismo fisiopatológico da doença. Tendo assim, como problemática: quais são as correções entre as manifestações orais com a covid-19? Neste sentido, o objetivo geral dessa pesquisa foi analisar as principais manifestações orais relacionados à infecção por Covid-19. De forma mais específica, seus objetivos buscaram compreender os mecanismos fisiopatológicos da doença na cavidade oral; identificar os principais sinais e sintomas que ocorrem no sistema estomatognático; e compreender a importância do cirurgião-dentista no diagnóstico e tratamento dessas alterações. Tendo como método de estudo a pesquisa qualitativa com a revisão de literatura. Para tanto, foram utilizadas as seguintes plataformas de pesquisa: Pubmed, Scielo e Lilacs. Sendo assim, a literatura aponta as principais lesões que ocorrem na cavidade oral são: lesões ulcerativas, vesicobolhosas, distúrbios de paladar, olfatório, seguidos da xerostomia, ocasionando um impacto significativo nas manifestações orais, tanto em relação ao acesso aos serviços de saúde bucal quanto na qualidade da comunicação oral e na saúde oral em si. É importante que, em casos de pandemias como a Covid-19, sejam tomadas medidas para minimizar esses impactos e garantir a continuidade dos cuidados de saúde bucal.

Palavras Chave: Odontologia. Diagnóstico. Doenças infecciosas. Pandemia.

1. INTRODUÇÃO 

Com base no entendimento de que o Sars-Cov-2 é capaz de afetar diversos tecidos e órgãos, é correto afirmar que a covid-19 é uma doença abrangente que afeta múltiplos sistemas. Nesse contexto, é crucial destacar a necessidade de compreender as Manifestações Orais relacionadas à infecção por Covid-19 no contexto brasileiro.

É importante lembrar que essas manifestações orais podem ocorrer em pessoas com COVID-19, mas também podem ser causadas por outras condições. Portanto, é partir do conhecimento que o Sars-Cov-2 pode atingir vários tecidos e órgãos, doença de abrangência multissistêmica, vale salientar a importância da compreensão das Manifestações Orais Relacionadas à Infecção por Covid-19 no Brasil. Portanto, constituiu seu problema o seguinte questionamento: quais são as correlações entre as manifestações orais com a Covid-19?

Sendo assim, seu o objetivo geral buscou analisar as principais alterações acometidas na cavidade oral após a infecção pelo vírus. Enquanto os objetivos específicos se dedicaram a compreender os mecanismos fisiopatológicos da doença Covid-19 na cavidade oral; identificar os principais sinais e sintomas que ocorrem no sistema estomatognático e compreender a importância do Cirurgião-Dentista no diagnóstico e tratamento dessas alterações na cavidade bucal.

A compreensão dessas alterações decorrentes a Sars-Cov-2 é de suma importância para sociedade, o que permite o desenvolvimento de comportamentos e práticas preventivas e de autocuidado. Visto que, a cavidade oral é considerada uma das principais vias de entrada do vírus no organismo. Por isso, identificar possíveis sinais e sintomas precocemente é fundamental para estabelecer medidas de tratamento e prevenção.

A metodologia escolhida e aplicada foi a abordagem qualitativa de caráter descritivo por meio de pesquisa bibliográfica, a fim de elucidar quais as ligações dessas alterações que ocorrem na cavidade bucal desses pacientes infectados por SARS-CoV-2. Para tal, foram realizadas buscas nas seguintes de dados: Pubmed, Lilacs, Scielo e Google Acadêmico, onde foram selecionadas publicações nos últimos anos, bem como, em sites do Ministério da Saúde.

Dessa forma o referencial teórico foi elencado em três etapas, sendo que a primeira se refere a análise dos mecanismos fisiopatológicos da doença na cavidade oral. Visto que, a região da cavidade bucal, é revestida por um epitélio onde há uma alta concentração de receptores da enzima conversora de angiotensina (ECA2) que é considerada uma enzima alvo do SARS-CoV-2.

A segunda etapa consiste em determinar os principais sinais e sintomas que ocorrem no sistema estomatognático. visto que, as principais manifestações observadas foram: distúrbios de paladar, xerostomia, ulcerativas, vesicobolhosas, olfatório, glossite, aftas e síndrome de boca ardente. Diante disso, a terceira etapa, consiste em compreender a importância do cirurgião-dentista no diagnóstico e tratamento dessas alterações.

Por fim, os dados pesquisados demonstraram que as complicações relacionadas ao trato respiratório superior e à cavidade oral com maior número de ocorrência foram: dor de garganta, sendo um sintoma comum da infecção pelo coronavírus e pode ser agravada pela inflamação dos tecidos da garganta; feridas na boca, um número significativo de pacientes com Covid-19 tiveram úlceras ou feridas na boca, sendo uma resposta inflamatória do sistema imunológico.

Também foram registradas infecções bucais secundárias, onde o Covid-19 pode diminuir a resposta imune do organismo, tornando as pessoas mais suscetíveis a infecções secundárias, como candidíase oral  ou outras infecções bacterianas na boca. E ainda pode ser citada a xerostomia, que exigia o uso de medicamentos como antivirais e antibióticos podem levar à diminuição da salivação, o que pode causar xerostomia (boca seca).  

2. METODOLOGIA

A metodologia caracteriza-se na aplicação de métodos e técnicas de forma a proporcionar uma estrutura básica de pesquisa. Sendo assim, corresponde a um conjunto de procedimentos que foram aplicados objetivando encontrar respostas para o problema levantado. Segundo Tartuce (2006 apud GERHARDT; SILVEIRA, 2009) a metodologia é o estudo sistemático e lógico dos métodos empregados nas ciências, seus fundamentos, sua validade e sua relação com as teorias científicas.

Dessa forma, entende-se que metodologia correspondeu a um conjunto de dados iniciais e um sistema de operações ordenadas adequado diante a problemática apresentada sobre a relação e implicações da Covid-19 para as manifestações orais, cuja formulação de respostas plausíveis com certos objetivos específicos desembocaram na abordagem qualitativa, com a finalidade de analisar sinais e sintomas orais mais prevalentes em indivíduos acometidos pelo novo coronavírus. 

De acordo com Lakatos e Marconi (2017) a pesquisa qualitativa se atenta, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais. Por conseguinte, foram aplicados procedimentos da pesquisa bibliográfica, que conforme Severino (2008, p. 32) é aquela realizada “[…] a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites”.

No entanto, qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto, caso aplicado no presente estudo. Além disso, o local selecionado para estudo foi de âmbito nacional onde engloba o Brasil, cuja amostra se constituiu a partir da delimitação dos materiais selecionados. Assim, foram utilizados livros, artigos para elaboração da pesquisa, cujas publicações ocorreram nos últimos três anos.

Quanto às técnicas e procedimentos de investigação, primeiramente, foi feita a definição do tema, na sequência foram selecionados os materiais de pesquisa, cujos filtros de seleção foram o período de publicação entre 2020 a 2022, pela possibilidade de poder ser encontrado um maior número de artigos científicos sobre o tema; apenas artigos, dissertações, teses, livros e matérias de revista eletrônica disponibilizados em português, espanhol e inglês.

Conforme os filtros apresentados foram selecionadas 35 (trinta e cinco) publicações, sendo que 19 (dezenove) publicações não atenderem ao tema, sendo excluídas. E 15 obras entre artigos, dissertações entre outros foram selecionadas para compor a fundamentação da revisão de literatura. Sendo assim, a pesquisa buscou mostrar a importância da identificação sinais e sintomas dessas alterações para estabelecer medidas de prevenção e tratamento de pacientes pela doença, dando destaque ao papel do cirurgião-dentista como profissional qualificado para o diagnóstico e tratamento das manifestações orais advinda ou relacionadas a Covid-19.

3. MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS DA COVID-19 NA CAVIDADE ORAL

A covid-19, doença infecciosa, com epicentro na cidade de Wuhan, na província de Hubei da China, detectada pela primeira em um grupo de pacientes com pneumonia de causa desconhecida foi identificado. Posteriormente, o vírus desconhecido foi isolado e denominado novo coronavírus. Com rápida propagação e virulência do SARS-CoV-2 (Síndrome respiratória aguda) a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em março de 2020 estado de pandemia e emergência mundial para a Saúde Pública (VASCONCELOS JÚNIOR et al., 2020).

A partir daquele momento, a sociedade moderna foi confrontada com o temor de uma pandemia. O vírus mortal ceifou a vida de centenas de milhares de pessoas, deixando as principais potências mundiais e outras nações abaladas, diminuindo o ritmo das economias globais e desafiando as grandes potências militares.

A Covid-19 apresenta sinais e sintomas que variam: febre, fadiga, tosse, expectoração, falta de ar, dor de garganta, dor de cabeça, náuseas, perda de apetite, vômitos, diarreia e erupções cutâneas. Pessoas idosas e aquelas com condições medicas preexistentes, como doenças cardíacas, pulmonares ou diabetes, têm maior risco de desenvolver complicações graves (CASTRO et al, 2020).

Diante disso, estudos apontam que pacientes mais propensos a desenvolver um quadro grave são aqueles que possuem alguma comorbidade. Dentre esses fatores para o desenvolvimento do SARS-CoV-2, os mais relatados são: idade do paciente (indivíduos acima de 60 anos são mais propensos a doença), hipertensão, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica, asma, doença hepática crônica, câncer e obesidade.

 Também, deve-se considerar que o quadro clínico diversifica entre infecções assintomáticas e sintomáticas podendo evoluir a quadros mais graves. Inicialmente, os casos de SARS-CoV-2 foram subdivididos em: leve, moderado e grave.  No entanto, alguns casos sintomáticos podem ser característicos de síndrome gripal, e outros evoluem para síndrome respiratória aguda.

A literatura médica pontua que o grupo de risco é mais susceptível a evoluir para síndrome do desconforto respiratório agudo onde o tratamento consiste na suplementação de oxigênio, quando o paciente é colocado em posição decúbito dorsal, sendo entubado. Constitui na principal causa de morte associada à covid-19 (DORREGO, 2022). Também, tem como um dos principais efeitos colaterais o aparecimento de úlceras por pressão em áreas de fricção do equipamento de oxigenação quando em contato com mucosas e pele.

Naquele contexto, foram desenvolvidos diversos estudos para compreender o mecanismo fisiopatológico da Covid-19, que permitiram concluir que o SARS-CoV-2 tem uma alta afinidade por células epiteliais devido à grande concentração de receptores da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) (DORREGO, 2020). Estudos demonstraram que o receptor de entrada viral, enzima conversora de angiotensina 2, está presente nas células da cavidade oral e permite a replicação viral, podendo levar à inflamação e destruição.

Assim, o vírus entra nas células hospedeiras por meio de sua proteína spike, que ao se ligar aos receptores ocorre a fusão do vírus a célula hospedeira (BRANDÃO, 2020). A ligação entre a proteína spike e os receptores desencadeia um processo de fusão, permitindo que o vírus entre na célula hospedeira e se multiplica, em especial com grande concentração no órgão da língua como explica Santos Junior et al:

Certamente, a expressão de ECA 2 (Enzima Conversora de Angiotensina 2) é maior na língua devido a presença das papilas gustativas, em comparação a gengiva e mucosa bucal. É possível que o SARS-CoV-2 seja detectado em saliva e glândulas salivares aumentando a expressividade do vírus em cavidade oral (SANTOS JÚNIOR, et al., 2020 apud SILVA et al, 2023, p. 4).

A proteína spike é um componente essencial do coronavírus, como o causador da COVID-19. É responsável por permitir que o vírus se ligue e entre nas células hospedeiras. Quando uma pessoa é exposta ao vírus, as proteínas spikes na superfície do vírus interagem com os receptores nas células hospedeiras, mais comumente nas células do sistema respiratório.

Também é levado em consideração que o sulco gengival possui um ambiente propício para a colonização de vírus devido à presença de enzimas e moléculas inflamatórias que facilitam a agregação e estabelecimento de microrganismos (XIANG et al., 2021). Além disso, a anatomia do sulco gengival promove a retenção de microrganismos em sua superfície, especialmente quando a higiene adequada não é realizada.

A cavidade bucal é em potencial porta de acesso favorável e facilitador para diferentes microrganismos que são capazes de iniciar um processo infeccioso generalizado. Desta forma, é fundamental manter a higiene oral de forma regular, evitando a permanência de resíduos alimentares e placa bacteriana nos dentes e mucosas bucais, o que previne complicações como pneumonia associada à ventilação mecânica, infecções sistêmicas, estomatite, candidíase oral e periodontite nos pacientes internados em unidades de terapia intensiva.

Em pacientes intubados, é importante utilizar escovas adaptadas ou gazes embebidas em solução antisséptica para a higiene da boca e língua. A utilização de clorexidina 0,12% em solução ou gel é recomendada para complementar a higienização bucal, principalmente em pacientes de maior risco (BRANDÃO, 2020). A clorexidina tem propriedades antimicrobianas e inibe a formação de placa bacteriana. Sendo importante ressaltar que a higiene bucal deve ser realizada de forma adequada por profissionais de saúde treinados, que consideram a condição clínica de cada paciente.

Os principais sistemas acometidos pelo patógeno são: sistema respiratório; sistema cardiovascular; sistema imunológico; sistema gastrointestinal e sistema nervoso central (SCHRAMM et al., 2020). Com isso, as primeiras observações das manifestações orais, surgiram a partir de estudos direcionados a manifestações cutâneas, onde pesquisadores verificaram que além das alterações cutâneas, também ocorreram manifestações na cavidade bucal:

A cavidade oral é uma das principais vias de entrada do SARS-CoV-2, pois a transmissão pode ser feita por meio de gotículas de saliva (geradas ao falar, tossir ou espirrar). Tem sido proposto que a cavidade oral pode constituir um reservatório de vírus; o sulco gengival é um nicho bem estabelecido onde enzimas e moléculas inflamatórias se acumulam e promovem a colonização de microrganismos […] Portanto, a mucosa da cavidade oral é um dos primeiros tecidos a entrar em contato com o vírus e pode sofrer algumas alterações (DORREGO et al., 2020, p.8).

Por conseguinte, diversos estudos apontaram as seguintes ocorrências de imediato em uma parcela significativa dos pacientes que contraíram a Covid-19, como perda ou alteração do paladar (disgeusia), perda ou alteração do olfato (anosmia), boca seca, feridas na boca ou língua, mau hálito (halitose), problemas nas gengivas, língua, amígdalas ou saliva; inflamação da garganta entre outras.

 É importante ressaltar que nem todas as pessoas infectadas pelo COVID-19 apresentaram ou apresentarão essas manifestações orais, podendo variar individualmente. Sendo assim, caso uma pessoa apresentasse algum desses sintomas ou suspeita de infecção, era e é fundamental buscar orientação médica e realizar o teste para COVID-19. Essas manifestações são objetos de análise da seção a seguir com breve considerações sobre algumas delas.

4. SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E COVID-19

Com as primeiras publicações, surgiram os primeiros questionamentos, se essas manifestações orais foram devido à infecção por covid-19 ou foram decorrentes a infecções secundárias de microrganismos oportunistas, uma vez que o vírus entra nas células da cavidade oral, logo dar início a um processo de se reproduzir e causar danos ao tecido. O que pode levar à inflamação localizada como resposta do sistema imunológico para combater a infecção (LIMA, 2022).

Nessa perspectiva de análise, as manifestações orais mais comumente observadas na cavidade oral são: xerostomia, disgeusia, hipogeusia, halitose, edema úlceras, lesões bolhosas, vesículas, fissura lingual, máculas, pápulas, petéquias, hemorragia espontânea eritema em papilas, hiperplasia papilar; doença periodontal, periodontite, gengivite, gengivite descamativa língua (lesões similares a glossite migratória benigna) Reativação de Herpes (HVS1) e candidíase (DORREGO, 2020).

Dentre essas manifestações a disgeusia, perda do paladar, é uma das sintomatologias mais prevalentes, aproximadamente 80% dos pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 apresenta essa patologia (CARDOSO et al, 2020). Com isso, à medida que a doença progride observou-se o surgimento e prevalência das lesões ulcerativas.

A hipótese mais discutida na literatura sobre o mecanismo que leva à perda do paladar é sobre os receptores ECA2, que estão localizados em grande quantidade na superfície de células epiteliais da língua. Sendo assim, a interação do vírus SARSCoV-2 com componentes gustativos e receptores ECA2, podem levar ao distúrbio do paladar (SANTOS, 2021).

Sendo assim, a gravidade e extensão das lesões pode estar associada a intensidade da doença. Associada a disgeusia, a anosmia associada é uma das manifestações mais presentes nos acometidos de Covid-19, que trata da perda do olfato. Porém, nos casos de pessoas idosas é necessário cautela, pois esta camada da população possui por processo natural do envelhecimento diminuição considerável dos sentidos olfativos.

A xerostomia se refere à sensação de boca seca. É causada pela diminuição da produção de saliva na boca ou pela qualidade da saliva produzida. A xerostomia pode ser um efeito colateral de alguns medicamentos, uma complicação de certas doenças ou um sintoma de envelhecimento. No caso da Covid-19, nos casos de xerostomia há uma evolução gradual dos sintomas, apresentado fases diferentes da patologia conforme gravidade:

Amorim et al., (2021) argumentam que a presença de xerostomia nos pacientes sugere um sintoma dado pelo novo coronavírus, mas a sua progressão geralmente ocorre por conta da terapia do paciente. A hospitalização e o tratamento da COVID-19 podem levar ao surgimento de uma diversidade de manifestações patológicas bucais que estão relacionadas à higienização bucal ou ao sistema imunológico debilitado e/ou mucosa bucal suscetível. Por isso, conclui-se que lesões da mucosa bucal podem ser decorrentes de vários agentes, como estresse, insuficiência de higiene oral ou infecções sistêmicas, antissépticos locais, como suspensões à base de peróxido de hidrogênio, recomendadas para diminuir a carga viral e que a investigação bucal deve ser o protocolo padrão de pacientes com COVID-19 (FERREIRA et al, 2022, p. 6).

A falta de saliva pode causar dificuldade em comer, falar e engolir, além de aumentar o risco de cáries dentárias, infecções orais e mau hálito. O tratamento da xerostomia envolve a identificação e a correção da causa subjacente, bem como o uso de substâncias que aumentam a produção de saliva e a hidratação adequada. Portanto, a higiene bucal é um aspecto que não deve ser deixado de lado. Pesquisas recentes evidenciaram que pacientes com má higiene bucal aumentam a gravidade das sintomatologias da infecção. 

Destaca-se ainda a reativação de Herpes (HVS1), que é um vírus que causa principalmente herpes labial, mas também pode causar herpes genital. Após a infecção inicial, o vírus permanece latente no sistema nervoso e pode ser reativado em momentos de enfraquecimento do sistema imunológico, estresse, exposição ao sol excessiva, febre, entre outros fatores, neste caso a Covid-19:

O HSV‐1 foi detectado em muitos tecidos diferentes em pacientes com COVID‐19. Em maio de 2020, Hu et al.6 demonstraram a presença de HSV‐1 latente no segmento anterior ocular e no humor aquoso de pacientes infectados com SARS‐CoV‐2 e especularam que a infecção latente por HSV‐1 pode ter sido ativada em resposta ao comprometimento imunológico causado pela infecção por COVID‐19 (NAVARRO-BIELSA et al, 2023, p. 348).

A reativação do vírus geralmente é caracterizada pelo aparecimento de bolhas ou feridas na boca (herpes labial) ou nos genitais (herpes genital). É uma condição crônica. O que significa que uma vez que uma pessoa é infectada pelo vírus, ela pode experimentar reativações ao longo da vida, com grande frequência em pacientes ventilados. Em contraste, pacientes que mantiveram uma boa higiene bucal, os sintomas do SARS-CoV-2 diminuíram significativamente. Por isso, manter uma higiene bucal adequada, evita-se a superpopulação de microrganismos oportunistas.

A doença periodontal, é uma inflamação que afeta as estruturas de suporte dos dentes, incluindo as gengivas, o osso alveolar e o ligamento periodontal. É uma condição progressiva que ocorre devido à placa bacteriana que se acumula nos dentes e nas gengivas, causando danos ao tecido gengival e destruição do osso.

Os primeiros sintomas da doença periodontal podem incluir gengivas vermelhas, inchadas e sensíveis, sangramento durante a escovação e mau hálito persistente. Com o avanço da doença, as gengivas podem começar a se retrair, formando bolsas entre os dentes e as gengivas, onde mais bactérias podem se acumular.

A doença periodontal pode levar à perda dos dentes, uma vez que a destruição do osso alveolar compromete a estabilidade das peças dentárias. Além disso, estudos têm mostrado que a doença periodontal está relacionada a problemas de saúde sistêmica, como diabetes, doenças cardíacas e respiratórias.

O tratamento da doença periodontal envolve a remoção completa da placa bacteriana e do tártaro dos dentes e das gengivas, através de uma limpeza profissional chamada de raspagem e alisamento radicular. Em casos mais avançados, pode ser necessário um procedimento cirúrgico para corrigir as áreas danificadas. Estudos apontam a possível implicação dos sintomas da periodontal a Covid-19, considerando como fator de risco, porém sem comprovação por evidência de casos que diretamente relacionam estas duas enfermidades:

Ainda não foi identificado uma associação direta entre a presença da doença periodontal e o aumento do risco de infecção pelo SARS-COV2 e desenvolvimento de COVID-19. • Evidências científicas reforçam a hipótese de que a doença periodontal serve como fator de risco para o agravo da COVID-19 a partir de: marcadores imunológicos sanguíneos, presença de vírus no tecido gengival e fluidos orais e presença de bactérias periodontais em outras regiões do corpo (PAGLIUSE, 2022, p. 13).

Desta forma, as lesões e implicações via sistema estomatognático com implicações e relações direta e indiretamente com a manifestação da Covid-19, podem trazer implicações para o estado já debilitado em alguns casos de acometimento do SARS-CoV-2, demanda uma ação de profissional devidamente qualificado para, junto a uma equipe de multiprofissional assistir nos casos mais avançado da enfermidade.

Neste contexto, ressalta a necessidade da atuação do profissional cirurgião-dentista e da importância de manter uma boa higiene bucal diária, incluindo escovação adequada dos dentes, uso de fio dental e enxaguante bucal. Além disso, é fundamental visitar regularmente o dentista para exames de rotina e limpezas profissionais, pois a detecção precoce de manifestações orais ajuda no controle e tratamento eficaz.

5. ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS ALTERAÇÕES NAS CAVIDADES BUCAL

O cirurgião-dentista desempenha um papel fundamental no diagnóstico e tratamento de alterações na cavidade bucal. Ele é responsável por avaliar a saúde oral dos pacientes, identificar quaisquer anomalias ou condições anormais que possam estar presentes e fornecer o tratamento necessário. O diagnóstico é realizado a partir de diversos meios e recursos como: exames clínicos, radiográficos e laboratoriais, com uso de instrumentos como espelhos bucais e sondas, a fim de avaliar a presença de lesões, infecções, inflamações que afetam os tecidos orais.

Nesta perspectiva nota-se a importância do profissional cirurgião-dentista presente em UTIS como parte da equipe na linha de frente no combate contra a Covid-19. Visto que, o SARS-CoV-2 é uma doença respiratória também transmitida pela cavidade oral, e como já visto, com diversas manifestações orais (SANTOS, 2022). Uma vez feito o diagnóstico, o cirurgião-dentista irá propor, junto à equipe de profissionais, um plano de tratamento adequado às necessidades do paciente. Isso pode incluir a prescrição de medicamentos ou procedimentos específicos.

Segundo, Santos et al (2021) afirma que pacientes acima de 60 anos ou que apresenta algum problema médico severo, como doença pulmonar crônica, diabetes e problemas cardíacos, são mais susceptíveis a desenvolver doenças graves em função da infecção pelo coronavírus; uma vez que a falta de saúde bucal é capaz de debilitar ainda mais o paciente.

Ainda, segundo Wang (2019), a presença do vírus na saliva dos pacientes infectados pode chegar a 91,7%34. Já no estudo realizado por Chen (2020), essa taxa chegou a 75% 35. Apontando assim, a boca como um meio altamente contaminante para o cirurgião-dentista. Em pacientes acometidos pela COVID-19, foi possível perceber a presença de lesões orais, que coincidiram com o período de infecção. Na maioria dos casos apresentados, os pacientes tinham idade avançada – o que revela a possibilidade da prevalência das lesões em idosos (SANTOS et al, 2021, p. 52-53).

Por isso, investir em cuidados bucais para esses pacientes pode ser considerado sinônimo de redução na morbidade. Com o advento da pandemia a odontologia hospitalar foi considerada fundamental. Visto que ocorreu uma incidência maior de pacientes entubados decorrentes da insuficiência respiratória aguda; necessitando assim, de intubação orotraquial.

Em virtude da alta patogenicidade viral e das inúmeras consequências que as doenças na cavidade oral podem causar em todo o organismo humano a ANVISA estabeleceu a necessidade da presença dos dentistas nas equipes multiprofissionais das UTIs, através de protocolos que asseguravam a necessidade dos cuidados odontológicos, como higiene bucal, extrações, restaurações e limpeza profilática nos próprios leitos, evitando a repercussão sistêmica da doença e o agravamento para condições mais graves como a pneumonia e a endocardite bacteriana (SANTOS et al, 2022, p.3).

Sabe-se que pacientes sob ventilação mecânica são mais propensos a desenvolver infecção, além de lesões ulceradas em região de lábio e mucosa oral e trauma relacionado ao tubo orotraqueal utilizado.  Por isso, que em casos de pacientes internados em Unidade Terapia Intensiva acometidos por covid-19, a atuação do cirurgião-dentista, é de suma importância para promover uma manutenção adequada da saúde bucal, prevenindo assim a evolução da doença base, e prevenindo o surgimento de infecções.

Neste sentindo, estudos evidenciaram a importância do exame clínico realizado pelo cirurgião-dentista seja em âmbito laboratorial ou hospitalar a fim de esclarecer o mecanismo de ação do vírus na mucosa oral. Auxiliando assim, na detecção precoce da doença e encaminhamento desses pacientes para um atendimento médico adequado (FARIA; GUEDES, 2022).

Diante do exposto, médicos e cirurgiões-dentistas foram incluídos entre os grupos de profissionais com alto risco de infecção devidos o contato próximo com pacientes. Sendo assim, foram implementadas diretrizes e medidas de biossegurança para minimizar o risco de contágio e propagação do vírus. Dessa forma, o Conselho Federal de Odontologia, emitiu uma recomendação inicial para que os atendimentos odontológicos fossem restritos às urgências e emergências, devendo ser postergados os atendimentos eletivos.

Definição de urgências odontológicas segundo a American Dental Association (ADA, 2020) As emergências odontológicas de acordo com a ADA, “são potencialmente fatais e requerem tratamento imediato para interromper o sangramento contínuo dos tecidos ou aliviar dores ou infecções graves”. As condições incluem sangramento descontrolado; celulite ou infecção bacteriana difusa dos tecidos moles com edema intrabucal ou extrabucal que comprometa potencialmente as vias aéreas do paciente; ou trauma envolvendo ossos faciais que potencialmente comprometa as vias aéreas do paciente. (CFO, 2020 apud SANTOS et al, 2022, p. 6).

Entretanto, passado o impacto inicial gerado pela disseminação da COVID-19, em decorrência da impossibilidade de se manter a restrição do atendimento por longo prazo, os tratamentos odontológicos eletivos foram sendo liberados gradativamente. Atualmente, é essencial que o cirurgião-dentista esteja atualizado sobre as melhores práticas de higiene bucal para pacientes infectados pelo SARS-CoV-2, seguindo as diretrizes e recomendações das autoridades de saúde competentes, a fim de garantir a segurança do paciente e limitar a disseminação do vírus.

A pandemia da COVID-19 tem sido uma realidade há mais de um ano. Desde o seu surgimento, presenciou-se mudanças dramáticas nos hábitos, rotinas e perspectivas futuras. No entanto, mesmo com os avanços na vacinação e a redução dos casos em alguns lugares, não se pode descuidar, pois a COVID-19 ainda é uma realidade assustadora.

É compreensível que, com a progressão da vacinação e a diminuição das restrições, exista uma sensação de alívio e até mesmo uma falsa sensação de segurança. No entanto, é fundamental lembrar que o vírus ainda é presente e continua se espalhando, ainda que de forma sob controle da vigilância dos órgãos de saúde e instituições.

Existem variantes do vírus que mostram ser mais transmissíveis e, em alguns casos, mais letais. Essas variantes podem dificultar o controle da doença e levar a surtos e novas ondas de infecção. Além disso, mesmo aqueles que foram vacinados podem contrair o vírus e transmiti-lo para outras pessoas, principalmente aqueles que ainda não foram vacinados.

Portanto, é necessário manter as medidas de prevenção e proteção, cabendo ao profissional cirurgião-dentista no seu âmbito de atuação zelar e observar para os protocolos de saúde quanto a segurança no trato com seus pacientes, evitando possível ocorrência de contágio, quer seja de sua clientela, ou quanto de si mesmo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa evidenciou que as manifestações de sinais e sintomas orais, incluindo úlceras traumáticas, alterações do paladar (como disgeusia, hipogeusia e ageusia), periodontite, infecções oportunistas, redução do fluxo salivar, dentre outras, foram comuns em pacientes com COVID-19, estabelecida assim uma relação entre o SARS-CoV-2 e à grande concentração de receptores da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), respondendo seu questionamento inicial.

Desta forma, estas manifestações contribuíram de forma significativa para o agravamento de pacientes acometidos do vírus SARS-CoV-2, em especial, para aqueles que foram submetidos ao tratamento com respiração artificial. Tais situações, permitiram desencadeamento de várias formas de manifestações orais conforme cada organismo afetado. Esta diversidade de forma de ação e reação do organismo frente à investida do SARS-CoV-2, certamente trouxe implicações para diagnósticos e formas de tratamento das manifestações orais.

Posto visto, seus objetivos específicos foram alcançados quanto a identificação da relação da SARS-Cov-V e a angiotensina 2 (ECA2), que corroboram para a multiplicação do vírus na cavidade oral, possibilitando o surgimento de diversas manifestações orais. Também, foi atendido quanto à exposição da necessidade do profissional capacitado e adequado para lidar com essas manifestações orais, que trata do cirurgião-dentista, sendo figura solicitada no tratamento hospitalar dos casos mais graves por órgãos e entidades da saúde.

Deste modo, o trabalho do cirurgião-dentista no período da pandemia, ficou evidenciado como necessidade para o avanço do tratamento e recuperação dos pacientes. Também, que teve este de limitar suas atividades e fazer ajustes essenciais para garantir a segurança tanto de si e de seus pacientes. Também foi destacado a sua relevância de seu papel no ambiente hospitalar, onde sob seus cuidados, constituindo sua responsabilidade diagnosticar essas alterações, fornecendo um maior número de informações os pacientes, o que implica em material para futuras pesquisas.

REFERÊNCIAS

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1Artigo apresentado à Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Odontologia em 2023.

2Graduando em Odontologia pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FACISA, em Itamaraju (BA). E-mail: karinaodj@gmail.com

3Mestrando em Saúde, Ambiente e Biodiversidade. Especialista em Saúde Coletiva e Bacharel em Odontologia Hospitalar. Professor da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (FACISA).E-mail: @florivalcosta.01@hotmail.com