REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10156906
Lillian Mikaely Lima dos Santos1; Bruno Renato do Nascimento Rocha2; Ana Cecilia S Lopes3; Renata Kamila Barbosa Maia de Moura4; Sílvia Rebeca Leal Rodrigues5; Samara de Freitas Guimarães6; Thayllam Rubielli Santos Cabral7; Katia Caetana Pereira8; João Vitor Pereira Nascimento9; Orientadora: Profª Dra. Isabella Jardelino Dias10
RESUMO
A Odontologia Moderna, sobretudo em pacientes portadores do Espectro Autista, enfrenta, cada vez mais, desafios em seu manejo. Isso ocorre, principalmente, porque o manejo odontopediátrico em pacientes com esse transtorno é minimizado na atualidade, embora essa seja uma narrativa errônea acerca dessas pessoas, que precisam de uma atenção redobrada em seu cuidado bucal. O medo se apresenta como um desses entraves, ainda mais quando uma criança entra nesse cenário, meios comunicativos e o manejo correto do odontopediatra se faz necessário. O objetivo principal foi analisar a importância das condições de saúde bucal do indivíduo com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para isso, foram realizadas diversas buscas bibliográficas em bases de dados, como o PUBMED, WEB OF SCIENCE e SCOPUS, dos anos de 2016 e 2022, reconhecidos nesse meio. Foi visto que os portadores de TEA apresentam algumas condições especiais, que favorecem o surgimento de cáries e problemas odontológicos, as quais, muitas vezes, estão associadas ao hábito de alimentação, cuidado com a via oral e até mesmo, o uso crônico de medicamentos. É inexorável, portanto, a necessidade de enfatizar ainda mais a importância do conhecimento paterno a respeito dos cuidados necessários com os portadores de TEA, bem como o correto manejamento odontopediátrico, as constantes consultas e os corretos deveres no cuidado oral.
Palavras-chave: Medo. Ansiedade. Odontopediatria. Transtorno do Aspectro Autismo.
ABSTRACT
Modern Dentistry, especially in patients with the Autistic Aspectrum, is increasingly facing challenges in its management. This is mainly because pediatric dental management in patients with this disorder is currently minimized, although this is an erroneous narrative about these people, who need extra attention in their oral care. Fear presents itself as one of these obstacles, even more so when a child enters this scenario; communication means and the correct management of the pediatric dentist is necessary. The main objective will be to analyze the perspective regarding the importance of the oral health conditions of the individual with Autistic Aspect Disorder (ASD). For this, several bibliographic searches will be carried in databases such as PUBMED, WEB OF SCIENCE and SCOPUS, for the years 2016 and 2022, recognized in this environment. Will be seen that people with ASD have some special conditions, which favor the emergence of caries and dental problems, which are often associated with the habit of eating, taking care of the oral route and even the issue of chronic use of medicines. Therefore, there is an inexorable need to emphasize, even more, the importance of paternal knowledge about the necessary care for people with ASD, as well as correct pediatric dentistry management, constant consultations and correct duties in oral care.
Keywords: Fear. Anxiety. Pediatric dentistry. Autistic Aspectrum Disorder.
INTRODUÇÃO
A Odontopediatria é uma área especializada na saúde bucal, que abrange o indivíduo do nascimento até à adolescência. Seu principal propósito está relacionado à prevenção e aos cuidados integrados, desempenhado por uma equipe multidisciplinar, envolvendo o acompanhamento da educação e da higiene cotidiana em diversos níveis de atenção e cuidado bucal 1.
A Odontologia preventiva pediátrica também abrange o atendimento a pacientes com necessidades especiais, dentre estas o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O transtorno foi denominado pela Associação Americana de Psiquiatria, em 2013, como uma desordem de neurodesenvolvimento. O autismo infantil costuma ser identificado na infância entre 01 a 03 anos de idade, afetando a comunicação e a capacidade de aprendizado, além da adaptação da criança em diversos graus de funcionalidade. Em relação ao manejo odontológico, características específicas do TEA, como ansiedade e hiperatividade, tornam a interação entre pacientes e profissionais dificultosa, principalmente quando estes não estão devidamente capacitados2.
O Transtorno do Espectro do Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por deficiência na interação e comunicação social, padrões estereotipados e repetitivos de comportamento. Devido aos indivíduos portadores do espectro autista possuírem alteração na percepção sensorial, o uso de técnicas humanizadas e consultas com tempo reduzido ajudam no atendimento odontológico. Sabe-se também que a comunicação / interação com estes pacientes deve ser construída gradativamente, cujo cirurgião dentista necessita gerar confiança e criar vínculo, para que, com isso, o profissional possa desenvolver os cuidados relacionados à saúde oral deste autista 3.
Os pacientes portadores de autismo tendem a apresentar um risco elevado de patologia oral devido à sua diminuição da capacidade de compreender ou participar na sua higiene diária e colaborar com programas preventivos. Desta forma, as crianças autistas devem ir para a consulta odontopediátrica o mais rapidamente possível para tentar estabelecer uma familiaridade com o cirurgião dentista e criar uma rotina de higiene oral 4.
Existem os graus leves, moderados e severos do autismo e, em alguns casos, é possível que o tratamento seja realizado na cadeira do consultório, com toda preparação prévia no ambiente, pois até mesmo a luz do foco afeta o paciente. Em casos mais severos, o tratamento precisa ser realizado diretamente em um hospital, fazendo o uso de uma anestesia geral, para propiciar um cuidado direcionado5.
Por esses motivos, no que diz respeito ao tratamento do indivíduo com TEA, para alcançar reabilitação e desempenho sociais adequados é indispensável uma abordagem com equipes multidisciplinares que incluam a linguagem, terapia comportamental, educação especial, terapia ocupacional, fisioterapia e intervenção farmacológica. Dessa forma, busca-se fomentar a atenção, o contato visual e desenvolver habilidades que o mesmo ainda não adquiriu, promovendo autonomia e a expressão de sentimentos para que atuem de maneira socialmente aceitável, sendo preciso conversar com o paciente e com os responsáveis para ter ciência do histórico da criança ou adulto. Especificamente na odontologia, o trabalho integrado entre profissional e família pode evitar quadros de cárie e dor, o que pode tornar o paciente autista agressivo ou auto agressivo e o descontrole a levar ao aumento do uso de medicações 6.
Diante disso, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão integrativa da literatura sobre manejo odontopediátrico em pacientes com transtorno de espectro autista, trazendo maiores esclarecimentos sobre esse tema, sendo importante para aprimorar o conhecimento e a relação profissional/paciente
METODOLOGIA
O referido trabalho é caracterizado como uma revisão integrativa da literatura, realizada através de uma análise descritiva dos dados e pesquisas provenientes dos estudos incluídos sobre a odontopediatra em crianças portadoras do Transtorno do Aspectro Autista (TEA). Para isso, foram analisados artigos de Revisão de Literatura e de Pesquisas, publicados entre os anos de 2016 e 2022. Nesse sentido, usaram-se as seguintes bases de dados: PUBMED, WEB OF SCIENCE e SCOPUS. Desse modo, as chaves de buscas utilizadas estão descritas abaixo, bem como seu operador booleano “AND” e “OR” (Quadro 1).
Quadro 1: Chaves de Buscas utilizadas no estudo.
Base de Dados | Chave de busca |
PubMed | (((((((dentistry) AND (child)) OR (children)) AND (pediatric dentistry)) OR (oral hygiene)) AND (autism)) OR (autistic)) OR (disorder) |
Web ofScience | TS = (dentistry OR child OR children OR pediatric dentistry) AND TS=( oral hygiene OR autism OR autistic OR disorder) |
Scopus | TITLE-ABS-KEY (dentistry OR child OR children OR pediatric dentistry) AND TITLE-ABS-KEY (oral hygiene ORautism OR autistic OR disorder). |
Feito o levantamento, utilizou-se como critérios de exclusão, artigos divergentes do tema, os quais não foram utilizados para a pesquisa. Além disso, houve o descarte de revisões de literatura, de publicações de relatos e de série de casos, de trabalhos de conclusão de cursos, de teses, de dissertações, de carta ao editor, de anais de eventos científicos, de trabalhos publicados em duplicatas e de manuscritos que não estiverem disponíveis na íntegra.
Desse modo, ao longo de todo o processo seletivo, a busca sistemática nessa revisão integrativa resultou em um total de 18 estudos encontrados sobre o tema, sobretudo por ser uma temática específica, nas bases de dados avaliadas. Por fim, após a triagem dos títulos e resumos, 15 estudos foram considerados relevantes. Após leitura completa, 10 artigos preenchiam todos os critérios de inclusão e foram selecionados para esta revisão. O fluxograma a seguir mostra o processo de seleção dos artigos para o desenvolvimento do estudo (Figura 1).
FIGURA 1: Forma esquemática de seleção dos artigos utilizados no estudo.
RESULTADOS
Após a leitura dos artigos, foram selecionados dez artigos para elaboração dos resultados e discussão, descritos no Quadro 2.
Quadro 2: Manejo odontopediátrico em pacientes com Transtorno do Espectro Autista.
DISCUSSÃO
De acordo com os autores avaliados, dispostos no Quadro 2, os estudos relatam o manejo odontopediátrico em pacientes com Transtorno de Espectro Autista.
Desse modo, analisar-se-á autores como Ferrazzano10, Guler11, Onol12 e Viana6; a fim de ver a importância da tomada de medidas preventivas desde o contato inicial do cirurgião dentista com o infante. O profissional deve estar preparado adequadamente para atender os pacientes com TEA, já que estes merecem e necessitam de atendimento seguro, visando seu cuidado integral. É de grande importância que o Cirurgião-dentista realize o manejo correto ao cuidar da criança diagnosticada com TEA.
Nesse sentido, indivíduos com TEA não apresentam características orais peculiares relacionadas com a sua patologia. No entanto, seus distúrbios e consequências na esfera e saúde bucal são piores do que da população geral 7. Dessa forma, alguns de seus comportamentos característicos, como limitação de comunicação, negligência pessoal, autolesão, comportamento, hábitos alimentares (alimentação descontrolada e restritiva), efeitos colaterais de medicamentos, oposição ao atendimento odontológico, hiposensibilidade a dor de dente e hipersensibilidade a estímulos externos são, frequentemente, responsáveis pela deterioração da saúde bucal das crianças com TEA 8.
Sendo assim, essas características têm um relevante impacto sobre a saúde bucal das crianças com TEA. Estas têm pouca colaboração praticando a higiene bucal adequada e cotidiana. De fato, um estudo recente mostrou que cerca de 25% das crianças com TEA analisadas não fazem escovação cotidiana9.
Outrossim, é fato que, devido à má escovação dos dentes, os portadores de TEA têm uma facilidade maior de obter cárie, por exemplo. Isso, no entanto, não é desejável a nenhum indivíduo, sobretudo a aqueles que precisam de um manejo correto, com o auxílio de bons profissionais e de pais atuantes. Dessa maneira, a cárie dentária é reconhecida como uma degradação dos dentes devido a ácidos produzidos por bactérias 10. Essas substâncias dissolvem os tecidos duros dos dentes, como o esmalte, dentina e cemento. O ácido é produzido pelas bactérias na decomposição de restos de comida ou açúcar na superfície do dente. Açúcares simples nos alimentos são as fonte primárias de energia dessas bactérias e, portanto, uma dieta baseada em açúcar simples é um fator de alto risco para o desenvolvimento da cárie 11.
Assim, pode-se esperar que o risco de cárie seja maior em pacientes com TEA por causa das dificuldades em escovar e usar fio dental, causados pela falta de habilidades manuais de autistas crianças, resultando em higiene bucal inadequada. Em um estudo realizado nos Emirados Árabes Unidos (Emirados Árabes Unidos), uma prevalência geral de cárie dentária foi encontrada em 77% nessa população específica (8,12).
As intervenções odontológicas para crianças com TEA se concentram predominantemente a fim de melhorar a adesão aos procedimentos odontológicos. Entre higiene bucal, saúde bucal e bem-estar geral. Alavancar o trabalho com os pais para promover a higiene bucal em crianças com TEA é promissor, dado o papel fundamental que os pais desempenham no apoio à higiene bucal e à saúde bucal de todas as crianças e a maior influência do apoio dos pais para crianças com TEA, particularmente entre crianças com DI comórbida.(13, 14, 15, 16, 17).
A má higiene bucal é apontada como a base de problemas de saúde bucal em crianças com TEA 11. Visando a avaliação da mediação como forma de estímulo para aperfeiçoar a higiene bucal de crianças com TEA, estudos foram realizados observando efeitos potencialmente substanciais para problemas de comportamento infantil, sugerindo a possibilidade de que o melhor gerenciamento do comportamento possa refletir um mecanismo central de tratamento. Ensaios futuros se beneficiaram de serem desenvolvidos especificamente para testes de mediação e do uso de medidas com maior sensibilidade para detectar mudanças na qualidade da higiene bucal. A integração da tecnologia de escova de dente inteligente pode ajudar na precisão da medição 18 .
Nessa perspectiva, problemas de comunicação restritos e sensibilidades sensoriais aumentadas de crianças com autismo causam aos pais várias dificuldades em fornecer higiene bucal de qualidade. Nesses achados,o número de crianças que não escovava os dentes era extremamente alto, e a maioria das crianças com TEA escovava os dentes com a ajuda do pai/cuidador. Como resultado semelhante a estudos anteriores, encontra-se má higiene oral e
aumento da doença periodontal em crianças com TEA. Isso mostra que os pais desempenham um papel importante na melhoria do estado de higiene bucal de crianças com autismo. Por meio de informações e exames regulares, os autistas mostraram um aumento significativo em seu nível de cuidado da higiene bucal, e são necessárias abordagens especiais desenvolvidas para este fim 19. Nesse prisma, vê-se quão importante é o papel dos pais no cuidado oral de seus filhos, sobretudo aqueles portadores do Transtorno do Espectro Autista. Assim sendo, o conhecimento paternal sobre seus filhos deve prevalecer, uma vez que o manejo pode ser melhor, além do dever de ser realizado o quanto antes.
De acordo com Onole Kirzioglu12, crianças com TEA apresentaram maiores taxas de bruxismo, limitação de abertura bucal e desarmonias oclusais, como visto em estudos anteriores. O bruxismo, que pode ser causado por autolesão, medicamentos usados e problemas musculares, pode ser considerado um fator de limitação da abertura bucal e desarmonias oclusais. Autores de outro estudo realizado descobriu que o bruxismo foi visto com muito menos frequência em crianças com TEA que iniciaram sua educação especial antes dos três anos de idade. O diagnóstico precoce do autismo tem vantagens em termos de crianças e famílias, pois a educação necessária e as abordagens sociais, comunicacionais e comportamentais direcionadas podem ser alcançadas precocemente 20. Com base nessa análise, faz-se preciso o diagnóstico do autismo o quanto antes, visando a agilidade no processo bucal da criança. Essa ação, certamente, diminuirá os índices de doenças bucais.
Portanto, os autores estudados corroboram entre si a ideia de que iniciar a educação especial em idade precoce em crianças com TEA têm efeitos positivos na eliminação do bruxismo e dos problemas que podem surgir devido a deficiências nessa área 21.
Dessarte, a higiene bucal pode ser uma tarefa desafiadora devido à sua incapacidade de se comunicar adequadamente e problemas relacionados a padrões comportamentais. Além disso, as crianças que sofrem de autismo podem necessitar de medicamentos específicos ou podem estar na prática contínua de hábitos orais perniciosos que podem se manifestar de maneiras incomuns. Casos de trauma são mais frequentes nestas crianças devido à maior frequência de casos de convulsão 22.
Sendo assim, crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) geralmente não são capazes de cooperar durante o tratamento odontológico devido à sua dificuldade de interação. Assim sendo, Alttamad também observou que é difícil lidar com uma criança autista durante o processo de tratamento. No entanto, sabe-se que uma criança deve ser preparada para o tratamento odontológico, principalmente por meio de reforço mental antes do tratamento bucal da mesma 20.
Em síntese, percebe-se quão relevante deve ser o manejo odontopediátrico em pacientes portadores do Transtorno do Espectro Autista, uma vez que, grandes são os números de crianças com problemas bucais, seja pela má higienização ou pela falta de cuidados dos pais, o que causa diversas consequências orais aos indivíduos com Transtorno de Espectro Autista.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desse modo, verifica-se que os portadores do Transtorno do Espectro Autista enfrentam desafios no atendimento odontológico, apesar de haver uma menor incidência de cáries nesses estudos. Nesse sentido, ressalta-se o papel dos pais, que desempenham fundamental importância na manutenção de uma boa saúde oral das crianças. Ademais, questões importantes de manejo foram abordadas de modo que as atitudes e práticas dos CD frente às crianças autistas devem ser corretas e com cuidado, bem como suas habilidades e dotes, a fim de fornecer um atendimento odontológico, sem dúvidas, baseado na necessidade de cada criança especial.
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