MANEJO DA CEFALEIA NA PEDIATRIA

MANAGEMENT OF HEADACHE IN PEDIATRICS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7879230


Lívia Maria Figueiredo Teles de Araújo1
Edmundo Machado Ferraz Neto2
Maria Clara Oliveira Padilha Diniz
Amanda Hatsue Santana Endo4
Renata Antonia Aguiar Ribeiro5
Clara Maria Pinto Tenorio6
Francisco Rodrigues Nascimento Júnior7
Karoline de Souza Oliveira8
Lucas Luan de Medeiros Santos9
José Marcelo de Azevedo Beserra10
Fernanda Moreira Fagundes Veloso11
Débora de Araujo Paz12


RESUMO

Introdução: As cefaleias primárias se caracterizam como uma queixa frequente em diversos pronto atendimentos pediátricos e consultórios tendo uma alta taxa de prevalência. Com a classificação de cefaleias se estabelece um diagnóstico, prognóstico e tratamento, dessa forma reconhecendo a influência da doença no desenvolvimento psicológico, ambiental e desenvolvimento social, impedindo danos na qualidade de vida dando prioridade à promoção de um desenvolvimento infantil saudável. Objetivo: Identificar o manejo da cefaleia na pediatria. Método: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Assim foram realizadas as seguintes etapas: 1- Elaboração da pergunta norteadora; 2- Amostragem da literatura; 3- Coleta de dados; 4- Análise crítica dos estudos incluídos; 5- Discussão dos resultados; 6- Apresentação da revisão/conclusão. Sendo assim, foi possível estruturar a pergunta norteadora: “Qual o manejo da cefaleia na pediatria?”. A elaboração do levantamento metodológico para a pesquisa foi realizada no período de abril de 2023, as bases de dados foram utilizadas foram a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, utilizando os Descritores de Ciências em Saúde, sendo eles: Cefaleia, Manejo da dor e Pediatria, sendo cruzados com operador booleano AND. Em seguida, foi selecionado o quantitativo de oito artigos para compor o corpus de análise. Resultados: Durante os episódios de dor é necessário que se inicie o tratamento da cefaleia o quanto antes, de preferência durante a apresentação dos pródromos como forma de aumentar a eficácia das drogas utilizadas. O abuso de analgésicos é amplamente considerado na cronificação de cefaleia episódicas, não somente nas crianças, mas também nos adultos, por isso é de extrema importância que a equipe multiprofissional que atuam no setor primário de saúde possuam ampla visão dos hábitos de sua comunidade e um conceito ampliado de saúde, antes de se iniciar o tratamento de um episódio agudo. Conclusão: Por fim, foram identificadas diversas estratégias para que se tenha o manejo da criança com cefaleia, sendo um sintoma de alta prevalência com diversas peculiaridades e grande morbidade na população pediátrica. Diversos fatores como os psicológicos, biológicos e genéticos devem ser levados em consideração na escolha do melhor plano terapêutico para o paciente.

Palavras-chave: Pediatria, Manejo da dor, Cefaleia. 

ABSTRACT

Introduction: Primary headaches are characterized as a frequent complaint in several pediatric emergency rooms and offices, with a high prevalence rate. With the classification of headaches, a diagnosis, prognosis and treatment is established, thus recognizing the influence of the disease on the psychological, environmental and social development, preventing damage to the quality of life, and prioritizing the promotion of a healthy child development. Objective: Identify headache management in pediatrics. Methods: The present study is an integrative literature review. Thus, the following steps were taken: 1- Elaboration of the guiding question; 2- Literature sampling; 3- Data collection; 4- Critical analysis of the included studies; 5- Discussion of the results; 6- Presentation of the review/conclusion. Therefore, it was possible to structure the guiding question: “What is the management of headache in pediatrics?”. The elaboration of the methodological survey for the research was carried out in the period of April 2023, the databases used were Latin American and Caribbean Literature in Health Science and Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, using the Science Descriptors in Health, namely: Headache, Pain management and Pediatrics, being crossed with the Boolean operator AND. Then, the quantity of eight articles was selected to compose the analysis corpus. Results: During episodes of pain, it is necessary to start headache treatment as soon as possible, preferably during the onset of prodromes as a way to increase the effectiveness of the drugs used. The abuse of analgesics is widely considered in the chronicity of episodic headaches, not only in children, but also in adults, which is why it is extremely important that the multidisciplinary team working in the primary health sector have a broad view of the habits of their community and an expanded concept of health, before initiating the treatment of an acute episode. Conclusions: Finally, several strategies were identified for the management of children with headache, which is a highly prevalent symptom with several peculiarities and high morbidity in the pediatric population. Several factors such as psychological, biological and genetic must be taken into account when choosing the best treatment plan for the patient.

Keywords: Pediatrics, Pain management, Headache.

1. INTRODUÇÃO

As cefaleias primárias se caracterizam como uma queixa frequente em diversos pronto atendimentos pediátricos e consultórios tendo uma alta taxa de prevalência. A cefaleia durante a infância apresenta várias causas, desde as benignas como a desencadeada pela febre, até as condições clínicas de prognósticos mais delicados como as causadas por tumores (SIQUEIRA, 2011). 

Com as considerações éticas na condução de ensaios clínicos com esse público, muitos tratamentos farmacológicos aprovados possuem restrições de idade. Na estimativa que 50% das crianças e adolescentes sofrem com dores de cabeça de forma recorrente, sendo a cefaleia do tipo tensional e a migrânea, sendo as mais comuns na pediatria. Para que ocorra a classificação das cefaleias deve-se considerar a questão do tempo dessa apresentação clínica, sendo assim divida em três principais tipos: cefaleia aguda, crônica recorrente, crônica progressiva (KACPERSKI et al., 2017).

Com a classificação de cefaleias se estabelece um diagnóstico, prognóstico e tratamento, dessa forma reconhecer a influência da doença no desenvolvimento psicológico, ambiental e desenvolvimento social, impedindo danos na qualidade de vida dando prioridade a promoção de um desenvolvimento infantil saudável (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CEFALEIA, 2017).

A cefaleia é uma queixa comum na pediatria e, quando esporádica geralmente não costuma interferir na rotina da criança, contudo quadro recorrentes tendem a gerar um comprometimento das atividades habituais sendo uma relevante causa de absenteísmo escolar e de procura aos serviços de saúde (ROLLE et al., 2020). 

Seu tratamento profilático deve ser considerado em crianças cujas dores ocorrem com uma frequência de quatro ou mais crises por mês, baixa tolerabilidade nas terapias abortivas ou incapacidade significativa. Com isso, é necessário que seja direcionado com a finalidade de reduzir a frequência da dor de cabeça e diminuir a incapacidade. Diante disso, apesar da migrânea ser um problema frequente e com forte impacto na população pediátrica, a maioria das crianças que se apresentam ao médico com queixa de migrânea e que têm indicação de tratamento profilático não o recebe (SANGERMANI et al., 2017).

Para que se tenha uma alteração desse quadro, é relevante que se tenha a educação sobre fatores de risco e mudanças no estilo de vida, sendo partes essenciais de qualquer plano de tratamento de cefaleia, sendo instruído sobre a importância de possuir exercícios físicos regulares, manter uma boa higiene do sono, pois isso se relaciona com a melhora da dor bem como o bem estar e saúde e manter uma dieta rica em vegetais e proteínas (GREEN et al., 2016). Essas informações reforçam a relevância desse estudo, que possui como objetivo identificar o manejo da cefaleia na pediatria. 

2. MÉTODO

O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que consiste em abordagens metodológicas mais amplas entre as revisões (SOUSA et al., 2017). Essa metodologia possui principal finalidade de gerar síntese de como os resultados foram adquiridos na pesquisa sobre uma determinada temática, de forma literária e ordenada concedendo assim diversas informações amplas, permitindo os estudos experimentais e não experimentais para que seja possível a compreensão completa de um fenômeno estudado (ANDRADE et al., 2017). 

Assim foram realizadas as seguintes etapas: 1- Elaboração da pergunta norteadora; 2- Amostragem da literatura; 3- Coleta de dados; 4- Análise crítica dos estudos incluídos; 5- Discussão dos resultados; 6- Apresentação da revisão/conclusão (SOUZA et al., 2010). Sendo assim, foi possível estruturar a pergunta norteadora: “Qual o manejo da cefaleia na pediatria ?”.

O método de pesquisa que possui relevância por realizar a busca, síntese e análise do que existe de produção sobre determinado fenômeno, além de possuir como objetivo a formação de novos questionamentos sobre a temática abordada com críticas e reflexões, auxiliando assim na identificação de lacunas existente e em seguida no avanço de novos conhecimentos (MENDES et al., 2008). 

A elaboração do levantamento metodológico para a pesquisa foi realizada no período de abril de 2023, as bases de dados foram utilizadas foram a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) utilizando os Descritores de Ciências em Saúde (DeCS), sendo eles: Cefaleia, Manejo da dor e Pediatria, sendo cruzados com operador booleano AND. 

Dessa forma, foram apresentados 61 estudos os quais passaram pela análise dos resumos e critérios de elegibilidade. Ao aplicar as estratégias de busca nas bases de dados, os artigos foram transferidos para uma pasta reservada no computador em formato de arquivo RIS. Em seguida, os arquivos foram transportados para o software Rayyan, que se caracteriza como uma ferramenta gratuito e online, que auxilia na triagem dos estudos de uma revisão, minimizando erros (OUZZANI et al., 2016).

Assim que os estudos estavam disponíveis no Rayyan, os dois revisores que continham pleno conhecimento dos critérios de inclusão/exclusão que de forma independente e em duplo cego detectaram as duplicidades, mantendo-se apenas uma versão válida de cada documento científico. Após a exclusão de duplicatas, seguiu-se com a análise de títulos e resumos para verificar a temática e tipo de estudo de cada documento científico. Em seguida, os artigos elegíveis foram lidos na íntegra. 

Os critérios de inclusão adotados foram: (I) estudos que respondem a questão norteadora sobre o manejo da cefaleia em pacientes pediátricos, a partir da leitura do título e resumo; II) período de publicação entre os anos de 2016 a 2022; III) estar nos idiomas português, inglês ou espanhol; IV) artigos originais, disponíveis na íntegra.

Como critério de exclusão decidiu-se por não utilizar artigo que não estava ajustado ao objeto de estudo, que fugiram do tema proposto pelos autores, os que se encontravam duplicados nas bases de dados eletrônicas, textos que encontram-se incompletos, indisponível na íntegra, as revisões de literatura, guias, manuais técnicos e cartas ao leitor. Em seguida, foi selecionado o quantitativo de oito artigos para compor o corpus de análise de artigos elegíveis.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com os estudos encontrados, a dor frequentemente é a principal queixa associada à dor no pronto socorro devido a lesões agudas e doenças crônicas. Com isso o seu controle e manejo se torna fundamental para a maioria das crianças atendidas no pronto socorro e os profissionais de saúde que trabalham nesse ambiente possuem a necessidade de dominá-lo para que tenha o controle da dor (BAILEY et al., 2016).

A prevalência da cefaléia em crianças menores de 10 anos é estimada em 56%, no entanto a prevalência de cefaleía em crianças com epilepsia é estimada em cerca de 20% a 59%, sendo a enxaqueca prevalente em 14% a 32% o que é significativamente maior que a prevalência na população geral. Além disso, as dores de cabeça também podem estar associadas a convulsões (JACOBS et al., 2016). 

Durante os episódios de dor é necessário que se inicie o tratamento da cefaleia o quanto antes, de preferência durante a apresentação dos pródromos como forma de aumentar a eficácia das drogas utilizadas. Os medicamentos utilizados no tratamento de cefaleia em adultos não podem ser o mesmo utilizados em crianças, pela falta de estudos relacionando informações seguras sobre a farmacodinâmica, farmacocinética e propriedade tóxicas dessa droga na população infantil. Os anti-inflamatórios não hormonais, são muito utilizados e seguros dentre eles é destacado o paracetamol sendo considerado como uma droga de primeira escolha de tratamento a curto prazo (MASTRANGELO et al., 2021). 

O abuso de analgésicos é amplamente considerado na cronificação de cefaleia episódicas, não somente nas crianças, mas também nos adultos, por isso é de extrema importância que a equipe multiprofissional que atuam no setor primário de saúde possuam ampla visão dos hábitos de sua comunidade e um conceito ampliado de saúde, antes de se iniciar o tratamento de um episódio agudo. Visto que boa parte do tratamento dos quadros agudos de cefaleia começa bem antes do início dos episódios de dor, através da educação destes pacientes e seus familiares (EPARHAM et a., 2019).

É preciso que se tenha o reconhecimento em crianças que podem ou não verbalizar sua dor, devendo ser observado quanto aos sinais de comportamento de dor como ansiedade, agitação, choro, cerrar os dedos, ranger de dentes, má alimentação, irritabilidade e afastamento das atividades ou contorções. Alterações fisiológicas também são observadas como o aumento da frequência respiratória, taquicardia, hipertensão, palidez, rubor, sudorese e aumento do tônus muscular (BAILEY et al., 2016).

A utilização de Medicina Alternativa Complementar, é comum na população e em crianças com doenças neurológicas, embora seu uso seja generalizado, a medicina integrativa se concentra em tratar a pessoa como um todo, integrando a medicina convencional com métodos, mente, corpo e espírito. Ferramentas e conhecimento para provedores podem aliviar as restrições de tempo e melhorar a confiança em aconselhar e educar pacientes e familiares no manejo da cefaléia (KEDIA et al., 2016).

Intervenções baseadas em mindfulness, são bem toleradas por adolescentes com vários problemas de saúde, praticar com regularidade, no contexto da dor crônica, permite um aumento da consciência do momento presente. Isso acarretará em menos incremento na capacidade de lidar com a dor e maior tolerância. Consequentemente, irá promover um menor sofrimento relacionado à patologia base, melhorando globalmente a qualidade de vida do praticante (RAJ et al., 2019).

Essa prática promove a restauração do bem-estar psicológico, ensinando diversas técnicas mente-corpo que são baseadas em evidências que equilibram o funcionamento fisiológico, estimulando assim a autoconsciência e a regulação emocional e aprimoram a imaginação e intuição. Essas técnicas incluem uma variedade de práticas de concentração como meditações ativas e atenção plena incluindo a respiração lenta e profunda, movimento e alimentação consciente (AALSMA et al., 2020).

4. CONCLUSÃO

Por fim, foram identificadas diversas estratégias para que se tenha o manejo da criança com cefaleia, sendo um sintoma de alta prevalência com diversas peculiaridades e grande morbidade na população pediátrica. Diversos fatores como os psicológicos, biológicos e genéticos devem ser levados em consideração na escolha do melhor plano terapêutico para o paciente.

Mesmo com as melhorias observadas no manejo da dor em crianças no pronto socorro durante os últimos anos, ainda tem muito a ser realizado, lacunas significativas no conhecimento permanecem para estratégias não farmacológicas quanto para tratamento farmacológico. 

REFERÊNCIAS

AALSMA, M. C. et al. Mind-body skills groups for adolescents wint depression in Primary Care: a pilot study. Journal of pediatric health care. V. 34, n. 5, p. 462-469, 2020.

BAILEY, B. et al. Managing pediatric pain in the emergency department. Paediatr. Drugs. V. 18, n. 4, p. 287-301, 2016. 

GREEN, A. et al. Managing migraine headaches in children and adolescents. Expert Review of Clinical Pharmacology. V. 9, n. 3, p. 477-482, 2016. 

JACOBS, H. et al. Medical comorbidities in pediatric headache. Semin. Pediatr. Neurol. V. 23, n. 1, p. 60-70, 2016. 

KACPERSKI, J. et al. New developments in the prophylactic drug treatment of pediatric migraine: what is new in 2017 and where does it leave us? Current pain and headache reports. V. 21, n. 8, 2017.

KEDIA, S. et al. Complementary and integrative approaches for pediatric headache. Semin. Pediatr. Neurol. V. 23, n. 1, p. 44-52, 2016. 

MASTRANGELO, M. et al. Management of neurological emergencies in Children: na updated overview. Neuropediatrics. V. 52, n. 4, p. 242-251, 2021. 

MENDES, K.D.S., et al. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto e Contexto Enfermagem. v. 17, n. 4, p. 758- 764, 2008.

OUZZANI, M. et al. Rayyan-a web and mobile app for systematicreviews. Syst. Revis. v. 5, n. 1, 2010.

RAJ, S. et al. Effectiveness of mindfulness based cognitive behavior therapy on life satisfaction, and life orientation of adolescents with depression and suicidal ideation. Asian Journal of Psychiatry. V. 39, p. 58-62, 2019.

SANGERMANI, R. et al. The use of nutraceutics in children and adolescent headache. Neurological Sciences. V. 38, p. 121-124, 2017. 

SIQUEIRA, L. F. P. et al. Cefaleias na infância e adolescência. Pediatria Moderna. V. 47, n. 1, 2011.

Sociedade Brasileira de Cefaleia. Dor de cabeça na infância e adolescência. SBC, 2017.

SOUSA, L. M. et al. Metodologia de revisão integrativa da literatura em enfermagem. Rev. investigação em enfer. p. 17-26, 2017.

SOUZA, M. T. et al. Revisão integrativa: o que é e como fazer? Einstein. v. 8, n. 1, p. 102- 106, 2010.


1Acadêmica de Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa Medicina. E-mail: liviafigueiredo13@gmail.com.
2Acadêmico de Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa Medicina. E-mail: edmundoferrazneto@gmail.com
3Acadêmica de Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa Medicina. E-mail: mariaclarappadilha@icloud.com
4Acadêmica de Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa Medicina. E-mail: hatsueamanda@gmail.com
5 Acadêmica de Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa Medicina. E-mail: renata2401@yahoo.com.br
6Acadêmica de Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa Medicina. E-mail: claramt2007@hotmail.com
7Acadêmico de Medicina pelo Centro Universitário Tiradentes. E-mail: francisco.rnascimento@souunit.com.br
8Enfermeira Residente em Enfermagem Obstétrica. E-mail: enf.karolinesouza@gmail.com
9Acadêmico de Enfermagem pela Universidade Federal de Campina Grande. E-mail: lucasluanlua@gmail.com
10Acadêmico de Enfermagem pela Universidade Federal de Campina Grande. E-mail: azevedomarcelo947@gmail.com
11Acadêmico de Medicina pelo Centro Universitário FIPMoc E-mail: fernandafagundesveloso@gmail.com 
12Médica formada pela Universidade Federal da Paraíba. E-mail: deborapazmed@gmail.com