MACHISMO NA REGIÃO NORTE: ASPECTOS CULTURAIS CONTRIBUINTES PARA UMA DAS REGIÕES MAIS MACHISTAS DO BRASIL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7347313


AOYAMA, Iasmin Miyuki Sakakibara
AGRA, Mariana Neves


RESUMO 

O machismo existe na sociedade brasileira desde os tempos coloniais e continua até hoje. Como  resultado do processo de colonização, o machismo começou a se enraizar no Brasil, não apenas pelo  comportamento abusivo dos estrangeiros europeus para com os indígenas, negros e principalmente  com as mulheres, mas também pela doutrinação do catolicismo, que trazia a suposição de que os  homens eram superiores às mulheres, ambos tiveram forte influência na formação das crenças e  valores da sociedade brasileira. Devido a acontecimentos históricos ocorridos por volta do século XIX,  pessoas migraram para a região Norte em busca de grandes riquezas e novas oportunidades, e o  resultado dessa migração foi a enorme influência dos europeus na formação da cultura nortista, que  consequentemente fez com que o machismo fosse enraizado na região Norte. A misoginia e o sexismo  derivado do machismo são os principais motivos da desvalorização da mulher, portanto, por meio de  revisão de literatura e estatísticas, este estudo visa destacar porque a região norte é uma das regiões  mais machistas do país, e como essas motivações persistem por toda a cultura até os dias atuais. 

Palavras-chave: Machismo. Norte. Cultura. Colonização. 

ABSTRACT 

Machismo has existed in Brazilian society since colonial times and continues to this day. As a result of  the colonization process, machismo began to take root in Brazil, not only due to the abusive behavior  of European foreigners towards indigenous peoples and blacks, mainly towards women, but also due  to the indoctrination of Catholicism, which brought the assumption that men were superior to women,  both had a strong influence on the formation of beliefs and values in Brazilian society. Due to historical  events that took place around the 19th century, people migrated to the North region in search of great  wealth and new opportunities, and the result of this migration was the enormous influence of Europeans  in the formation of northern culture, which consequently made machismo was rooted in the North region.  Misogyny and sexism derived from machismo are the main reasons for the devaluation of women,  therefore, through a literature review and statistics, this study aims to highlight why the northern region  is one of the most sexist regions in the country, and how these motivations persist. throughout the culture  to the present day. 

Keyword: Chauvinism. North. Culture. Colonization. 

RESUMEN 

El machismo ha existido en la sociedad brasileña desde la época colonial y continúa hasta nuestros  días. Como resultado del proceso de colonización, el machismo comenzó a arraigarse en Brasil, no  solo por el comportamiento abusivo de los extranjeros europeos hacia los indígenas y los negros,  principalmente hacia las mujeres, sino también por el adoctrinamiento del catolicismo, que trajo la  suposición de que los hombres eran superiores a las mujeres, ambos tuvieron una fuerte influencia en  la formación de creencias y valores en la sociedad brasileña. Debido a hechos históricos ocurridos  alrededor del siglo XIX, las personas migraron a la región Norte en busca de grandes riquezas y nuevas  oportunidades, y el resultado de esta migración fue la enorme influencia de los europeos en la formación de la cultura norteña, lo que consecuentemente hizo que el machismo se arraigó en la región norte.

La  misoginia y el sexismo derivados del machismo son las principales razones de la desvalorización de la  mujer, por ello, a través de una revisión bibliográfica y estadísticas, este estudio pretende evidenciar  por qué la región norte es una de las más sexistas del país, y cómo persisten estas motivaciones. a lo  largo de la cultura hasta nuestros días. 

Palabras clave: Chauvinismo. Norte. Cultura. Colonización. 

1 INTRODUÇÃO 

Estudo realizado de forma exploratória, qualitativa e quantitativa buscando  aspectos históricos que fortalecem o machismo na região norte, por meio de pesquisa  bibliográfica e estatísticas. 

O machismo se faz presente no Brasil desde o início da sua história, período  da colonização, que ocorreu entre os anos de 1500 a 1530, quando os Europeus  encontraram riquezas nas terras brasileiras e a habitaram para exploração da terra e  do povo indígena. Evidenciando que o machismo no Brasil tem raízes mais profundas  do que se imagina, busca-se por meio de um estudo apresentar as razões históricas  pelas quais a região apresenta essa premissa, procurando investigar o início de tudo,  desde a colonização e como esse processo contribuiu para o enraizamento do  machismo através da cultura na região Norte.  

O machismo ainda muito presente nos dias de hoje prejudica não somente as  mulheres como também os homens, pelo fato de ambos serem colocados em caixas,  ou seja, limitações de comportamentos que se deve ter ou não por pertencer a um  gênero, evidenciando certas características, sendo obrigados a seguir um padrão.  Aspectos que potencializam a doença mental não só do oprimido, mas também do  opressor. Através dos dados obtidos nessa pesquisa podemos entender a raiz do  problema e trabalhar para que o machismo não continue enraizado na cultura  brasileira e seja visto como ele realmente é, preconceito.  

2 COLONIZAÇÃO DO BRASIL 

Com a chegada dos Portugueses e Espanhóis no Brasil, ocorreu o primeiro  contato com os povos Indígenas. Logo após esse contato, foi possível notar a  diferença de cultura em relação a bens materiais, passaram a enganar e explorar os  índios mostrando a sua “superioridade” através de riquezas, persuasão e força. Aos  poucos esse processo foi evoluindo para uma relação de escravidão, no qual as mulheres indígenas eram as mais afetadas, pois além de realizarem trabalhos braçais,  eram abusadas pelos Europeus. Logo após chegaram os Navios negreiros, com  povos africanos que também eram escravizados e as Africanas abusadas.  

Nesse meio tempo, o machismo começou a enraizar no Brasil, não só pelos  comportamentos dos estrangeiros, mas também pela Doutrinação Catolicista, que  trazia pressupostos de que o homem era superior à mulher.  

Outra interessante observação cunhada por Lacerda (2010) acerca  
da imagem da mulher neste período trata da percepção da doutrina católica  
acerca destas. Dentre os discursos proferidos pela igreja católica, vigorava a  
associação da mulher ao diabo, concepção esta que destacava a  
periculosidade dos elementos naturais da mulher sob a face da sedução, do  
corpo e do encantamento provido por elas. Nesse sentido, assim como a  
terra, a mulher precisava ter seus ímpetos controlados pela figura masculina.  
Esse processo de “domesticação feminina” ocorria por meio da moralização,  
6 Anais do 16º Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social  
conforme os princípios católicos, e também da justificativa médica, a qual  
confirmava os preceitos moralizantes defendidos pela igreja católica.  
(RODRIGUES, 2018, p.5).

Alguns Indígenas e Africanos que por terem suas próprias crenças e não  aderirem ao Catolicismo foram agredidos e também mortos, para se manterem vivos  esses povos escondiam suas crenças e fingiam ser adeptos a religião que os fora imposta. 

As famílias europeias começaram a se instalar no Brasil, onde ficou evidente  que o machismo varia de acordo com a etnia e classe social.  

As mulheres brancas eram criadas para o casamento e a maternidade. A elas cabiam o recato, a permanência no âmbito doméstico privado, podendo utilizar-se do ambiente público somente em suas esparsas idas às missas. A violência também era perpetuada entre as próprias mulheres brancas e negras perante sua rivalidade, haja vista o fato de que, por inúmeras vezes, mulheres brancas em momentos de ciúme e ódio ordenavam à morte ou ao tronco as escravas amantes do patriarca. A branca frígida era comparada à negra fogosa, nesse sentido, a mulher branca, condenada ao casamento e à maternidade, era excluída de qualquer prazer erótico, sendo reservada a procriação. A igreja intervia diretamente nas situações de adultério feminino, mas não o fazia quando as mesmas situações eram protagonizadas por homens, antes o contrário, legislações como o Código Felipino (permitiam que o homem traído matasse sua esposa, caso assim o desejasse). (RODRIGUES, 2018, p.6).

A moça branca vinda de fora era pra casar, porém a moça escravizada  (Indígena e Africana), era apenas para trazer prazer ao seu senhor, na maioria das  vezes através da violência sexual, e não somente aos seus senhores, pois também  eram comercializadas para cunhos sexuais.

3 MIGRAÇÃO PARA A REGIÃO NORTE 

Durante o processo de colonização do Brasil, a região Amazônica começou a  chamar atenção, pois os colonizadores buscavam El Dourado, uma cidade lendária  que acreditavam ser uma cidade feita de ouro que estaria localizada no meio de uma  floresta sul-americana, em meio a essa busca foi encontrado o Pau-Brasil localizado  na Mata Atlântica. Durante a passagem pela região Amazônica na busca por El  Dourado, foi notado a vasta variação de vegetação na região, o que contribuiu para a  volta dos Europeus. 

A riqueza vegetal de sua extensa área verde sempre atraiu o homem branco, que visava o comércio das drogas, de seus produtos naturais, de suas madeiras preciosas, tão abundantes na floresta equatorial. Era o  
extrativismo vegetal que predominava. O botânico, o homem de ciência, encontrou na Amazônia um vasto campo para seus estudos e experiências, por causa da enorme variedade das espécies que caracteriza a sua flora. Do mesmo modo, o zoólogo se espanta diante das formas do mundo animal, que prolifera naquela zona quente e úmida, naquele meio sombrio e aquoso, e onde os animais de grande porte não sobrevivem. (CASADEI, s.d., p. 62)

A região Norte teve uma maior influência dos Europeus durante o Ciclo da  Borracha e da Construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, fortalecendo o  machismo já enraizado na nossa cultura no processo de colonização. 

4 LENDAS FOLCLÓRICAS DA REGIÃO NORTE 

As principais lendas folclóricas surgiram na junção dos povos Indígenas,  Africanos e Europeus na colonização e perpetuam até hoje na sociedade. A construção de gênero criada pelo machismo se enraizou na sociedade  brasileira em uma proporção enorme, onde continua sendo espalhado de forma  velada, apesar de uma parte da população ter consciência de como o machismo afeta  a sociedade, ele ainda acaba passando despercebido por meios culturais. Lendas folclóricas Nortistas que são machistas de forma velada: 

Iara: Iara era uma guerreira corajosa e bonita, que por ser forte despertou a  inveja dos seus irmãos que planejaram sua morte. No dia planejado, os irmãos  começaram a brigar com Iara que com seus poderes conseguiu se defender os  matando. Após a morte de seus irmãos, Iara tentou fugir da punição de seu pai  que era o Pajé da tribo, o mesmo a encontrou e lhe jogou no rio da Floresta  Amazônica, onde ela foi encontrada por peixes e transformada em sereia.  Como sereia, Iara emitia um canto atraente, doce e suave. Os homens eram  seduzidos por seu canto e levados até o fundo das águas para morrerem

afogados. Os que conseguiam resistir ao canto da Sereia ficavam loucos, e  recuperavam a sanidade somente sendo curados por um Pajé. 

A lenda da Iara teve origem na Grécia, os gregos acreditavam que sereias eram  metade Humanos metade Pássaros. Os portugueses atribuíram características de  peixe a Iara no século XV, quando iniciaram a colonização e atravessaram o oceano  Atlântico. Eles achavam que quando uma navegação desaparecia no horizonte do  mar, elas teriam caído em um abismo ou sido comidas por monstros marinhos. No  avanço da colonização para a região Norte, a Floresta Amazônica que era estranha  para os europeus, se tornou um cenário que fez com que a lenda de Iara passasse  por adaptações para a cultura indígena, e também africana pois Iara também é  relacionada a Iemanjá, a deusa do mar. 

O machismo está presente na lenda de Iara desde a Europa, quando os  portugueses a idealizam como uma sereia, e na crença dos mesmos, o mar possuía  monstros. Na adaptação brasileira, o machismo continua presente, os irmãos de Iara  tentam matá-la por ela ser uma guerreira forte e de poder, não aceitando que sua Irmã  seja mais forte que eles. Iara assassina os irmãos por defesa, e mesmo assim sofre  uma punição severa de seu pai que atira a moça no rio, quando Iara se torna sereia  vem novamente a atribuição de um monstro aquático, Iara encantava os homens, os  matavam ou os deixavam loucos. O fato de Iara ser uma mulher bonita de canto doce  tem ligação com a religião católica, onde a mulher era associada ao diabo por causa  do corpo, do encantamento e sedução que a mesma poderia exalar sobre os homens  assim sendo perigosa. 

Boto cor de Rosa: Em noites de lua cheia ou em festas, um homem bonito,  galanteador, todo de branco e de chapéu aparecia, seduzia as moças, tinha  relações sexuais com elas e no outro dia, sumia. Algumas vezes essas moças  engravidavam e seus filhos eram conhecidos como filho do Boto. 

O primeiro registro sobre a lenda do Boto surgiu no século XIX, acredita-se que  a lenda tenha disso traga pelos Europeus ou Africanos. A lenda tem uma forte conexão  com a forma que os gregos enxergavam os golfinhos, o que atribui uma maior  relevância ao fato de que os Europeus que deram influência a lenda, por serem ligados  a lendas gregas. 

A lenda do boto cor de rosa foi criada num ato de esconder violência sexual  praticada com mulheres ribeirinhas. As mulheres se calavam diante da violência por  medo, vergonha e por muitas vezes o abuso vir de pessoas da própria família.

A  mulher é vista na lenda como alguém que serve apenas para dar prazer ao Boto, pois  de acordo com a lenda o mesmo sai do rio, tem relações com uma moça e some. Não  há uma preocupação em parar o “Boto”, mas sim em fazer as moças se resguardarem  dele, pois ele é o garanhão que está a solta e pode ter seu prazer com diversas  mulheres diferentes, algumas vezes engravidá-las e mesmo assim continuar no seu  percurso livremente. Até hoje, mesmo sabendo que um Boto se transformar em  homem é algo cientificamente impossível, ainda se vê pessoas denominadas de filhos  do Boto, as quais a sociedade não procura entender o que realmente aconteceu com  a mãe da criança, apenas atribuiu um julgamento a mesma, “Abrindo as pernas ao  primeiro que aparece”, “Ninguém mandou cair na lábia do Boto”. A mulher continua a  ser discriminada por muitas vezes ter sido violentada, e em casos raros por querer  usufruir do prazer da mesma forma que o homem, onde o mesmo tem respaldo da  sociedade.  

O sistema do disque 100 registrou, de 2011 a 2018, mais de 163 mil denúncias  de violência sexual contra meninas. Na região norte, foram cerca de 5,6 mil vítimas.  Além disso, na maioria dos casos, os abusadores são pessoas da própria família ou  próximas.  

5 RELIGIÃO NA REGIÃO NORTE 

Com a chegada dos Portugueses no Brasil, veio também o Cristianismo, que  através do Catolicismo pregava a desigualdade de gênero. Uma das histórias bíblicas  que até hoje sustentam o machismo é a história de Adão e Eva, onde na interpretação  do Catolicismo presente na época e em algumas igrejas da atualidade, Adão foi o  primeiro a ser criado na imagem e semelhança de seu criador, o dono de toda a  sabedoria existente, criador do universo, e Eva foi tirada da costela de Adão para que  o mesmo não ficasse sozinho, onde foi interpretado que Eva foi criada para dar  suporte à Adão e para o fazer companhia. Eva foi a que se rendeu ao pecado, mordeu  a maçã e convenceu Adão a morder, fazendo com que a mulher fosse associada a  imagem de que precisa de proteção, orientação, supervisão da figura masculina.  

A Igreja Católica que visava dinheiro, cobrava para que pudesse libertar um  indivíduo de seu pecado, então estava do lado dos ricos os fazendo acreditar que  estavam isentos de seus pecados por sempre pagarem para serem absolvidos de  seus atos.

A insatisfação e as críticas à Igreja Católica tiveram seu ápice em Martinho  
Lutero, monge agostiniano e professor de Teologia. Lutero estava insatisfeito  
com cetas condutas da Igreja, sobretudo com as indulgências, que eram  
comuns na Igreja Católica da época. Nesse contexto, essa prática acontecia  
por meio dos dízimos feitos pelos fiéis para a Igreja em troca do perdão de  
seus pecados. (HISTÓRIA DO MUNDO, 2020?)..

Se baseando na história de Adão e Eva e na tentativa de justificar atos de  adultério, frequentemente praticados por quem os forneciam riquezas a igreja, começou a demonizar a imagem da mulher como se ela fosse levar o homem a ruína  através da sedução, esse pressuposto faz com que o “poder” do homem aumente e  com que a mulher se sinta culpada, faz com que o homem seja apenas “Possuído”  pela imagem da mulher em casos de abuso e adultério. 

Por volta de 1517, ocorreu a reforma protestante, formada por indivíduos que  discordavam da igreja Católica, dando início a igreja Evangélica, religião que apesar  de discordâncias da igreja Católica também possui bases machistas por meio de  interpretações bíblicas, bases estas que são presentes em algumas igrejas atuais que  pregam a religião. O evangelismo chegou ao brasil por volta de 1824. 

Com a chegada do evangelismo, o Brasil vivia em uma País onde as religiões  pregadas e aceitas faziam parte do Cristianismo. De acordo com uma pesquisa  realizada em 2019 na região Norte, pelo Datafolha, 50% da população da região são  católicos, 39% evangélicos e 11% alegaram não possuir religião. Como se pode ver  89% da população Nortista faz parte do cristianismo, onde desde de seus primórdios  tem interpretações machistas da bíblia. 

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

É possível constatar que a região Norte teve grande influência dos Europeus  na formação da cultura, costumes, valores e crenças, que prevalecem até os dias  atuais, resultando no enraizamento do machismo na região. 

Observando os aspectos apresentados, pode-se afirmar que o machismo se  manifesta de diversas maneiras e na maioria das vezes de forma velada, propagando  e normalizando de forma inconsciente, falas, atitudes e atos machistas. 

O machismo é fruto da “descoberta” do nosso País, que expandiu lado a lado  com os preconceitos vindos dos Europeus, os detentores do Poder que através da  violência nos obrigaram a seguir suas regras, que resultou numa cultura com base machista.

Cultura essa que provoca o adoecimento, pois violenta a mulher de diversas  formas desde seu nascimento, e obriga o homem a seguir padrões. É necessário refletir e discutir sobre nossas atitudes e falas, estar atento, para  que não continuemos propagando e normalizando atitudes que oprimem e ferem uma  minoria e adoecem uma sociedade. 

7 REFERÊNCIAS 

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ANEXO A – ESTATÍSTICAS USADAS NA PESQUISA 

Gráfico 1: Comentários machistas e preconceituosos mais reproduzidos nas regiões Centro-Oeste e Norte.

Fonte: Elaborada pelo Ibope a pedido da cerveja skol (2017) 

Grafico 2: Estatísticas sobre falas machistas 

Fonte: Elaborada pelo Ibope a pedido da cerveja skol (2017)

Gráfico 3: Estática mostra a distribuição de religiões de cada região do Brasil. 

Fonte: Data folha (2020)