LITERACIA EM SAÚDE DE PESSOAS IDOSAS: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8051474


Regina Consolação dos Santos;
Matheus Fellipe Alves Justo;
Núbia Pereira de Camargos;
Maura Moreira Marques;
Amanda Cristina Teixeira do Prado;
Samuel Carlos da Silva Marques;
Ywia Danieli Valadares;
Alysson Geraldo Mendonça;
Flávia Prado Rocha;
Ricardo Bezerra Cavalcante.


RESUMO

Introdução: A literacia em saúde para idosos é crucial devido à sua vulnerabilidade e dificuldade em buscar informações sobre cuidados de saúde, afetando negativamente sua qualidade de vida. Objetivo: Analisar a literacia em saúde de idosos, sua influência na qualidade de vida e comportamento relacionado aos efeitos da literacia. Métodos: Revisão integrativa de literatura incluindo artigos publicados nos últimos 5 anos em bases de dados como PUBMED, BDENF, LILACS e MEDLINE. Resultados: Foram selecionados 17 artigos que indicaram correlação entre escolaridade, letramento em saúde e melhor entendimento da condição de saúde. Conclusão: São necessários mais estudos sobre literacia em saúde, apesar da prevalência de ensaios clínicos randomizados de boa qualidade científica.

Palavras-chave: Literacia em saúde, saúde do idoso, educação em saúde.

ABSTRACT

Introduction: Health literacy for older adults is crucial due to their vulnerability and difficulty in seeking information about healthcare, negatively affecting their quality of life. Objective: To analyze health literacy among older adults, its influence on quality of life, and behavior related to the effects of health literacy. Methods: Integrative literature review including articles published in the last 5 years in databases such as PUBMED, BDENF, LILACS, and MEDLINE. Results: Seventeen articles were selected, indicating a correlation between education, health literacy, and better understanding of health conditions. Conclusion: More studies on health literacy are needed, despite the prevalence of high-quality randomized clinical trials.

Keywords: Health literacy, elderly health, health education.

NTRODUÇÃO:

O número de idosos de 60 anos ou mais, era de 202 milhões em 1950, passou para 1,1 bilhão em 2020 e deve alcançar 3,1 bilhões em 2100 segundo dados publicados (ONU, 2019). No Brasil, em especial, houve crescimento de 92% na população idosa em um período de 20 anos, a partir do censo realizado em 2010 (IBGE, 2022). Existem projeções de que em 2030, o número de idosos em nosso país corresponderá a cerca de 20% de toda a população (IBGE, 2021). Ainda que a um ritmo mais lento e de forma desigual, a população mundial continua a crescer e o envelhecimento populacional propõe a demografia dos povos, constituindo-se como uma realidade que precisa da atenção dos governos e das entidades, para obtenção de melhores condições de vida para estes indivíduos (WHO, 2017).

A alfabetização para os idosos na área da saúde, propõe um avanço nas habilidades cognitivas e sociais dos indivíduos compreendendo melhor as informações. Assim, o letramento ou domínio dos conhecimentos, atitudes e habilidades dá autonomia para as pessoas, possibilitando o efetivo cumprimento da cidadania, com seus deveres e direitos dentro da sociedade. Tal fato é o que se entende por literacia. (AZEVEDO, 2009; POLONSKI et al., 2022). Desse modo, a necessidade de munir os indivíduos de conhecimentos dando-os capacidade de tomar decisões importantes, nos mais diversos contextos da sua vida, assume papel decisivo na qualidade de vida da população.

Nesse sentido, literacia em saúde assume grande relevância junto a população idosa, tendo em vista a sua  maior vulnerabilidade com relação ao nível da saúde, e, pela dificuldade de entendimento e busca de informações sobre melhores condições de saúde, quando comparada com grupos etários mais jovens. (MANAFO; WONG, 2012; WHO, 2013). A dificuldade de literacia em saúde nas pessoas idosas pode ter grande relação com a sua capacidade de obter informações relevantes sobre saúde nos tempos atuais onde a tecnologia se faz presente no dia a dia da população, assim como a oportunidade e a capacidade de aplicar a informação nas interações com os profissionais de saúde e os serviços de saúde (TOÇI et al., 2013).

Se uma literacia em saúde limitada afeta negativamente a saúde e os cuidados dos indivíduos e da sociedade em geral, nas pessoas idosas, cujas necessidades são mais profundas e em constante mudança, os efeitos podem ser cada vez maiores. Segundo Almeida e Veiga (2020), a investigação sobre determinantes da saúde relata que a literacia em saúde tem um impacto significativo sobre a qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos, organizações e comunidades. Os mesmos autores constataram que o apoio dos centros de vivencia para os idosos refletem positivamente na literacia destes indivíduos promovendo uma melhor qualidade de vida.

Ademais, torna-se cada vez mais urgente que as pessoas entendam a importância em chegar a velhice nas melhores condições possíveis de saúde. A literacia em saúde adquire, neste contexto, uma importância fundamental, na medida em que se torna elemento de promoção de um envelhecimento ativo e saudável (BARBOSA, 2013).

Sendo assim, o presente estudo tem como finalidade analisar a literacia de pessoas idosas, sua influência na qualidade de vida do idoso e o comportamento desses idosos em relação aos efeitos da literacia em sua vida.

2- MÉTODOS:

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada no ano de 2023. Para a elaboração desse estudo de revisão utilizou-se seis etapas recomendadas. Destaca-se que a primeira etapa refere-se a escolha de um tema e construção de uma questão norteadora, que ocorreu por meio do acrômio PICO, sendo o público-alvo (P), os idosos, a intervenção (I), avaliar como ocorre a literacia em saúde na população idosa, comparação (C), não se aplica e o outcomes/desfechos (O), refere-se a uma maior exposição desses idosos a fake news, principalmente durante o surgimento de uma nova variante do coronavírus, em que junto a ele surgiram diversas duvidas as formas de transmissão, prevenção e tratamento, busca de informações referentes a saúde, fazendo com os idosos adotem hábitos de vida mais saudáveis, possibilitando uma melhora na qualidade de vida desse idoso, intervenções voltadas à alfabetização em saúde, entre outros, com isso a questão norteadora foi: Qual a produção científica de estudos que relatam sobre a literacia em saúde de pessoas idosas? (COSTA EP, 2021, MARINI BPR, et., 2017; SOUZA MT, 2010)

A segunda etapa refere-se ao levantamento bibliográfico por meio das bases de dados, sendo elas: PUBMED, BDENF, LILACS e MEDLINE. Para a busca dos artigos nas bases de dados, realizou-se uma busca avançada, utilizando os descritores obtidos nos Descritores em Ciências da Saúde, como “Letramento em Saúde”, “Competência em Informação”, “Alfabetização”, “Idosos”, “Pessoa Idosa”, os quais foram combinados por meio dos operadores booleanos AND e OR.

A terceira etapa refere-se à utilização critérios de inclusão e exclusão para a seleção dos estudos através das bases de dados, que foram: artigos completos, gratuitos, disponíveis para a leitura, publicados em português, inglês e espanhol, dos últimos 5 anos, sendo excluídos artigos incompletos, indisponíveis, artigos de revisão, monografias, dissertações e teses.

A quarta etapa refere-se a coleta de dados, sendo inicialmente composta pela leitura de títulos e resumos dos estudos obtidos nas bases de dados, sendo essa etapa realizada por uma autora, de forma independente, em seguida realizou-se a leitura dos estudos pela integra. Logo após construiu-se uma matriz de síntese, afim de analisar e discutir os resultados obtidos através dos artigos selecionados pelos autores, tratando-se da quinta e sexta etapa para a elaboração de um estudo de revisão.

Por fim, elaborou-se um fluxograma, detalhando a metodologia utilizada pelos autores, como a quantidade de artigos encontrados, quantos artigos foram selecionados por título e resumo e quantos artigos foram incluídos após a leitura na integra, como mostra na Figura 1.

Figura 1- Fluxograma contendo as etapas de seleção dos artigos por meio das bases de dados.

Fonte: Autoria Pessoal, 2023

RESULTADOS:

          Após as buscas realizadas, foram selecionados 17 artigos que contemplavam o assunto em discussão. O quadro 1, a seguir evidencia os trabalhos selecionados para a discussão, contendo: objetivos de estudo e o principal resultado de cada estudo.

Quadro 1: Artigos utilizados na revisão destacando seus títulos, autores, objetivos e resultados.

  Título    Autores  Objetivos  Resultados  
Health Literacy and Health Outcomes in Very Old Patients With Heart FailureLeón-González et al. (2018)O estudo teve como objetivo avaliar a associação da alfabetização em saúde com o conhecimento da doença, o autocuidado e a mortalidade por todas as causas nos  pacientes idosos, com nível educacional muito baixo.  O conhecimento sobre a doença aumentou quando relacionado com maior alfabetização em saúde, mas em relação ao autocuidado não foi encontrado relação significativa entre alfabetização em saúde e conhecimento sobre a doença.
Promoting social capital, self-management and health literacy in older adults through a group-based intervention delivered in low-income urban areas: results of the randomized trial AEQUALISAlias et al. (2021)O estudo AEQUALIS teve como objetivo avaliar a eficácia de uma intervenção  realizada em grupo para melhorar autopercepção de saúde como indicador de desigualdade em saúde.Foi identificado que através da intervenção para autopercepção em saúde os indivíduos idosos obtiveram efeitos promissores em relação a saúde mental e ainda facilitaria para atuação biopsicossocial, isso devido ao processo de educação em saúde.
Characterizing Health Literacy Among Spanish Language- LanguagePreferring Latinos Ages 50–75Christy et al. (2021)Este estudo teve como objetivo caracterizar a alfabetização em saúde entre indivíduos hispânicos com idades entre 50 e 75 anos e examinar as associações entre características sociodemográficas, crenças em saúde e alfabetização em saúde.Através do estudo foi identificado que os participantes obtiveram  dificuldade às vezes ou sempre com informações escritas sobre saúde e relatam sempre pedir ajuda ou não ter tanta confiança no preenchimento dos formulários de saúde, além da escolaridade está relacionado ao conhecimento em saúde.
An education intervention to improve decision making and health literacy among older Australians: a randomised controlled trialSmith et al. (2019)O objetivo do estudo foi determinar a eficácia de uma intervenção educacional em idosos para aumentar a autoeficácia de decisão em saúde dos idosos australianos. Além disso, a hipótese dos pesquisadores era que indivíduos que fossem educados em  site ou DVD teriam mais conhecimento do que aqueles que fossem alfabetizados usando somente livreto.Em relação a tomada de decisão ocorreu uma melhora para os participantes, entretanto não houve diferença significativas entre os grupos que foram alfabetizados usando site, DVD ou livreto. Além disso, participantes dos três grupos acharam excelentes os conteúdos os quais obtiveram acesso.
A cluster-randomized study on the Risk Assessment and Management Program for home blood pressure monitoring in an older population with inadequate health literacyFu et al. (2020)O objetivo do estudo foi comparar a taxa de controle da pressão arterial através de um Programa de Avaliação e Gestão de Riscos e avaliaria o conhecimento de dois grupos, um com educação em saúde sobre hipertensão e o grupo controle somente com aconselhamento individual convencional.Após 18 meses de realização do estudo foi notório que educação visando o monitoramento domiciliar da PA de alta qualidade e subsequente aconselhamento individual pode reduzir a proporção de pacientes com hipertensão não controlada em comparação ao grupo de aconselhamento individual convencional.
The Effectiveness of an Active Learning Program in Promoting a Healthy Lifestyle among Older Adults with Low Health Literacy: A Randomized Controlled TrialUemura, Yamada e Okamoto (2020)Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de um programa de aprendizado ativo sobre alfabetização em saúde, comportamentos de estilo de vida, função física e saúde mental em idosos com baixa alfabetização em saúde.O grupo de idosos os quais receberam a intervenção de educação em saúde sobre os temas propostos demonstrou uma melhora significativa em alfabetização comunicativa em saúde, contagem de passos, engajamento em atividade física moderada a vigorosa, variedade alimentar, mobilidade no espaço de vida, tamanho da rede social, força de preensão, velocidade da marcha e sintomas depressivos.
Effects of Active Learning Education on Arterial Stiffness of Older Adults with Low Health Literacy: A Randomized Controlled TrialUemura et al. (2021)O presente estudo teve como objetivo examinar os efeitos da educação de aprendizagem ativa em relação a rigidez arterial e atividade física de idosos da comunidade com baixa alfabetização em saúde.Os autores notaram que a educação em saúde da aprendizagem ativa pode ser eficaz na melhora da rigidez arterial e da atividade física em idosos com baixo letramento em saúde.
Web-based education of the elderly improves drug utilization literacy: A randomized controlled trialQvarfordt et al. (2021)Este estudo teve como objetivo explorar os efeitos da educação online sobre a utilização de medicamentos por idosos. Logo analisou a relação do conhecimento, preocupação e compreensão autoavaliada desses indivíduos sobre o uso de remédios.Foi identificado no grupo de intervenção uma obtenção de maior pontuação em questões de conhecimento (p < 0,001), em duas semanas após o início da pesquisa, após seis meses os resultados foram semelhantes. Dessa forma, identificaram que uma educação online pode melhorar a alfabetização de idosos sobre o de uso remédios.
Using Photo Stories to Support Doctor-Patient Communication: Evaluating a Communicative Health Literacy Intervention for Older AdultsJagt et al.  (2019)O objetivo foi avaliar os efeitos de um livreto de história fotográfica sobre a comunicação médico-paciente na autoeficácia e intenção comportamental, em comparação com um folheto não narrativo, mas altamente semelhante, entre idosos com diferentes níveis de alfabetização em saúde. Em segundo lugar, avaliar se os idosos preferiam o livreto de histórias fotográficas ou o folheto não narrativo usado, bem como  investigar as razões para possíveis diferenças nas preferências.Não houve diferenças significativas entre as duas condições (livreto de fotos, brochura não narrativa). Houve maior preferência pelo livreto de fotos.
Letramento funcional em saúde de idosos hipertensos e diabéticos atendidos na Estratégia Saúde da FamíliaScortegagna et al. (2021)Este estudo teve como objetivo avaliar o letramento funcional em saúde de idosos hipertensos e diabéticos adscritos a Estratégia Saúde da Família.O estudo apontou que 55,1% (N=43) dos participantes demonstraram nível de letramento funcional em saúde inadequado, e os demais foram classificados com escores de limítrofe 30,8% (N=24) e de adequado 14,1% (N=11). Além disso existe uma relação entre os anos de escolaridade e o nível de letramento, sendo que quanto menor a escolaridade, menores os escores do letramento funcional em saúde.
Assessing the Effects of eHealth Tutorials on Older Adults’ eHealth LiteracyMain, et al. (2022 )O objetivo do trabalho foi desenvolver um tutorial multimídia de eSaúde para idosos e  avaliar a eficácia deste tutorial na melhoria da literacia em eSaúde dos idosos em comparação com um tutorial em papel.A eficácia da alfabetização em eSaúde pós-teste foi significativamente maior do que a eficácia da alfabetização em eSaúde pré-teste. No entanto, não houve diferenças médias significativas nas habilidades de procedimento entre o grupo de intervenção e o grupo de controle.
Efeitos da intervenção Alfa-Saúde na alfabetização em saúde do idoso na atenção primária à saúdeSerbim, Santos e Paskulin (2022)O estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da intervenção Alfa-Saúde na alfabetização em saúde e hábitos de saúde de idosos vinculados à atenção primária, quando comparada ao atendimento de saúde usual.Verifica-se que os escores da alfabetização em saúde aumentaram em ambos os grupos, de 10,9 para 11,5 no GC, e de 10,7 para 12,7 no GI, porém sem significância estatística. A proporção de idosos categorizados com alfabetização em saúde adequada também aumentou em ambos os grupos, com maior diferença no GI (de 23,8% para 38,5%), sem significância estatística. Com relação à comparação das proporções dos hábitos de saúde entre os grupos e os tempos e o efeito de interação, observaram-se mudanças estatisticamente significativas  do grupo de intervenção.
Letramento funcional em saúde em adultos e idosos com disfagia.Ribeiro, Vicente e Lemos (2021)O estudo teve como objetivo verificar a associação do letramento funcional em saúde de adultos e idosos com disfagia com os dados socioeconômicos, clínicos e de habilidade de deglutição, de acordo com o rastreio cognitivo.Na análise de associação do LFS segundo os dados sociodemográficos, clínicos e funcionais, de acordo com o rastreio cognitivo, não houve associação com as variáveis pesquisadas. Ademais, verificou-se que as chances dos participantes com maior escolaridade terem letramento funcional em saúde adequado foram 11,9% vezes maiores do que os que possuíam menor escolaridade. Os participantes que apresentaram doença de base de etiologia neurológica demonstraram 93,0% vezes mais chances de apresentar o letramento em saúde inadequado, quando comparados àqueles com doença de base não neurológica.
Letramento funcional em saúde de idosos com hipertensão arterial na Estratégia de Saúde da FamíliaLima, et al. (2020)O objetivo do trabalho foi avaliar o Letramento Funcional em Saúde e os fatores sociodemográficos, de saúde, fontes de informação e meios de comunicação em saúde associados em pessoas idosas com hipertensão arterial atendidas na Estratégia de Saúde da Família.Dentre os participantes, 25% (66) apresentaram letramento funcional em saúde adequado, 15,5% (41) marginal e 59,5% (157) inadequado. Pessoas com maior escolaridade possuem maiores índices de LFS, bem como pessoas com maior renda, pessoas que utilizam a internet para se informar e pessoas que não tiveram nenhuma internação hospitalar no último ano.
Letramento funcional em saúde de idosos acerca de acidentes por quedas e sua prevençãoNeves, et al. (2019)Objetivou-se conhecer o nível de letramento sobre acidentes por queda e sua prevenção relativo á idosos frequentadores de praças públicas no município de Belém, estado do Pará, Brasil.O estudo apontou um baixo nível do letramento funcional em saúde dos idosos, revelando aparente conformidade e passividade acerca das informações de saúde.
Letramento funcional em saúde e fatores associados em pessoas idosas.Lima, et al. (2019)O estudo teve fomo objetivo avaliar o grau de Letramento Funcional em Saúde das pessoas idosas atendidas na Estratégia Saúde da Família e identificar a sua associação com idade, sexo, anos de estudo, doenças crônicas, hábitos de saúde e medicamentos utilizados.Participaram deste estudo 350 pessoas idosas. Destas, 206 (58,9%) obtiveram LFS inadequado, 58 (16,6%) LFS marginal e 86 (24,6%) LFS adequado. O estudo apontou associação entre idade e nível de escolaridade com os níveis de LFS, sendo que pessoas mais idosas apresentam LFS menor, bem como pessoas com menos tempo de estudo.
Nível de letramento funcional em saúde e comportamento em saúde de idososRomero et al. (2018)O estudo teve como objetivo analisar o nível de letramento funcional em saúde de idosos e compreender a relação desse conhecimento sobre os impactos do comportamento em saúde dos idosoFoi identificado pelos pesquisadores que o nível de letramento funcional em saúde era inadequado em 39,4% dos casos e que está relacionado com variáveis como a faixa etária, escolaridade e número de filhos (p≤0,005).

Fonte: Acervo Pessoal dos autores.

DISCUSSÃO:       

          O processo de educação em saúde do paciente é uma ciência recente, uma vez que no passado correspondia somente a transferência de conhecimentos ou conselhos de base biomédica, mas, com o modelo biopsicossocial esse processo de literacia em saúde tem crescido e mostrado a sua relevância (WITTINK; OOSTERHAVEN, 2018). Dessa forma, a alfabetização em saúde de idosos demonstram a sua importância, pois já evidenciou que esse público apresenta dificuldades em relação ao autocuidado, o que pode ser relacionado a fatores como: comprometimento cognitivo, declínio de memória e uma alfabetização limitada em saúde, seja geral ou específica das condições de saúde de cada idoso (KIM; OH, 2020).

          Inicialmente é necessário compreender sobre o Letramento Funcional em Saúde (LFS) que consciente no grau das pessoas serem capazes de obter, interpretar e compreender informações básicas de saúde, sendo esses importantes para a tomada de decisões adequadas (CHEHUEN NETO et al., 2019). Um estudo realizado no Rio Grande do Sul através do programa de Estratégia Saúde da Família avaliou 350 idosos usando o teste breve de B-TOFLA (Brief Test of Functional Health Literacy in Adults), sendo assim, através da sua aplicação foi avaliada o LFS é identificado que 58,9% obteve um LFS inadequado, seguido de 24,6% adequado e 16,6% limítrofe, ou seja, mais da metade dos idosos não possuem uma educação adequada em saúde para a tomada de decisão (LIMA et al., 2019).

          Além disso, Lima e colaboradores identificaram correlações entre o LFS adequado e algumas variáveis, ou seja, os maiores percentuais dessa categoria se correlacionaram com idosas do sexo feminino, idosos praticante de atividade física regular e idosos que seguiam uma dieta especifica. Ademais, no presente estudo foi notório que com o avançar da idade o LFS tende a diminuir o que causa prejuízos no letramento em saúde desses indivíduos (LIMA et al., 2019). Outro estudo realizado no mesmo estado supracitado identificou resultados semelhantes, uma vez que foram avaliados 175 idosos e 39,4% apresentou LFS inadequado, seguido de 37,7% limítrofe e 22,9% adequado, correlacionado ambos estudos é perceptível que os valores adequados são muito próximos, ocorrendo somente divergência em relação ao inadequado e limítrofe (ROMERO et al., 2018).

          Outro estudo realizado na cidade de Rio Grande-RS, através de 17 equipes da Estratégia de Saúde da Família, avaliou 264 idosos hipertensos, e o conhecimento em saúde foi semelhante aos dois estudos já citados anteriormente, sendo assim 59,5% obteve um LFS inadequado, seguido de 25%  adequado e 15,5% limítrofe (LIMA et al., 2020). Análises importantes realizadas pelos pesquisadores identificaram uma diferença estatisticamente significativa nas médias do LFS para escolaridade, pois aqueles que tinham de um a quatro anos de estudos obtiveram notas menores no LFS, em contrapartida, idosos que recebiam orientações de profissionais da saúde obtiveram uma pontuação no LFS maior que os demais (LIMA et al., 2020).  Análogo ao assunto anterior, outro trabalho realizado no interior do Rio Grande do Sul avaliou o LFS através da Short Test of Functional Health Literacy in Adults (S-TOFHLA) em 88 idosos hipertensos e diabéticos, os quais eram inscritos também no programa Estratégia Saúde da Família e foi identificado que 55,1% tinham a LFS inadequada, seguido de 30,8% limítrofe e 14,1% adequado (SCORTEGAGNA et al., 2021).

          Outros achados importantes foram que quanto menor os anos de estudos, menor era o resultado obtido na LFS e o  diagnóstico principal entre os idosos foi a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) em 61,5% dos participantes, a Diabete Mellitus foi de 5,1% e 33,3% apresentou ambas as patologias (SCORTEGAGNA et al., 2021). Ademais, um estudo prospectivo controlado randomizado por cluster aberto foi realizado em cinco clínicas públicas de atenção primária em Hong Kong, na China, com pacientes hipertensos, sendo assim 139 idosos participaram do grupo controle e 152 participaram do grupo que receberiam a intervenção.  O principal achado dos pesquisadores foi que ocorreu um aumento significativo no controle da HAS nos pacientes que participaram da intervenção através de palestras, técnicas e explicações de profissionais da saúde (FU et al., 2020).

          Outros estudos sobre patologias relacionadas ao sistema cardiovascular têm correlacionado a literacia em saúde, Uemura e colaboradores realizaram um estudo randomizado controlado para avaliar rigidez arterial, sendo assim 60 participantes foram divididos em dois grupos (UEMURA et al., 2021). Dessa forma, os participantes foram alocados em um grupo de intervenção submetido à educação de aprendizagem ativa de 24 semanas e o grupo controle participou de uma educação em saúde em classe, ou seja, recebendo informações, o principal achado dos autores foi que a educação em saúde de forma ativa pode ser eficaz na melhora da rigidez arterial e da atividade física em idosos com baixo letramento em saúde (UEMURA et al., 2021).

          Outrossim, um estudo prospectivo relacionado a esse sistema pesquisou sobre a insuficiência cardíaca (IC) em 556 pacientes com idade média de 85 anos, com alta comorbidade, internado por IC na unidade geriátrica de 6 hospitais na Espanha. Sendo assim, a  alfabetização em saúde foi avaliada através do questionário Short Assessment of Health Literacy for Spanish-peaking Adult, durante 12 meses os idosos foram acompanhados com um programa de literacia em saúde e após isso foi checado 189 mortes, entretanto foi identificado que o conhecimento sobre a doença aumentou entre os participantes (LEÓN-GONZÁLEZ et al., 2018).

          Além disso, existem outras patologias as quais têm sido relacionadas com a LFS, por exemplo, em disfagia, um estudo realizado no Ambulatório de Fonoaudiologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, acompanhou 49 indivíduos e realizou uma avaliação utilizando o protocolo Short Assessment of Health Literacy for Portuguesespeaking Adults (SAHLPA), sendo este classificado somente em adequado e inadequado, portanto, 53,1% obteve resultado inadequado e 46,9% foram classificados como adequado, um ponto em questão que é chamativo desse estudo é que quando associado a LFS com variáveis clínicas e sociodemográficas não obtiveram associações significativas (RIBEIRO; VICENTE; LEMOS, 2021). Entretanto, foi identificado que pacientes que têm doença de base etiológica neurológica são mais propensos ao letramento inadequado, sendo assim eles têm 93% de chance de obterem essa classificação quando se comparado aos demais (RIBEIRO; VICENTE; LEMOS, 2021).

          Outro estudo do tipo exploratório-descritivo de extrema relevância avaliou sobre os acidentes por quedas em idosos, prevenção e letramento em saúde em idosos que frequentavam praças públicas de Belém-PA. Os autores dividiram os voluntários  em dois grupos com 40 pessoas em cada e em regiões com poder socioeconômico distintos. Os principais resultados alcançados pelos escritores foram que: 46,25% dos idosos não pensavam sobre quedas e 32 40,0% idosos já pensou sobre; 22,5% procuram informações sobre quedas e 21,25% obtiveram dificuldades termos de saúde que correlacionam com quedas, ou seja, os autores identificaram uma omissão de conhecimento por esses idosos (NEVES et al., 2019).

          Sendo assim, as pesquisas já mostram que o processo de educação dos pacientes traz resultados positivos. Logo, um ensaio clínico controlado randomizado realizado na Austrália avaliou qual método seria mais eficaz no processo de ensinamento para tomada de decisão em saúde. (SMITH et al., 2019). Dessa forma, foram divididos dois grupos de maneira aleatória no qual o primeiro grupo utilizou site, DVD e livreto e o segundo grupo somente livreto, os achados foram que não tiveram diferenças significativas nas diferentes modalidades de ensino, sendo que ambos os métodos tiveram bons desfechos na educação em saúde e que os dois grupos classificaram como excelente o material disponibilizado (SMITH et al., 2019).

          Visto isso, é necessário compreender quais são os achados na literatura sobre os meios de literacia em saúde para indivíduos idosos. Um estudo randomizado controlado simples-cego com 60 idosos, examinou os efeitos de um programa ativo de educação em saúde, comportamento de estilo de vida, função física e saúde mental com baixa alfabetização (UEMURA; YAMADA; OKAMOTO, 2020). Sendo assim, os idosos foram divididos em dois grupos com 30 indivíduos em cada, sendo que  o grupo intervenção recebeu, durante 24 semanas, sessões semanais de aprendizado ativo com duração de 90 minutos e controle somente assistiu aulas com a mesma duração de tempo (UEMURA; YAMADA; OKAMOTO, 2020). Após isso, os resultados demonstraram  que o grupo intervenção obteve uma melhora significativa em relação às variáveis (alfabetização comunicativa em saúde, contagem de passos, engajamento em atividade física moderada a vigorosa, variedade dietética, mobilidade no espaço de vida, tamanho da rede social, força de preensão, velocidade da marcha e sintomas depressivos) quando comparados ao grupo controle (UEMURA; YAMADA; OKAMOTO, 2020).

          Um estudo semelhante foi realizado no sul do Brasil, os autores o denominaram como Alfa-Saúde, e tratou-se de  uma intervenção em saúde realizada com 42 idosos divididos em grupo intervenção e controle (SERBIM; SANTOS; PASKULIN, 2022). Os idosos participantes do grupo intervenção receberam a alfabetização em saúde com duração de uma hora e 30 minutos durante 20 semanas por uma enfermeira, porém fica exposta uma lacuna de informações no estudo sobre se o grupo controle recebeu alguma orientação. Dessa forma, após o período de intervenção, foi notório que o conhecimento em saúde aumentou de 23,8% para 38,5% no grupo intervenção (SERBIM; SANTOS; PASKULIN, 2022).

          Uma variável que também é comparada com a literacia em saúde é a desigualdade em saúde entre os idosos, um estudo realizado por Alias e colaboradores investigou a eficácia de uma intervenção em grupo com o objetivo de melhorar a autopercepção de saúde como um indicador de desigualdade. (ALIAS et al., 2021). Sendo assim, participaram 390 idosos, sendo 194 no grupo que recebeu uma intervenção de educação em saúde e 164 no controle, após a intervenção foi identificado que os idosos obtiveram efeitos promissores em relação à saúde mental (ALIAS et al., 2021).

          Portanto, é notório a diversidade de abordagens de literacia em saúde, além de formas tradicionais como já citadas, podem ser usadas abordagens com o uso de fotos. Um estudo realizado por Jagt e colaboradores usou a comparação de histórias narrativas com imagens e outro somente com imagens, os quais eram comparáveis. Os autores  identificaram que não tiveram diferenças significativas entre ambos os métodos, mas os participantes demonstraram preferência pelo livreto que continha somente imagens  (JAGT et al., 2019). Outro método utilizado são as tecnologias digitais, um estudo usando um método de “eSaúde” com multimídias informativas demonstrou eficácia na sua aplicação, porém são necessários mais estudos sobre (MAIN, 2022). Ainda sobre o uso dos meios digitais um estudo mais consolidado demonstrou melhores desfechos, Qvarfordt e colaboradores realizou um alfabetização em saúde de forma online sobre o uso de medicamentos e foi notório que o grupo que recebeu a intervenção obteve uma maior pontuação em questões de conhecimento, dessa forma, identificou-se que educação online tende a melhorar a alfabetização de idosos sobre o de uso remédios (QVARFORDT et al., 2021).

          Destarte, é notório a dificuldade enfrentada pelos pacientes idosos sobre alfabetização em saúde, um trabalho realizado com 76 idosos identificou que 53% dos participantes tinham dificuldade em preencher informações escritas sobre saúde e que 25% sempre precisavam de ajuda de familiares ou conhecidos para realizar essa tarefa (CHRISTY et al., 2021). Sendo assim, foi exposto ao longo do texto diversas formas de alfabetizar em saúde, as quais apresentaram bons resultados científicos sobre sua eficácia para a literacia com idosos.

CONCLUSÃO

          Embora os estudos utilizados nesta revisão sejam de diferentes partes do mundo, foi notória uma prevalência significativa de ensaios clínicos randomizados os quais apresentam uma boa qualidade científica. Entretanto ainda é incipiente estudos voltados para a compreensão sobe o termo descrito como: literacia em saúde (competência alfabética, descrita com ler, escrever e entender assuntos relacionados a saúde), em que se difere de letramento Funcional em saúde e alfabetização em saúde. Sendo assim, foi observado que existem diferentes formas de realizar educação em saúde para idosos para que esse grupo de indivíduos tenham um conhecimento adequado em literacia de saúde e que isso colabore para tomada de decisões em saúde, compreender melhor sobre suas patologias, entender sobre prevenção e comunicação mais fluente com os profissionais da saúde. Entretanto é notória a necessidade do aprofundamento de estudos voltados para a compreensão sobre a temática , a fim de melhorar o nível de conhecimento, dos profissionais de saúde e também das pessoas idosas relacionados a informações sobre o contexto geral em saúde coletiva e individual.

REFERÊNCIA

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