LIMITAÇÕES PARA A PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADES FÍSICAS

LIMITATIONS TO DE REGULAR PRATICE OF PHYSICAL ACTIVITIES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411101655


Ramon Pinheiro de Oliveira1
Karinne Beatriz G Araújo2
Emerson Piantino Dias3
Sandra Regina Toffolo4


Resumo

Objetivo: Investigar as limitações que levam a não realização da prática de atividade física regular, ou descontinuidade dessas atividades. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, sendo realizado um levantamento bibliográfico na busca avançada da Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando os seguintes Descritores em Ciências da Saúde: “Ferimentos e lesões”, “Educação física e treinamento”, “Atividade física”. Resultados: A pesquisa revelou que a personalização dos programas de treinamento, juntamente com a prevenção de lesões, é essencial. Estudos demonstram que um treinamento bem estruturado, adequado ao perfil do atleta, pode reduzir o risco de lesões e promover a saúde. Conclusão: Enfatizar a necessidade de programas que incentivem a atividade física, a conscientização sobre a saúde e, a adaptação das atividades às realidades individuais. O suporte comunitário e a prevenção de lesões muscu- loesqueléticas são cruciais para garantir uma participação ativa e saudável na prática esportiva, contribuindo assim para um estilo de vida saudável.

Palavras-chave: Ferimentos e lesões. Educação física e treinamento. Atividade física.

Keywords: Wounds and injuries. Physical education and training. Motor activity.

1  INTRODUÇÃO

Indivíduos que realizam o exercício físico e a atividade física podem ser considerados pessoas ativas, adquirindo ao longo do tempo qualidade de vida, consequentemente regular algumas doenças, reprimir a prostração física e o sedentarismo (Fernandes, 2023).

Segundo Carvalho et al. (2021), o exercício físico é considerado um conjunto de movi- mentos de maneira organizada, o que leva a uma meta específica como a melhora da aptidão física ou do seu desempenho. Enquanto, Zawadzki, Stiegler e Brasilino (2019), relatam que o exercício físico realizado em média três vezes por semana, com uma intensidade de forma mo- derada ou intensa, pode proporcionar benefícios tanto na aptidão física, quanto na saúde, como também nas relações sociais e psicológicas. Enquanto a atividade física pode ser estabelecida como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, requerendo gasto de energia acima dos níveis de repouso (Caspersen, 1985).

O treinamento físico é caracterizado como um processo de movimentos repetitivos e sistemáticos composto de exercícios progressivos que visam o aperfeiçoamento do desempe- nho, considerado um processo organizado e sistemático de aperfeiçoamento físico, em relação aos aspectos morfológicos e funcionais, os quais impactam diretamente sobre a capacidade de execução de tarefas que envolvam as demandas motoras, sejam elas esportivas ou não (Bar- banti, Tricoli e Ugrinowitsch, 2004).

Durante a realização de alguns esportes, devido ao uso da postura inadequada ou pelo exercício excessivo, poderá levar a lesões aos movimentos, o que pode afetar muito a nossa vida (Liu, et al., 2018; Shaofei, 2020). Uma vez, essas lesões não tratadas e recuperadas, podem gerar doenças crônicas de longo prazo (Xi et al., 2019). Mediante a importância da prática de atividade física, para garantir um padrão de vida saudável, para minimizar o surgimento dessas lesões, a prevenção e a antecipação dessas lesões motoras devem ser detectadas (Ory et al.,2005; Zhang et al., 2017; He, Feng e Qu, 2019).

Essas lesões podem levar ao afastamento da prática da atividade física como também da atividade profissional, o que geram prejuízos econômicos importantes, além da necessidade de buscar atendimento de saúde especializado (Dempsey et al., 2005; Cheng et al., 2000). Alguns autores relatam que os indivíduos do sexo masculino estão expostos a maior risco de lesões por praticarem mais atividades físicas vigorosas e ser mais ativos no tempo de lazer (Azevedo et al., 2007; Delduca et al., 2009; Siqueira et al.,2011; Silva et al., 2008). Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi descrever as limitações que levam a não realização da prática de atividades físicas regulares, ou descontinuidade dessas atividades, para tanto, foi criada a seguinte pergunta norteadora: “Quais as limitações que levam a não realização da prática de atividades físicas regulares, ou a descontinuidade dessas atividades?

2  METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. De acordo com Dias e Moreira (2020) e Ganong (1987), a Revisão Integrativa (RI) é um método que busca reunir a produção científica relevante acerca de um determinado tema, oferecendo acesso rápido e sintetizado aos resultados científicos de maior importância para a área estudada. A RI compreende seis etapas:

  1. Identificação do problema (elaboração da pergunta norteadora, escolha dos des- critores e dos critérios para inclusão/exclusão de artigos);
  2. Busca dos artigos na literatura;
  3. Categorização dos estudos;
  4. Avaliação da amostra;
  5. Síntese dos artigos analisados;
  6. Interpretação dos resultados.

Para a construção dessa revisão foi realizado um levantamento bibliográfico na busca avançada da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Ferimentos e lesões”, “Educação física e treinamento”, “Atividade física”.

A seleção dos artigos foi baseada nos seguintes critérios de inclusão: artigos que foram publicados em periódicos científicos frutos de pesquisas disponibilizadas integralmente, que possuem o acesso gratuito e estudos disponíveis em inglês, português e espanhol.

Quanto aos critérios de exclusão, não fizeram parte desse estudo artigos que não estavam disponíveis na íntegra, artigos repetidos, publicações que não estavam de acordo com a pergunta norteadora e quaisquer outros documentos que não se enquadravam como artigos científicos. Vale ressaltar que foram utilizados outros materiais de órgãos governamentais, entre outros artigos científicos, para a realização das discussões.

Para responder à questão de pesquisa, foram consultadas as bases de dados da área da saúde: Medical Literature Analysis and Retrieval System on Line (Medline/Pubmed), Literatura Latino-Americana de Ciências da Saúde (LILACS) e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL). Os descritores foram definidos de acordo com cada base de dados

consultada, sendo o Medical Subject Headings (MeSH) na Medline/Pubmed, os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) na LILACS e List of Headings da CINAHL. Para a busca das publicações em cada uma das bases de dados, os descritores foram combinados pelos operadores boleanos AND/OR.

Para esse estudo, foi realizado um levantamento de publicações científicas entre os anos de 2014 e 2024, resultando em 33 artigos, dos quais 14 estavam disponíveis na íntegra. Seguindo os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 artigos. Esses artigos resultam de pesquisas qualitativas, quantitativas e de revisão, localizadas nas seguintes bases de dados: Medical Literature Analysisand Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Bases de Dados de Enfermagem (BDENF) e Índice Bibliográfico Español em Ciencias de la Salud (IBECS).

Cumpre acrescentar que, a análise desses artigos permitiu a organização dos resultados em três categorias: “Atividade física”, apresentada no Quadro 01, “Prevenção de ferimentos e lesões”, detalhada no Quadro 02 e “Ferimentos e lesões”, detalhada no Quadro 03.

Figura 01. Fluxograma do processo de busca e triagem dos artigos, Uberlândia, MG, Brasil, 2024.

Fonte: Elaboração própria, 2024.

3  RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na primeira categoria, denominada “Atividade física e treinamento”, foram elaboradas síntese dos artigos traduzidos para a Língua Portuguesa (Quadro 01), organizadas por título, tipo de estudo, país de origem, referência e resultados/conclusões.

Quadro 01: Atividade física e treinamento, Uberlândia – MG, 2024.

Título/País/ReferênciaTipos de Estudo/Resultados/Conclusões
Escala de Estado de Mindfulness para Atividade Física: Novas Pro- priedades Psicométricas. Brasil. (Peixoto et al., 2023).Nesse estudo utilizaram o mindfulness em brasileiros praticantes de esporte, na primeira etapa do estudo, apresentou bom nível de precisão e a estimação de dificuldade dos itens possibilitou compreensão do continuum. Na segunda etapa, a análise de mediação mostrou que pessoas com níveis altos de mindful- ness físico tendem a apresentar níveis mais elevados de afeto positivo e, conse- quentemente, níveis mais elevados de satisfação com a prática. Os resultados sugerem que a versão brasileira do SMS-PA é uma medida apropriada do estado de mindfulness para atividades físicas.
Menos adolescentes nos EUA jogando futebol e saúde pú- blica: uma revisão de medidas para melhorar a segurança e uma análise de lacunas na lite- ratura. USA. (Macy et al., 2021).Nessa revisão utilizaram banco de dados eletrônico da biblioteca da Universi- dade de Indiana, relacionadas ao esporte. Encontraram que estão sendo feitas tentativas para melhorar a segurança do futebol em todos os níveis, porém mui- tas medidas carecem de evidências científicas para apoiar sua eficácia. Os au- tores concluíram que a prevenção primária, reduzem a incidência e magnitude de impactos na cabeça, prevenção secundária e terciária podem desempenhar um papel crítico na melhoria da segurança do futebol (estratégias de triagem para sintomas de concussão).

Embora existam várias evidências que a atividade física regular traga benefícios a saúde, ainda há necessidade de medidas avaliativas para melhorar a adesão das pessoas ao estilo de vida ativo, as quais visam a qualidade de vida (Peixoto et al., 2023).

Segundo Macy et al., 2021, é importante melhorar a segurança do esporte em vez de proibi-lo, através de mudanças nas regras do jogo, criação de diretrizes práticas, esforços para melhorar os equipamentos e iniciativas de organizações destinadas a melhorar a segurança dos jogadores.

Para Peixoto et al., (2023) e Macy et al., (2021), a integração das novas propriedades psicométricas da escala de mindfulness corroboram com a discussão sobre a redução da participação em esportes que podem oferecer um novo ângulo para abordagem dos desafios da saúde pública. E ainda, incentivar a atenção plena em contextos esportivos que podem não apenas melhorar a saúde mental dos jovens, mas também aumentar sua participação em atividades físicas, contribuindo para um futuro mais saudável e ativo.

Na segunda categoria, denominada “Prevenção de ferimentos e lesões”, foram elaboradas síntese dos artigos traduzidos para a Língua Portuguesa (Quadro 02), organizadas por título, tipo de estudo, país de origem, referência e resultados/conclusões.

Quadro 02: Prevenção de ferimentos e lesões, Uberlândia – MG, 2024.

Título/País/ReferênciaTipos de Estudo/Resultados/Conclusões
Efeitos do treinamento de flexi- bilidade e força nas tensões musculotendíneas máximas dos isquiotibiais durante a corrida. Shanghai. (Wan et al., 2021).Estudo randomizado com 28 atletas masculinos. No grupo de intervenção de flexibilidade houve aumentou os comprimentos musculotendinosos ideais do semimembranoso e da cabeça longa do bíceps e diminuiu as tensões musculo- tendinosas máximas em todos os 3 músculos isquiotibiais biarticulados. No grupo de intervenção de força aumentou os comprimentos musculotendinosos ideais de todos os 3 músculos isquiotibiais e diminuiu significativamente suas tensões musculotendinosas máximas durante a corrida. Os autores concluem que aumentar a flexibilidade ou a força dos isquiotibiais por meio de treina- mento físico pode ajudar a reduzir o risco de lesões nos isquiotibiais durante corridas de velocidade para atletas recreativos.
Trabalho horizontal de mem- bros inferiores, mas não potên- cia vertical, prevê lesões de membros inferiores em dança- rinas universitárias. Reino Unido. (Ambegaonkar et al., 2018).Estudo prospectivo com bailarinas que comparou a distância do salto horizontal (SLH) e a potência vertical, 20 dançarinas se machucaram durante o período do estudo. Os autores encontraram que o teste SLH pode prever o risco de lesão dos membros inferiores em dançarinas.
A ‘Sequência de Prevenção’ para lesões musculoesqueléti- cas entre jogadores de basquete recreativos: uma revisão siste- mática da literatura científica. África do Sul. (2018) (Kilic et al., 2018).Estudo de revisão sistemática. Os autores demonstraram que a incidência de lesões musculoesqueléticas entre jogadores de basquete recreativos variou de 0,0047 lesões/1.000 exposições de atletas (EA) para lesões dentárias a 10,1 le- sões /1.000 EA para lesões gerais durante a partida. Os fatores de risco signifi- cativos para lesões foram defesa, oscilação postural, alta força de reação vertical do solo durante o salto e peso > 75 kg. Os autores concluem ser necessário obter mais informações sobre a etiologia de lesões específicas do basquete e, o que leva ao desenvolvimento de estratégias preventivas.

Observamos nesses três artigos que abordaram a prevenção de lesões e o treinamento físico em diferentes contextos esportivos, porém todos compartilham a ênfase na importância de um treinamento bem estruturado e elaborado conforme o perfil do atleta.

Segundo Wan et al., (2021), o equilíbrio entre flexibilidade e força é vital para corredores, enquanto Ambegaonkar et al., (2018), destacam a especificidade do treinamento para dançarinas, visando o fortalecimento dos membros inferiores, minimizando futuras lesões. Enquanto que Kilic et al., (2018), sugerem uma abordagem abrangente para jogadores de basquete, reforçando a importância da pesquisa científica na formulação de programas de prevenção, tais como programa de intervenção de técnica de salto-aterrissagem incorporado ao aquecimento, programa de exercícios proprioceptivos, treinamento de equilíbrio, programa de prevenção de lesões, que incluem exercícios de diferentes foco no efeito neuromuscular nas extremidades inferiores e no core (corrida, alongamento, força, pliometria, equilíbrio).

Essas comparações revelam que, independentemente da modalidade esportiva, a personalização dos programas de treinamento e a inclusão de exercícios preventivos são essenciais para a saúde e o desempenho atlético. A integração de conhecimentos de diferentes disciplinas pode enriquecer a prática e oferecer estratégias mais eficazes para prevenir lesões em atletas de diversas modalidades.

Na terceira categoria, denominada “Ferimentos e lesões”, foram elaboradas síntese dos artigos traduzidos para a Língua Portuguesa (Quadro 02), organizadas por título, tipo de estudo, país de origem, referência e resultados/conclusões.

Quadro 03: Ferimentos e lesões, Uberlândia – MG, 2024.

Título/País/ReferênciaTipo de Estudo/Resultados/Conclusões
Análise de parâmetros de pro- grama de treinamento e lesões em corredores amadores. Bra- sil, (Raposo et al., 2021)Estudo transversal-retrospectivo com corredores recreacionais, foram observa- dos que 67,9% realizam algum tipo de treinamento preventivo para evitar le- sões, 30,4% tiveram ao menos 2 lesões nos últimos quatro anos, 26,8% tiveram lesões na região do joelho, 67,9%, ficaram afastados pelo menos 1 mês por conta de lesões, 42,9% não têm queixa de dores atuais. O estudo sugere simila- ridade na prevalência de lesões entre corredores de ambos os sexos, assim como no programa de treinamento.
Uma abordagem ao longo da vida para a prevenção da osteo- artrite. Dinamarca. (Whittaker et al., 2021).Revisão narrativa sobre a prevenção da osteoartrite (OA), estratégias de preven- ção relacionadas à obesidade e lesões articulares, como importantes fatores de risco modificáveis, em idosos. Os autores concluem que a prevenção das doen- ças esta relacionada a capacidade regenerativa da cartilagem, prevenção da do- ença da OA, triagem e diagnóstico precoce, educação/aconselhamento, ativida- des baseadas em exercícios e modificação do estilo de vida, além das práticas médicas tradicionais. Embora o sobrepeso/obesidade e o trauma articular sejam vistos como passíveis de prevenção, os esforços para identificar fatores de risco devem ser priorizados.
Os benefícios e riscos do Cros- sFit: uma revisão sistemática. USA. (Meyer et al., 2017).Revisão sistemática sobre CrossFit, analisaram e avaliaram os benefícios e ris- cos desta estratégia de exercícios. Relataram que o CrossFit é comparável a ou- tros programas de exercícios com taxas de lesões e resultados de saúde seme- lhantes, os enfermeiros de saúde ocupacional devem avaliar lesões anteriores antes de recomendar esta forma de exercício e os candidatos ideais para CrossFit são adultos que buscam exercícios de alta intensidade com uma ampla variedade de componentes de exercícios.
Utilização da carga inercial mé- dia da sessão de treino para quantificar o risco de lesões no futebol universitário. USA. (Wilkerson et al., 2016).Estudo de coorte com 45 jogadores de futebol americano, utilizaram a unidade de medição de inercia na parte superior das costas. Os autores descobriram que um alto valor para carga inercial média ao longo de 15 semanas de sessões de prática diminuiu a probabilidade de ocorrência de entorses e distensões muscu- loesqueléticas de contato ou sem contato. Jogadores que são capazes de acele- ração, desaceleração e mudança de direção extremamente rápidas gerarão altos valores de carga inercial, que podem corresponder a um nível de responsividade neuromuscular que fornece benefícios de proteção.
Efeitos dos suplementos de pro- teína nos danos musculares, dor e recuperação da função mus- cular e desempenho físico: uma revisão sistemática. Canadá. (Pasiakos et al., 2014).Revisão sistemática da literatura, nesse estudo relatam não haver relação entre a recuperação da função muscular e as classificações de dor muscular e marca- dores de dano muscular quando suplementos de proteína são consumidos antes, durante ou depois de uma sessão de exercícios de resistência, assim como ate- nuar a dor muscular e/ou reduz os marcadores de dano muscular. Os benefícios agudos da suplementação de proteína no anabolismo muscular pós-exercício, pode facilitar a recuperação da função e do desempenho muscular. Limitações nos desenhos de estudo, juntamente com a grande variabilidade em marcadores substitutos de dano muscular, reduziram a força da base de evidências.

A análise conjunta desses artigos revela uma interconexão entre treinamento personalizado, com progressão de carga, adaptação de movimentos, levando a prevenção de lesões músculo esqueléticas e a importância suporte nutricional adequado.

Segundo os autores, a personalização dos programas de treinamento de acordo com o perfil do atleta, é crucial. Para Meyer (2017), a compreensão dos riscos associados a diferentes

modalidades de exercícios, como o CrossFit, e a quantificação da carga de treino podem ajudar a criar programas que não só maximizem o desempenho, mas também reduzam lesões músculo esqueléticas. Além disso, a prevenção de condições de doenças crônicas, como a osteoartrite, destaca a importância de práticas saudáveis ao longo da vida, assim como mudança no estilo de vida (Whittaker et al., 2021). Enquanto Pasiakos et al., (2014), descreve que a nutrição, como a suplementação de proteína, emerge como um fator vital na recuperação muscular e desempenho do atleta na atividade física escolhida.

4  CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise das limitações que impedem a prática regular de atividades físicas revelou-se fundamental para entender os fatores que afetam a descontinuidade dessas atividades. As barreiras identificadas, como a falta de incentivo da prática esportiva relacionado a Saúde pública, incentivar a atenção plena em contextos esportivos que podem não apenas melhorar a saúde mental dos jovens, mas também aumentar sua participação em atividades físicas, contribuindo para um futuro mais saudável e ativo.

Os programas prevenção de lesões musculo esqueléticas, tais como exercícios de diferentes focos no efeito neuromuscular, promovem a conscientização, incentivam o suporte comunitário e adaptam a oferta de atividades às realidades dos indivíduos, portanto diante dessa interconexão entre treinamento personalizado, com progressão de carga, adaptação de movimentos, levará a prevenção de lesões músculo esqueléticas.

REFERÊNCIAS

AMBEGAONKAR JP, et al. Lower Extremity Horizontal Work But Not Vertical Power Predicts Lower Extremity Injury in Female Collegiate Dancers. J Strength Cond Res, 2018, 32(7):p 2018-2024. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29570577/. Acesso em: 4 nov. 2024.

AZEVEDO MR, et al. Gender differences in leisure-time physical activity. Int J Public Health. 2007, 52(1):p 8-15. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17966815/. Acesso em: 4 nov. 2024.

BARBANTI VJ; TRICOLI V; UGRINOWITSCH C. Relevância do conhecimento científico na prática do treinamento físico. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, 2004, 18:p 101-9. Disponível em: https://www.vo2pro.com.br/images/artigos/20131218234812_dados_Artigos_Educacao_Fi- sica_Treinamento%20Desportivo_Relevancia%20do%20conhecimento%20ci- ent%EDfico%20na%20pr%E1tica%20do%20treinamento%20f%EDsico.pdf. Acesso em: 4 nov. 2024.

CARVALHO AS, et al. Exercício Físico e seus benefícios para a Saúde das Crianças: Uma revisão narrativa. Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, 2021,13. Disponível em: https://revista.cpaqv.org/index.php/CPAQV/article/view/642. Acesso em: 4 nov. 2024.

CASPERSEN CJ, POWELL KE, CHRISTENSON GM. Physical activity, exercise and physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public Health Reports, 1985,100(2): p 126-131. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/3920711/. Acesso em: 4 nov. 2024.

CHENG TL, et al. Sports injuries: an important cause of morbidity in urban youth. Pedia- trics. 2000,105(3):p 1-6. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10699134/. Acesso em: 4 nov. 2024.

DEL DUCA GF, et al. Associação entre nível econômico e inatividade física em diferentes domínios. Rev Bras Ativ Fis Saude. 2009,14(2): p123-31. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/764. Acesso em: 4 nov. 2024.

DEMPSEY RL, et al. Incidence of sports and recreation related injuries resulting in hospitali- zation in Wisconsin in 2000. Inj Prev. 2005,11(2):p 91-6. Disponível em: https://pub- med.ncbi.nlm.nih.gov/15805437/#:~:text=Re- sults%3A%20There%20were%201714%20(95,(32.0%20per%20100%2C000%20popula- tion). Acesso em: 4 nov. 2024.

DIAS EP, MOREIRA MIC. O enfrentamento da violência contra as mulheres no âmbito da estratégia de saúde da família. Psicologia em Revista, 2020, 26(1): p187-207. Disponível em: https://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v26n1/v26n1a11.pdf. Acesso em: 4 nov. 2024.

FERNANDES DF. The importance of physical activity in the police servisse. PhD Scientific Review, 2023, 03(2):p77-92. Disponível em: https://app.periodikos.com.br/journal/revistaphd/article/doi/10.5281/zenodo.7662345. Acesso em: 4 nov. 2024.

GANONG LH. Integrative reviews of nursing research. Res Nurs Health, 1987 Mar; 10(1): p1-11. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/3644366/. Acesso em: 4 nov. 2024.

HE M, FENG L, QU J. Denoising algorithm of Φ_OTDR signal based on clear iterative EMD interval-thresholding. Optics Communications. 2019, 453:124352. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0030401819307023. Acesso em: 4 nov. 2024.

KILIC Ö, et al. The ‘Sequence of Prevention’ for musculoskeletal injuries among recreational basketballers: a systematic review of the scientific literature. Phys Sportsmed, 2018, 46(2):p 197-212. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29303400/. Acesso em: 4 nov. 2024.

LIU CL, et al. Assessing the viscoelastic properties of upper trapezius muscle: Intra- and inter- tester reliability and the effect of shoulder elevation. J Electromyogr Kinesiol. 2018, 43: p 226-229. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29103836/. Acesso em: 4 nov. 2024.

MACY JT, et al. Fewer US Adolescents Playing Football and Public Health: A Review of Measures to Improve Safety and an Analysis of Gaps in the Literature. Public Health Rep, 2021, 136(5): p 562-574. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33602026/. Acesso em: 4 nov. 2024.

MEYER J, MORRISON J, ZUNIGA J. The Benefits and Risks of CrossFit: A Systematic Review. Workplace Health Saf, 2017; 65(12): p 612-618. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28363035/. Acesso em: 4 nov. 2024.

ORY M, et al. Screening, safety and adverse events in physical activity interventions: collaborative experiences from the Behavior Change Consortium. Ann Behav Med. 2005, 29 (special9 supplement): p 20-8. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15921486/. Acesso em: 4 nov. 2024.

PASIAKOS SM, LIEBERMAN HR, MCLELLAN TM. Effects of protein supplements on muscle damage, soreness and recovery of muscle function and physical performance: a systematic review. Sports Med, 2014, 44(5):p 655-70. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24435468/. Acesso em: 4 nov. 2024.

PEIXOTO ES, et al. The state mindfulness scale for physical activity: further psychometrics properties. Psicol. ciência. prof. 2023, 43:p 257-372. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/LbLrVxXPsQP6vCvvW9TtbDm/abstract/?lang=en. Aceso em: 4 nov. 2024.

RAPOSO MVQ, et al. Análise de parâmetros de programa de treinamento e lesões em corredores amadores. Fisioter. Bras, 2021, 22(4):p 573-583. Disponível em: https://convergenceseditorial.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/4845. Acesso em: 4 nov. 2024.

SHAOFEI W. Internet public information text data mining and intelligence influence analysis for user intent understanding. Journal of Intelligent & Fuzzy Systems. 2020, 38: p 487-94. Disponível em: https://content.iospress.com/articles/journal-of-intelligent-and-fuzzy- systems/ifs179423. Acesso em: 4 nov. 2024.

SILVA MC, et al. Participação atual e passada em academias de ginástica entre adultos: preva- lência e fatores associados. Rev Bras Ativ Fis Saude. 2008, 13(1):p 27-35. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/780. Acesso em: 4 nov. 2024.

SIQUEIRA FV, et al. Leisure-time physical activity among aduit and elderly individuals in Brazil: a countrywide analysis. J Phys Act Health. 2011, 8(7): p 891-7. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21885879/. Acesso em: 4 nov. 2024.

WAN X, et al. Effects of flexibility and strength training on peak hamstring musculotendinous strains during sprinting. J Sport Health Sci, 2021,10(2): p 222-229. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32795623/. Acesso em: 4 nov. 2024.

WHITTAKER JL, et al. A lifespan approach to osteoarthritis prevention. Osteoarthritis Cartilage, 2021, 29(12): p 1638-1653. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34560260/. Acesso em: 4 nov. 2024.

WILKERSON GB, et al. Utilization of Practice Session Average Inertial Load to Quantify College Football Injury Risk. J Strength Cond Res, 2016; 30(9): p 2369-74. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26849792/. Acesso em: 4 nov. 2024.

XI X, et al. Evaluation of feature extraction and recognition for activity monitoring and fall detection based on wearable sEMG sensors. Sensors (Basel). 2017,17(6): p 1229. Disponível em: https://www.mdpi.com/1424-8220/17/6/1229. Acesso em: 4 nov. 2024.

ZAWADZKI D, STIEGLER NFF, BRASILINO FF. Aptidão e a atividade física relacionados à saúde de adolescentes entre 11 a 14 anos. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 2019, 13 (83): p 444-453.  Disponível em: https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1683. Acesso em: 4 nov. 2024.

ZHANG S, et al. Muscle strength assessment system using sEMG-based force prediction method for wrist joint. Journal of Medical and Biological Engineering. 2016, 6(1): p 121-31. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s40846-016-0112-5. Acesso em: 4 nov. 2024.


1 Discente do Curso Superior de Educação Física do Centro Universitário do Triangulo Instituto Campus
Uberlândia. E-mail ramonpinheiro284@gmail.com
2 Docente e Coordenadora do Curso Superior de Educação Física do Centro Universitário do Triangulo Instituto
Campus Uberlândia. Mestre em Educação Física (PPG/UNICAMP). E-mail kaaraujo@yahoo.com.br
3 Docente do Curso Técnico em Enfermagem, Escola Técnica de Saúde, Universidade Federal de Uberlândia
Campus. Doutor em Psicologia (PPGPSI/PUC-Minas). E-mail emersonpiantino@ufu.br
4 Docente do Curso Técnico em Enfermagem, Escola Técnica de Saúde, Universidade Federal de Uberlândia
Campus. Doutora em Ciência da Saúde Aplicada à Reumatologia (PPG/UNIFESP). E-mail: sandra.toffolo@ufu.br