REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7760075
Letícia Karoline Andrade Silva*
Keneyde Silva Mota
RESUMO Durante a prática de esportes e exercícios, a musculatura tende a uma força contra a fáscia, gerando alguns comprometimentos na capacidade elástica, na mobilidade e no tensionamento muscular. Objetivando a melhora destes comprometimentos em atletas, a técnica de liberação miofascial, age aumentando o flux sanguíneo gerando uma nova organização miofascial e promovendo um alívio das dores musculares, diminuindo a rigidez provocada pelo treinamento físico. O referido artigo tem como objetivo descrever pesquisas publicadas na literatura de 2010 a 2021, período de 10 anos; relatando de forma explicativa efeitos da liberação miofascial em atletas. Método de escolha definido para este artigo foi: revisão integrativa com pesquisa realizada nas bases de dados. PUBMED, BVS, SCIELO. Com resultados de pesquisas com achados publicados sobre a liberação miofascial em atletas bem como seus efeitos. Conclusão: nos estudos identificados, a liberação miofascial se mostrou efetiva e muito eficaz aplicada de forma isolada ou em associação com outras técnicas, em relação a diminuição da dor, flexibilidade dos movimentos e ganho da mobilidade nas técnicas utilizadas. Além de demonstrar uma boa resposta a força de contração e recrutamento das fibras musculares durante os movimentos repetitivos de exercícios.
PALAVRAS-CHAVE: Atletas; Dor muscular; Benefícios em exercícios
1. INTRODUÇÃO
Durante a prática de exercícios, os músculos exercem forças sobre a fáscia, podendo gerar comprometimento da sua capacidade elástica, restringindo a capacidade de realização de movimentos com grande amplitude e flexibilidade, tendo como consequências tensões e dores miofasciais, devido ao alto esforço, podendo também resultar em dor. (GT; FFDS; MRR, 2019).
A liberação miofascial trabalha gerando aumento do fluxo sanguíneo, com posterior redução de edema e dor, gerando uma nova organização miofascial e alívio das dores musculares, trazendo como benefício a diminuição da rigidez provocada pelo treinamento físico e permitindo a modulação dos tônus musculares, sendo positiva para acelerar o processo de recuperação pós treino. (JS; AM; LM, 2012)
As técnicas de liberação miofascial são aplicadas com o objetivo de melhorar a dor, aumentar a amplitude de movimento articular, proporcionando também aumento da circulação local e relaxamento dos músculos com contraturas levando a um melhor desempenho na execução das atividades de vida diária e em gestos esportivos. (AP; KP; LR, 2019).
As técnicas buscam mudanças na viscosidade da fáscia visando homeostase entre o tecido facial e muscular. Proporcionam a redução do atrito entre os tecidos e a melhora da flexibilidade, retomam a eficácia da contração muscular gerando uma melhora na produção de força, reestabelecem um alinhamento estrutural como também favorecem o relaxamento muscular, a maior mobilidade articular e mais liberdade na execução de movimento. (ACCIOLY,2020).
A fáscia por possuir dentre suas funções, contribui na transmissão de força ao longo de todo o tecido, denominada como transmissão de força miofascial extramuscular e por ser uma membrana circundante do tecido muscular, acumula as tensões provenientes das lesões musculares, o que também leva ao surgimento de lesões em seu tecido. (UMERA; SACIOLLOTO, 2019).
Desta maneira a fáscia tende como resposta normal do organismo a todos os danos impostos, desencadear um processo inflamatório para a reparação do tecido lesionado, processo este, que acontece em três fases sequenciais: inflamação, proliferação e remodelação do tecido, sendo que esta última a principal responsável pela formação final de um tecido cicatricial, que irão afetar funções como contrapartida e extensibilidade dos tecidos circundados pela mesma futuramente.(CORREA; SOUZA; DOMICIANO; MACENA, 2015).
A transmissão potencial de força através da fáscia é apontada podendo estar presente em tarefas funcionais comuns, nas quais o quadril, o joelho e o tornozelo estão flexionados concomitante, tais como posições estáticas agachadas, agachamento e salto (MARINHO et al.2017). Essas tarefas clinicamente são medidas de diferentes maneiras, através do uso de medidas de redução de risco, medidas de auto relato e medidas de desempenho físico e testes funcionais em atletas. Este último é pontado como o melhor meio para imitar a atividade funcional renal do paciente. (TAVARES, 2017).
Pesquisas apontam que as maiores incidências de lesões nos esportes podem estar relacionadas a intensidade da prática esportiva repetitiva, com quase 50% associada ao uso excessivo. (VALOVICH, 2011). Nesse contexto, a Liberação Miofascial vem sendo incorporada aos programas de reabilitação esportiva para auxiliar nas sobrecargas musculares para o alívio de dor, no tratamento das aderências teciduais, redução da sensibilidade e melhora na circulação sanguínea e linfática. (DOS SANTOS, 2020).
2. DENVOLVIMENTO
2.1 A Liberação Miofascial
Fáscia é uma camada visco-elástica do corpo que origina uma matriz funcional de colágeno tridimensional, é conectada como os outros tecidos do corpo, microscópica e macroscopicamente, de modo que essas matrizes de colágeno são arquitetonicamente contínuas, sendo assim, fundamentais para fornecer continuidade nos tecidos e melhorar a função, bem como o suporte nos sistemas, englobando todas as estruturas corporais. (SILVA F, 2019).
Alguns relatos sobre o conjunto de fáscias e tecido conjuntivo que revestem todos os tecidos moles do corpo humano descrevem que, dentre as múltiplas funções da matriz de tecido conjuntivo, a fáscia une, comprime, protege, envolve e separa tecidos, possuindo função sensorial e de armazenamento d energia, auxiliando na transmissão de força entre os seguimentos corporais e facilitando o deslizamento dos tecidos uns sobre os outros, consequentemente participando ativamente do movimento e da estabilidade.(BARRETO, 2019).
A liberação miofascial pode ser efetuada através do manuseio de instrumentos, como por exemplo, o rolo de espuma (RE), abrasão, hastes e massageadores, bem como, por manejos manuais, ou, ainda, ambos associados, onde a terapeuta manipula o tecido miofascial mobilizando uma determinada região corporal que geralmente se apresenta densa e limita o deslizamento entre as estruturas do tecido musculoesquelético, restringindo o movimento fisiológico. (LIMA,2020)
No que concerne à aplicação da liberação miofascial em atletas, Cheatham et al e Souza enfatizam que o uso terapêutico da liberação miofascial tem sido aplicado aos esportistas, sobretudo, durante períodos de exaustão em treinamentos, ou seja, quando a fadiga já está instalada nos músculos e, dentre os principais efeitos da técnica, Cheatham et al salientam a melhora na flexibilidade e na força muscular. (CAMARA G, 2019).
As fáscias são divididas entre superficial e profunda indicando as suas relações topográficas do tecido em relação a pele. O comitê Internacional de Nomenclatura Anatômica (1983) definiu a fáscia superficial como uma camada solta de tecido subcutâneo superficial e a fáscia profunda como uma camada mais densa. (HUIJING, 2012). Porém em 2009 Huijing e Langevin definiram fáscia superficial como uma camada de folhas de colágeno que juntamente com fibras elásticas bem organizadas formam um curso ondulante que está diretamente abaixo da pele. Já a fáscia profunda como uma folha mais espessa de tecido conjuntivo, principalmente denso, no qual está contido todos os ossos, cartilagens, músculos, tendões, ligamentos e aponeurose. (HUIJING, 2012).
Os esportes de alto rendimento têm crescido e a demanda imposta sobre os atletas também. Considerando que para um melhor desempenho são necessárias adaptações na capacidade aeróbica, anaeróbica e força muscular; e que muito se tem visto sobre a geração de força através das ligações de fáscias, estudar a respeito dos efeitos da liberação miofascial em atletas, especificamente corredores de alta performance, se torna um estudo relevante. (DUARTE, 2019).
2.2 Liberação Miofascial no tratamento fisioterapêutico
Atualmente, devido a sua ampla aplicação no meio esportivo, vários estudos vêm discutindo a Liberação Miofascial como uma possível técnica para minimizar sinais e sintomas musculoesqueléticos, entretendo há controvérsias a respeito da eficácia da técnica. Segundo Kidd, a liberação miofascial depende muito da interação entre o terapeuta e o paciente para determinar a pressão realizada, o que dificulta sua padronização. Além disso a subjetividade dessa interação deve ser abordada nas pesquisas envolvendo a técnica. Adicionalmente, Kidd aponta que grande parte do efeito da liberação miofascial depende da habilidade do clínico e de sua capacidade tátil de sentir as mudanças teciduais, e que os efeitos biológicos do toque podem alterar a eficácia do tratamento. Sendo assim, esses autores discutem a confiabilidade entre avaliadores e a baixa qualidade metodológicas das evidencias. (D RAMOS, 2019).
Dessa forma, vários métodos podem ser empregados para a liberação miofascial. Porém até o momento, não há um consenso sobre qual método seria mais eficaz e qual o protocolo a ser seguido. Além disso, pouco se sabe em relação aos efeitos fisiológicos e mecanismos da Liberação Miofascial atualmente. (Almeida, 2019).
A transmissão de forças da fáscia é importante nas funções proprioceptivas e neuroceptivas. O conjunto das fáscias geram um componente de biotenseguridade, processo em que ocorre a transmissão de forças de modo a estabilizar estruturas, dissipando a carga de forma homogenia pelo corpo. Graças a essa propriedade, a fáscia auxilia na estabilização tecidual, à medida que envolve as estruturas, assumindo um papel de estabilização dinâmica do sistema musculoesquelético. (BARROS, 2021).
A técnica de liberação miofascial tem se mostrado uma boa estratégia no tratamento da dor miofascial em todas as suas formas de intervenção, porém as técnicas de autoliberação apresentam menor eficiência quando comparada as liberações realizadas por profissionais. Tanto as intervenções manuais quanto as realizadas por meio instrumental demonstraram bons resultados. Contudo devem ser realizados mais estudos de alta qualidade metodológica para definir os reais efeitos fisiológicos e clínicos das técnicas em questão. (MARTINS; PEREIRA; FELÍCIO, 2019).
Outra técnica de terapia manual miofascial é a massoterapia, que pode trazer benefícios como: aumento da circulação, melhora dos tônus musculares, equilíbrio das funções biológicas (relaxamento dos músculos; nervos; conforto articular); alívio das dores, alívio do estresse; além de prevenir doenças. (JUNIOR, 2020).
Como estratégia de prevenir comprometimentos musculares no atleta e contribuir para a flexibilidade, e um melhor desempenho, técnicas como alongamento, liberação miofascial, crioterapia, contraste e suplementação, vem sendo utilizada como estratégia eficaz para os atletas. A liberação miofascial faz com que o fluxo sanguíneo aumente e como consequência ocorre a redução miofascial e o alívio das dores musculares, diminuindo a rigidez provocada pelo treinamento físico e permitindo a modulação de tônus muscular, sendo positiva para acelerar o processo de recuperação pós treino. (FRAGA, 2015)
2.3 Liberação Miofascial no Desempenho funcional de Atletas
Sabendo que a energia é a capacidade de produzir força, realizar trabalhos e gerar calor e que pelo princípio de conservação de energia, nenhuma energia pode ser destruída. Uma vez que alguns Estados apontam que a transmissão de força tênsil se dá através da fáscia e que alteração da flexibilidade fascial leva a alterações que podem ser correlacionadas diretamente com o desempenho físico e que parece existir uma lacuna na literatura quanto as alterações em atividades reais do paciente promovidas pela implementação de técnicas de liberação miofascial. Se realiza uma revisão na literatura que busca identificar alterações em testes funcionais advindas da implementação de técnicas de liberação miofascial para melhorar o desempenho nas atividades cotidianas. (MARINHO,2017).
O treinamento Físico visa a melhora do desempenho físico esportivo através da aplicação de um processo organizado e sistemático composto por exercícios físicos. É caracterizado como um processo repetitivo e sistemático composto de exercícios progressivos. Neste sentido, o treinamento físico pode ser compreendido como aperfeiçoamento físico, nos seus aspectos morfológicos e funcionais, impactando diretamente sobre a capacidade de execução de tarefas que envolvam demandas motoras, sejam elas esportivas ou não. O principal foco do treinamento físico é trabalhar a musculatura, melhorando qualidades físicas como força, resistência e flexibilidade. (BOYLE, 2011).
Estudos recentes destacam que o papel da fáscia, tecido conjuntivo de sustentação que envolve as fibras musculares é contribuir para transmissão de força entre os seguimentos corporais. (MYERS, 2010). Entretanto, se por um lado, a tensão dessa rede de tecido fascial é importante para a coordenação de movimentos, a perda de sua elasticidade reduz a capacidade de movimentos amplos e flexíveis e a circulação de substancias do interior da estrutura miofascial. (KUMKA, 2012).
A partir de resultados de estudos de revisão existem evidencias bem sintetizadas sobre os efeitos do auto liberação miofascial no contexto de treinamento físico para amparar os profissionais de educação física, bem como os atletas, identificando as abordagens disponíveis que tem de fato contribuídos neste contexto de pesquisas. (FRAGA, 2015).
2.4 Efeito das sessões de autoliberação Miofascial
A auto liberação miofascial com rolo (ALM) vem sendo utilizada como estratégia para aumento de desempenho pré treino e aceleração do processo de recuperação. A ALM parece melhorar o desempenho e a recuperação da potência dos membros inferiores, velocidade, agilidade, flexibilidade, bem como melhor ativação muscular, redução da dor muscular tardia e melhora da função vascular endotelial. (TM; NA, 2008).
Neste contexto, a ALM se destaca como estratégia para acelerar o processo de recuperação do dano muscular, reduzir a sensação de fadiga e dor muscular, aumentar a flexibilidade, e ajudar na manutenção do desempenho físico de atletas. Apesar da ALM ser muito utilizada na prática, há necessidade de maior respaldo científico para que praticantes, atletas, treinadores, médicos e cientistas do esporte possam aplicar a ALM baseando-se em evidencias. (PEDRO, 2021).
Tendo em vista os diferentes protocolos de utilização da ALM é necessário compreender qual o efeito de uma sessão de ALM no desempenho e recuperação de atletas e examinar se múltiplas sessões de ALM poderiam gerar melhores resultados, uma vez que o tipo de sessão mais eficaz para acelerar o processo de recuperação ainda é desconhecido. (GREVE, 2022).
Descrições recentes remetem como uma rede de tecidos colágenos que fazem parte de um sistema de transmissão de força de uma rede de tensão que interconecta todo o corpo como propriedades biomecânicas das estruturas de tensigridade. Composta por elementos de compreensão e tensão, onde os primeiros não são contínuos entre si e não transmite a compreensão diretamente um ao outro já os segundos estão dispostos continuamente e distribuem diretamente sua carga de tensão para todos os outros elementos de tensão. Essas vias miofasciais são apontadas por permitir que a tensão produzida por um músculo se propague fora de seus limites e potencialmente afete estruturas do corpo adjacente a ele. (CARVALHAIS; ROBERT, 2013.)
De acordo com Souza e Meija (2012) a liberação já tem anos de conhecimento por pacientes em consultórios, um dos seus benefícios é a liberação dos pontos de gatilho e para um início de tratamento quando não se consegue realizar mínimos movimentos de amplitude. A manipulação miofascial tem muitos benefícios. Sendo eles:
– A manipulação miofascial proporcionando uma sensação de bem-estar e alívio; – Devido a manipulação no local promove um acúmulo sanguíneo, trazendo essa sensação de relaxamento;
– Auxilia na melhora do movimento, caso a fáscia esteja totalmente livre, a locomoção será realizada normalmente;
– Diminui as dores musculares ao ser liberado os pontos de tensão; -Restaura a amplitude de movimento do local onde esta possibilidade está sendo restrita.
A flexibilidade muscular é a capacidade que o musculo tem de ser esticado e não sofrer nenhum tipo de dano. Segundo Barbanti (2011) flexibilidade é uma capacidade física de realizar movimentos em certas articulações com amplitudes de movimento apropriado, sem causar lesão. O treinamento físico traz para o indivíduo benefícios para qualidade de vida, por exemplo, melhora a qualidade de vida, a saúde, respiração, postura melhora o desempenho ds atividades durante o treino, diminuindo o sedentarismo. Ela contribui também para o lado social do indivíduo em se envolver com outras pessoas no ambiente onde treina, podendo aumentar o número de pessoas na sua vida social. (SILVA, 2012).
Barbanti (2011) cita que o treinamento físico é um tipo de treino que tem como seu objetivo principal desenvolveras capacidades motoras (condicionais e coordenativas) dos sujeitos executantes, que são elas necessárias para se obter rendimentos elevados, conquistando essas capacidades através dos exercícios corporais.
O material revisado e analisado, todos os artigos selecionados para esta revisão de pesquisa como base de estudo, foi complementado com base nos dados descritos que revisou anatomia, a fisiologia do músculo e as técnicas de liberação miofascial e alongamento, bem como seus benefícios no desempenho de atletas, nos últimos dez anos até os dias atuais. Foi realizado em toda bibliografia um estudo comparativo que foram utilizados para o mesmo fim.
3. CONCLUSÃO
As grandes competições esportivas, como Olimpíadas, copa do mundo e campeonatos mundiais despertam a atenção das mídias, tendo como participantes os melhores atletas do mundo, geralmente muitos fãs e ídolos do esporte. Sabemos também que em todos os níveis das práticas esportivas, onde há competição, por consequência teremos algum tipo de pressão por resultados, seja ela exercida pelos próprios atletas ou pelos técnicos. No auto rendimento o Nível elevado de competitividade exige que os fatores impostos pelos atletas tenham o melhor desempenho esportivo possível e sejam bem trabalhados ao logo de sal preparação.
Com a liberação miofascial em atletas pudemos concluir no referido artigo que esta técnica usada como forma de aplicação e melhoramento de alguns pontos de tensão e dor dos atletas depois de seus treinos repetitivos extensos; como objetivo de relaxar e alongar os músculos permitindo uma melhor flexibilidade e drenagem de metabólicos provenientes de esforços físicos por estes atletas.
Cada atleta deve ter seu acompanhamento por profissional fisioterapeuta devidamente capacitado para tal, podendo ser realizada por estes profissionais com ou sem instrumentos com técnicas bem aplicadas e protocolos bem definidos afim de se obter resultados satisfatórios. Cabe ao próprio Fisioterapeuta decidir o melhor plano miofascial e a intensidade da aplicação.
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*Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em Traumato Ortopedia