Levantamento de casos de esporotricose felina nos municípios de abrangência da 15ª Regional de Saúde do Estado do Paraná

SURVEY OF FELINE SPOROTRICHOSIS CASES IN THE MUNICIPALITIES COVERED BY THE 15TH REGIONAL HEALTH DEPARTMENT OF THE STATE OF PARANÁ

REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th102411251822


Maria Fernanda Schamber*
Larissa Fachinetti Zanuto
Guilherme Cividini
Fernanda Palma Simão
Bruna Letícia Domingues Molinari


RESUMO

A esporotricose é uma micose zoonótica que afeta o tecido subcutâneo, causada pelos fungos do complexo Sporothrix schenkii. Os fungos Sporothrix spp. são dimórficos, assumindo formas miceliais em temperatura ambiente (25°C) e de levedura em temperaturas corporais (37°C). Essa doença é a micose subcutânea mais comum na América Latina e afeta diversas espécies. Os felinos, especialmente, têm um papel importante na disseminação devido ao seu comportamento, como subir em árvores e esfregar-se em objetos contaminados, além de mordidas e arranhões. A infecção ocorre através de lesões na pele, geralmente causadas por arranhaduras ou mordeduras de gatos infectados, e resulta em lesões nodulares, papulares e ulcerativas que podem drenar exsudatos. Considerando o perfil zoonótico da doença e o papel dos animais como fontes de infecção, o objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de casos notificados de esporotricose em felinos domésticos nos municípios de abrangência da 15ª Regional de Saúde do Estado do Paraná nos anos de 2023 e 2024. Para a avaliação foram utilizados dados oficiais disponibilizados pelos correspondentes citados. O contato com os municípios foi estabelecido mediante envio de ofícios via e-mail e whatsapp, conforme o meio de comunicação que ofereceu o retorno mais eficiente. Cinco municípios (22,72%) notificaram 22 casos de esporotricose felina em 2023 e 2024, sendo 4 confirmados laboratorialmente (18,18%) e 16 positivos por análise clínico-epidemiológica (72,72%). Evidenciou-se que a região de abrangência da 15ª Regional de Saúde apresentou uma baixa frequência de registros de esporotricose durante o período analisado.

Palavras-chave: Esporotricose. Felinos. Zoonose.

ABSTRACT

Sporotrichosis is a zoonotic mycosis that affects the subcutaneous tissue, caused by fungi of the Sporothrix schenkii complex. Sporothrix spp. fungi are dimorphic, assuming mycelial forms at room temperature (25°C) and yeast forms at body temperatures (37°C). This disease is the most common subcutaneous mycosis in Latin America and affects several species. Felines, in particular, play an important role in the spread due to their behavior, such as climbing trees and rubbing against contaminated objects, as well as bites and scratches. Infection occurs through skin lesions, usually caused by scratches or bites from infected cats, and results in nodular, papular and ulcerative lesions that can drain exudates. Considering the zoonotic profile of the disease and the role of animals as sources of infection, the aim of this study was to identify the prevalence of sporotrichosis in domestic cats reported in the municipalities covered by the 15th Regional Health Department of the State of Paraná in the years 2023 and 2024, using official data provided by the correspondents. Contact with the municipalities was established by sending letters via email and whatsapp, depending on the means of communication that offered the most efficient return. Five municipalities (22.72%) reported 22 cases of feline sporotrichosis in 2023 and 2024, of which 4 were laboratory-confirmed (18.18%) and 16 were positive by clinical-epidemiological analysis (72.72%). It was evident that the region covered by the 15th Regional Health Department had a low frequency of sporotrichosis records during the period analyzed.

Keywords: Sporotrichosis. Cats. Zoonosis.

INTRODUÇÃO

A esporotricose é uma micose zoonótica que afeta, principalmente, o tecido subcutâneo e tem como agente etiológico fungos do gênero Sporothrix, especialmente as espécies S. schenckii, primeira a ser descoberta, em 1898, S. brasiliensis, S. globosa e S. luriei, as mais patogênicas (Teixeira et al., 2014; Rodrigues, Hoog & Camargo, 2016).

Os fungos que fazem parte do gênero são termodimórficos, ou seja, podem ser encontrados tanto na forma micelial, pluricelular, em temperaturas ambiente por volta de 25°C, disseminados na natureza, em plantas, árvores e solos que apresentam matéria orgânica em decomposição, quanto na forma de levedura, unicelular, parasitária, em temperaturas próximas de 37°C, condizentes à temperatura corporal da maioria dos animais (Gonçalves, Gremião, Kölling, Duval & Ribeiro, 2019; Rossow et al., 2020).

Apesar de ser uma doença de ocorrência mundial, sua frequência é maior na América Latina, tendo sido descrita em diferentes espécies animais como cães, gatos, ratos, equinos, ruminantes, suínos, chimpanzés, aves domésticas e humanos (Almeida et al., 2018; Macêdo-Sales et al., 2018; Gonçalves et al., 2019). A esporotricose apresenta um padrão de ocorrência específico, manifestando-se através de surtos zoonóticos (Gremião, Miranda, Reis, Rodrigues & Pereira, 2017). Nos últimos 20 anos, a esporotricose tem se disseminado rapidamente pelo Brasil, com casos em humanos e animais (Gremião, Oliveira, Miranda, Freitas & Pereira, 2020). Até 2015, foram contabilizadas 782 hospitalizações e 65 óbitos humanos no país, sendo estimado que esses números sejam maiores atualmente, uma vez que novos surtos têm sido reportados desde então. Além disso, a esporotricose, assim como outras doenças fúngicas, tem sido negligenciada, fato este que contribui com a disseminação da enfermidade (Gonçalves et al., 2019).

Os gatos domésticos, principalmente os inteiros e com acesso livre às ruas, apresentam grande importância epidemiológica, pois são caracterizados como os principais transmissores da enfermidade. Sua infecção é favorecida pelos hábitos de subir em árvores e cavar o solo, colaborando com a contaminação de unhas e boca com o fungo que, na presença de lesões preexistentes, poderá causar a infecção. A transmissão para outros animais e para o ser humano ocorre através de lambeduras, mordidas e arranhaduras (Almeida et al., 2018; Gonçalves et al., 2019). No Brasil, 91% dos casos em humanos estão relacionados ao contato com gatos e, dentre as espécies fúngicas, S. brasiliensis é o principal agente causador (Portuondo et al., 2016).

A enfermidade pode se manifestar na forma cutânea, apenas com lesões de pele, linfocutânea, forma clínica mais comum, acometendo a pele e o sistema linfático, extracutânea, quando a doença acomete outros órgãos com exceção da pele, ou disseminada, quando acomete a pele e se espalha para outros órgãos (Jackson & Marsella, 2012; Megid, Ribeiro & Paes, 2016). O diagnóstico definitivo é realizado através de exames como a citologia, histopatologia e a cultura fúngica. Já o tratamento se baseia, principalmente, na associação de itraconazol com iodeto de potássio até 2 meses após a remissão total das lesões para evitar refratariedade (Gremião et al., 2021). Em situações de piora severa, ou quando não é possível realizar o tratamento, a eutanásia é indicada (Santos et al., 2018).

A prevenção e o controle da doença estão relacionados com a conscientização da população sobre posse responsável dos animais. As ações consistem em realizar a castração, reduzir o acesso dos animais à rua e mantê-los sempre saudáveis, já que não existe vacina para a doença (Portuondo et al., 2016; Lecca et al., 2020). Em casos de animais positivos, deve-se estabelecer o tratamento o mais rápido possível, realizar seu isolamento utilizando os equipamentos de segurança, além da desinfecção do ambiente contaminado com hipoclorito de sódio e a notificação compulsória ao órgão de saúde do estado ou município (Brum, Conceição, Ribeiro & Haddad, 2007; Lloret et al., 2013). A incineração das carcaças é indicada nos casos de óbito (Orofino-Costa, Macedo, Rodrigues & Bernardes-Engemann, 2017).

Em 07 de março de 2022, a Secretária de Saúde do Paraná publicou a Resolução SESA nº 093/2022, que estabelece a esporotricose humana e animal como doenças de interesse estadual e de notificação obrigatória em todo o território do estado. A medida veio como uma resposta ao aumento de casos de esporotricose em humanos e animais no Paraná, registrados em diversos municípios dispersos do Estado. Segundo dados advindos da Secretaria, até o mês de outubro de 2023 foram notificados 2.274 casos da doença em animais e 660 em humanos. As regionais de saúde Metropolitana de Curitiba, de Foz de Iguaçu e de Paranaguá são as que apresentam maior ocorrência da doença.

Mediante o exposto, é evidente que os gatos domésticos representam um fator importante na transmissão da esporotricose. Além disso, a grande quantidade de animais errantes, a dificuldade em manter os animais infectados isolados, a falta de colaboração dos tutores, o tempo de tratamento prolongado e a ausência de vacinas, dificultam o controle da doença e colaboram para a sua disseminação entre animais e humanos. Considerando a ausência de estudos epidemiológicos sobre a doença em Maringá e região, o presente estudo teve como objetivo identificar os casos de esporotricose felina nos municípios de abrangência da 15ª Regional de Saúde do Estado do Paraná nos anos de 2023 e 2024.

MATERIAIS E MÉTODOS

O levantamento de casos de esporotricose felina notificados entre os anos de 2023 e 2024 nos municípios de abrangência da 15ª Regional de Saúde do Estado do Paraná foi realizado, inicialmente, por meio do envio de ofícios para os endereços de e-mail das Secretarias de Saúde e Prefeituras dos municípios.  As cidades incluídas na pesquisa foram Ângulo, Astorga, Atalaia, Colorado, Doutor Camargo, Floraí, Floresta, Flórida, Iguaraçu, Itaguajé, Itambé, Ivatuba, Lobato, Mandaguaçu, Mandaguari, Marialva, Munhoz de Melo, Nossa Senhora das Graças, Nova Esperança, Ourizona, Paiçandu, Paranacity, Presidente Castelo Branco, Santa Fé, Santa Inês, Santo Inácio, São Jorge do Ivaí, Sarandi e Uniflor, onde o controle da esporotricose animal é conduzido pelas Unidades de Vigilância (Sanitária, Epidemiológica e Ambiental), pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e, em alguns casos, pelas Secretarias de Saúde.

Para os municípios que não responderam aos ofícios enviados por e-mail, foi realizado contato via telefone e/ou por WhatsApp, conforme o meio de comunicação que apresentou maior facilidade de retorno. Em todos os casos foram solicitados o número de casos notificados da doença em felinos, sua faixa etária, sexo, raça e procedência.

Os dados obtidos foram tabulados e analisados de forma descritiva. A análise incluiu o número de casos notificados e a frequência dos casos em cada cidade por ano. Informações referentes à idade e ao sexo dos animais foram inclusos a depender da resposta de cada município. As informações coletadas, registradas nas notificações, foram utilizadas para gerar uma visão geral da distribuição da esporotricose felina nos municípios abrangidos pelo estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Obteve-se êxito no retorno de 22 dos 30 municípios de abrangência da 15ª Regional de Saúde. Sete municípios não se manifestaram, sendo eles: Atalaia, Flórida, Itambé, Ourizona, Paiçandu, Paranacity e Santa Inês. Adicionalmente, a cidade de Nossa Senhora das Graças, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou a impossibilidade de fornecer dados relacionados à saúde animal, justificando a ausência de um profissional habilitado para acesso e repasse de tais informações.

No total, 5 (22,72%) municípios reportaram a notificação de 22 casos de esporotricose felina nos anos de 2023 e 2024. Destes, 4 (18,18%) casos foram confirmados por teste laboratorial e 16 (72,72%) foram considerados positivos mediante análise clínico-epidemiológica. Os dados referentes aos casos notificados de esporotricose nos anos de 2023 e 2024 encontram-se descritos no Quadro 1.

Quadro 1 – Notificações de casos esporotricose felina em 2023 e 2024

Com relação a notificação de casos por ano, é possível notar um aumento de casos de 2023 (1 caso) para 2024 (19 casos). Esse fato pode ser atribuído à expansão da doença na região, visto que seu caráter infeccioso facilita sua rápida propagação. Poester et al. (2018) relatam que a falta de informação sobre o agente, aliado aos hábitos da espécie felina (como escavação do solo e afiação das garras) são fatores de risco na disseminação da esporotricose e à saúde pública. Igualmente, o aumento dos registros é passível de ser associado a um progresso na conscientização da população e dos profissionais veterinários em notificar adequadamente a doença, embora os números ainda sejam considerados baixos em comparação a outras Regionais de Saúde do estado.

Ao acessar o site da Secretaria de Saúde do Paraná, foi verificada uma divergência no número de casos em animais notificados em 2023 e 2024. Segundo o portal, foram 18 casos notificados, sem especificação da espécie acometida. Possivelmente, essa discrepância é consequência tanto da não atualização constante dos dados enviados pelos municípios quanto de erros de registro.

A análise dos dados obtidos revela uma diferença significativa entre as grandes metrópoles paranaenses e a região da 15ª Regional de Saúde, sinalizando uma possível influência de fatores como a subnotificação e ausência de estudos epidemiológicos aprofundados. O presente estudo constatou que, na região investigada, há uma limitação de registros de esporotricose felina, enquanto outras Regionais de Saúde, como a Metropolitana de Curitiba, Paranaguá e Foz do Iguaçu, apresentam os maiores números de notificação do estado: 1579, 311 e 260 casos registrados em 2024, respectivamente. O elevado número de notificações em Curitiba pode não apontar obrigatoriamente uma maior prevalência da doença, mas uma estrutura mais eficiente de vigilância, contrastando com o cenário observado na Regional de Saúde de Maringá.

No mesmo contexto, o Rio de Janeiro é o estado com o maior número de casos notificados do país e é conhecido por apresentar surtos recorrentes da doença. O estado concentra a maior epidemia de esporotricose felina, sendo os casos oriundos principalmente nas zonas urbanas, informação que corrobora com estudos de Michelon et al. (2019), enfrentando a falta de vigilância ativa e educação sanitária (Barros et al., 2010). De modo análogo, a crescente urbanização da 15ª Regional de Saúde pode influenciar a dinâmica da doença, que tornou-se uma zoonose predominantemente urbana, apesar da falta de registros formais, os quais são capazes de mascarar uma realidade semelhante ao estado da região sudeste.

A presente pesquisa apontou que os municípios de Iguaraçu e Ivatuba manifestaram notificações de esporotricose em 2023, mas não registraram casos em 2024. Essa ausência pode ser resultado de diversas razões, como ampliação do monitoramento da doença ou a existência de subnotificação, devido a falhas na vigilância ou direcionamento da atenção para outras demandas de saúde pública. Por outro lado, Mandaguaçu apresentou a situação oposta, com notificações apenas em 2024 e ausência de registros no ano anterior. Essa diferença pode indicar a intensificação da doença no município em 2024, possivelmente impulsionada por mudanças na dinâmica da transmissão ou pela melhoria no sistema de notificação dos casos.

O diagnóstico laboratorial definitivo é baseado na análise das características macroscópicas, microscópicas e histopatológicas, obtidas por meio do isolamento e cultura fúngica de fragmentos das lesões, aspirados de feridas, abscessos, swabs de conjuntiva ocular e secreções (Santos, 2020). Contudo, a constatação inicial da doença requer a integração entre avaliação clínico-epidemiológica e técnicas laboratoriais, especialmente devido ao impacto zoonótico da doença. 

O diagnóstico clínico-epidemiológico é essencial para identificar focos, notificar casos e agir rapidamente na intervenção dos animais infectados, evitando a progressão da infecção e sua transmissão, tanto para animais como para humanos. Entretanto, a confirmação laboratorial é fundamental para evitar falsos diagnósticos, tratamentos inadequados e o aumento da disseminação do fungo. A ausência de um diagnóstico preciso da doença pode agravar a subnotificação, visto que ela apresenta diagnósticos diferenciais, como carcinoma de células escamosas, dermatofitoses, criptococose, leishmaniose e micobacterioses cutâneas (Mauldin & Peters-Kennedy, 2015). Em áreas endêmicas, um diagnóstico preciso apoia a vigilância epidemiológica e a implementação de medidas preventivas, como campanhas educativas, castração e controle populacional de felinos.

Esses fatores podem ter impactado significativamente os dados do presente trabalho. A predominância de diagnósticos baseados apenas em avaliações clínicas pode ter contribuído para a maior disseminação do fungo, devido à falta de conhecimento aprofundado sobre a infecção. Essa limitação dificulta a avaliação da real prevalência da doença e aumenta a probabilidade de diagnósticos incorretos (Vasconcelos, Torres & Donato, 2021). Todavia, é importante enfatizar que a notificação dos casos de zoonoses, ainda que suspeitos, é fundamental para auxiliar as autoridades de saúde na identificação de padrões de transmissão e áreas de maior risco da doença. Ademais, com informações precisas, os órgãos de saúde conseguem realizar o planejamento para ações de controle efetivas a médio e longo prazo, protegendo tanto a população humana quanto animal. De forma adicional, as notificações realizadas de forma frequente permitem que sejam promovidas campanhas de conscientização e ações preventivas, limitando o impacto da doença (Paiva et al., 2020).

Dos 22 casos notificados, apenas 3 cidades forneceram informações mais detalhadas sobre os casos: em Mandaguaçu identificou-se somente o sexo dos animais, em Ivatuba, a idade e procedência, e em Iguaraçu somente a procedência. A falta de informações detalhadas em notificações de zoonoses compromete a qualidade dos dados epidemiológicos, dificultando a elaboração de estratégias eficazes de controle (Garcia, Lima & Leite, 2022). Dados incompletos impedem a identificação de grupos de maior risco, como gatos de rua, machos, fêmeas, filhotes ou adultos, limitando ações preventivas e priorização de atendimentos. Além disso, sem essas informações, não é possível correlacionar fatores de risco com manifestações clínicas da doença. Por exemplo, filhotes ou animais idosos, devido à fragilidade do sistema imunológico, podem desenvolver formas mais graves da esporotricose, o que poderia influenciar nos protocolos terapêuticos. A falta de dados, no entanto, pode inviabilizar o aprimoramento dessas abordagens.

De acordo com as evidências documentadas na literatura, há uma tendência maior de ocorrência da esporotricose em machos não castrados de vida livre (Madrid, Mattei, Fernandes, Nobre & Meireles, 2012). Em estudo, Almeida et al. (2018) testaram 100 felinos com lesões suspeitas de esporotricose, na cidade de Campo dos Goytacazes, Rio de Janeiro. Ao analisarem o perfil dos 66 animais que positivaram (66%), verificou-se uma predominância em machos não castrados (46 animais – 69,6%), e de animais que tinham acesso à rua (59 felinos – 89,3%). Os dados obtidos no presente estudo estão de acordo com a pesquisa de Almeida et al. (2018), o qual evidenciou predominância da doença em machos não castrados, principalmente nos dados obtidos na prefeitura de Mandaguaçu.
           

Algumas cidades informaram a ocorrência de casos em outras espécies. Dentre os casos notificados de esporotricose em 2024, a Secretaria de Saúde de Iguaraçu informou a ocorrência de um caso em um canino SRD de 7 meses, confirmado por cultura fúngica, e a Secretaria de Saúde de Mandaguaçu reportou 3 notificações em caninos, sendo 1 confirmado com teste laboratorial, sem especificação do exame realizado.

A esporotricose em cães é considerada rara, com poucos casos documentados na literatura. Mendes, Sinhorini e Cortez (2022) relataram um caso em uma cadela residente na cidade de São Paulo que teve contato com terra de um vaso de plantas e, a partir disso, começou a apresentar sintomas da doença, confirmada posteriormente por cultura fúngica. De forma semelhante, Siqueira et al. (2024) descreveram um caso em uma cadela sem acesso à rua, onde se teve dificuldade na determinação precisa da fonte de infecção. Em ambos os casos, a suposição feita foi a possibilidade da inalação de esporos como uma via de transmissão, corroborando com o levantamento feito por Schubach, Menezes e Wanke (2012). A mesma hipótese pode ser associada ao presente estudo uma vez que não há histórico dos animais infectados, impossibilitando a confirmação de uma causa precisa da infecção.

Os cães, embora menos suscetíveis à esporotricose, têm impacto relevante na saúde pública e na epidemiologia da doença, já que podem atuar como hospedeiros ocasionais, transmitindo o fungo a outros animais e humanos, especialmente em ambientes compartilhados com gatos, que são a principal fonte de disseminação. A convivência próxima entre cães e gatos facilita a transmissão, aumentando a contaminação ambiental em áreas urbanas e rurais. O diagnóstico em cães é desafiador, já que os sintomas podem ser confundidos com outras doenças de pele, o que leva à subnotificação e subestima seu papel na cadeia epidemiológica. (Mascarenhas et al., 2018). Por isso, é fundamental conscientizar os tutores de cães sobre os sinais clínicos e as formas de transmissão da esporotricose, especialmente em regiões com alta prevalência em gatos. Reconhecer o papel dos cães na dinâmica da doença é crucial para desenvolver estratégias eficazes de controle, protegendo tanto os animais quanto a saúde pública.

Durante a coleta dos dados foi possível observar várias limitações que podem afetar a análise e interpretação das informações. As principais dificuldades identificadas foram o contato com os órgãos responsáveis por disponibilizar os dados, caracterizado pelos atendimentos frequentemente iniciados, mas não concluídos, obtendo informações incompletas ou ausência total de resposta; a falta de informações essenciais sobre o histórico dos animais e a ausência de um sistema padronizado de vigilância. Além disso, também vale ressaltar um evidente desinteresse de parte dos veterinários em realizar as notificações, a falta de empenho dos órgãos responsáveis para investigar os casos suspeitos e, principalmente, a dificuldade de estabelecer contato com as Secretarias para obtenção das informações necessárias.

Apesar das tentativas, houve dificuldade em obter dados sobre faixa etária, sexo, castração e acesso à rua dos felinos. A principal complicação em adquirir essas informações é que, por se tratar de animais semi domiciliados e errantes, geralmente não há um histórico fidedigno ou um responsável que possa fornecer esses detalhes. Além disso, o manejo e a identificação desses gatos, justamente por sua condição de vida, se tornam complexos e a obtenção de um perfil mais completo e detalhado é quase impossível.

As informações extraídas para a realização deste estudo evidenciam uma baixa incidência de casos de esporotricose na região, embora isso não esteja de acordo com o estudo observacional por meio do contato com algumas clínicas veterinárias da região de Maringá-PR. Alguns estabelecimentos relataram já ter atendido casos positivos para a doença, o que sugere a ocorrência de subnotificações ou a falta de um registro adequado. Isso ratifica a necessidade de um sistema unificado para a melhor obtenção desses dados.

Um método eficaz para evitar negligências, facilitar a notificação obrigatória e assegurar a investigação dos casos seria a criação de um sistema unificado para todas as Secretarias de Saúde do país, semelhante ao e-SISBRAVET (Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias). Esse sistema, criado pelo MAPA para monitorar animais de interesse agropecuário, é uma ferramenta eletrônica específica para registrar e monitorar notificações suspeitas de doenças. As investigações ficam sob responsabilidade do Serviço Veterinário Oficial (SVO). Tanto leigos quanto médicos veterinários podem inserir notificações no sistema, que é atualizado diariamente e gera tabelas estatísticas e dados de incidência. Mesmo que o órgão responsável não investigue um caso notificado, a ocorrência ficará registrada em um banco de dados.

A esporotricose é uma zoonose emergente no Brasil (Gremião et al., 2017), especialmente em áreas de vulnerabilidade social (Scuarcialupi, Pereira & Baquero, 2021). Embora nos humanos a doença seja restrita a pele, mucosas e tecido subcutâneo, gera custos sociais indiretos, incluindo afastamento das atividades de integração e aparência indesejável das lesões, como apontado em estudos por Pires, Peter e Andrade (2016). Nos gatos domésticos, a esporotricose pode apresentar sintomas sistêmicos graves, levando a sacrifícios desnecessários e perpetuando o ciclo de transmissão. Para controlar essa situação, é essencial promover educação ambiental e esclarecer a população sobre o ciclo do fungo e a importância da guarda responsável de felinos (Pereira, Brito, Oliveira & Osório, 2021).

O desconhecimento do tamanho da população de gatos de rua, e a presença de animais com infecção subclínica ou cura espontânea, que passam despercebidos também influenciam a baixa notificação da doença (Larsson et al., 2011). No ano de 2018, foi realizado um trabalho com 100 tutores que analisou seu nível de entendimento com relação a doenças consideradas zoonoses. Somente 9 declararam que conheciam a esporotricose, 6 relataram entender sobre a transmissão por arranhadura e apenas 3 entendiam a importância do tratamento do animal afetado (Oliveira-Neto, Souza, Carvalho & Frias, 2018). É importante explicar ao tutor responsável pelo animal em tratamento a necessidade de isolar o gato doente, as formas de transmissão da esporotricose e os métodos preventivos, como a castração, que consequentemente reduz a exposição do animal às ruas (Oliveira-Neto et al., 2018).

A subnotificação é apontada como uma das principais restrições nos sistemas nacionais e internacionais de controle e prevenção de doenças, sendo relacionada a diagnóstico incorreto, óbito precoce dos pacientes antes mesmo da confirmação da doença, burocracia, falta de um sistema unificado de notificação em animais de companhia. Ainda, é possível citar a falta de treinamento dos médicos veterinários de animais de pequeno porte para realizarem corretamente a notificação, desinformação da população e dos profissionais habilitados pelas vigilâncias de cada município sobre a doença (Caceres, Tizzani, Ntsama & Mora, 2020).

Dessa forma, diante dos fatos apontados, reconhece-se que a esporotricose dispõe de um impacto direto na saúde pública, que ocorre de forma proeminente na zona urbana e na qual os casos estão aumentando cada vez mais. Portanto, é necessário promover o conhecimento da população sobre a existência e importância dos cuidados com essa doença. Determinadas medidas podem desempenhar um papel essencial no auxílio ao tratamento e prevenção da esporotricose, contribuindo para minimizar os riscos: a disponibilização do itraconazol nas unidades de saúde das cidades em que há registros de casos, divulgação das medidas preventivas da doença em humanos e animais através de cartazes nas instituições de saúde (Barros et al., 2010), popularização do serviço de castração gratuita disponível para a região de Maringá e destinação correta da carcaça em casos de óbito. Além disso, deve-se frisar a importância do uso de EPI’s adequados, tanto para profissionais veterinários quanto para os indivíduos que realizarem a manipulação dos animais errantes e com lesões suspeitas da doença (Lloret et al., 2013).

CONCLUSÃO

Diante dos dados analisados e expostos, conclui-se que há uma baixa frequência de registros de esporotricose na região de abrangência da 15ª Regional de Saúde. Este cenário pode ser explicado pela real falta de casos da doença ou até mesmo pela ocorrência de subnotificações, elementos determinantes para a discrepância verificada. O acesso limitado a serviços veterinários, principalmente em locais mais afastados, a falta de exames específicos para confirmar diagnósticos e a desinformação, tanto entre a população quanto entre os profissionais de saúde animal, são fatores que contribuem para que diversos casos passem despercebidos.

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UNINGÁ – Centro Universitário Ingá, Departamento de Medicina Veterinária

*E-mail: mariafernandaschamber@gmail.com