LESÕES CARIOSAS INCIPIENTES: ASPECTOS ATUAIS E PERSPECTIVAS EM ODONTOLOGIA MINIMAMENTE INVASIVA

INCIPIENT CARIOUS LESIONS: CURRENT ASPECTS AND PERSPECTIVES IN MINIMALLY INVASIVE DENTISTRY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8057852


Vanessa Dias Barboza Munhoz¹,
Clóvis Lamartine de Moraes Melo Neto²,
Lívia Clara da Silva³,
Constantino Fernandes Neto³,
Eduarda Cristina de Oliveira Benedito³,
Isadora Martins Gasparoto³,
Victor Hugo del Salto dos Santos³,
Paulo Afonso Silveira Francisconi³.


RESUMO:

Com o passar dos anos, o avanço das técnicas e materiais empregados na odontologia, o tratamento e as abordagens à doença cárie sofreram diversas mudanças. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é realizar uma revisão narrativa da literatura no que se refere aos aspectos mais relevantes associados às lesões cariosas incipientes, bem como os pontos mais importantes para seu diagnóstico, tratamento e prevenção, além das perspectivas e abordagens mais promissoras baseadas na literatura atual.

Palavras-chave: Diagnóstico Precoce. Cárie Dentária. Remineralização Dentária.

ABSTRACT:

Over the Years and the advancement of techniques and dental materials, the treatment and approaches to caries have undergone changes. In this context, the objective of this study is to review the most relevant aspects related to incipient carious lesions, as well as the most important points for their diagnosis, treatment and prevention, in addition to the most promising perspectives and approaches based on the current literature.

Key-words: Early Diagnosis. Dental Caries. Tooth Remineralization.

1. Introdução

Com o passar dos anos e o avanço de técnicas e materiais empregados na odontologia, o tratamento e as abordagens à doença cárie têm sofrido diversas mudanças. Dentro desse quadro, a tradicional “extensão para prevenção”, preconizada por Black, deu lugar à ‘Odontologia Minimamente Invasiva’, filosofia que busca um diagnóstico detalhado, avaliação dos fatores de risco, intervenção precoce, máxima preservação da estrutura dentária e realização de procedimentos de mínima intervenção, como por exemplo, o tratamento de lesões cariosas incipientes (CHIN; KOWOLIK; STOOKEY, 2015; PANI et. al., 2022).

Lesões cariosas incipientes são definidas como lesões cariosas ativas que se encontram confinadas em esmalte. Clinicamente, em regiões de superfícies lisas do esmalte, esse tipo de lesão pode se manifestar na forma de manchas brancas; já quando localizadas nas faces oclusais, em regiões de cicatrículas e fissuras, são evidenciadas como pigmentações mais escuras. A realização de diagnóstico, intervenção e tratamento precoces, no período em que a lesão cariosa ainda está localizada no esmalte, consiste em uma das principais abordagens para evitar que o processo de desmineralização provoque maiores perdas de estrutura dentária, levando a intervenções clínicas mais invasivas (DA SILVA et. al., 2021).

Para que o diagnóstico precoce seja possível, é necessário que o profissional da odontologia esteja capacitado para atuar dentro dos aspectos mais atuais da filosofia de mínima intervenção. Nesse sentido, se faz extremamente necessário a compreensão dos processos relacionados ao desenvolvimento de lesões cariosas, microrganismos e fatores bioquímicos envolvidos no seu desenvolvimento, os aspectos mais relevantes relacionados ao diagnóstico dessas lesões, classificação atual de lesões cariosas, abordagens de intervenção, tratamentos e demais processos relacionados a esse problema de saúde pública.

2. Revisão de literatura

Etiologia da cárie dentária

Compreende-se como cárie um processo patológico multifatorial, no qual pode-se destacar a distinção entre doença cárie e lesão cariosa. É possível definir como doença cárie, o estado de desequilíbrio no processo de trocas minerais entre o meio bucal e os elementos dentários. Já a lesão de cárie, pode ser caracterizada como a alteração na superfície dentária, formada em decorrência desse desequilíbrio, desenvolvendo-se em um quadro no qual ocorre um predomínio da perda de minerais das estruturas dentárias para o meio (DOMENYUK et. al., 2018; RITTER; EIDSON; DONOVAN, 2014).

Dentro desse contexto, a característica multifatorial da doença cárie provém de sua relação com a interação de fatores específicos. Inicialmente, Keys, em 1960, definiu a etiologia dessa patologia como um envolvimento entre três fatores, denominado como “Tríade de Keys”. O primeiro fator seria o hospedeiro, ou seja, um indivíduo que apresente elementos dentários naturais, banhados pelo fluxo salivar; o segundo se caracteriza como a presença de microrganismos cariogênicos. Por fim, o terceiro fator seria a dieta, já que o tipo de alimentação do indivíduo exerce grande influência sobre a ocorrência da doença, já que atua como substrato para o metabolismo de bactérias cariogênicas (BALSARAF; CHOLE, 2016; FERNÁNDEZ et. al., 2020).

Atualmente, um quarto fator “tempo” tem sido adicionado à proposta de Keys, já que a duração do período no qual ocorre a interação dos três fatores citados anteriormente, é determinante na progressão da lesão cariosa (MAIA; PRIMO, 2012). Pode-se citar ainda outros elementos, denominados como fatores de risco, que podem ser considerados como modificadores da doença cárie, como por exemplo a idade, padrões sociais, socioeconômicos, comportamentais, familiares, atividade profissional, presença de enfermidades sistêmicas, acesso ao flúor, entre outros (NASSAR et. al., 2020; SOWA; BIRCH, 2023).

Os três elementos propostos por Keys, atuam na ocorrência da doença cárie, de forma que a presença de equilíbrio relacionado à troca de minerais do dente com o meio bucal e vice-versa, está associado a bactérias que possuem capacidade de metabolizar carboidratos provenientes da dieta do hospedeiro, como por exemplo estreptococos do grupo mutans, lactobacilos e actinomicetos (DOS SANTOS JÚNIOR; SANTA IZABEL, 2019). Dessa forma, diante da situação de recorrente ingestão de açúcares, ausência ou deficiência de higiene bucal e presença de placa bacteriana, os microrganismos cariogênicos metabolizam o açúcar do meio, produzindo ácidos como subproduto, os microrganismos cariogênicos metabolizam o açúcar do meio, produzindo ácidos como subproduto, o que provoca a queda do pH no biofilme aderido à superfície dentária e leva ao desequilíbrio da troca de íons entre a saliva e o esmalte recoberto pelo biofilme (BILBILOVA, 2020; ZOU et. al., 2022).

Quando as quedas de pH se tornam frequentes, os constantes ataques dos ácidos bacterianos promovem um quadro em que a perda de minerais para o meio se torna maior que a capacidade de remineralização salivar, ocasionando a desmineralização do esmalte dentário (BADRIDDINOVNA et. al., 2020). As perdas minerais sucessivas desencadeiam a formação de uma lesão de mancha branca, a qual pode ser considerada como o primeiro sinal visível de instalação da lesão cariosa (ABUFARWA et. al., 2018).  

Aspectos histológicos da lesão cariosa incipiente

No estágio de lesão de mancha branca, histologicamente a lesão cariosa em esmalte apresenta 4 camadas visíveis apenas em análise microscópica. Visualizando-as a partir da superfície, em direção à dentina, essas camadas recebem as denominações: camada superficial, corpo da lesão, zona escura e zona translúcida (BESNAR et. al., 2022).

No que se refere aos padrões macroscópicos, a lesão incipiente em esmalte nas regiões de superfícies lisas apresenta configurações espaciais que lembram a forma de um cone invertido, no qual o ápice afilado se encontra direcionado para a junção amelodentinária e sua base mais alargada, direcionada para a superfície externa do dente. A justificativa para essa conformação se deve à disposição dos prismas de esmalte e estrias de Retzius na região. Por outro lado, em cicatrículas e fissuras na face oclusal, a lesão cariosa em esmalte se desenvolve difundindo-se na forma de um cone com ápice voltado para a superfície oclusal e base direcionada para a junção amelodentinária (BESNAR et. al., 2022; ISSÁO; GUEDES-PINTO, 2013). Independentemente de sua localização, a lesão inicial em esmalte é reversível e passível de remineralização, uma vez que a perda de minerais não foi suficiente para promover a destruição da união entre os prismas de esmalte e o rompimento de sua integridade superficial (RICUCCI; SIQUEIRA, 2020).

Diagnóstico de lesões cariosas incipientes

Muitas vezes subestimada pelos profissionais, o diagnóstico de lesões cariosas constitui uma das etapas de maior importância, devendo ser realizado de forma meticulosa para se determinar com confiabilidade o número dessas lesões e o estágio em que cada uma delas se encontra. A precisão do diagnóstico se faz fundamental para o estabelecimento do plano de tratamento mais adequado e individualizado, de acordo com as particularidades de cada paciente (EVANS; FELDENS; PHANTUNVANIT, 2018).

As primeiras alterações superficiais decorrentes da desmineralização por agentes cariogênicos são imperceptíveis a olho nu, de modo que a formação lesão de mancha branca é o primeiro sinal clinicamente visível. Nessa fase, inicialmente a visualização das alterações só se torna possível após a secagem da região. Porém, conforme a lesão evolui, a superfície do esmalte passa a se tornar cada vez mais porosa e menos translúcida, permitindo que a visualização da desmineralização passe a ser detectável, mesmo com o dente úmido (FERNANDEZ-FERRER et. al., 2018). Considerando tais características, o diagnóstico de lesões cariosas através da inspeção visual consiste em um método no qual se avalia as alterações de coloração e de aspecto anatômico da superfície. Entretanto, para uma inspeção visual satisfatória, ressalta-se a necessidade de uma prévia realização de profilaxia, permitindo um campo limpo, o qual também deve estar seco e bem iluminado para esse procedimento. Desse modo, haverá a possibilidade de detecção de lesões desde o estágio inicial visível (mancha branca), através da visualização do aumento da opacidade do esmalte, até a fase de lesões cavitadas (ISSÁO; GUEDES-PINTO, 2013).

O método de diagnóstico mais antigo empregado na odontologia, consistia na utilização da técnica tátil através do emprego de uma sonda exploradora com ponta afiada, a qual era tracionada sobre a superfície do dente, considerando como indício da presença de cárie o fato de a sonda prender-se a alguma porção da superfície. Entretanto, atualmente essa técnica de avaliação diagnóstica tem sido contraindicada, devido à possibilidade de que a própria sonda cause danos irreversíveis através da cavitação de lesões não-cavitadas (SHAH et. al., 2016). Evidências cientificas têm comprovado que sondas exploradoras com extremidade esférica promovem menos danos à superfície dentária que sondas exploradoras de ponta afiada. No entanto, mesmo na utilização de sonda com ponta esférica, é de fundamental importância a realização de sondagem suave, sem pressionar a superfície do dente, de modo a auxiliar a inspeção visual, compondo o ‘Método diagnóstico da inspeção tátil-visual’ (MATTOS-SILVEIRA et. al., 2016). 

A utilização de exames radiográficos compõe a segunda forma de diagnóstico de lesões cariosas mais empregada, já que a perda mineral causa alterações na densidade, espessura e até mesmo na anatomia dos tecidos dentários (ISSÁO; GUEDES-PINTO, 2013; VURAL; GÖKALP, 2017). Porém, lesões cariosas iniciais não são detectadas por meio de radiografias, ainda que já sejam visíveis clinicamente, de forma que lesões incipientes passam a ser perceptíveis radiograficamente somente quando envolvem mais da metade da espessura do esmalte (ISSÁO; GUEDES-PINTO, 2013).

Atualmente um método auxiliar, não só no diagnóstico como também nas demais etapas do processo de intervenção minimamente invasiva, é o uso do microscópio operatório, que permite maior precisão diagnóstica por meio da inspeção visual com magnificação de 5 até 20 vezes do campo operatório. Através de um conjunto de lâmpadas de halogênio frio (150 W) e fibra óptica, o microscópio operatório possibilita o aumento da acuidade visual do operador durante o exame clínico, facilitando o diagnóstico precoce de lesões cariosas, além de aumentar a precisão e a acurácia no diagnóstico diferencial de lesões, constituindo um excelente auxiliar operatório (KOBAYASHI et. al., 2018; RASHKOVA et. al., 2020).

Evidências mais recentes têm investigado o diagnóstico por uso de transiluminação por infravermelho próximo, também denominada de transiluminação dental, a qual aumenta a acurácia para o diagnóstico visual por meio da evidenciação da diferença de translucidez entre esmalte saudável e cariado. No entanto, a transiluminação ainda é indicada para uso em associação com o método de diagnóstico radiográfico, visto que mais estudos in vivo comparando esses dois métodos são necessários para verificar se transiluminação é um método seguro para ser utilizado sozinho, sobretudo no diagnóstico de lesões proximais em estágio inicial (MELO et. al., 2019).

A tomografia de coerência óptica (OCT) tem sido introduzida na odontologia como um método de diagnóstico precoce de lesões cariosas. A OCT utiliza radiação não ionizante e não invasiva, por meio de uma técnica baseada em interferometria de baixa coerência, para capturar rapidamente imagens ópticas de alta resolução. Assim, esse método fornece imagens tridimensionais que permitem monitorar e quantificar o processo de desmineralização dos tecidos dentários desde os estágios mais iniciais (VARUGHESE, 2022). Estudos têm comprovado a elevada eficiência e acurácia diagnóstica desse novo método, permitindo que a OCT seja considerada como uma tecnologia auxiliar promissora na odontologia emergente. No entanto, mais estudos ainda são necessários para validar a funcionalidade de seu uso na rotina da prática clínica, considerando sobretudo o custo-benefício evolvido em seu emprego (SHIMADA et. al., 2022; VARUGHESE, 2022).

Classificação de lesões cariosas

Dentro de um contexto no qual o diagnóstico precoce de lesões cariosas apresenta uma grande importância clínica, foi desenvolvido uma ferramenta chamada International Caries Detection and Assessment System (ICDAS ‘Sistema Internacional de Detecção e Avaliação de Cáries’). Seis escores fazem parte dessa ferramenta:

  • Escore 0 – se refere a uma situação de normalidade dentária (dentes hígidos), ou seja, nenhuma alteração de translucidez no esmalte, mesmo após secagem prolongada do mesmo por mais de 5 segundos.
  • Escore 1: opacidade notável após a secagem de superfícies lisas, ou pigmentação notável no fundo de sulcos e fóssulas.
  • Escore 2: opacidade detectável mesmo em presença de umidade em superfícies lisas, ou pigmentações além da região de sulcos e fóssulas em superfícies oclusais.
  • Escore 3: cavitação localizada apenas em esmalte.
  • Escore 4: sombreamento em dentina subjacente, com ou sem cavitação, porém sem dentina visível clinicamente
  • Escore 5: cavitação em esmalte com exposição de dentina, correspondente até metade da superfície da face em questão.
  • Escore 6: cavitação em esmalte com exposição de dentina, na qual mais de metade da face está envolvida pela lesão cariosa.

É válido destacar que para a determinação da decisão a respeito da realização de intervenção e escolha da abordagem a ser adotada, além do escore ICDAS, também deve-se levar em conta a presença ou não de atividade da lesão cariosa em questão, além do risco à doença cárie apresentado pelo paciente (FOUREL et. al., 2022; HENRY et. al., 2017; TAQI; RAZAK; AB-MURAT; 2019).

Abordagens e tratamentos não invasivos

Diante do diagnóstico da presença de lesões cariosas incipientes, a política da Federação Dentária Mundial, estabelece quatro princípios que fazem parte da filosofia de intervenção mínima (JINGARWAR; BAJWA; PATHAK, 2014):

  1. O controle da doença cárie por meio da redução da microbiota cariogênica.
  2. A remineralização das lesões iniciais por meio de procedimentos não invasivos.
  3. A realização de procedimentos minimamente invasivos, quando se fizerem necessários.
  4. O reparo de antigas restaurações.

Esses 4 parâmetros devem ser levados em consideração durante um tratamento restaurador, de forma que os três primeiros parâmetros serão abordados a seguir.

Higiene oral e redução da microbiota cariogênica

Inicialmente, o tratamento da doença cárie como um todo, deve ser considerado como o primeiro passo. Dessa forma, a etapa inicial da intervenção deve ser a realização de controle mecânico do biofilme, instrução de higiene oral e dieta. A participação e colaboração do paciente, podem compor itens determinantes para o sucesso do tratamento e a interrupção no desequilíbrio entre desmineralização e remineralização (DES/RE). Novas formulações antiplaca têm sido desenvolvidas na busca pela remoção química do biofilme oral, como por exemplo através de agentes de ação dessecante, que levam à desnaturação e desestabilização da placa bacteriana. No entanto, tais formulações ainda não alcançaram com eficiência a remoção da placa totalmente por ação química, sendo necessária a ação mecânica do enxágue para assegurar sua eficácia na remoção do biofilme (SAHNI et. al., 2016). Apesar dos diversos avanços, nos parâmetros atuais, a remoção mecânica de biofilme por meio da escovação manual adequada permanece sendo evidenciada como o método mais eficaz para interrupção no avanço de lesões cariosas incipientes (DE MENEZES et. al., 2020).

Além do controle mecânico de biofilme por meio da escovação, de acordo com as condições de saúde bucal do paciente, pode se fazer necessária a realização de controle químico do biofilme dental por meio do uso de agentes antimicrobianos, como o digluconato de clorexidina a 0,12% ou a 0,25%. A terapia de desinfecção para redução da microbiota cariogênica por meio desse colutório oral ainda se configura como padrão-ouro, devendo ser realizada de 5 a 7 dias, 30 minutos após a escovação com creme dental (ALMOHEFER et. al., 2018; EVANS et. al., 2015). A associação entre o controle mecânico do biofilme, a redução da dieta cariogênica e a utilização de agentes antimicrobianos atuam de forma a promover a redução da carga de microrganismos cariogênicos. Essa associação de fatores também auxilia no controle da doença cárie e permitindo o início da realização de procedimentos não invasivos, com a finalidade de prevenção e controle de lesões cariosas incipientes, como por exemplo, o uso de selantes de cicatrículas e fissuras (SAHNI et. al., 2016; MCDONALD; AVERY, 2011).

Selamento

No tratamento de lesões cariosas incipientes, pode ser realizada a indicação do uso de selantes. Os selantes de superfície são constituídos por materiais adesivos que possuem a capacidade de formar uma barreira mecânica na região, facilitando a higiene domiciliar cotidiana. Assim, no procedimento de selamento é realizada a aplicação de uma substância fluida, que possui a capacidade de escoar e penetrar em regiões de fóssulas e fissuras, permitindo o vedamento das mesmas e, consequentemente, impedindo a penetração de microrganismos (NAAMAN; EL-HOUSSEINY; ALAMOUDI, 2017).

O uso de selantes pode ser realizado tanto como método preventivo, sobre superfícies consideradas de alto risco à cárie, quanto como tratamento para lesões cariosas em estágio inicial. A realização de selante sobre lesões cariosas incipientes em esmalte, apresenta efetividade comprovada no que diz respeito à inibição da progressão da lesão, necessitando, porém, de acompanhamento adequado. Contudo, é extremamente importante ressaltar que a realização de selantes em casos de cárie rampante, na presença de lesões interproximais ou dentes acometidos por lesões cariosas que atingiram dentina, é contraindicada, devendo, nesses casos, ser realizado tratamento restaurador (WNUK et. al., 2023; SAVITHA; NACHAMMA, 2021).

Independentemente da composição do selante, inicialmente indica-se a realização de profilaxia com escova Robinson ou escova tipo pincel cônico associada a pedra pomes e água seguida de lavagem abundante. Posteriormente, para a utilização de selantes resinosos e selantes ionoméricos modificados por resina, recomenda-se a realização de isolamento absoluto (MONDELLI et. al., 2018). Para selantes ionoméricos convencionais, o selamento pode ser efetuado sob isolamento relativo. Por esse motivo, em dentes parcialmente irrompidos, que impossibilitem a ou dificultem a realização de isolamento absoluto, indica-se a aplicação de selante ionomérico convencional de presa química (NG; CHU; YU, 2023).

Em caso de selantes resinosos, realiza-se condicionamento com ácido fosfórico a 37%, por 30 segundos no esmalte, e em seguida, lavagem por tempo igual ao condicionamento, obtendo uma superfície esbranquiçada. A aplicação do selante deve seguir as especificações do fabricante, sendo possível sua aplicação com auxílio de uma sonda exploradora, para garantir a penetração do material em cicatrículas e fissuras. É importante avaliar a quantidade adequada de selante a ser aplicado, de forma que todos os sulcos e fissuras sejam cobertos, porém evitando excessos que provoquem interferências oclusais. Em casos de selantes fotopolimerizáveis, deve-se observar o tempo de fotoativação recomendado pelo fabricante. Após a remoção do isolamento absoluto, realiza-se checagem de oclusão, por meio de papel carbono e verificação da qualidade da vedação do selamento (NAAMAN; EL-HOUSSEINY; ALAMOUDI, 2017).

Já para a utilização de selante ionomérico, a técnica de aplicação irá depender das especificações do fabricante, sobretudo devido aos diferentes tipos de materiais, fotoativados ou de cura dual. Destaca-se a importância de verificação da necessidade de proteção superficial do material, o qual também depende da indicação do fabricante (ULUSOY; TUNC; BAYRAK, 2017).

Remineralização

O tratamento remineralizador consiste na deposição de minerais sobre o tecido desmineralizado, sendo indicado para lesões cariosas incipientes não cavitadas. Em algumas situações o tratamento remineralizador não será capaz de devolver a cor e a textura originais do esmalte dentário. Entretanto, após esse tratamento, o esmalte irá apresentar uma configuração de maior dureza e resistência ao ataque de ácidos do metabolismo bacteriano. Nesse contexto, o uso de flúor se caracteriza como o método de tratamento não invasivo mais indicado, classificado como padrão ouro para a remineralização do esmalte, devido à sua capacidade de reverter pequenas perdas de minerais, através da atuação no processo DES-RE, diminuindo a tendência de desmineralização (nos períodos de pH menor que 5,5) e aumentando o dinamismo do processo de remineralização (em pH maior que 5,5) (ZHANG; MYLONAS; BANERJEE, 2023).

Assim, o uso de fluoretos pode ser empregado de diversas formas. A realização de bochechos com fluoreto de sódio (NaF), pode ser efetuada diariamente, quando na concentração de 0,05%, ou semanalmente, com NaF 0,2%. Já para a aplicação de flúor em consultório, é possível a utilização de gel fluoretado com pH neutro, apresentando 2% de NaF, ou gel fluoretado acidulado, com concentração de 1,23% de NaF e pH em torno de 3,5. Para sua aplicação, é importante a realização prévia de profilaxia, isolamento relativo, secagem dos dentes, uso de sugador e manutenção do paciente sentado. A aplicação deve ser realizada durante um minuto. Para a aplicação com moldeiras, destaca-se a importância da inserção de, no máximo, 2,5g de gel por moldeira. Após o período de 4 minutos, retira-se as moldeiras, remove-se os excessos de gel com gaze, sugador e orienta-se ao paciente para cuspir todo o excesso. Também é importante instruir o paciente e seus responsáveis para evitar a ingestão de líquidos ou alimentos nos primeiros trinta minutos após a fluorterapia (ISSÁO; GUEDES-PINTO, 2013; SINGH et. al., 2023).

Uma alternativa para a realização do processo de remineralização de lesões incipientes através da ação do flúor, é o uso de verniz fluoretado, que possui eficácia conhecida e comprovada na interrupção da progressão da desmineralização dentária (VEIGA et. al., 2023).  As formas de apresentação do verniz fluoretado apresentam flúor neutro na concentração de 5% de NaF. Esse produto forma uma película, que permanece aderida ao dente, liberando flúor lentamente durante alguns dias. Evidências têm demonstrado eficácia significativamente superior para terapias de remineralização com verniz fluoretado a 5% quando comparadas com bochechos com flúor e cremes dentais fosfopeptídeos (FERNANDEZ-FERRER et. al., 2018).

Para a técnica de aplicação de vernizes fluoretados, indica-se a realização prévia de profilaxia, secagem dos tecidos e isolamento relativo com uso constante de sugador. Recomenda-se a aplicação do verniz com auxílio de microbrush. Após o fim da aplicação, o contato com água ou saliva irá transformar o verniz em uma película. Deve-se recomendar ao paciente que evite se alimentar dentro de um período de duas horas após a aplicação do produto, bem como evitar a escovação dos dentes na região da aplicação, por 12 horas, para evitar a remoção precoce da película de verniz. Já a frequência de aplicação do verniz fluoretado depende do risco à cárie apresentado pelo paciente, podendo ser reaplicado uma vez ao ano, a cada seis meses, ou três vezes por semana, com dois dias de intervalo entre cada aplicação (ISSÁO; GUEDES-PINTO, 2013).

Infiltrantes

Diversos infiltrantes resinosos têm sido investigados e desenvolvidos dentro da perspectiva de odontologia minimamente invasiva com o intuito de interromper a desmineralização do esmalte, além de corrigir a aparência das lesões de manchas brancas (KLAISIRI et. al., 2022). Dentre os materiais encontrados no mercado como alternativas para o tratamento de lesões cariosas incipientes, pode-se citar o infiltrante Icon®, do fabricante DMG. A apresentação desse material é formada por três seringas: Icon Etch, composto por ácido clorídrico a 15%, além de ácido silícico pirogênico e substâncias que induzem a reatividade do produto com a superfície dentária; Icon Dry, composto por etanol a 99% e Icon Infiltrant, formado por uma matriz de resina à base de metacrilatos, agentes iniciadores e aditivos. Além disso, o material é comercializado por meio de dois kits específicos de acordo com a região de aplicação: um para a região proximal, que apresenta viscosidade adequada para esse fim, cunhas para afastamento interproximal e aplicadores específicos para a região; e outro kit destinado a faces livres, o qual apresenta maior capacidade de mascaramento estético de lesões de mancha branca (NICHOLAS et. al., 2023).

Para o protocolo de aplicação do infiltrante Icon, inicialmente realiza-se isolamento absoluto, profilaxia, inserção de cunhas do próprio kit na região interproximal, condicionamento ácido das lesões com Icon Etch durante dois minutos, lavagem por trinta segundos e secagem com jatos de ar. Em seguida, realiza-se aplicação de Icon Dry por trinta segundos e na sequência, a aplicação de Icon Infiltrant, de forma lenta, durante 3 minutos, para permitir a infiltração dos monômeros resinosos. Após esses passos, deve ser feita a remoção de excessos interproximais com auxílio de fio dental e fotoativação por 40 segundos em cada face na qual o produto foi aplicado (CAZZOLLA et. al., 2018).                  

Um outro material disponível no mercado é o PRG Barrier Coat®, produzido pela Shofu. Classificado como um material resinoso protetor bioativo, suas indicações abrangem o tratamento da hipersensibilidade dentinária prolongada bem como a remineralização de lesões de mancha branca ativas, devido à sua capacidade de promover a liberação e recarga de flúor, além da neutralização de ácidos e do efeito anti-placa (IMAZATO et. al., 2023).

O protocolo de aplicação desse verniz bioativo necessita somente de profilaxia, lavagem e secagem prévias. Em seguida, deve ser realizada a manipulação do produto, por meio da adição de uma gota de catalizador dentro do casulo contendo base. A manipulação deve ser realizada dentro do próprio casulo, utilizando pincel presente no kit e não deve ultrapassar dois minutos, evitando a presa precoce do material. Em seguida, sob isolamento relativo, aplica-se o verniz bioativo sobre a região das lesões, de modo que a aplicação deve sempre iniciar-se na região cervical, em direção à margem incisal. É necessário o aguardo de 3 segundos antes da remoção de excessos proximais, com auxílio de fio dental. Na sequência efetua-se a fotoativação por 10 segundos em cada face na qual o produto foi aplicado. Segundo o fabricante, a efetividade do material permanece durante seis meses, após os quais deve haver reavaliação do quadro clínico e radiográfico para acompanhamento das lesões e verificação da necessidade de reaplicação do verniz (RABIABASREE et. al., 2019; TANAKA, et. al., 2023)

3. Considerações finais

Uma abordagem adequada para o tratamento de lesões cariosas incipientes abrange a elaboração de um plano de tratamento baseado nas particularidades de cada paciente, envolvendo sempre o diagnóstico precoce, associado a uma intervenção minimamente invasiva, baseada no risco à cárie do indivíduo em questão.

4. Referências:

ABUFARWA, Moufida et. al. Reliability and validity of FluoreCam for white‐spot lesion detection: An in vitro study. Journal of investigative and clinical dentistry, v. 9, n. 1, p. e12277, 2018.

ALMOHEFER, Sami A. et. al. Caries lesion remineralization with fluoride toothpastes and chlorhexidine-effects of application timing and toothpaste surfactant. Journal of applied oral science, v. 26, 2018.

BALSARAF, Swati; CHOLE, Revant. Epidemiology of dental caries–A review. Universal Research Journal of Dentistry, v. 6, n. 3, p. 206-206, 2016.

BADRIDDINOVNA, Daminova Shakhnoza et. al. Current Issues In The Proper Organization Of Modern Prevention Of Dental Caries In Children. European Journal of Molecular & Clinical Medicine, v. 7, n. 3, p. 1524-1533, 2020.

BESNARD, Cyril et. al. Hierarchical 2D to 3D micro/nano-histology of human dental caries lesions using light, X-ray and electron microscopy. Materials & Design, v. 220, p. 110829, 2022.

BILBILOVA, Efka Zabokova. Dietary Factors, Salivary Parameters, and Dental Caries. Dental Caries, p. 1-18, 2020.

CAZZOLLA, Angela Pia et. al. Efficacy of 4-year treatment of icon infiltration resin on postorthodontic white spot lesions. Case Reports, v. 2018, p. bcr-2018-225639, 2018.

CHIN, Judith R.; KOWOLIK, Joan E.; STOOKEY, George K. Dental caries in the child and adolescent. McDonald and Avery’s Dentistry for the Child and Adolescent,, p. 155-176, 2015.

DA SILVA, Dyele Kalynne Costa et. al. Século XXI: A filosofia de uma Odontologia minimamente invasiva, o que mudou do diagnóstico ao tratamento da cárie dental?. Research, Society and Development, v. 10, n. 12, p. e440101220385-e440101220385, 2021.

DE MENEZES, Maria Luíza Ferraz Vasconcelos et. al. The importance of dental biofilme control: a review of the literature. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 55, p. e3698-e3698, 2020.

DOMENYUK, Dmitry Anatolyevich et. al. Peculiarities of phosphorine calcium exchange in the pathogenesis of dental caries in children with diabetes of the first type. Entomology and Applied Science Letters, v. 5, n. 4, p. 49-64, 2018.

DOS SANTOS JÚNIOR, José Carlos Costa; SANTA IZABEL, Tasciano dos Santos. Microbiota Oral E Sua Implicação No Binômio Saúde-Doença. Revista Contexto & Saúde, v. 19, n. 36, p. 91-99, 2019.

EVANS, A. et. al. Inhibitory effects of antiseptic mouthrinses on Streptococcus mutans, Streptococcus sanguinis and Lactobacillus acidophilus. Australian Dental Journal, v. 60, n. 2, p. 247-254, 2015.

EVANS, Robin Wendell; FELDENS, Carlos Alberto; PHANTUNVANIT, Prathip. A protocol for early childhood caries diagnosis and risk assessment. Community Dentistry and Oral Epidemiology, v. 46, n. 5, p. 518-525, 2018.

FERNÁNDEZ, Constanza E. et. al. Conceptualization of dental caries by dental students is related to their preventive oral care routine. Journal of Dental Education, v. 84, n. 12, p. 1426-1437, 2020.

FERNANDEZ-FERRER, Laura et. al. Enamel remineralization therapies for treating postorthodontic white-spot lesions: A systematic review. The Journal of the American Dental Association, v. 149, n. 9, p. 778-786. e2, 2018.

FOUREL, Louis et. al. Eficacia del efecto remineralizante sobre lesiones de caries incipientes del peptido de auto-ensamblaje PAE 11-4 (SAP 11-4) en comparación con el fluoruro y otros productos biomiméticos: revisión sistemática. Universidad Europea, 2022.

HENRY, Jean Aishwarya et. al. Prevalence and pattern of early childhood caries in a rural South Indian population evaluated by ICDAS with suggestions for enhancement of ICDAS software tool. International journal of paediatric dentistry, v. 27, n. 3, p. 191-200, 2017.

IMAZATO, Satoshi et. al. Multiple-Ion Releasing Bioactive Surface Pre-Reacted Glass-Ionomer (S-PRG) Filler: Innovative Technology for Dental Treatment and Care. Journal of Functional Biomaterials, v. 14, n. 4, p. 236, 2023.

ISSÁO, M.; GUEDES-PINTO, A. C. Manual de odontopediatria. 12.ed. São Paulo: Santos, 2013.

MAIA, L. C.; PRIMO, L. G. Odontologia integrada na infância. 1.ed. São Paulo: Santos, 2012.

JINGARWAR, M. M.; BAJWA, N. K.; PATHAK, A. Minimal intervention dentistry–a new frontier in clinical dentistry. Journal of clinical and diagnostic research: JCDR, v. 8, n. 7, p. ZE04, 2014.

KLAISIRI, Awiruth et. al. Methylene Blue Penetration of Resin Infiltration and Resin Sealant in Artificial White-Spot Lesions. European Journal of Dentistry, 2022.

KOBAYASHI, Tatiana Yuriko et. al. Dental enamel defect diagnosis through different technology-based devices. International Dental Journal, v. 68, n. 3, p. 138-143, 2018.

MATTOS-SILVEIRA, Juliana et. al. Do the ball-ended probe cause less damage than sharp explorers?—An ultrastructural analysis. BMC oral health, v. 16, p. 1-7, 2016.

MELO, Maria et. al. Combined near-infrarred light transillumination and direct digital radiography increases diagnostic in approximal caries. Scientific Reports, v. 9, n. 1, p. 1-7, 2019.

MCDONALD, R. E.; AVERY, D. R.  Odontologia para crianças e adolescentes. 9.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

MONDELLI, J. et. al., Fundamentos da dentística operatória. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.  

NAAMAN, Reem; EL-HOUSSEINY, Azza A.; ALAMOUDI, Najlaa. The use of pit and fissure sealants—a literature review. Dentistry Journal, v. 5, n. 4, p. 34, 2017.

NASSAR, Hani et. al. Dental follow-up and maintenance index: the development of a novel multidisciplinary protocol. Heliyon, v. 6, n. 5, p. e03954, 2020.

NICHOLAS, Lim Songping et. al. Conservative esthetic management of brown enamel fluorosis using combination therapy: A clinical report. Journal of Conservative Dentistry, v. 26, n. 3, p. 349, 2023.

NG, Toby Cheuk-Hang; CHU, Chun-Hung; YU, Ollie Yiru. A concise review of dental sealants in caries management. Frontiers in Oral Health, v. 4, 2023.

PANI, Pooja et. al. Minimally Invasive Dentistry-a boon for patients. Book Rivers, 2022.

RABIABASREE, R. et al. Inhibitory effect of a resin coat-containing prereacted glass fillers on the enamel demineralization of the primary teeth: An: in vitro: pilot study. Journal of Indian Society of Pedodontics and Preventive Dentistry, v. 37, n. 2, p. 146-150, 2019.

RASHKOVA, Maya et. al. Application of contemporary magnifying methods in the diagnostics of occlusal carious lesions on first permanent molars in children. Folia Medica, v. 62, n. 3, p. 585-591, 2020.

RICUCCI, Domenico; SIQUEIRA JR, José F. Bacteriologic status of non-cavitated proximal enamel caries lesions. A histologic and histobacteriologic study. Journal of Dentistry, v. 100, p. 103422, 2020.

RITTER, André V.; EIDSON, R. Scott; DONOVAN, Terence E. Dental caries: etiology, clinical characteristics, risk assessment, and management. Sturdevant’s Art & Science of Operative Dentistry-E-Book, v. 41, 2014.

SAHNI, Karan et. al. Exploring mechanisms of biofilm removal. Dentistry (Sunnyvale, Calif.), v. 6, n. 4, 2016.

SAVITHA, L.; NACHAMMAI, Ms. INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENTIFIC RESEARCH. v. 10, n. 7, p. 42-48, nov. 2021.

SHAH, Altaf Hussain et. al. Knowledge and attitude among general dental practitioners towards minimally invasive dentistry in Riyadh and AlKharj. Journal of clinical and diagnostic research: JCDR, v. 10, n. 7, p. ZC90, 2016.

SHIMADA, Yasushi et. al. Evaluation of Incipient Enamel Caries at Smooth Tooth Surfaces Using SS-OCT. Materials, v. 15, n. 17, p. 5947, 2022.

SINGH, K. et. al. In vitro comparative evaluation of physical and chemical properties of surface enamel after using APF and SDF with or without laser activation. European Archives of Paediatric Dentistry, p. 1-12, 2023.

SOWA, P. Marcin; BIRCH, Stephen. The effects of a sugar-sweetened beverage tax: moving beyond dental health outcomes and service utilisation. Health Economics, Policy and Law, v. 18, n. 2, p. 139-153, 2023.

TANAKA, Caio Junji et. al. Antibacterial Activity of a Bioactive Tooth-Coating Material Containing Surface Pre-Reacted Glass in a Complex Multispecies Subgingival Biofilm. Pharmaceutics, v. 15, n. 6, p. 1727, 2023.

TAQI, Muhammad; RAZAK, Ishak Abdul; AB-MURAT, N. Comparing dental caries status using Modified International Caries Detection and Assessment System (ICDAS) and World Health Organization (WHO) indices among school children of Bhakkar, Pakistan. Pakistan. J Pak Med Assoc, v. 69, n. 7, 2019.

ULUSOY, A. T.; TUNC, E. S.; BAYRAK, Ş. U. L. E. Clinical performance of a glass ionomer sealant protected with two different resin-based agents over a 2-year follow-up period. European Journal of Paediatric Dentistry, v. 18, n. 1, p. 10-14, 2017.

VARUGHESE, Anjum Anna. OPTICAL COHERENCE TOMOGRAPHY IN EARLY CARIES DETECTION: REVIEW. International Journal of Esthetics and Restorative Dentistry, p. 1-6, 2022.

VEIGA, Nélio et. al. Methods of Primary Clinical Prevention of Dental Caries in the Adult Patient: An Integrative Review. In: Healthcare. MDPI, 2023. p. 1635.

VURAL, U. K.; GÖKALP, S. Diagnostic methods for dental caries used by private dental practitioners in Ankara. Nigerian Journal of Clinical Practice, v. 20, n. 3, p. 382-387, 2017.

WNUK, Katarzyna et. al. Evaluation of the effectiveness of prophylactic sealing of pits and fissures of permanent teeth with fissure sealants-umbrella review. Research Square. 2023.

ZHANG, Jing; MYLONAS, Petros; BANERJEE, Avijit. Mineralizing agents to manage early carious lesions. Part I: mode of action. Dental Update, v. 50, n. 6, p. 490-497, 2023.

ZOU, Jing et. al. Expert consensus on early childhood caries management. International journal of oral science, v. 14, n. 1, p. 35, 2022.


¹Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas.
²Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
³Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.