READING COMIC COMICS TO ACQUIRE ENGLISH LANGUAGE VOCABULARY IN ELEMENTARY SCHOOL IN A 7TH GRADE CLASS
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11582138
Prof. Me. Francisco Alves Barros Filho; Prof. Me. Maria das Dores Licindo de Carvalho; Prof. Esp. Maria da Luz Costa Reis Furtado; Prof. Esp. Maria Caroline de Oliveira Silva
RESUMO
O presente trabalho apresenta a síntese da pesquisa cujo tema é o uso do gênero textual tirinhas no aprendizado da língua inglesa no ensino fundamental em turma de 7º ano da rede pública de Barras – PI. O objetivo geral foi ler e analisar tirinhas com o intuito de assimilar o vocabulário da língua inglesa. Os objetivos específicos foram: Reconhecer palavras cognatas para auxiliar na compreensão das tirinhas; Relacionar a linguagem verbal com as imagens para auxiliar o entendimento do contexto presente nas tiras; Fixar o vocabulário aprendido com a leitura das tirinhas ; Produzir tirinhas utilizando o vocabulário estudado. Para isso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica qualitativa com estudo de caso. E como instrumento de pesquisa utilizou-se a entrevista estruturada endereçada aos alunos antes e depois da realização de uma oficina pedagógica. Os resultados apontaram a importância do trabalho com o gênero textual tirinhas que trouxe bastante rendimento em relação à língua inglesa e a aquisição de vocabulário desse idioma por parte dos alunos. 90% dos alunos aprovaram as atividades que foram propostas na oficina. Com isso, conclui-se que o desenvolvimento de conteúdos da língua inglesa por meio de práticas pedagógicas que envolvam atividades lúdicas e dinâmicas motiva os estudantes a participarem com atenção, dedicação e empenho, o que acaba refletindo na aprendizagem significativa dos educandos.
Palavras- Chave: Língua Inglesa. Leitura. Tirinhas. Vocabulário.
Abstract
The present work presents the synthesis of the research whose theme is the use of the textual genre strips in the learning of the English language in elementary school in the 7th grade class of the public network of Barras – PI. The general objective was to read and analyze strips in order to assimilate the vocabulary of the English language. The specific objectives were: To recognize cognate words to aid in the comprehension of comic strips; Relate the verbal language to the images to help understand the context present in the strips; To fix the learned vocabulary with the reading of the strips; Produce strips using the vocabulary studied. For this, a qualitative bibliographic research was carried out with a case study. And as a research tool was used the structured interview addressed to the students before and after the realization of a pedagogical workshop. The results pointed out the importance of working with the textual genre strips that brought a lot of income in relation to the English language and the acquisition of vocabulary of that language by the students. 90% of the students approved the activities that were proposed in the workshop. With this, it is concluded that the development of English language content through pedagogic practices involving playful and dynamic activities motivates students to participate with attention, dedication and commitment, which ends up reflecting the significant learning of students.
Keywords: English Language. Reading. Comic strips. Vocabulary.
INTRODUÇÃO
O aprendizado da língua inglesa torna-se imprescindível por causa da sua importância como instrumento de comunicação universal e meio de integração no mundo atual, caracterizado pelo avanço tecnológico e pelo grande intercâmbio entre os povos. Por isso é cada vez mais urgente incluir a preparação do aluno para esse universo multilinguístico e multicultural já no inicio de sua vida escolar.
O referido projeto tem a premissa de analisar o trabalho com a leitura de tirinhas e sua importância para a motivação dos alunos na aprendizagem de vocabulário da língua inglesa em turmas de 9º ano do ensino fundamental da escola pública. Isso têm por finalidade mostrar o quanto existem vantagens para o desenvolvimento do ensino dos alunos através da utilização dos quadrinhos, que é um gênero textual em que os discentes podem sentir-se motivados para lerem, mesmo que seja em outra língua.
O trabalho com a leitura das tirinhas em sala de aula será desenvolvida por meio de oficinas com grupos de alunos no qual eles farão a leitura mediante a intervenção do professor nos grupos durante a preparação da atividade, tornando as aulas de inglês mais interessante e atraindo a atenção dos estudantes.
Após a leitura do professor e os alunos se sentirem confiantes para lerem e interpretarem as tirinhas relacionadas as imagens à linguagem verbal, solicitado que os alunos produzem sua próprias tirinhas, onde o professor pode sugerir um concurso de tirinhas e os melhores trabalhos poderão ser premiados. As tirinhas produzidas pelos próprios alunos podem ser lidas por colegas de outras salas como incentivo a leitura.
A leitura e a escrita são tarefas importantes. Em relação à língua inglesa, existem quatro habilidades que os alunos precisam aprender, que são: reading (leitura), writing (escrita), listening (ouvir) e speaking (falar). Essas habilidades tornam-se essenciais ao processo de ensino e aprendizagem, entretanto, percebe-se que elas são pouco trabalhadas nas escolas públicas ou são trabalhadas de forma mecanizada, por meio, muitas vezes polarizando apenas a gramática da língua, o que desmotiva os alunos principalmente no que corresponde ao ensino de língua inglesa no fundamental.
Neste sentido, as séries finais do ensino fundamental estão completamente desassistidas, fato que torna as aulas carentes e sujeito a métodos tradicionais, então, a partir desse prognóstico, pergunta-se: qual a importância do trabalho com o gênero textual tirinhas para o processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa no ensino fundamental notadamente em turmas de 9º ano na rede pública de Barras-Piauí.
A utilização dos quadrinhos para desenvolver a leitura na língua inglesa tem como objetivo motivar os alunos para essa tarefa que é tão essencial para o aprendizado de outra língua. Com isso, o trabalho com as outras habilidades da língua inglesa é possível, de maneira mais dinâmica porque os alunos tendem a gostar de textos pequenos e que tragam as imagens para auxiliá-los nesse trabalho.
Dessa forma a própria produção dos estudantes em língua inglesa, nesse gênero, fica mais viável para acontecer, pois envolve a arte na utilização dos desenhos que compõem as tiras, atividades que os alunos tem prazer em realizar.
Nesse sentido, no que se refere aos métodos para atrair a atenção dos discentes, os profissionais da área de inglês ainda detém certa carência, por esse motivo, assim como o despertar do aluno à aprendizagem, deve incorporar o trabalho com a leitura de tirinhas, gênero textual que visa motivar os alunos a praticarem a leitura na disciplina de língua inglesa.
Com propósito investigativo teve como objetivo geral: ler e analisar tirinhas com o intuito de assimilar o vocabulário e, ao mesmo tempo, desenvolver as quatro habilidades da língua inglesa em turmas de 9º ano na rede pública de Barras-Piauí.
E como objetivos específicos:
1. Reconhecer palavras cognatas para auxiliar na compreensão das tirinhas.
2. Relacionar a linguagem verbal com as imagens para auxiliar o entendimento do contexto presente nas tiras.
3. Fixar o vocabulário aprendido com a leitura das tirinhas.
4. Produzir tirinhas utilizando o vocabulário estudado.
5. Praticar listening e speaking através das tirinhas.
A pesquisa realiza-se devido a necessidades dos alunos aprenderem o vocabulário da língua inglesa utilizando o gênero textual “tiras” como recurso pedagógico que visa motivar os estudantes para a leitura.
Além disso, o estudo pode contribuir para o trabalho pedagógico do professor em sala de aula fazendo uso dos gêneros textuais, especificamente o gênero tirinhas, no ensino da língua inglesa, de forma dinâmica com atividades lúdicas, sem mecanicidade, para que os alunos possam sentir-se motivados a ler e a produzir em outra língua.
Dessa maneira neste estudo é utilizado como fundamento a pesquisa bibliográfica e de campo. Os dados e informações serão coletados em livros, sites de internet onde publicados artigos científicos e outros textos acadêmicos relacionados aos tema da pesquisa, utilizando a teoria de autores consagrados no campo da educação e do ensino voltado para a língua inglesa. E como instrumento de coleta de dados a pesquisa se utiliza de uma entrevista com os discentes por meio de questionário aplicado antes e após a realização de uma oficina.
1. REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico envolve uma revisão bibliográfica sobre quatro tópicos norteadores dessa pesquisa.
1.1 A importância da Língua Inglesa no ensino fundamental
É sabido que a língua inglesa é muito importante no cenário atual tanto brasileiro quanto mundial devido sua larga escala de abrangência em várias regiões do mundo. Ela é falada em muitos países, dai considerada de extrema relevância o seu aprendizado.
Conforme afirma Totis (1991, p.16), o inglês:
Permite acesso mais fácil e imediato a ciência, a literatura e a qualquer outra manifestação sociocultural. Com certeza, é a língua mais necessária no mundo dos negócios, sendo indispensável para o aproveitamento de pelo menos metade da literatura científica existente no mundo. Está intimamente associada com o desenvolvimento tecnológico e econômico e é a principal língua de intercâmbio internacional.
O autor quer dizer que ao analisar o contexto do mundo globalizado, é real a necessidade de comunicação entre pessoas de diferentes culturas e isso torna a língua inglesa essencial, como uma língua internacional, presente na maioria dos países.
No Brasil, verifica-se que a Língua Inglesa é o idioma mais ensinado como língua estrangeira. Percebe-se a presença marcante do inglês em vários lugares, como em propagandas, rótulos de produtos, programas de televisão, enfim dessa forma, ao ser considerada a língua inglês como um meio de comunicação, compreende-se que “A escolha de um modelo pedagógico para respaldar o ensino aprendizagem de inglês em uma sociedade precisa estar em consenso com o contexto de necessidades e interesses em que ele está inserido.” (PALLÚ, 2013, p. 68).
De acordo com a fala de Pallú citada anteriormente, o observe-se que a escola pública, muitas vezes, trata a língua inglesa como apenas mais uma disciplina que compõe o currículo escolar, não dando importância ao ensino do inglês de acordo com o contexto de necessidades e interesses em que a língua está inserida, fato citado pelo referido autor.
Em muitas escolas públicas se não todas abordam o ensino do inglês voltado para os aspectos linguísticos onde a gramática é privilegiada em toda a sua essência utilizada com modelos pedagógicos mecânicos.
Ao tratar o ensino da língua inglesa de maneira mecânica, longo do cotidiano do aluno faz com que o estudante se mantenha distante da língua inglesa e considerá-la será importância para o seu aprendizado. Dessa maneira muitos alunos não vêem nenhuma necessidade de aprender inglês porque o ensino dessa disciplina se tornou distante de sua realidade. Um bom exemplo disso são os livros didáticos que em nada contribuem para o aprendizado dos jovens devido serem incompatíveis com o contexto de aprendizagem dos discentes, sobretudo os do ensino fundamental.
Assim, a aprendizagem da língua inglesa não é somente um exercício intelectual que visa aprender formas e estruturas lingüísticas em um código diferente. Trata-se de uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de uma ação discursiva no panorama mundial. Isso faz com que os objetivos de ensino sejam buscados em sintonia com as necessidades da sociedade.
Segundo Pallú (2013, p.69), afirma que:
Os propósitos de uso do inglês precisam ser buscados para o planejamento do processo de ensino aprendizagem nas escolas, bem como do planejamento de uma agenda de pressupostos, em que a intencionalidade e também a regionalidade do inglês, sejam exploradas.
Portanto, é importante o papel educacional na língua inglesa, para compreender o conhecimento em harmonia com os interesses dos alunos, para o bom desenvolvimento integral dos discentes. Tendo como objetivo proporcionar ao aluno novas experiências de vida com a língua inglesa que aproxima mundo distante através do processo de globalização das sociedades.
Dessa forma a aprendizagem da língua inglesa deve contribuir para o processo educacional como um todo, indo além da simples aquisição de um conjunto de habilidades lingüísticas. Deve também desenvolver no aluno a percepção sobre a natureza da linguagem, na medida em que amplia sua visão de mundo e os auxilia a construir o respeito às diferenças existentes entre os povos com suas várias maneiras de interpretar o mundo.
Com isso, tem-se por objetivo que no ensino aprendizagem de inglês o aluno desenvolva o senso crítico, analisando as informações que recebe, trocando opiniões, comparando, discutindo, somando experiências uns com os outros, fazendo sempre uma ligação com o seu mundo, dessa maneira promovendo o seu próprio crescimento.
1.1.1 O ensino da Língua Inglesa de acordo com a LDB
A Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira promulgada em 1996, torna o ensino de Língua Estrangeira obrigatório a partir da quinta série do ensino fundamental. O Artigo 26, § 5º dispõe que:
Na parte diversificada do currículo será incluído obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.
A LDB menciona o ensino de uma língua estrangeira moderna escolhida a cargo a comunidade, inserida a partir da quinta série/sexto ano do ensino fundamental. Essa língua escolhida foi o inglês devido à sua importância mundial como uma das línguas mais falada no mundo.
Sabe-se que o ensino de inglês na escola pública apresenta, ainda, muitas deficiências a começar pela própria carga horária oferecida nas escolas onde a disciplina conta apenas com duas aulas semanais no currículo das escolas públicas brasileiras.
Dessa forma não é dada a devida importância para a língua inglesa, haja vista a sua magnitude e influencia que ela causa em todos os setores do panorama brasileiro e mundial.
Com a publicação da LDB, parecia que, finalmente, o ensino de línguas estrangeiras via sua importância legitimada ao ser acolhida pela legislação educacional. No entanto, algumas brechas na LDB demonstram que o ensino ainda é visto como algo pouco relevante ao descolado dos projetos pedagógicos. Em 1998 é publicado pelo MEC, os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira (PCNs). Com a publicação dos PCNs pensou-se que os problemas do ensino de língua inglesa seriam resolvidos. Porém, o documento minimiza a importância do ensino das habilidades orais, afirmando que “somente uma pequena parcela da população tem a oportunidade de usar línguas estrangeiras como instrumento de comunicação oral.”
Dessa maneira, o texto dos PCNs, em vez de enfatizar a necessidade de se criarem condições para que a obrigatoriedade do ensino de LE na LDB de 1996 e a consequente necessidade de mudança nas condições de seu ensino alterem o contexto, adverso gerado pelas legislação anterior, fornece justificativas a não realização do enunciado.
Diante desse cenário, não basta apenas ofertar a língua inglesa e garantir sua obrigatoriedade em lei, é preciso oferecer um ensino de qualidade com professores capacitados que possam ensinar aos alunos a devida importância que a língua inglesa tem em todo o mundo.
É notório que o ensino público brasileiro apresenta uma série de deficiências e com a língua inglesa em particular, não é diferente. O que se tem visto é que o inglês é tratado apenas como uma disciplina do componente curricular sem maiores preocupações. O professor de língua inglesa muitas vezes não possui a formação adequada e a Secretaria de Educação não oferece formação continuada ao docente de inglês, devido à desvalorização desse profissional.
Em meio ao processo tecnológico e as novas exigências do mercado de trabalho, porque os jovens que estão na escola hoje serão os futuros profissionais, é preciso rever o ensino e sua qualidade sobretudo o ensino da língua inglesa e sua importância para os estudantes de nível fundamental que migrarão para o nível médio.
A aprendizagem de língua inglesa não é vista apenas com a finalidade de estabelecer comunicação entre as pessoas, mas também como forma de atender ao mercado mundial do século XXI. As determinações da necessidade da qualidade do estudo da língua inglesa já estão dadas pelo processo de globalização.
Fica claro que não se pode mais conceber o inglês e sua aprendizagem de forma apática, à margem do contexto vivido pelos alunos em sala de aula, descontextualizado da realidade atual em que se vive e distante do sujeito aprendiz. Concebido dessa forma fará com que os alunos recuem e não queiram aprender inglês ocorrendo a desmotivação de muitos discentes nas aulas de língua inglesa.
Contudo, o Parecer CEB 15/98 trata de um currículo assentado em princípios pedagógicos, tendo a interdisciplinaridade e a contextualização, duas categorias fundamentais nas atuais tendências contemporâneas de ensino, sendo que ambas estão em sintonia com as novas tendências de ensino da língua estrangeira. A interdisciplinaridade aparece nos projetos escolares e principalmente na abordagem comunicativa sobre o ensino de língua estrangeiras.
O principio de contextualização é a possibilidade de o aluno estabelecer uma relação ativa como objeto de conhecimento. Para isso, é preciso prover o aluno de conteúdos que possam ser relacionados às experiências de vida pessoal, social e cultural.
Dessa forma, é essencial que a língua inglesa seja bem trabalhada no ensino fundamental já que os alunos começam a ter contato com a língua a partir do 6º ano conforme declara a LDB. É primordial que as escolas públicas adotem métodos compatíveis com a realidade de seus alunos no que diz respeito ao ensino da língua inglesa, desenvolvendo ações pedagógicas que privilegiem a ludicidade e a dinamicidade nas aulas de inglês para que esses alunos ao chegarem no ensino médio, venham a sentir motivados com a aprendizagem da língua inglesa e possam utilizá-la em momentos reais de suas vidas fora dos muros da escola.
1.2 Os gêneros textuais na aprendizagem de Língua Inglesa
Os gêneros textuais são fundamentais na aprendizagem de qualquer língua estrangeira, pois o sujeito sempre vai se deparar com algum tipo de texto que circula no meio social. Por isso os gêneros textuais têm uma função primordial no que diz respeito ao ensino da língua.
De acordo com Baktin (2003) a comunicação verbal se realiza ao escolher o gênero mais adequado a cada situação, portanto ela sempre se dá por meio de algum gênero textual. Estudar a língua por meio de gêneros possibilita a compreensão de sues uso efetivo, permitindo a retomada e compreensão do seu contexto de produção.
O trabalho com a língua estrangeira envolve uma multiplicidade gêneros textuais, pois quando o professor faz uso das língua inglesa em suas aulas sempre está em evidencia um gênero textual.
Em relação ao ensino exclusivo de língua inglesa principalmente no ensino fundamental e médio, ainda se percebe que as atividades desenvolvidas são pautadas na gramática e tradução. Isso pode ser considerado como uma das causas pelo baixo nível de motivação entre os alunos. É sabido que o inglês está presente na vida dos alunos desde o ensino fundamental até o médio, porém o que se ver ao final dessa etapa, é um desconhecimento total, ou seja, muitos estudantes quando são questionados sobre o que aprenderam nas aulas de inglês não sabem responder.
Segundo Schutz (2003), a desmotivação dos alunos é influenciada por:
Um ambiente de sala de aula voltada ao ensino formal de uma língua estrangeira, sem presença de autênticos representantes dessa língua e de sua cultura, é um exemplo de ambiente que não evidencia a necessidade, não produz motivação e não estimula o aprendizado. O que se encontra atualmente no ensino de inglês são inúmeros fatores desmotivadores: salas de aula com muito alunos, professores com proficiência limitada, cobrança através de exames de avaliação com questões truculentas que não avaliam, repetição oral mecânica (SCHUTZ, 2003, n.p).
Dessa forma é necessário que a aula de língua inglesa constitua, antes de tudo, um espaço agradável onde o aluno pudesse reconhecer e compreender, por meio dos gêneros textuais, a diversidade linguística e cultural, de modo que percebesse as possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive dentro de outra língua ainda que seja mínima.
O aluno precisa compreender que toda língua tem uma função social principalmente a comunicação com outros sujeitos, seja oral ou escrita e com a língua inglesa não seria diferente. Segundo Baktin (2000, p.279), toda atividade humana é mediada pelo uso da língua, que acontece pelo uso de enunciados “concretos e únicos, que emanam dos integrantes de uma ou outra esfera da atividade humana”.
É notório que os gêneros textuais são essenciais para o aprendizado da língua estrangeira. De acordo com Bronckart (1999, p.103). “a apropriação dos gêneros é um mecanismo fundamental de socialização, de inserção prática nas atividades comunicativas humanas”. Uma vez que toda comunicação humana acontece por mediação dos gêneros textuais, pensar em uma abordagem de ensino baseada neles é de fundamental relevância.
Seria muito interessante que nas turmas de língua inglesa o docente planejasse suas aulas seguindo uma abordagem centrada nos gêneros textuais para que os alunos pudessem contemplar e aprender diversos tipos de textos que circulam no meio social. Dessa maneira os estudantes entenderiam o verdadeiro significado do uso efetivo da língua, ao invés de estudar estruturas gramaticais soltas sem nenhum objetivo.
Os aspectos linguisticos devem ser explorados dentro dos vários tipos de textos existentes. Os textos a serem trabalhados podem ser tanto de natureza verbal quanto não-verbal, uma vez que ambos incitam o pensamento reflexivo do aluno.
Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeiras Moderna, o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si (BRASIL, 2008, p.63).
Assim, a prioridade é trabalhar com os textos, sem deixar de lado os conteúdos gramaticais. É preciso contextualizar os gêneros textuais a serem trabalhados, dando ênfase a elementos como locutor/interlocutor do texto, a finalidade da escrita, o público-alvo, ou seja, aspectos relevantes que incitem a criticidade do aluno.
Para isso, é necessário a abordagem não apenas do livro didático, que representa uma das ferramentas de trabalho do professor, mas sim o uso de outros materiais em sala de aula como por exemplo, CD, DVD, entre outros, com o objetivo de tornar o ambiente mais dinâmico e didático, ou seja, que leve o aluno a se interessar pelo aprendizado da língua inglesa. E que esse aprendizado seja focado nos gêneros textuais.
1.3 O lúdico nas aulas de inglês
Por meio de uma aula lúdica, o aluno passa a ser estimulado, tendo uma nova perspectiva em seu aprendizado. De acordo com Nunes (2004),
Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeiras Moderna, o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si (BRASIL, 2008, p.63).
O desenvolvimento de atividades lúdicas em sala de aula é fator que certamente contribui para a motivação dos alunos em querer aprender aquilo que o professor propõe sobretudo quando se trata da língua inglesa.
Os jogos e brincadeiras são excelentes oportunidades de mediação entre o prazer e o conhecimento constituído, já que o lúdico é eminentemente cultural. “O lúdico é eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e a vida, o princípio de toda a descoberta e toda a criação”. (SANTO AGUSTINHO apud SANTOS, 1997, p.45).
As aulas de língua inglesa podem ser ministradas com jogos e brincadeiras planejadas pelo professor com um objeto claro e de cunho didático. Dessa maneira os alunos se sentirão mais motivados a participarem das atividades propostas pelo docente. A ludicidade atrai a atenção dos estudantes e tira a mesmice do cotidiano escolar. Diz a respeito disso Sousa (1996, p.343),
Há muito tempo já havia sido descoberta a importância das brincadeiras e dos jogos, onde entre os egípcios, romanos e maias, o lúdico se destacava em importância, pois era através dos jogos que as gerações mais jovens aprendiam com os mais velhos os valores e conhecimento de sua cultura.
A utilização de atividades lúdicas nas escolas deve contribuir para uma melhoria nos resultados obtidos pelos anos. Por isso, sempre que o professor precisar poderá planejar algumas estratégias lúdicas com o objetivo de melhorar o desempenho dos discentes no processo de ensino aprendizagem.
O lúdico está relacionado com o prazer, por isso a utilização de jogos pode ser útil para uma aprendizagem significativa, porque os envolvidos nesse processo podem reconhecer a língua inglesa como um espaço de construção discursiva, de produção de sentido, dentro de um contexto real, baseado nas ações essenciais da vida, como administrar conflitos e como saber perder ou ganhar.
Portanto, as aulas de inglês devem ser complementadas pelo lúdico, pois a atividade lúdica proporciona prazer quando executada, ou seja, o aluno aprende brincando. É uma ferramenta importante, um aliado eficaz no processo ensino-aprendizagem porque promove situações que levam o estudante a estimular o seu raciocínio e com isso, melhorar o seu rendimento no contexto escolar.
1.4 O uso de tirinhas para ampliar o vocabulário de Língua Inglesa
O vocabulário é um dos fatores mais importantes no ensino da língua inglesa. Schmitt (2000, p.137) diz que “o vocabulário é aprendido gradativamente e é óbvio que isto significa que a aquisição lexical requer múltiplas exposições a uma mesma palavra”.
Dessa forma, ao refletir no processo de ensino e aprendizagem, chega-se ao consenso de que é necessário expor os alunos as mesmas palavras várias vezes, de forma diferentes e lúdicas, pois assim, os estudantes assimilam a língua estrangeira com mais facilidade.
É importante que o professor proporcione aos alunos atividades variadas, como: jogos, músicas, entre outras, de modo a possibilitar situações concreta de uso da língua. De acordo com Chaguri (2005), o vocabulário “deve ser aprendido pela criança, sempre que possível, por meio de objetos referidos, autênticos, ou com representação de material audiovisual”.
O ensino de vocabulário praticado por meio de listas de palavras e memorizações não produz um aprendizado significativo e afetivo para os alunos. Essa prática faz com que os estudantes não se interesse para assimilar o vocabulário da língua inglesa por ser uma atividade pouca prazerosa.
Sendo assim, é importante que a variação de atividades seja a maior possível, que haja a interação entre os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem e que seja realizada a prática das quatro habilidades do ensino de língua inglês (leitura, escrita, audição e fala).
As sugestões para um trabalho diferenciado com vocabulário de língua inglesa são inúmeras, propiciando ao professor um contingente vastíssimo de escolhas. O vocabulário pode ser adquirido tanto por meio de estudos explícitos quanto pela exposição a palavras num determinado contexto. Segundo Schmitt (2000, p.158) “professores devem se concentrar não somente em introduzir novas palavras, mas também em aumentar o conhecimento dos alunos sobre palavras apresentadas previamente”. É preciso ainda pontuar que o vocabulário é o centro da aprendizagem e da comunicação em qualquer língua, pois nem a gramática, nem os aspectos linguisticos podem ser empregados na comunicação sem a mediação do vocabulário.
Uma boa sugestão para ampliar o vocabulário da língua inglês seria a utilização do gênero textual tirinhas, pois apresenta linguagem verbal e também visual o que facilita a compreensão por meio dos desenho. Esse gênero é composto de frases curtas que representa a fala dos personagens, o que facilitaria o trabalho com as quatro habilidades da língua além da aquisição de vocabulário.
Uma das características típicas das histórias em quadrinhos é a presença da língua que carrega uma grande quantidade de aspectos cultuais e os significados da língua como gírias, figuras de linguagem, ditados populares. Além disso, as histórias em quadrinhos podem explorar a língua de maneira criativa sem falar que os alunos gostam de ler.
De acordo com Vergueiro (2012, p.21-25), existem algumas vantagens quanto à utilização das histórias em quadrinhos no ensino:
– Os estudantes gostam de ler quadrinhos. Eles não as rejeitam, pois já fazem parte de seu cotidiano;
– Palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais eficiente;
– Os quadrinhos enriquecem o vocabulário dos estudantes. Ao mesmo tempo em que são escritos em linguagem de fácil entendimento, eles apresentam assuntos variados e novas expressões aos leitores, ampliando seu vocabulário.
As histórias em quadrinhos são formas de expressão muito popular e com um grande apelo aos estudantes. Além disso, elas apresentam um uso da língua muito avançado e com isso expõe os alunos a uma noção de mundo, o que representa um estimulo para o ensino da língua inglesa.
Para o trabalho com o gênero textual tirinhas é preciso desenvolver estratégias de leitura onde para ler não é necessário traduzir ou saber o significado de todas as palavras do texto. O aluno pode inferi-las a partir do contexto com o auxilio das imagens. O professor ainda, pode explorar a produção de texto, trabalhando a habilidade Writing no qual o estudante seria desafiado a produzir uma tirinha criando seus próprios personagens, fazendo uso do vocabulário aprendido durante a execução das atividades com as tirinhas nas aulas de língua inglesa.
2. PERCURSO METODOLÓGICO
Com o objetivo de melhorar a compreensão dos leitores, a metodologia será apresentada por meio de tópicos.
2.1 Cenário da pesquisa
A pesquisa teve como ambiente a escola da Rede Municipal de Ensino de Barras-PI, que fica localizada na Rua___________________________ na periferia da cidade. A escola funciona nos turnos manhã e tarde com o ensino fundamental de 6º ao 9º ano com alunos de faixa etária entre 10 a 17 anos.
2.2 Característica da pesquisa
O estudo apresenta característica da pesquisa bibliografia qualitativa e descritiva com uso de estudo de caso. Essa pesquisa tem por objetivo analisar a receptividade dos alunos ao trabalhar o gênero textual tirinha através de oficinas.
2.3 Sujeito do estudo
Participaram da pesquisa uma turma de 7º ano com 25 alunos no turno da manhã. Foi aplicado um questionário aos alunos antes da realização das oficinas constituído por perguntas e outro questionário após a realização das oficinas para investigar o que os alunos acharam das atividades que eles participaram durante a execução das oficinas.
2.4 Instrumento de coleta de dados
A entrevista foi o instrumento de coleta de dados destinada aos alunos.
A entrevista estruturada é geralmente realizada a partir de um questionário pré-estabelecido e totalmente estruturado que foi destinado aos estudantes da sala selecionada previamente. As questões do questionário seguem uma estrutura fechada de acordo com os objetivos da pesquisa.
A observação também é considerada uma coleta de dados para conseguir informações sob determinados aspectos da realidade. Ela ajuda o pesquisador a “identificar e obter provas a respeito de objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam sue comportamento (LAKATOS, 1996, 79).
Além da entrevista feita aos alunos ocorreu a observação em sala de aula durante a realização das oficinas para detectar possíveis comportamento e reações dos discentes em relação às atividades propostas.
Em linhas gerais a pesquisa bibliográfica é um apanhado sobre os principais trabalhos científicos já realizados sobre o tema escolhido e que são revestidos de importância por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes. Ela abrange: publicações avulsas, livros, jornais, revistas, vídeos, internet, etc. Esse levantamento é importante tanto nos estudos baseado em dados originais, colhidos numa pesquisa de campo, bem como aqueles inteiramente baseados em documentos (LUNA, 1999).
4. Análise de Dados
Os questionários foram aplicados em uma turma com 30 alunos. A entrevista foi realizada com os estudantes antes da ministração da oficina contendo um conjunto de cinco perguntas de múltipla escolha para verificar como estavam as aulas de inglês.
Em seguida, após a realização das oficinas foi aplicado um questionário com mais cinco perguntas também de múltipla escolha para verificar junto aos alunos a opinião deles a respeito das atividades que foram realizadas durante as oficinas.
O resultado da entrevista feita aos estudantes antes do inicio das oficinas será apresentado de forma descritiva, discorrendo sobre as respostas dadas pelos alunos a cada questão levantada no questionário.
Em relação ao questionário aplicado após a realização das oficinas, o resultado deste será relatado por meio de gráficos discorrendo sobre as respostas que os alunos deram para fácil compreensão do assunto abordado na entrevista.
Considerando que o objetivo deste estudo foi analisar a prática de leitura de tirinhas em língua inglesa para a aquisição de vocabulário desse idioma, ministrada através de uma oficina na Escola Municipal Francisco de Assis Carvalho em Barras – PI, os dados coletados nos permitiram compreender melhor como se deu esse processo de leitura. Abordaremos a seguir esse processo em dois momentos.
4.1 ANTES DA OFICINA
No que diz respeito a primeira questão perguntou-se aos alunos: como são as aulas de inglês?
Em resposta a esta indagação, a maioria dos alunos responderam marcando um x na opção regular.
Essa resposta pode ser justificada pela forma como as aulas de língua inglesa são ministradas nas escolas públicas, contemplando mais conteúdos focados nas regras gramaticais. Dessa forma, o aluno perde o interesse e não tem motivação para aprender. Garder (1985 apud Gass e Selinker 1997) afirmam que “atitudes positivas e motivação estão relacionadas diretamente com o sucesso”. Sendo assim, aulas que motivem os alunos gera uma aprendizagem mais eficaz.
Para Deci (1975, p.23) apud Brown (2001, p.88),
As atividades motivadoras intrinsecamente são aquelas para as quais não há recompensa aparente exceto a atividade por ela mesma. As pessoas parecem se envolver nas atividades pelos seus próprios motivos e não porque a atividade as levará a alguma recompensa… comportamentos motivados intrinsecamente são movidos por recompensas internas, sentimentos de competência e auto-determinação.
Vimos, assim, que a motivação tem um papel importante na aprendizagem dos alunos e o professor deve motivar seus alunos através de atividades desafiadoras.
Na segunda questão a pergunta feita aos entrevistados foi: você conhece mais de 20 palavras em inglês?
O resultado obtido para esse quesito foi que a maioria dos alunos respondeu que conhecem menos de 20 palavras da língua inglesa. Esse fato se deve à maneira como é desenvolvido o trabalho com o vocabulário, realizado pelo docente, palavras soltas sem contextualização.
O vocabulário é muito importante no ensino de inglês e não deve ser feito de qualquer forma. Em relação a isso Schmitt diz que “o vocabulário é aprendido gradativamente e é obvio que isto significa que a aquisição lexical requer múltiplas exposições a uma mesma palavra”. (SCHMITT, 2000, p.137)
Dessa forma o trabalho com o vocabulário deve ser feito utilizando a mesma palavra em inúmeros contextos diferentes tendo como base diversificados tipos de textos.
A terceira pergunta diz respeito ao uso do dicionário nas aulas de língua inglesa, a qual uma grande parte dos alunos respondeu que não utilizam o dicionário.
O dicionário é uma das ferramentas mais comum para se trabalhar com a língua inglesa, pois ajuda o aluno a compreender o significado das palavras em cada texto.
O professor tem de ensinar o aluno a manejar o dicionário e tem de lhe mostrar a sua utilidade. Cada docente pode utilizar o método que achar adequado, como interpretar um dicionário ajuda a melhorar o uso da língua pelo aluno.
Sobre isso Morais (1998) diz que,
“Para usar o dicionário temos que ser sabidos! Na verdade precisamos ter uma série de conhecimentos para poder ter acesso as informações ali organizados. Só à medida que vamos nos tornando mais letrados podemos usufruir adequadamente do que um dicionário tem a nos oferecer.”
Em relação à quarta pergunta questionado aos alunos qual a sua maior dificuldade na língua inglesa? Dentre as opções que eles tinham para escolher muitos estudantes, a grande maioria dificuldade é falar, ou seja, diz respeito à comunicação utilizando a língua inglesa.
A habilidade speaking é uma das habilidades que os alunos apresentam maior deficiência por não saber se expressarem utilizando a língua estrangeira, no caso o inglês. Portanto, é uma das habilidades em que o professor deve trabalhar muito bem com seus alunos associada com a aquisição de vocabulário, pois a dificuldade estar no conhecimento de poucas palavras do idioma por parte dos alunos.
Sabemos que nem sempre é fácil trabalhar essa habilidade e desenvolvê-la com cem por cento de aproveitamento. Em relação a isso Nicholls (2001, p.74) diz que:
A realidade do ensino de inglês nas escolas impede que o aluno adquira a competência satisfatória desejada. As amostras de inglês a que os alunos estão expostos no desenvolvimento de suas habilidades orais resumem-se geralmente à fala do professor na sala de aula, ao eventual material auditivo, como a fita cassete o vídeo, o filme e a música e, embora inadequada, devido à condição de aprendizes, à fala do domínio das habilidades orais como resultado da aprendizagem na escola é bastante controvertida.
A última pergunta dessa etapa foi formulada da seguinte maneira: você gosta de ler historias em quadrinhos?
A maioria das respostas dadas pelos alunos foi positiva. Isso se deve ao fato de que as historias em quadrinhos é um gênero textual de bastante aceitação pelos estudantes por trazer o entretenimento além da leitura propriamente dita e apresenta imagens, o que facilita a compreensão leitora dos alunos.
Com base nisso Vergueiro (2012, p.21-25) descreve algumas vantagens em relação ao uso das historias em quadrinhos nas aulas de língua inglesa:
– Os estudantes gostam de ler quadrinhos.
– Palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais eficiente.
– Os quadrinhos auxiliam no desenvolvimento do hábito de leitura.
– Os quadrinhos enriquecem o vocabulário dos estudantes. Ao mesmo tempo em que são escritos em linguagem de fácil entendimento, eles apresentam assuntos variados e novas expressões aos leitores, ampliando seu vocabulário.
Dessa forma, as historias em quadrinhos apresentam um uso da língua muito avançado e com isso expõe os alunos a noção de mundo, o que representa um estimulo para o ensino da Língua Inglesa.
4.2 AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DA OFICINA
A avaliação da oficina realizada pelos alunos tem por objetivo a finalidade de estabelecer uma análise a respeito dos resultados do aprendizado e da motivação dos estudantes que se envolveram nas atividades propostas, na disciplina de inglês.
Os resultados observados serviram de orientação para que o docente que atua no ensino fundamental com a língua inglesa pudesse constatar a relevância das atividades de leitura utilizando o gênero textual tirinhas em sala de aula com o intuito de trabalhar a aquisição de vocabulário dos estudantes na referida disciplina.
Gráfico 1- você gostou das atividades propostas?
De acordo com o gráfico citado acima verificou-se que 95% dos estudantes que participaram da oficina gostaram das atividades que foram desenvolvidas.
Como foram as atividades da oficina?
Em relação à participação e ao interesse dos alunos na oficina, o gráfico demonstrou que 90% dos estudantes consideraram ótimas as atividades realizadas com as tirinhas. Sendo assim, observa-se que o educando se sente mais motivado com a leitura dos quadrinhos.
Você aprendeu alguma palavra nova?
O gráfico demonstrou que a maioria dos alunos, 96,5% aprendeu uma palavra nova. Isso quer dizer que o vocabulário dos estudantes foi enriquecido de alguma forma.
Como foi produzir uma tirinha em língua inglesa?
Segundo as informações do gráfico, 92% dos alunos acharam ótimo produzir uma tira em inglês. Ao realizar essa atividade os estudantes demonstraram criatividade ao desenvolverem e criarem seus próprios personagens fazendo uso de estruturas lingüísticas que eles já haviam aprendido. Ao final todos apresentaram seus trabalhos numa pequena amostra onde cada um pôde expressar sobre suas próprias produções.
Gráfico 5 – Representação das respostas obtidas na pergunta: Que nota você dar para esta oficina?
De acordo com a pesquisa, constatou-se que 90% consideraram que a oficina contribuiu para a aprendizagem de forma mais criativa no ensino de leitura e aquisição de vocabulário da língua inglesa através do gênero textual tirinhas. Quando existem metodologias dinâmicas, o aluno está mais propenso a aprender do que com métodos tradicionais de tradução e aspectos gramaticais focado em exercícios mecânicos.
Considerações Finais
Sabe-se que a leitura é muito importante na vida de qualquer educando seja em qualquer idioma e isso não seria diferente no estudo da língua inglesa que como principio básico para a comunicação é preciso conhecer o maior número possível de palavras. E para isso é necessário o desenvolvimento de atividades que priorizem a assimilação de vocabulário da referida língua objeto de nosso estudo.
Sendo assim, como resposta ao questionamento: Qual a importância do trabalho com o gênero textual tirinhas para o processo de ensino e aprendizagem de vocabulário da língua inglesa? Deparou-se com a seguinte resposta:
De acordo com as atividades que foram executadas na oficina, comprovou-se que os alunos demonstraram bastante motivação durante a realização das tarefas envolvendo a utilização dos quadrinhos.
Esse fato se deve ao trabalho com as tirinhas acontecer de uma maneira mais dinâmica devido ao tipo textual ser algo que os estudantes gostam de ler, pois se trata de um texto geralmente curto que apresenta imagens de personagens conhecidos dos estudantes.
Dessa forma, a própria produção textual do educando em língua inglesa nesse gênero, se torna mais fácil para ocorrer, pois envolve a arte, ao criar os desenhos que compõem as tirinhas. E isso é uma atividade que os alunos adoram realizar. Assim, fica mais viável aprender e assimilar o vocabulário presente em cada quadrinho, pois é algo prazeroso e atraia atenção dos alunos, motivando-os a produzir em língua inglesa sem que isso se transforme em algo cansativo para os discentes.
Em reposta ao Objetivo Geral: ler e analisar tirinhas com o intuito de assimilar o vocabulário da língua inglesa no ensino fundamental em turmas de 9º ano na rede pública de Barras – PI.
Observou-se que os estudantes, ao tomarem contato com os quadrinhos, para fazerem a leitura e análise dos textos de acordo com os comandos seguidos nas oficinas, constatou-se que os educandos se sentiram bastante motivados com a participação em todas as atividades que foram propostas. Assim, dessa maneira, vimos que trabalhar os conteúdos de forma lúdica e dinâmica pode despertar o interesse dos alunos para o processo de ensino e aprendizagem, ainda que seja em outro idioma.
E para os objetivos específicos:
1. Reconhecer palavras cognatas para auxiliar na compreensão das tirinhas.
Em relação a isso, os alunos não demonstraram nenhuma dificuldade para reconhecer as palavras cognatas.
Portanto, é preciso que o docente priorize em seu planejamento atividades que trabalhem a identificação de palavras cognatas para auxiliar a compreensão leitora dos educandos no que diz respeito ao ensino da língua inglesa com os gêneros textuais.
2. Relacionar a linguagem verbal com as imagens para auxiliar o entendimento do contexto presente nas tiras.
Todos os estudantes conseguiram fazer a relação com a linguagem e as imagens sem nenhum problema, pois as figuras são de fácil compreensão, o que pode ajudar a inferir a correta compreensão da linguagem escrita dos quadrinhos.
3. Fixar o vocabulário aprendido com a leitura das tirinhas.
De acordo com o resultado, a maioria dos alunos assimilou uma palavra nova ao seu vocabulário, o que é muito importante para quem estuda a língua inglesa. E dessa forma, o educando vai construindo o seu próprio vocabulário a cada novo contato com outros gêneros textuais trabalhados de maneira dinâmica pelo professor. Isso facilita a aprendizagem de seus alunos em relação à aquisição de vocabulário e o desenvolvimento das habilidades da língua inglesa.
4. Produzir tirinhas utilizando o vocabulário estudado.
Segundo o resultado da pesquisa, os alunos aprovaram a produção de tirinhas com bastante motivação, pois percebeu-se o empenho e a dedicação de muitos discentes ao realizar esse trabalho em sala de aula, o que contribuiu muito para a aprendizagem de todos eles.
A instituição escolar é o ambiente que propicia ao aluno o desenvolvimento de suas potencialidades através de uma proposta pedagógica que proporcione ao estudante o contato com conteúdos significativos que sejam desenvolvidos de maneira dinâmica e lúdica.
Dessa forma, o professor precisa planejar suas atividades levando em consideração aquilo que o aluno necessita aprender, sobretudo a cerca do aprendizado da língua inglesa, em relação ao desenvolvimento das habilidades e a aquisição de vocabulário, sem focar com prioridade, apenas os aspectos gramaticais, mas utilizá-los na contextualização da leitura de textos.
Portanto, o trabalho realizado com a leitura e produção das tirinhas por meio de oficinas com o objetivo de desenvolver o vocabulário dos alunos teve bastante aceitação pelos estudantes, o que consideraram um momento muito rico para a aprendizagem da língua inglesa.
2.1
https://www2.unifap.br/glauberpereira/files/2015/03/Planejamento-Estrat%C3%A9gico.pdf
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/1123/1/M%C3%B3dulo_4.pdf
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasgarzel/12.pdf
file:///C:/Users/Francisco%20Barros/Downloads/docsity-apostila-planejamento-estrategico.pdf
https://www.cin.ufpe.br/~rqcl/tg/tg-rqcl.pdf
https://saude.riopreto.sp.gov.br/wiki/images/9/9e/Planejamento.pdf
2.2
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/18001/000653075.pdf?sequence=1
4.1
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos14/132020.pdf
file:///C:/Users/Francisco%20Barros/Downloads/4516-21360-1-PB.pdf
file:///C:/Users/Francisco%20Barros/Downloads/13-Texto%20do%20Artigo-48-1-10-20210314.pdf
outras fontes consultadas
https://www.take.net/blog/empresarial/planejamento-estrategico
https://unilab.edu.br/wp-content/uploads/2021/05/MANUAL_DE_PLANEJAMENTO_ESTRATEGICO_MAIO_2021.pdf
https://www.consumidormoderno.com.br/2021/07/15/diferencial-empresa
GABARITO
Os Elementos Estruturais do Trabalho dividem-se em:
O subprojeto foi idealizado tendo em vista a dificuldade dos alunos com a competência leitora, na qual muitos estudantes apresentam dificuldades com o ato ler. Percebe-se que a maioria dos educandos consegue decodificar as sílabas, mas não conseguem formar palavras para lerem de fato.
O projeto foi aplicado na escola seguindo um cronograma onde a cada semana os estudantes realizavam as atividades propostas com o objetivo de desenvolver as habilidades referentes à leitura. Desse modo, os alunos praticavam a leitura por meio de um conjuntos de tarefas organizadas para esta finalidade.
Os dados coletados da pesquisa foram por meio do diário de campo. O uso do diário não se restringe somente ao registro de fatos empíricos, mas propicia a reflexão de que as diferentes “verdades” vivenciadas durante a experiência sejam analisadas. Desse modo, o diário permite analisar as expectativas que compõem o fazer pedagógico.