LASER THERAPY AS A TREATMENT FOR PARESTHESIA AFTER THIRD MOLAR EXTRACTION
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202505141443
SANTOS, Suzana da Silva1
MOREIRA, kamila da Silva2
SANTOS, Lucas Vinicius3
Resumo
A exodontia de terceiros molares frequentemente resulta em lesões nervosas, como a parestesia, que pode afetar a qualidade de vida do paciente. Embora existam tratamentos, a prevenção é essencial. A laserterapia, especialmente com Laser de Baixa Potência, tem se mostrado promissora na recuperação das fibras nervosas e na modulação da dor. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão narrativa da literatura acerca das contribuições da laserterapia no manejo terapêutico da parestesia após a exodontia de terceiros molares. O estudo em questão caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa descritiva, fundamentada em revisão de literatura. A busca por informações relevantes foi realizada em bases de dados como Google Acadêmico e SciELO, utilizando palavras-chave específicas. Critérios de inclusão e exclusão foram estabelecidos para garantir a relevância e qualidade dos artigos selecionados. A evolução das ciências odontológicas tem promovido avanços significativos, especialmente na redução do medo e da dor associada a procedimentos, como a exodontia de terceiros molares. Esses progressos são atribuídos à introdução de tecnologias minimamente invasivas, como a laserterapia, que proporciona maior conforto e acelera a recuperação. A utilização de lasers de baixa intensidade, em particular, tem se destacado no tratamento de complicações, como a parestesia, que frequentemente ocorre após extrações dentárias. Estudos demonstram que a laserterapia não apenas melhora a percepção sensorial, mas também acelera a regeneração nervosa. Assim, a integração dessas inovações tecnológicas na prática clínica evidencia sua relevância na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave: Parestesia. Exodontia. Terceiro Molar. Laserterapia.
Abstract
The removal of third molars often results in nerve damage, such as paresthesia, which can affect the patient’s quality of life. Although there are treatments, prevention is essential. Laser therapy, especially with low-power lasers, has shown promise in recovering nerve fibers and modulating pain. In view of the above, this study aims to carry out a narrative review of the literature on the contributions of laser therapy in the therapeutic management of paresthesia after third molar extraction. The study in question is characterized as a descriptive qualitative research, based on a literature review. The search for relevant information was carried out in databases such as Google Scholar and SciELO, using specific keywords. Inclusion and exclusion criteria were established to ensure the relevance and quality of the articles selected.The evolution of the dental sciences has led to significant advances, especially in reducing the fear and pain associated with procedures such as third molar extraction. These advances are attributed to the introduction of minimally invasive technologies, such as laser therapy, which provides greater comfort and speeds up recovery. The use of low-intensity lasers, in particular, has stood out in the treatment of complications such as paresthesia, which often occurs after tooth extractions. Studies show that laser therapy not only improves sensory perception, but also accelerates nerve regeneration. Thus, the integration of these technological innovations into clinical practice highlights their relevance in improving patients’ quality of life.
Keywords: Paresthesia. Extraction. Third Molar. Laser therapy.
INTRODUÇÃO
A exodontia de terceiros molares, tanto impactados quanto não impactados, configura-se como um dos procedimentos mais frequentes na prática da cirurgia oral menor. Nesse contexto, é importante ressaltar que entre os acidentes e complicações que podem ocorrer durante o trans-operatório e o pós-operatório, as lesões nervosas que resultam em parestesia merecem destaque. Essa complicação é caracterizada pela perda de sensibilidade, que pode ser transitória ou permanente, em decorrência de lesão do nervo afetado, causando considerável desconforto ao paciente, já que este relata diminuição ou ausência de sensibilidade, formigamentos, prurido e sensação de queimação, entre outros sintomas. (AQUINO et al., 2020).
Conforme apontado por De Lima et al. (2018), a prevalência geral dessa complicação após a exodontia de terceiros molares é de 18,6% no nervo alveolar inferior e de 7,0% no nervo lingual. A ocorrência de parestesia está principalmente relacionada à proximidade da raiz do elemento dentário com o nervo, bem como à posição e ao nível de angulação do terceiro molar. Essa condição é definida como um distúrbio neurosensitivo local, resultante de injúrias ao tecido nervoso, podendo ser provocada por fatores físicos, químicos, patológicos, mecânicos e microbiológicos. Uma vez que as dificuldades enfrentadas na alimentação, na ingestão de líquidos e nas interações sociais configuram barreiras significativas.
Nos últimos anos, diversas pesquisas têm indicado que a aplicação da laserterapia pode ser relevante em praticamente todas as especialidades odontológicas, incluindo dentística, cirurgia, periodontia e endodontia. Essa técnica, embora promissora, requer capacitação profissional e tem conquistado cada vez mais espaço na área. Assim, no âmbito da cirurgia oral menor, destaca-se a utilização do laser na bioestimulação das fibras nervosas, especialmente em casos de parestesia. O Laser de Baixa Potência (LBP) atua por meio da fotobioestimulação, utilizando energia em um comprimento de onda específico, o que resulta em um aumento da produção de energia mitocondrial e na elevação do metabolismo celular nervoso. O processo tem curso através de diversas vias de sinalização, as quais ativam fatores responsáveis pela transcrição e pela síntese de proteínas. Ademais, essa ativação promove a proliferação celular e desencadeia uma resposta anti-inflamatória, modulando, assim, as reações celulares de forma integrada. (SILVA et al., 2021).
Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão narrativa da literatura acerca das contribuições da laserterapia no manejo terapêutico da parestesia após a exodontia de terceiros molares, além de explorar os protocolos e fatores envolvidos na aplicação dessa modalidade terapêutica
MATERIAIS E MÉTODO
O presente estudo classifica-se como uma pesquisa qualitativa de natureza descritiva. A realização deste trabalho será viabilizada por meio de uma revisão da literatura. Nesse sentido, a busca por informações relevantes foi realizada nas bases de dados Google Acadêmico, SciELO, BVS e PubMed, utilizando-se, para tanto, as palavras-chave: “Laser de baixa potência”, “Parestesia” e “Cirurgia Bucal”. No contexto da pesquisa, optou-se por empregar o operador booleano “AND”, o que possibilitou a aferição das palavras-chave mediante os descritores das ciências da saúde.
Com o objetivo de garantir uma abrangência adequada, foram estabelecidos critérios de inclusão que delimitavam um recorte temporal de dez anos, abrangendo o período de 2014 a 2024. Esse recorte focou em artigos que apresentassem um alinhamento teórico satisfatório ao tema em questão e que estivessem disponíveis nos idiomas inglês, espanhol e português. Em contrapartida, os critérios de exclusão aplicados englobaram trabalhos duplicados, aqueles que apresentassem informações incompletas, bem como aqueles que não estivessem acessíveis na íntegra online. Ademais, foram excluídos trabalhos que, após leitura completa, mostrassem-se inadequados ao tema da pesquisa ou que apresentassem um baixo nível de revisão ou evidência para publicação.
REVISÃO DE LITERATURA
Ao longo do processo evolutivo das bases teóricas, métodos e materiais entorno das ciências odontológicas verificou-se uma progressão significativa em diversos aspectos dessa área, particularmente na diminuição do medo, da ansiedade e dos sintomas dolorosos que frequentemente se manifestam após procedimentos odontológicos. Esse avanço é atribuído à introdução de novas tecnologias na área, que possibilitam métodos minimamente invasivos. Dessa forma, procedimentos considerados tradicionalmente dolorosos têm se tornado mais toleráveis para os pacientes, uma vez que a intensidade das sintomatologias foi reduzida, aumentando a satisfação e confiança dos pacientes (SANTOS; SANTOS; GUEDES, 2021).
As lesões nervosas podem ser classificadas em neuropraxia, que se refere a uma lesão leve do nervo sem perda de sensibilidade ou função autonômica; axonotmese, a qual envolve uma lesão que pode interromper a continuidade dos axônios, mas sem danos significativos ao estroma; e neurotmese, que descreve um trauma que resulta na ruptura parcial ou completa do axônio, representando a forma mais grave de lesão, com perda funcional completa. O prognóstico para neurotmese é desfavorável, exceto quando as extremidades nervosas permanecem próximas e com a orientação adequada. Embora existam tratamentos disponíveis, a prevenção continua sendo a abordagem mais recomendada para evitar tais acidentes e complicações, uma vez que nenhuma das terapias comumente utilizadas — que vão desde intervenções microcirúrgicas até a administração de suplementos vitamínicos — é capaz de promover a recuperação total do tecido lesado (DE OLIVEIRA et al., 2015).
No que se refere à exodontia cirúrgica dos terceiros molares, este procedimento é frequentemente associado a queixas significativas por parte dos pacientes, especialmente devido ao desconforto pós-operatório, que muitas vezes se caracteriza por dor intensa, edema, trismo e infecções. Essas complicações, que ocorrem com maior frequência em posições divergentes das esperadas, impactam diretamente na qualidade de vida dos indivíduos afetados e reverberam, muitas vezes, na escolha do paciente em postergar a realização desse procedimento cirúrgico mesmo havendo indicação adequada devido ao medo da manifestação de tais imbróglios (ALAN et al., 2016).
Com o progresso das inovações tecnológicas, emergiram novos instrumentos que podem ser empregados pelo cirurgião-dentista em sua prática clínica. Vários dispositivos têm demonstrado um impacto positivo na execução de procedimentos rotineiros, como as exodontias, ao proporcionar maior conforto ao paciente e um tempo de recuperação mais reduzido. Nesse cenário, merece destaque a introdução da laserterapia, a qual tem sido progressivamente integrada em consultórios e hospitais, sendo utilizada por profissionais da odontologia (OLIVEIRA; CARNEIRO; VAREJÃO, 2023).
A aplicação da laserterapia é habilitada para uma variedade de tratamentos odontológicos, desde que o cirurgião-dentista possua o conhecimento necessário para utilizar essa ferramenta de maneira eficaz. Dentre as indicações, incluem-se casos de extração de terceiros molares, redução de edema, frenectomias, tratamento de lesões bucais, desordens temporomandibulares e osseointegração de implantes, entre outros (AQUINO et al., 2020).
Esse mecanismo possibilita a reparação das fibras nervosas lesadas, assim como a restauração da função neural, por meio de processos que incluem a melhoria da microcirculação local, a modulação da inflamação e a aceleração do processo cicatricial, promovendo, assim, uma reparação nervosa mais eficaz. Além disso, por se tratar de um dispositivo minimamente invasivo, o LBP proporciona maior conforto ao paciente (QI et al., 2019).
O tratamento apresenta uma notável capacidade analgésica, uma vez que promove a modulação dos mediadores químicos relacionados à inflamação e estimula, por sua vez, a produção de beta-endorfina. Ademais, acredita-se que a aplicação de luz sobre o nervo lesionado contribui para a normalização da velocidade de transmissão do impulso nervoso (SANCHEZ et al., 2018).
Segundo Neto et al. (2017), o uso do laser foi regulamentado pelo Conselho Federal de Odontologia em 2008, permitindo que o cirurgião-dentista utilizasse essa ferramenta terapêutica auxiliar em diversos procedimentos, como tratamento de lesões orais, cirurgias e desordens temporomandibulares, caracterizando-se assim como uma terapia coadjuvante ao tratamento principal. Atualmente, a laserterapia é reconhecida como uma abordagem promissora nas distintas especialidades odontológicas, oferecendo uma alternativa viável com múltiplas possibilidades de aplicação clínica.
Essa terapia atua ao estimular a atividade celular e a liberação de fatores de crescimento por macrófagos, promovendo a proliferação de queratinócitos, aumento de mastócitos e angiogênese. Como resultado dessas ações, observa-se um avanço na cicatrização de feridas, além da diminuição da inflamação (FARHADI et al., 2017).
O termo “laser” provém de uma sigla em inglês que significa “Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de Radiação”, referindo-se a uma fonte de luz que se distingue da luz convencional. Na odontologia, os lasers são categorizados em dois tipos de módulo: o laser de baixa intensidade e o laser de alta intensidade, sendo cada um deles capaz de produzir efeitos distintos (GIRÃO EVANGELISTA et al., 2019).
O laser de baixa intensidade foi inicialmente descrito em 1978, emergindo como uma alternativa promissora para a regeneração de nervos lesionados. Desde essa data, ao longo das três décadas subsequentes, um vasto conjunto de pesquisas foi desenvolvido com a finalidade de aprimorar os processos de regeneração e cicatrização. Em contraste, o laser de alta intensidade é aplicado em procedimentos cirúrgicos conservadores, visando não apenas minimizar os efeitos adversos pós-operatórios, mas também realizar a ablação de tecidos. Adicionalmente, o laser de baixa intensidade apresenta propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, bioestimuladores e cicatrizantes, sendo frequentemente utilizado na odontologia, especialmente nas modalidades de hélio-neônio, arseniato de gálio e arsenato de gálio e alumínio. Assim, a utilização de diferentes tipos de laser evidencia a versatilidade e a importância dessas tecnologias na medicina e na odontologia contemporânea. (DE OLIVEIRA, 2015).
Esse tipo de radiação é caracterizado por uma radiação eletromagnética não ionizante, na qual os átomos ativos são excitados mediante a absorção de luz, resultando na liberação de fótons que, por sua vez, mantêm a estabilidade dos elétrons. Isso gera uma luz de alta intensidade com variados comprimentos de onda, permitindo ao profissional selecionar a finalidade desejada para a aplicação. A interação do laser com a superfície tecidual ocorre quando a luz emitida entra em contato com o tecido, sendo que parte da luz é dispersa, enquanto a outra é absorvida e transmitida. Apenas a luz absorvida exerce efeito no local, dependendo da quantidade e do poder de absorção do cromóforo e do comprimento do laser (AQUINO et al., 2020).
A cicatrização é um dos principais efeitos da interação entre o tecido e o laser, possibilitando o aumento da produção de ATP, o que, por sua vez, acelera a velocidade mitótica das células e estimula a microcirculação. Essa microcirculação local é capaz de aumentar o aporte nutricional, facilitando a multiplicidade celular e favorecendo a neovascularização a partir dos vasos já existentes, promovendo a bioestimulação das fibras nervosas que foram traumatizadas durante o procedimento cirúrgico (OLKOSKI et al., 2021).
Entre as diversas abordagens terapêuticas destinadas ao controle da dor e da parestesia após procedimentos de exodontia, a terapia com Laser de Baixa Intensidade (LBP) tem se destacado de maneira significativa. Este tipo de laser opera com uma potência que pode atingir até 100 mW e é capaz de gerar energia em diferentes espectros, incluindo o visível (400-700 nm), o ultravioleta (200-400 nm) e as regiões próximas ao infravermelho (700-1500 nm). Os sistemas mais avançados incorporam cristais e diodos semicondutores de arseniato de gálio (AsGa), sendo que estes podem ser combinados com outros componentes em função do comprimento de onda desejado (MATOS et al., 2017; TENIS et al., 2018).
Ademais, é importante ressaltar que os lasers de diodo, que operam na faixa do infravermelho e em baixa intensidade, apresentam uma boa absorção pelos tecidos. O tratamento, em sua prática habitual, é frequentemente realizado com laser infravermelho, com uma densidade de energia que varia entre 6 a 20 J/cm², distribuída em pontos específicos, e uma potência que oscila entre 40 a 50 mW. Dessa forma, os protocolos de tratamento são ajustados conforme as características da lesão, sendo recomendadas, pelo menos, dez sessões, as quais devem ser realizadas três vezes por semana, totalizando, assim, um período de três semanas de tratamento (BENEVIDES et al., 2018).
Os principais objetivos da utilização da luz de baixa potência (LBP) no tratamento da parestesia consistem, primordialmente, na aceleração da regeneração do tecido nervoso lesionado e na estimulação do nervo adjacente ou do tecido nervoso contralateral, com a finalidade de compensar a função do nervo afetado. Ademais, busca-se a fotobiomodulação da resposta nervosa, que visa restaurar a normalidade e o limiar do potencial de ação. É importante ressaltar que esses protocolos têm atraído considerável atenção devido à sua eficácia, não invasividade e elevado índice de segurança, sendo aplicáveis tanto a lesões neuromusculares quanto a nervos periféricos. Os resultados clínicos obtidos são influenciados por diversos parâmetros do dispositivo utilizado, tais como comprimento de onda, densidade de potência, densidade de energia e tempo de aplicação. Além disso, essa abordagem se comporta como um agente anti-inflamatório e analgésico, e a combinação de suas propriedades bioestimulantes favorece a redução progressiva do desconforto logo após as primeiras aplicações, além de promover uma aceleração na reparação tecidual (QI et al., 2019).
No que tange à parestesia, é importante ressaltar que ela resulta de uma lesão nervosa que ocasiona a perda de sensibilidade do nervo afetado, o que pode proporcionar ao paciente um desconforto transitório ou permanente. Após a lesão do nervo, o paciente pode relatar alterações na sensibilidade, como formigamento, dormência, hipersensibilidade ao calor ou frio, edema, dor na língua e coceira. Tal imbróglio é considerado a quarta complicação mais comum nos procedimentos odontológicos, frequentemente ocorrendo após o bloqueio do nervo alveolar inferior, manifestando-se posteriormente ao procedimento realizado, com os nervos mais afetados sendo o alveolar inferior e o lingual (MATOS JÚNIOR, LADEIA, 2019).
No que diz respeito aos fatores etiológicos da parestesia, é pertinente destacar que estes podem ser classificados em mecânicos, físicos e químicos. Observa-se, com frequência, a ocorrência de parestesia em pacientes submetidos a exodontias, sendo especialmente prevalente nos casos que envolvem a remoção dos terceiros molares inferiores. Nesse contexto, Bachmann et al. (2014) reforçam tal premissa a medida que apontaram uma maior incidência de parestesias associadas a procedimentos odontológicos relacionadas ao uso de anestésicos locais, com uma taxa de 37,5%, seguida por exodontias de terceiros molares com 25%, tratamentos endodônticos com 12,5%, implantes dentários com 12,5% e osteotomias sagitais bilaterais também com 12,5%.
Além disso, é fundamental considerar que essa condição pode resultar da ação tóxica de anestésicos locais, notadamente aqueles utilizados em bloqueios realizados com articaína e prilocaína em concentrações de 4%. Outras causas, não cirúrgicas, que podem estar associadas à parestesia e a disfunções neurossensoriais incluem tratamentos endodônticos que envolvem um preparo e alargamento excessivos do canal radicular. Tais procedimentos podem levar a rompimentos na região periapical, ocasionando lesões químicas e mecânicas nos nervos. Ademais, deve-se levar em conta que, embora com menor frequência, a movimentação ortodôntica pode induzir distúrbios neurossensoriais secundários. Face a isso, a parestesia iatrogênica, especialmente em casos de exodontias, pode se manifestar por meio de alterações sensoriais, como dormência, queimação, pontadas, formigamento e alterações na sensibilidade ao frio e ao calor. Essas manifestações afetam a região do lábio vermelho, o tecido do mento extraoral e a gengiva vestibular, que se estende desde o primeiro pré-molar até os molares inferiores. Vale ressaltar que essas alterações podem persistir por um período médio de seis meses ou, em algumas situações, tornar-se permanentes (OLIVEIRA, 2019).
Ademais, as parestesias tardias, ou não imediatas, tendem a surgir alguns dias após o procedimento cirúrgico e podem ser atribuídas a diversas causas, como a sobrecarga do nervo em decorrência de edema ou da síndrome do coágulo sanguíneo, bem como à presença de fragmentos ósseos resultantes da luxação, que podem exercer pressão sobre o nervo, e à dor provocada pela reorganização da rede de fibras do coágulo durante o processo de cicatrização (SOUSA et al., 2022).
No que diz respeito às opções de tratamento para a parestesia, a literatura aponta uma variedade de abordagens, que incluem tratamento medicamentoso, microneurocirurgia, acupuntura, eletroestimulação, calor úmido e fisioterapia. Nesse sentido, destaca-se a utilização do laser de baixa potência como uma estratégia promissora para a reparação de nervos lesionados, proporcionando efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e bioestimulantes. O efeito analgésico do laser é atribuído à sua capacidade de inibir a formação de prostaglandinas e a ação inibitória sobre a enzima ciclooxigenase, que atua nos receptores do sistema nervoso periférico, inibindo a atividade dos neurônios nociceptivos e estimulando as células não nociceptivas (RIBEIRO et al., 2021).
Em determinadas situações clínicas, a proximidade das raízes dos dentes posteriores com o canal do nervo alveolar inferior pode aumentar o risco de compressão nervosa, especialmente em decorrência de movimentos de torque, resultando em parestesia temporária. O diagnóstico dessa condição depende de uma anamnese detalhada, que envolve a avaliação do surgimento dos sintomas. A parestesia é frequentemente reconhecida como a quarta complicação mais comum em procedimentos odontológicos, manifestando-se geralmente após o bloqueio do nervo alveolar inferior e emergindo após o procedimento, com ênfase nas exodontias de terceiros molares; os nervos mais frequentemente comprometidos durante esses procedimentos são os nervos alveolar inferior e lingual (MATOS JÚNIOR, LADEIA, 2019).
Entre os tratamentos disponíveis, a aplicação de laser de baixa intensidade na área afetada tem demonstrado resultados satisfatórios, especialmente quando administrada em um protocolo que envolve três sessões por semana, com duração que varia de um a oito semanas. Acredita-se que a laserterapia favoreça a reparação do tecido lesionado, promovendo a formação de novas fibras colágenas e a reestruturação dos tecidos vascularizados, além de reduzir o edema local e os processos inflamatórios. Os lasers de baixa potência atuam de forma terapêutica, visando a promoção da reparação tecidual, a modulação da sensação de dor e a diminuição da inflamação. Cumpre destacar que o uso de lasers de baixa potência, como uma alternativa de tratamento para a parestesia pós-extração de terceiros molares, não apresenta efeito antimicrobiano, uma vez que não provoca aumento da temperatura local (SAMPAIO et al., 2022).
A pesquisa realizada por Oliveira (2019) teve como objetivo avaliar a eficácia da laserterapia e da laseracupuntura no tratamento de parestesias do nervo alveolar inferior em pacientes submetidos a cirurgias de extração de terceiros molares e implantes. O estudo incluiu 60 indivíduos, distribuídos aleatoriamente em três grupos: um grupo recebeu tratamento medicamentoso, outro foi submetido à laserterapia e o terceiro à laseracupuntura. Os principais desfechos analisados envolveram limiares de percepção térmica, mecânica e dolorosa. Os resultados indicaram que, embora todas as intervenções tenham proporcionado melhoria na percepção sensorial, as terapias de fotobiomodulação (laserterapia e laseracupuntura) mostraram-se mais eficazes em comparação ao tratamento medicamentoso. Observou-se que os grupos que passaram por essas terapias obtiveram resultados superiores na última avaliação, possivelmente em virtude da duração mais prolongada do tratamento. Essa pesquisa ressalta a relevância da laserterapia no contexto da regeneração nervosa associada à parestesia, visando uma recuperação mais eficaz e completa dos pacientes afetados.
Em última análise, é relevante considerar a análise realizada por De Oliveira et al. (2015), que investigaram um grupo de 125 pacientes diagnosticados com parestesia. Durante o estudo, os autores identificaram que 46,4% dos casos de parestesia estavam associados à extração do terceiro molar, enquanto 16,8% estavam vinculados à cirurgia ortognática. Além disso, 12,8% dos episódios de parestesia foram atribuídos à colocação de implantes, 6,4% a traumas faciais e 17,6% a causas diversas. Diante desses dados, depreende-se que há uma significativa correlação entre a exodontia de terceiros molares e o risco de desenvolvimento de parestesia, o que evidencia a importância dessa área cirúrgica em particular. Ressalta-se, portanto, que a extração de terceiros molares pode ser considerada uma das intervenções cirúrgicas mais impactadas por essa complicação. Ademais, para a confirmação do diagnóstico da parestesia, outros métodos complementares têm se mostrado eficazes. Entre esses, destacam-se os testes neurossensoriais, as avaliações das reações na região afetada, os estímulos térmicos e os testes elétricos e químicos. Esses métodos diagnósticos têm adquirido uma relevância crescente na prática clínica, contribuindo para uma avaliação mais precisa da condição do paciente.
Além disso, cabe mencionar os estudos realizados por Hakimiha et al. (2020), que investigaram essa patologia ao avaliar oito pacientes de ambos os sexos, com idade média de 47,5 anos, diagnosticados com parestesia do lábio e/ou mento após a extração do terceiro molar inferior ou a instalação de implantes. A recuperação neurossensorial completa foi observada em dois pacientes, que apresentaram melhora em sete e doze dias, respectivamente, após a aplicação de laser de baixa potência (LBP) (Fox, ARC Laser, Nuremberg, Alemanha). Ademais, um paciente demonstrou recuperação sensorial completa após trinta e cinco dias de tratamento. Os resultados revelaram que, em todos os pacientes, o estado neurossensoriais melhorou após a terapia com LBP, sendo que aqueles com menor duração da parestesia apresentaram resposta mais favorável ao tratamento com laserterapia.
DISCUSSÕES
A laserterapia, uma técnica emergente na odontologia, tem se mostrado uma alternativa significativa no tratamento de complicações associadas a procedimentos cirúrgicos, especialmente a exodontia de terceiros molares. A análise do impacto da laserterapia na parestesia pós-exodontia revela uma convergência de evidências entre diversos autores, assim como algumas divergências que merecem ser discutidas.
Santos et al. (2021) destacam que a introdução de novas tecnologias na odontologia, como a laserterapia, tem contribuído para a diminuição do medo e da ansiedade dos pacientes, além de melhorar a tolerância a procedimentos que antes eram considerados dolorosos. Essa perspectiva é corroborada por Oliveira et al. (2023), que enfatizam a integração da laserterapia em consultórios odontológicos, evidenciando seu papel como terapia coadjuvante em procedimentos cirúrgicos, incluindo a extração de terceiros molares. Em contrapartida, Alan et al. (2016) apontam que a extração de terceiros molares frequentemente resulta em complicações significativas, como dor intensa e parestesia, o que pode gerar receios nos pacientes em relação a esses procedimentos.
Além disso, a literatura aponta que a incidência de parestesia está fortemente associada à remoção de terceiros molares inferiores, conforme evidenciado por Bachmann et al. (2014) e De Oliveira et al. (2015). Esses estudos corroboram a ideia de que a exodontia de terceiros molares é uma das intervenções cirúrgicas mais suscetíveis a essa complicação, destacando a relevância da laserterapia neste contexto específico. No entanto, enquanto Bachmann et al. (2014) indicam uma taxa de 25% de parestesias associadas a exodontias, De Oliveira et al. (2015) observam que 46,4% dos casos de parestesia estavam vinculados a esse tipo de cirurgia, sugerindo uma variação nas taxas de complicação que pode estar relacionada ao tipo de amostra ou à metodologia utilizada.
Em termos de eficácia clínica, Oliveira (2019) e De Oliveira et al. (2015) conduziram estudos que revelam resultados favoráveis da laserterapia em comparação ao tratamento medicamentoso. Oliveira (2019) observou que as terapias de fotobiomodulação proporcionaram melhores resultados na percepção sensorial em pacientes com parestesia após extração de terceiros molares. No entanto, De Oliveira et al. (2015) identificaram uma porcentagem significativa de parestesias associadas à exodontia, sugerindo que, embora a laserterapia seja uma opção viável, sua implementação deve ser acompanhada de uma avaliação cuidadosa do risco de complicações.
Entretanto, é importante destacar que, apesar da eficácia demonstrada, a resposta ao tratamento com laser de baixa intensidade pode variar entre os indivíduos, conforme apontado por Hakimiha et al. (2020). Os autores observaram que a recuperação neurossensorial completa não ocorreu em todos os pacientes, sugerindo que fatores como a duração da parestesia e a gravidade da lesão inicial podem influenciar os resultados. Essa variação é corroborada por Ribeiro et al. (2021), que discutem a importância de parâmetros como comprimento de onda, densidade de potência e tempo de aplicação no desfecho clínico da laserterapia.
Além disso, Farhadi et al. (2017) e Olkoski et al. (2021) ressaltam os mecanismos biológicos pelos quais a laserterapia atua, como a bioestimulação das células e a promoção da angiogênese, que são fundamentais para a cicatrização e recuperação do tecido nervoso. A interação do laser com os tecidos, conforme descrito por Aquino et al. (2020), envolve a absorção e a liberação de energia que favorece a regeneração celular, o que pode explicar os efeitos positivos observados em estudos clínicos.
Outro ponto de discussão refere-se à comparação entre os diferentes tipos de laser utilizados na terapia. Girão Evangelista et al. (2019) explicam que o laser de baixa intensidade possui características distintas do laser de alta intensidade, com aplicações específicas em diferentes contextos clínicos. Isso levanta a questão sobre a padronização dos protocolos de tratamento e a necessidade de uma abordagem individualizada, considerando a complexidade das lesões nervosas e as particularidades de cada paciente.
Por outro lado, também se observa uma divergência nas abordagens terapêuticas disponíveis para o tratamento da parestesia. Enquanto alguns autores defendem a superioridade da laserterapia, outros enfatizam a eficácia de métodos alternativos, como a acupuntura e a eletroestimulação, conforme mencionado por Matos et al. (2017) e Tenis et al. (2018). Essa pluralidade de abordagens terapêuticas evidencia a necessidade de uma avaliação individualizada dos pacientes, considerando suas particularidades e a complexidade da condição de parestesia.
Em síntese, a laserterapia se apresenta como uma estratégia viável e eficaz para o tratamento da parestesia pós-exodontia de terceiros molares, com base em evidências que demonstram sua capacidade de promover a regeneração nervosa e reduzir a dor. No entanto, é crucial que os profissionais da odontologia considerem a diversidade de fatores que podem influenciar os resultados e a resposta ao tratamento, adotando uma abordagem holística que englobe diferentes modalidades terapêuticas. Essa análise crítica do uso da laserterapia, em comparação com outras intervenções, é essencial para aprimorar a prática clínica e garantir resultados positivos para os pacientes.
CONCLUSÃO
Em face das considerações apresentadas, é possível concluir que a laserterapia se revela como uma alternativa terapêutica promissora no manejo da parestesia pós-exodontia de terceiros molares. A exodontia, embora um procedimento comum na prática odontológica, está suscetível a complicações, sendo a parestesia uma das mais impactantes e frequentes. A literatura revisada indica uma prevalência significativa de lesões nervosas associadas a esse tipo de intervenção cirúrgica, resultando em desconfortos que afetam substancialmente a qualidade de vida dos pacientes.
A aplicação do Laser de Baixa Potência (LBP) demonstra eficácia na promoção da regeneração nervosa, atuando através de mecanismos bioquímicos que favorecem a cicatrização e a modulação da dor. Os estudos indicam que a laserterapia não apenas acelera o processo de recuperação, mas também apresenta um perfil de segurança que a torna uma opção viável em comparação com outras abordagens terapêuticas. Ademais, a formação de protocolos adequados para a aplicação do LBP é essencial para maximizar os resultados clínicos, ressaltando a importância da capacitação profissional na utilização dessa tecnologia.
Assim, a integração da laserterapia na prática clínica pode não apenas melhorar os desfechos relacionados à parestesia, mas também contribuir para um atendimento odontológico mais humanizado e menos traumático, promovendo uma recuperação mais satisfatória para os pacientes submetidos a procedimentos de exodontia de terceiros molares.
REFERÊNCIAS
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1 Graduanda em Odontologia da Universidade Uninassau. Endereço: E-mail:suzanasantosro@gmail.com.
2 Graduanda em Odontologia da Universidade Uninassau. Endereço: E-mail: kamila.moreira100@gmaill.com
3 Orientador- Especialista em Endodontia pela Faculdade Ibero Americana de São Paulo – FIASP – Professor Especialista do Curso de Odontologia do Centro Universitário Mauricio de Nassau de Cacoal – Endereço: E-mail: lucas-vss 07@hotmail.com