IRREGULARIDADES NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO AMAZONAS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202410062111


Nicolas dos Santos Ramos1
Orientador: Prof. Esp. Jonk Jones de Castro Vinente2


RESUMO

Nos tempos atuais, observam-se as adversidades climáticas que impactam a sociedade, como ondas de calor e estiagens históricas, influenciando diretamente o consumo de energia elétrica e revelando os impactos com as práticas irregulares no consumo de energia. No Amazonas, as perdas não técnicas em baixa tensão atingem aproximadamente 42%, ganhando destaque nacional. Este estudo tem como propósito pôr em discussão, uma reflexão acerca da imperatividade de evidenciar a realidade do estado do Amazonas no contexto das perdas não técnicas no setor elétrico. Começa com a caracterização das irregularidades no consumo de energia, utilizando métricas de relatórios da ANEEL. Em seguida, discute os impactos adversos na sociedade relacionados a essas práticas, estabelecendo conexões entre as condições climáticas e as perdas não técnicas. Por fim, são delineadas posturas e práticas para combater as irregularidades, destacando medidas adotadas para mitigação e conscientização dos consumidores na região amazônica.

Palavras-chave: Amazonas; perdas não técnicas; irregularidades, consumo.

ABSTRACT

In current times, climate adversities that impact society are observed, such as heat waves and historic droughts, directly influencing electricity consumption and revealing the impacts of irregular practices in energy consumption. In Amazonas, non-technical losses in low voltage reach approximately 42%, gaining national prominence. This study aims to discuss, reflect on the imperative of highlighting the reality of the state of Amazonas in the context of non-technical losses in the electricity sector. It begins with the characterization of irregularities in energy consumption, using ANEEL reporting metrics. It then discusses the adverse impacts on society related to these practices, establishing connections between climatic conditions and non-technical losses. Finally, postures and practices to combat irregularities are outlined, highlighting measures adopted to mitigate and raise awareness among consumers in the Amazon region.

Keywords: Amazonas; non-technical losses; irregularities; consumption

1 INTRODUÇÃO

A era moderna seria inimaginável sem o aporte da eletricidade, uma vez que essa forma de energia se configura como um recurso fundamental no cotidiano da sociedade contemporânea, desempenhando um papel crucial na revolução e avanço das fábricas e indústrias, a eletricidade tem sido um catalisador essencial para o crescimento econômico exponencial. Ao longo do tempo, sua relevância tornou-se incontestável, emergindo como um elemento indispensável para o desenvolvimento e funcionamento eficiente dos setores produtivos e, por conseguinte, para a sustentação da infraestrutura socioeconômica atual.

A energia elétrica está onipresente em diversas atividades da sociedade, como por exemplo, iluminação, aquecimento, bem-estar, refrigeração e o funcionamento de tecnologias. A energia elétrica é derivada de uma variedade de fontes, categorizadas como recursos renováveis e não renováveis. Conforme definido por Fonseca (1992), os recursos naturais englobam elementos como minerais, biológicos e ambientais, destacando-se a água, o sol e o vento como exemplares que podem ser empregados na produção de energia. Importa ressaltar que o atributo “renovável” não implica que a energia seja inesgotável; assim, a utilização consciente é imperativa, como no caso da água.

Segundo a OECD (1997), esses recursos, oriundos da natureza, podem ser restituídos ao ambiente tanto pelo homem quanto pela própria natureza após sua extração, em contraste com os recursos não renováveis, cuja reposição é inviável tanto pelo homem quanto pela natureza. Os recursos não renováveis, além de serem prejudiciais ao meio ambiente e categorizados como “não limpos”, apresentam o potencial de impactar adversamente o aquecimento global, o esgotamento de recursos e a biodiversidade quando utilizados de maneira inadequada. Com isso, sua disponibilidade é limitada, sendo passíveis de esgotamento de forma mais célere em médio e longo prazo.

Com o manuseio de energia elétrica acarreta perdas, as quais podem ser categorizadas como perdas técnicas e não técnicas. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) as perdas não técnicas são relacionadas à transformação de energia elétrica em energia térmicos nos condutores, perdas nos núcleos dos transformadores e perdas dielétricas. Já as perdas não técnicas ou comerciais derivam principalmente de furto (ligação clandestina, desvio direto da rede) ou fraude de energia (adulterações no medidor), popularmente conhecidos como “gatos”, erros de medição e de faturamento.

Este fenômeno complexo demanda uma análise aprofundada das causas subjacentes e exige a implementação de medidas mitigadoras para preservar a eficiência do sistema elétrico e assegurar a equidade na distribuição e utilização desse recurso fundamental. No que tange às perdas nas Rede de Distribuição, a ANEEL define os percentuais regulatório das perdas técnicas e não técnicas das concessionárias na Revisão Tarifária Periódica, que ocorre a cada 4 ou 5 anos. 

A prática de irregularidades no contexto energético não apenas compromete a estabilidade e eficiência do sistema elétrico, mas também acarreta impactos negativos significativos na sociedade. Os efeitos adversos incluem desde a sobrecarga da infraestrutura, resultante do consumo não contabilizado, até a distorção do equilíbrio tarifário, afetando diretamente os consumidores regulares. Além disso, a disseminação de ligações clandestinas e fraudes de energia impõe um ônus financeiro às concessionárias, restringindo seus investimentos em melhorias na rede e, consequentemente, prejudicando a qualidade do serviço prestado à população.

Paralelamente, as condições climáticas exercem uma influência marcante na prática dessas irregularidades. Em determinadas situações meteorológicas, como períodos de intensas chuvas ou eventos climáticos extremos, observa-se um aumento na incidência de falhas e interrupções no fornecimento de energia. A conjuntura climática desfavorável pode, por sua vez, intensificar a propensão a ligações clandestinas e manipulações nos medidores, exacerbando os desafios enfrentados pelas autoridades reguladoras e empresas do setor elétrico no controle dessas práticas prejudiciais. A compreensão dessa interseção entre fatores climáticos e irregularidades no fornecimento de energia é crucial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e gestão dessas questões.

Diante da ciência da origem da energia elétrica, faz-se necessário utilizar a energia elétrica de forma consciente, o que não ocorre com os consumidores irregulares que utilizam energia elétrica por meio de desvios de energia, principalmente na região norte. De acordo com o Relatório de Perdas de Energia (2023), demonstra que maior parte das perdas estão alocadas na região norte, tendo destaque o Amazonas, que atinge cerca de 120% de perdas não técnicas, vale ressaltar que as quantidades de desvios chegam a ser maiores do que o faturamento das ligações regulares. Segundo o INMETAM (2023), o Amazonas registrou em outubro e setembro, um clima extremo no que diz respeito a temperatura, atingindo uma onda de calor com temperatura de 39,2º C, fazendo com que a população utilize aparelhos que forneçam um conforto térmico, impactando diretamente um aumento de consumo em 7% para a época (Amazonas Energia, 2023).

As concessionárias brasileiras adotam medidas de mitigação dessas perdas para fazer com que os consumidores não sejam prejudicados com o preço da energia elétrica, uma dessas medidas são adotar inspeções periódicas e a busca por inovação tecnológica na medição. Muitos países já adotam este tipo de tecnologia em grandes escalas como as Smarts Grids. Essas tecnologias conseguem conectar as métricas da medição conectadas à internet, com funções de controle de consumo, ocorrência, eventos e alarmes de forma remota. Em dezembro de 2021, a ANEEL aprovou melhorias na metodologia de tratamento de perdas de energia e receitas irrecuperáveis, implementando o PRORET (Procedimento de Revisão Tarifária). Esse procedimento será aplicado nas distribuidoras de energia elétrica.) 

No caso do Amazonas, a concessionária tem se dedicado a implementar medidas de fiscalização para combater as perdas comerciais. Uma das tecnologias essenciais nesse processo é o medidor inteligente de energia, conhecido como Sistema de Medição Centralizada – SMC. Esse dispositivo eletrônico permite uma administração eficiente dos dados de consumo, trazendo benefícios tanto para os consumidores quanto para as empresas, ao proporcionar um maior controle sobre o consumo de energia.

2 MATERIAIS E MÉTODO

Essa seção tem como finalidade a caracterização da pesquisa e a descrição dos procedimentos metodológicos necessários para atingir os objetivos propostos. Isso se deve ao fato de que a metodologia valida as condições de produção do conhecimento, como destacado por González de Gómez (2010).

A revisão bibliográfica, fundamentada na abordagem qualitativa da pesquisa como a principal atividade científica, destaca-se por desafiar, indagar e integrar conhecimentos prévios para gerar novos entendimentos. A aplicação de metodologias de pesquisa transcende simples técnicas, representando a capacidade de escolher ferramentas alinhadas aos objetivos e à inventividade do pesquisador, com o propósito de construir conhecimento e estabelecer uma conexão entre a realidade empírica e a análise teórica. O conhecimento científico, ao revelar lacunas, proporciona espaço para investigações inovadoras. 

Conforme mencionado por Gil (2007), a revisão bibliográfica desempenha uma função crucial como método de pesquisa, oferecendo suporte teórico para todas as outras abordagens investigativas, sobretudo em estudos de natureza exploratória ou descritiva. A Figura 1 mostra a revisão bibliográfica adotada nesta pesquisa.

Figura 1: Revisão Bibliográfica

Fonte: Elaborado pelo autor (2023)

A metodologia proposta abrange três elementos cruciais, definidos em cinco passos, com o intuito de passar a compreensão abrangente das irregularidades e suas implicações na sociedade. Em primeiro lugar, busca-se relatar os impactos negativos que emergem na sociedade como resultado dessas práticas irregulares. Este passo visa mapear e analisar as consequências prejudiciais que afetam diversos setores e estratos sociais. Em seguida, a metodologia se volta para a identificação das condições climáticas e sua relação intrínseca com a prática das irregularidades. A compreensão desses fatores meteorológicos é essencial para contextualizar as ocorrências irregulares e entender como variáveis como clima podem influenciar sua frequência e intensidade.

Segundo Stumpf (2011), o estágio inicial do planejamento de uma pesquisa bibliográfica envolve a Identificação, localização e obtenção da bibliografia relacionada ao tema de interesse. Esse processo resulta na criação de um texto sistematizado, no qual o pesquisador aborda toda a literatura examinada, apresentando as ideias dos autores pesquisados e expressando suas próprias reflexões sobre o assunto. A Figura 2 mostra os 5 passos utilizados para construir as etapas do trabalho.

Figura 2: Cronologia as etapas da pesquisa

Fonte: Elaborado pelo autor (2023)

A metodologia visa demonstrar as ações empreendidas pelas concessionárias com o intuito de minimizar e combater as perdas decorrentes das práticas irregulares. Este aspecto destaca a importância da responsabilidade corporativa e da implementação de medidas efetivas para mitigar os efeitos prejudiciais, contribuindo para a construção de práticas mais éticas e sustentáveis. Em conjunto, esses três pilares oferecem uma abordagem abrangente para a análise e compreensão das irregularidades, promovendo a identificação de soluções eficazes e orientadas para o benefício da sociedade como um todo.

Por fim, escolheu-se a rua Japiassu, no Residencial Viver Melhor II, Lago Azul, Manaus, como seleção de parâmetros para demonstrar um caso de irregularidade no sistema de distribuição de energia elétrica.

Usou-se materiais caseiros ou de fácil acesso para confecção do protótipo, visando a agilidade e praticidade durante o trabalho, tais como: isopor, canudos plásticos, palitos de madeira, fios de cobre, pequenos LEDs e bateria de 3V, fita isolante, fita gomada, papeis emborrachados e pincéis. Além de ferramentas como: cola de isopor, cola em bastão, pistola de cola quente, tesoura, estilete e alicate.       

A análise dos resultados se deu mediante ajuda de um multímetro, no qual foi capaz de medir os níveis de corrente e tensão da rede elétrica em miniatura, antes e depois da demonstração do desvio de energia.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

No Brasil, a matriz energética é predominantemente composta por hidrelétricas, responsáveis por 80% da geração de energia elétrica. Em seguida, 11% provêm de usinas termoelétricas, enquanto o restante é gerado por diversos outros processos. O ciclo de geração de energia envolve a conversão de diferentes fontes em eletricidade, a transmissão dessa energia, ajustes nos níveis de tensão e a entrega nos pontos de consumo. A partir das usinas, a energia é conduzida até uma Subestação Elevadora situada nas proximidades, que eleva as tensões do nível de geração, geralmente variando entre 2,2 a 22,0 kV, para os níveis de tensão padronizados para transmissão. Em seguida, essa energia é transportada em corrente alternada por meio de cabos elétricos até as Subestações Abaixadoras, localizadas próximas aos centros de consumo, marcando a fase de transmissão.

Segundo a Secretaria Executiva de Mineração, Energia, Petróleo e Gás – (SEMEP) a matriz energética do estado do Amazonas é composta por fontes de energia renovável e não renovável. Atualmente, a capital Manaus é abastecida principalmente pelas hidrelétricas de Balbina (AM) e Tucuruí (PA), gás natural e uma pequena parcela de combustíveis líquidos. Com exceção de alguns municípios atendidos pelo gasoduto Coari-Manaus, os outros 57 municípios do interior utilizam óleo diesel em termelétricas como fonte de energia.

Segundo dados da ANEEL (2023), a Amazonas Energia (AME) presta serviços a aproximadamente 4.084.837 pessoas, registradas em 1.065.509 unidades consumidoras distribuídas em 63 municípios. A área de cobertura da concessionária abrange uma extensão territorial de 1.559.179,59 km². A Figura 3 ilustra a abrangência geográfica da empresa no estado.

Fonte: Relatório de Perdas de Energia ANEEL (2023)

Quando nos referimos ao setor elétrico, estamos falando do Sistema Elétrico de Potência (SEP), que compreende todas as instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da norma NBR 5410 (Instalações Elétricas em Baixa Tensão, 2004), classifica como baixa tensão aquela superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua, e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. Da mesma forma, define como alta tensão valores superiores a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra (H. Mattede, 2009).

Os Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET (2015) estabelecem que as perdas na distribuição consistem na diferença entre a energia injetada na rede da distribuidora e o total de energia vendida e entregue, expresso em megawatt-hora (MWh), e engloba tanto as perdas técnicas quanto as não técnicas. A PRORET define as perdas técnicas (PT) como a parte das perdas na distribuição relacionada aos processos de transporte, transformação de tensão e medição de energia na rede da concessionária, também expressa em megawatt-hora (MWh).

Por outro lado, as Perdas Não Técnicas (PNT) englobam todas as demais perdas associadas à distribuição de energia elétrica, como furtos de energia, erros de medição, falhas no processo de faturamento e unidades consumidoras sem equipamento de medição. Essas perdas correspondem à diferença entre as Perdas na Distribuição e as Perdas Técnicas, medidas em megawatt-hora (MWh). A Figura 4 mostra as perdas não técnicas no cenário nacional, sendo 10,68% regulatória e 14,56% a perda real sobre a baixa tensão

Figura 4: Cenário nacional das Perdas Não Técnica em baixa tensão

Fonte: Relatório de Perdas de Energia ANEEL (2023)

Com base nas informações fornecidas pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), destaca-se que o estado do Amazonas emerge como a localidade mais impactada pelos delitos perpetrados de forma sistemática. Sob uma análise proporcional, a região Norte do Brasil configura-se como o epicentro das maiores incidências de perdas no setor elétrico. No Amazonas, especificamente, observa-se que as irregularidades na rede elétrica alcançam aproximadamente 120%. Em outras palavras, a magnitude dos furtos supera significativamente o montante proveniente das conexões regulares, indicando uma disparidade substancial entre os desvios e a receita gerada por meio das ligações em conformidade com as normativas estabelecidas. A Tabela 1 abaixo demonstra a Amazonas Energia liderando o ranking no que tange às perdas.

Tabela 1: Ordem Distribuidora PNT Regulatória BT (%) PNT “Real” BT (%) sobre o mercado

Fonte: Relatório de Perdas de Energia ANEEL (2023)

No contexto abrangente das perdas de energia elétrica no cenário nacional, uma análise detalhada por região revela que a região Norte se destaca notavelmente, apresentando uma significativa incidência de clientes em situação irregular. Essa condição contribui de forma expressiva para as perdas totais na região Norte, atingindo a marca de aproximadamente 45,82%.

A Figura 5, presente adiante, representa graficamente a hierarquia das perdas, proporcionando uma visão clara e elucidativa dos níveis e proporções correspondentes às diversas regiões do Brasil. A mencionada representação visual permite uma observação mais aprofundada das discrepâncias existentes entre as diferentes localidades no que diz respeito às perdas de energia elétrica.

Figura 5: Perdas não técnicas real sobre a baixa tensão por regiões

Fonte: Relatório de Perdas de Energia ANEEL (2023)

Segundo a Amazonas Energia (2023) o índice de desvio de energia no estado do Amazonas já excede a marca de 42%. Anualmente, esse comprometimento resulta em um prejuízo financeiro aproximado de quase R$500 milhões de reais, montante que é repercutido na tarifa destinada aos consumidores aderentes ao sistema regular.

A Figura 6 por exemplo, relaciona um cliente regular, demonstrando que cerca de 22,82% da composição de sua fatura é destinada ao balanço de perdas, que convertido em reais demonstra R$ 93,24, ou seja, o desvio de energia não sai impune.

Figura 6: Composição da Fatura de Energia

Fonte: Elaborado pelo autor (2023)

Os Procedimentos de Regulação Tarifária (PRORET, 2015) estabelecem sete passos para a definição das Perdas Não Técnicas Regulatórias.

  • Recebimento das Informações: A concessionária deve enviar um relatório abordando a evolução das perdas, diagnóstico do problema, detalhes do programa de combate às perdas não técnicas, resultados das ações e um plano futuro.
  • Cálculo das Perdas Técnicas: A ANEEL realiza o cálculo das Perdas Técnicas conforme a metodologia definida no Módulo 7 dos Procedimentos de Distribuição, estabelecendo percentuais e valores regulatórios para o ciclo tarifário.
  • Apuração dos Valores de Perdas Não Técnicas: A ANEEL apura as perdas não técnicas subtraindo as perdas técnicas regulatórias das perdas totais realizadas no ano civil.
  • Ponto de Partida para a Análise: O ponto de partida é um valor referencial para o ano tarifário anterior à revisão, baseado na média das perdas não técnicas praticadas nos últimos quatro anos civis, considerando critérios específicos para empresas dos Grupos 1 e 2.
  • Definição da Referência de Perdas Não Técnicas: A ANEEL estabelece uma meta de perdas não técnicas para a empresa, utilizando análise comparativa por benchmarking.
  • Definição da Trajetória de Redução de Perdas Não Técnicas: A meta de perdas não técnicas pode ser atingida por meio de uma trajetória linear decrescente nas perdas regulatórias em reajustes subsequentes, obedecendo limites de redução.
  • Conversão das Perdas Não Técnicas: Na definição do ponto de partida, meta e trajetória, são utilizados percentuais calculados com base no mercado medido, mas no balanço energético, os percentuais são calculados com base no mercado faturado.

Praticar desvios de energia elétrica, como o furto de energia, resulta em uma série de impactos negativos, principalmente nas chamadas perdas não técnicas. O furto de energia contribui para a elevação dos custos operacionais das concessionárias, que podem repassar esses custos adicionais aos consumidores por meio do aumento nas tarifas.

Além disso, as concessionárias sofrem perdas financeiras significativas devido à diminuição da receita causada pelo não pagamento de energia consumida. O desvio de energia também pode levar a sobrecargas nas redes elétricas, afetando a eficiência do sistema e aumentando o risco de falhas nos equipamentos, como transformadores e disjuntores.

Práticas ilegais de desvio de energia muitas vezes estão associadas a um mau hábito de consumo, resultando em uso excessivo e desperdício de energia elétrica. Isso não apenas prejudica as finanças das concessionárias, mas também contribui para instabilidade no fornecimento de energia, causando oscilações e interrupções e afetando a qualidade do serviço prestado. A Figura 7 mostra um cliente irregular sendo regularizado pela concessionária através de inspeções.

Figura 7: Inspeção e regularização de cliente irregular

Fonte: Amazonas Energia

Desvios de energia podem ainda resultar em flutuações na qualidade da energia, impactando a tensão e a frequência na rede elétrica. O aumento do consumo não autorizado de energia pode levar a uma maior demanda por fontes de geração, com possíveis impactos ambientais negativos, especialmente se as fontes forem não renováveis. Com isso, ligações clandestinas muitas vezes envolvem manipulação inadequada de equipamentos elétricos, aumentando o risco de acidentes, curtos-circuitos e incêndios. Essa prática ilícita também pode desestimular investimentos em melhorias na infraestrutura elétrica, já que as concessionárias enfrentam dificuldades em recuperar seus custos.

O furto de energia, além de suas implicações financeiras e técnicas, pode ter impactos sociais negativos, afetando comunidades e prejudicando a confiança no sistema elétrico como um todo. Portanto, o combate a essas práticas é crucial para preservar a eficiência, a segurança e a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica.

A Amazonas Energia tem intensificado suas iniciativas de combate às perdas por meio de planos que envolvem inspeções periódicas dirigidas a consumidores suspeitos de irregularidades. O processo inicia-se com a abertura de uma ordem de serviço, desencadeando uma série de ações coordenadas para mitigar desvios de energia. Nesse contexto, eletricistas qualificados são encaminhados às residências dos consumidores, onde realizam uma avaliação minuciosa das instalações elétricas. Particularmente, uma ênfase significativa tem sido colocada nas inspeções da caixa de medição e nos pontaletes associados, visando a averiguação específica de desvios de energia. Este enfoque direcionado permite uma análise mais detalhada e precisa, identificando possíveis irregularidades nas medições e garantindo a integridade do sistema elétrico. A Figura 8 mostra o padrão de recebimento de energia de uma unidade consumidora.

Figura 8: Padrão de recebimento de energia de uma unidade consumidora

Fonte: S. Cervelin e G. Cavalin (2015)

Essas inspeções especializadas não apenas contribuem para a identificação de práticas ilegais, como também fortalecem a eficácia das medidas adotadas pela Amazonas Energia para combater perdas não técnicas. Ao adentrar em detalhes específicos das instalações elétricas, a empresa demonstra seu compromisso em assegurar a regularidade do fornecimento de energia, proteger a infraestrutura elétrica e promover um ambiente equitativo para todos os consumidores. A Figura 9 mostra uma ligação normal, de baixa tensão e trifásica.

Figura 9: Ligação padrão de um cliente regular trifásico de baixa tensão

Fonte: Elaborado pelo autor (2023)

Na Figura 9, nota-se a presença de um transformador de distribuição de energia no esquema, projetado para atender os clientes conectados ao seu circuito. O dimensionamento da potência desse transformador é baseado nas métricas de demanda dos consumidores. No entanto, quando clientes irregulares estão conectados fora da medição, ocorrem sobrecargas. Essas sobrecargas, combinadas com ondas de calor, podem impactar diretamente na interrupção do fornecimento de energia ou até mesmo resultar em explosões. Existem diversas práticas que visam distorcer o consumo real dos consumidores para diminuir o valor da fatura, dentre eles a inversão de fases, ligações diretas no terminal do medidor e ligações diretas por fora da medição.

Outro aspecto relevante é o padrão de consumo dos clientes irregulares, muitos dos quais demonstram falta de consciência em relação ao desperdício de energia. Uma parcela significativa desses consumidores realiza um uso excessivo de equipamentos elétricos de alta potência, como a manutenção constante de condicionadores de ar ligados 24 horas por dia e o uso contínuo de ventiladores. Esses hábitos, especialmente exacerbados devido às condições climáticas desafiadoras, como as ondas de calor enfrentadas pelo Amazonas entre setembro, outubro e novembro de 2023, podem agravar ainda mais a situação.

É importante destacar que a energia não é um recurso infinito e, mais do que isso, possui um custo significativo para o meio ambiente. Conscientizar os consumidores sobre a necessidade de práticas sustentáveis e a importância de moderação no consumo de energia torna-se crucial não apenas para o equilíbrio do sistema elétrico, mas também para a preservação do meio ambiente.

Com a evolução da eletrônica, dos sistemas computacionais, da capacidade de integração, da internet e com a ampliação dos SEP, surge uma nova tendência dentro do cenário que envolve o setor, as Redes Elétricas Inteligentes (REI).

Tomando como base a coleta e o tratamento de dados e parâmetros da rede em tempo real, sistemas de controle e automação aplicados a sistemas elétricos de potência, utilizam estas informações na detecção de falhas, na restauração de serviços de forma mais rápida, e ainda, na integração de Consumidor-Concessionário.  Os avanços, bem com as possibilidades apresentadas anteriormente, requerem entre outras ações, a mudança nos conceitos de comunicação e de medição adotados no setor elétrico mundial. Faz-se necessária a substituição dos antigos medidores e das antigas centrais, por sistemas integrados (medidores, atuadores e etc), que possibilitem não só o monitoramento, como também o armazenamento de dados e a atuação remota, caso seja necessário.

No país e no mundo, as Redes Elétricas Inteligentes vêm ganhando espaço no setor elétrico. Como ocorrido com a internet nos anos 1980, há ainda grandes oportunidades para as empresas, concessionárias de energia, fornecedores de tecnologia, governos, consumidores e ainda a oportunidade de desenvolvimento de novas habilidades relacionadas à “economia sustentável”. Pode-se assumir que o “coração” deste sistema é constituído pelos medidores eletrônicos inteligentes, versões mais modernas que os medidores convencionais, que disponibilizam uma série de funcionalidades inovadoras, como o envio de eventos e alarmes, além da possibilidade de medição remota. 

Riviera (2013) aponta que alguns países encontram-se em um estágio mais avançado no que diz respeito à substituição de medidores comuns, por medidores inteligentes. Os planos de substituição de medidores inteligentes dos Estados Unidos, da Europa e do Japão apontam para conclusão entre 2022 e 2030, não necessariamente significando a implantação do conceito integral de redes elétricas inteligentes.

A implantação das Redes Elétricas Inteligentes pode ser compreendida em três dimensões complementares e independentes. Na primeira, as intervenções são feitas com o objetivo de agregar inteligência ao sistema de fornecimento de energia elétrica (geração, transmissão e distribuição), promovendo robustez, segurança e agilidade na rede. Na segunda dimensão busca-se extrair os benefícios da substituição dos medidores eletromecânicos por eletrônicos inteligentes, que passam a oferecer inúmeras funcionalidades, dependendo do tipo do medidor escolhido. Do ponto de vista dos consumidores, pode-se obter informação sobre o consumo de energia por horário, a apresentação de dados do último período de faturamento (memória de massa) e os indicadores de qualidade da energia ofertada pelas concessionárias, permitindo que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) possa, por exemplo, reduzir o valor cobrado pela energia caso os indicadores fiquem fora do padrão de qualidade estabelecido. Já as concessionárias poderão realizar corte e religamento remotos, oferta pré-paga de energia (comunicação de dados uni ou bidirecional do medidor ao centro de medição) e obter uma redução de custos operacionais (Riviera, 2013).

O setor elétrico tem direcionado investimentos significativos para intensificar as ações de fiscalização no enfrentamento das perdas comerciais, sendo uma das principais tecnologias adotadas o Sistema de Medição Centralizada (SMC), equivalente ao medidor inteligente de energia. Este dispositivo eletrônico viabiliza a eficiente gestão dos dados de consumo, conferindo benefícios tanto aos consumidores quanto às empresas no exercício do controle. De maneira automática, os medidores do SMC capturam informações detalhadas sobre o consumo de energia elétrica, transmitindo-as diretamente para as companhias elétricas. As medições, rápidas e precisas, realizadas sem a necessidade de intervenção física, solucionam a problemática das visitas presenciais em áreas de risco, bem como durante situações de crise, como a vivenciada durante a pandemia de corona vírus, para a leitura convencional dos relógios. A Figura 10 mostra alguns dos medidores SMC instalados em Manaus.

Figura 10: Medidores Aéreos – SMC

Fonte: Elaborado pelo autor (2023)

O Sistema de Medição Centralizada (SMC) oferece a capacidade de interromper ou restabelecer remotamente o fornecimento de energia, eliminando a necessidade de mobilizar equipes técnicas para essas operações. Essa abordagem contribui para uma operação mais eficiente e econômica. Através dos medidores inteligentes, as concessionárias podem analisar o perfil de consumo e identificar padrões suspeitos, consolidando-se como uma ferramenta crucial no combate a atividades ilícitas. Apesar de uma parte significativa da população ter resistido à adoção de medidores inteligentes devido a suspeitas em relação à concessionária em relação ao consumo de energia, essas configurações estão diretamente ligadas aos níveis de agressividade nas irregularidades. Inovações tecnológicas, como o Sistema de Medição Centralizada (SMC), desempenham um papel essencial na modernização do setor, propiciando equidade nos custos, redução do consumo irregular e aprimoramento na qualidade do fornecimento. 

A concessionária responsável pelo atendimento no estado do Amazonas implementa diversas campanhas para combater as perdas. Além de investir em tecnologias avançadas e realizar inspeções, a concessionária adota uma abordagem social, envolvendo negociações, concessão de descontos e cadastramento de unidades consumidoras de baixa renda. Essas iniciativas visam não apenas identificar e mitigar irregularidades, mas também promover a inclusão social. Destaca-se a tarifa social, que proporciona uma redução significativa, chegando a 65% na tarifa de consumo de energia elétrica, aliviando a carga financeira dos clientes de baixa renda.

Como seleção dos parâmetros para demonstrar um caso de irregularidade no sistema de distribuição de energia elétrica, escolheu-se a rua Japiassu, no Residencial Viver Melhor II, Lago Azul, Manaus. Por haver instalações clandestinas na calçada da rua que possuem ligações de energia elétrica diretamente ligadas à rede da concessionária local, sem passar por quaisquer tipos de medição, demonstrada pela Figura 11.

Figura 11: Instalações Clandestinas Sem Medição

Fonte: Elaborado pelo autor (2024)

Para confecção do protótipo, usou-se materiais caseiros ou de fácil acesso, visando agilidade e praticidade durante o trabalho, tais como: isopor (para ser usado como base), canudos plásticos e palitos de madeira (para representar postes), fios de cobre (para simular cabos elétricos), pequenos LEDs e bateria de 3V (para demonstrar a funcionalidade da rede elétrica em miniatura), fita isolante (como componentes de segurança), fita gomada, papeis emborrachados e pincéis (como decoração e acabamento). Além de ferramentas como: cola de isopor, cola em bastão, pistola de cola quente, tesoura, estilete e alicate, conforme Figura 12:

Figura 12: Materiais e Ferramentas utilizados

Fonte: Elaborado pelo autor (2024)

A análise dos resultados se deu mediante ajuda de um multímetro, capaz de medir os níveis de corrente e tensão da rede elétrica em miniatura, antes e depois do desvio de energia.

Quando a rede elétrica foi submetida as medições sem qualquer tipo de irregularidade, os níveis de corrente e tensão estavam em normalidade, demonstrando equilíbrio no circuito, sem sobrecargas ou qualquer outro problema.

Porém, quando foram conectados à rede elétrica os desvios de energia para abastecer instalações localizadas nas calçadas da rua, observou-se que os níveis de tensão e corrente reduziram, comprometendo completamente o circuito, além de que a energia da área ficou em constante oscilação, ocasionando mau desempenho por exemplo, na iluminação pública, conforme Figura 13:

Figura 13: Rede Elétrica com Desvio de Energia

Fonte: Elaborado pelo autor (2024)

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos aspectos analisados em relação às irregularidades, torna-se evidente que a região norte enfrenta um expressivo indicativo de perdas não técnicas em baixa tensão, principalmente devido aos hábitos arraigados dos consumidores amazonenses que resistem à tarifação.

Nesse contexto, surge a necessidade premente de promover a conscientização sobre o uso responsável da energia elétrica. Este recurso, longe de ser infinito, implica impactos ambientais significativos. Destacar essa realidade é crucial para instigar mudanças de comportamento e cultivar uma cultura de consumo sustentável na região.

É relevante ressaltar que uma parcela considerável da energia desviada é destinada aos consumidores regulares. Como evidenciado neste estudo através da análise de uma fatura de um consumidor, as perdas representam substanciais 22% do total da fatura de energia. Esse fato não apenas implica em custos adicionais para os consumidores regulares, mas também ressalta a importância de medidas eficazes para reduzir essas perdas.

A concessionária responsável pela região implementa diversas ações no combate às perdas de energia. Essas ações abrangem uma variedade de vertentes, desde inspeções detalhadas nas unidades consumidoras até a implementação de novas tecnologias na rede de distribuição. Além disso, a redução da tarifa para consumidores de baixa renda destaca o compromisso social da concessionária em tornar a energia mais acessível e sustentável.

Os medidores SMC proporcionam benefícios significativos quando aplicados de maneira adequada. Em relação às configurações, são estrategicamente instalados nas partes mais elevadas dos postes, uma medida que visa prevenir possíveis irregularidades por parte dos consumidores. Esses medidores são capazes de monitorar o consumo em tempo real, proporcionando ao consumidor um controle mais efetivo sobre seus gastos energéticos. Além disso, oferecem alertas e atendimento remoto em casos de falta de fornecimento, eliminando a necessidade de realizar chamadas telefônicas. Essa abordagem otimiza o processo de atendimento ao cliente, tornando-o mais ágil e eficiente.

Em um contexto de mudanças climáticas, secas e ondas de calor cada vez mais pronunciadas, torna-se ainda mais crucial otimizar os hábitos de consumo de energia. Iniciativas que promovam eficiência energética e conscientização são fundamentais para enfrentar os desafios atuais e futuros, garantindo um fornecimento de energia mais estável, sustentável e acessível para todos.

REFERÊNCIAS

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¹Graduando em Engenharia Elétrica pela Universidade Nilton Lins – UNINILTONS: (Nicolas dos Santos Ramos), e-mail: nicolas.ramos.am@gmail.com
²Professor Orientador Pela Universidade Nilton Lins; (Professor Especialista Jonk Jones de Castro Vinente), e-mail: jonk.vinente@uniniltonlins.edu.br