INTRUSÃO DENTÁRIA COM MINI IMPLANTES ORTODÔNTICOS.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8145491


Natasha Krisley Andrade Brito1
Carlos Eduarde Bezerra Pascoal2
Priscila Pinto Brandão de Araújo3
José Onofre Alves Meira Rocha4
Paulo Victor Martinho5
Geórgia Coelho da Cunha6


RESUMO

A extrusão dentária é a cinesia de um ou mais dentes para fora do seu plano oclusal, consequentemente é ocasionada por diversos fatores, como: perda de dentes antagonistas, mordida aberta anterior, lesão por reabsorção dentária promovendo perda de substância óssea e gerando doença periodontal. Para a correção dessa extrusão, podemos utilizar Dispositivos de Ancoragem Temporária, como os mini implantes ortodônticos, que auxiliarão na intrusão do dente sem necessitar da colaboração total do paciente. O objetivo deste trabalho é relatar o tratamento ortodôntico de um paciente gênero feminino, queixando-se da impossibilidade de reabilitação protética devido ao dente que se encontrava extruído. O protocolo de tratamento escolhido foi a intrusão do dente associado a instalação do mini implante ortodôntico, na face vestibular e palatina do dente a ser movimentado.

Palavras–Chave: Intrusão; Extrusão ortodôntica; Procedimentos de Ancoragem Ortodôntica.

ABSTRACT

Dental extrusion is the kinesis of one or more teeth out of their occlusal plane, consequently it is caused by several factors, such as: antagonist teeth loss, anterior open bite, tooth resorption injury promoting loss of bone substance and inducing periodontal disease. With this, we can make use of TAD – Temporary Anchorage Device, with the purpose of dental intrusion, without needing the total collaboration of the patient. The objective of this article is related to orthodontic treatment of a female patient, complaining about the impossibility of prosthetic recovery due to the extruded tooth. The treatment protocol chosen was the intrusion of the tooth associated with the installation of TAD as orthodontic anchorage, on the buccal and palatal face of the tooth to be moved.

Keywords: Intrusion; Orthodontic Extrusion; Orthodontic Anchorage Procedures.

INTRODUÇÃO

As perdas dentárias precoces são características facilmente encontradas em pacientes adultos que procuram pelo tratamento ortodôntico (VALARELLI et al., 2010), (BORGES et al., 2014). É uma indicação do estado geral da saúde bucal do paciente, visto que retrata a displicência com a saúde do indivíduo, acarretando o aumento da gravidade da doença, resultando em perdas dentárias que poderiam ter sido evitadas (GOMES FILHO et al., 2019).

Os fatores relacionados a essas perdas podem ser: gênero, idade, condições socioeconômicas, tabagismo, doença periodontal, cáries dentárias, escovação inadequada, entre outros (SILVA JUNIOR et al., 2019). Essas perdas podem causar extrusão nos dentes antagonistas impedindo que reabilitações protéticas ocorram naquela área. Ou casos com excesso vertical na região posterior, causando mordida aberta anterior (ARAÚJO et al., 2008), (BATISTA et al., 2015).

No tratamento ortodôntico, um planejamento adequado de ancoragem é essencial para o sucesso da terapia proposta. A extrusão ou intrusão dentária para correção de mordida é desafiadora quando é necessário o uso de unidades de ancoragem como a utilização de aparelhos intra e extrabucais, o desconforto ou estética acabam prejudicando o tratamento, pois nem sempre conseguimos a colaboração ideal por parte do paciente. Nos últimos anos, seu desenvolvimento e aperfeiçoamento tem se mostrado uma opção bem eficiente e aceita pelos ortodontistas, visto que dispensa da utilização de dentes e não compromete a estética do sorriso, gerando menos desconforto, fácil instalação, demandando mínima ou nula colaboração do paciente (ARAÚJO et al., 2008).

A intrusão ortodôntica de dente posterior é um movimento de alta complexidade sendo indicado principalmente para reabilitação protética, com a finalidade de nivelar o plano oclusal, ou para o tratamento de mordida aberta esquelética, sendo assim, ela representa o procedimento menos invasivo, pois a impacção cirúrgica possui os riscos inerentes à cirurgia, evitando a técnica de reabilitação protética onde o dente extruído passa por tratamento endodôntico, redução da coroa por desgastes oclusais, posterior reabilitação com coroa protética (LIMA et al., 2010).

A ancoragem esquelética permite movimentos dentários com uma mecânica menos complexa, sem os efeitos recíprocos indesejáveis, sendo assim, mais previsíveis (BUJ et al., 2005). Os DATs, como os mini implantes ortodônticos, apresentam significativas vantagens ao serem comparados com os parafusos de implantes convencionais e as mini-placas, pois evitam injúrias ao tecido periodontal ao redor do implante, por serem pequenos, diminuem e/ou evitam que o tratamento seja desconfortável ao paciente, são acessíveis, de fácil instalação e remoção (JUNIOR et al., 2013 & SERRA et al., 2007).

O objetivo deste trabalho é relatar o tratamento ortodôntico de um paciente com o primeiro molar superior direito extruído, por perda precoce do dente antagonista. O protocolo de tratamento escolhido foi a intrusão do dente, associado a instalação de mini implantes ortodôntico na mucosa vestibular e palatina respectivamente em região favorável do arco para a devolução da estética e função.

RELATO DE CASO CLÍNICO

Diagnóstico

Paciente S.P.H, 61 anos de idade, 76kg, gênero feminino, leucoderma, compareceu a clínica de Especialização em Ortodontia – Ceproeducar, onde foi encaminhada para dar continuidade no seu tratamento ortodôntico. Com queixa principal que precisava finalizar o seu tratamento ortodôntico, pois estava fazendo o uso do aparelho há mais de 7 anos e não estava satisfeita com o resultado até o momento.

Durante a análise facial, observamos que o paciente possui boas dimensões verticais e horizontais sendo: mesofacial, com perfil convexo (Figura 1 A-C).

Durante a análise intra oral (Figura 2 A-C), observou-se a extrusão do primeiro molar superior do lado direito ocupando o espaço protético da arcada inferior com a ausência do primeiro e segundo molar inferior do lado direito, ausência dos dentes 18, 17, 24, 27, 28, 38, 36, 48, 46 e 47, relação de canino em Classe I.

Na avaliação radiográfica, por meio da radiografia panorâmica (Figura 3), notou-se que o primeiro molar superior direito (16) se encontrava extruído, tendo como principal motivo, a perda do dente antagonista, primeiro molar inferior direito (46). Assim, solicitamos como exame complementar, uma radiografia periapical para avaliar a posição do periodonto e suas raízes. Com o exame em mãos, observamos o posicionamento das raízes e o periodonto do 16 e 15 (Figura 4). Sendo assim, a paciente foi encaminhada para a instalação do mini implante ortodôntico na porção vestibular e palatina da região posterior superior do lado direito, com a finalidade de intrusão, que estavam com as raízes divergentes sendo possível a instalação do dispositivo para a intrusão dentária.

Figura 3: Radiografia panorâmica inicial

Figura 4: Radiografia periapical

Planejamento

Como plano de tratamento, inicialmente optamos que a intervenção do paciente seria estabelecida levando em consideração as características do caso e seguindo o objetivo de reduzir a extrusão dentária unitária. Para isso, foi proposto o tratamento com a técnica de instalação do mini implante ortodôntico na região do primeiro molar superior direito (16), encontrado extruído durante exame radiográfico e clínico.

Tratamento

O tratamento foi iniciado com a instalação de dois mini implantes de 8mm (Morelli), um na distal da face vestibular e outro na mesial da face palatina do dente a ser intruído. Este planejamento com dois dispositivos, tem como objetivo prevenir o movimento de inclinação dos dentes durante a intrusão, mantendo um sistema de forças controlado com o auxílio do botão na face oclusal para estabilidade do elástico corrente no movimento de intrusão dentária.

Na fase de intrusão, a sequência para a evolução do tratamento, foram: com elástico corrente tamanho médio (Morelli) adaptado no dispositivo da face palatina, sendo ancorado no botão da face oclusal do dente 16 até a face vestibular com 03 elos de intervalo de ambos os lados com carga imediata de 200g de força intrusiva. No mês posterior, o paciente retornou e ativamos o elástico corrente tamanho médio (Morelli) com 02 elos de intervalo bilateral. A cada mês subsequente de retorno, os elásticos foram ativados da seguinte ordem: 02 elos curtos e 01 elo longo nas duas faces (Figuras 5 A-D).

No quinto mês de retorno, verificou-se que a cúspide palatina estava vestibularizando, com isso, optamos por ativar o elástico somente por 15 dias na face palatina para podermos verticalizar, com isso, utilizamos 02 elos de intervalo no tamanho curto (Figura 6 A-B).

Após 15 dias ativado, a paciente retornou e foi realizado a colagem do tubo na face vestibular para a fase de alinhamento e nivelamento com o uso do fio 0,018’’ níquel-titânio NiTi e 02 elos de intervalo em cada face, do elástico corrente médio (Figura 7 A-C).

Em sua nova consulta, o dente 16 encontrava-se girovertido para mesial, sendo assim, foi executado a colagem de dois botões linguais, para exercer a função de um binário, um no dente 15 e outro no 16, ambos na face palatina com o elástico corrente médio ativado com 01 elo de intervalo para iniciar a movimento de rotação com carga imediata de 150g de força. Neste momento, paralisamos a intrusão com os mini-implantes (Figura 8 A-C).

Neste trabalho foi apresentado o plano de tratamento de intrusão dentária unitária e como ele foi executado em cada mês de sua ativação. Paciente apresentou boa colaboração e higienização dos mini implantes ortodônticos em cada retorno fazendo o uso de gluconato de clorexidina a 0,12%, enfatizando que o paciente continua em tratamento para nivelamento e alinhamento dentário, posteriormente ele será encaminhado para a clínica de prótese, para a reabilitação dentária superior e inferior.

DISCUSSÃO

Araújo et al. (2008) e Machado et al. (2011) concordam que no tratamento ortodôntico é primordial um planejamento minucioso para se obter sucesso no tratamento proposto ao paciente. Na intrusão dentária enfrentamos um grande desafio mecânico, muitas das vezes pela limitação de controle de movimentos indesejáveis nos elementos de ancoragem de correção de dentes extruídos pela ausência de um ou mais dentes antagonistas. Segundo Valarelli et al., (2010), a utilização de mini-implantes para intrusão dentária é indicada pela facilidade e praticidade quando comparado ao uso de métodos convencionais. Devido a perda de dentes antagonistas principalmente em adultos, torna-se necessário o uso desses dispositivos, pois essa extrusão dificulta a realização de reabilitação protética e pode causar problemas no periodonto trazendo interferências oclusais e funcionais para o paciente.

No trabalho de Valarelli et al. (2010), evita-se passar o elástico corrente sobre a superfície oclusal do molar, pois pode haver o risco do deslocamento do elástico para mesial ou distal, inclinando a coroa, sendo que Araújo et al. (2008), fala que a força pode ser exercida passando o elástico diretamente na face oclusal do dente a ser instruído, unindo um DAT ao outro. A indicação da utilização de botão na face oclusal deste paciente, foi uma opção de tratamento para evitar movimentação indesejada.

Para Park et al. (2001), a aplicação da força a ser exercida assim que instalado o dispositivo deverá aguardar um intervalo de tempo para tal força ser exercida. Neste caso clínico, foi necessário realizar a movimentação de intrusão assim que os DATs foram instalados. Entretanto Serra et al. (2007), afirma que o carregamento prévio do mini implante agiliza o tratamento ortodôntico com ancoragem resistente intra-ósseo, diminuindo o tempo de tratamento e de utilização do material no tecido ósseo, facilitando o tratamento previamente planejado.

Squeff et al. (2008), em seu trabalho mostra que o uso de barras palatinas e aparelhos extrabucais são propensos a demora, pois necessita da colaboração do paciente para sua total eficácia. Sendo que, Chen et al. (2011), afirma que o tratamento ortodôntico convencional é um desafio quando se faz o movimento de intrusão de um ou mais dentes na maxila, concluindo que, a intrusão significativa de molares da maxila pode ser alcançada de uma maneira continente fazendo o uso de aparelhos fixos com DATs de titânio como ancoragem óssea.

Marassi et al. (2008), em seu trabalho alega que, os mini implantes podem ser empregados com diversas finalidades, como: mesialização de molar inferior, distalização de molares superiores, estabilização de molares superiores e inferiores, retração em bloco dos dentes anteriores e caninos, intrusão de dentes anteriores, verticalização de molares, intrusão de molares superiores e vestibularização de molares inferiores. A finalidade do tratamento para este caso clínico, foi a intrusão de molar superior unilateral.

Em seu estudo clínico, Araújo et al. (2008) expõe que, perante as perdas dentárias na porção posterior inferior, continuadamente, a extrusão dentária é causada de um ou mais dentes no arco antagonista, comprometendo a reabilitação do espaço protético, deficiência periodontal e interferências oclusal. Diante do caso clínico proposto, houve somente uma única extrusão, pois, a paciente havia perdido o outro dente posterior por cárie dentária, e o dente a ser intruído impossibilitou a reabilitação protética e função mastigatória.

Segundo Kanomi et al. (1997), os mini-implantes podem ser posicionados entre as raízes mesial e distal do molar para auxiliarem na intrusão do dente, o que relaciona com o relato de caso presente, é que os DATs foram instalados na mesial da face vestibular e na distal na face palatina.

CONCLUSÃO

Portanto, com a utilização do Dispositivo de Ancoragem Temporária na prática ortodôntica, podemos verificar que existem inúmeras finalidades com a utilização deste dispositivo, como: intrusão, mesialização, distalização, estabilização e verticalização de molares superiores e/ou inferiores.

Averiguamos que não necessitamos da colaboração total do paciente, o seu uso é de fácil aceitação, é possível ter uma redução no tempo de tratamento, movimentos controlados e dispensa o uso de aparelhos extra ou intra-oral, sendo assim, rejeitando o uso de elásticos intermaxilares.

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