INTOXICAÇÕES ACIDENTAIS POR MEDICAMENTOS EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA DE 0 A 10 ANOS NO BRASIL.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7975312


Geliane Moreira de Matos
Omero Martins Rodrigues Junior


Resumo

Objetivo: É apresentar os possíveis riscos que os medicamentos podem causar nas crianças, visto que os principais casos de intoxicações ocorrem devido a acidentes doméstico e erros de administração. Metodologia: Este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica, com a busca de artigos sobre o referido tema através de pesquisas realizadas em sites indexados. A identificação dos artigos foi realizada através de pesquisas em bancos de dados como; Pubmed (National Library of Medicine National Institutes of Health), Scielo (Biblioteca Eletrônica Scientific Eletronic Library Online), Google acadêmico. Os critérios de seleção: artigos originais fidedignos com o tema proposto, artigos em português entre o ano de 2013 a 2023. Para os critérios de exclusão: artigos não condizentes com o tema, publicações de anos anteriores, e artigos em inglês e espanhol. Conclusão: Foram considerados vários fatores que propiciam uma intoxicação infantil, como a falta de informações dos pais e/ou responsáveis ao medicar as crianças, a busca de informações na internet, a falta de acesso aos serviços de saúde, e até mesmo a curiosidade das crianças, que acabam ingerindo medicamentos por serem atrativos.

Palavras – chave: intoxicação infantil, intoxicação medicamentosa, medicamentos tóxicos.

Summary

Objective: It is to present the possible risks that drugs can cause in children, since the main cases of poisoning occur due to domestic accidents and administration errors. Methodology: This work is a bibliographic review, with the search for articles on the referred topic through searches carried out in indexed sites. The identification of the articles was carried out through searches in databases such as; Pubmed (National Library of Medicine National Institutes of Health), Scielo (Scientific Electronic Library Online), Google Scholar. The selection criteria: authentic original articles with the proposed theme, articles in Portuguese between the year 2013 to 2023. For the exclusion criteria: articles not consistent with the theme, publications from previous years, and articles in English and Spanish. Conclusion: Several factors that lead to child poisoning were considered, such as lack of information from parents and/or guardians when medicating children, searching for information on the internet, lack of access to health services, and even the curiosity of children. children, who end up taking medication because they are attractive.

Keywords: child intoxication, drug intoxication, toxic drugs.

1 Introdução

O medicamento tem se tornado elemento importante na recuperação e garantia da qualidade de vida; são bens de saúde, seu aproveitamento pela sociedade é influenciado por vários motivos, entre eles o aumento da expectativa de vida. Devem ser compreendidos como instrumentos de promoção, recuperação e manutenção do bem estar, no entanto, há riscos evitáveis associados a seu uso (XAVIER et al.,2021).

A automedicação em crianças é uma prática que pode levar a vários prejuízos à saúde, pois é necessário a orientação de um profissional habilitado,além da atenção dos responsáveis (pais e cuidadores). Silva et al, (2018) citaram que 71,42% das crianças foram medicadas previamente a atendimento profissional pelos pais, mostrando o elevado índice dessa prática. Além disso, também pode ocorrer a possibilidade de reaproveitamento de antigas prescrições aos irmãos mais velhos gerando intoxicação.

A intoxicação medicamentosa em crianças é uma das mais frequentes emergências toxicológicas na saúde. As crianças menores de 5 anos são responsáveis pelo maior índice de intoxicações, pois na fase de crescimento e desenvolvimento são atraídas por tudo que presencia, dessa forma gera uma motivação para querer repetir comportamentos dos adultos, e os medicamentos com suas embalagens coloridas, formatos diferentes e sabores agradáveis despertam a curiosidade natural da criança (SILVA et al.,2020).

Bego et al (2020) citaram que há outros fatores que levam a automedicação, como o uso incorreto das doses, o armazenamento inadequado, o crescimento de informações via internet leva aos pais a automedicar os seus filhos, provocando assim uma intoxicação intencional ou acidental.

No Brasil, como na maioria dos países, os medicamentos são o principal agente de intoxicação. Eles correspondem a 27,86% dos casos registrados por ano, segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (Sinitox,2016). Do total de casos por intoxicação de medicamentos, crianças menores de 12 anos representam 35% (BEGO et al.,2020).

O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox/Fiocruz) registrou, apenas em 2017, cerca de 20 mil casos de intoxicação por uso de medicamentos e 50 mortes, correspondendo a uma letalidade de 0,25%. No mesmo ano, os medicamentos foram a primeira causa de intoxicação humana por agente tóxico, sendo responsável por 27,11% do total de casos registrados deste tipo de toxicidade. Quanto à faixa etária, percebeu-se uma predominância de crianças menores de 4 anos e jovens adultos (20 a 29 anos) como os grupos que sofreram de envenenamento por medicamentos em 2017 (XAVIER et al., 2021).

O tema proposto é relevante, pois poderá fornecer informações epidemiológicas específicas sobre intoxicações medicamentosas em crianças, essas informações poderão auxiliar no desenvolvimento de ações estratégicas de prevenção, controle e vigilância do agravo, com o intuito de reduzir a morbimortalidade infantil tendo como objetivo descrever o perfil clínico epidemiológico dos casos notificados de intoxicações medicamentosas em crianças no Brasil, conhecer os fatores que causam a intoxicação medicamentosa e auxiliar na prevenção de intoxicações e acidentes com medicamentos na infância, descrever as consequências da automedicação e apresentar aos pais/responsáveis informações e intervenções sobre o referido tema e demonstrar a importância do profissional farmacêutico na prevenção  de automedicação em crianças.

2 Metodologia

Trata-se de uma revisão bibliográfica baseada nos conceitos de Marconi e Lakatos (2013); que tem como o objetivo analisar um assunto com visões críticas daquilo que está escrito. Nesse sentido, para atingir o objetivo proposto, foi definido os seguintes critérios: Identificar os fármacos mais administrados, quais fatores associados à prática da automedicação ocasionada pelos pais e relatar a importância do uso racional de medicamentos.

A identificação dos artigos será feita através de pesquisas em bancos de dados como; Pubmed (National Library of Medicine National Institutes of Health), Scielo (Biblioteca Eletrônica Scientific Eletronic Library Online), Google acadêmico. Os critérios de seleção: artigos originais fidedignos com o tema proposto, artigos em português entre o ano de 2013 a 2023. Para os critérios de exclusão: artigos não condizentes com o tema, publicações de anos anteriores, e artigos em inglês e espanhol. Os períodos da pesquisa foram de fevereiro a abril de 2023.

Os dados foram examinados em três etapas:

•      Primeira etapa: verificação de artigos nas bases de dados, que possuem em seu título e resumo as palavras chaves e os termos livres referentes ao assunto abordado e exclusão dos que não se enquadram nos critérios de inclusão.

•      Segunda etapa: seleção dos quais se enquadram nos critérios de inclusão para uso na pesquisa.

•      Terceira etapa: leitura na totalidade dos artigos e seleção dos que apresentam o assunto apropriado para esta pesquisa.

3 Resultados e discussões

As intoxicações humanas são consideradas um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. As intoxicações na infância são causa habitual e evitável de morbimortalidade também em diversos países, e o aumento expressivo da incidência de casos associado aos riscos torna esse agravo bastante relevante nesse grupo etário. O perfil epidemiológico das intoxicações na infância apresenta variações em função de diferenças sociais,econômicas, culturais, territoriais e pelo fácil acesso aos agentes tóxicos, as quais exercem grande influência no crescente número de casos (MORAES et al.,2021).

A intoxicação medicamentosa consiste em uma série de manifestações clínicas produzidas, quando um medicamento é administrado ou entra em contato com o organismo em doses acima das recomendadas para o tratamento. Estas podem ser classificadas como agudas ou crônicas e para cada droga há um quadro de sinais e sintomas, além dos danos individuais que as intoxicações medicamentosas provocam a pessoa intoxicada, os números crescentes deste tipo de intoxicação geram mudanças desfavoráveis ao sistema de saúde uma vez que contribuem para um aumento da demanda dos serviços e consequentemente um aumento nos custos financeiros para o poder público ao característicos (GONÇALVES et al., 2017).

As  intoxicações  mais  frequentes  em  crianças  são  aquelas  causadas por medicamentos. Isso porque a dificuldade no acesso  a  sistemas  públicos  de  saúde  provoca  o  aumento  do uso de medicamentos sem prescrição médica, sendo as crianças as principais vítimas. Alguns fatores desencadeantes dessas  intoxicações  são  a  automedicação,  as  prescrições  inadequadas e a falta de medicamentos próprios para a faixa etária. Por outro lado, o uso irracional dos medicamentos devido à grande variedade e sua disponibilidade no mercado contribui para o acréscimo dos acidentes tóxicos (ALZAHRANI et al.,2018) .

 Figura 1 -Classe de medicamentos que causam intoxicação em crianças com maior frequência

Fonte: SINITOX 2016

Disfani   et   al,   .2019 relata   em   seu   estudo   que   49,8%   das   intoxicações ocorreram por  ingestão  de  medicamentos,  sendo  que  87,7%  manifestaram intoxicação gastrointestinal  (DISFANI  et  al,.2019).  

O desconhecimento da população em relação à intoxicação por  medicamentos  em  crianças  é  alarmante,  assim  como  sobre  as  formas  de  prevenção  de  acidentes  no  domicílio,  favorecendo  o  aumento  dos  riscos  à  saúde  das  crianças.  As  práticas  de  intervenções  educativas  junto  à  população  são  importantes,  principalmente  por  profissionais de   enfermagem,   que   devem   agir   como   educadores,   com   o   intuito   de   diminuir   acidentes   domésticos   e,   consequentemente, as intoxicações nesse grupo etário (VILACA Et al, 2019).

Os acidentes tóxicos que, principalmente ocorrem entre as crianças, fazem com que os acidentes individuais apareçam em segundo lugar entre as circunstâncias mencionadas. Além destas, o uso terapêutico (16,49%), o erro de administração (6,23%) e a automedicação (3,09%) dos casos, apesar de revelarem valores menores, aparecem na própria pesquisa demonstrando falhas na forma de utilização dos medicamentos que podem acontecer por falta de informações, tanto de prescritores quanto de usuários e pela falta de responsabilidade das pessoas com a própria saúde. 

A fragilidade da política nacional de medicamentos, caracterizada por resistências ao uso racional de medicamentos, como também, a grande disponibilidade no mercado de fármacos com eficácia e segurança duvidosas e o favorecimento da prática da automedicação, são aspectos que devem ser levados em consideração , uma vez que geram maior ocorrência de tais agravos (COSTA; ALONZO, 2015).

As  intoxicações  e  envenenamentos  por  medicamentos  no  Brasil e em diversos países constituem um grave problema que  requer  medidas  preventivas  para  evitar  sua  ocorrência,  principalmente,  na  infância.  No  Brasil, essa situação se justifica por ser o quinto maior consumidor  de  medicamentos  no  mundo  e  o  primeiro  na América Latina. No ano de 2016, o número de casos de  intoxicações  humanas  por  medicamentos  em  crianças  de  zero  a  14  anos  alcançou  5.885  casos,  demonstrando  o  quanto  essa  situação  de  saúde  na  infância  é  impactante  e  grave no Brasil (SINITOX, 2016).

As intoxicações causadas por fármacos são muito preocupantes , que necessita de intervenções no campo da prevenção e da promoção, com vistas à redução do impacto provocado por estes agentes no quadro da morbi-mortalidade infantil, o padrão de consumo de medicamentos do nosso país é fortemente influenciado pela falta de controle em toda a cadeia do medicamento, desde a produção até a comercialização, levando ao consumo abusivo e irracional de produtos de venda livre e, mesmo dos que necessitam de receituário médico. Como consequência, verifica-se o crescimento de casos de intoxicações e envenenamentos, que sugere inadequações na produção, na circulação ou no uso de produtos farmacêuticos (MORAES et al,2021).

Figura 2 -Características do ambiente doméstico associadas à intoxicação infantil por medicamentos. 

Fonte: SINITOX 2016

4 Conclusão

Os resultados obtidos demonstram que as intoxicações por medicamentos consistem num problema de amplas dimensões e qualquer pessoa que faça o uso de medicamentos, principalmente quando se tem poucas informações sobre sua forma correta de utilização, está predisposta a essa eventualidade. Ao diagnosticar o quadro de intoxicações medicamentosas no Brasil, mostra-se a importância de se adotar medidas preventivas, uma vez que são evidentes os grandes riscos ainda envolvidos com o uso de medicamentos.

  As   intoxicações   medicamentosas   em   crianças acometem predominantemente a    primeira infância, ocorrem, na maioria das vezes, de forma acidental e  no  próprio  domicílio  e  em  zona  urbana.  A  via  oral  e  a  exposição aguda única foram as mais frequentes.

Os profissionais de saúde, em especial os farmacêuticos, devem atuar nesta área, prestando orientações aos pais e/ou responsáveis acerca dos perigos da automedicação infantil e consequente intoxicação medicamentosa. Uma intoxicação que não for identificada e tratada de forma rápida pode levar uma criança até a morte. Toda a população deve ser alertada dos perigos que uma intoxicação por medicamentos pode causar.

O incentivo às atividades da atenção farmacêutica, voltadas principalmente para orientações sobre a forma correta de utilização dos medicamentos, bem como para identificação de erros na utilização dos mesmos. Campanhas educativas em escolas e na televisão, visando à prevenção dos agravos. A regulamentação da propaganda de medicamentos, para que estas não geram incentivo ao uso inadequado dos medicamentos. O cuidado em casa, profissionais da saúde devem orientar as pessoas sobre o armazenamento dos medicamentos, orientando para não deixá-los expostos e com fácil acesso às crianças.

Torna-se evidente a importância do profissional farmacêutico nas ações de prevenção, à medida que este com a prática de uma adequada assistência farmacêutica, que inclui orientações sobre o uso racional dos medicamentos, benefícios do tratamento, efeitos colaterais e tóxicos causados pelo uso incorreto dos medicamentos, tem em partes como garantir que os medicamentos sejam utilizados de forma mais segura reduzindo os riscos de intoxicação.

A Portaria 3.916 de 30 de outubro de 1998 do Ministério da Saúde, que aprova a Política Nacional de Medicamentos, inclui entre as diretrizes e prioridades, a Promoção do Uso Racional de Medicamentos, através de campanhas educativas, ações de farmacovigilância e incentivo aos estudos de farmacoepidemiologia. A implementação do conteúdo da Portaria é da responsabilidade dos três níveis de gestão do Sistema Único de Saúde e seu texto prevê a articulação intersetorial com entidades governamentais e não governamentais.

5 Referências 

ALZAHRANI,  Sami  H.  et  al. Envenenamento  por drogas  e  fatores associados  no  oeste  da Arábia Saudita: um estudo retrospectiva de cinco anos (2011-2016). Pak J Med Sci., [S. l.], p. 1-1, 5 fora. 2018. 

Bego, B. S., Pereira, M. L., & Nogueira, L. S. (2020). Internações por intoxicações medicamentosas em crianças menores de cinco anos no estado de Minas Gerais/Brasil, 2009 – 2018. Medicina (Ribeirão Preto), 53(4), 370-378. https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v53i4p370-378.

CARDOSO, H. A.; SCHINCAGLIA, R. M.; AVELINO, M. M.; ZARA, A. L. S. A. Perfil clínico-epidemiológico de intoxicações medicamentosas em crianças. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research, [S. l.], v. 22, n. 3, p. 73–80, 2021. DOI: 10.47456/rbps.v22i3.27642.
Disponível em: https://periodicos.ufes.br/rbps/article/view/27642. 

COSTA, A. O.; ALONZO, H. G. A. Casos de exposições e intoxicações por medicamentos registrados em um Centro de Controle de intoxicações do interior do Estado de São Paulo Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 17(2): 52-60, abr-jun, 2015.

DISFANI,  Hamideh  Feizet  al.  Fatores  de  risco  que  contribuem  para  a  incidência  e mortalidade de envenenamento infantil agudo em pacientes do departamento de emergência no Irã: um estudo caso-controle baseado em hospital.Epidemiol Health, [s. l.], p. 1-1, 23 abr. 2019.

GONÇALVES, C. A.; GONÇALVES, C. A.; SANTOS, V. A.; SARTURI, L. TERRA JUNIOR, A. T. Intoxicação medicamentosa: relacionada ao uso indiscriminado de medicamentos. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, v.8, n. 1, 135-143, jan.-jun., 2017.

Ministério da Saúde, Fiocruz, Sinitox. Dados de intoxicação. Brasil. 2016. [Internet] [Citado em 26 maio. 2018]. Disponível em: https://sinitox.icict.fiocruz.br/dados-nacionais.

MORAES, D. Q. de; JÚNIOR, R. do N. M.; FERREIRA, L. da C.; BRITO, M. A. M. Intoxicação por medicamentos em crianças no ambiente doméstico: Revisão sistemática / Drug poisoning in children in the domestic environment: Systematic review. Brazilian Applied Science Review, [S. l.], v. 5, n. 3, p. 1404–1418, 2021. DOI: 10.34115/basrv5n3-009. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BASR/article/view/30254.

Silva, J.G. da, Gomes, G.C., Costa A.R., Juliano, L.F., Aruda, C.P. & Carvalho, L.N. (2018). A prática da automedicação em crianças por seus pais: Atuação da enfermagem. Revista de enfermagem UFPE on line, 12(6), 1570-1577.

Silva, A. R. D., Moura, J. M. A., Pivetta, L. F., & Eduardo, A. M. L. N. (2020). Intoxicação medicamentosa infantil / Child drug intoxication. Brazilian Journal of Development, 6(1), 5072–5075. https://doi.org/10.34117/bjdv6n1-366.

VILACA, Luciana;    VOLPE, Fernando Madalena;    LADEIRA, Roberto Marini. Intoxicações exógenas acidentais em crianças e adolescentes é um serviço de toxicologia de referência de um hospital de emergência brasileiro.Rev.  paul. pediatr.,São  Paulo  ,v. 38,e2018096,2019

Xavier, M.S., Castro, H.N., Souza, L.G.D., Oliveira, Y.L., Tafuri, N.F. & Amâncio, N. de F.G. (2021). Automedicação e o risco à saúde: uma revisão de literatura.Brazilian Journal of Health Review, 4(1), 225-240