INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA PELO USO DE GARRAFADAS: O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA SAÚDE DA MULHER

DRUG POISONING DUE TO BOTTLE USE: THE ROLE OF THE PHARMACIST IN WOMEN’S HEALTH

INTOXICACIÓN POR MEDICAMENTOS POR USO DEL BIBERÓN: EL PAPEL DEL FARMACÉUTICO EN LA SALUD DE LA MUJER

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202412221011


Danielly Silva de Oliveira¹
Havila Nayane de Sá Santos²
Carolinne de Oliveira Marquez³


Resumo

As garrafadas são soluções preparadas a partir do uso de plantas medicinais curtidas em bebidas alcoólicas, foram disseminadas no Brasil a partir do século XVI pelos Padres Jesuítas que preparavam porções derivadas das tríagas brasilicas. Desde então o uso das garrafadas se popularizou, principalmente entre os povos das comunidades mais afastadas dos grandes centros e de difícil acesso a medicamentos prescritos. No entanto, o uso indiscriminado de medicamentos, especialmente a partir de “garrafadas” e sem nenhuma comprovação científica, representa um sério problema de saúde pública, com implicações significativas para a saúde da mulher. A automedicação, erros na administração e tentativas de suicídio são algumas das principais causas de intoxicação medicamentosa, como indicado por dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox). A falta de informação sobre dosagem e administração, juntamente com a influência da publicidade e a facilidade de acesso a medicamentos, contribuem para o aumento desses casos. O papel do farmacêutico emerge como crucial na prevenção e manejo dessas intoxicações, fornecendo educação pública, regulamentação de produtos e orientação sobre o uso responsável de medicamentos. Estratégias coordenadas são necessárias para enfrentar esse problema, priorizando a conscientização, regulamentação e fortalecimento do papel do farmacêutico na promoção da saúde da mulher e na prevenção de intoxicações.

Palavras-chave: Medicamentos; Intoxicação; Informação.

Abstract

The indiscriminate use of medications, especially through “garrafadas,” represents a serious public health issue with significant implications for women’s health. Self-medication, administration errors, and suicide attempts are some of the main causes of medication poisoning, as indicated by data from the National System of Toxic-Pharmacological Information (Sinitox). Lack of information regarding dosage and administration, coupled with the influence of advertising and easy access to medications, contribute to the increase in such cases. The role of the pharmacist emerges as crucial in the prevention and management of these poisonings, providing public education, product regulation, and guidance on responsible medication use. Coordinated strategies are necessary to address this issue, prioritizing awareness, regulation, and strengthening the pharmacist’s role in promoting women’s health and preventing poisonings.

Keywords: Medications; Poisoning; Information.

Resumen

El uso indiscriminado de medicamentos, especialmente a través de “garrafadas”, representa un grave problema de salud pública con implicaciones significativas para la salud de las mujeres. La automedicación, los errores de administración y los intentos de suicidio son algunas de las principales causas de la intoxicación medicamentosa, según indican los datos del Sistema Nacional de Información Toxicofarmacológica (Sinitox). La falta de información sobre la dosis y la administración, junto con la influencia de la publicidad y el fácil acceso a los medicamentos, contribuyen al aumento de estos casos. El papel del farmacéutico emerge como crucial en la prevención y manejo de estas intoxicaciones, proporcionando educación pública, regulación de productos y orientación sobre el uso responsable de medicamentos. Se requieren estrategias coordinadas para abordar este problema, priorizando la conciencia, la regulación y el fortalecimiento del papel del farmacéutico en la promoción de la salud de las mujeres y la prevención de intoxicaciones.

Palabras clave: Medicamentos; Intoxicación; Información.

1. Introdução

Os medicamentos desempenham um papel crucial na sociedade como parte essencial dos recursos dedicados à saúde dos cidadãos. No entanto, enquanto oferecem a promessa de cura, também estão associados a uma série de malefícios, especialmente quando utilizados de forma inadequada, o que se torna um sério problema de saúde pública com implicações financeiras tanto para a população quanto para os recursos públicos (Calderari, 2017).

Para alcançar os resultados desejados de um tratamento, é essencial que haja controle e prevenção, levando ao alívio dos sintomas e, por conseguinte, à cura da doença. Isso também inclui a normalização de parâmetros fisiológicos e laboratoriais. No entanto, é lamentável que, muitas vezes, a supervisão adequada e a orientação de profissionais de saúde não estejam disponíveis (Gonçalves, 2017).

De acordo com dados de 2016 do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), mantido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil, foram registrados 80.082 casos de intoxicação, dos quais 27.261 foram causados por medicamentos, correspondendo a 34% do total. Esse número representou um aumento de cerca de 20% em relação a uma pesquisa realizada uma década antes, na qual foram registrados 22.552 casos. As principais causas de intoxicação medicamentosa incluem a automedicação (3,4%), erro na administração (5%), uso terapêutico (21,5%) e tentativas de suicídio (32,6%) (SINITOX, 2016).

A intoxicação medicamentosa por meio do uso da “garrafada” representa um desafio significativo para a saúde pública, especialmente no contexto da saúde da mulher. A “garrafada” é uma forma popular de medicamento feito a partir de uma combinação de ervas, raízes e outros ingredientes, muitas vezes utilizada de forma tradicional em diversas culturas, especialmente na América Latina e África. (Almeida, et al, 2022).

O objetivo deste estudo é explorar o papel do farmacêutico na prevenção e manejo da intoxicação medicamentosa relacionada ao uso de “garrafadas”, com um foco específico na saúde da mulher.

2. Metodologia

Este trabalho se desenvolveu por meio de uma revisão bibliográfica, empregando artigos científicos obtidos nas bases de dados literárias da Scielo e PubMed, com o propósito de analisar os dados coletados. Adotou-se uma abordagem qualitativa.

Essa revisão bibliográfica se enquadra como uma pesquisa exploratória e descritiva. O objetivo dessa metodologia é capacitar farmacêuticos para identificar e alertar sobre os riscos do uso excessivo da garrafada, especialmente entre a população feminina, destacando o papel do farmacêutico na promoção da saúde da mulher e na prevenção de danos decorrentes do uso indiscriminado de produtos sem comprovação científica.

Foram empregadas as palavras-chave: “garrafada”; “intoxicação medicamentosa”; “o papel do farmacêutico”; “saúde da mulher”; “conscientização”.

3. Resultados e Discussão

3.1. Conceito e a origem das Garrafadas

O uso das garrafadas como substituto de medicamentos prescritos é comum em diversos países, assim como em várias comunidades do Brasil. No geral, são soluções preparadas a partir do uso de plantas medicinais que são curtidas em bebidas alcoólicas extraindo assim suas propriedades terapêuticas (Lemos et al., 2021).

Existem diversas definições para o termo garrafada, embora todas apontem para o mesmo sentido, é possível que se encontre aspectos particularizados a depender da visão de diferentes autores (NOVAES, et al., 2022).

As garrafadas são um produto complexo, geralmente composto por uma combinação de plantas medicinais utilizadas juntamente com bebidas alcoólicas, das quais o vinho é o mais utilizado, podendo também ser utilizados mel, vinagre ou água como portador (Felix, 2022).

Tem-se, ainda, o entendimento de que as garrafadas podem ser derivadas da formulação Jesuíta Triaga Brasílica que surgiu no Brasil em torno do século XVI (Camargo, 2011).

Neste aspecto, Passos et al. (2018), afirma que neste tempo acreditava-se que guardar o segredo da manipulação dessas preparações era fundamental para efetividade das triagas (receitas à base de plantas, animais e outras substancias, como minerais, sais, óleos e etc., utilizadas pela humanidade há milênios), prometendo assim a cura milagrosa, o que confere a sua popularidade.

“Mesinha grosseira. Medicamento de curandeiro ou de charlatão posto em garrafa”. Possivelmente, teria ocorrido por volta de 1640 quando, até então, só as boticas dos colégios jesuíticos eram autorizadas a preparar remédios. Foi a partir daquele ano que, pessoas de fora dos conventos, poderiam exercer o ofício de boticário, mediante autorização do físico-mor em Lisboa e de seu representante em Salvador, no Brasil. 

No entanto, de acordo com Camargo (2011), não se sabe, porém, quando o termo “triaga” foi substituído no meio popular, por garrafada e aponta que:

Todavia, há de se dizer que antes da chegada dos portugueses ao Brasil, e consequentemente, dos Jesuítas, os silvícolas já utilizavam plantas medicinais no tratamento de suas doenças. Neste aspecto, segundo Santos (2013, p. 8):

Os índios brasileiros tinham, a sua disposição, um vasto “arsenal” de ervas, raízes, cipós, cascas, sementes e outras substâncias vegetais encontradas na abundante e rica floresta. De fato, a mata pode ser considerada, sem exageros ou anacronismos, “a farmácia da nação indígena”. 

Os jesuítas tiveram uma relevante participação na disseminação do uso de remédios extraídos de componentes presentes na fauna e flora brasileiras. Ao chegarem ao Brasil não havia nenhum médico na expedição que os trouxeram para um novo mundo, onde os medicamentos vindos da Europa eram ineficazes para tratar as doenças oriundas dessa nova terra. Assim, segundo Santos (2013, p. 10):

[…] Esta medicina praticada nas Colônias, na primeira metade do século XVI, muito provavelmente era realizada por indígenas, jesuítas, “físicos” (isto é, médicos na acepção moderna do termo) e cirurgiões portugueses. Embora seus modos de agir fossem, possivelmente, muito distintos entre si, havia pontos em comum: a flebotomia (sangria), por exemplo, era comum até mesmo entre os indígenas […]. 

Desta forma, tornou-se amplamente viável aos Jesuítas, adicionar aos seus conhecimentos sobre plantas medicinais, os saberes de um povo recém descoberto tudo o que sua rica floresta tinha a oferecer em termos de plantas medicinais.

Essa junção de conhecimentos em torno das plantas medicinais entre Jesuítas e indígenas foi acontecendo paulatinamente, de modo que os Jesuítas passaram a escrever compêndios e dicionários eram tratados como verdadeiros tesouros, e ficavam disponíveis apenas aos membros da própria Companhia de Jesus, enquanto seus membros, preparavam composição, a partir das tais fórmulas secretas que acabaram tendo grande aceitação na Europa e nas colônias.

Seus autores e fabricantes escondiam do público a composição e, muito frequentemente, preparavam-nos em grandes quantidades para serem vendidos a largas distâncias. Estes medicamentos distinguiam-se dos tradicionais, caracterizados pela preparação em pequena escala pelo boticário, de acordo com a receita médica prescrita para um determinado doente, morador a curta distância da botica. O arsenal terapêutico galênico, onde predominavam as substâncias vegetais, facilmente degradáveis, acomodava-se bem a esta forma de produção. 

Em relação a fabricação e comercialização dessas composições, Santos (2013, p. 11):

Assim pode-se dizer que o uso das garrafadas foram sendo disseminadas e ganhando novas versões no Brasil a partir da interação do conhecimento dos Jesuítas com o vasto conhecimento apresentado pelos indígenas, o que levou a novas formas e variações a partir da incorporação das plantas medicinais existentes do Brasil.

Apesar da popularização do uso das garrafadas e ao aumento de sua produção e comercialização em tempos mais atuais, é importante salientar que: A procura pelas garrafadas medicinais tem crescido gradativamente devido a sua garantia de cura de vários tipos de doenças, porém sua comercialização é sem registro e principalmente sem controle de qualidade, além disso, a combinação de múltiplas espécies de plantas medicinais, a interação causada entre elas e a falta de conhecimento sobre as mesmas podem trazer complicações à saúde do indivíduo (Indras, 2017).

Como não há regulamentação sanitária a respeito desses produtos, as garrafadas não devem serem vistas como substâncias medicamentosas nem ao menos plantas medicinais ou qualquer produto de fins terapêuticos (Passos et al., 2018).

No cenário popular, o ‘poder de cura’ atribuído às garrafadas se deve aos efeitos da fé religiosa, na medida em que a esperança de cura promove a ‘certeza da eficácia da garrafada’, principalmente para aqueles que buscam não somente a solução para seus problemas físicos, mas, também, mentais e espirituais, o que não é garantido pela medicina oficial, em nenhuma de suas formas de atenção ao doente no sistema de saúde. Portanto, as plantas medicinais desempenhariam efeitos distintos, porém, complementares na produção do poder curativo da garrafada, sendo o efeito farmacológico relacionado às substâncias ativas, e o efeito sacral representado pelo valor religioso, oriundo da crença do seu usuário (Passos et al., 2018; Camargo, 2011).

Nesse sentido, é importante mencionar que algumas garrafadas com finalidades específicas, são mais comumente utilizadas, como por exemplo, para engravidar, em que os componentes mais utilizados em sua composição são unha de gato e o uxi amarelo. Esses componentes também podem auxiliar no tratamento de desordens uterinas, como mioma e endometriose (Passos, et al. 2018).

No entanto, não há comprovação científica quanto as propriedades medicinais dessas plantas medicinais, todavia, não é difícil encontrar produtos dessa natureza sendo comercializadas, e para dar-lhes um caráter de legalidade, o que facilita a ludibriar os menos esclarecidos, garrafadas apresentando nas embalagens (ou descrições do produto) supostas leis ou decretos que tornariam esses produtos isentos de registro e de regulamentação sanitária. Estes rótulos ou embalagens costumam destacar que a garrafada é um 79.094 – produto “Isento de Registro de acordo com o artigo” 28 – Decreto nº 79.094 – Lei nº 6.360 de 23/09/1976”, embora o decreto em questão, além de ter sido revogado pelo Decreto nº 8.07723, não mencione nem isente as garrafadas de registro (Passos et al., 2018, p. 258).

É interessante notar que as ‘garrafadas’ são praticamente ‘invisíveis’ ao olhar da vigilância sanitária, visto que, antes da própria regulamentação sanitária brasileira, já existiam na medicina popular. Como já foi dito, as garrafadas vêm se mantendo pela tradição popular desde a colonização e se fortaleceram com a miscigenação e com as inter-relações culturais que formaram o povo brasileiro. Neste sentido, as garrafadas são legitimadas culturalmente, o que lhes confere credibilidade. Assim, embora sejam obtidas, na sua maioria, a partir de plantas medicinais, são produtos que se encontram à margem da regulamentação e da regulação sanitária (Passos et al., 2018, p. 258).

Quando pronta, a garrafada pode ser empregada por via oral, tópica ou inalatória para tratar os mais diversos males, de acordo com suas indicações. Contudo, pelo fato de esse tipo de produto ser desprovido de estudos de segurança, eficácia e qualidade, embora, em muitos casos, seu uso possa ser consagrado tradicionalmente, não é possível que seja configurado como fitoterápico, o que faz com que esteja à margem da legislação sanitária (Passos et al., 2018, p. 260).

A composição das garrafadas medicinais está diretamente ligada com a etnofarmacologia e além do Brasil possuir uma riqueza pouco estudada sobre plantas medicinais, várias localidades brasileiras fazem seu uso no preparo de garrafadas para obtenção da cura de enfermidades (Muniz; Ito, 2015).

No processo de preparação das garrafadas, as variações do meio extrator podem resultar na extração ou não, tanto dos metabólitos ativos quanto das substâncias tóxicas, caso estas estejam presentes na matriz vegetal ou se originem da degradação dos próprios metabólitos (Nascimentos et al., 2016).

A dificuldade na extração dos metabólitos no sistema formado pela garrafada decorre do fato, da garrafada ser preparada pela maceração simultânea de várias espécies vegetais, podendo resultar na saturação do sistema extrator que se torna ineficiente para promover a migração dos metabólitos de interesse da matriz vegetal para o meio extrator. Além disto, os diversos metabólitos das diferentes espécies podem interagir entre si e, também com enzimas vegetais, podendo converter-se em substâncias biologicamente inativas ou até mesmo tóxicas. Quando o sistema extrator da garrafada é o vinho ou um suco de fruta, a presença dos próprios metabólitos da fruta já promove a saturação parcial do sistema, tendendo a dificultar ainda mais a extração dos fitofármacos (Camargo, 2011).

O caráter natural das garrafadas não as certifica como eficazes e seguras, tampouco garantem a isenção de reações adversas e/ou complicações orgânicas. A ausência de regulamentação e padronização higiênico-sanitária na comercialização, a aglutinação de diversas espécies de plantas medicinais e a possibilidade de contaminação microbiológica constituem fatores de risco à ocorrência de intoxicações e outros impasses oriundos ao seu uso (Silva et al., 2016; Lima; Nascimento; Silva, 2016; Zeni et al., 2017; Vieira; Fernandes, 2021; Mascarenhas et al., 2021).

Não existem, porém, regulamentos de saúde relativos a esses produtos. Ao pesquisar o termo “garrafadas” no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, nos envia   a seguinte mensagem: “Produtos que não foram registrados ou notificados pela ANVISA”. (BRASIL,1973).

Isso ocorre porque as bebidas engarrafadas não são reconhecidas pelas autoridades sanitárias brasileiras como medicamentos ou plantas medicinais ou quaisquer outros tipos de produtos para a saúde. Embora “drogas” sejam definidas como “produtos farmacêuticos obtidos ou preparados tecnicamente para fins de prevenção, tratamento, alívio ou diagnóstico” (BRASIL, 1973), “plantas medicinais” são aquelas que podem aliviar ou curar doenças e tem tradição de ser usado como medicamento em pessoas ou comunidades (BRASIL, 1973).

As garrafadas são preparações manipuladas por pessoas conhecidas como raizeiros, suas receitas são passadas entre gerações, podendo ser modificada ou até mesmo simplificada, muitos acreditam obter a receita por meio de forças sobrenaturais (Silva et al., 2017). Denomina-se garrafada soluções extrativas composta por um solvente que pode ser aguardente de cana, vinho branco, água ou mel com a adição de partes das plantas medicinais como flores, raízes, cascas, frutos e folhas. Suas partes podem estar no estado fresco ou seco, maceradas entre três ou vários dias. É inexistente a relação precisa entre a quantidade do material vegetal e solvente a ser utilizado (Miguéis et al., 2018). As substâncias das plantas medicinais utilizadas podem ter interações entre elas apresentando determinada toxicidade ao organismo e, consequentemente reações adversas.

3.2. Intoxicação Medicamentosa

Quando uma pessoa faz o uso excessivo de um medicamento, ocorrera uma interação medicamentosa, que e quando o efeito de um medicamento é alterado por outro medicamento, é onde acaba gerando vários problemas, sinais e sintomas pra pessoa.

As vezes dependendo da quantidade que a pessoa ingeriu ela pode entrar em coma ou a ir a morte.

Nesse sentido, Silva, Santos e Saraiva (2023, p.3723), define intoxicação medicamentosa como:

[…] alterações clínicas e/ou laboratoriais resultantes de um desequilíbrio orgânico ocasionado pela interação do indivíduo com um agente tóxico. Em decorrência disso, os indivíduos frequentemente apresentam sinais e sintomas que podem variar seu início como curto, médio ou longo prazo, com dispneia, síncope, prostração, crises convulsivas, vômitos, sialorreia, entre outros.

Geralmente a intoxicação medicamentosa ocorrer mais, pela falta de orientação, principalmente pela falta de explicar que muitos medicamentos podem ter interação com álcool, alimento, droga.

Nesse sentido, Santana, Sousa, Araújo (2023, p. 2), explica intoxicação medicamentosa como:

[…] uma série de sintomas originados pelo uso de um medicamento administrado em uma dosagem acima da janela terapêutica. Podem ser divididas em dois grupos, aguda ou crônica, onde cada fármaco apresenta singularidades em um quadro de sinais e sintomas.

As causas podem estar relacionadas ao uso indiscriminado de medicamentos por automedicação, sobredose, ao uso de álcool, interação medicamentosa ou interação medicamento-alimento.

Com base nas ideias dos autores apresentadas acima, pode-se se chegar ao entendimento de que há, apesar de poucas disparidades, uma certa semelhança entre as definições de Thomazim e Filho (2022, p. 2).

Segundo estes autores também podemos definir interação medicamentosa como:

Intoxicações medicamentosas compreendem séries de sintomas gerados pelo uso de um medicamento que foi inalado, injetado, ingerido ou se entrou em contado com a pele, mucosa ou olhos em uma dosagem acima da janela terapêutica. Podem ser divididas em dois grupos, aguda ou crônica, onde cada fármaco apresenta singularidades em um quadro de sinais e sintomas.

Apensar de que as vezes o uso de medicamentos, pode ocasionar um dano sério a nossa saúde, devemos ter o entendimento e compreensão, que usados de forma adequada, eles podem nos proporcionar benefícios a nossa saúde, como podendo ser usado pra tratar alivio de sintomas e prevenção de doenças.

Nesse sentido, Maior, Osório-de-Castro, Andrade (2020, p. 2) diz que os medicamentos são os principais agentes de intoxicação em inúmeros utilizados para fins profiláticos, curativos, paliativos ou de diagnóstico, podem ocasionar respostas nocivas em diversas situações, mormente quando em doses superiores às usualmente empregadas, de modo intencional ou não.

Com base nas explicações acima, podemos entender que, a intoxicação medicamentosa é quando uma pessoa ingere excesso de mais de um medicamento levando sérios danos à saúde, e essa intoxicação pode ter ou não influencia por interação medicamentosa, e a forma como esse medicamento interage no nosso corpo. A falta de conhecimento sobre as diferentes reações dos fármacos, combinada a falta de orientação também é um dos fatores que podem levar a intoxicação medicamentosa. Dito isso, e importante aborda sobre essa temática, provocando assim uma maior discussão, dentro do sistema educacional e acadêmico, objetivando promover um maior esclarecimento sobre os riscos do uso excessivo de medicamentos pra nossa saúde.

3.3.      O papel do farmacêutico na saúde da mulher

A saúde da mulher é uma área que abrange diversos aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais, que influenciam a qualidade de vida, o bem-estar e os direitos das mulheres. Do mesmo modo, Vale (2019), aponta que, a saúde da mulher envolve questões como a saúde reprodutiva, a saúde sexual, a saúde materna, a saúde mental, a prevenção e o tratamento de doenças crônicas e infecciosas, a violência de gênero, entre outras.

Para Alcauza (2019, p. 15):

Desigualdades nas condições de vida e relações, sobrecarga de trabalho, dificuldades referentes à sexualidade e reprodução, à anticoncepção, à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e os problemas de saúde particulares a esta população impactam nas suas condições de saúde

Desigualdades nas condições de vida e relações, sobrecarga de trabalho, dificuldades referentes à sexualidade e reprodução, à anticoncepção, à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e os problemas de saúde particulares a esta população impactam nas suas condições de saúde.

Nesse sentido, o farmacêutico é o profissional da saúde que tem como função promover o uso racional de medicamentos, garantindo a segurança, a eficácia e a qualidade dos produtos e serviços farmacêuticos, e contribuindo para a melhoria da saúde individual e coletiva. E Souza (2020), aponta que, o farmacêutico pode atuar em diversos âmbitos, como a assistência farmacêutica, a atenção farmacêutica, a farmácia clínica, a farmacovigilância, a farmacoepidemiologia, a farmacoeconômia, a educação em saúde, a pesquisa, a gestão.

O papel do farmacêutico na saúde da mulher é fundamental, “o farmacêutico, como profissional da saúde, auxilia na luta pela saúde da mulher ao atuar em equipe multidisciplinar no planejamento e na avaliação da farmacoterapia da paciente, para o uso racional do medicamento e tratamento seguro” (CRF/SE, 2021, n.p). O farmacêutico pode atuar na prevenção, na promoção, na recuperação e na reabilitação da saúde da mulher.

E com relação a saúde da mulher, Chagas (2022), fala que o farmacêutico:

Pode realizar consultas farmacêuticas, nas quais o farmacêutico pode avaliar o estado de saúde da mulher, identificar e resolver problemas relacionados aos medicamentos, orientar sobre o uso correto e seguro dos medicamentos, esclarecer dúvidas, expectativas e receios sobre o tratamento, acompanhar a adesão e os resultados terapêuticos, e encaminhar para outros profissionais de saúde, quando necessário.

Além disso o farmacêutico pode, dispensar medicamentos, de forma responsável e ética, verificando a prescrição médica, a validade, a procedência, a conservação, a posologia, as interações, as contraindicações, os efeitos adversos, as precauções e as orientações de uso dos medicamentos, e fornecendo informações claras e adequadas à mulher, respeitando sua autonomia e seu direito à informação (Ramalho; Baiense, 2022).

Bem como, o farmacêutico pode prescrever medicamentos, de acordo com a legislação vigente, quando se tratar de medicamentos isentos de prescrição, ou em emergências, ou em protocolos clínicos estabelecidos, ou em colaboração com outros profissionais de saúde, sempre visando o benefício da mulher e a segurança do tratamento.

De modo que, o mesmo:

[…]é qualificado para esclarecer quaisquer incertezas, orienta acerca da utilização dos medicamentos, esclarece as reações adversas ou interações medicamentosas, assegurando os pacientes em relação a ação dos fármacos e ao progresso da terapia farmacológica, colaborando para um adequado prognóstico. (Rech; Francellino; Colacite, 2019 apud Santos; Andrade, 2022, p. 735)

Em continuidade, o farmacêutico também, realizar ações de educação em saúde, visando promover a saúde da mulher, prevenir doenças, estimular hábitos saudáveis, conscientizar sobre os riscos do uso inadequado de medicamentos, e empoderar a mulher sobre seu autocuidado e sua participação ativa no tratamento (Santos et al., 2019).

Além do mostrado acima, o farmacêutico também pode, atura fazendo ações de vigilância em saúde, visando garantir a qualidade, a segurança e a eficácia dos medicamentos, dos produtos e dos serviços farmacêuticos, e monitorar os eventos adversos, as reações adversas, as intoxicações, as interações, as incompatibilidades, as falsificações, as fraudes, as irregularidades, e as notificações relacionadas aos medicamentos e à saúde da mulher (Alegransi, 2023).

O farmacêutico, portanto, tem um papel relevante na saúde da mulher, podendo atuar de forma integrada, humanizada, ética e qualificada, com base em evidências científicas e em princípios éticos, legais e sociais, respeitando a diversidade, a singularidade e a integralidade da mulher, e buscando a melhoria da sua saúde, da sua qualidade de vida e do seu bem-estar.

3.4. O Farmacêutico e a conscientização sobre o uso da garrafada

A garrafada não é apenas um produto material, mas também um símbolo de identidade, de resistência, de fé e de esperança, que expressa a cosmovisão e a religiosidade dos seus usuários. Ela envolve elementos mágicos, como orações, rezas, benzeduras, simpatias, que visam potencializar os efeitos das plantas e estabelecer uma conexão com o sagrado. A garrafada também é marcada pela oralidade, pois os conhecimentos sobre as plantas, as receitas, as indicações e as contraindicações são transmitidas de geração em geração, sem registros escritos (Felix et al., 2022; Silva et al., 2023).

A garrafada, no entanto, também apresenta alguns riscos e desafios, que exigem uma atenção e uma orientação adequadas por parte dos profissionais de saúde, especialmente dos farmacêuticos, que são os responsáveis pelo uso racional de medicamentos, incluindo os de origem vegetal (Brito; Pontes, 2021).

Silva; Marinho; Dantas, 2022, ressaltam, entre os riscos, temos, a falta de controle de qualidade das plantas e das garrafadas; a falta de padronização das receitas, das doses, das formas de preparo e de administração; a falta de evidências científicas sobre a eficácia, a segurança e a interação dos produtos; a falta de informação e de educação dos usuários sobre o uso adequado das garrafadas.

O farmacêutico tem a função de conscientizar o paciente da importância da consulta a um profissional de saúde, orientando sobre as possibilidades de intoxicação, ausência dos efeitos desejados ou ainda adversos pelo uso sem prescrição de quaisquer substâncias que alterem o funcionamento do seu organismo. (Veiga, 2002 apud Ramos et al., 2021, p. 14)

Diante disso, o papel do farmacêutico na conscientização sobre o uso da garrafada é fundamental, pois ele pode contribuir para que os usuários possam usufruir dos benefícios das plantas medicinais, sem comprometer a sua saúde e a do meio ambiente.

O farmacêutico pode realizar ações para ajudar no controle e na conscientização do uso das garrafadas. Tendo como início o respeito e valorização dos saberes e as práticas tradicionais sobre as garrafadas, reconhecendo a sua importância cultural, social e terapêutica, e buscando estabelecer um diálogo intercultural e interdisciplinar.

Outra ação, é orientar e educar os usuários sobre o uso correto e seguro das garrafadas, esclarecendo as suas indicações, as suas contraindicações, as suas interações, os seus efeitos adversos, as suas precauções e as suas orientações de uso, e fornecendo informações claras e adequadas aos usuários, respeitando a sua autonomia e o seu direito à informação (Santos, 2022)

Além disso, Santos (2022) aponta que, outra ação importante, é monitorar e notificar os eventos adversos, as reações adversas, as intoxicações, as interações, as incompatibilidades, as falsificações, as fraudes, as irregularidades e as notificações relacionadas às garrafadas e à saúde dos usuários, visando garantir a qualidade, a segurança e a eficácia dos produtos e dos serviços farmacêuticos.

O farmacêutico, portanto, tem um papel relevante na conscientização sobre o uso da garrafada, podendo atuar de forma integrada, humanizada, ética e qualificada, com base em evidências científicas e em princípios éticos (Ramos et al., 2021).

Lembrando sempre de respeitar as bases, legais e sociais, respeitando a diversidade, a singularidade e a integralidade dos usuários, e buscando a melhoria da sua saúde, da sua qualidade de vida e do seu bem-estar.

4. Conclusão

A intoxicação medicamentosa, especialmente relacionada ao uso de “garrafadas”, representa um desafio significativo para a saúde pública, com implicações sérias para a saúde da mulher. Ao longo deste estudo, destacou-se a importância da conscientização sobre os riscos associados ao uso indiscriminado desses produtos, bem como o papel fundamental do farmacêutico na prevenção e manejo dessas intoxicações.

Através da análise dos dados e das referências apresentadas, fica evidente a necessidade de ações coordenadas para enfrentar esse problema, incluindo campanhas de educação pública, regulamentação adequada desses produtos e o fortalecimento do papel do farmacêutico como um agente de saúde bem informado e acessível à comunidade.

Além disso, ressalta-se a importância de abordagens integradas que considerem não apenas os aspectos clínicos da intoxicação medicamentosa, mas também os aspectos sociais, culturais e econômicos que influenciam o acesso e o uso desses produtos.

Em última análise, a saúde da mulher e a segurança do uso de medicamentos devem ser prioridades inegociáveis em qualquer sistema de saúde, e cabe aos profissionais de saúde, em especial aos farmacêuticos, desempenhar um papel ativo na promoção desses princípios e na garantia de um cuidado de qualidade para todas as mulheres.

Referências

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¹Graduanda em Farmácia. Faculdade Integrada Carajás, Brasil.
ORCID: https://orcid.org/0009-0003-0807-1399.
E-mail: silvadeoliveiradanielly779@gmail.com;
²Graduanda em Farmácia. Faculdade Integrada Carajás, Brasil.
ORCID: https://orcid.org/0009-0000-8097-622X.
E-mail: nayane.hdss@gmail.com;
³Farmacêutica e docente do curso de Farmácia. Faculdade Integrada Carajás (FIC), Brasil.
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6556-5094.
E-mail: carolzinhaoliveiramarquez@yahoo.com.br.