INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS NO TRATAMENTO DE DOR EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA PÓS MASTECTOMIA – UMA REVISÃO DE LITERATURA

PHYSIOTHERAPEUTIC INTERVENTIONS IN THE TREATMENT OF PAIN IN WOMEN WITH BREAST CANCER AFTER MASTECTOMY – A LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10866199


João Victor Oliveira do Nascimento1
Beatriz Rocha de Aguiar2
Milena Calado Santana3
Raynan dos Santos Ribeiro Santarém4


Resumo

Introdução: O câncer de mama (CM) é o tipo mais incidente na população feminina mundial e brasileira, exceto os casos de câncer de pele não melanoma. Os fatores de risco para desenvolvimento podem ser genéticos, ambientais e/ou relacionados aos hábitos de vida do indivíduo. Essa patologia se configura como um problema de saúde pública, tendo em vista, as altas taxas de incidência e mortalidade causadas por ela. O tratamento do CM gera diversas sequelas, entre elas a manifestação de dor no braço e na mama presente em grande parte dos casos. Várias técnicas fisioterapêuticas podem ser utilizadas para promover redução do quadro álgico e dos demais sintomas. Sabendo disso, esse estudo tem como finalidade analisar as principais intervenções fisioterapêuticas com objetivos analgésicos em mulheres com CM pós mastectomia.
Métodos: Foi realizada uma busca utilizando os descritores “Breast Cancer” “Physiotherapy” “Pain”, nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed, Physiotherapy Evidence Database (PEDro). Foram incluídos ensaios clínicos publicados nos últimos 5 anos (de junho de 2018 a julho 2023), em português e inglês.
Resultados: Foram encontrados 592 artigos, dos quais, 310 foram incluídos conforme a data de publicação (2018 a 2023), após a filtragem inicial e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, restaram 17 artigos que foram utilizados como embasamento teórico para essa revisão.
Conclusão: O presente estudo concluiu que o exercício físico, realizado de forma isolada ou associado à realidade virtual, apresenta alta evidência para alívio de dor em mulheres com CM pós mastectomia.

Palavras-chave: câncer de mama; fisioterapia; dor.

Abstract

Introduction: Breast cancer (BC) is the most incidente type in worldwide and brazilian female population, except the non-melanoma skin cancer cases. Risk factors can be genetic, environmental and/or related to the lifestyle of the patient. This disease is a public health problem, owing to the high rates of incidence and mortality caused by it. The treatment for BC creates several sequels, among them, the manifestation of pain in the arm and breast, presented in most part of cases. Different physiotherapeutic techniques can be used to promote reduction of pain frame and other symptoms. Thus, the aim of this study is to analize the main physiotherapeutic interventions with analgesic purposes in women with BC after mastectomy.
Methods: A search was done using the descriptors “Breast Cancer” “Physiotherapy” “Pain”, in the data base Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed, Physiotherapy Evidence Database (PEDro). It was included randomized clinical trials published in the last 5 years (from June 2018 to July 2023), in portuguese and english.
Results: Were found 595 articles, of which, 310 were included according to the publishing year. After inicial analyses and application of the inclusion and exclusion criteria, there were left 17 articles that were used as theoretical basis of this review.
Conclusion: This review concluded that exercise, practiced alone or associated to virtual reatily, presentes high evidence for pain relief in women with BC after mastectomy.

Keywords: breast cancer; physiotherapy; pain.

Introdução

O câncer de mama (CM) é o tipo mais incidente na população feminina mundial e brasileira, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma (INCA, 2015). Em 2020, ocorreram 19,3 milhões de novos casos e 10 milhões de mortes em todo o mundo (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, 2022). No Brasil, a incidência estimada para o triênio de 2023 a 2025, é de 73.610 casos (INCA, 2022).

Além disso, configura-se como um importante problema de saúde pública devido às altas taxas de incidência, mortalidade e aumento dos gastos públicos como consequência dos tratamentos mais caros e prolongados, bem como os custos previdenciários decorrentes do afastamento do trabalho (Fretta et al., 2019; Leite et al., 2021).

Os principais fatores de risco estão associados a idade acima de 50 anos, gravidez em idade avançada, nuliparidade e mulheres que amamentaram por menos tempo (INCA, 2019). Fatores relacionados ao comportamento, como obesidade, ingestão de bebidas alcoólicas e inatividade física podem estar envolvidos. Além disso, as condições genéticas, exposição a radiações, como raios X e gama, e histórico prévio de CM na família, também podem aumentar as chances do desenvolvimento da doença (Escala-Garcia et al., 2020; INCA, 2022; Kashyap et al., 2022).

Existem cinco sinais principais que podem indicar a presença do câncer. São eles, um nódulo endurecido, fixo e geralmente indolor, alterações no mamilo, pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço, saída espontânea de líquido de um dos mamilos e a pele da mama avermelhada e/ou retraída com aspecto casca de laranja (INCA, 2022).

Os tratamentos para CM estão sendo aprimorados de forma rápida, em razão de um melhor conhecimento da história natural da doença e das características moleculares dos tumores (INCA, 2019). A importância do diagnóstico precoce deve-se ao fato de que nessa etapa da doença, o tratamento apresenta maior potencial curativo, já que quando há evidências de metástases, os principais objetivos são prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida das pacientes (INCA 2022). O tratamento classifica-se como sistêmico, quando se utilizam quimioterapia, hormonioterapia e/ou terapia biológica. E local quando é cirúrgico (radical ou conservador) e radioterápico (INCA, 2019).

Para evitar a progressão rápida da doença, o Ministério da Saúde determinou que o tempo entre o registro do diagnóstico e o início do tratamento não deve ultrapassar 60 dias (Brasil, 2011), tendo em vista que quando realizado tardiamente, traz prejuízos à qualidade de vida, requer abordagens mais agressivas, necessita de múltiplas modalidades terapêuticas, e resulta na sobreposição de sequelas (Leite et al., 2021).

A radiação na área da mama e do tórax também pode prejudicar os nervos do braço, causando uma plexopatia braquial e/ou severa reação radioinduzida na pele, ambas levando a dor, fraqueza muscular e diminuição da amplitude de movimento(Wang et al, 2018). A presença de dor no braço e na mama é um sintoma de maior frequência nessas mulheres, afetando 25 – 60% dos pacientes com CM (Fretta et al., 2019; Wang et al., 2018). São dores complexas e persistentes que podem ocorrer durante e após o tratamento de câncer, cujo mecanismo pode ser neuropático, nociceptivo ou uma combinação de ambos (Evenepoel et al., 2022). Assim, a presença de quadro álgico de intensidade moderada ou intensa é mais frequente em pacientes submetidos à dissecção axilar comparada àquelas que realizaram biópsia do linfonodo sentinela (Fretta et al., 2019).

Várias abordagens e técnicas fisioterapêuticas podem ser utilizadas no manejo da dor em pacientes oncológicos, como exercício físico, acupuntura, massagem, técnicas analgésicas com eletroterapia e fotobiomodulação (Katta et al., 2022; Mahmood et al., 2022). Essas terapias vêm sendo reconhecidas como formas de tratamento não farmacológicas para a dor oncológica, sendo eficazes para a redução do quadro álgico nesses pacientes (Katta et al., 2022). Além disso, a prática regular de exercício físico apresenta benefícios fisiológicos e psicológicos para pacientes com câncer, trabalhando no alívio da dor e no aumento da funcionalidade do membro superior em mulheres com CM(Fretta et al., 2019; Maindet et al., 2019).

O presente estudo revisou as produções científicas existentes, com o objetivo de analisar as principais intervenções fisioterapêuticas para tratamento de dor em mulheres com CM pós mastectomia.

Materiais e métodos

Para atingir o objetivo estabelecido nesta pesquisa, realizou-se uma revisão da literatura, com enfoque em mulheres diagnosticadas com câncer de mama pós mastectomia.

A busca foi realizada em agosto de 2023, nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed, Physiotherapy Evidence Database (PEDro), utilizando os seguintes descritores “Breast Cancer” “Physiotherapy” “Pain”, com artigos publicados nos últimos 5 anos (de junho de 2018 a julho 2023), em português e inglês.

Os critérios de inclusão utilizados neste artigo foram, artigos publicados entre junho de 2018 e julho de 2023, ensaios clínicos, artigos disponibilizados na íntegra nas bases de dados utilizadas, que avaliavam a dor em pacientes com CM pós mastectomia e que apresentavam grupo controle e grupo intervenção. Já os critérios de exclusão foram artigos de revisão de literatura, metanálise e estudos de caso, duplicados e que não demonstraram protocolo utilizado na intervenção.

Figura 1 – Fluxograma do processo de seleção dos artigos para a revisão integrativa da literatura. 

Fonte: elaborado pelo próprio autor, 2023.

Resultados

Foram encontrados 592 artigos, dos quais 310 foram selecionados conforme a data de publicação (2018 a 2023). Em seguida, foi feita a avaliação do título e do resumo, onde restaram 36 artigos para análise aprofundada. Após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, restaram 17 artigos que foram utilizados neste estudo.

Um dos artigos desta revisão apresentou todos os critérios de inclusão necessários para análise, entretanto foi excluído por apresentar divergências na metodologia, entre o número de participantes incluídos, excluídos e divididos entre os grupos. 

Os artigos selecionados estão descritos no quadro 1.

Quadro 1. Descrição dos artigos selecionados para a revisão de literatura

TÍTULOOBJETIVOMETODOLOGIARESULTADO E CONCLUSÃONÍVEL DE EVIDÊNCIA
Exercício versus cuidados habituais após cirurgia não reconstrutiva de câncer de mama (UK PROSPER): ensaio multicêntrico randomizado controlado e avaliação econômica (Bruce et al., 2021)Avaliar se um programa de exercícios melhora a qualidade de vida em comparação com os cuidados habituais para mulheres com alto risco de incapacidade de membros superiores após cirurgia de câncer de mama.392 pacientes randomizadas em dois grupos. Um grupo recebeu apenas cuidados habituais (n=196), (folhetos informativos) e outro cuidados habituais mais programa de exercícios (alongamento, atividade física, fortalecimento e técnicas de mudança comportamental) (n=196), sessões de 7 a 10 dias, um mês e três meses de pós-operatório.O programa de exercícios foi eficaz na redução da incapacidade dos MMSS e dor pós-operatória. Sem diferenças na intensidade média da dor aos seis meses.A1
Efeito do modo de exercício na função física e qualidade de vida no linfedema relacionado ao câncer de mama: um ensaio randomizado (Basha et al., 2022)Comparar os efeitos do treinamento em realidade virtual (VR) e exercícios resistidos nos sintomas do linfedema, funcionamento físico e qualidade de vida em mulheres com linfedema relacionado ao câncer de mama.60 mulheres divididas em grupo Xbox Kinect (n = 30) e grupo de exercícios resistidos (n = 30). Ambos os grupos receberam fisioterapia descongestiva complexa (drenagem linfática manual, bandagens compressivas, cuidados com a pele e exercícios). Foi realizada 5 sessões por semana durante 8 semanas, com resultados foram avaliados pré e pós-intervenção.Foram registradas diferenças significativas na EVA (intensidade da dor), ADM do ombro, estado geral de saúde e vitalidade a favor do grupo Xbox Kinect. E na força de flexão do ombro, rotação externa, abdução e preensão manual a favor do grupo de exercícios resistidos.A2
Efeito do yoga mindfulness na ansiedade e depressão em pacientes com câncer de mama em estágio inicial que receberam quimioterapia adjuvante: um ensaio clínico randomizado (Liu et al., 2022)O objetivo deste estudo é explorar os efeitos do yoga mindfulness em distúrbios emocionais, fadiga, dor e qualidade de vida em pacientes com CM.136 pacientes randomizadas em dois grupos com 68 participantes em casa. Grupo experimental (mindfulness yoga + cuidados convencionais) e grupo controle (cuidados convencionais). As avaliações foram realizadas no início do estudo, na 8ª semana e na 20ª semana.O grupo experimental teve melhor prognóstico em comparação ao grupo controle, para ansiedade, depressão e qualidade de vida relacionada à saúde. Enquanto fadiga e dor não foram diferentes entre os dois grupos.A2
Eficácia da liberação miofascial após cirurgia de câncer de mama em mulheres submetidas a cirurgia conservadora e radioterapia: um ensaio clínico randomizado (Serra-Añó et al., 2019)Analisar o impacto do tratamento com liberação miofascial, observando a dor, amplitude de movimento (ADM) do ombro, funcionalidade, qualidade de vida (QV) e depressão.24 mulheres, em que 13 receberam tratamento de liberação miofascial (RM) e 11 tratamentos de drenagem linfática manual com placebo (PMLD). Ambas as intervenções duraram 4 semanas.Após 4 semanas, o grupo RM diminuiu a intensidade da dor, além de melhora na qualidade de vida, bem-estar, funcionalidade e ADM, exceto na rotação interna. Porém o emocional melhorou apenas com PMLD.A2
Drenagem linfática manual com exercícios progressivos de braço para síndrome da rede axilar após cirurgia de câncer de mama: um ensaio clínico randomizado (Torres-Lacomba et al., 2022)Determinar a eficácia de um programa desenvolvido por fisioterapeutas adaptado à síndrome da rede axilar (AWS) em mulheres após cirurgia de câncer de mama.96 pacientes com AWS foram divididas em grupo de fisioterapia (drenagem linfática manual [DLM]) e grupo controle (braço padrão exercícios). Ambos os grupos apresentaram 48 mulheres e receberam tratamento 3 vezes por semana durante 3 semanas.O grupo de fisioterapia apresentou melhora na intensidade da dor, ADM ativa do ombro, incapacidade do ombro e qualidade de vida no acompanhamento primário e aos 3 meses. Sem diferença após 6 meses.A1
Estudo comparativo entre os efeitos da Kinesio Taping e da roupa de pressão no linfedema secundário da extremidade superior e na qualidade de vida após mastectomia: um ensaio clínico randomizado (Tantawy et al., 2019)Comparar os efeitos da Kinesio Taping e da aplicação da cinta pressurizada no linfedema secundário da extremidade superior.66 mulheres divididas em grupo KT (n=33) que recebeu aplicação de Kinesio Taping (2 vezes por semana durante 3 semanas), enquanto o grupo PG (n=33) recebeu vestimenta pressurizada (20-60 mmHg) por pelo menos 15-18 horas por dia durante 3 semanas.A soma das circunferências dos membros, índice de dor e incapacidade no ombro, força de preensão manual e qualidade de vida melhoraram no grupo KT quando comparado com o grupo PG.A2
Um estudo piloto avaliando o efeito da fisioterapia precoce na dor e incapacidades após cirurgia de câncer de mama: trilha prospectiva de controle randomizado (Klein et al., 2021)Examinar o efeito da fisioterapia (FT) precoce e da educação do paciente sobre a morbidade dos ombros que inclui, dor persistente, limitação de função e diminuição da amplitude de movimento (ADM)157 pacientes segmentadas em grupo intervenção (n=72) (tratamento precoce, instruções de exercícios) e o grupo controle (n=85) recebeu tratamento padrão.A fisioterapia precoce reduziu os níveis de dor no primeiro mês e em 6 meses, em comparação com o grupo controle. Além disso, pode melhorar as incapacidades funcionais, sem causar complicações pós-operatórias.A1
Eficácia de três programas de exercícios e acompanhamento intensivo na melhoria da qualidade de vida, dor e linfedema entre sobreviventes de câncer de mama: um estudo randomizado e controlado de 6 meses (Lin et al., 2023)Comparar o efeito de três programas de exercícios no linfedema, dor e qualidade de vida em pacientes com CM e explorar o efeito do acompanhamento intensivo nos resultados dos programas de exercícios.200 pacientes divididas em 4 grupos. G0 (grupo controle), exercício de mobilidade articular (JME); G1 exercício de mobilidade articular + acompanhamento intensivo (IF); G2 JME + exercício aeróbico (EA) + IF; e G3 JME + exercício resistido progressivo (PRÉ) + IF. As medidas de resultados foram avaliadas no início do estudo, 3 meses pós-intervenção e 6 meses pós-intervenção.Exercícios de mobilidade articular e exercícios resistidos progressivo têm melhor efeito na melhoria da QV e na prevenção do linfedema após a cirurgia. Na melhora da dor, o efeito dos exercícios de mobilidade articular e exercícios aeróbicos aparece mais cedo.A2
Massagem comparada com massagem e acupuntura para pacientes com câncer de mama submetidas a cirurgia reconstrutiva (Dilaveri et al., 2020)Avaliar se a combinação de duas abordagens aumenta o benefício do paciente, reduzindo o estresse pós-operatório, dor, ansiedade, tensão muscular e fadiga.42 pacientes designadas aleatoriamente para uma das duas terapias (apenas massagem ou massagem + acupuntura), cada grupo com 21 mulheres, realizando por 3 dias consecutivos. Todos os participantes foram observados por 3 meses.Nenhum efeito benéfico aditivo foi observado com a adição de acupuntura na massagem para dor, ansiedade, relaxamento, náusea, fadiga e humor.A2
O efeito do uso da terapia descongestiva complexa com modalidades eletroterapêuticas para tratamento de linfedema no câncer de mama: um ensaio clinico randomizado. (Hemmati et al., 2022)O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da combinação da terapia descongestiva complexa (TDC) com o ultrassom ou corrente farádica no edema, dor e funcionalidade de membro superior em mulheres com CM.39 pacientes divididas em grupo controle (TDC), grupo ultrassom (TDC + ultrassom) e grupo farádica (TDC + corrente farádica). Todos as pacientes receberam 10 sessões de tratamento em 2 semanas, com 5 sessões por semana.Observou-se melhora do volume do linfedema, da dor e da funcionalidade de membro superior nos dois grupos combinados. Não houve diferenças significativas na circunferência do braço.A3
Efeito da educação em neurociência da dor pós cirurgia de câncer de mama na dor e função física e emocional: um ensaio duplo cego randomizado (Estudo EduCan). (Dams et al., 2023)Avaliar mudanças em pacientes que receberam educação em neurociência da dor (END) comparado a educação biomédica.184 pacientes randomizadas em dois grupos. No grupo controle, elas receberam educação biomédica + fisioterapia. No grupo intervenção, receberam END + fisioterapia. Ambos os grupos realizaram 6 sessões.Não houve melhora da dor pós 12 e 18 meses da cirurgia.A1
O treino com realidade virtual do Xbox 360 é tão efetivo quanto a fisioterapia tradicional em paciente submetidas a cirurgia de câncer de mama? (Feyzioglu et al., 2020)Investigar os efeitos da reabilitação com realidade virtual em disfunções de MMSS no pós-operatório de câncer de mama.40 mulheres randomizadas em dois grupos. Ambos os grupos receberam mobilização passiva e massagem. O grupo Kinect também realizou exercícios ligados ao vídeo game. Elas realizaram 2 sessões por semana, durante 6 semanas.Os dois grupos apresentaram melhoras significativas em todos os parâmetros analisados. O GK foi superior naquelas pacientes que apresentavam medo de realizar os movimentos.A2
Eficácia da facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF) na melhora da biomecânica do ombro, funcionalidade e dor pós dissecção dos linfonodos axilares no câncer de mama: um estudo randomizado e controlado. (Guloglu et al., 2023)Comparar os efeitos da PNF e do treino resistido progressivo (TRP) em pacientes com câncer de mama77 pacientes foram divididas em três grupos com tratamento 2 vezes por semana, durante 8 semanas. No grupo PNF, elas receberam técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva. No grupo TRP, foram realizados exercícios com carga para MMSS. E no grupo controle, elas continuaram com suas atividades de vida diária. Os parâmetros avaliados foram a dor, funcionalidade e evolução isocinética.Os dois grupos intervenção apresentaram melhora após o estudo. O nível de funcionalidade foi estatisticamente maior no grupo PNF. Os níveis de ganho de força e dor foram os meses em ambos os grupos.A3
Eficácia da auto realização da terapia descongestiva complexa (auTDC) para linfedema em câncer de mama: um ensaio simples cego, randomizado e controlado. (Ligabue et al., 2019)Avaliar os efeitos a curto e longo prazo da dor e edema após auTDC em mulheres com linfedema crônico.41 mulheres segmentadas em grupo controle que recebeu TDC apenas no hospital. O grupo intervenção recebeu um curso da técnica para a autorrealização em casa durante 10 sessões.Mulheres que realizaram o curso apresentaram redução e manutenção da dor e edema após o tratamento.A2
Efeito da bandagem elástica neuromuscular em desordens musculoesqueléticas secundárias ao uso de inibidores de aromatase em sobreviventes de câncer de mama: um ensaio clínico pragmático e randomizado. (Conejo et al., 2018)Avaliar o efeito da bandagem na sensação subjetiva da dor40 pacientes. O grupo intervenção recebeu bandagens elásticas reais nas áreas onde manifestavam dor. O grupo controle recebeu placebo nessas áreas, sem qualquer técnica terapêutica.Pacientes tratadas com inibidores de aramatase relataram melhora da sensação subjetiva da dor, além da qualidade de vida e fadiga.A1
Eficácia de exercícios de fortalecimento escapulares para disfunção do ombro na dor e incapacidade funcional pós mastectomia radical modificada: um ensaio clínico controlado. (Mohite et al., 2023)Investigar o impacto de um protocolo de exercícios de fortalecimento escapulares na melhora da dor e incapacidade funcional.O grupo controle (n=43) recebeu fisioterapia convencional com exercícios de de mobilização ativa e alongamentos. O grupo intervenção (n=43) recebeu os exercícios convencionais + exercícios de fortalecimento escapulares. O programa era realizado 3 vezes por semana durante 4 meses.O estudo mostrou efeitos significativos do programa na dor e incapacidade funcional das pacientes.A4
Efeito da mobilização do tecido neural nas deficiências sensório-motoras em sobreviventes de câncer de mama com linfedema: um estudo experimental (Joshi et al., 2023)Determinar o efeito da mobilização do tecido neural nas deficiências sensório-motoras em sobreviventes de câncer de mama com linfedema.100 pacientes divididos em 2 grupos, um grupo recebeu mobilização neurodinâmica e o outro grupo recebeu fisioterapia convencional durante 6 semanas.O grupo experimental apresentou diferença significativa na redução da dor e aumento da amplitude de movimento quando comparado com o tratamento convencional.A4

Fonte: elaborado pelo próprio autor, 2023.

Discussão

O tratamento para o CM nas mulheres pode resultar em uma série de consequências que têm um impacto significativo em suas vidas (Fretta et al., 2019). Os estudos analisados revelaram uma variedade de sequelas que afetam diretamente a qualidade de vida dessas pacientes. Destacam-se a restrição da amplitude de movimento (ADM), edema e a presença predominante de dor em grande parte dos casos(Fretta et al., 2019). Essas descobertas ressaltam a importância de abordagens de tratamento que visem a melhora da qualidade de vida e o bem-estar das pacientes.

Dentre os métodos estudados, foram encontrados exercícios físicos, yoga, facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF), mobilização neural, bandagem elástica (BE), terapia descongestiva complexa (TDC), eletroterapia com ultrassom terapêutico (US) e corrente farádica (CF), exercícios em realidade virtual, drenagem linfática manual (DLM), liberação miofascial, massagem e acupuntura. Todas essas intervenções buscam melhorar a qualidade de vida, aliviar as dores, aumentar a amplitude de movimento, a funcionalidade e a força muscular dos pacientes (Campos et al, 2022).

Os estudos de Bruce et al., (2021), Klein et al., (2021), Lin et al., (2023) e Mohite et al., (2023), que utilizaram exercícios físicos, apresentaram resultados positivos para redução da dor, aumento da qualidade de vida e da funcionalidade de membro superior das participantes. Todos os ensaios trouxeram exercícios de fortalecimento para o ombro e escápula, mostrando a eficácia dessa modalidade na analgesia das pacientes.

Um protocolo específico que inclui mobilidade, exercício aeróbico e exercícios de resistência auxilia no alívio da dor, assim como cita Lin et al., (2023), que em seu estudo dividiu as pacientes em 4 grupos e observou que com exceção do grupo controle, que realizou apenas exercícios de mobilidade articular, todos os outros apresentaram melhora na redução da dor, sendo que as participantes que realizaram mobilidade articular, exercício aeróbico e acompanhamento combinado, obtiveram resultados superiores tanto na intensidade da dor quanto no efeito analgésico precoce.

A realização de Mindfulness Yoga, porém, não apresenta os mesmos resultados, já que no artigo de Liu et al., (2022), eles mostraram que essa forma de exercício não foi clinicamente benéfica na redução da dor das pacientes e nem apresentou diferenças estatisticamente significantes entre o grupo controle e o grupo intervenção.

Outra técnica utilizada para o alívio da dor é a PNF, que auxilia na recuperação da força e resistência dos pacientes ao aumentar a resposta de mecanismos neuromusculares através da estimulação de proprioceptores. No estudo conduzido por Guloglu et al., (2022), a eficácia da PNF nas mulheres com CM é comparada a exercícios de resistência para membros superiores. Eles observaram que houve melhora da dor em ambos os grupos quando comparado com o grupo controle. Quando comparados entre si, a redução da dor foi a mesma para os dois grupos, mostrando que em termos de analgesia, a PNF tem a mesma eficácia dos exercícios de resistência.

Esses dados corroboram com Joshi e colaboradores (2023), que neste caso, avaliaram os efeitos da mobilização neural em um grupo, e exercícios ativos livres de mobilização em outro. Os resultados desse estudo também mostraram efeitos similares na redução da dor em ambos os grupos, mostrando que ambas as técnicas apresentam resultados estatisticamente semelhantes a cinesioterapia.

A utilização da BE foi analisada por Conejo et al., (2018) e Tantawy et al., (2019). Os autores observaram que essa técnica foi eficaz na melhora da sensação subjetiva da dor em pacientes com CM, apresentando resultados com estatísticas significativamente diferentes para essa variável. Inclusive, um dos artigos comparou a eficácia da BE com uma roupa de compressão, e a bandagem elástica foi superior à roupa, diminuindo a dor das pacientes e aumentando a qualidade de vida.

Já Hemmati et al., (2022), comparou a realização da TDC, uma forma de tratamento bastante utilizada em pacientes com CM, e que envolve drenagem linfática, compressão, exercícios e cuidados com a pele, com US e com a CF. Eles observaram que houve redução significativa da dor quando realizada sozinha (grupo controle) ou quando realizada junto do US e da CF. Esse efeito analgésico foi maior nos grupos que realizaram uma das modalidades eletrotermoterapicas, porém quando comparadas entre si, não houve diferenças significativas.

Inclusive, a auto realização de TDC (auTDC) também contribui para a redução dos níveis de dor, como mostrou Ligabue et al., (2019). Nesse ensaio, eles ensinaram as mulheres como se realiza a técnica e as avaliaram 6 meses após início da pesquisa. Ao final, eles descobriram que a auTDC, reduziu em 50% o quadro álgico das participantes, mostrando que a TDC é uma ferramenta eficaz para alívio da dor em mulheres com CM, podendo ser realizada de maneira isolada, associada a modalidades eletroterapêuticas ou sendo ensinada as pacientes.

Em relação ao uso de realidade virtual e gameterapia em pacientes com CM, Feyzioglu et al., (2020) realizou 2 sessões por semana, durante 6 semanas, com mobilizações passivas e massagens associadas aos exercícios no videogame (Xbox), e observaram que as pacientes apresentaram melhora significativa da dor, além do aumento de força, funcionalidade, ADM, e diminuição do medo de realizar movimento pós mastectomia. Basha et al., (2021) confirma essa hipótese ao comparar a gameterapia aos exercícios resistidos nessa população. Eles observaram diferenças significativas na dor, ADM de ombro e estado geral de saúde a favor do grupo Xbox Kinect. No entanto, houve diferenças significativas na força muscular a favor do grupo de exercícios resistidos. Mostrando que os exercícios utilizando realidade virtual são benéficos para alívio da dor nessas mulheres, contudo para ganho de força não se mostrou benéfico, podendo associar essa terapia a demais estratégias, buscando uma complementação entre elas.

Dams et al., (2023) buscaram analisar o efeito da educação sobre a dor em 184 mulheres. Um dos grupos recebeu aulas sobre conhecimentos biomédicos relacionados à dor, já o outro grupo recebeu orientação biopsicossocial sobre a dor. O fisioterapeuta responsável orientou os dois grupos, quanto a realização de exercícios gerais, ajuste no nível de atividade física e a retomada do trabalho. Ao longo do acompanhamento de 18 meses, ambos os grupos apresentaram aumento na intensidade da dor e declínio funcional no membro superior em relação à condição pré-operatória. Já no que diz respeito aos sintomas psicológicos, os dois grupos mostraram resultados favoráveis com melhora nesse quesito. Podemos entender que o conhecimento a respeito da dor se mostrou fundamental para aspectos psicológicos, já para os sintomas físicos e funcionais, não foram eficazes.

Sobre as técnicas de terapia manual, envolvendo massagem, acupuntura, DLM e liberação miofascial, três artigos estudaram essas terapias com objetivos analgésicos. Dilaveri et al., (2020) propuseram avaliar a diferença da massagem e da massagem associada a acupuntura em mulheres com CM, realizando por 3 dias consecutivos de pós-operatório, e observaram que a adição da acupuntura a massagem não gerou nenhum efeito para redução da dor, fadiga e humor. Quanto à redução de estresse, a massagem isolada obteve melhores resultados.

Torres-Lacomba et al., (2022) acompanharam 96 pacientes com síndrome da rede axilar, e as dividiram em grupo controle, que realizou um protocolo de exercícios e grupo fisioterapia, que recebeu DLM e exercícios de deslizamento neurodinâmicos, 3 vezes por semana. Ao final desse período o grupo fisioterapia apresentou significativa melhora na dor, aspectos físicos, funcionais e ADM após 3 meses. Porém, após 6 meses de intervenção não foi observado diferenças significativas em nenhuma das variáveis analisadas.

Quanto a liberação miofascial e a DLM, Serra-Añó et al., (2018) realizaram uma comparação entre as duas e observaram que após um período de 4 semanas somente o grupo que recebeu a terapia de liberação miofascial obteve diminuição significativa da intensidade da dor, funcionalidade e ADM. Nos quesitos emocionais, apenas o grupo que recebeu drenagem linfática manual apresentou resultados favoráveis.

Com isso, observamos que a massagem associada a acupuntura não demonstra melhora significativa na intensidade da dor, entretanto, as mulheres que receberam liberação miofascial apresentaram melhora deste sintoma. Em relação à DLM, um dos estudos utilizou a técnica associada aos exercícios de deslizamento neurodinâmico e observou melhora considerável (Torres-Lacomba et al., 2022). Enquanto outro estudo realizou uma comparação da DLM e a liberação miofascial, em que não foi observado melhora da dor no grupo DLM (Serra-Año et al., (2018), gerando um resultado controverso sobre a utilização da técnica como forma de analgesia.

Segundo a classificação mais atualizada da Qualis Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) de 2017 a 2020, todos os artigos incluídos nesta revisão foram classificados como artigos de alto impacto, sendo 5 deles classificados como A1, nível mais alto de relevância, 8 artigos classificados como nível A2, 4 foram incluídos como nível A3 e A4, sendo 2 artigos para cada um dos níveis. Isso mostra que essa revisão apresenta artigos com elevado fator de impacto e de grande relevância sobre o tema discutido.

Dentre as formas de avaliação da dor, a escala visual analógica (EVA) foi a mais utilizada, sendo escolhida como método de mensuração da dor em 8 dos 17 estudos analisados. A escala de avaliação numérica (NRS) foi a segunda mais utilizada, sendo escolhida por 5 artigos. Dois estudos utilizaram o questionário Índice de Dor e Incapacidade no Ombro (SPADI), e além destas, uma versão chinesa da Brief Pain Inventory (BPI) e uma versão em holandês do Pain Disability Index (PDI-DLV) foram escolhidas em um artigo cada para avaliar o nível de dor dessas mulheres.

Conclusão

O exercício físico tem evidências seguras e de alta qualidade para sua realização em pacientes com CM, sendo um método eficaz para analgesia, podendo associar seu uso à realidade virtual. A realização de TDC, bandagem elástica e liberação miofascial também são indicadas, embora sejam necessários mais ensaios sobre a eficácia dessas técnicas. Além disso, algumas intervenções, tais como a drenagem linfática manual e a prática de yoga apresentaram pouca evidência, ou resultados controversos para uso nessa população com o objetivo de reduzir a dor, indicando a necessidade de mais estudos para uma análise mais aprofundada nesse assunto.

Referências

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1Fisioterapeuta, Residente em Oncologia pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Minas Gerais, Brasil.

Correspondência: oliveirajoaovictor554@hotmail.com

2Fisioterapeuta, Pós-graduanda em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e Pediátrica pela Faculdade Inspirar. Distrito Federal, Brasil.

3Fisioterapeuta, Especialista em Oncologia pela Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS/FEPECS. Distrito Federal, Brasil. Coorientadora do trabalho.

4Fisioterapeuta, Mestrando em Gerontologia pela Universidade Católica de Brasília – UCB. Distrito Federal, Brasil. Orientador do trabalho.