INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA GARANTIA DO BEM-ESTAR EM CUIDADOS PALIATIVOS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202408212119


Bianca Morais Cunha¹;
Orientador: Prof. Me. João Nunes Maidana Júnior².


RESUMO

Este trabalho abordou os Cuidados Paliativos (CP) como uma abordagem fundamental para melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças graves e suas famílias. Exploramos a origem e o conceito dos CP, destacando sua importância no alívio do sofrimento físico, emocional, social e espiritual. A pesquisa buscou analisar a implementação dos CP no Brasil, identificando desafios e destacando a necessidade de políticas públicas mais robustas para garantir o acesso universal. A análise também abordou as responsabilidades éticas dos profissionais de saúde na prestação de cuidados paliativos. As principais considerações finais destacaram a importância dos CP, reconhecendo a falta de acesso universal e a escassez de profissionais especializados como desafios significativos. Recomendações para estudos futuros incluem pesquisas mais detalhadas sobre a implementação dos CP em diferentes regiões do Brasil e avaliação do impacto desses cuidados na qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias. Espera-se que este trabalho contribua para uma maior conscientização sobre a importância dos CP e estimule discussões sobre como melhorar o acesso a esses cuidados essenciais.

Palavras-chave: Cuidados paliativos. Enfermagem. Cuidados paliativos na terminalidade de vida.

1 INTRODUÇÃO

Os cuidados paliativos têm sido reconhecidos como uma abordagem crucial na assistência à saúde, visando aprimorar a qualidade de vida de pacientes diante de doenças graves, assim como proporcionar suporte às suas famílias. Nesse contexto, a pesquisa realizada teve como objetivo explorar as intervenções de enfermagem em cuidados paliativos, com foco na importância do profissional de enfermagem na aplicação dos princípios fundamentais dessa abordagem.

A relevância dos cuidados paliativos na prática da enfermagem foi evidenciada pela necessidade de compreender as intervenções específicas realizadas por enfermeiros nesse contexto, garantindo uma assistência humanizada e eficaz aos pacientes e suas famílias. Além disso, a pesquisa contribuiu para o avanço do conhecimento na área e para a valorização do papel do enfermeiro nos cuidados paliativos.

O problema de pesquisa abordado na investigação consistiu em: “Quais são as intervenções de enfermagem com pacientes em cuidado paliativo?”. Essa questão foi formulada com base na necessidade de compreender o papel do enfermeiro nesse cenário específico e de avaliar a eficácia das práticas existentes.

Os objetivos da pesquisa foram delineados para alcançar uma compreensão abrangente das intervenções de enfermagem em cuidados paliativos. O objetivo geral foi conhecer a importância do profissional de enfermagem na aplicação dos princípios de cuidados paliativos. Para atingir esse objetivo, foi estabelecido um objetivo específico, que incluíram identificar as principais intervenções de enfermagem realizadas em pacientes sob cuidados paliativos.

2 DESENVOLVIMENTO 

2.1 Metodologia 

A metodologia empregada foi uma Revisão de Literatura, na qual foram examinados livros, dissertações e artigos científicos selecionados por meio de busca em diferentes bases de dados, como Scielo, PubMed e Google Acadêmico. Os artigos considerados foram os publicados nos últimos cinco anos, garantindo a atualidade das informações obtidas. As palavras-chave utilizadas na busca incluíram “cuidados paliativos”, “enfermagem” e “cuidados paliativos na terminalidade de vida”, entre outras relevantes para o escopo da pesquisa. Essa abordagem possibilitou uma análise crítica e abrangente do conhecimento existente sobre o tema, fornecendo uma base sólida para o presente estudo.

2.1 Resultados e Discussão 

Antigamente, pacientes com doenças crônicas avançadas, como câncer, eram muitas vezes direcionados aos cuidados paliativos apenas como último recurso, após esgotarem as opções de tratamento convencional. Essa abordagem poderia ser percebida como uma espécie de último recurso. No entanto, essa prática não refletia falta de interesse por parte dos profissionais de saúde ou do sistema de saúde, mas sim a falta de reconhecimento dos cuidados paliativos como uma especialidade em si (VARELLA, 2021). Anteriormente, havia uma associação comum entre cuidados paliativos e morte, especialmente durante os anos 90, quando esses termos eram frequentemente relacionados ao final da vida ou ao câncer terminal. No entanto, os cuidados paliativos têm como objetivo proporcionar qualidade de vida para pacientes com doenças crônicas, independentemente de estarem em risco iminente de morte, mas que enfrentam um quadro de sofrimento, seja ele de natureza emocional, física ou familiar.

Os cuidados paliativos, segundo delineados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2023), constituem uma abordagem ativa e abrangente destinada a indivíduos que enfrentam doenças graves, progressivas e potencialmente ameaçadoras da vida. Esta definição destaca a importância de uma assistência completa e centrada no paciente, que não se limita apenas ao tratamento dos sintomas físicos, mas também engloba o suporte emocional, social e espiritual tanto para o paciente quanto para sua família. Essa abordagem holística reflete uma compreensão ampla das necessidades do paciente em uma fase delicada de sua jornada de saúde.

A abordagem terapêutica preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2021) está angariando cada vez mais reconhecimento global. Esta abordagem engloba a assistência prestada por uma equipe multidisciplinar, com o objetivo de aprimorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares diante de doenças ameaçadoras da vida. Além de enfatizar a prevenção e o alívio do sofrimento, os cuidados paliativos promovem uma comunicação franca e empática, reconhecendo as necessidades únicas de cada paciente e sua família. Essa abordagem abrangente não apenas visa tratar os sintomas físicos, mas também oferecer apoio emocional, social e espiritual, garantindo um cuidado completo e humanizado em todas as etapas do processo de saúde e doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2021), os cuidados paliativos têm como objetivo primordial melhorar a qualidade de vida e o bem-estar de pacientes que enfrentam doenças incuráveis, com foco na prevenção e no alívio do sofrimento. Essa abordagem requer uma identificação precoce, avaliação e tratamento de aspectos como dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais, conforme destacado pela OMS. A trajetória de cuidados abrange todas as etapas, desde o diagnóstico até o período de luto, garantindo uma assistência integral tanto para o paciente quanto para sua família, como apontado pela mesma fonte.

Segundo Salles (2021), os cuidados paliativos reconhecem a importância da comunicação aberta e empática entre profissionais de saúde, pacientes e familiares, promovendo um ambiente de apoio e compreensão mútua. Essa abordagem multidisciplinar envolve não apenas a equipe médica, mas também profissionais de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais e outros especialistas, conforme ressaltado pelo autor. Todos trabalham em conjunto para proporcionar uma assistência integral e humanizada, fortalecendo a qualidade dos cuidados e o suporte emocional oferecido aos envolvidos.

De acordo com Nascimento (2019), nos cuidados paliativos, o foco não reside na cura da doença ou na alteração do curso natural da morte, mas sim no alívio do sofrimento do paciente. O autor destaca a importância de a equipe multidisciplinar compreender e aceitar a morte como parte intrínseca do ciclo da vida. Essa perspectiva pode representar um desafio para os profissionais de saúde, cuja formação é centrada na prevenção, diagnóstico, tratamento e cura de doenças.

Segundo Varella (2021), os cuidados paliativos demandam uma nova mentalidade dos profissionais de saúde, os quais devem estar preparados para lidar com questões sensíveis relacionadas à finitude da vida e ao processo de morte. O autor destaca que os cuidados paliativos não devem se restringir apenas ao momento da morte, mas sim abranger todo o ciclo de assistência, desde o diagnóstico de uma doença incurável até os cuidados no final da vida. Essa abordagem completa visa proporcionar conforto físico, emocional e espiritual tanto para o paciente quanto para sua família, com o objetivo de oferecer uma experiência digna e compassiva até o último momento.

Quando um paciente se depara com uma condição sem perspectiva de cura, é essencial que a morte não seja vista como um fracasso, mas sim como uma parte inevitável do ciclo da vida. Diante desse cenário, tanto os profissionais de saúde quanto a equipe multiprofissional devem reconhecer essa realidade e oferecer um suporte abrangente ao paciente e à sua família. Segundo Varella (2021), é fundamental proporcionar não apenas o alívio da dor física, mas também do medo e do sofrimento emocional, assegurando uma abordagem compassiva e digna até o final da vida.

Os cuidados paliativos, segundo as reflexões de Salles (2021), caracterizamse por uma abordagem multidisciplinar que não se limita apenas ao alívio do sofrimento físico de pacientes com doenças graves, mas também considera suas necessidades emocionais, sociais e espirituais. Essa prática transcende o tratamento da doença em si, focando em proporcionar conforto, apoio e dignidade tanto aos pacientes quanto às suas famílias, especialmente em momentos de grande vulnerabilidade. Dentre os serviços oferecidos, estão o controle da dor, o gerenciamento de sintomas, o suporte psicológico, o aconselhamento espiritual e a assistência social.

Além disso, os cuidados paliativos contemporâneos reconhecem que o sofrimento não está confinado apenas ao aspecto físico, mas pode ser desencadeado por diversos fatores, como ansiedade, medo, solidão e perda de sentido. Portanto, uma abordagem humanizada e holística é crucial para atender às necessidades complexas dos pacientes, especialmente durante as fases avançadas de uma doença grave. Como enfatizado por Salles (2021), essa compreensão mais abrangente do sofrimento permite uma intervenção mais eficaz e uma melhoria significativa na qualidade de vida dos indivíduos em cuidados paliativos.

De acordo com as ideias de Matsumoto (2021), o ápice dos cuidados paliativos ocorre no momento em que é diagnosticada a incurabilidade da doença, marcando uma transição para uma equipe multidisciplinar. Nesse contexto, essa equipe, composta por diversos profissionais de saúde e apoio, visa satisfazer as necessidades do paciente e de sua família. Além disso, destaca-se a importância da assistência à família, especialmente durante a fase terminal da vida, proporcionando suporte emocional e os cuidados necessários para enfrentar esse período delicado.

Segundo Rocha (2022), os cuidados paliativos (CP) englobam uma abordagem holística que prioriza o controle de sintomas, o apoio emocional e espiritual, e uma comunicação eficaz com o paciente e seus familiares, visando aliviar o sofrimento durante a fase final da vida. Essa modalidade de cuidado visa garantir conforto e qualidade de vida, reconhecendo a importância de atender às necessidades físicas, psicológicas e espirituais tanto do paciente quanto de seus entes queridos.

De acordo com Alves et al. (2019), é crucial iniciar os cuidados paliativos (CP) imediatamente após o diagnóstico da doença, sem excluir a continuidade do tratamento curativo, quando necessário. Os autores destacam que, apesar dos avanços tecnológicos, não se pode subestimar a importância das relações humanas e a humanização do cuidado, priorizando sempre a qualidade de vida e a dignidade humana.

Fernandes et al. (2023) apontam que, no contexto nacional, os cuidados paliativos ainda se deparam com desafios em relação à disponibilidade e qualidade dos serviços prestados nos ambientes hospitalares, apontando para uma clara demanda por expansão e aprimoramento. Embora os dados epidemiológicos no Brasil sejam escassos, as evidências sugerem uma prevalência de cuidados paliativos entre pacientes acima de 60 anos e aqueles com cânceres associados ao sexo feminino, como mama e colo de útero. Essas informações ressaltam a urgência de mais pesquisas e investimentos nesse campo, visando atender adequadamente às necessidades dos pacientes e suas famílias.

Rocha (2022) salienta que os cuidados paliativos (CP) não se concentram exclusivamente no paciente em tratamento, mas também abrangem sua família, englobando todos os presentes no ambiente de cuidado. Ele ressalta que os CP não devem ser reservados apenas para pacientes em estágio terminal, mas devem iniciarse desde o diagnóstico de uma condição potencialmente grave e ameaçadora da vida. Cada situação requer uma abordagem individualizada, adaptada às necessidades específicas do paciente, destacando, assim, a importância do acompanhamento médico especializado e da equipe multidisciplinar na discussão das opções de tratamento disponíveis e na seleção da melhor abordagem para cada caso.

2.1.1 O Papel da Enfermagem nos Cuidados Paliativos: Uma Abordagem Integral

Os cuidados paliativos são essenciais no acompanhamento de pacientes com doenças graves ou ameaçadoras da vida, buscando não apenas aliviar sintomas físicos, mas também oferecer suporte emocional, social e espiritual tanto para o paciente quanto para sua família. Nesse sentido, a enfermagem desempenha um papel central, assegurando uma assistência completa e humanizada, visando o bemestar global do paciente (MORETE, 2023).

No âmbito dos cuidados paliativos, a atuação da enfermagem é fundamental e demanda qualificação e consciência de sua importância. Isso inclui fornecer educação em saúde, gerenciar sintomas, estabelecer uma comunicação clara e colaborar em equipe para promover o bem-estar dos pacientes e suas famílias. O enfermeiro especializado nessa área prioriza o alívio da dor, mesmo diante de desafios, como expectativas difíceis. No entanto, muitas vezes, os profissionais de saúde enfrentam dificuldades devido à falta de preparo em sua formação, o que impacta sua eficácia no cuidado de pacientes em cuidados paliativos (MORETE, 2023).

Segundo Varella (2021), enfrentar o estigma em torno da morte representa um desafio significativo nos cuidados paliativos, pois muitas vezes a sociedade evita discutir ou aceitar a finitude da vida. No entanto, é crucial compreender que os cuidados paliativos vão além da morte, buscando aliviar sintomas físicos e psicológicos, promover a qualidade de vida e oferecer apoio emocional e espiritual tanto para os pacientes quanto para suas famílias. Essa abordagem humanizada e compassiva é essencial para garantir que os pacientes enfrentem sua jornada com dignidade e conforto, independentemente do desfecho final.

De acordo com Morete (2023), para superar esses obstáculos, é fundamental reformular o currículo dos cursos de saúde, expandindo além do foco puramente técnico-científico para incluir uma perspectiva antropológica. Essa mudança permitirá que os profissionais de enfermagem estejam mais bem preparados para lidar com os desafios dos cuidados paliativos, oferecendo suporte abrangente diante dos medos, dores e incertezas enfrentados pelo paciente e seus familiares. Essa abordagem holística e humanizada é essencial para promover uma assistência de qualidade e compaixão durante todo o processo de cuidados paliativos.

Os Cuidados Paliativos (CP), conforme ressaltado por MORETE (2023), têm como objetivo principal melhorar a qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças graves, desde o momento do diagnóstico. É importante destacar que esses cuidados não excluem os tratamentos curativos, mas sim buscam aliviar o sofrimento de forma simultânea. O enfermeiro desempenha um papel crucial nesse contexto, fornecendo conforto sem antecipar a morte, o que pode ser desafiador. No entanto, apesar da importância dos CP, a falta de familiaridade e questões culturais podem influenciar a percepção e aceitação desse tipo de cuidado. No Brasil, a escassez de equipes especializadas agrava ainda mais a situação, deixando muitos pacientes sem o suporte necessário ao fim da vida.

Segundo dados da Associação Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP, 2021), em 2021, havia 191 serviços cadastrados em seu atlas, dos quais 66 estavam concentrados em São Paulo, revelando uma disparidade significativa na oferta desse tipo de tratamento em diferentes regiões do país. Diante desse cenário, a ANCP destaca a urgente necessidade de uma política pública federal que garanta o acesso equitativo aos cuidados paliativos para todos aqueles que deles necessitam.

O Programa de Cuidados Paliativos no Sistema Único de Saúde (SUS) tem como objetivo integrar essa abordagem em todos os níveis da rede de saúde, desde a atenção básica até os cuidados ambulatoriais, domiciliares e hospitalares. Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, essa iniciativa visa oferecer cuidados continuados e integrados aos pacientes e suas famílias, assegurando uma assistência abrangente e de qualidade (BRASIL, INCA, 2022). Tal medida reflete o compromisso do sistema de saúde em proporcionar suporte e conforto aos pacientes em situações de doenças graves e ameaçadoras da vida, independentemente do contexto de cuidado.

No entanto, apesar dos avanços, o acesso aos cuidados paliativos pelo SUS enfrenta diversos obstáculos, como questões financeiras, desafios relacionados a seguros e uma distribuição desigual de serviços em diferentes regiões do país. Essa disparidade geográfica frequentemente limita o acesso dos pacientes a esses serviços essenciais, dificultando o alcance de uma assistência integral e de qualidade. Assim, é fundamental que se identifiquem e implementem soluções eficazes para superar esses desafios, garantindo que todos os pacientes que necessitam de cuidados paliativos possam acessá-los de forma adequada e oportuna em todo o território nacional (BRASIL, INCA, 2022).

Apesar da relevância inegável dos Cuidados Paliativos (CP) para oferecer uma abordagem completa no tratamento de pacientes com doenças graves, a conscientização sobre esse tema no Brasil ainda é limitada, conforme apontado por Matsumoto (2021). Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha instado todos os países membros a adotarem essa prática, o Brasil ainda não possui uma política de saúde pública que apoie plenamente a implementação efetiva dos CP, como ressaltado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2021). Essa lacuna evidencia a urgente necessidade de uma maior atenção e investimento nessa área para garantir o acesso adequado aos cuidados paliativos em todo o país.

A Associação Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP, 2021) advoga pela inclusão imediata dos Cuidados Paliativos (CP) no Sistema Único de Saúde (SUS), considerando a escassez de equipes especializadas nessa área em muitos estados brasileiros. Recentemente, a Rede de Atenção à Saúde (RAS) estabeleceu a obrigatoriedade da presença de cuidados paliativos em todas as etapas de atenção à saúde. Além disso, o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (COFEN, 2017) destaca a importância de oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis para garantir o bem-estar físico, emocional, social e espiritual de pacientes com doenças graves e terminais.

Diante da crescente demanda por cuidados paliativos, é essencial capacitar mais profissionais de saúde nessa área. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS, 2020) destaca a presença dos cuidados paliativos em toda a rede de saúde do SUS, mas ressalta a falta de profissionais preparados para isso. Investir em treinamentos e especializações é crucial para garantir um cuidado melhor aos pacientes e suas famílias.

Os cuidados paliativos são fundamentais na saúde, mas ainda precisam ser mais reconhecidos e acessíveis. É necessário integrar melhor os serviços de saúde, criar políticas consistentes e investir na formação de profissionais. Também é importante educar a sociedade sobre a importância desses cuidados, para que possamos oferecer apoio adequado a quem enfrenta doenças graves e o fim da vida.

Com esses esforços, podemos garantir um cuidado mais humano e digno a todos.

3 CONCLUSÃO 

Ao longo deste trabalho, exploramos os Cuidados Paliativos (CP) como uma abordagem fundamental para melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças graves e suas famílias. Iniciamos com uma revisão da literatura, discutindo a origem e o conceito dos CP, destacando sua importância no alívio do sofrimento físico, emocional, social e espiritual. Observamos que, embora haja um reconhecimento crescente da importância dos CP, ainda existem desafios significativos, como a falta de acesso universal e a escassez de profissionais especializados.

Durante o desenvolvimento, abordamos questões relacionadas à implementação dos CP no Brasil, destacando a necessidade de políticas públicas mais robustas e a ampliação do acesso no Sistema Único de Saúde (SUS). Também discutimos as responsabilidades éticas dos profissionais de saúde, especialmente no que diz respeito à garantia do conforto e da dignidade dos pacientes em fase terminal.

Embora tenhamos alcançado nosso objetivo de fornecer uma visão abrangente dos CP e de sua importância, reconhecemos algumas limitações em nosso estudo. Uma delas é a falta de dados quantitativos específicos sobre a eficácia dos CP em diferentes contextos de saúde. Além disso, nossa análise se concentrou principalmente em fontes secundárias, o que pode limitar a profundidade de nossa compreensão sobre o tema.

Como recomendação para estudos futuros, sugerimos a realização de pesquisas mais detalhadas sobre a implementação dos CP em diferentes regiões do Brasil, bem como estudos que avaliem o impacto dos CP na qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias. Também seria interessante explorar os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde na prestação de cuidados paliativos e identificar estratégias eficazes para superá-los. Em última análise, esperamos que este trabalho contribua para uma maior conscientização sobre a importância dos CP e estimule discussões sobre como melhorar o acesso a esses cuidados essenciais em nosso país.

REFERÊNCIAS

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¹Acadêmico(a) do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera – Porto Alegre
²Docente do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera – Porto Alegre