REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8050965
Mariângela Ferraz Rodrigues Araújo¹
Helena Silva Maciel²
João Gabriel Ferreira de Mesquita²
Marcella Ribeiro de Carvalho²
Resumo
A Incontinência Urinária (IU) consiste na perda involuntária de urina trazendo prejuízos à qualidade de vida. Representa algumas consequências para a saúde física como, prejuízos na vida sexual, assim como nas tarefas domésticas, na vida social e laboral; insuficiência renal; infecção do aparelho urinário, entre outras. A incontinência urinária de esforço (IUE) é caracterizada pela perda involuntária de urina durante um esforço físico como na prática de atividades físicas, tosse, espirro, risada etc, acarretando impacto significativo na vida do indivíduo. O estudo tem como objetivo descrever quais intervenções fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da incontinência urinária de esforço em mulheres. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados Scielo, Google Acadêmico, PubMed, Pedro. Após a coleta dos dados, foram aplicados os critérios de inclusão mulheres com faixa etária de 20a80 anos e que apresentam incontinência urinária de esforço. Foram excluídos artigos duplicados, incompletos, resumos, resenhas, debates, artigos publicados em anais de eventos e anteriormente ao ano de 2019 a 2023. Além de artigos que apresentava em seu conteúdo dados sobre a figura masculina. Os estudos que estavam pré-estabelecidos foram selecionados, analisados e discutidos. Diante do contexto, foi possível observar que os resultados foram satisfatórios independente da técnica utilizada. Além disso, as principais intervenções incluíram eletroestimulação, fortalecimento do assoalho pélvico, cones vaginais, biofeedback, estimulação magnética e reeducação perineal. Assim, a fisioterapia se mostrou fundamental tanto no tratamento quanto na prevenção de IU de esforço desde mulheres jovens praticantes de exercícios físicos de alta intensidade, gestantes e mulheres mais velhas.
Palavras-chave: Fisioterapia. Incontinência urinaria. Tratamento. Assoalho pélvico.
Abstract
Urinary incontinence (UI) consists of the involuntary loss of urine, impairing quality of life. It represents some consequences for physical health, such as damage to sexual life, as well as to housework, social and work life; renal insufficiency; urinary tract infection, among others. Stress urinary incontinence (SUI) is characterized by the involuntary loss of urine during physical exertion such as physical activity, coughing, sneezing, laughing, etc., causing a significant impact on the individual’s life. The study aims to describe which physiotherapeutic interventions are used in the treatment of stress urinary incontinence in women. The bibliographical research was carried out in the databases Scielo, Google Scholar, PubMed, Pedro. After data collection, the inclusion criteria were applied to women aged between 20 and 80 years who had stress urinary incontinence. Duplicate, incomplete articles, abstracts, reviews, debates, articles published in annals of events and before the year 2019 to 2023 were excluded. In addition to articles that presented data on the male figure in their content. Studies that were pre-established were selected, analyzed and discussed. Given the context, it was possible to observe that the results were satisfactory regardless of the technique used. In addition, the main interventions included electrostimulation, pelvic floor strengthening, vaginal cones, biofeedback, magnetic stimulation and perineal reeducation. Thus, physiotherapy proved to be fundamental both in the treatment and prevention of stress UI from young women who practice high-intensity physical exercises, pregnant women and older women.
Keywords: Physiotherapy. Urinary incontinence. Treatment. Pelvic floor.
- Introdução
As mulheres passam por diferentes ciclos na vida que podem comprometer sua capacidade de armazenar a urina sem escapes diante de esforço físico ou de forma espontânea. O climatério, a gestação e o próprio processo de envelhecimento podem causar perda involuntária de urina que é denominada incontinência urinária (IU) (COSTA et al., 2022).
De etiologia multifatorial que varia de acordo com sexo e faixa etária, esse é um problema de saúde pública que pode ser encontrado em qualquer faixa etária da vida da mulher, estando ou não associada com doenças, o que impacta diretamente a qualidade de vida, provocando isolamento social e problemas psicológicos e emocionais (FERREIRA et al., 2022). A IU pode ocorrer na mulher decorrente de alguns fatores como: obesidade, tabagismo, via de parto, múltiplos filhos, envelhecimento e enfraquecimento das fibras musculares do assoalho pélvico e redução da função dos ovários após a menopausa (SALLES et al., 2022).
A IU tem uma prevalência que varia entre 10 e 40% em mulheres, sendo que esse percentual aumenta com o envelhecimento. Estudos mostram que, de modo geral, cerca de 16% das mulheres com menos de 30 anos possuem um dos tipos de IU e 29% entre 30 e 60 anos apresentam perda de urina de moderada a alta quantidade (MENDONÇA et al., 2022; SALLES et al., 2022).
A IU consiste na perda involuntária de urina trazendo prejuízos à qualidade de vida. Representa algumas consequências para a saúde física como, prejuízos na vida sexual, assim como nas tarefas domésticas, na vida social e laboral; infecção do aparelho urinário, entre outras (COSTA et al., 2022). Os tipos de IU são: de esforço ou estresse onde a perda de urina ocorre ao tossir, espirrar etc.; de urgência onde a bexiga se contrai de forma anormal e espontânea durante seu enchimento causando perda de urina; e mista que é a combinação entre as duas anteriores (LIMA et al., 2022).
Com ênfase maior, a incontinência urinária de esforço (IUE) é caracterizada pela perda involuntária de urina durante um esforço físico como na prática de atividades físicas, levantamento de peso, agachamento, tosse, espirro, risada, entre outros, acarretando impacto significativo na vida do indivíduo em decorrência do escape de urina, e em sua vida social, deixando de praticar exercícios físicos regulares, comprometendo as suas atividades laborais, trazendo prejuízos na qualidade de vida (LIMA et al., 2022; SALLES et al., 2022).
Quanto ao diagnóstico, o exame complementar seria a urodinâmica, que mede o enchimento e esvaziamento da bexiga, avaliando a capacidade de armazenamento vesical e se há escape involuntário de urina. Além disso, uma anamnese completa deve ser feita com a paciente para colher as informações de seus hábitos de vida e dados relacionados aos sintomas (MENDONÇA et al., 2022).
Para o tratamento da IU é fundamental avaliar o grau da incontinência para que seja traçado um planejamento terapêutico conservador ou cirúrgico. Dentre as opções de tratamento clínico está a fisioterapia pélvica que possui diversas técnicas com o objetivo de promover fortalecimento da musculatura pélvica, além de melhora do estilo de vida, treinamento vesical e reeducação do períneo. Assim, a paciente fica apta a coordenar e recrutar a musculatura, regredindo ou até eliminando os episódios de IU (COSTA et al., 2022; SALLES et al., 2022).
Tendo em vista o impacto negativo que a IU apresenta na vida da mulher em qualquer etapa da sua vida, o presente estudo se justifica pela busca e apresentação dos dados da literatura referentes ao tratamento fisioterápico de mulheres diagnosticadas com IU. A partir disso busca-se responder a seguinte questão norteadora da pesquisa: Quais os tipos de exercícios e técnicas a fisioterapia dispõe para o tratamento da IU?
O estudo tem como objetivo descrever quais intervenções fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da incontinência urinária de esforço em mulheres.
- Metodologia
Trata-se de um estudo realizado por meio de uma revisão da literatura, não sistemático. A pesquisa bibliográfica foi realizada durante o primeiro semestre de 2023, nas bases de dados Scielo, Google Acadêmico, PubMed, Pedro.
Foram selecionados os artigos nos quais os títulos continham informações relevantes sobre o tema e com os objetivos da pesquisa. Posteriormente, fez-se a leitura de seus resumos para excluir os que não possuíam relações com esta pesquisa. Por fim, os artigos foram examinados na íntegra, para que os autores pudessem analisar diferentes opiniões e discuti-las entre si, na intenção de todos estarem de acordo sobre quais os artigos seriam uma melhor opção na proposta do estudo.
Após a coleta dos dados, foram aplicados os critérios de inclusão mulheres com faixa etária de 20a80 anos e que apresentam incontinência urinária de esforço. Foram excluídos artigos duplicados, incompletos, resumos, resenhas, debates, artigos publicados em anais de eventos e anteriormente ao ano de 2019 a 2023. Além de artigos que apresentava em seu conteúdo dados sobre a figura masculina. Os estudos que estavam pré-estabelecidos foram selecionados, analisados e discutidos.
De acordo com a Figura 1, logo abaixo, é possível observar a estratégia utilizada pelas autoras para o processo de seleção dos artigos.
FONTE: Autores, 2023.
- Resultados
A pesquisa preliminar realizada nos bancos de dados, apresentou um total de 86 artigos. Destes, foram descartados 55 artigos após a leitura do título e do resumo, por não se enquadrarem nos parâmetros que foram pré-estabelecidos. Feita a análise dos 15 artigos restantes foi realizada a leitura na íntegra de cada um, chegando a um final de 10 artigos que se enquadram em todas as diretrizes para compor o desenvolvimento e objetivo do estudo. A coleta de dados elaborada pelas pesquisadoras, contém os seguintes itens: autor e ano de publicação, título, metodologia e resultados, que se destacam no quadro 1, que mostra a análise detalhada dos artigos incluídos nesta revisão e que serão discutidos na próxima sessão.
QUADRO1: SÍNTESE DOS ESTUDOS REVISADOS
Autor e Ano | Título | Metodologia | Resultados |
Cielo et al., (2019). | Incontinência urinária e funcionalidade do assoalho pélvico de idosas fisicamente ativas: uma comparação entre diferentes estratos etários. | Estudo transversal, descritivo e comparativo, foram 79 mulheres entre 60 a 71 anos, foi utilizado o teste de U de Mann Whitney e o Qui Quadrado, para verificar o tamanho foi utilizado d Cohen, o nível significante foi de 5%. | Ao realizar o teste verificou que menor força e o menor número de repetições mantidas pelo o fato do envelhecimento, mudança na composição de colágeno e atrofia das fibras musculares especialmente tipo II, período pós- menopausa e do próprio avançar da idade. |
Pereira et al., (2019). | Incontinência urinaria feminina: uma revisão bibliográfica | Coleta de dados através de publicações cientificas. Nas bases foram utilizado incontinência urinaria, tratamento, qualidade de vida. Foram excluídos artigos incontinência urinaria masculina, infantil, idosos. | Verificou-se que o melhor tratamento conservador e dinâmico e a fisioterapia do assoalho pélvico, proporciona várias técnicas como terapia comportamental, cinesioterapia, eletroterapia, cones vaginais, biofeedback, eletroestimulação. |
Sousa, e Barros, (2020). | Abordagem fisioterapêutica na incontinência urinária de mulheres atletas e praticantes de exercícios físicos de alto impacto | As coletas foram feitas através de artigos científicos. Foram excluídos artigos de prevenção e prevalência de IUE, que não estavam disponíveis na integra | Após o tratamento proposto grande parte das mulheres na pressão de repouso e CMV e com menos “escapes”. |
Cavenaghi et al., (2020). | Efeitos da fisioterapia na incontinência urinaria feminina. | Realizou uma pesquisa, que teve a participação de 27 mulheres, até 57 anos com relato de incontinência urinaria, que respondeu o questionário antes e após a intervenção, fizeram uma intervenção fisioterapêutica por meio da cinesioterapia e eletroestimulação tibial posterior. | Estudou 27 mulheres, até 57 anos com relato de incontinência urinaria. O tratamento fisioterapêutico eletroestimulação do nervo tibial posterior e cinesioterapia para fortalecimento do assoalho pélvico diminuiu os sintomas e melhorou a qualidade de vida dessas mulheres com incontinência urinaria. |
Autor e Ano | Título | Metodologia | Resultados |
Araújo (2020). | Efeito da Fisioterapia na Incontinência Urinária de Esforço – Revisão bibliográfica | Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados: Pubmed,e PEDro. Após a seleção dos estudos, segundo os critérios de inclusão e exclusão, foi avaliada a qualidade metodológica através da Escala de Pedro. | Apesar da diversidade de intervenções e protocolos utilizados, todas tiveram melhorias significativas no tratamento da IUS. |
Alves et al., (2021). | Perfil clínico de mulheres com incontinência urinaria de esforço em centro de referência. | Foi realizado um estudo transversal, incluindo mulheres de 18 a 65 anos, foi realizado diário miccional durante 3 dias, para registro da ingesta hídrica, voluma urinário médio, frequência e intervalo miccional e o número de episódios. | Os estudos mostram que a IMC elevada aumenta o risco de IUE devido a pressão sobre a musculatura pélvica. Os fatores de risco para IUE foram ingestão de cafeína, alimentos cítricos, alimentos apimentados, parto normal com episiotomia e cesariana, apresenta uma instabilidade no músculo detrusor. |
Silva, Pereira, Zaidan, (2022). | Eficácia da eletroestimulação no tratamento da incontinência urinária de esforço: uma reanálise | Foi realizado uma busca em outubro de 2018, foi utilizado eletroestimulação durante a sessão. | Verificou- se que eletroestimulação mostrou um eficaz na diminuição da IUE, provocando resposta diretas e reflexos dos músculos uretral e Peri uretral estriado, dessa forma favoreceu uma contração efetiva e aumento da pressão intr.- abdominal evitando perda da urina. |
Mendonça, Lima, Rezende, (2022). | Os impactos da incontinência urinária nas mulheres. | A consulta foi realizada pelo google acadêmico. Foram analisados um total de 10 artigos com e se trata de uma revisão de literatura. | As evidências mostram que pode atingir qualquer faixa etária, sendo mais comum na terceira idade, podendo interferir nas atividades diárias da mulher. |
Caldeira, et al., (2021). | Prevalência da Incontinência urinaria em gestantes | Realizado um estudo com 20 gestantes. Os resultados foram apresentados por meio de gráficos ,onde foram encontrados e discutidos e interpretados, relacionados também com dados obtidos por outros pesquisadores. | Ao término desse estudo foi possível alcançar o objetivo proposto no início do estudo, que foi a prevalência de gestantes com incontinência urinaria. |
Autor e Ano | Título | Metodologia | Resultados |
Olivetto et al., (2021) | A intervenção da fisioterapia no tratamento da incontinência urinaria de esforço. | A pesquisa foi realizada nas principais bases da área da saúde LILACS,SCIELO,PUBMED e Google scholar. Objetivo geral compreender a importância da intervenção fisioterapêutica e nas mais variadas formas de tratamento e prevenção da IU. | A partir dos resultados foram possível descrever de forma exploratória e estabelecer alguns pontos principais para serem discutidos, como primeiro trata-se das estruturas anatômicas e as funções orgânicas envolvidas na IU.O segundo tem o objetivo de descrever a IU nas suas mais variadas formas e manifestações, e o terceiro são diversas técnicas fisioterapêuticas utilizadas no tratamento. |
FONTE: Autores, 2023.
- Discussão
O presente estudo teve como busca a apresentação dos dados da literatura atual quanto a atuação da fisioterapia em mulheres com diagnóstico de IU de esforço. Segundo Pereira et al (2019) existem diversos fatores que predispões o aparecimento de IU em mulheres, dentre eles temos o envelhecimento natural das fibras musculares, redução da função ovariana após a menopausa, multiparidade e obesidade. De acordo com os achados, a IU de esforço causa impacto negativo na vida das mulheres, pois causa isolamento social, constrangimento e diminuição da qualidade de vida.
Nesse sentido, uma das abordagens da fisioterapia para o tratamento da IU de esforço seria a eletroestimulação. Nos estudos de Zaidan, Pereira, Silva(2021) realizaram uma meta-análise para identificar os efeitos desse tratamento e concluíram que é um recurso eficaz, sendo aplicada com uma frequência de 50 Hz que é indicada no uso de fibras musculares de contração rápida e por isso é mais usada na IU.
Resultados semelhantes apresentados por Cavenaghi et al (2020) ao utilizar a cinesioterapia e a eletroestimulação como intervenção. Participaram do estudo 27 mulheres com IU de esforço. Foram propostos quatro exercícios para o fortalecimento do assoalho pélvico e a eletroestimulação com frequência de 50 Hz. O protocolo sugerido foi eficaz na diminuição dos sintomas da IU e melhorou a qualidade de vida das mulheres avaliadas após 10 sessões. Isto se deve ao fato que ao realizar a cinesioterapia associada a eletroestimulação potencializa os efeitos de fortalecimento das fibras musculares da região do assoalho pélvico.
Araújo (2020) em seu estudo descreve que a eletroestimulação é uma das técnicas mais utilizadas pelos fisioterapeutas, e que o treino de força para os músculos do assoalho pélvico é importante para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, seguido de uso de cones vaginais. Segundo De Oliveira, Rodrigues, De Paula (2007) ainda complementam que a literatura apresenta outras modalidades de tratamento para a IU de esforço como estimulação magnética, o biofeedback e a reeducação perineal.
Por outro lado, o estudo de Sousa, Barros (2020) foi realizado com mulheres jovens que praticavam esportes de alta intensidade. Os autores observaram que houve uma alta incidência de IU de esforço nessa população, e ressalta que o tratamento fisioterapêutico com foco no assoalho pélvico é muito importante para reduzir os episódios de perda de urina, já que as praticantes de esportes de alta intensidade não costumam fortalecer essa região, e que mesmo mulheres jovens, com ou sem filhos, podem apresentar IU de esforço durante a prática esportiva de alta intensidade. Complementando esses dados, Alves et al., (2021) relataram em seu estudo transversal que mulheres de meia idade, pardas, que tiveram partos vaginais com episiotomia, que apresentam constipação, hipertensas e que consomem diariamente cafeína são mais propensas a desenvolver IU.
Estudos semelhantes de Cielo et al., (2019) relataram que mulheres de 60 a 71 anos, ativas fisicamente, tem maiores riscos de desenvolver IU com o avançar da idade, ou seja, as mulheres mais longevas apresentaram maior recorrência de IU de esforço.
Um fato relevante observado nos estudos de Mendonça, Lima, Rezende (2022) foi que muitas mulheres não têm acesso a esse tipo de intervenção e/ou desconhecem. Pode ser devido ao constrangimento causado pela IU que deixam de buscar ajuda profissional.
Além dos fatores de riscos para desenvolvimento de IU, a gestação também pode desencadear episódios de perda de urina por esforço, principalmente nos últimos meses de gestação. Foi o que Caldeira et al., (2021) evidenciaram em seus estudos por meio de relatos de mulheres grávidas. Os autores mencionam que gestantes que não fazem acompanhamento com fisioterapia pélvica tem maior risco de desenvolver IU de esforço, principalmente no último trimestre de gestação, onde o bebê exerce maior pressão na região do assoalho pélvico. Nesse sentido, a fisioterapia pélvica pode atuar tanto no tratamento da IU, quanto na prevenção do seu desenvolvimento quando iniciada nos primeiros meses de gravidez.
- Conclusão
Diante do contexto, foi possível observar que os resultados foram satisfatórios independente da técnica utilizada. Além disso, as principais intervenções incluíram eletroestimulação, fortalecimento do assoalho pélvico, cones vaginais, biofeedback, estimulação magnética e reeducação perineal.
Assim, a fisioterapia se mostrou fundamental tanto no tratamento quanto na prevenção de IU de esforço desde mulheres jovens praticantes de exercícios físicos de alta intensidade, gestantes e mulheres mais velhas.
6 Referências
ALVES, R. A. et al. Perfil clínico de mulheres com incontinência urinária de esforço em centro de referência. Revista Pesquisa em Fisioterapia, v. 11, n. 2, p. 351-360, 2021.Disponível em: https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://www5.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/3714/4112&ved=2ahUKEwiot5nh8a__AhXkCdQKHeB4BQ4QFnoECBAQAQ&usg=AOvVaw0z5cmWRv2KrwdVqmpUscNG. Acesso em: 21. fev. 2023.
ARAÚJO, E. A. Efeito da Fisioterapia na Incontinência Urinária de Esforço Revisão bibliográfica. Orientador: Clarinda Festas. 2020. 11 f. Projeto e Estágio Profissionalizante II (Licenciatura em Fisioterapia) – Escola Superior de Saúde- UFP, João Pessoa, 2020. Disponível em:https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/9586/1/PG_34928.pdf&ved=2ahUKEwjyivOx8q__AhW6K7kGHYQhCboQFnoECAkQBg&usg=AOvVaw2Of9_kbGG2eL4IVyw2IUK7 Acesso em: 18. mar. 2023.
BARBOSA, L. M. A. et al. Eficácia do biofeedback no tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço: revisão sistemática. Revista Brasil de Saúde Materno Infantil, v. 11, n. 23, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbsmi/a/FpK8c3TtqbjqnfHn8cZKmkC/abstract/?lang=pt. Acesso em: 10. mar. 2023.
CALDEIRA, M. G. et al. PREVALÊNCIA DA INCONTINÊNCIA URINARIA EM GESTANTES. Revista Científica Multidisciplinar, v. 2, n. 9, p. e29764-e29764, 2021. Disponível em:https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/764&ved=2ahUKEwjuqcDf8q__AhXlD7kGHQdyD8wQFnoECBkQAQ&usg=AOvVaw0hxdz8m8lVyemGjmePHdvO . Acesso em: 24. mar. 2023.
CAVENAGHI, S. et al. Efeitos da fisioterapia na incontinência urinária feminina. Revista Pesquisa Fisioterapia, p. 658-665, 2020. Disponível em: https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://www5.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/3260&ved=2ahUKEwiIwsD98q__AhU2LrkGHRmoDMEQFnoECAgQAQ&usg=AOvVaw0eT6coYxkZpaU-tpwm8A4M. Acesso em:18. mar. 2023.
CIELO, A. et al. Incontinência urinária e funcionalidade do assoalho pélvico de idosas fisicamente ativas: uma comparação entre diferentes estratos etários. Revista Kairós-Gerontologia, v. 22, n. 4, p. 209-222, 2019. Disponível em:https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/download/48431/32037/140606&ved=2ahUKEwisoOLC86__AhUjA7kGHZIfCsQQFnoECAkQAQ&usg=AOvVaw3SCpSfXSxF-IyxA5aOlemF Acesso em: 23. fev.2023.
DE OLIVEIRA, K. A. C; RODRIGUES, A. B. C; DE PAULA, A.B. TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA INCONTINENCIA URINARIA DE ESFORÇO NA MULHER. Revista Eletrônica F@pciência, v.1, n.1, 31-40, 2007. Disponível em: https://www.fap.com.br/fap-ciencia/edicao_2007/004.pdf. Acesso em: 14. mar. de 2023.
DOS SANTOS, B. et al. Eficácia terapêutica da cinesioterapia pélvica em mulheres com incontinência urinária de esforço–Uma revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 11, n. 5, p. e51611528647-e51611528647, 2022. Disponível em:.https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://www.researchgate.net/publication/360017884_Eficacia_terapeutica_da_cinesioterapia_pelvica_em_mulheres_com_incontinencia_urinaria_de_esforco_- Uma_revisao_integrativa/fulltext/637fc1c348124c2bc666f58d/Eficacia-terapeutica-da-cinesioterapia-pelvica-em-mulheres-com-incontinencia-urinaria-de-esforco-Uma-revisaointegrativa.pdf&ved=2ahUKEwjX28W59K__AhUkCtQKHS1XCT4QFnoECA0QAQ&usg=AOvVaw1rvPALmzU_RH4hJq0Ev_f9. Acesso em:17. jan.2023.
FERREIRA, G. J; BATISTA, P. A. Treinamento funcional dos músculos do assoalho pélvico na prevenção de incontinência urinária em mulheres no climatério: Elaboração de manual de orientação. VITTALLE-Revista de Ciências da Saúde, v. 34, n. 1, p. 72-80, 2022. Disponível em: https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://periodicos.furg.br/vittalle/article/view/13409&ved=2ahUKEwiP8unr9K__AhUWLLkGHcJoAPUQFnoECAwQAQ&usg=AOvVaw1JcrIBNqoauu4ZmFCUxYRo Acesso em: 10. fev.2023.
LIMA, J. P. et al. O USO DE EXERCÍCIOS FISIOTERAPEUTICOS NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 1, p. 840-855, 2022. Disponível em: https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://periodicorease.pro.br/rease/article/download/3878/1508/6083&ved=2ahUKEwic8MuX9a__AhVECNQKHR0TAdgQFnoECBwQAQ&usg=AOvVaw14Y_sH0ug_wXmg99uUn8Cl Acesso em: 18. mar. 2023.
MENDONÇA, F. F; LIMA, F. G. F; REZENDE, F.R. OS IMPACTOS DA INCONTINENCIA URINÁRIA NAS MULHERES. Revista Interação Interdisciplinar, n. 1, 2022. Disponível em:https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://publicacoes.unifimes.edu.br/index.php/interacao/article/download/1448/1238/4395&ved=2ahUKEwjG5vTs9a__AhUUBtQKHaPQA7wQFnoECA0QAQ&usg=AOvVaw05O0TQlXWU5g2ns3lBL3Xn Acesso em: 12. mar. 2023.
OLIVETTO, M. M.S; DA SILVA, B. E. L; DE ALENCAR, Indiara. A intervenção da fisioterapia no tratamento da incontinência urinaria de esforço. Research, Society and Development, v. 10, n. 12, p. e319101220568-e319101220568, 2021. Disponível em:https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/20568/18258/248774&ved=2ahUKEwi9xI6K9q__AhUFH7kGHQz9AJUQFnoECA0QAQ&usg=AOvVaw0RzGc3-2boZ2AmiMSuF8Wm . Acesso em: 3. abr. 2023.
PEREIRA, P. B. et al. Incontinência urinária feminina: uma revisão bibliográfica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 11, n. 14, p. e1343-e1343, 2019. Disponível em: https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/download/1343/722/&ved=2ahUKEwit3qOu9q__AhWTO7kGHWQLD0wQFnoECA8QAQ&usg=AOvVaw0uLIU9zsvWKzGvhofW0oWq Acesso em: 21.fev.2023.
SALLES, F; DE OLIVEIRA, A. A importância da fisioterapia para o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico de mulheres no climatério com incontinência urinária de esforço. NBC-Periódico Científico do Núcleo de Biociências, v. 12, n. 23, 2022. Disponível em:https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://www.metodista.br/revistas/revistasizabela/index.php/bio/article/view/2213&ved=2ahUKEwii7ZLq9q__AhWJL7kGHdhWAlMQFnoECBsQAQ&usg=AOvVaw0cloqlC7-ah_V_DmKAU98L Acesso em: 18. mar. 2023.
SANTOS, J. O. et al. Freqüência de lesões perineais ocorridas nos partos vaginais em uma instituição hospitalar. Escola Anna Nery, v. 12, n. 4, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ean/a/WgxKtMRQV8YG4Xnq8ZGfBfn/?lang=pt. Acesso em: 14. mar. 2023.
SOUSA, A. T. X; BARROS, J. S. Abordagem fisioterapêutica na incontinência urinária de mulheres atletas e praticantes de exercícios físicos de alto impacto: uma revisão sistemática. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Fisioterapia) – Centro Universitário do Planalto Central Aparecido dos Santos, 2020. Disponível em:https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://dspace.uniceplac.edu.br/bitstream/123456789/1102/1/Ana%2520Tiara%2520Ximenes%2520Sousa_0005055_J%25C3%25A9ssika%2520Severiano%2520Barros_0009877.pdf&ved=2ahUKEwjZmtCg96__AhUzArkGHWEDDHEQFnoECAcQBg&usg=AOvVaw1oF_PKTDA86kCtqzrREcVa Acesso em: 06. abr. 2023.
ZAIDAN, P; PEREIRA, F. D; SILVA, E.B. Eficácia da eletroestimulação no tratamento da incontinência urinária de esforço: uma metanálise. Fisioterapia Brasil, v. 23, n. 1, p. 91-113, 2022. Disponível em:https://www.google.com/urlsa=t&source=web&rct=j&url=https://www.portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/4725&ved=2ahUKEwjc7rj396AhXcBrkGHZecBcoQFnoECAwQAQ&usg=AOvVaw1qXcZqmE09OTaw9cibIMG5 Acesso em:24. fev.2023.
¹ *Orientadora e Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Docente pela Universidade UNA Bom Despacho. E-mail: magafisio2004@yahoo.com.br.
² Graduandos do curso de Fisioterapia do Centro Universitário UNA Bom Despacho.
Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de graduação em fisioterapia, do Centro Universitário UNA- Campus Bom Despacho/MG.