INTEGRAÇÃO DE MÁQUINAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL PARA APRIMORAR AS OPERAÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202505090018


Saint Clair Lopes da Silva
Joelma Silvestre Renó de Sousa
Pedro Victor Figalo Cabral
Prof. Me. Marcos Felipe Almeida Mota


RESUMO 

O uso de máquinas de construção civil em operações de segurança pública representa uma estratégia crescente para lidar com desafios urbanos e territoriais, como a remoção de barricadas, desobstrução de vias para restabelecer serviços essenciais como acesso de ambulâncias, coleta de lixos, demais serviços e auxílio na pronta resposta das ações policiais em áreas de difícil acesso. No contexto brasileiro, especialmente em estados como o Rio de Janeiro, a integração de equipamentos como retroescavadeiras e caminhões basculantes tem sido fundamental para ampliar a eficiência das forças de segurança em cenários dominados por organizações criminosas. No entanto, essa prática também levanta questões sobre custos. O objetivo deste estudo foi analisar como a integração de máquinas de construção civil com suas tecnologias e inovação, contribuindo para a melhoria das operações na segurança pública, avaliando suas aplicações, limitações e implicações éticas. A pesquisa foi fundamentada em um levantamento bibliográfico e na análise de casos concretos, destacando tanto os avanços proporcionados por essa abordagem quanto os desafios enfrentados pelas forças de segurança. Os resultados apontam que, embora as máquinas de construção civil aumentem a capacidade operativa das forças policiais e reduzam o tempo necessário para intervenções, sua utilização exige protocolos claros, políticas que mitiguem impactos negativos em comunidades vulneráveis e treinamento especializado pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) que através do Centro de Instrução Especializada e Pesquisa Policial (CIESPP) desenvolveu o Curso de Apoio a Operações Policiais (CAOP). Assim, o estudo conclui que o uso dessas tecnologias pode ser eficaz desde que balanceado com estratégias que priorizem o respeito aos direitos humanos e a sustentabilidade das intervenções. 

Palavras Chave: Maquinário. Segurança Pública. Demolição. Eficiência Operacional. Impacto Social. 

ABSTRACT 

The use of civil construction machinery in public security operations represents a growing strategy to deal with urban and territorial challenges, such as the removal of barricades, clearing roads to reestablish essential services such as ambulance access, garbage collection, other services, and assistance in the prompt response of police actions in areas of difficult access. In the Brazilian context, especially in states such as Rio de Janeiro, the integration of equipment such as backhoes and dump trucks has been essential to increase the efficiency of security forces in scenarios dominated by criminal organizations. However, this practice also raises questions about costs. The objective of this study was to analyze how the integration of civil construction machinery with its technologies and innovation, contributing to the improvement of operations in public security, evaluating its applications, limitations and ethical implications. The research was based on a bibliographic survey and the analysis of concrete cases, highlighting both the advances provided by this approach and the challenges faced by the security forces. The results indicate that, although civil construction machines increase the operational capacity of police forces and reduce the time needed for interventions, their use requires clear protocols, policies that mitigate negative impacts on vulnerable communities and specialized training by the Military Police of the State of Rio de Janeiro (PMERJ) which, through the Center for Specialized Instruction and Police Research (CIESPP), developed the Police Operations Support Course (CAOP). Thus, the study concludes that the use of these technologies can be effective as long as it is balanced with strategies that prioritize respect for human rights and the sustainability of interventions. 

Keywords: Innovation. Operational Efficiency. Social Impact.

INTRODUÇÃO 

O uso de máquinas de construção civil em operações de segurança pública tem se expandido em diversos contextos urbanos e rurais, impulsionado pela crescente demanda por eficiência e rapidez em intervenções de alta complexidade. Equipamentos como retroescavadeiras, pás carregadeiras e caminhões basculantes vêm sendo adaptados para desobstrução de vias, remoção de barricadas, demolição de estruturas irregulares e até mesmo a criação de barreiras de proteção em cenários de conflito. 

A integração dessas máquinas às estratégias de segurança pública reflete uma tendência crescente de inovação tecnológica, com o objetivo não apenas de ampliar as capacidades operacionais das forças policiais, mas também de enfrentar desafios impostos por organizações criminosas e situações de desastres naturais. Nesse contexto, a importância dessa abordagem é evidenciada em levantamento realizado pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Polícia Militar, que destaca em números o trabalho diário e contínuo dos policiais militares na remoção de barricadas em todo o território estadual. 

No Brasil, a adoção de máquinas de construção civil por instituições como a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) tem sido especialmente notável em estados como o Rio de Janeiro, onde a presença de barricadas construídas por organizações criminosas impede o livre acesso de serviços essenciais e agentes do Estado a determinadas áreas. Equipamentos como retroescavadeiras são utilizados para reforçar ações de retomada territorial, desobstrução de vias e proteção da infraestrutura urbana. Apesar de sua eficiência, essa prática suscita debates sobre custos operacionais, impacto social e possíveis efeitos negativos na relação entre forças de segurança e comunidades vulneráveis. Esse cenário demanda uma análise aprofundada dos benefícios, desafios e implicações do uso de máquinas pesadas no contexto da segurança pública. (https://sepm.rj.gov.br/2023/07/policiais-militaresretiraram-mais-de-23-mil-barricadas-no-primeiro-semestre-deste-ano/) 

O objetivo deste estudo é investigar como a integração de máquinas de construção civil pode aprimorar as operações de segurança pública, analisando os casos de aplicação, as limitações e os impactos sociais envolvidos nessa prática. Busca-se compreender o papel dessas tecnologias no enfrentamento de problemas urbanos e avaliar em que medida sua utilização contribui para a eficiência das intervenções policiais, sem comprometer os direitos das populações atingidas. 

Justifica-se a relevância do estudo pela crescente adoção de máquinas de construção civil nas operações de segurança pública, especialmente em um contexto urbano marcado por desigualdades sociais e disputas territoriais entre organizações criminosas. Ao mesmo tempo que ampliam a capacidade de ação das forças policiais, essas tecnologias também suscitam debates éticos e políticos sobre a utilização desses equipamentos pelas forças de segurança e o impacto nas dinâmicas das comunidades. A pesquisa se faz necessária para aprofundar a compreensão sobre o uso desses recursos, orientando políticas públicas que equilibrem eficiência operacional e respeito aos direitos humanos. 

A metodologia adotada será o levantamento bibliográfico, utilizando-se de fontes acadêmicas, relatórios institucionais, artigos de opinião e reportagens que tratem do tema. Esse procedimento permitirá a identificação de diferentes perspectivas sobre o uso de máquinas de construção civil em operações de segurança pública, contribuindo para uma análise crítica e fundamentada sobre o tema. A pesquisa incluirá também casos concretos, como a atuação da Polícia Militar no Rio de Janeiro, para contextualizar e exemplificar as questões levantadas. 

1 A UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS PESADAS PELA POLÍCIA MILITAR 

A utilização de máquinas pesadas pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro tem se consolidado como uma prática estratégica em operações que demandam capacidades de mobilização diferenciadas, especialmente em áreas urbanas e regiões de difícil acesso. A adoção dessas tecnologias tem ampliado o alcance das ações policiais, possibilitando uma atuação mais abrangente e efetiva em cenários onde a infraestrutura é insuficiente ou inexistente (PMERJ, 2023). 

Em contextos urbanos, as máquinas pesadas têm sido empregadas na remoção de barricadas erguidas por organizações criminosas, uma prática recorrente em locais de disputas territoriais entre grupos armados. Além de viabilizar a entrada de forças de segurança, essas ações simbolizam a retomada do controle estatal sobre áreas dominadas pelo tráfico ou milícias, destacando-se como um recurso tático de grande valor estratégico (O GLOBO, 2024). 

As vantagens operacionais incluem não apenas a eficiência no cumprimento de tarefas específicas, mas também a redução do tempo necessário para realizar intervenções. Equipamentos como retroescavadeiras e caminhões basculantes possibilitam a desobstrução de vias e acessos de maneira rápida e segura, minimizando os riscos à integridade física dos agentes em situações potencialmente hostis (BOAS, 2022). 

Por outro lado, o uso de máquinas pesadas na repressão ao crime levanta preocupações quanto à militarização excessiva das operações urbanas. A utilização ostensiva desses equipamentos pode ser interpretada como uma escalada de força, o que contribui para debates sobre o impacto dessas medidas no cotidiano das comunidades e sobre os limites éticos e legais da atuação policial (GRAHAM, 2011). 

Os custos operacionais e de manutenção são outro ponto a ser analisado. O emprego de máquinas pesadas exige investimentos consideráveis em treinamento especializado, aquisição de equipamentos adequados e suporte logístico. Esses fatores tornam a implementação dessas tecnologias dependente de recursos públicos robustos, o que pode restringir sua aplicação a determinadas regiões ou contextos (SANTANA, 2018). 

Do ponto de vista social, a presença de máquinas pesadas em operações urbanas também pode gerar tensões nas comunidades afetadas. A remoção de barricadas, por exemplo, embora seja necessária para garantir o acesso e a mobilidade, frequentemente é percebida como uma intervenção agressiva, agravando a relação entre a população local e as forças de segurança (GLENNY, 2016). 

No entanto, a integração de máquinas pesadas nas operações de segurança pública também oferece oportunidades de inovação. A engenharia de combate, tradicionalmente empregada em contextos militares, tem sido adaptada para atender às necessidades urbanas, permitindo uma aplicação mais eficiente de recursos técnicos em ambientes complexos (MINISTÉRIO DA DEFESA, 2021). 

A utilização desses equipamentos não se limita à remoção de barreiras. Máquinas pesadas têm sido utilizadas em operações de desmonte de construções irregulares, especialmente em áreas de ocupação ilegal. Essa prática contribui para a reorganização do território urbano e para a redução da influência de grupos criminosos sobre áreas vulneráveis (HAESBAERT, 2014). 

Figura 1 – Remoção de Barricadas com tratores 

Fonte: Polícia Militar do Rio de Janeiro (2023)

Apesar dos avanços técnicos, o uso de máquinas pesadas em operações policiais requer regulação cuidadosa. É essencial que sejam definidos protocolos claros para evitar excessos e garantir que essas ferramentas sejam empregadas de forma proporcional e dentro dos limites da lei. Assim, pode-se assegurar que o uso desses recursos contribua efetivamente para o fortalecimento da segurança pública (SHAW, 2004). 

A análise crítica das operações que envolvem máquinas pesadas também aponta para a necessidade de um planejamento mais integrado, que considere os impactos sociais, econômicos e ambientais dessas ações. A coordenação com outros órgãos governamentais pode potencializar os resultados e mitigar os efeitos adversos sobre as comunidades (SOUZA E SILVA et al., 2008). 

Outro aspecto relevante é a percepção pública dessas operações. Enquanto para alguns setores da sociedade o uso de máquinas pesadas simboliza uma resposta firme ao crime organizado, para outros pode ser interpretado como uma forma de repressão que exacerba as desigualdades e conflitos locais (MENDONÇA, 2021). 

A introdução de tecnologias pesadas na atuação policial reflete uma transformação no modelo de segurança pública, incorporando elementos de militarização que, se não forem devidamente monitorados, podem gerar dinâmicas de violência e exclusão. Esse cenário ressalta a necessidade de um debate amplo e fundamentado sobre os limites e possibilidades dessa prática (GRAHAM, 2004). 

1.1 CONTROVÉRSIAS E DESAFIOS 

Apesar dos benefícios, o uso de máquinas pesadas pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro tem sido objeto de debates. Questões da complexidade operacional, devido ao planejamento estratégico das operações, a integração de outros segmentos sociais como o setor de saneamento, limpeza urbana, postura e assistência social em operações urbanas são tópicos que demandam atenção e regulação específica. 

As discussões sobre segmentos que discordam da utilização de máquinas pesadas em comunidades muitas vezes seguem narrativas influenciadas por integrantes de organizações criminosas ou por forças políticas locais que buscam preservar sua base eleitoral em áreas dominadas por organizações criminosas (ORCRIM). 

Os principais desafios incluem o treinamento dos agentes para a operação segura e eficiente dos equipamentos, o desenvolvimento de protocolos para ações e operações em situações críticas e a realização de estudos para a aquisição dos equipamentos mais adequados, garantindo eficiência operacional e viabilidade econômica a longo prazo. 

Além disso, torna-se essencial a criação de uma unidade piloto para mapear e aprimorar as condutas na utilização desses equipamentos, estabelecendo normas e padronizações operacionais. Também se destaca a necessidade de um curso voltado ao treinamento e aperfeiçoamento das práticas operacionais, com ênfase nas normas vigentes para descarte de resíduos, logística de transporte, segurança no trabalho e conduta de patrulhamento. 

Após a implementação desses protocolos, foi criada a unidade operacional Núcleo de Apoio a Operações Especiais (NAOE), sediada no Comando de Operações Especiais (COE). Essa unidade atua em operações previamente planejadas, sendo empregada diariamente em ações policiais, promovendo a retirada de toneladas de resíduos e a desobstrução de vias e logradouros, bloqueados por organizações criminosas. 

Figura 2 – Unidade de Engenharia, Demolição e Transporte (UEDT), do BOPE, em ação para remover barricadas instaladas por traficantes e desobstruir vias no Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro 

Fonte (MENDONÇA, 2021) 

A incorporação de máquinas de construção civil nas operações de segurança pública tem se consolidado como uma estratégia que alia tecnologia e capacidade operacional, mas não sem enfrentar desafios significativos. Equipamentos como retroescavadeiras, tratores e escavadeiras hidráulicas são adaptados para atender às demandas específicas de cenários urbanos e rurais onde a presença estatal é fundamental para o restabelecimento da ordem e da segurança. Contudo, a utilização desses recursos demanda um equilíbrio delicado entre eficiência operacional e os desafios logísticos, sociais e éticos envolvidos. 

Um dos principais desafios enfrentados está relacionado à necessidade de treinamento especializado. Operar máquinas de grande porte em ambientes urbanos complexos exige habilidades técnicas específicas e um conhecimento aprofundado sobre protocolos de segurança. Esses equipamentos, concebidos para obras de infraestrutura, são redesenhados para atuar em contextos de alta tensão, como remoção de barricadas ou desmonte de edificações ilegais. Isso implica a necessidade de capacitação contínua para evitar erros operacionais que possam comprometer a integridade física de operadores, equipes de apoio e civis (PMERJ, 2023). 

Figura 3 – Retroescavadeira de demolição do COE RJ 

Fonte (ARAÚJO 2024)

A figura 1 ilustra o emprego de uma retroescavadeira pelo COE (Comando de Operações Especiais) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro em uma ação para remover barricadas em uma área urbana. Esse tipo de equipamento, tradicionalmente utilizado na construção civil, é adaptado para operações policiais de alta complexidade, como a desobstrução de vias bloqueadas por organizações criminosas. A cena evidencia a modernização e o reforço logístico da corporação, com o uso de ferramentas específicas para restaurar a mobilidade urbana e reforçar a presença do Estado em áreas conflagradas. 

Desde 2007, com a criação da Unidade de Engenharia de Demolição e Transporte, o BOPE vem utilizando retroescavadeiras em suas operações. Recentemente, a Polícia Militar adquiriu novos equipamentos, denominados “kits demolição”, que incluem uma retroescavadeira, um veículo de transporte e um caminhão basculante, com investimento de R$ 11 milhões provenientes de verbas estaduais e federais. Essa iniciativa reflete o esforço da corporação para intensificar a remoção de barricadas e aprimorar suas estratégias de controle territorial. Entre janeiro e agosto deste ano, foram retiradas aproximadamente 10 toneladas de material dessas barreiras, representando 95% de todas as barricadas desmontadas no Estado do Rio de Janeiro. 

A imagem, portanto, ilustra a aplicação prática desses recursos, destacando a importância de equipamentos especializados para operações urbanas. Apesar de sua eficácia operacional, o uso de retroescavadeiras em áreas densamente povoadas também suscita questões sobre o impacto social e a dinâmica entre as forças de segurança e as comunidades locais. Outro ponto crítico é o custo associado à integração de máquinas de construção civil no aparato policial. Além dos altos investimentos iniciais para a aquisição desses equipamentos, é necessário considerar os custos de manutenção, combustíveis e eventuais adaptações estruturais para o uso em operações de segurança pública. Esses fatores tornam a prática economicamente onerosa, especialmente para estados com orçamentos limitados, como observado em análises sobre a militarização de operações urbanas (BOAS, 2022). 

A logística operacional também apresenta obstáculos significativos. As máquinas pesadas demandam transporte adequado para serem deslocadas até os locais de operação, o que, em áreas de difícil acesso ou infraestrutura precária, pode se tornar um entrave. A necessidade de escoltas e planejamento detalhado para assegurar a integridade do equipamento e das equipes envolvidas reforça a complexidade logística da integração desses recursos (O GLOBO, 2024). 

Do ponto de vista técnico, a adaptação de máquinas projetadas para o setor de construção civil a contextos policiais exige inovações que nem sempre estão disponíveis. Modificações estruturais, como a instalação de blindagens ou sistemas de comunicação específicos, são fundamentais para garantir a segurança dos operadores em áreas hostis. Contudo, esses aprimoramentos muitas vezes elevam os custos e dificultam a manutenção, colocando em xeque a viabilidade a longo prazo dessa estratégia (GRAHAM, 2011). 

Além disso, a utilização de máquinas pesadas em operações de segurança pública pode gerar tensões sociais, especialmente em comunidades vulneráveis. A presença ostensiva desses equipamentos pode ser percebida como um símbolo de repressão, agravando conflitos locais e aumentando a desconfiança em relação às forças de segurança. Isso ressalta a necessidade de estratégias comunicativas eficazes para sensibilizar as comunidades sobre os objetivos dessas ações, reduzindo o impacto psicológico negativo (GLENNY, 2016). 

Os desafios legais e éticos também são relevantes. O emprego de máquinas de construção civil em operações urbanas demanda regulamentações claras para evitar abusos de poder e assegurar que essas ferramentas sejam utilizadas de forma proporcional. A ausência de normativas específicas pode levar a interpretações arbitrárias sobre os limites de uso desses equipamentos, exacerbando tensões sociais e aumentando o risco de litígios (SHAW, 2004). 

Adicionalmente, há o risco de danos colaterais em áreas de grande densidade populacional. Operações que envolvem demolições ou remoção de barricadas podem comprometer infraestruturas locais, como redes de saneamento e distribuição elétrica, prejudicando a qualidade de vida dos moradores e ampliando a resistência das comunidades às ações policiais (HAESBAERT, 2014). 

A percepção pública da utilização de máquinas pesadas pela segurança pública também é um aspecto que exige atenção. Se, por um lado, esses equipamentos simbolizam a força e a capacidade do Estado em combater organizações criminosas, por outro, podem ser interpretados como um avanço militarizado sobre populações já marginalizadas, reforçando dinâmicas de exclusão social (MENDONÇA, 2021). 

Uma solução potencial para mitigar esses desafios é a integração interinstitucional. A colaboração entre órgãos de segurança, engenharia e planejamento urbano pode otimizar o uso desses recursos, garantindo que operações sejam realizadas de forma coordenada e com menor impacto negativo. Essa abordagem reforça a necessidade de uma gestão integrada, em que diferentes esferas do governo compartilhem responsabilidades e recursos (SOUZA E SILVA et al., 2008). 

Finalmente, é crucial considerar o impacto ambiental dessas operações. Máquinas de grande porte, devido ao seu consumo elevado de combustível e à sua capacidade de alterar paisagens físicas, podem gerar consequências ambientais significativas. Operações de desmonte ou remoção em áreas sensíveis devem ser precedidas por estudos de impacto ambiental e realizadas com o menor dano possível ao ecossistema local (GRAHAM, 2004). 

A capacitação das equipes policiais é igualmente fundamental. Operar máquinas pesadas em ambientes urbanos exige habilidades técnicas específicas, que vão além do treinamento convencional das forças de segurança. Investir em formação adequada é essencial para maximizar a eficiência e reduzir os riscos operacionais (BOAS, 2022). 

Por fim, o uso de máquinas pesadas pela Polícia Militar demonstra a complexidade da gestão da segurança pública em contextos urbanos contemporâneos. Essa prática, embora traga benefícios significativos, exige um equilíbrio entre eficiência operacional, respeito aos direitos humanos e consideração das dinâmicas sociais envolvidas (PMERJ, 2023). 

2 MÁQUINAS PESADAS EM AUXÍLIO ÀS CATÁSTROFES NATURAIS NA SERRA DO RIO DE JANEIRO 

As catástrofes naturais, como deslizamentos de terra e enchentes, têm causado danos significativos à população e à infraestrutura da Serra do Rio de Janeiro, sendo frequentemente agravadas por questões como ocupação irregular do solo e mudanças climáticas. Nesse contexto, o uso de máquinas pesadas tem se mostrado essencial para mitigar os impactos e acelerar os processos de resposta e recuperação em áreas atingidas por desastres. Sua utilização, no entanto, apresenta desafios logísticos, técnicos e sociais que demandam atenção e planejamento. 

Máquinas pesadas, como retroescavadeiras, tratores de esteira e caminhões basculantes, desempenham papel crucial nas respostas emergenciais a desastres naturais. Esses equipamentos permitem a remoção rápida de escombros, a desobstrução de vias e a estabilização de terrenos instáveis, viabilizando o acesso de equipes de resgate e facilitando a circulação de recursos essenciais para os desabrigados. Em situações de deslizamentos, como os registrados em Petrópolis, essas máquinas foram indispensáveis para a busca por vítimas soterradas e para o início do processo de reconstrução das áreas afetadas (MENDONÇA, 2021). 

O caráter emergencial dessas intervenções exige que as máquinas sejam operadas de forma ágil e coordenada. Nesse sentido, a atuação integrada entre governos locais, estaduais e federais, bem como a colaboração com organizações da sociedade civil, é um fator determinante para o sucesso das operações. Estudos apontam que a logística humanitária, associada ao uso de máquinas pesadas, pode otimizar os esforços de resgate e recuperação, especialmente quando associada a uma abordagem civil-militar eficaz (DA ROSA; BANDEIRA, 2016). 

Apesar das vantagens, a utilização de máquinas pesadas em áreas de desastres enfrenta desafios significativos. Um dos principais problemas é o difícil acesso a áreas remotas e isoladas, comuns na Serra do Rio de Janeiro. Muitos locais afetados por deslizamentos ou enchentes são inacessíveis por vias terrestres convencionais, o que exige soluções criativas e, por vezes, custosas para transportar os equipamentos até os locais de operação. Esse obstáculo, quando somado à instabilidade dos terrenos, aumenta o risco de acidentes e torna o planejamento das operações ainda mais complexo (ROSA; BANDEIRA; LEIRAS, 2014). 

Outro desafio importante é a necessidade de operadores treinados e experientes. Operar máquinas pesadas em terrenos instáveis e sob condições adversas requer não apenas habilidades técnicas, mas também a capacidade de tomar decisões rápidas e seguras em situações de alto estresse. A falta de treinamento adequado pode comprometer a eficácia das operações e colocar em risco a vida de operadores e equipes de resgate (REZENDE et al., 2019). 

O impacto social do uso de máquinas pesadas em desastres também merece destaque. Em muitas comunidades, especialmente em áreas de ocupação irregular, a presença dessas máquinas pode ser vista com ambivalência. Embora sejam ferramentas indispensáveis para a recuperação, sua utilização também pode evidenciar a negligência histórica do poder público em relação à infraestrutura e ao planejamento urbano, exacerbando a sensação de abandono das populações afetadas (MENDONÇA, 2021). 

Além disso, as operações de desmonte e remoção, muitas vezes necessárias em áreas devastadas, podem gerar tensões entre moradores, especialmente quando envolvem a demolição de habitações comprometidas. Isso requer um trabalho sensível de comunicação e engajamento comunitário para minimizar conflitos e garantir que as ações sejam vistas como medidas necessárias e não como imposições externas (DA ROSA; BANDEIRA, 2016). 

A ausência de políticas públicas de longo prazo para a prevenção de desastres é outro ponto crítico. Embora as máquinas pesadas sejam fundamentais na resposta emergencial, sua atuação só é necessária devido à falta de planejamento preventivo adequado. Investimentos em infraestrutura, como contenção de encostas e sistemas de drenagem eficientes, poderiam reduzir significativamente a necessidade de intervenções emergenciais, diminuindo tanto os custos operacionais quanto os impactos sociais e ambientais (MENDONÇA, 2021). 

A integração de máquinas pesadas nas operações de resposta a desastres também levanta questões ambientais. A movimentação e o uso intensivo desses equipamentos em áreas sensíveis podem agravar danos ecológicos, como a compactação do solo e a destruição da vegetação. Assim, é imprescindível que as intervenções sejam planejadas considerando não apenas a urgência das ações, mas também os impactos de longo prazo no ecossistema local (REZENDE et al., 2019). 

Os eventos catastróficos na Serra do Rio de Janeiro também expõem a desigualdade no acesso à infraestrutura e à segurança. Muitas comunidades afetadas por desastres naturais vivem em condições precárias, resultado de políticas de exclusão e contenção territorial que perpetuam a vulnerabilidade desses grupos. O emprego de máquinas pesadas nesses contextos, embora necessário, não resolve as causas estruturais dos problemas, reforçando a importância de medidas integradas que articulem prevenção, resposta e reconstrução de forma sustentável (MENDONÇA, 2021). 

Em síntese, as máquinas pesadas são ferramentas indispensáveis para mitigar os impactos das catástrofes naturais e acelerar a recuperação de áreas afetadas. No entanto, sua utilização em contextos como o da Serra do Rio de Janeiro deve ser acompanhada por um planejamento estratégico que enfrente os desafios logísticos, técnicos e sociais envolvidos. Apenas por meio de uma abordagem integrada, que una eficiência operacional a uma perspectiva de justiça social e sustentabilidade ambiental, será possível construir uma resposta mais eficaz e humana aos desastres naturais. 

3 A UTILIZAÇÃO DE TRATORES DE ESTEIRA PELO EXÉRCITO DE ISRAEL 

O uso de equipamentos de construção civil adaptados ao combate tem se destacado como uma estratégia marcante em diversos cenários de guerra, especialmente no Oriente Médio. Israel, em particular, tornou-se referência nessa prática, utilizando tratores e máquinas pesadas modificadas para cumprir funções militares e de engenharia em contextos de ocupação e conflitos urbanos. Essa estratégia combina força bruta e tecnologia para moldar espaços urbanos de acordo com interesses militares, transformando equipamentos originalmente projetados para construção em armas de guerra (GRAHAM, 2004). 

Israel é amplamente reconhecido pelo uso de bulldozers blindados, como o D9 Caterpillar, adaptados para operações militares. Esses equipamentos são empregados em diversas atividades, como a demolição de edifícios, a remoção de barricadas e a abertura de caminhos em áreas densamente urbanizadas e hostis. As forças israelenses utilizam esses equipamentos em operações na Cisjordânia e Faixa de Gaza, muitas vezes justificando seu uso como medidas de segurança para eliminar abrigos de combatentes ou rotas de infiltração. No entanto, essas ações frequentemente resultam na destruição de residências e infraestrutura civil, reforçando a lógica do “urbicídio” descrita por Graham (2004). 

Figura 3 Buldozers Blindados em Israel 

Fonte: O Globo (2023)

O conceito de “urbicídio” refere-se à destruição sistemática de espaços urbanos como estratégia de guerra, visando não apenas derrotar o inimigo militar, mas também desarticular as bases sociais e culturais de populações inteiras. No contexto israelense, o uso de tratores blindados exemplifica essa prática, transformando a cidade em um campo de batalha e um instrumento de dominação territorial (SHAW, 2004). Essa abordagem ilustra como a militarização de equipamentos civis se insere em uma lógica de guerra total, onde até mesmo ferramentas de construção são convertidas em instrumentos de poder. 

As adaptações realizadas em tratores e equipamentos de construção civil incluem blindagem reforçada para proteger os operadores contra ataques, integração de sistemas de comunicação militar e, em alguns casos, armamento leve. Essas modificações permitem que os equipamentos operem em zonas de conflito sob fogo inimigo, ampliando sua utilidade em missões ofensivas e defensivas. No entanto, como apontado por Mendonça (2021), essa militarização de ferramentas civis reforça a ideia de contenção e supressão territorial, especialmente quando aplicada em contextos urbanos densamente povoados. 

Além das operações de desmonte, esses equipamentos são frequentemente utilizados para criar barreiras físicas, como muros e trincheiras, que alteram a configuração espacial e limitam a mobilidade de populações locais. Em conflitos como o israelense-palestino, essa prática tem sido alvo de críticas internacionais, pois contribui para o isolamento social e econômico de comunidades inteiras, transformando territórios urbanos em “zonas cercadas” (HAESBAERT, 2014). 

A utilização de máquinas pesadas adaptadas ao combate não se limita ao caso israelense. Em conflitos como a Guerra do Iraque e a intervenção no Afeganistão, forças militares dos Estados Unidos também empregaram equipamentos de construção civil para fins táticos e estratégicos. Bulldozers foram usados para limpar terrenos minados, construir fortificações e destruir infraestruturas utilizadas por insurgentes. Em muitos casos, essas ações seguiam a mesma lógica de “urbicídio” descrita por Graham (2004), visando desarticular a infraestrutura de suporte aos inimigos, mas também causando danos colaterais significativos a civis e ao patrimônio cultural (DE QUEIROZ FONSECA; HENRIQUES, 2016). 

Na Guerra da Síria, tratores e escavadeiras também desempenharam papéis importantes, tanto por forças governamentais quanto por grupos insurgentes. Em áreas urbanas devastadas, esses equipamentos foram usados para construir barreiras improvisadas e reforçar posições estratégicas, demonstrando como a militarização de equipamentos civis se tornou uma prática amplamente disseminada em conflitos contemporâneos. 

O uso de equipamentos de construção civil adaptados para fins militares levanta questões éticas e humanitárias profundas. Enquanto as forças armadas frequentemente justificam essas práticas como necessárias para a segurança nacional, as consequências para populações civis são devastadoras. A destruição de moradias, infraestrutura e patrimônio cultural perpetua ciclos de violência e deslocamento, exacerbando as condições de vulnerabilidade de comunidades já fragilizadas (GLENNY, 2016). 

Além disso, como observado em estudos sobre contenção territorial, essas práticas não apenas destroem o espaço físico, mas também fragmentam o tecido social e cultural de populações atingidas. Em muitos casos, as áreas destruídas não são reconstruídas, criando zonas de exclusão que perpetuam a desigualdade e o conflito (SOUZA E SILVA et al., 2008). 

O uso de tratores e equipamentos de construção civil adaptados ao combate ilustra como ferramentas originalmente concebidas para fins de desenvolvimento podem ser transformadas em instrumentos de guerra. Essa prática, amplamente empregada em conflitos urbanos contemporâneos, reflete a militarização crescente das cidades e dos espaços civis. Embora seja eficaz em termos táticos, suas consequências para o território, a sociedade e a cultura local são profundas e duradouras, exigindo uma análise crítica sobre os limites éticos e estratégicos dessa abordagem. A reflexão sobre o conceito de “urbicídio”, como apresentado por Graham (2004) e Shaw (2004), destaca a necessidade de repensar as formas de lidar com conflitos urbanos para minimizar os impactos humanitários e preservar os direitos das populações afetadas. 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS  

A integração de máquinas de construção civil em operações de segurança pública evidencia o papel fundamental da engenharia na modernização e eficiência das intervenções estatais em contextos urbanos e rurais. Equipamentos como retroescavadeiras e caminhões basculantes, originalmente projetados para obras civis, foram adaptados para atender às demandas específicas de segurança, como a remoção de barricadas, o desmonte de construções irregulares e o apoio a operações policiais em áreas de risco. Essas adaptações incluem blindagens para proteção balística, sistemas de comunicação avançados e reforços estruturais, demonstrando o potencial da engenharia em transformar ferramentas tradicionais em recursos estratégicos no combate à criminalidade e na gestão de desastres. 

As melhorias implementadas nesses equipamentos permitem sua operação em condições adversas, como terrenos instáveis, áreas de risco e locais com alta exposição a ataques. Por exemplo, a instalação de blindagens protege os operadores contra projéteis, enquanto sistemas hidráulicos otimizados aumentam a eficiência em ações de desmonte e remoção de barreiras. Além disso, a integração de tecnologias militares e civis proporciona maior segurança e precisão nas operações, possibilitando intervenções mais ágeis e eficazes. Entretanto, esses avanços demandam suporte técnico especializado e estrutura logística adequada para garantir a funcionalidade contínua dos equipamentos em campo. 

A manutenção de máquinas adaptadas exige profissionais qualificados e infraestrutura específica, assegurando que esses recursos sejam operados de forma eficiente e segura. Além disso, a logística de transporte dessas máquinas para áreas de operação, muitas vezes remotas ou densamente povoadas, apresenta desafios que requerem planejamento detalhado e a integração entre setores públicos e privados. Esse aspecto reforça a importância de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo engenharia, logística e gestão estratégica, a fim de maximizar os benefícios dessa tecnologia no contexto da segurança pública. 

Conclui-se que a aplicação de máquinas de construção civil adaptadas exemplifica como a engenharia pode contribuir para a segurança pública, ampliando a capacidade operativa das forças policiais e otimizando o uso de recursos tecnológicos. No entanto, é essencial que sua implementação seja realizada de maneira sustentável, considerando não apenas a eficácia operacional, mas também os impactos sociais e éticos dessas intervenções. Diretrizes específicas devem ser estabelecidas para regulamentar o uso desses equipamentos, garantindo que sua aplicação seja criteriosa e equilibrada. Investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, capacitação de operadores e planejamento integrado são fundamentais para assegurar que o uso dessas tecnologias atenda às necessidades imediatas sem comprometer o equilíbrio entre eficiência técnica, responsabilidade social e segurança pública. 

REFERÊNCIAS 

ARAÚJO, Vera. Trator contra o crime: PM ganha nova ‘tropa de elite’ para destruir barricadas em ruas do Rio. O Globo, Rio de Janeiro, 6 dez. 2024. Disponível em: https://oglobo.globo.com/. Acesso em: 6 dez. 2024. 

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