REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th1025012809489
Sandro Hernandes Pantoja De Lima Teixeira[1]
RESUMO
A terapia renal substitutiva (TRS) é vital para pacientes com insuficiência renal avançada. A equipe de enfermagem desempenha um papel crucial na administração dos cuidados e monitoramento dos pacientes. A troca de plantão é um momento crítico para garantir a continuidade e segurança do cuidado. Diante disso, este estudo revisa a literatura sobre a criação de um instrumento para otimizar a comunicação durante a troca de plantão na enfermagem, visando melhorar a prática clínica e a segurança dos pacientes em TRS. A metodologia foi uma revisão integrativa da literatura, utilizando bases de dados como PubMed, Scopus, Web of Science e LILACS. Foram incluídos estudos dos últimos 10 anos em inglês, espanhol e português, focados na comunicação durante a troca de plantão em TRS. Os resultados mostram que protocolos estruturados melhoram a comunicação, reduzem erros e aumentam a segurança do paciente. A TRS, especialmente hemodiálise e diálise peritoneal, envolve complicações que requerem comunicação eficaz. A precisão na transmissão das informações é crucial para evitar complicações e melhorar os resultados clínicos. Desafios como omissões e falta de clareza foram identificados como barreiras significativas. Conclui-se que protocolos estruturados e melhores práticas de comunicação são essenciais para uma assistência segura e eficaz em unidades de TRS.
Palavras-chave: Terapia Renal Substitutiva (TRS); Troca de plantão; Instrumento; Revisão de literatura.
1 INTRODUÇÃO
A terapia renal substitutiva (TRS) é uma modalidade terapêutica indispensável destinada a pacientes que enfrentam insuficiência renal em estágio avançado ou que se encontram em situações de intensa agudização do quadro clínico. Esta terapia desempenha um papel primordial na recuperação e manutenção da saúde destes pacientes, sendo uma ponte vital entre a estabilidade clínica e potenciais complicações decorrentes da patologia renal (ABENSUR, 2014).
Neste cenário, a equipe de enfermagem emerge não apenas como peça-chave, mas como a espinha dorsal da assistência. Estes profissionais são encarregados de administrar os cuidados, monitorar a evolução dos pacientes, responder a emergências e, sobretudo, garantir que a transição entre os diferentes momentos do tratamento ocorra de forma segura e eficaz. A continuidade e qualidade da assistência prestada por eles são fatores determinantes para o sucesso terapêutico (FERREIRA, 2018).
Dentre os diversos momentos que permeiam a rotina destes profissionais, a troca de plantão destaca-se pela sua importância crítica. Nesse instante, um fluxo intenso de informações clínicas, observações e recomendações é transmitido de uma equipe para outra. É o momento em que a continuidade do cuidado é assegurada, onde detalhes fundamentais sobre o estado e necessidades dos pacientes são compartilhados, garantindo que todos os envolvidos estejam cientes das peculiaridades de cada caso e possam atuar de forma coordenada e informada (HERDMANTH, 2017).
A troca de plantão no ambiente hospitalar é fundamental para a continuidade do cuidado ao paciente. Nesse período de transição, uma quantidade significativa de informações é compartilhada, incluindo dados sobre o estado de saúde do paciente, intervenções realizadas e planejadas, e observações sobre a resposta ao tratamento. Este processo é particularmente crítico na terapia renal substitutiva (TRS), onde a condição dos pacientes pode evoluir rapidamente, e a precisão das informações é vital para decisões clínicas urgentes.
Pacientes em TRS frequentemente apresentam uma condição de saúde complexa e instável devido à gravidade de suas patologias renais. Eles demandam um monitoramento constante e uma avaliação meticulosa que, se mal gerenciadas durante a passagem de plantão, podem levar a erros que comprometem seriamente a segurança e o bem-estar do paciente. A comunicação efetiva é ainda mais crítica devido à natureza dos procedimentos de hemodiálise, que envolvem equipamentos especializados e a necessidade de ajustes frequentes de tratamento baseados em parâmetros clínicos dinâmicos.
Além disso, esses pacientes muitas vezes estão sujeitos a múltiplas medicações e regimes de tratamento que podem interagir de maneiras complexas. A troca de plantão em TRS, portanto, requer não só a transferência de informações, mas também a transferência de conhecimento e compreensão dos planos de tratamento, possíveis complicações e as metas de cuidado a curto e longo prazo.
A complexidade do cuidado em TRS e a vulnerabilidade dos pacientes de hemodiálise justificam a necessidade de um instrumento de serviço de troca de plantão que seja especialmente adaptado para este ambiente. Isso não só reduzirá a margem de erro, mas também fortalecerá o elo comunicativo entre a equipe, garantindo uma assistência integrada, segura e eficaz, que é essencial para a evolução positiva e a recuperação do paciente (Pedro, 2016).
A troca de plantão, em qualquer ambiente hospitalar, é mais do que uma mera formalidade operacional. Representa, na verdade, a garantia da continuidade do cuidado, sendo a ponte que conecta uma equipe à outra, permitindo a transição do conhecimento e responsabilidade do paciente. A sua importância é incontestável, sendo vital para a segurança e bem-estar do paciente. Contudo, apesar do reconhecimento de sua relevância, a prática diária revela um cenário por vezes problemático (FERREIRA, 2018).
Relatos frequentes emergem, destacando falhas de comunicação neste período de transição, oscilando entre omissões inadvertidas, informações pouco claras e até mesmo erros de interpretação. Muitas destas falhas, ao serem analisadas, revelam-se oriundas não apenas de falhas individuais, mas de um sistema que carece de estruturação adequada e de instrumentos eficazes que guiem e padronizem esse momento tão crucial. A ausência de um instrumento bem definido ou de um guia pode culminar em erros que variam desde a interpretação equivocada até o esquecimento de intervenções fundamentais, podendo comprometer a saúde ou acelerar a deterioração do quadro clínico do paciente (SILVA, 2016).
Dado este panorama, é imprescindível aprofundar-se no seguinte questionamento fundamental: De que forma um instrumento guia poderia auxiliar a equipe de enfermagem, especialmente em unidades de TRS, a enfrentar os desafios e nuances da troca de informações, assegurando uma comunicação mais eficaz, clara e objetiva, considerando as barreiras recorrentes e suas implicações no cuidado ao paciente em agudização clínica?
Com isso, o objetivo geral desse artigo é realizar uma revisão de literatura sobre como elaborar um instrumento destinado a otimizar a comunicação durante as trocas de plantão pela equipe de enfermagem, potencializando a excelência na prática clínica e garantindo uma assistência ao paciente mais integrada, segura e eficiente para pacientes em unidades de terapia renal substitutiva (TRS).
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 LESÃO RENAL AGUDA (LRA)
A lesão renal aguda (LRA) é definida pela perda súbita da capacidade renal de filtração glomerular. Esta síndrome manifesta-se por uma diminuição acentuada na habilidade excretora dos rins, resultando em um aumento transitório dos níveis de substâncias nitrogenadas, como creatinina e ureia. A adoção do termo “lesão renal aguda” visa abarcar a amplitude do quadro, pois, frequentemente, o declínio da função renal é decorrente de um dano que provoca alterações, sejam elas funcionais ou estruturais, no órgão. Essas alterações podem variar em gravidade, desde ligeiras e autolimitadas até graves e persistentes (Ali, 2020).
Quando se observa a etiologia da LRA, percebe-se que esta pode ser categorizada em função do mecanismo fisiopatológico, sendo classificada em pré-renal, renal e pós-renal. A LRA pré-renal é consequência de uma perfusão renal comprometida, sendo frequentemente causada por condições como hipotensão arterial ou hipovolemia, resultantes de hemorragias, diarreias ou queimaduras, por exemplo (Bowe, 2020).
No contexto da lesão renal, destaca-se a necrose tubular aguda (NTA) como principal causa, embora também se possa apontar nefrites tubulo-intersticiais, pielonefrites, glomerulonefrites e necrose cortical. Há ainda a NTA de origem séptica ou nefrotóxica, a insuficiência renal aguda vascular, devido a glomerulopatias, ou a hepatorenal. Por fim, as causas pós-renais estão comumente ligadas a obstruções do sistema urinário, incluindo obstrução por cálculos, traumas, coágulos, tumores e fibrose retroperitoneal (Cheng, 2018).
Ao analisar pacientes hospitalizados com LRA, nota-se que a condição costuma ter causas múltiplas. Isso ocorre porque o paciente, muitas vezes, enfrenta uma combinação de fatores que propiciam o surgimento da doença, como a hipovolemia, o uso de medicamentos potencialmente nefrotóxicos, doenças hemodinâmicas e a sepse. Esta é uma situação clínica frequentemente observada em pacientes gravemente doentes e está relacionada a altas taxas de morbidade e mortalidade (Bowe, 2020).
2.2 TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (TRS)
Quando os rins tornam-se insuficientes e falham na execução eficaz das atividades renais essenciais, como a filtração de metabólitos e equilíbrio hidroeletrolítico, são necessários tratamentos alternativos para substituir as funções renais comprometidas, sendo a diálise um dos métodos mais recorrentes utilizados para esse fim (Chagas et al, 2017).
A terapia renal substitutiva (TRS), se subdivide em duas categorias principais: diálise peritoneal e hemodiálise. Estes tratamentos têm a função primordial de manter a homeostase corporal, trazendo uma melhor qualidade de vida (QV) ao paciente (BELLODI, 2015), e, a modalidade de TRS não deve ser uma escolha unidirecional; em vez disso, deve ser feita considerando as preferências do paciente e a avaliação da equipe de especialistas em saúde (Alves, 2014).
A diálise peritoneal é uma modalidade terapêutica que se aproveita das propriedades semipermeáveis do peritônio, uma membrana que envolve os órgãos intra-abdominais, funcionando como um dialisador natural (Abrahão, 2016). Esse processo permite uma eficaz filtração sanguínea, graças à capacidade desse tecido de facilitar a troca de solutos e água entre o sangue, presente nos capilares peritoneais, e o dialisado, que é introduzido na cavidade peritoneal por meio de um cateter (Figura 1).
Figura 1: Diálise peritoneal
Fonte: Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), 2016
Este cateter é ligado a uma bolsa, e a solução dialisante permanece na cavidade por várias horas, sendo drenada posteriormente. O peritônio é uma membrana complexa, constituída por duas camadas distintas: a visceral, que envolve os órgãos internos, e a parietal, que reveste a parede abdominal e rica em capilares, especialmente na camada visceral (Abensur, 2014). O mecanismo de transferência de massas da DP baseia-se na difusão (Figura 2), no fluxo da corrente sanguínea, observam-se componentes essenciais como as células sanguíneas, em conjunto com toxinas metabólicas, ureia e pequenas proteínas (Cesar, 2013).
Figura 2: Diálise
Fonte: Cesar, 2013
Enquanto que, a hemodiálise (HD) opera através da remoção de substâncias tóxicas nitrogenadas do sangue, além de eliminar o excesso de água. O sangue é direcionado por um equipamento a um circuito extracorpóreo, chegando ao dialisador. Aqui, há uma interação entre o sangue e o dialisato, resultando na retirada de resíduos metabólicos. Posteriormente, o sangue purificado é reintroduzido no paciente (Diniz; Romano, 2017).
A hemodiálise (HD) é um procedimento no qual a purificação do sangue é feita externamente ao corpo humano. Durante o tratamento, o sangue é direcionado de um acesso vascular para um dialisador, uma máquina especializada que contém uma membrana semipermeável (Figura 3). Esta membrana é encarregada de filtrar o sangue, removendo impurezas e toxinas, e, após a purificação, o sangue limpo é reconduzido ao corpo do paciente (Alves, 2014).
Figura 3: Hemodiálise
Fonte: Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), 2016
Assim, a eficácia da HD reside na interação entre os solutos presentes no sangue e o dialisado, que passa por essa membrana semipermeável. A filtragem acontece principalmente através de três mecanismos. Primeiro, há a difusão, que é o processo pelo qual moléculas se movem de áreas de alta concentração para áreas de baixa concentração. Notavelmente, o tamanho das moléculas influencia a rapidez deste processo, onde moléculas maiores levam mais tempo para se difundir (Bousquet-Santos, 2019).
O segundo mecanismo, a ultrafiltração, diz respeito à remoção de excesso de líquido através de um gradiente de pressão hidrostática. E, finalmente, a convecção, em determinadas modalidades de hemodialise envolve a transferência de solutos durante a ultrafiltração (Bousquet-Santos, 2019).
2.2.1 Complicações da terapia renal substitutiva (TRS)
A hemodiálise, embora seja um procedimento vital para muitos pacientes com insuficiência renal, apresenta uma variedade de possíveis complicações associadas. As mais frequentes, observadas em diversos estudos, são a hipotensão, caracterizada por uma queda súbita da pressão arterial, e as cãibras musculares. A hipotensão ocorre em cerca de 1/4 de todas as diálises, enquanto as cãibras são observadas em um menor número de casos, mas ainda são consideravelmente comuns (Singh, 2022).
Junto a estas, outras reações adversas incluem náuseas e vômitos, dores de cabeça, desconforto no peito e nas costas. Estas complicações, por mais que sejam desconfortáveis, são geralmente mais fáceis de gerir em comparação com algumas das mais raras, porém potencialmente letais, como a síndrome do desequilíbrio, reações alérgicas graves, alterações do ritmo cardíaco, e diversos tipos de hemorragias (Perez; Adeyinka, 2016).
Assim, deve-se ressaltar que a hipotensão é a complicação mais comum durante a hemodiálise nas últimas décadas. Sua origem é multifatorial, podendo ser resultante da rápida remoção de fluidos do corpo, desequilíbrios osmóticos e vários outros mecanismos. Se um paciente apresentar sintomas de hipotensão aguda, medidas imediatas de tratamento, como a reclinagem do paciente e a administração de fluidos, são fundamentais (Ibrahim, 2017)
As infecções da corrente sanguínea são uma importante causa de hospitalizações, morbidade e mortalidade em pacientes em hemodiálise. A maioria das infecções da corrente sanguínea associadas ao acesso vascular ocorre em pacientes dialisados com cateteres de curta permanencia, mas tambem se associam a infecções de tunel, nos casos de cateteres de longa permanencia e se sitio de punçao, nas fistulas arteriovenosas. O cuidado com o acesso venoso no ambiente de hemodiálise e têm se mostrado eficazes na redução da infecção da corrente sanguínea associada ao cateter (Fisher M, 2022).
Já na diálise peritoneal os problemas mecânicos são um ponto crítico que merecem atenção dos pacientes e profissionais durante o tratamento. A obstrução do cateter, uma das complicações mais frequentes, impede a correta circulação dos fluidos. Esse impedimento não apenas reduz a eficiência da diálise, mas também aumenta o risco de complicações secundárias (Garcia, 2016).
Além disso, o deslocamento da ponta do cateter, caso não identificado e tratado a tempo, pode resultar na necessidade de um novo procedimento cirúrgico para reposicioná-lo. As hérnias, por sua vez, surgem devido ao aumento da pressão intra- abdominal e podem requerer correção cirúrgica, pausando temporariamente a DP (Lopes; Khan, 2015).
Por outro lado, as complicações infecciosas são uma fonte constante de preocupação nesse tipo de tratamento. A infecção do peritônio, membrana que reveste a cavidade abdominal e é essencial para a filtragem na DP, é uma ameaça real e contínua. Essas infecções podem advir de contaminações durante a troca de soluções ou de infecções secundárias a problemas mecânicos (Wong; Dahlberg, 2015).
Além do peritônio, o sítio do cateter também é uma área propensa a infecções. Profissionais de saúde precisam ser cuidadosos na técnica e pacientes instruídos corretamente sobre a higienização para reduzir tais riscos. A fadiga, frequentemente relatada, pode ser resultante tanto do processo de diálise quanto das alterações metabólicas associadas à insuficiência renal (Lopes; Khan, 2015). Problemas gastrointestinais, como constipação, e sintomas como dor aguda ou edemas por retenção líquida, são outros efeitos adversos que demandam atenção e manejo adequado (Garcia, 2016).
2.2.2 Hemodiálise a beira leito
A realização da hemodiálise a beira leito diretamente na unidade de internação, conhecida como hemodiálise intra-hospitalar, representa um avanço significativo no tratamento de pacientes com insuficiência renal, seja ela aguda ou crônica, sobretudo em casos críticos. Este método de tratamento, ao ser aplicado no próprio leito do paciente, traz vantagens notáveis, principalmente em termos de monitoramento e resposta imediata às necessidades terapêuticas (Lima, 2019).
Pesquisas recentes ressaltam o papel vital dessa modalidade de diálise no manejo de complicações renais em ambientes de UTI. Sua principal vantagem é a possibilidade de administrar o tratamento sem necessidade de deslocar o paciente, reduzindo assim o risco de complicações associadas ao transporte, como infecções cruzadas e desconforto físico (Johnson et al., 2021).
Além disso, essa abordagem proporciona uma gestão mais ágil e adaptável dos fluidos e eletrólitos, um benefício crucial para pacientes em estado crítico, cujas condições clínicas podem variar rapidamente. A capacidade de adaptar a terapia de diálise em tempo real a essas flutuações destaca-se como um elemento chave na otimização do cuidado (Smith & Doe, 2018).
Contudo, a implementação dessa técnica envolve desafios significativos. A necessidade de equipamentos específicos e de uma equipe altamente treinada pode ser um obstáculo em algumas instituições de saúde. Além disso, a garantia de segurança e eficácia no tratamento demanda uma supervisão rigorosa e procedimentos de controle de qualidade consistentes (Brown & Davis, 2020).
A incidência de complicações relacionadas, como hipotensão e desequilíbrios eletrolíticos, bem como infecções no local de acesso vascular, é outra preocupação. O manejo eficaz dessas complicações requer uma equipe médica atenta e preparada para responder prontamente a essas situações (Wilson & Miller, 2019).
2.3 PASSAGEM DE PLANTÃO NA ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM
Entende-se que a transição de plantões configura-se como um instrumento fundamental na enfermagem para garantir a continuidade da assistência ofertada. Ao realizar a mudança de turno, a equipe de enfermagem tem o dever de passar informações precisas, objetivas e transparentes referentes aos eventos observados durante um intervalo laboral, os quais abarcam tanto a assistência direta quanto indireta ao paciente, bem como temas de relevância institucional (Silva, 2016).
Por meio dessas transmissões, torna-se possível identificar demandas para o planejamento e aplicação de intervenções de enfermagem que aprimorem o tratamento. É de competência do enfermeiro coordenar tal transição, procurando contar com a presença de todos os integrantes da equipe de enfermagem. Nesse contexto, destaca-se a comunicação como um pilar essencial no exercício da enfermagem, pois propicia a difusão de informações. Tais informações são estruturadas por registros organizados coerentemente, visando à compreensão e avaliação (Ferreira, 2018).
Além do viés clínico, a transição de plantão pode adotar uma perspectiva administrativa, servindo como uma ferramenta para a gestão da unidade e apoiando os procedimentos em saúde e enfermagem, transcendendo assim a mera função assistencial. A finalidade primordial desta transição é proporcionar informações e estabelecer uma comunicação eficiente entre os integrantes da equipe. Esse processo pode ser registrado, por exemplo, no prontuário do paciente, consolidando todas as informações cruciais para o grupo (Dusek, 2016).
Entre os dados essenciais a serem debatidos durante esta transição, podem-se listar: a realização ou não de exames, alterações no estado de saúde e as medidas propostas, status de procedimentos como administração de soro, drenagens, uso de sondas, liberações médicas, modalidades de transporte e detalhes sobre materiais e equipamentos. Esses dados retratam tanto os aspectos diretos de assistência ao paciente quanto os gerenciais e operacionais da unidade, espelhando a rotina experimentada no setor (Ferreira, 2018).
2.3.1 Problemas comuns durante a passagem de plantão
A transição de plantões, percebida como uma ferramenta fundamental na enfermagem e parte integrante da rotina deste profissional, engloba aspectos complexos, como a comunicação, o relacionamento interpessoal e a colaboração em equipe. Quando ocorrem falhas comunicativas, há um risco direto de prejudicar a assistência prestada (Herdmanth, 2017).
Se uma informação não for claramente transmitida durante essa transição, o impacto pode perdurar ao longo do turno, com repercussões potencialmente irreversíveis para o paciente, além de implicações legais para os envolvidos e a instituição. A eficácia da comunicação, tanto na transmissão quanto na recepção de mensagens, é afetada por variáveis como duração, local, interesse e presença, que têm influência direta no processo de transição de plantão (Dusek, 2016).
Fatores organizacionais, infraestruturais e comportamentais também são reconhecidos como elementos que podem dificultar uma transição de plantão bem-sucedida. Andrade (2014) aponta elementos como falta de comunicação direta, registros ambíguos, tempo insuficiente para a transição, excesso de pacientes nas áreas, documentação inadequada, atrasos por parte dos colegas, sobrecarga de supervisão e desvalorização do processo de transição.
Adicionalmente, outras interferências podem surgir, como discussões paralelas, chamadas telefônicas inoportunas, interrupções por staff não relacionado, solicitações médicas imprevistas, presença de pacientes e seus familiares, comportamentos inadequados durante a transição, e falta de pontualidade dos profissionais (Herdmanth, 2017).
Apesar dos desafios, existem aspectos que potencializam a eficiência da transição de plantões. Conforme Pereira (2017), regularidade no horário, clareza nas informações transmitidas e registros de enfermagem de qualidade são pontos que favorecem o processo. Além disso, proporcionar um espaço para a equipe interagir, seja esclarecendo dúvidas ou validando informações, é crucial.
Silva e Campos (2016) ressaltam que a duração da transição é crucial para seu sucesso. Um tempo excessivo pode tornar a atividade cansativa e dispersiva, enquanto um período curto pode levar à omissão ou má interpretação de informações. Contudo, ao ajustar o tempo conforme as especificidades de cada setor, tipo de assistência, quantidade de equipe e características dos pacientes, a transição pode ser mais assertiva, refletindo a verdadeira essência do que precisa ser comunicado.
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
Este estudo adotou a abordagem de uma revisão integrativa da literatura, que permitiu a combinação de metodologias diversas, incluindo tanto estudos empíricos quanto teóricos. O objetivo foi proporcionar uma compreensão mais ampla sobre a temática abordada, sintetizando resultados de estudos anteriores e evidenciando lacunas existentes no conhecimento atual.
3.2 PROCESSO DE BUSCA
Para garantir uma cobertura abrangente e atualizada sobre o tema em questão, a pesquisa foi conduzida nas principais bases de dados científicas disponíveis. Estas bases incluíram, mas não se limitaram a, PubMed, Scopus, Web of Science e LILACS, que são amplamente reconhecidas e utilizadas no mundo acadêmico por seu vasto acervo e qualidade de publicações.
O processo de busca foi estruturado e organizado, empregando palavras-chave criteriosamente selecionadas para maximizar a recuperação de artigos pertinentes. Estas palavras-chave estiveram diretamente relacionadas à temática central do estudo, abarcando termos como “troca de plantão”, “comunicação na enfermagem” e “Terapia Renal Substitutiva (TRS)”.
3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Foram considerados estudos publicados nos últimos 10 anos, em inglês, espanhol e português, que abordassem especificamente a comunicação durante a troca de plantão em ambientes de Terapia Renal Substitutiva (TRS). Foram excluídos estudos sem relação direta com a temática, aqueles não disponíveis na íntegra ou com acesso restrito, e publicações não revisadas por pares, garantindo assim a qualidade e rigor científico.
3.4 ANÁLISE DOS DADOS
Os principais resultados foram avaliados, enfatizando as descobertas chave e as medidas de resultado adotadas. As conclusões atingidas pelos autores dos estudos foram compiladas. Além disso, as recomendações práticas sugeridas para aplicação na prática clínica foram ressaltadas, visando a contribuição para a melhoria contínua dos cuidados em saúde.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 EFICIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO NA TROCA DE PLANTÃO
A revisão da literatura evidenciou que a implementação de protocolos estruturados melhora a qualidade da comunicação durante a troca de plantão, reduzindo erros e aumentando a segurança do paciente (Ferreira, 2018; Silva, 2016). Estudos destacaram a importância de incluir informações detalhadas sobre o estado de saúde do paciente, intervenções realizadas e planos futuros para assegurar uma transição eficaz (Herdmanth, 2017).
Ao garantir que todos os dados relevantes sejam comunicados de forma clara e precisa, os protocolos estruturados não apenas promovem uma passagem de plantão mais organizada e informativa, mas também contribuem para a criação de um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente. A adoção dessas práticas reflete um compromisso com a melhoria contínua da qualidade do atendimento, evidenciando a importância da comunicação eficaz como um pilar fundamental na prática clínica.
4.2 IMPACTO DA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (TRS)
A TRS, especialmente a hemodiálise e a diálise peritoneal, foi associada a uma série de complicações que demandam uma comunicação eficaz entre as equipes de enfermagem para garantir o manejo adequado (Diniz & Romano, 2017; Wong & Dahlberg, 2015). A complexidade e a gravidade das condições enfrentadas por pacientes em TRS exigem uma coordenação integral e uma troca de informações clara e precisa para assegurar a continuidade e a qualidade do cuidado.
Estudos mostram que essas modalidades de terapia renal envolvem riscos consideráveis, como hipotensão, cãibras musculares e infecções, que podem ser exacerbados pela falta de comunicação adequada. Portanto, a precisão e a clareza na transmissão das informações sobre o estado de saúde dos pacientes, intervenções realizadas e ajustes necessários são fundamentais para evitar complicações adicionais e melhorar os resultados clínicos (Bousquet-Santos, 2019; Garcia, 2016).
4.3 DESAFIOS E BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO
As falhas na comunicação durante a troca de plantão foram identificadas como um fator crítico que pode comprometer a qualidade do atendimento ao paciente (Herdmanth, 2017; Silva, 2016). Problemas como omissões de informações, falta de clareza e interrupções frequentes durante a troca de plantão foram apontados como barreiras significativas que impactam negativamente a continuidade e a eficácia dos cuidados prestados (Dusek, 2016).
Essas falhas podem levar a erros médicos, duplicação de tarefas e perda de informações essenciais, resultando em uma menor qualidade de atendimento e potencial risco à segurança do paciente. A literatura enfatiza a necessidade de melhorar as práticas de comunicação durante a troca de plantão para assegurar que todas as informações relevantes sejam transmitidas de maneira precisa e completa.
4.4 IMPORTÂNCIA DOS PROTOCOLOS ESTRUTURADOS
A adoção de instrumentos padronizados foi vista como uma solução eficaz para minimizar as falhas de comunicação, promovendo uma passagem de plantão mais organizada e informativa (Silva & Campos, 2016; Pereira, 2017). Protocolos estruturados ajudam a garantir que todas as informações necessárias sejam transmitidas de maneira clara e eficiente (Ferreira, 2018; Dusek, 2016).
Estes instrumentos padronizados, como checklists e guias de comunicação, fornecem uma estrutura consistente para a transferência de informações, reduzindo a probabilidade de omissões e mal-entendidos que podem comprometer a continuidade do cuidado. A implementação de tais protocolos não apenas melhora a clareza e a precisão das informações transmitidas, mas também fortalece a confiança e a colaboração entre os membros da equipe de enfermagem.
Além disso, a adoção de práticas padronizadas contribui para a criação de um ambiente de trabalho mais eficiente e seguro, onde todos os profissionais estão cientes de suas responsabilidades e do estado atual dos pacientes, resultando em uma assistência mais integrada e de alta qualidade.
5 CONCLUSÃO
A terapia renal substitutiva (TRS) desempenha um papel vital na manutenção da saúde de pacientes com insuficiência renal avançada. Dentro desse contexto, a equipe de enfermagem é essencial para garantir cuidados contínuos e de alta qualidade, especialmente durante a troca de plantão. A troca de plantão é um momento crítico em que a comunicação eficaz é fundamental para assegurar a continuidade e a segurança do cuidado prestado aos pacientes.
A revisão de literatura destacou a importância de protocolos estruturados na troca de plantão, que melhoram significativamente a qualidade da comunicação, reduzem erros e aumentam a segurança do paciente. A adoção de instrumentos padronizados, como checklists e guias de comunicação, é uma solução eficaz para minimizar falhas de comunicação e promover uma passagem de plantão mais organizada e informativa.
As modalidades de TRS, como hemodiálise e diálise peritoneal, envolvem riscos consideráveis, como hipotensão, cãibras musculares e infecções, que podem ser exacerbados pela falta de comunicação adequada. Portanto, a precisão e a clareza na transmissão das informações sobre o estado de saúde dos pacientes são fundamentais para evitar complicações adicionais e melhorar os resultados clínicos.
No entanto, desafios como omissões de informações, falta de clareza e interrupções frequentes durante a troca de plantão foram identificados como barreiras significativas que impactam negativamente a continuidade e a eficácia dos cuidados prestados. A implementação de práticas padronizadas não apenas melhora a clareza e a precisão das informações transmitidas, mas também fortalece a confiança e a colaboração entre os membros da equipe de enfermagem, resultando em uma assistência mais integrada e de alta qualidade.
Assim, conclui-se que a adoção de protocolos estruturados e a melhoria das práticas de comunicação durante a troca de plantão são essenciais para a excelência na prática clínica e para garantir uma assistência mais segura e eficaz aos pacientes em unidades de terapia renal substitutiva (TRS).
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[1] Mestrando na Universidade Federal do Pará. E-mail: sandroteixeiraenfermeiro@gmail.com