REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202411151423
Henrique Moraes Moretto;
Juarez Dantas de Oliveira Junior;
Lilian Oliveira de Azevedo
Resumo
Em um cenário marcado por crises ambientais, escassez de recursos e aumento da conscientização sobre os impactos ecológicos da atividade humana, a adoção de modelos de produção sustentáveis é fundamental para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e preservar o meio ambiente. As empresas têm um papel crucial nesse processo, sendo cada vez mais desafiadas a implementar tecnologias limpas, gerenciar recursos de forma eficiente e adotar práticas de economia circular. Identificando a necessidade da atenção e participação ativa das corporações no cenário global, o artigo visa abordar e aprofundar no mundo corporativo o 12° Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS), para analisar as ações da empresa Epson, que engloba metas para promover o consumo e a produção responsáveis com soluções tecnológicas inovadoras que atendam às demandas de consumo e produção sustentáveis, contribuindo para a mitigação dos impactos ambientais. Com a realização deste estudo de caso, espera-se contribuir para o aprofundamento sobre o papel de grandes empresas na promoção de práticas sustentáveis e servir como um exemplo de como o setor corporativo influencia positivamente a agenda ambiental global.
Palavras chaves: ODS, Economia Circular, Produção Responsável, Meio Ambiente
1. Introdução
A produção responsável e o consumo consciente são fundamentais para a sustentabilidade no século XXI, principalmente quando relacionados ao 12° Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e outros objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. Esta meta visa garantir medidas de produção e consumo que reduzam o impacto ambiental, aumentem a eficiência no uso de recursos e diminuam o desperdício. Na área empresarial, grandes empresas como a Epson adotaram iniciativas voltadas à promoção de práticas sustentáveis em toda a sua cadeia de produção e consumo que buscam otimização, como por exemplo o uso de energia renovável. Essas iniciativas focam não apenas na inovação tecnológica, mas também na responsabilidade social e ambiental.
Com a crescente pressão sobre o correto uso dos recursos naturais do planeta, é crucial analisar o tema do consumo e produção responsáveis. As empresas exercem um papel importante na adoção de práticas sustentáveis que, por sua vez, garantem um impacto positivo na sociedade e no mercado, além de incentivar seus colaboradores, representantes, parceiros comerciais, terceiros e a comunidade a adotar as medidas cabíveis. Isso também traz uma margem competitiva à empresa, que se destaca pela pauta de sustentabilidade, forçando seus fornecedores e concorrentes a ajustarem suas atividades com políticas relacionadas ao ODS 12. Compreendendo essas práticas, é possível avaliar o impacto das políticas empresariais diminuindo o uso de recursos naturais e os resíduos, o que favorece o bem-estar das gerações ao longo dos anos.
Diversos estudos e relatórios de sustentabilidade já evidenciam a importância das empresas na promoção de uma economia mais circular e na implementação de processos produtivos menos poluentes. No entanto, ainda existe a necessidade de explorar como essas iniciativas são desenvolvidas e aplicadas em empresas específicas, como a Epson, que tem demonstrado um compromisso crescente com a sustentabilidade. A Seiko Epson Corporation é uma empresa global de tecnologia com sede no Japão, conhecida por suas soluções inovadoras em impressão, projeção, robótica e imagem digital, com foco em sustentabilidade e eficiência.
O objetivo principal deste trabalho é investigar como a estratégia da Epson impacta a promoção de práticas responsáveis de consumo e produção. Além de considerar os desafios e resultados dessas iniciativas, o propósito é investigar as ações concretas da empresa e como elas se alinham com os princípios de sustentabilidade estabelecidos no ODS 12.
Com a realização deste trabalho, espera-se contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre o papel de empresas tecnológicas na promoção de práticas sustentáveis e servir como um exemplo de como o setor corporativo pode influenciar positivamente a agenda ambiental global.
2. Referencial teórico
2.1 Práticas ESG
A sigla em inglês ESG (environmental, social and governance) foi formalizada em 2004, em uma publicação nomeada “Who Cares Wins” elaborada pelo Pacto Global juntamente com o Banco Mundial e engloba as práticas de governança, ambientais e sociais de uma organização.
Inicialmente, é de suma importância enfatizar que o conceito de desenvolvimento e gestão sustentável não se restringe apenas a ações que reduzem apenas a emissão de gases causadores do efeito estufa. O termo foi cunhado no Relatório Brundtland da ONU (Organização das Nações Unidas), no ano de 1987, onde ficou estabelecido que o desenvolvimento sustentável “satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”. Ou seja, devem ser considerados os âmbitos econômico, ambiental e sociopolítico.
Embora formalizado apenas em 2004, o conceito já era estudado anteriormente. Em Estocolmo, no ano de 1972, na 1ª Conferência das Nações Unidas, a importância sobre o Meio Ambiente no âmbito empresarial foi abordada. No livro “The Practice of Management” publicado em 1954 por Peter F. Drucker, o autor enfatiza a importância de uma liderança eficiente, tomada de decisões responsáveis e desenvolvimento de planos de ação para monitoramento de indicadores que apresentem êxito nas estratégias definidas.
Com o mundo em constante mudança, torna-se crucial que as organizações tenham a habilidade de adaptar-se para se manterem competitivas e atender às exigências do mercado. Em 1992, Drucker salientou em uma entrevista da Harvard Business Review, feita por George Harris, “As pessoas nascidas nesse novo mundo nem podem imaginar o velho mundo em que seus avós viveram e em que seus próprios pais nasceram”.
2.2 ODM e ODS
Conforme apontado no artigo “Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM: Uma avaliação crítica”, por Frederico Cavadas Barcellos e Paulo Gonzaga Mibielli de Carvalho, ao final da Guerra Fria, a ONU e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) promoveram discussões para estabelecer metas de sustentabilidade, economia e desenvolvimento social.
Figura 1 – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
A urgência se deu ao fato de que, naquela época, diversas entidades oficiais de desenvolvimento tiveram cortes em seu orçamento, atingindo diretamente países que dependiam desta cooperação. Tais discussões resultaram na divulgação do documento “Shaping the 21st Century: The Contribution of Development Cooperation”, OCDE em 1996.
Paralelamente, conforme o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o conceito de desenvolvimento econômico e humano diferem em seus pilares principais, onde no segundo a renda se torna apenas um aspecto, direcionando a importância principal para ampliação de oportunidades, bem-estar e capacidades das pessoas.
Em 1998, o economista indiano Amartya Sen ganhou o Prêmio Nobel de Economia ao ser um dos principais criadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Afirmou: “O desenvolvimento tem de estar relacionado sobretudo com a melhora da vida que levamos e das liberdades que desfrutamos”. (SEN, 1999, p. 29). O objetivo da criação deste indicador foi promover um contraponto para o Produto Interno Bruto (PIB), englobando os pilares de renda, saúde e educação.
Em setembro de 2000, 189 nações se comprometeram e firmaram um pacto para combater principalmente a pobreza e demais problemas sociais. Ficou firmado então que, até o ano de 2015, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio seriam alcançados, sendo oito alvos, subdivididos em 21 metas e 60 indicadores. Desta data até o ano de 2015 foram promovidos diversos eventos e relatórios para acompanhamento da situação dos ODM ao redor do mundo.
Em 2015, durante a 21ª Conferência das Partes (COP21), foi assinado pela ConvençãoQuadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, acrônimo em inglês) o Acordo de Paris, um tratado global que estabelece dezessete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com diversas metas que integram principalmente temas como biodiversidade, sustentabilidade e combate às mudanças climáticas.
Figura 2 – Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis.
Os ODS têm uma abrangência maior do que os ODM, pois incluem temas como clima, segurança, desigualdade, pobreza, desenvolvimento econômico e fortalecimento de instituições. Conforme aponta o Ministério das Relações Exteriores do Brasil – também conhecido como Itamaraty – os fóruns internacionais abordam os ODS de forma tímida, especialmente no que tange ao impacto no comércio internacional, transferência tecnológica, reforma do sistema financeiro global e a dívida externa de países.
2.3 Relatório de Sustentabilidade
Conforme o cenário global avançava nas exigências quanto às questões ambientais e sociais, cada vez mais empresas reconheceram a necessidade de agir com mais atenção a estes tópicos, de forma que os “relatórios de sustentabilidade” começaram a ser elaborados e divulgados periodicamente (DAUB, 2007).
A prática de elaborar e divulgar relatórios iniciou-se na década de 1970 com os chamados “Relatórios Sociais”, desenvolvidos em resposta à crescente demanda para que as empresas abordassem, além dos aspectos econômicos, também os sociais em suas atividades. No final da década de 1980, surgiram os “Relatórios Ambientais”, que passaram a incluir, além das questões ambientais, temas importantes como segurança e saúde. Na década de 1990, esses documentos evoluíram para os “Relatórios Anuais”, tornando-se mais abrangentes ao integrar aspectos éticos, sociais e ambientais das operações organizacionais (DAUB, 2007).
Esses relatórios apoiam as instituições a se apresentarem como agentes ativos das ODS com abordagem íntegra, dando transparência e credibilidade para a corporação se comunicar com os órgãos legais, seus clientes, fornecedores e as comunidades.
Gerando um projeto com análise mais quantitativa e qualitativa, o Instituto de Gestão Sustentável da Universidade de OAS, no noroeste da Suíça, representa uma das primeiras tentativas mais abrangentes de estudo nacional do mundo sobre práticas de relatórios da época de 2003.
3. Metodologia
Este artigo propõe-se a caracterizar e localizar a pesquisa dentro de uma definição metodológica adequada aos seus objetivos. Como o foco é analisar as iniciativas da Epson no contexto do Consumo e Produção Responsáveis (ODS 12), a pesquisa enquadra-se predominantemente como qualitativa. Segundo Silveira e Córdova (2009, p.32), “a pesquisa qualitativa preocupa-se com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais”. Busca-se, portanto, compreender as práticas empresariais da Epson, dando maior ênfase à qualidade subjetiva das informações e ao impacto socioambiental das suas iniciativas.
Em relação ao tipo de pesquisa, esta pode ser classificada como exploratória, já que visa obter um entendimento mais claro e detalhado das práticas sustentáveis adotadas pela Epson. Segundo Freitas e Prodanov (2013), a pesquisa exploratória “proporciona ao pesquisador a possibilidade de uma análise multi aspectual de seu objeto, oferecendo uma visão mais ampla das diferentes perspectivas relacionadas ao tema”. Esse modelo permite a análise das iniciativas ambientais da Epson sob uma perspectiva ampla, considerando os diferentes aspectos que perpassam o estudo das práticas empresariais no contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
3.1. Procedimentos Técnicos
Os dados que serão analisados neste estudo foram obtidos por meio do estudo de caso da Epson, focado nas suas práticas de produção responsável. Freitas e Prodanov (2013) definem o estudo de caso como uma técnica que “se constitui no levantamento de dados por meio do detalhamento profundo e exaustivo de uma entidade bem definida”. No presente artigo, essa entidade é a Epson, e o estudo será centrado em suas ações de sustentabilidade, como o uso de tecnologias de impressão ecologicamente corretas, reciclagem de produtos e iniciativas de economia de energia e recursos naturais.
A coleta de dados será realizada a partir de relatórios anuais disponibilizados pela Epson, o que reflete o compromisso da empresa com a transparência e a sustentabilidade. Esses relatórios serão confrontados com a literatura acadêmica sobre desenvolvimento sustentável e com os princípios estabelecidos pelo ODS 12, além de informações obtidas em artigos, revistas e fontes confiáveis que tratam das ações ambientais da empresa.
3.2. Análise dos Dados
Após a coleta de dados, será realizada uma análise interpretativa com base no aparato conceitual do Desenvolvimento Sustentável e nos princípios do ODS 12. As ações empresariais da Epson serão avaliadas quanto à sua eficácia em promover o consumo consciente e a produção responsável, comparando-as com os objetivos globais estabelecidos pela Agenda 2030. A análise buscará identificar de que forma as práticas da empresa contribuem para a sustentabilidade, levando em consideração a produção de longo prazo e a economia circular, conforme discutido por autores como Sachs (2015) e Barbieri (2017).
4. Análise e discussão dos resultados
Após a coleta de dados, será realizada uma análise interpretativa com base no aparato conceitual do Desenvolvimento Sustentável e nos princípios do ODS 12. As ações empresariais da Epson serão avaliadas quanto à sua eficácia em promover o consumo consciente e a produção responsável, comparando-as com os objetivos globais estabelecidos pela Agenda 2030. A análise buscará identificar de que forma as práticas da empresa contribuem para a sustentabilidade, levando em consideração a produção de longo prazo e a economia circular, conforme discutido por autores como Sachs (2015) e Barbieri (2017).
No ano de 2021, cenário tomado por diversas questões e discussões ambientais quanto às mudanças climáticas e, principalmente, a epidemia do coronavírus e seus impactos econômicos e sociais, a Epson Europe promoveu uma reforma em sua visão empresarial, nomeando-a então de “Epson 25 Renewed”.
Foram identificados cerca de 81 tópicos de sustentabilidade, os quais foram agrupados em quatro categorias-chave de materialidade, sendo uma delas definida como “Atingir mais sustentabilidade numa economia descarbonizada”. Subdividida em 20 tópicos, selecionamos dois para aprofundarmos nosso estudo, sendo estes:
Reduzir a média de emissões por veículo da empresa na Europa abaixo dos 100g de CO2/km;
Promover a Tecnologia de Impressão Sem Calor utilizando a ferramenta de otimização para calcular o potencial de poupança individual de eletricidade e emissões dos clientes.
4.1. Apresentação dos dados
Para avaliação da redução média de emissão de CO2 da frota de veículos da companhia, foi levantado um estudo por ano da emissão do gás (g) por quilômetro (km) percorrido a cada ano, embasando os dados com base nos modelos de veículos e fatores de emissão fornecidos pelos fabricantes. Assim, atingiu-se o seguinte resultado:
Figura 3 – Média das emissões das frotas de veículos.
Nota-se que no ano fiscal 2019/20 as emissões médias por veículo eram de 110,8(g CO2/km) e as das sedes regionais europeias eram de 110,6(g CO/km), enquanto no ano fiscal 2022/23 baixaram para 98,4(g CO2/km) e 97,6(g CO2/km) respectivamente. Isso resulta numa diminuição significativa de 12,6% e 13,3%.
Para uma média de redução de emissão por veículo de 12,96%, o peso das tomadas de ações é expressivo e evidencia o progresso das tomadas de decisão para o atingimento da meta. Além disso, podemos analisar o percentual de redução ano a ano, do qual a média foi de 4,04% e 4,26%.
Por fim, realizando o método de projeção simples – onde para todo o período avaliado é subtraído o valor do ano pelo seu antecessor para identificação da diminuição anual e encontrado a média dessa diminuição – e para conjuntura no ano fiscal 2023/24 de 93,8(g CO2/km) e 92,65(g CO2/km) respectivamente.
A companhia informa que a principal ação para redução na emissão de gases foi a troca da quantidade de veículos movidos a diesel para modelos elétricos e híbridos, Epson (2023, p. 25),
“Redução das emissões médias para 98,4 g de CO2/km. O número de veículos híbridos na frota também aumentou 45% (abril de 2022: 193 veículos híbridos; abril de 2023: 280 veículos híbridos)”
Referente à iniciativa de “Tecnologia de Impressão Sem Calor”, a fim de conscientizar seus parceiros, canais, clientes e fornecedores da vantagem tecnológica de seus equipamentos, a Epson possui um site que permite estipular e calcular a emissão de CO2 e o consumo energético.
Nesta ferramenta virtual, o usuário deverá selecionar dentre algumas opções a localização que será utilizada para fazer estimativa dos seus custos de eletricidade locais e da relação entre a eletricidade consumida e as emissões de CO2. Após isso, selecionar o fabricante, modelo de impressora e quantidade e comparar com modelo similar da companhia. Feito isso, será gerada uma tabela e gráfico informativo para comparação da economia energética.
Para simulação, foi selecionado um país Europeu, um produto concorrente selecionado aleatoriamente e um modelo Epson sugerido pelo site. A partir disso, foram encontrados os seguintes valores:
Tabela 1 – Tabela comparativa de impressoras.
Consumo de eletricidade (kW/h) em € | Modelo Concor- rente (€) | Modelo Epson (€) | Economia (€) | Em reais (R$) |
por ano | 2,98 | 1,19 | 1,79 | 11,03 |
durante o ciclo de vida da impressora (3 anos) | 8,93 | 3,57 | 5,36 | 33,03 |
Figura 4 – Consumo de Eletricidade
Legenda: Cinza – Concorrente | Azul – Epson
Os resultados obtidos através da ferramenta evidenciam o potencial de economia entre o modelo concorrente e o da Epson por ano de € 1,79 (kW/h), e em três anos um total de € 5,36 (kW/h).
Em estudo independente do grupo para avaliação da economia energética em comparação com seus concorrentes de tecnologia de impressão a laser, o grupo selecionou dois modelos para estudo: um modelo concorrente qualquer e um modelo Epson similar em velocidade de impressão, função, tipo de mídia e cores de impressão.
Declaração de Confidencialidade: Com o intuito de proteger a integridade de marca dos produtos avaliados e resguardar os membros do grupo, o professor orientador e a instituição de ensino contra eventuais litígios jurídicos e penais, os nomes dos produtos e suas respectivas marcas não serão mencionados neste trabalho acadêmico. Esta medida visa assegurar a confidencialidade e evitar qualquer tipo de repercussão negativa.
Para esse estudo independente, serão avaliados os critérios:
– Velocidade de impressão em folha A4 (páginas/minuto);
– Tempo de saída da primeira página (s);
– Consumo energético em impressão, ativo, em modo de espera, em suspensão e desligado (W)
Além disso, será especulada uma quantidade simbólica de 10 equipamentos e volume médio mensal de 2 mil páginas por unidade de equipamento para ambos os modelos.
Tabela 2 – Comparação de especificações de impressoras.
Para iniciar a comparação de consumo energético, é necessário transpor o volume de impressão em tempo de produção.
Considerações: cada trabalho enviado à impressora (ou seja, o comando para impressão) é de três páginas, o tempo em espera (tempo em que o equipamento fica em estado de espera antes de entrar no modo pronto) é de três minutos, dias úteis da impressora de vinte e quatro dias ao mês e a hora útil do dia de oito horas.
Para essa avaliação, usamos como referência os valores informados na tabela abaixo.
Tabela 3 – Tabela referência.
Ambos os equipamentos realizam 83 páginas por dia / 28 trabalhos.
Neste cenário, o modelo concorrente gasta 4 minutos em impressão da primeira página, 3 minutos efetivamente imprimindo, 83 minutos ativos, 390 minutos em modo de prontidão e os 960 minutos restantes desligados. Já o modelo Epson gasta 2 minutos em impressão da primeira página, 2 minutos efetivamente imprimindo, 83 minutos ativos, 392 minutos em modo de prontidão e os 960 minutos restantes desligados.
Isto se traduz para consumo energético de 29,19 Wh em impressão da primeira página, 22,89 Wh efetivamente imprimindo, 19,10 Wh ativo, 25,33 Wh em modo de prontidão e 27,20 Wh desligado para o modelo concorrente e 1,11 Wh em impressão da primeira página, 1,23 Wh efetivamente imprimindo, 5,35 Wh ativo, 7,84 Wh em modo de prontidão e 3,20 Wh desligado para o modelo Epson.
Tabela 4 – Comparação de consumo energético.
Nessa elaboração, o grupo encontrou o valor mensal total de 29,69 kWh e R$21,79 na concorrência, contra 4,49 kWh e R$3,30 para Epson.
Tabela 5 – Comparação total.
O que corresponde a uma economia energética e econômica de quase 85%.
Tabela 6 – Economia energética.
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