INGESTÃO DE ÁLCOOL: FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER DE MAMA?

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504101837


Edivaldo Silva Araújo Neto
Emanuelle Maria Dias Guimarães
Peterson Nathan Lopes Martins
Davi Bonfim Mendes
Orientador: Carlos Alberto Rangearo Peres


RESUMO

Introdução: No Brasil, com exceção dos tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste. A estimativa para o ano de 2023 é de 73.610 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres. Investigar os fatores de risco, como a ingestão de bebidas alcoólicas, pode auxiliar o planejamento de ações no sentido de reduzir a incidência dessa neoplasia. Objetivo: Avaliar o consumo de álcool como fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama em mulheres. Método: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados PubMed e Scielo. Os critérios de inclusão foram artigos publicados nos últimos cinco anos, de acesso restrito e escritos em português, inglês e espanhol, que tratam acerca do câncer de mama em mulheres, que consumiram álcool em sua vida, em idade fértil, com títulos que relacionem, obrigatoriamente, o consumo de álcool e câncer. Com acesso restrito e escritos em português, espanhol e inglês.  Resultados: Foram selecionados 5 artigos, entre os quais dois são estudos de coorte, dois casos controle e um ensaio clínico. Ademais houve a utilização de questionários que abordaram principalmente o histórico de consumo de bebidas alcoólicas, especificando o tipo de bebida, quantidade consumida e por quanto tempo. Conclusão: Foi observado que o consumo de álcool confere um fator de risco para o surgimento de neoplasias mamárias em mulheres, principalmente quando esta prática vem atrelada a outros fatores estudados, como risco familiar elevado e questões morfológicas da mama. Palavras chave: câncer de mama/neoplasias mamárias; ingestão de bebidas alcoólicas; mulheres.

Descritores: neoplasias da mama or câncer de mama or carcinoma de mama or breast neoplasm and bebidas alcoólicas or consumo de bebidas alcoólicas or ingestão de bebidas alcoólicas or alcohol drinking.

INTRODUÇÃO  

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, o câncer de mama é um grupo heterogêneo de doenças, o que pode ser observado nas diversas manifestações clínicas e morfológicas ¹. A prevalência mundial do câncer de mama é de aproximadamente 6,8 milhões de casos ².  No Brasil, embora exista campanha de conscientização, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, conhecida como Outubro Rosa, esse é o segundo mais incidente em mulheres, depois do melanoma¹.  

Muitos são os fatores de risco que podem ocasionar neoplasias mamárias, tais como: falta de atividade física, tabagismo, alimentação, peso corporal, hábitos sexuais, fatores ocupacionais, exposição solar, radiações e medicamentos³. Entretanto, existem relatórios de 1987, como os publicados no New England Journal of Medicine, que dissertam sobre o consumo de álcool e as neoplasias mamárias 4,5. Desde então, diversas pesquisas vêm sendo realizadas, a fim de corroborar ou refutar com o pressuposto de que a ingestão de álcool é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama.  

Assim, esse trabalho tem por objetivo, por meio de revisão integrativa de literatura, avaliar o consumo de álcool como fator de risco para o desenvolvimento de neoplasias malignas mamárias.  

METODOLOGIA  

Trata-se de revisão integrativa de literatura, que se propõe a responder a seguinte pergunta de pesquisa: “A ingestão de álcool é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama?”. Para a seleção dos artigos utilizaram-se as  seguintes bases de pesquisa: PubMed e Scielo. Os termos empregados, a partir dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), em inglês, foram “breast neoplasm” e alcohol drinking”, unidos pelo operador booleano AND na base de dados.  

Os critérios de inclusão empregados foram: artigos que tratam sobre o câncer de mama em mulheres que estão em idade fértil e que consumiram álcool em sua vida. Além disso, a leitura dos títulos que obrigatoriamente relacionem o consumo de álcool e o câncer. Já os critérios de exclusão foram: artigos duplicados entre as bases, publicados em idiomas diferentes do inglês, portugues e espanhol, com acesso restrito, com data de publicação anterior a 2017. Ainda, feita a leitura dos títulos e resumos, retiraram-se aqueles que se distanciaram do tema. Após aplicados os critérios de elegibilidade, restaram 5 artigos.  

Inicialmente, quando feita a pesquisa referente aos últimos 5 anos, foram encontrados 180 resultados. Foram excluídas 68 pesquisas de acesso restrito, 15 que não se relacionava apenas com o sexo feminino, o número de artigos encontrados totalizaram 97. Após isso, foram selecionados manualmente os artigos que possuíam, em seu título, a menção ao álcool e ao câncer, excluindo-se 51 publicações. Por fim, foram excluídos 41 artigos, após ter lido os resumos dos selecionados e filtrou-se aqueles que mais se relacionavam com a proposta da revisão, finalizando a seleção com 5 artigos. Como está representado no fluxograma abaixo reproduzido.

Figura 1– fluxograma da seleção dos artigos

RESULTADOS  

Dentre os cinco artigos selecionados, dois são estudos de coorte, dois casos controle e um ensaio clínico. O Quadro 1 apresenta os dados e as principais conclusões dos estudos incluídos na revisão.

Quadro 1. Características dos estudos selecionados para a revisão.

Autor, ano e revista Local de trabalho Título Amostra Conclusões 
Floris, A. et al.  2019.   Journal of Experimental & Clinical Cancer Research.       Cedars Sinai Medical Center – Los Angeles (EUA) Star-related lipid transfer protein 10 (STARD10): a new key player in alcohol-induce d breast cancer progression  Cinco tecidos de mama normais e treze tecidos de câncer de mama de mastoplastia redutora cirúrgica e ressecção cirúrgica para câncer de mama primário Provou que STARD10 e ERBB2 regulam positivamente a expressão e a função um do outro. Tomados em conjunto, os dados demonstram que o etanol pode modular a função de ERBB2 no câncer de mama por meio de uma nova interação com STARD10. 
Rustagi, AS. et al.  2021.  JNCI Cancer Spectrum. São Francisco-Califórnia (EUA)  Association of daily alcohol intake, breast volumetric density and breast cancer risk 2.233 casos e 4.562 controles Esses dados sugerem que o álcool pode influenciar o risco de câncer de mama em parte por meio de seu efeito na composição da mama, conforme medido pelo volume denso absoluto (DV). As leis de notificação aumentaram a conscientização pública sobre a densidade da mama e os fatores que a modificam. Com base neste estudo, pesquisas futuras são necessárias para quantificar até que ponto limitar a ingestão de álcool pode alterar a densidade da mama e possivelmente reduzir o risco de CM. 
Autor, ano e revista Local de trabalho Título Amostra Conclusões 
 Sinnadurai, S. et al. 2020.  Asian Pacific Journal of cancer prevention.    24 áreas do Japão (JAP) Intake of Common Alcoholic and Non-Alcoholic Beverages and Breast Cancer Risk among Japanese Women: Findings from the Japan Collaborative Cohort Study  33.396 mulheres japonesas com idades entre 40 e 79 anos  Este estudo investigou a associação entre a ingestão de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, como chá verde e café, e o risco de câncer de mama entre as mulheres japonesas. Nele, depreende-se que não há associação significativa entre bebidas não alcoólicas e o câncer de mama (odds ratio OR 1,15, intervalo de confiança de 95% [CI] 0,82–1. 60 e OR 0,84, IC 95% 0,64–1,10, respectivamente chá verde e café). Todavia, há uma forte associação com bebidas alcoólicas  (OR 1,46, IC95% 1,11–1,92). 
Zeinomar, N., Knight, JA, Genkinger, JM et al.  2019.  BMC Cancer. EUA, Canadá e Austrália  Alcohol consumption, cigarette smoking, and familial breast cancer risk: findings from the Prospective Family Study Cohort (ProF-SC) Observamos 1.009 casos incidentes de CM em 17.435 mulheres durante um acompanha mento médio de 10,4 anos. A ingestão moderada de álcool foi associada ao aumento do risco de CM, particularmente para mulheres com BC ER-positivo, mas apenas para aquelas com menor risco predito de CM familiar (BOADICEA de 5 anos < 1,25). Para mulheres com FRP alto (BOADICEA de 5 anos ≥ 6,5%) que também 
Autor, ano e revista Local de trabalho Título Amostra Conclusões 
consumiam álcool, ser fumante atual foi associado a risco aumentado de CM. 
Ma, H., Malone, KE, McDonald, JA et al.  2019.  BMC Cancer. Atlanta, Detroit, Los Angeles, Filadélfia e Seattle – (EUA) Pre-diagnosis alcohol consumption and mortality risk among black and white women with invasive breast cancer 4.575 (1.622 negras e 2.953 brancas) mulheres No geral, não encontramos evidências de que o consumo de álcool antes do diagnóstico de câncer de mama aumenta o risco subsequente de morte por câncer de mama. 

O estudo clínico “Star-related lipid transfer protein 10 (STARD10): a new key player in alcohol-induced breast cancer progression” demonstrou associação positiva entre o consumo de álcool e o risco de câncer de mama de maneira dependente da concentração e da duração. Estabeleceu que o consumo diário de 10 gramas de álcool aumenta o risco de câncer de mama de 10 a 20% em mulheres adultas, além do fato de que o álcool é um promotor de tumores de mama, aumenta a transição epitelial-mesenquimal, proporciona o crescimento de tumores mamários, possui capacidade de auxiliar no processo de invasão e metástase. O etanol induziu a expressão dos genes SATRD10 e ERBB2, tanto in vitro quanto in vivo. Evidenciou-se que o STARD10 e o ERBB2 regulam positivamente a expressão e a função um do outro 6.  

O artigo “Association of daily alcohol intake, breast volumetric density and breast cancer risk” apresentou o aumento da ingestão de álcool (4-10% dos casos) e a alta densidade mamária (15-35% dos casos) como fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Neste estudo analisaram-se 2.233 casos e 4.562 controles. O exame realizado antes da pesquisa foi a mamografia, cerca de 3,1 (DP=1,7) anos antes do diagnóstico para casos ou da data correspondente para controles. Aplicou-se questionário a respeito de quantos drinques alcoólicos a mulher ingeria por dia. Como resposta foram dadas as alternativas: nenhum, menos de 1 ou 1 por dia, cerca de 2 por dia, 3 ou mais por dia. A densidade mamária foi categorizada em: quase totalmente gordurosa (categoria a), áreas dispersas de densidade (categoria b), densamente heterogênea (categoria c) ou extremamente densa (categoria d). Além disso, a pesquisa calculou a densidade percentual volumétrica (VPD), volume denso absoluto (DV) e volume não denso (NDV). A densidade da mama mediou 25% de associação entre a ingestão de álcool e o risco de câncer de mama, sugerindo que a densidade pode estar no caminho causal entre o consumo de álcool e o aumento do risco de desenvolver neoplasias mamárias. O NDV foi semelhante entre casos e controles 7

O estudo de coorte “Intake of Common Alcoholic and Non-Alcoholic Beverages and Breast Cancer Risk among Japanese Women: Findings from the Japan Collaborative Cohort Study” analisou a ingestão de chá verde japonês, café e álcool. Não houve nenhuma associação significativa entre a ingestão de chá verde e café com o risco de câncer de mama (OR 1,15, 95% IC=0,82-1,60 e OR 0,84, 95% IC=1,11-1,92). A ingestão de álcool foi associada a um risco significativo de neoplasias mamárias (OR 1,46, 95% IC= 1,11-1,92) e, também, em casos menos frequentes 8.  

Em outro estudo de coorte prospectivo, “Alcohol consumption, cigarette smoking and familial breast cancer risk: findings from the Prospective Family Study Cohort (ProF-SC), foram aplicados questionários com diversas indagações, como: aspectos demográficos, etnia, história familiar e fatores comportamentais, incluindo o consumo de álcool. As perguntas sobre os fatores comportamentais eram detalhadas, especificavam o tempo e a quantidade de consumo. Apresentou resultados indicando um elevado risco de câncer de mama ER+ associado ao consumo de álcool para mulheres com risco populacional médio (BOADICEA, Algoritmo de Estimativa de Incidência de Doenças e Ovários da Mama, de 5 anos < 1,25%). O tabagismo foi associado como fator subjacente e apresentou risco geral aumentado de câncer de mama para mulheres com risco familiar muito alto (BOADICEA> 6,55%) e que consumiam álcool regularmente 9

No caso-controle “Pre-diagnosis alcohol consumption and mortality risk among black and white women with invasive breast cancer” foram analisadas 4.575 mulheres, 1.622 negras e 2.953 brancas, com idades entre 35 e 64 anos. Foram aplicados questionários que detalhavam o consumo de álcool e outros aspectos de vida. Durante a pesquisa, realizada entre julho de 1994 e abril de 1998, 1.068 mulheres morreram de todas as causas e 832 morreram de câncer de mama. Foi possível observar que aquelas que beberam ao menos sete bebidas alcoólicas por semana, dos 15 anos de idade até o diagnóstico do câncer de mama tiveram um risco 25% menor de mortalidade específica por câncer de mama do que os não bebedores de álcool 10.  

DISCUSSÕES  

A primeira pesquisa analisada demonstra que o consumo de álcool pode ocasionar o câncer mamário, sendo influenciado por concentração e duração de consumo. Ou seja, mulheres que ingerem álcool em maiores concentrações e por um período maior de tempo estão mais propensas a desenvolver neoplasias de mama 6. Em contrapartida, o estudo “Intake of Common Alcoholic and Non-Alcoholic Beverages and Breast Cancer Risk among Japanese Women: Findings from the Japan Collaborative Cohort Study” associa o consumo de álcool ao câncer de mama, também, em casos de consumo menos frequente 8.  

Evidenciou-se a relação entre o consumo de álcool e o aumento de casos de câncer de mama, associados, principalmente, à densidade mamária. Portanto, pacientes com maior densidade mamária e que ingerem bebidas alcoólicas estão mais suscetíveis ao acometimento de câncer de mama. Enquanto isso, o volume não denso apresentou-se neutro ao comparar casos e controles, impossibilitando conclusões 7. No entanto, nenhum outro dos cinco artigos discorreu sobre essa associação entre a densidade mamária e o desenvolvimento de câncer de mama.  Os achados do quarto artigo podem ter implicações em termos de redução de risco absoluto do câncer de mama, pois o álcool e o fator subjacente tabagismo podem ser modificáveis e apresentam oportunidades de redução de risco para mulheres em todo o espectro familiar 9.  

O caso controle que relaciona o consumo de álcool pré-diagnóstico e o risco de mortalidade entre mulheres negras e brancas com câncer de mama invasivo apresentou resultado parcialmente distinto com relação aos demais. Infere-se isso devido o estudo considerar o risco apresentado não significativo 10.  

Entre os cinco estudos analisados, quatro deles demonstraram associação positiva entre a ingestão alcoólica e o câncer de mama. Mais pesquisas são necessárias para elucidar o álcool como fator de risco para o desenvolvimento de neoplasias mamárias. Além de esclarecer os mecanismos de associação entre as duas variáveis analisadas nesta revisão bibliográfica.  

CONCLUSÃO  

Diante das pesquisas que investigam o álcool como um fator de risco para o surgimento de câncer de mama, é possível afirmar que grande parte dos estudos corroboram positivamente para essa associação. Existem outros possíveis fatores de risco que, ao serem associados com o álcool, são intensificados. Há evidências de que a quantidade e o tempo de consumo podem influenciar os casos de câncer mamário, além de fatores morfológicos característicos da mama.  

REFERÊNCIAS

  1. Conceito e Magnitude [Internet]. Instituto Nacional de Câncer – INCA [atualizado em 25 out 2022; acesso em 05 set 2022]. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-ca ncer-de-mama/conceito-e-magnitude 
  2. Freudenheim JL. Alcohol’s Effects on Breast Cancer in Women. Alcohol Res. 2020 Jun 18;40(2):11. doi: 10.35946/arcr.v40.2.11. PMID: 32582503; PMCID: PMC7295577. 
  3. LACCAM. Fatores de risco [Internet]. LACC. [atualizado em 6 Dez 2022; acesso em 6 set 2022 ]. Disponível em: https://www.laccam.org.br/fatores-de-risco/ 
  4. Willett WC, Stampfer MJ, Colditz GA, et al. Consumo moderado de álcool e o risco de câncer de mama. Nova Engl J Med . 1987;316(19):1174-1180.  Disponível em: https://doi.org/10.1056/nejm198705073161902
  5. Schatzkin A, Jones DY, Hoover RN, et al. Consumo de álcool e câncer de mama no estudo de acompanhamento epidemiológico do First National Health and Nutrition Examination Study. Nova Engl J Med . 1987;316(19):1169-1173. https://doi.org/10.1056/NEJM198705073161901
  6. Floris A, Luo J, Frank J, et al. Star-related lipid transfer protein 10 (STARD10): a new key player in alcohol-induced breast cancer progression.  J Exp Clin Cancer Res. 38 , 4 (2019). Disponível em:  https://doi.org/10.1186/s13046-018-1013-y 
  7. S Rustagi A, G Scott  C, J Winham S, et al. Association of daily alcohol intake, breast volumetric density and breast cancer risk.  JNCI Cancer Spectrum.  Volume 5, edição 2, abril de 2021, pkaa124. Disponível em: https://doi.org/10.1093/jncics/pkaa124 
  8. Sinnadurai, S., Okabayashi, S., Kawamura, T., Mori, M., Bhoo-Pathy, N., Aishah Taib, N., Ukawa, S., Tamakoshi, A., The JACC Study Group, -. Intake of Common Alcoholic and Non-Alcoholic Beverages and Breast Cancer Risk among Japanese Women: Findings from the Japan Collaborative Cohort Study. Asian Pacific Journal of Cancer Prevention, 2020; 21(6): 1701-1707. Disponível em:  10.31557/APJCP.2020.21.6.1701  
  9. Zeinomar, N., Knight, J.A., Genkinger, J.M. et al. Alcohol consumption, cigarette smoking, and familial breast cancer risk: findings from the Prospective Family Study Cohort (ProF-SC). Breast Cancer Res 21, 128 (2019). Disponível em: https://doi.org/10.1186/s13058-019-1213-1 
  10. Ma, H., Malone, K.E., McDonald, J.A. et al. Pre-diagnosis alcohol consumption and mortality risk among black women and white women with invasive breast cancer. BMC Cancer 19, 800 (2019). Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12885-019-5991-8