INFLUENCE OF OXIDATIVE STRESS ON THE DEVELOPMENT OF PARKINSON’S DISEASE: AN INTEGRATIVE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202505142021
Cindhy Suely da Silva Medeiros1
Graziela Moro Meira2
Fernanda dos Santos Trombini3
Ivana Beatrice Mânica da Cruz4
Elize Aparecida Santos Musachio5
Melissa Medeiros Braz6
Fernanda Barbisan7
Resumo
A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, atrás da doença de Alzheimer. A DP é um distúrbio do movimento caracterizado pela perda progressiva de neurônios dopaminérgicos na região da substância negra, devido ao acúmulo de corpos de Lewy, o que reduz os níveis de dopamina no corpo estriado. Evidências crescentes sugerem que o estresse oxidativo desempenha um papel central na fisiopatologia da DP. Esta revisão integrativa investigou a correlação entre o estresse oxidativo e o desenvolvimento da doença de Parkinson. A metodologia utilizada consistiu na busca de artigos científicos publicados entre 2019 e 2024 nas bases de dados PubMed e web of Science. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados sete artigos A revisão integrativa demonstrou que o estresse oxidativo desempenha um papel fundamental no aparecimento e no agravamento da fisiopatologia da DP. Evidenciando que o estresse oxidativo contribui significativamente para a disfunção mitocondrial, dano ao DNA, oxidação de lipídios e proteínas, além de potencializar mecanismos inflamatórios que aceleram a morte neuronal. Conclui-se que embora haja avanços no entendimento dos mecanismos oxidativos envolvidos na DP, são necessários mais estudos longitudinais e clínicos para consolidar essa abordagem como alvo terapêutico eficaz.
Palavras-chave: Espécies reativas de oxigênio; Manifestações motoras; Doença de Parkinson.
1 INTRODUÇÃO
Dentre as enfermidades neurodegenerativas, destacamos a doença de Parkinson (DP), a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente do mundo, atrás apenas da doença de Alzheimer (Santos et al., 2022). As projeções apontam que o número global de casos DP deve ser de 25,5 milhões em 2050, sendo esse aumento atribuído principalmente ao envelhecimento populacional (Su et al., 2025).
No Brasil, não há obrigatoriedade em notificações sobre a DP, o que dificulta a estimativa precisa da prevalência no país. Contudo, com base em projeções populacionais, estima-se que cerca de 535 mil pessoas viviam com DP no Brasil em 2024. Esse número tende a crescer progressivamente podendo alcançar 1,25 milhões até 2060 e, segundo o limite superior do intervalo de confiança de 95%, atingir aproximadamente 2,1 milhões de casos (Schlickmann et al, 2025).
A DP é um distúrbio neurodegenerativo, é caracterizada pela perda progressiva de neurônios dopaminérgicos e pela formação de corpos de Lewy nas áreas cerebrais afetadas (Zhou et al., 2023). É considerada um distúrbio multifatorial, no qual suscetibilidade genéticas e fatores ambientais contribuem para o aparecimento da doença. Embora a etiologia da DP ainda seja parcialmente evasiva, alterações de proteostase, disfunções mitocondriais, estresse oxidativo e neuroinflamação são geralmente reconhecidos como mecanismos-chave associados à fisiopatologia da doença (Chakrabarti & Bisaglia, 2023).
A relação entre o envelhecimento e DP é bem conhecida. A partir dos 60 anos, observase um aumento significativo na incidência da DP, que se intensifica exponencialmente nas décadas seguintes. Embora aproximadamente 5 a 10% dos casos estejam associados à forma familiar da doença, resultante de mutações genéticas com padrão de herança mendeliana, a maioria dos casos surge de uma interação complexa entre fatores ambientais e genéticos (Collier, Kanaan & Kordower, 2017).
O envelhecimento sob o ponto de vista biológico é um processo marcado por uma perda gradual da homeostase, acompanhada pela degradação de componentes estruturais, redução da capacidade de reparo celular e declínio das funções fisiológicas e metabólicas. Entre as principais teorias sobre o envelhecimento, destaca-se a Teoria dos Radicais Livres, proposta por Denham Harman em 1956. Essa teoria sugere que o acúmulo gradual de danos provocados por radicais livres, compromete a função mitocondrial e promove a disfunção celular, contribuindo tanto para o processo de envelhecimento quanto para o desenvolvimento de doenças associadas a ele (Abdelhamid & Nagano, 2023).
De maneira geral, o estresse oxidativo é definido como um desequilíbrio entre oxidantes e antioxidantes, com predominância dos oxidantes, que pode levar à disfunção da sinalização celular, além de provocar danos moleculares (Sies et al., 2007). Esse fenômeno ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção e a alta concentração de espécies reativas de nitrogênio (ERNs) e/ou espécies reativas de oxigênio (EROs) nos tecidos e células excedendo a capacidade celular de neutralizar essas espécies reativas (Barbosa et al., 2010).
Considerando a importância do estresse oxidativo na fisiopatologia da DP e seu impacto nos processos celulares, torna-se essencial compreender melhor sua atuação por meio de uma análise crítica da literatura existente. Para isso, as revisões integrativas têm papel fundamental na consolidação do conhecimento científico, situando-se no topo da pirâmide das evidências ao reunir e analisar criticamente os achados de pesquisas primárias. Assim, eles oferecem embasamento teórico essencial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas baseadas em evidências. Nesse contexto, destaca-se o estresse oxidativo um dos principais fatores envolvidos na morte neuronal, estando fortemente associada a diversos distúrbios neurodegenerativos, incluindo a DP. A compreensão desses mecanismos também fornece subsídios para a atuação multiprofissional no manejo da doença, especialmente para o fisioterapeuta, cuja intervenção pode modular fatores relacionados ao estresse oxidativo, como disfunção motora, capacidade funcional e qualidade de vida. Diante disso, o objetivo deste estudo foi analisar, por meio de uma revisão integrativa da literatura, a influência do estresse oxidativo no desenvolvimento da DP.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Estresse oxidativo: Conceitos fundamentais
O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio causado por um excesso de oxidantes e radicais livres, particularmente as EROs, como o ânion radical superóxido (O₂⁻), o radical hidroxila (HO⁻), o peróxido de hidrogênio (H₂O₂), além das espécies reativas de nitrogênio (ERNs), como o peroxinitrito (ONOO⁻) e o óxido nítrico (NO) (Zhenqun Xu et al., 2022). As EROs são subprodutos do metabolismo celular, sendo um dos principais locais de produção nas mitocôndrias, durante o processo de respiração celular. Elas funcionam como moléculas sinalizadoras, regulando processos como a proliferação celular e a resposta imunológica, porém, quando produzidas em excesso, causam danos oxidativos (Filippin et al., 2008).
Esse desequilíbrio resulta do aumento na produção dessas moléculas e/ou da redução da capacidade das defesas antioxidantes. As EROs de origem endógena são geradas principalmente em estruturas celulares, como o retículo endoplasmático, as mitocôndrias, os peroxissomos e as células fagocíticas, seja por reações enzimáticas ou não enzimáticas (Zhenqun Xu et al., 2022).
O estresse oxidativo (Figura 1) pode ser gerado por fontes endógenas e fatores exógenos. Em relação as fontes endógenas citam-se a respiração celular, nas mitocôndrias durante a fosforilação oxidativa, a cadeia de transporte de elétrons gera ATP, logo o reticulo endoplasmático envolvido no armazenamento de cálcio e sínteses de proteínas, pode contribuir para a formação de EROs durante o estresse celular, influenciando processos patológicos. As fontes exógenas incluem terapias anticancerígenas, tabagismo que geram radicais livres, e demais substâncias tóxicas (Jomova et al., 2023).
Figura 1: Representação esquemática do estresse oxidativo, suas fontes, exemplos e consequência.

Fonte: colaborado pelos autores
2.2 Fisiopatologia e manifestações clínicas da Doença de Parkinson
A DP é uma condição complexa, e sua principal característica patológica é a degeneração dos neurônios dopaminérgicos na substância negra, acompanhada pelo acúmulo intracelular de agregados de alfa-sinucleína, conhecidos como corpos de Lewy (Dickson et al., 2018).
A DP tem evolução crônica e progressiva, além da redução nos níveis do neurotransmissor dopamina nos gânglios da base (Chou, 2020). De forma geral a DP é uma condição de saúde que resulta da interação de diversos fatores, como genética, ambiente e estilo de vida. A fisiopatologia da doença não está completamente compreendida, mas há consenso na literatura de que o estresse oxidativo, a disfunção mitocondrial, e os processos inflamatórios neurogênicos desempenham papéis centrais no desencadeamento e na progressão da doença (Subramaniam & Chesselet, 2013; Trist et al., 2019; Marogianni et al., 2020).
As manifestações clínicas são amplamente heterogêneas e dividem-se em sintomas motores e não motores. Entre os sintomas motores destacam-se: Bradicinesia (movimentos lentos), rigidez muscular, tremor de repouso – frequentemente unilateral nos estágios iniciais – e instabilidade postural, que compromete a coordenação e o equilíbrio (Bloem, Okun & Klein, 2021).
Com a progressão da doença, o comprometimento do equilíbrio torna-se mais frequente e está associado a disfunções cognitivas, refletindo os estágios mais avançados da neurodegeneração. Aproximadamente 10 anos após o diagnóstico, cerca de dois terços dos pacientes apresentam dificuldades para manter o equilíbrio na marcha, e metade dos pacientes desenvolve demência. Essas condições impactam profundamente o bem-estar dos pacientes e aumentam a necessidade de assistência contínua (Murata et al., 2020).
Além das alterações motoras, os sintomas não motores são prevalentes e muitas vezes precedem os sinais clássicos da doença. Incluem disfunções autonômicas (como hipotensão ortostática e constipação intestinal), distúrbios do sono (insônia, sonolência diurna excessiva, distúrbio comportamental do sono REM), hiposmia (redução do olfato), e alterações neuropsiquiátricas, como depressão, ansiedade e prejuízo cognitivo progressivo (Figura 2) (Peball et al., 2020).
Figura 2: Sintomas da Doença de Parkinson.

3 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa, elaborado por meio da estratégia PICO (população, intervenção, comparação e resultados esperados). A população abordada é humana, a intervenção aplicada à busca foi o estresse oxidativo e os resultado esperado o desenvolvimento da DP. A pesquisa foi desenvolvida com base na questão norteadora: Qual a influência do estresse oxidativo no desenvolvimento da DP? Foram utilizadas como estratégia de busca “motor symptoms”, “Parkinson’s disease“, “oxidative stress“, tendo como operadores boleano “in e and”.
O processo de busca de artigos científicos (Figura 3), selecionou os publicados entre 2019 e 2024. A escolha por artigos dos últimos 5 anos garante que os artigos selecionados sejam os mais atuais, foram usadas as bases de dados PubMed e Web of Science. Inicialmente, foram identificados 84 artigos relacionados ao tema proposto. Em seguida, aplicaram-se critérios de exclusão para refinar a seleção. Os critérios de inclusão foram: todos os artigos que abordavam a relação entre o estresse oxidativo e o quadro clínico de pacientes com DP, artigos originais publicados nos últimos 5 anos, disponíveis eletronicamente na íntegra no idioma inglês. Foram excluídos os estudos que não atendiam aos critérios definidos, como revisões sistemáticas, assim como aqueles que não tinham como objetivo estabelecer uma conexão entre o estresse oxidativo e os distúrbios motores da DP, resultando em 6 artigos após a análise dos títulos, resumos e conteúdos completos.
Figura 3: Diagrama do processo de busca nas plataformas.

Fonte: Elaborada pelos autores.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
A amostra final desta revisão é composta por sete artigos científicos, selecionados pelos critérios de inclusão previamente estabelecidos. A tabela 1, presente abaixo, apresenta os artigos selecionados.
Os artigos que foram classificados por critérios de exclusão e inclusão para a análise são os seguintes: Uma discussão sem estrutura coerente desagrada, daí a conveniência de organizar os temas em tópicos. Cada um dos tópicos informa sobre uma faceta da discussão e seu conjunto fornece os subsídios para se julgar a adequação dos argumentos, da conclusão e de todo o texto.
Tabela 1: Artigos incluídos
Autor/ Ano | Amostra (n) / Idade / Grupos | Método / Instrumentos | Duração /Intervenção | Resultados |
Baltus et al., 2021 | 110 indivíduos de ambos os sexos / Os sujeitos foram pareados por idade, mas o intervalo de idades ou média não foi especificado / Grupo de estudo: 55 indivíduos com Doença de Parkinson (DP) Grupo controle: 55 indivíduos saudáveis. | Sangue periférico coletado após jejum noturno. | Não há informações específicas sobre a duração do estudo / Estudo sem intervenção terapêutica, foram analisados genótipos e biomarcadores entre os grupos. | Indivíduos com Doença de Parkinson apresentaram alterações bioquímicas (redução de colesterol total, HDL e LDL) e de estresse oxidativo (aumento de LOOH, SH e redução de NOx). Polimorfismos nos genes NFκB1 e NFκBIA fo- ram associados a essas alterações, sugerindo papel na regulação do estresse oxidativo/nitrosativo na DP. |
Peball et al., 2020 | 47 indivíduos de ambos os sexos / Participantes com mais de 30 anos de idade / Grupo 1: Dose ideal de nabilona. Grupo 2: Placebo. | O estudo avaliou a eficácia e segurança da nabilona para sintomas não motores da Doença de Parkinson, com foco em ansiedade e dor. Foram utilizadas escalas específicas como MDS-UPDRS-I, NMSS, HADS, ESS, FSS, VAS, KPPS, MoCA, PDQ-39, QUIPRS e CGI-I para medir sintomas, cognição, qualidade de vida e resposta ao tratamento. A segurança foi monitorada por meio de avaliações clínicas e pressão arterial postural. | Fase I: Todos os pacientes receberam nabilona em dose ajustada individualmente para identificar respondedores. Fase II: Respondedores foram randomizados para continuar com nabilona ou placebo, e foram monitorados quanto à manutenção dos efeitos e segurança do tratamento. | A nabilona foi eficaz na diminuição de sintomas não motores em pacientes com DP. |
Wei et al., 2022 | Dos 307 pacientes randomizados, 305 receberam tratamento e foram incluídos na análise de segurança. O tamanho da amostra foi calculado para garantir poder estatístico adequado, considerando possíveis perdas. A eficácia foi analisada por modelo de covariância ajustado, com imputação de dados ausentes, e os desfechos secundários foram avaliados com métodos estatísticos apropriados, todos processados no SAS 9.4. | Estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. | A safinamida (100 mg/dia) mostrou eficácia superior ao placebo na redução do tempo OFF e melhora de sintomas motores e qualidade de vida em pacientes com Parkinson após 16 semanas. Dos 307 pacientes randomizados, 87% completaram o estudo. Os grupos eram comparáveis no início, e os principais benefícios da safinamida foram observados em diversas escalas clínicas, exceto na dor, que não apresentou diferença significativa. | A safinamida foi segura e eficaz no tratamento sintomas motores nos pacientes chineses com DP já em uso de levodopa. |
Giladi et al., 2021 | 16 pacientes / Idades de 30 a 80 anos / Grupo (ND0612): levodopa/carbidopa. Grupo Placebo: solução salina. Grupo de Período -2: ND0612 com ou sem entacapona. | Estudo duplo-cego, controlado por placebo / Farmacocinética, e escalas clínicas | 1 ano, 3 meses e 20 dias. / Grupo (ND0612): levodopa/carbidopa (270 mg/63 mg por dia). Grupo Placebo: solução salina com regime de infusão idêntico. | O ND0612 é uma possibilidade a ser pensada para o manejo da doença de Parkinson com flutuações motoras. |
Bullock et al., 2021 | 14 pacientes / Grupo único que recebeu a medicação zuranolona (não teve grupo controle. | Estudo exploratório / Escala de avaliação da Doença de Parkinson da sociedade de distúrbios do movimento (MDS- UPDRS). | 14 dias (7 dias de intervenção e 7 dias de acompanhamento) / O tratamento com zuranolona foi administrado por 7 dias, com a dose máxima planejada de 30 mg por noite. | O tratamento adjuvante com a zuranolona mostrou melhora nos sintomas de tremor e motores. |
Murata et al., 2020 | 351 pacientes / Idades entre 20 e 89 anos / Grupo 1: 120 pacientes Placebo Grupo 2: 117 pacientes no grupo que recebeu Zonisamida 25 mg/dia Grupo 3: 114 pacientes no grupo que recebeu Zonisamida 50 mg/dia | Ensaio clínico / Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson, NPI-10, Mini- Exame Mental | 52 semanas de tratamento / Medicação Zonisamida 25 mg/dia | Resultados mostraram que a zonisamida pode ser uma alternativa para o tratamento da Doença de Parkinson na Demência com Corpos de Lewy, como complemento ao uso do levodopa. |
Fonte: Elaborado pelos autores.
Baseado nos artigos analisados observa-se uma forte relação entre a DP e o estresse oxidativo, atribuída a elevada vulnerabilidade dos neurônios dopaminérgicos ao dano oxidativo (Baltus et al., 2021; Peball et al., 2020; Wei et al., 2022; Giladi et al., 2021; Bullock et al., 2021; Murata et al., 2020). No sistema nervoso (SN), o estresse oxidativo resulta do desequilíbrio entre a geração de EROs e a capacidade do sistema antioxidante de neutralizá-las, assim comprometendo a função celular, sobretudo ao provocar danos em lipídios, ácidos nucleicos e proteínas, contribuindo para a disfunção e morte neuronal (Tuon et al., 2022).
O cérebro é um órgão especialmente vulnerável a danos oxidativos devido à sua alta demanda por oxigênio à consequente formação excessiva de EROs e ao seu alto teor lipídico (Barbosa et al., 2010, Tuon et al., 2022). Além disso, os sistemas de defesa antioxidante tornam-se comprometidos no cérebro envelhecido, aumentando sua vulnerabilidade às EROs (Comprometimento da memória mediado pelo estresse oxidativo durante o envelhecimento e sua intervenção terapêutica por compostos bioativos naturais). A substância negra, em especial, apresenta alta suscetibilidade ao estresse oxidativo devido à grande concentração de neurônios dopaminérgicos, os quais naturalmente produzem mais EROs. Como são células pós-mitóticas os neurônios não possuem capacidade regenerativa significativa e, quando expostos a danos oxidativos persistentes, podem tornar-se irreversivelmente disfuncionais (Tuon et al., 2022).
No estudo de Baltus e colaboradores, foi observado que os indivíduos com DP tiveram alterações bioquímicas e de estresse oxidativo, sugerindo uma possível influência desses polimorfismos na regulação do estresse oxidativo/ nitrosativo associados a DP. Os polimorfismos identificados nos genes NFκB1 e NFκBIA parecem influenciar diretamente a atividade da via de sinalização do fator nuclear kappa B (NF-κB), um importante regulador da resposta inflamatória e do estresse oxidativo. Alterações nesses genes podem levar a uma ativação exacerbada ou desregulada da via NF-κB, resultando em maior produção de citocinas pró-inflamatórias e EROs, além de reduzir a eficácia dos mecanismos antioxidantes endógenos. Esse cenário favorece um microambiente celular propício à peroxidação lipídica, danos ao DNA e disfunção mitocondrial, mecanismos intimamente associados à degeneração dos neurônios dopaminérgicos na DP. Assim, tais polimorfismos não apenas evidenciam uma predisposição genética ao estresse oxidativo, como também representam potenciais alvos terapêuticos para modulação dessa via.
A maioria das intervenções terapêuticas tem como objetivo principal aliviar os sintomas e retardar a progressão da DP, uma vez que não existe cura nem tratamentos que possam interromper o processo neurodegenerativo da doença (Armstrong & Okun, 2020; Espay et al., 2017). As intervenções não farmacológicas incluem programas de reabilitação funcional, exercícios físicos, atividades cognitivas e ocupacionais com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes (Delgado-Alvarado et al., 2020). Além da terapia farmacológica, estratégias não farmacológicas vêm ganhando destaque na redução do estresse oxidativo. Além disso, a fotobiomodulação, que utiliza terapia com laser de baixa intensidade (LLLT), tem se mostrado eficaz na modulação do estresse oxidativo e na redução de processos inflamatórios associados (Hamblin et al.,2017). Já o tratamento com células-tronco surge como uma abordagem promissora, tanto pela sua capacidade potencial de substituir neurônios dopaminérgicos danificados quanto por sua ação antioxidante, contribuindo para mitigar o desequilíbrio redox observado na DP (Prevedello & Comachio, 2021; Hilario & Franco Hilario, 2021).
Estudos como o de Tuon et al. (2012), demonstram que o exercício físico é capaz de reduzir espécies reativas de oxigênio e aumentar a expressão de fatores neurotróficos, promovendo um efeito neuroprotetor significativo. Esses achados reforçam o papel do fisioterapeuta não apenas na reabilitação motora, mas também na promoção de mecanismos antioxidantes endógenos.
Programas regulares de exercício físico de baixa intensidade, como a caminhada em esteira, mostraram-se eficazes na modulação positiva do estado redox cerebral em modelos experimentais da DP. Esses exercícios preservaram níveis de tirosina hidroxilase (TH), reduziram o acúmulo de α-sinucleína e mantiveram a função da bomba de cálcio SERCA II todos marcadores relevantes da integridade do sistema dopaminérgico (Tuon et al., 2012).
Além disso, o exercício físico preveniu a redução dos níveis de BDNF, um fator neurotrófico fundamental para a regulação da expressão do gene da TH. Esses efeitos são, em grande parte, atribuídos à capacidade do exercício de reduzir o estresse oxidativo, restaurar a função mitocondrial e reequilibrar o ambiente celular. Nesse contexto fisioterapêutico, a prescrição de exercícios físicos regulares pode ser considerada uma estratégia eficaz de modulação indireta do estresse oxidativo, com implicações relevantes na prevenção da progressão da DP e na preservação das funções motoras e cognitivas. Dessa forma, a fisioterapia assume um papel essencial não apenas na reabilitação, mas também na promoção da saúde neurológica por meio da indução de mecanismos neuroprotetores (Tuon et al., 2012).
Nas intervenções medicamentosas, o tratamento padrão ouro é a Levodopa, ele se torna percurso da dopamina, um neurotransmissor importantíssimo para a movimentação corporal. Apesar de sua eficácia clínica, a Levodopa apresenta efeitos colaterais relevantes, incluindo aumento do estresse oxidativo (Kwon et al., 2022). Complemento ao levodopa, estudos no Japão mostraram que a medicação Zonisamida pode ser uma alternativa para o tratamento da DP na demência com corpos de Lewy (Murata et al., 2020). A Zonisamida é um fármaco com ação multifacetada, originalmente usado como anticonvulsivante, que demonstrou efeitos benéficos no tratamento do parkinsonismo, especialmente quando utiliza como adjuvante à Levodopa. No contexto da demência com corpos de Lewy, a Zonisamida melhorou significativamente os sintomas motores sem aumentar os sintomas cognitivos ou neuropsiquiátricos, um diferencia frente às limitações da Levodopa isolada, que pode desencadear delírios ou alucinações nesses pacientes (Murata et al., 2020). Seus mecanismos de ação incluem a estimulação da síntese e liberação de dopamina, inibição da monoamina oxidase-B (MAO-B), bloqueio de canais de sódio e cálcio tipo T e modulação da via GABAérgica. A Zonisamida possui propriedades neuroprotetoras e antioxidantes, demonstradas a reduzir o estresse oxidativo e proteger neurônios contra a excitotoxicidade e danos induzidos por radicais livres, o que pode contribuir para retardar a progressão da degeneração dopaminérgica típica da DP e da demência com corpos de Lewy.
O sistema antioxidante tem um papel fundamental na proteção celular, atuando para neutralizar ou minimizar os efeitos prejudiciais das EROs. Esse mecanismo funciona por meio da doação de elétrons às moléculas instáveis, impedindo que causem danos às estruturas biológicas (Pascual-Ahuir, Manzanares-Estreder & Proft, 2017).
Na DP, o estresse oxidativo está intimamente ligado à degeneração dos neurônios dopaminérgicos. Diante desse cenário, diversas estratégias terapêuticas têm sido estudadas e utilizadas para reduzir os efeitos das EROs e minimizar a neurodegeneração. Entre essas abordagens, destacam-se as terapias farmacológicas, não farmacológicas e nutricionais.
Na terapia farmacológica, três classes de medicamentos são amplamente empregadas para reduzir o estresse oxidativo: antioxidantes, moduladores mitocondriais e quelantes de metais. Os antioxidantes, disponíveis em comprimidos, cápsulas e pós, desempenham um papel essencial na neutralização dos radicais livres. Entre eles, destacam-se a Selegilina e a Rasagilina, inibidores da MAO-B que reduzem a degradação da dopamina e minimizam a formação de radicais livres. A Coenzima Q10 (Ubiquinona) protege a mitocôndria contra o estresse oxidativo e melhora a função energética celular, enquanto o ácido lipóico atua como antioxidante e cofator mitocondrial, auxiliando na neutralização de EROs. A N-acetilcisteína (NAC) estimula a produção de glutationa, um dos principais antioxidantes celulares, e as vitaminas C e E combatem a peroxidação lipídica, reduzindo danos oxidativos. Essas vitaminas podem ser obtidas por meio da alimentação, estando presentes em frutas, verduras e legumes, como laranja, mamão, espinafre e pimentão (Dantas et al., 2008; Hilario & Franco Hilario 2021).
O MitoQ, um derivado da Coenzima Q10, é um dos principais fármacos dessa categoria, pois atua diretamente na mitocôndria para reduzir o estresse oxidativo. Já os quelantes de metais se ligam a metais específicos no organismo, formando complexos estáveis que são eliminados, geralmente pela urina. A Deferiprona impede o acúmulo de ferro e reduz a formação de radicais livres, enquanto a Rapamicina modula a autofagia celular, auxiliando na remoção de mitocôndrias danificadas e diminuindo a produção de EROs. Além dessas terapias, estudos mais recentes indicam que compostos como GLP-1 (glucagon like-peptide 1), Opicapona (um inibidor da COMT, responsável por retardar a degradação da dopamina) e o THC (tetrahidrocanabinol), que atua nos receptores CB-1 e CB-2, também apresentam propriedades antioxidantes e podem auxiliar na restauração das funções motoras (Conzaga, Carvalho & Carvalho, 2018).
Por fim, a terapia nutricional também exerce um papel relevante na atenuação dos danos oxidativos. Dietas ricas em vitaminas C, E e D demonstram benefícios na neutralização das espécies reativas e na redução da atividade inflamatória no organismo, contribuindo para a proteção neuronal e o controle da progressão da doença (Paraskevas et al., 2003). Dessa forma, a combinação de diferentes estratégias terapêuticas pode ser essencial para minimizar os impactos do estresse oxidativo e promover a qualidade de vida dos indivíduos com DP.
Entre os seis estudos analisados, alguns destacaram biomarcadores específicos relacionados ao estresse oxidativo como forma de compreender sua influência no desenvolvimento e progressão da DP. O primeiro estudo, que comparou indivíduos com DP e saudáveis, utilizou biomarcadores bioquímicos como colesterol total, HDL, LDL, LOOH (hidroperóxidos lipídicos), grupos sulfidrilas (SH) e NOx (nítricos), além de analisar polimorfismos nos genes NFκB1 e NFκBIA, implicados na regulação do estresse oxidativo e nitrosativo. Este foi o único estudo a abordar diretamente marcadores moleculares do estresse oxidativo. Já os demais trabalhos, focados em testes clínicos de fármacos como nabilona, safinamida, ND0612, zuranolona e zonisamida, priorizaram escalas clínicas padronizadas para avaliação dos sintomas motores e não motores da DP, sem investigar diretamente biomarcadores oxidativos. Apesar disso, a eficácia dos tratamentos em reduzir sintomas pode ser indiretamente associada à modulação de processos relacionados ao estresse oxidativo, o que reforça a necessidade de mais estudos que integrem a análise de biomarcadores bioquímicos e genéticos para melhor compreensão do papel do estresse oxidativo na fisiopatologia da DP.
Embora o número de artigos incluídos na presente revisão tenha sido relativamente pequeno (n=6), justifica-se pela aplicação de critérios metodológicos restritivos, que visaram garantir a inclusão apenas de estudos recentes, com alto rigor científico e diretamente relacionados à influência do estresse oxidativo no desenvolvimento da DP. Além disso, a limitação temporal (2019 a 2024), o foco em estudos originais e a exclusão de revisões e publicações de baixa qualidade contribuíram para restringir o número de trabalhos elegíveis. Esta abordagem, embora reduza a quantidade de artigos, aumenta a validade e a relevância clínica das evidências analisadas, assegurando que as conclusões derivem de dados atuais e metodologicamente robustos.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estresse oxidativo exerce um papel central na fisiopatologia da DP, contribuindo significativamente para a progressão da degeneração neuronal. O desequilíbrio entre a geração EROs e a capacidade antioxidante do organismo evidencia a importância de intervenções terapêuticas que atuem na redução do estresse oxidativo.
Entre essas intervenções, destacam-se estratégias farmacológicas, nutricionais e aquelas que podem ser aplicadas pelo fisioterapeuta, especialmente o exercício físico regular, que pode modular positivamente os níveis de estresse oxidativo e promover a proteção dos neurônios, prevenindo a neurodegeneração. Consideramos que há necessidade de estudos adicionais que integrem biomarcadores bioquímicos e genéticos ao monitoramento clínico, bem como ensaios clínicos que avaliem os efeitos de terapias combinadas na modulação do estresse oxidativo. Tais investigações podem fornecer subsídios para a formulação de abordagens terapêuticas personalizadas e baseadas em evidências, ampliando o papel do fisioterapeuta no manejo integrado da DP.
REFERÊNCIAS
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1Discente do Programa de Pós-graduação em Gerontologia da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Santa Maria, e-mail: cindhymedeiros@gmail.com
2Discente do Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Santa Maria, e-mail: graziela.moro@acad.ufsm.br
3Discente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Santa Maria, Mestra em Enfermagem (PPGENF). e-mail: fernandatrombini@gmail.com
4Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade, Manaus- AM. e-mail: ibmcruz@hotmail.com
5Programa de Pós-graduação em Gerontologia da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Santa Maria, Mestra em Bioquímica. e-mail: elizemusachio@gmail.com
6Docente do Programa de Pós-graduação em Gerontologia da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Santa Maria, Doutora em Engenharia de Produção (UFSC). e-mail:melissa.braz@ufsm.br
7 Docente do Programa de Pós-graduação em Gerontologia da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Santa