THE IMPACT OF PARKINSON’S DISEASE ON PERIODONTAL HEALTH: A REVIEW OF THE LITERATURE
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202510231551
Samira Maria Bráulio Lordello Fraife1
Hiuri Luiz Santos Passos2
Laura Cristina Nascimento Neves3
Raquel Amaral de Novaes4
Antônio Henrique Braitt5
RESUMO
A Doença de Parkinson (DP) é uma enfermidade neurodegenerativa que compromete a motricidade e diversas funções do organismo, resultante da perda progressiva de neurônios dopaminérgicos. Evidências científicas indicam que indivíduos com DP apresentam maior vulnerabilidade à doença periodontal, devido a dificuldades na higienização oral, alterações na produção salivar e respostas inflamatórias exacerbadas. Esta revisão de literatura teve como objetivo analisar a relação entre DP e o aumento de sinais e sintomas periodontais, enfatizando os mecanismos biológicos e clínicos envolvidos. Os estudos revisados sugerem que a DP pode agravar a saúde periodontal, elevando a severidade de lesões gengivais e inflamatórias. Esses achados reforçam a importância do acompanhamento odontológico especializado e de estratégias preventivas direcionadas a essa população. Compreender essa associação é fundamental para promover a saúde bucal e a qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave: Doença de Parkinson; Periodontite; Inflamação; Saúde bucal;
ABSTRACT
Parkinson’s Disease (PD) is a neurodegenerative disorder that affects motor function and multiple physiological systems, caused by the progressive loss of dopaminergic neurons. Scientific evidence indicates that individuals with PD are more susceptible to periodontal disease, due to difficulties in oral hygiene, altered salivary flow, and heightened inflammatory responses. This literature review aimed to examine the relationship between PD and the exacerbation of periodontal signs and symptoms, highlighting the biological and clinical mechanisms involved. The reviewed studies suggest that PD may worsen periodontal health, increasing the severity of gingival and inflammatory lesions. These findings underscore the importance of specialized dental care and targeted preventive strategies for this population. Understanding this association is essential for promoting oral health and improving the quality of life of patients.
Keywords: Parkinson’s Disease; Periodontitis; Inflammation; oral health;
INTRODUÇÃO
A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa crônica e progressiva que afeta predominantemente indivíduos acima dos 60 anos, com maior incidência no sexo masculino. Ela se caracteriza por sintomas motores, como tremor, rigidez e bradicinesia, além de sintomas não motores, incluindo distúrbios do sono e do humor. Paralelamente, a doença periodontal é uma condição inflamatória de origem infecciosa que compromete os tecidos de suporte dos dentes, podendo evoluir de gengivite para periodontite se não tratada adequadamente. Estudos recentes têm demonstrado uma associação significativa entre a DP e a doença periodontal. A presença de sintomas não motores da DP, como déficits cognitivos, pode aumentar a dor associada ao tratamento odontológico. Além disso, fatores como idade avançada, menor número de dentes, uso de antidepressivos e ansiolíticos, bem como menor nível de escolaridade, têm sido identificados como associados ao aumento da prevalência de periodontite em pacientes com doenças neurodegenerativas, incluindo a DP. A relação entre a DP e a doença periodontal é multifatorial.
Limitações motoras, como tremores e rigidez muscular, dificultam a realização de uma higiene bucal eficaz, favorecendo o acúmulo de biofilme e a proliferação bacteriana. Além disso, alterações orais específicas, como dificuldades de deglutição, excesso ou falta de saliva e problemas com próteses dentárias, tornam o suporte odontológico mais complexo e exigem cuidados especiais1.
Diante desse cenário, é fundamental que profissionais de saúde, especialmente dentistas, adotem uma abordagem interdisciplinar no manejo de pacientes com DP. Consultas regulares ao dentista e a implementação de estratégias preventivas são essenciais para minimizar os impactos da doença periodontal e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
Considerando as evidências disponíveis na literatura, parte-se da hipótese de que existe uma associação significativa entre a doença periodontal e a Doença de Parkinson (DP), mediada principalmente por mecanismos inflamatórios sistêmicos. Estudos indicam que a periodontite, por ser uma condição inflamatória crônica, promove a liberação constante de citocinas pró-inflamatórias e mediadores inflamatórios, como IL-1β, IL-6 e TNF-α, os quais podem ultrapassar a barreira hematoencefálica e contribuir para a neuroinflamação e o estresse oxidativo — mecanismos fundamentais na fisiopatologia da DP2,3.
Além disso, considera-se que as limitações motoras características da Doença de Parkinson afetam diretamente a capacidade de manter uma higiene bucal adequada, favorecendo a instalação ou o agravamento da periodontite4. Esse cenário sugere uma relação bidirecional: enquanto a inflamação periodontal pode agravar a neurodegeneração, a progressão da DP pode, por sua vez, intensificar os riscos de doenças orais devido à perda de autonomia funcional.
A hipótese central, portanto, é que a doença periodontal atua como fator agravante da Doença de Parkinson, tanto pela via inflamatória sistêmica quanto pelas limitações motoras que dificultam o cuidado com a saúde bucal. Essa associação pode acelerar o declínio funcional dos pacientes, reduzir sua qualidade de vida e aumentar a demanda por cuidados especializados, destacando a necessidade de estratégias interdisciplinares entre a Odontologia e as Neurociências4.
A Doença de Parkinson (DP) representa um grave problema de saúde pública, especialmente em uma população mundial em processo de envelhecimento. Sua natureza progressiva e neurodegenerativa compromete a qualidade de vida dos indivíduos acometidos, impactando tanto a esfera motora quanto a cognitiva. Paralelamente, a doença periodontal é altamente prevalente em adultos e idosos, caracterizando-se como uma condição inflamatória crônica que pode ter repercussões sistêmicas relevantes.
Estudos recentes têm apontado uma possível correlação entre essas duas patologias, sugerindo que a inflamação sistêmica gerada pela periodontite pode atuar como fator agravante da neurodegeneração observada na DP, por meio da liberação contínua de mediadores inflamatórios e citocinas pró-inflamatórias5. No entanto, ainda existem lacunas na literatura quanto à direção e à força dessa associação, bem como na definição de estratégias clínicas que possam prevenir ou minimizar seus efeitos.
Além disso, as limitações motoras impostas pela DP comprometem significativamente a capacidade dos pacientes de manterem uma higiene bucal adequada, favorecendo o surgimento ou agravamento da periodontite. Esse ciclo de retroalimentação entre a inflamação periférica e a degeneração neuronal pode resultar em maior dependência funcional, piora da saúde geral e aumento dos custos para os serviços públicos de saúde.
Diante desse cenário, torna-se essencial desenvolver pesquisas que explorem essa relação sob uma perspectiva interdisciplinar, integrando conhecimentos da Odontologia e das Neurociências. Compreender os mecanismos envolvidos e propor estratégias de cuidado articulado poderá contribuir para a promoção da saúde integral do idoso, oferecendo subsídios para políticas públicas mais eficazes e para o fortalecimento da atenção básica e especializada..
REVISÃO DA LITERATURA
A Doença de Parkinson (DP) é uma patologia crônica, progressiva e neurodegenerativa, considerada a segunda mais prevalente no mundo, atrás apenas da Doença de Alzheimer (DA)6. Afeta majoritariamente indivíduos do sexo masculino e impõe uma importante sobrecarga tanto aos pacientes quanto aos seus familiares e à sociedade7. Sua etiologia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, ambientais e o envelhecimento.
Fisiopatologicamente, a DP está relacionada à degeneração dos neurônios dopaminérgicos da substância negra para compacta, no mesencéfalo. Essa perda neuronal resulta na depleção de dopamina nos gânglios da base, comprometendo a regulação dos movimentos e ocasionando os principais sintomas motores: bradicinesia, tremores em repouso, rigidez muscular e instabilidade postural 6,8,9.
Além dos sintomas motores, são frequentes manifestações não motoras, que podem preceder os sintomas motores em até 20 anos. Dentre esses, destacam-se a constipação intestinal, distúrbios do sono, depressão, alterações cognitivas, dor crônica e distúrbios olfativos — considerados marcadores prodrômicos da doença10.
Os principais fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar, sexo masculino e exposição a toxinas ambientais, como pesticidas e solventes industriais. Embora mutações genéticas estejam presentes em alguns casos (principalmente de início precoce), a forma esporádica é a mais comum11,
O diagnóstico da DP é clínico e realizado por um neurologista com base em anamnese detalhada e exame físico, avaliando sintomas como lentidão dos movimentos, rigidez, tremores em repouso e instabilidade postural. Exames de imagem auxiliam no diagnóstico diferencial12.
A classificação da progressão da doença pode ser feita pela escala de Hoehn e Yahr, que divide a DP em cinco estágios clínicos, baseando-se em critérios motores. Vale ressaltar que essa escala não contempla sintomas não motores e sua progressão pode ser não linear.
O tratamento é sintomático e visa à melhora da qualidade de vida. A levodopa é a principal medicação, associada a outros fármacos como agonistas dopaminérgicos, inibidores da MAO-B e da COMT. Além disso, terapias não farmacológicas — como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, atividade física e abordagens complementares (acupuntura, musicoterapia, yoga) — são fundamentais no manejo13.
No que diz respeito à saúde bucal, a DP compromete significativamente a higienização oral. Devido aos tremores e à rigidez muscular, muitos pacientes necessitam da ajuda de terceiros para realizarem a escovação. Como consequência, há maior incidência de cárie e doença periodontal, sendo essenciais consultas odontológicas regulares14.
Outra manifestação frequente é a sialorréia, que pode ser decorrente tanto da progressão da doença quanto de efeitos colaterais dos medicamentos. Esse distúrbio salivar prejudica a deglutição de alimentos e da própria saliva. Utilizando o CPITN, observou-se que mulheres com DP apresentaram índices periodontais mais elevados do que os homens. Embora os motivos não tenham sido esclarecidos, também identificaram maior prevalência de doença periodontal em pacientes com DP.
Analisaram-se 45 pacientes (28 mulheres e 17 homens), com perda dentária variando entre 10 e 22 dentes. Foram detectadas bolsas periodontais de 5 a 8 mm, e entre os 330 dentes examinados, 250 apresentavam sinais de doença periodontal, sendo que 74 apresentavam mobilidade dentária severa (grau II–III de Miller).
ASPECTOS RELACIONADOS À SAÚDE BUCAL EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON
A Doença de Parkinson (DP), por ser uma enfermidade neurológica progressiva, compromete não apenas as funções motoras gerais, mas também a função oral, trazendo impactos significativos à saúde bucal. Dentre as alterações mais frequentes estão dificuldades na mastigação, deglutição (disfagia) e na fala (disartria), que ocorrem devido à rigidez muscular, bradicinesia e alterações no tônus da musculatura orofacial15,16. Tais alterações dificultam o processamento dos alimentos e favorecem o acúmulo de resíduos alimentares na cavidade oral, contribuindo para o desenvolvimento de doenças periodontais e cárie dentária.
As disfunções motoras associadas à DP afetam diretamente a musculatura orofacial, incluindo lábios, língua e músculos mastigatórios, comprometendo os movimentos necessários para uma deglutição eficaz, fala clara e higienização adequada da boca18. A hipomimia, característica da doença, reduz a expressividade facial e pode impactar negativamente a comunicação com profissionais da área da saúde, dificultando a identificação de necessidades clínicas orais.
A xerostomia, ou boca seca, é outro sintoma frequentemente relatado por pacientes com DP e pode ter diversas causas, incluindo o uso crônico de medicamentos dopaminérgicos, como a levodopa, que afetam a produção salivar19. A saliva possui funções protetoras na cavidade bucal, como lubrificação, tamponamento e ação antimicrobiana. Assim, sua redução acarreta desequilíbrios locais que favorecem a halitose, cáries rampantes, fissuras nas mucosas, candidíase bucal e dificuldade para mastigar e engolir16,20.
As dificuldades motoras e cognitivas decorrentes da doença também afetam os hábitos de higiene bucal. Pacientes com DP frequentemente apresentam limitação para realizar tarefas simples, como segurar a escova de dentes ou passar fio dental, devido a tremores, rigidez ou lentidão de movimentos. Em estágios mais avançados da doença, a dependência de terceiros para a realização da higiene oral se torna comum, o que pode comprometer ainda mais a saúde bucal se os cuidadores não forem adequadamente orientados 20,21,23.
Além disso, observa-se uma redução na frequência das visitas ao cirurgião-dentista entre pacientes parkinsonianos, em função da mobilidade reduzida, da apatia, do medo ou da falta de acessibilidade física aos serviços de saúde. Esse afastamento compromete a prevenção e o tratamento precoce de lesões bucais, muitas vezes agravando quadros que poderiam ser facilmente manejados com acompanhamento contínuo.
Portanto, é fundamental que o atendimento odontológico de pacientes com DP seja pautado por uma abordagem interdisciplinar, envolvendo cuidadores, profissionais de saúde bucal, fonoaudiólogos e neurologistas. Estratégias adaptadas, como o uso de escovas elétricas, bochechos com soluções antissépticas e treinamento dos cuidadores, são essenciais para garantir a promoção da saúde e a preservação da qualidade de vida21.
INTRODUÇÃO A DOENÇA PERIODONTAL
A doença periodontal constitui um grupo de condições inflamatórias que acometem os tecidos de suporte e sustentação dos dentes, incluindo gengiva, ligamento periodontal, cemento radicular e osso alveolar. Trata-se de uma das enfermidades bucais crônicas mais prevalentes no mundo, afetando uma parcela significativa da população adulta e idosa, com impacto direto na qualidade de vida dos indivíduos2,24.
Ela é classificada principalmente em gengivite e periodontite. a gengivite é a forma mais branda da doença, caracterizada por inflamação da gengiva sem destruição do tecido de suporte. Quando não tratada, pode progredir para periodontite, forma mais grave e irreversível da condição, em que ocorre destruição progressiva do osso alveolar e do ligamento periodontal, levando à mobilidade e eventual perda dos dentes10,25.
A etiologia da doença periodontal é multifatorial, tendo como agente inicial a placa bacteriana – um biofilme complexo e organizado de microrganismos que se adere às superfícies dentárias e margens gengivais. As bactérias presentes na placa liberam toxinas e subprodutos que desencadeiam uma resposta inflamatória local. Entretanto, a mera presença de placa não é suficiente para causar a periodontite. o desenvolvimento da doença depende também de fatores genéticos, ambientais, comportamentais e da resposta imune do hospedeiro26,27.
Entre os principais fatores de risco estão a má higiene bucal, que permite o acúmulo de placa e tártaro; o tabagismo, que reduz a vascularização gengival e afeta negativamente a cicatrização; o diabetes mellitus, especialmente quando mal controlado, devido à sua relação com processos inflamatórios exacerbados; e as alterações hormonais como aquelas ocorridas na gravidez, puberdade e menopausa, que modulam a resposta inflamatória gengival 28,29. Outros fatores incluem estresse, uso de medicamentos imunossupressores, baixa ingestão de nutrientes antioxidantes e doenças sistêmicas que afetam a imunidade.
Os sinais e sintomas da doença periodontal variam conforme a gravidade e a extensão da inflamação. Nos estágios iniciais, observa-se sangramento gengival ao escovar ou passar fio dental, vermelhidão e inchaço gengival. Conforme progride, pode haver recessão gengival, formação de bolsas periodontais, exsudato purulento, mobilidade dentária, dor ao mastigar, halitose persistente e, em estágios terminais, perda de elementos dentários2,25.
Além dos efeitos locais, a doença periodontal tem sido amplamente estudada por seu impacto na saúde sistêmica. Evidências apontam que a inflamação crônica e a translocação de bactérias periodonto patogênicas para a corrente sanguínea podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de diversas condições, como doenças cardiovasculares (aterosclerose, infarto do miocárdio), diabetes mellitus tipo 2, complicações na gravidez (parto prematuro e baixo peso ao nascer), doenças respiratórias crônicas (como dpoc) e até mesmo distúrbios neurodegenerativos 15,26.
Dessa forma, a doença periodontal deve ser compreendida dentro de um contexto multidisciplinar, sendo essencial a integração entre odontologia, medicina e demais áreas da saúde para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz. o controle da doença não se limita à atuação odontológica, mas envolve a promoção de hábitos saudáveis, controle de doenças sistêmicas associadas e educação em saúde bucal22.
RELAÇÃO ENTRE DOENÇA DE PARKINSON E DOENÇA PERIODONTAL
A Doença de Parkinson (DP), por ser uma enfermidade neurodegenerativa progressiva que compromete severamente a função motora, está associada a diversos impactos sistêmicos e orais, entre eles a deterioração da saúde bucal. Diversos estudos têm apontado uma relação significativa entre a Doença de Parkinson e a Doença Periodontal, indicando que pacientes com DP apresentam maior risco de desenvolver doenças gengivais, principalmente devido às limitações funcionais que dificultam a realização adequada da higiene oral diária17,30.
A progressão da DP compromete diretamente a capacidade de autocuidado, resultando em dificuldades para escovar os dentes, passar fio dental e realizar visitas regulares ao cirurgião-dentista. Sintomas motores clássicos como rigidez muscular, bradicinesia e tremores interferem diretamente na destreza manual do paciente, reduzindo a eficiência na remoção da placa bacteriana e, consequentemente, favorecendo o acúmulo de biofilme dental – fator etiológico primário da Doença Periodontal1.
Adicionalmente, sintomas não motores como xerostomia (boca seca), frequentemente associada ao uso crônico de medicamentos antiparkinsonianos, também contribuem para o agravamento da saúde bucal. A diminuição do fluxo salivar altera o equilíbrio do microbioma oral e reduz a capacidade de autolimpeza da cavidade bucal, propiciando o crescimento de microrganismos patogênicos periodontais31. Esse ambiente favorece a inflamação gengival crônica e acelera a destruição dos tecidos periodontais.
Estudos indicam que pacientes com DP apresentam índices periodontais significativamente piores, como maior profundidade de sondagem, maior índice de sangramento gengival, recessão gengival e mobilidade dentária mais acentuada em comparação à população sem a doença32. Além disso, a dificuldade de comunicação e a diminuição da cognição em fases mais avançadas da DP tornam mais complexa a adesão a tratamentos odontológicos, comprometendo a continuidade dos cuidados.
Outro fator relevante é a alteração do padrão alimentar em pacientes com DP, que tendem a consumir alimentos mais pastosos e com maior teor de carboidratos, o que favorece o acúmulo de resíduos alimentares e o crescimento de biofilme1. A mastigação ineficiente e a disfagia também prejudicam o estímulo salivar, o que agrava ainda mais a xerostomia.
Assim, evidencia-se que a Doença de Parkinson potencializa os fatores de risco e a gravidade da Doença Periodontal, tornando essencial a atuação integrada entre as equipes de neurologia, odontologia e cuidadores. A abordagem preventiva e terapêutica deve considerar as limitações motoras e cognitivas dos pacientes, priorizando estratégias adaptadas de higiene bucal, acompanhamento odontológico regular e educação em saúde direcionada à família e cuidadores5.
IMPACTO DA DOENÇA PERIODONTAL NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES ACOMETIDOS POR ESTA ENFERMIDADE.
A presença de doenças periodontais em pacientes com Doença de Parkinson (DP) representa um desafio adicional que afeta significativamente sua qualidade de vida. A deterioração das estruturas periodontais, como a gengiva e o osso de suporte dos dentes, pode resultar em dor crônica, sangramento gengival, mobilidade dentária, dificuldade de mastigação e deglutição, aspectos que agravam ainda mais as limitações já impostas pela DP1,32.
Essas alterações não apenas prejudicam o bem-estar físico do paciente, mas também impactam aspectos emocionais e sociais, uma vez que a dor bucal, o mau hálito e a perda dentária afetam a autoestima e a interação social. Estudos apontam que pacientes com doença periodontal apresentam maior prevalência de ansiedade e sintomas depressivos, sobretudo quando já convivem com comorbidades crônicas como a DP31. A saúde bucal comprometida pode ser percebida pelo próprio indivíduo como sinal de deterioração pessoal, o que contribui para o isolamento social e a piora da saúde mental.
Além disso, a função mastigatória prejudicada pela doença periodontal interfere diretamente na nutrição e ingestão alimentar. Pacientes com Parkinson já enfrentam dificuldades para mastigar e engolir alimentos em decorrência da bradicinesia, disfagia e da rigidez muscular orofacial. Quando associada à perda dentária e à dor provocada pela inflamação gengival, essas limitações alimentares se intensificam, podendo resultar em perda de peso, desnutrição e agravamento do estado geral de31.
A má nutrição, por sua vez, afeta negativamente a resposta imunológica do organismo e pode acelerar o progresso tanto da doença periodontal quanto da própria DP. Isso cria um ciclo vicioso, no qual a má saúde bucal e a condição sistêmica se retro alimentam, levando à perda de funcionalidade, aumento da dependência de cuidadores e redução da autonomia do paciente30.
Portanto, o impacto da Doença Periodontal em pacientes com Doença de Parkinson transcende a esfera odontológica, atingindo dimensões físicas, psicológicas e sociais da qualidade de vida. Intervenções integradas e multidisciplinares, que envolvam tanto o cirurgião-dentista quanto neurologistas, nutricionistas e cuidadores, são fundamentais para prevenir complicações, promover o bem-estar e manter a funcionalidade dos pacientes por mais tempo.
IMPORTÂNCIA DO CUIDADO ODONTOLÓGICO PARA PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON
O cuidado odontológico para pacientes com Doença de Parkinson é fundamental para prevenir complicações orais e melhorar a qualidade de vida desses pacientes. As estratégias de prevenção e intervenção precoce devem ser adaptadas às necessidades específicas dos pacientes com DP, considerando as limitações motoras e as dificuldades relacionadas à xerostomia (boca seca) causada pela medicação e pela própria DP.
Abordagens odontológicas especializadas são essenciais para lidar com as dificuldades motoras e alterações salivares. A mobilidade reduzida da mão e dos dedos dificulta a escovação eficaz, sendo necessário desenvolver técnicas de higiene bucal adaptadas, como o uso de escovas de dentes com cabo longo ou eletrônicas. Instruções específicas sobre como usar o fio dental e os cuidados com a língua também são fundamentais para a prevenção de doenças gengivais1. As visitas regulares ao dentista são imprescindíveis para o monitoramento da saúde bucal, incluindo limpezas profissionais, tratamento de cáries e avaliação periódica da gengiva e dos tecidos periodontais. A intervenção precoce é crucial para evitar o agravamento da doença periodontal, que pode levar à perda dentária e à comprometimento funcional adicional30. Além disso, a abordagem dos cuidadores e a orientação familiar sobre os cuidados diários é de extrema importância.
RECOMENDAÇÕES PARA CUIDADORES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Os cuidadores desempenham um papel essencial no manejo da saúde bucal de pacientes com Doença de Parkinson. Considerando as limitações motoras dos pacientes, os cuidadores devem ser orientados a ajudar na escovação diária dos dentes, utilizando métodos que permitam maior controle da escova dental, como escovas de dentes com cabo adaptado e escovas elétricas. Além disso, os cuidadores devem ser treinados para identificar sinais de infecção gengival (como sangramento e edema), xerostomia e outros problemas bucais comuns, que exigem cuidados O cuidado com a alimentação também deve ser monitorado de perto, promovendo uma dieta equilibrada e de fácil mastigação, para evitar complicações nutricionais decorrentes de dificuldades alimentares.
Além disso, o incentivo ao paciente para que mantenha as visitas odontológicas regulares é fundamental para o sucesso do tratamento31. Os odontologistas devem estar atentos às necessidades especiais dos pacientes com DP, oferecendo cuidados adaptados que considerem as dificuldades motoras e salivação reduzida. Estratégias como o uso de fluoreto tópico, recomendações dietéticas específicas e a escolha de material dental mais adequado para pacientes com comprometimento funcional são recomendadas. Além disso, os odontologistas devem trabalhar em colaboração com os neurologistas para entender melhor o impacto da medicação na saúde bucal dos pacientes e ajustar o tratamento conforme necessário 31.
Profissionais como médicos e fisioterapeutas também desempenham um papel importante no manejo da saúde bucal dos pacientes com DP, uma vez que podem contribuir para a avaliação de dificuldades motoras e fornecer estratégias para o fortalecimento muscular orofacial e treinamento motor. Recomendações para evitar xerostomia e outras complicações relacionadas à medicação devem ser compartilhadas entre a equipe de saúde5.
METODOLOGIA
Este estudo foi desenvolvido com base em uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, utilizando o método de revisão integrativa da literatura científica. Essa abordagem tem como objetivo reunir, analisar e sintetizar o conhecimento disponível sobre a influência da Doença de Parkinson (DP) na intensificação de sinais e sintomas da Doença Periodontal (DPD), promovendo uma compreensão crítica e atualizada da temática. A escolha por esse tipo de metodologia justifica-se pela natureza interdisciplinar do tema, que envolve aspectos neurológicos, odontológicos e sistêmicos, exigindo uma análise ampla e aprofundada do estado da arte.
A revisão integrativa permite a inclusão de diferentes tipos de estudos — como artigos originais, revisões sistemáticas, revisões narrativas e estudos clínicos — possibilitando uma visão abrangente e estruturada sobre o fenômeno em questão. O processo metodológico seguiu as seguintes etapas: definição da questão norteadora, estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão, seleção e leitura dos materiais, categorização das informações, análise crítica e interpretação dos dados.
A questão central que guiou esta revisão foi: “Como a Doença de Parkinson pode influenciar no agravamento dos sinais e sintomas da Doença Periodontal?”.
As buscas bibliográficas foram realizadas entre os meses de janeiro e abril de 2025, nas seguintes bases de dados: PubMed, SciELO, LILACS, Google Acadêmico e Periódicos CAPES, utilizando uma combinação de descritores e palavras-chave com base nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH), tais como: “Doença de Parkinson”, “Doença Periodontal”, “inflamação crônica”, “saúde bucal”, “higiene oral”, “neurodegeneração” e “sistema imunológico”, combinados por operadores booleanos (AND, OR) para otimizar a precisão das buscas.
Foram incluídos na revisão estudos publicados entre os anos de 2013 a 2025, nos idiomas português, inglês e espanhol, que abordassem de forma direta ou indireta a interação entre Parkinson e a saúde periodontal. Como critérios de exclusão, desconsideraram-se artigos duplicados, estudos sem acesso ao texto completo, materiais opinativos (ensaios, cartas ao editor), dissertações, teses e publicações que não apresentassem relação com o objetivo central da pesquisa.
O conteúdo dos artigos selecionados foi lido na íntegra e categorizado de acordo com os seguintes eixos temáticos: (1) alterações motoras e sua influência na higiene bucal; (2) relação entre inflamação sistêmica e doenças neurodegenerativas; (3) impacto da doença periodontal na progressão da Doença de Parkinson; e (4) implicações clínicas para o cuidado multidisciplinar. A análise foi feita de forma crítica, buscando identificar convergências, lacunas e contradições na literatura, bem como destacar aspectos relevantes para a prática clínica e para futuras investigações.
A abordagem metodológica adotada possibilitou o aprofundamento teórico e a construção de um panorama abrangente sobre a inter-relação entre as duas condições, oferecendo subsídios para refletir sobre estratégias de intervenção que promovam a saúde bucal e a qualidade de vida de pacientes com Doença de Parkinson.
Definição da população e amostra (ou área de estudo)
A presente pesquisa, de natureza teórica, tem como universo de análise os estudos científicos publicados que abordam a relação entre a Doença de Parkinson e a Doença Periodontal. Dessa forma, a “população” do estudo é composta por toda a produção acadêmica disponível em bases de dados eletrônicas que explorem essa temática de forma direta ou indireta.
A “amostra” corresponde aos trabalhos selecionados intencionalmente, com base em critérios previamente definidos quanto ao conteúdo, ao recorte temporal e à relevância científica. Foram incluídos artigos publicados entre 2013 e 2025, redigidos em português, inglês ou espanhol, que tratassem da interação entre os efeitos da Doença de Parkinson e o agravamento dos sinais clínicos da Doença Periodontal, seja do ponto de vista fisiopatológico, funcional ou clínico.
Os textos foram localizados em plataformas de acesso a periódicos científicos, como PubMed, SciELO, LILACS, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, os materiais foram triados por meio da leitura dos títulos, resumos e, posteriormente, dos textos completos, assegurando que apenas os estudos com real pertinência ao objetivo da pesquisa fossem incorporados à análise.
Essa abordagem permitiu a construção de uma amostra representativa da produção científica disponível sobre o tema, contribuindo para um entendimento mais aprofundado da possível inter-relação entre alterações neurológicas provocadas pela Doença de Parkinson e os desdobramentos inflamatórios e funcionais da Doença Periodontal.
Instrumento e técnicas para coleta de dados
A coleta de dados nesta revisão de literatura foi realizada por meio de pesquisa bibliográfica em bases de dados acadêmicas, utilizando como instrumento um roteiro de busca estruturado com descritores específicos. As plataformas consultadas foram: PubMed, SciELO, LILACS, Periódicos CAPES e Google Acadêmico, reconhecidas pela relevância científica e acesso a estudos revisados por pares.
Os termos utilizados para a busca incluíram: “Doença de Parkinson”, “Doença Periodontal”, “saúde bucal”, “inflamação sistêmica”, “neurodegeneração” e “higiene oral”. Esses descritores foram combinados por meio de operadores booleanos (AND e OR) para ampliar ou refinar os resultados. Como técnica de filtragem, foram aplicados os seguintes critérios: publicações entre 2013 e 2025, nos idiomas português, inglês ou espanhol, com acesso ao texto completo e aderência ao tema proposto.
Cada artigo identificado foi inicialmente triado pela leitura do título e do resumo. Os que atendiam aos critérios de inclusão foram lidos na íntegra para confirmação de sua relevância. As informações extraídas foram organizadas em uma planilha contendo: autoria, ano de publicação, objetivos, metodologia, principais achados e conclusões. Essa sistematização permitiu uma análise crítica e comparativa entre os estudos, servindo como base para a discussão teórica do trabalho.
Tabulação e análise dos dados
Após a seleção dos estudos que atenderam aos critérios previamente estabelecidos, os dados foram organizados em uma planilha descritiva, permitindo a tabulação sistemática das principais informações extraídas. Foram registradas variáveis como: nome dos autores, ano de publicação, título do estudo, objetivo, tipo de metodologia utilizada, resultados principais e conclusões relevantes.
Esse processo possibilitou uma visualização clara e comparativa dos conteúdos abordados em cada artigo, contribuindo para a identificação de padrões, divergências e lacunas existentes na literatura. A análise dos dados seguiu uma abordagem qualitativa, com ênfase na interpretação crítica dos resultados apresentados pelos autores, considerando o contexto clínico e científico da associação entre a Doença de Parkinson e a Doença Periodontal.
A sistematização das informações permitiu a elaboração de categorias temáticas, tais como: (1) impacto das limitações motoras na higiene bucal; (2) relação entre inflamação periodontal e progressão da doença neurológica; (3) implicações clínicas no cuidado de pacientes com comorbidades. Com base nessas categorias, foi possível compreender os principais achados, apontar convergências e divergências entre os estudos, além de destacar pontos que requerem investigação futura.
Limites do projeto
Embora a revisão de literatura realizada tenha sido rigorosa, algumas limitações devem ser destacadas:
- Limitação temporal: O estudo se concentrou em publicações entre os anos de 2013 e 2025. Isso pode ter excluído pesquisas importantes realizadas antes ou após esse período, o que limita a abrangência temporal da análise.
A evolução da literatura científica é dinâmica, e novos estudos podem alterar a compreensão sobre o tema.
- Limitação linguística e geográfica: A busca foi restrita a artigos em português, inglês e espanhol, o que pode ter deixado de fora estudos relevantes publicados em outros idiomas. Destacam que a limitação linguística pode restringir o acesso a uma gama mais ampla de fontes, especialmente em países com produção científica significativa fora desses idiomas.
- Limitação nas fontes de dados: A coleta de dados foi realizada exclusivamente em bases de dados como PubMed, SciELO, LILACS, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. Outros repositórios, como teses e dissertações, não foram considerados, o que pode ter restringido a variedade de informações. A exclusão de fontes como essas pode impactar a profundidade da análise, principalmente em áreas emergentes de estudo.
- Análise qualitativa e subjetividade: A análise dos artigos foi feita de forma qualitativa, com a categorização dos dados por temas emergentes. Embora a análise qualitativa seja adequada para explorar a compreensão sobre um tema, alguns autores alertam que ela pode ser influenciada pela interpretação subjetiva do pesquisador, especialmente em áreas com poucos estudos conclusivos.
- Diversidade metodológica dos estudos: Os estudos incluídos na revisão apresentam metodologias variadas, como revisões sistemáticas, estudos observacionais e experimentais, o que pode dificultar comparações diretas. Essa diversidade metodológica é comum em revisões de literatura, mas exige cautela na interpretação dos resultados.
RESULTADOS ESPERADOS E APLICABILIDADES
O objetivo principal deste estudo é aprofundar a compreensão sobre como a Doença de Parkinson (DP) pode influenciar a progressão da Doença Periodontal (DPD). Com a revisão da literatura, espera-se identificar as principais evidências científicas que demonstram a relação entre a dificuldade motora característica da DP e a redução na capacidade de realizar uma higiene bucal adequada, fator essencial no desenvolvimento e agravamento da DPD.
Resultados Esperados:
- Identificação dos principais fatores de risco: Espera-se que o estudo evidencie como as limitações motoras nos pacientes com Parkinson contribuem para o aumento do risco de DPD. A literatura sugere que essas dificuldades interferem diretamente na capacidade de manutenção da higiene bucal, fator decisivo no controle da doença periodontal.
- Compreensão da relação entre inflamação sistêmica e DPD: O estudo também deve corroborar a hipótese de que a inflamação crônica associada à DP pode agravar os quadros de doenças periodontais, refletindo não apenas na saúde bucal, mas também no bem-estar geral do paciente. Essa relação entre a inflamação sistêmica e a progressão da DPD tem sido observada em diversas pesquisas, apontando um vínculo entre essas condições.
- Identificação de lacunas na pesquisa atual: A revisão também poderá destacar áreas onde a literatura ainda apresenta lacunas, como a falta de estudos clínicos que investiguem diretamente a eficácia de intervenções odontológicas específicas para pacientes com DP. Essas lacunas podem ser fundamentais para direcionar futuras investigações.
Aplicabilidades:
- Melhorias nas práticas clínicas multidisciplinares: Os resultados do estudo podem orientar a implementação de práticas multidisciplinares de cuidados entre neurologistas, dentistas e outros profissionais da saúde, visando o manejo adequado da saúde bucal em pacientes com Parkinson. A integração desses cuidados é crucial para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes.
- Desenvolvimento de políticas públicas de saúde: A pesquisa também pode subsidiar a elaboração de políticas públicas focadas na saúde bucal de pacientes com Parkinson. A implementação de programas educativos sobre a importância da higiene oral e prevenção de doenças periodontais poderia ser uma medida importante para minimizar complicações relacionadas a essas condições.
- Promoção de novas linhas de investigação: Os achados deste estudo têm o potencial de impulsionar novos estudos e pesquisas, especialmente no desenvolvimento de intervenções odontológicas.
REFERÊNCIAS
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1Acadêmica do Curso de Odontologia da Faculdade de Ilhéus (CESUPI).
2Acadêmico do Curso de Odontologia da Faculdade de Ilhéus (CESUPI)
3Acadêmica do Curso de Odontologia da Faculdade de Ilhéus (CESUPI).
4Acadêmica do Curso de Odontologia da Faculdade de Ilhéus (CESUPI).
5Especialista e Mestre em Endodontia. Professor de Endodontia Clínica da Faculdade de Ilhéus (CESUPI).
