REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7667213
Carlos Alberto Alves Dias-Filho¹,³,⁵,⁶
Nivaldo de Jesus Silva Soares Junior¹
Carlos José Dias¹,²
Andressa Coelho Ferreira¹
Leandro Moraes pinto¹
Monique Nayara Coelho Muniz Cardoso⁶
Alexsandro Guimarães Reis⁶,
Rachel Melo Ribeiro⁷
Sally Cristina Moutinho Monteiro⁷
Cristiano Teixeira Mostarda¹,²
Carolina Xavier Lima Brito⁴
Resumo
A creatina é uma amina nitrogenada que sofre alterações à medida que o indivíduo envelhece, diminuindo assim seu suporte energético, tendo reflexo no dia-a-dia. O objetivo do estudo foi avaliar a influência da creatina na melhora da capacidade funcional de mulheres idosas. As participantes foram distribuídas em dois grupos. A ingestão da creatina foi realizada durante o período de 1 mês. Foram realizados medidas antropométricas, dosagem de creatinina e o teste Time Up and Go (TUG). Os dados foram analisados pelo Graphpad Prisma 5.0. O nível de significância foi de (p < 0,05). As alterações verificadas na dosagem de creatinina, no percentual de gordura, na circunferência abdominal, na massa muscular e no teste TUG dos dois grupos, não foram estatisticamente significantes. O estudo sugere que um controle alimentar e um maior tempo de intervenção com creatina, de acordo com protocolo, possibilitem resultados mais evidentes.
Descritores: Creatina, Idosas, Capacidade Funcional
ABSTRACT
Creatine is a nitrogenated amine which undergoes changes as the individual ages, decreasing his energetic support and reflecting on his the day-to-day. The aim of this study was to evaluate the influence of creatine in the functional capacity of elderly women. The participants were divided into two groups of five. Ingestion of creatine was performed during training days. Anthropometric measurements, creatinine dosage and the time up and go test (TUG) were performed. The data were analyzed by Graphpad. The level of significance was considered and the statistical error of (p <0.05). No significant changes in body fat percentage, waist circumference, muscle mass either the TUG test of both. Creatinine showed no significant difference. The study suggests a diet control, longer period of intervention with creatine according to protocol and physical training for best results.
Key words: Creatine, elderly women, Functional Capacity.
1. INTRODUÇÃO
A creatina (ácido acético alfa-metil guanidina), na forma fosforilada, creatina-fosfato (CP), é uma amina nitrogenada encontrada nas células de músculos esqueléticos, utilizada como fonte de reserva de energia para regeneração do trifosfato de adenosina (ATP) (De Souza et al., 2018) .O restante se distribui nas células do sangue (na série vermelha e branca), nos testículos, sendo usado pelos espermatozoides para locomoção, no cérebro, na retina e na musculatura lisa do coração (Thorsteinsdottir et al., 2006).
No entanto, esses níveis de creatina, no decorrer do tempo, decrescem, devido à diminuição da musculatura esquelética no decorrer do processo de envelhecimento. Apesar do aumento na expectativa de vida, esse fato pode ser pouco relevante, exceto que o indivíduo tenha uma vida ativa regular e funcional equilibrada (Matsudo et al., 2000; Santos, 2017). Pois, entre 70 e 80 anos de idade, ocorre uma queda de 20% a 40% na força e potência muscular, podendo chegar a 50% em idosos acima dos 90 anos (Deschenes, 2004; De Araújo et al., 2014).
O aumento do número de idosos está acontecendo no mundo todo e no Brasil essa mudança é marcada de maneira bastante acelerada e radical. Algumas projeções indicam que em 2020 o Brasil estará no sexto lugar entre os países com maior número de idosos, com um total de 30 milhões (Mendes et al., 2018).
Outro fato bem observado, é que as mulheres vivem mais, tendo uma diferença de seis a sete anos a mais que os homens. Em 2060, a expectativa de vida delas será de 84,4 anos, contra 78,03 dos homens (Ponciano, 2015). Na região nordeste a proporção de idosos passou de 5,1% em 1991 a 5,8% em 2000 e 7,2% em 2010. Em São Luís teve uma representação de 7,6% da população que tem de 60 anos ou mais (Demográfico, 2000).
Outras alterações importantes ocorrem devido ao envelhecimento e o aumento da longevidade como, por exemplo, aumento do tecido adiposo (De Araújo et al., 2014), alterações antropométricas, como diminuição da estatura (Dalla Déa et al., 2017), alterações na composição corporal(De Araújo et al., 2014), havendo um incremento do peso corporal que está associado ao aparecimento de doenças crônico-degenerativos (Fechine e Trompieri, 2015) . Alterações ósseas, que aparecem com o transcorrer da idade, levam a diminuição da densidade mineral óssea em ambos os sexos, levando o surgimento de osteoporose e o menor pico de massa óssea em mulheres (Dalla Déa et al., 2017; De Carvalho et al., 2018).
Outro ponto a ser ressaltado nessa faixa etária é a menopausa, que pode causar, várias alterações no organismo (Rampelotto et al., 2017). As implicações da ausência dos hormônios femininos são muitas, como a diminuição da síntese de proteínas, na composição de gordura corporal, do controle do colesterol, na preservação do cálcio nos ossos (Bonganha, 2009; Oliveira, 2017), e diminuição da massa livre de gordura (sarcopenia)(Marçal et al., 2018).
O que pode levar a uma diminuição da força e velocidade contrátil, tendo um reflexo negativo na capacidade de gerar potência e subsequentemente uma diminuição da qualidade do exercício físico (De Carvalho et al., 2018; Marçal et al., 2018), levando a perda de mobilidade funcional, sendo essa perda três vezes maior em mulheres idosas (Janssen et al., 2002).
Com todas essas alterações ocasionadas pelo processo de envelhecimento que afeta diretamente o cotidiano, que leva a diminuição da capacidade de realizar ações, desencadeando certa dependência funcional, refletindo de maneira negativa na qualidade de vida dos idosos (Lacourt e Marini, 2006). É de bom senso que haja um trabalho educativo para que se mantenha um estilo de vida ativo para retardar esse processo de envelhecimento (Araújo e Araújo, 2000; Lacourt e Marini, 2006; Silva Neto et al., 2012; Fechine e Trompieri, 2015).
Dessa forma e associando o uso da creatina de acordo com o protocolo adaptado, que realiza uma fase de saturação (0,3g/kg/dia, por 3 a 5 dias divididos em 4 a 5 doses por dia, adicionados de carboidratos), e uma fase de manutenção (3 a 5g/dias, podendo ser feita em uma única dose (Buford et al., 2007). O objetivo desse estudo é determinar a influência da creatina na quantidade de 3 g/dia somente em dias de treino nas mulheres de 59 a 71 anos, que praticam atividades físicas de forma regular, usando os níveis de creatinina como referências para função renal, além de ter uma base comparativa com as avaliações físicas.
2. METODOLOGIA
Amostra
Participaram da pesquisa dez mulheres entre 59 a 71 anos fisicamente ativas, que frequentam o projeto de extensão Vivendo e Jogando na faculdade Estácio São Luís. A amostra foi por conveniência, com o número do parecer ético 2.076.159. As participantes foram distribuídas em dois grupos, com cinco pessoas: o grupo treinado (GT) com mulheres de faixa etária de 60 a 71 anos e o grupo treinado mais creatina (GTC) com mulheres de faixa etária de 59 a 70 anos, onde ambos realizavam atividades físicas, duas vezes por semana, durante quatro semanas. Todas as voluntárias assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 466/12.
Ingestão de creatina
A ingestão da creatina foi realizada durante os dias de treino, sempre antes do início chamando uma voluntária por vez. Para o GT foi dado 200 ml de água, observando se havia sobras no copo. Ao GTC foi adicionada a quantidade de 3 g de creatina a 200 ml de água, onde ao final era verificado o fundo do copo para observar se havia algum resquício do suplemento, tendo assim a certeza que a quantidade tinha sido ingerida por completo, em dias que não houve treino não foi dada a creatina pois não tinha como controlar se as voluntarias iriam tomar da forma correta. Esse procedimento ocorreu de maneira que as idosas pensassem que todas ingeriam a suplementação, evitando algum efeito negativo por parte do grupo que não fazia a ingestão do suplemento.
Coleta de sangue
A coleta de sangue foi realizada no laboratório de bioquímica da faculdade Estácio São Luís, com as voluntárias em jejum de 8 horas. As mesmas foram sentadas de forma confortável para o início da coleta, e colocou-se o torniquete em torno do braço com uma distância de 7,5 centímetros acima da fossa anticubital. Foi pedido para que a paciente fechasse a mão com a finalidade de escolher o vaso mais proeminente, apalpando-o e para posteriormente fazer a sepsia com álcool no local da punção. A agulha foi introduzida em ângulo 30º atingindo o interior do vaso, para aspirar o sangue sem formar bolhas. Ao fluir o sangue, a paciente abriu a mão, o garrote foi retirado e ao finalizar a coleta, colocou-se o algodão para que fosse pressionado sobre o local da punção, para evitar sangramento e hematoma.
O sangue coletado foi transferido para um tubo com gel separador. Depois de realizar esse mesmo procedimento com todas as mulheres de 59 a 71 anos o sangue foi centrifugado por 10 minutos 3500 RPM para separar elementos figurados dos não figurados (Berte, 2007).
Dosagem de creatinina:
Com isso foi dado início as dosagens de creatinina que consiste na reação com o ácido pícrico e forma um complexo corado. A velocidade de formação do complexo é medida a 505/571 nm e é proporcional à concentração de creatinina é um método automatizado que utiliza os sistemas bioquímicos ADVIA 2400 da marca siemens tendo como referência 0,6 a 1,1(mg/dl) para as mulheres.
Avaliação física
A Composição corporal foi obtida através da massa corporal (MC, kg), utilizando balança antropométrica (marca Filizola), o estadiômetro foi usado para mensurar a estatura (cm). O percentual de gordura e massa muscular foi encontrado segundo as indicações do protocolo de Weltman e colaboradores (1988). As referências antropométricas, como circunferência abdominal, estatura e massa corporal, foram usadas pra estimar quantidade relativa de gordura e massa muscular corporal. O programa de avaliação física Inforsob foi utilizado pra armazenar e fazer os cálculos de percentual de gordura (% G) e índice de massa muscular (IMM), assim como para armazenamento a anamnese, patologias, exames laboratoriais, medidas antropométricas, percentual de gordura e IMC (Índice Massa Corporal). Os dados foram analisados pelo Graphpad prisma 5.0. O nível de significância e erro estatístico foi considerado de (p < 0,05).
Timed Up and GO
O teste “Timed up and go – TUG” foi aplicado segundo o preconizado por Podsiadlo e Richardson (1991) (Podsiadlo e Richardson, 1991). O idoso senta-se em uma cadeira com braços e recebe ordem de levantar e caminhar para frente até uma marca no piso, girar de volta e sentar-se na cadeira. O tempo despendido é medido com cronômetro a partir da ordem de “vá”. Valores de tempo de menos de 10 segundos sugerem indivíduos totalmente livre e independentes; os pacientes que realizam o teste entre 10 e 19 segundos são independentes, pois têm razoável equilíbrio e velocidade de marcha, a maioria caminha livremente mais de 500 metros, sobe escadas e sai de casa sozinho. Aqueles que dispendem entre 20 e 29 segundos estão em uma “zona cinzenta”, isto é, mostram dificuldades para as tarefas da vida diária que variam muito, dependendo das diferentes situações que se apresentam ao indivíduo, as quais exigem bom equilíbrio, velocidade da marcha adequada (no mínimo 0,5 m/seg) e capacidade funcional.
Os sujeitos com escore de tempo de 30 ou mais segundos tendem a ser totalmente dependentes para muitas atividades básicas e instrumentais da vida diária (levantar-se de uma cadeira, alimentar-se, trocar-se, banhar-se, caminhar). Era demonstrado previamente ao paciente como se realizava o teste, sendo dadas instruções de caminhar segundo sua velocidade e seu passo habituais. Em caso de dúvida na execução do mesmo por parte do indivíduo ou do examinador, o mesmo foi repetido. O examinador acompanhava o paciente para sua segurança.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como principal achado no presente estudo foi possível notar uma discreta tendência na melhora da capacidade funcional das participantes que faziam uso da creatina. Na tentativa de melhor esclarecer a resposta funcional de idosas que utilizam a creatina como suplemento, desenvolveu-se esse trabalho, seguindo o protocolo de BOFORD, et al. (2007) com adequações (Buford et al., 2007). Os valores de creatinina no soro das mulheres que compõem os grupos em questão. Não mostrou alterações significativas nos valores deste parâmetro, como indicado na figura 1.
Figura 1. Dosagem de creatinina, grupo treinado, média: pré: 0,95 pós: 0.95. Grupo treinado mais creatina, média: pré:0,87 pós:0,91; p< 0,05.
A creatinina é utilizada para identificar alterações na função renal (Silva Junior, 2016). Bofrod, et al. (2007) mostram que a suplementação, quando feita segundo as recomendações citadas, parece não trazer efeitos colaterais. Existem diversos relatos de caso na literatura que apontam para potenciais efeitos nefrotóxicos ou letais da creatina (Barisic et al., 2002; Thorsteinsdottir et al., 2006; Gabardi et al., 2007; Gualano et al., 2008; Vieira et al., 2008) No entanto, as publicações são estudos de caso retrospectivos, o que não permitiria tais generalizações.
Alguns estudos mostram uma diminuição de massa gorda com o uso da creatina associado a uma atividade física sem nem uma evidencia de nefrotóxicação (De Melo et al., 2016; Santos, 2017). A figura 2 faz referência ao percentual de gordura e mostra que houve uma discreta diminuição no GTC apesar que não houve alterações significativas a nível estatístico. Corroborando com o estudo de santos, et al. 2018 que mostra não houve alteração no percentual de gordura em idosos que faziam exercício de curta duração ou que realizavam exercício intenso (Santos et al., 2018). Estudo feito por ROSSATO, et al.(2007) realizado em mulheres na perimenopausa, durante 20 semana de treinamento, também não encontrou diminuição no percentual de gordura total, ainda que o tempo de treinamento tenha sido superior ao programa desse presente estudo (Rossato et al., 2007). SANTOS, MVA, et al. (2017) observaram que uma prática regular de treinamento associado ao uso da creatina possibilita uma melhor composição corporal (Santos, 2017). Sugere-se que a redução no percentual de gordura aqui descrito não foi significativa devido o curto período de tempo de estudo.
Figura 2. Percentual de gordura, grupo treinado, média: pré: 47,4 pós: 47,7. Grupo treinado mais creatina, média: pré: 44,4 pós: 42,7; p< 0,05.
A massa muscular foi outro parâmetro analisado, onde não foi possível notar alterações devido ao uso da creatina associado ao exercício (figura 3). Tal achado corrobora com o estudo de BEMBEN, MG et al. 2010 que indica que não houve melhora na massa magra em sua pesquisa em idosos em decorrência do uso da creatina (Bemben et al., 2010). Porém, SILVA KA, et al. (2018) demonstram que em estudos analisados evidenciaram uma potencialização nos resultados obtidos sobre a composição corporal dos idosos quando havia a combinação entre o treinamento com pesos e suplementação com creatina (Silva et al.). Assim como, o estudo de Macedo AR, et al. 2014 que também afirmam que existe um aumento significativo da massa magra nos praticantes de que faziam uso de creatina combinado com o treino resistido(Macedo, 2014). Assim, não existe um consenso na literatura que correlacione tempo de treinamento e variação no IMM em idosas.
Figura 3. Índice de Massa Muscular (IMM)(Kg), grupo treinado, média, Pré: 52,6 Pós:52,3. Grupo treinado mais creatina, Pré: 53,6 Pós: 53,3. p < 0,05.
Com relação à circunferência abdominal (figura 4) não foram observadas modificações significativas após o uso da creatina. O estudo de Pitanga CPS, et al. 2012 mostra que a prática de atividade física de intensidade leve a moderada, previne o excesso de adiposidade intra-abdominal em mulheres na pós menopausa não treinadas(Pitanga et al., 2012). Assim, as idosas que participaram do presente estudo já realizam atividade física regulamente, sugerindo que o uso da creatina não foi um fator determinante para favorecer uma diminuição de circunferência abdominal no período do estudo.
Figura 4. Circunferência abdominal (cm), grupo controle, média Pré: 107,7 Pós: 107,2. Grupo teste. Pré: 98 Pós: 97,4; p <0,05.
A análise do teste de Time Up and Go entre os grupos, não mostrou diferenças significativas (figura 5). Uma vez que ambos os grupos realizaram um percurso como um tempo máximo inferior a 7,0 segundos, ou seja, inferior ao tempo máximo determinado pela literatura. Assim, foi possível evidenciar que as voluntárias dos grupos ainda continuam sendo indivíduos livres e independentes de qualquer limitação. A literatura descreve que indivíduos saudáveis não praticantes de atividade física tem como tempo máximo doze segundos para completar o percurso do teste (Bischoff et al., 2003; Bohannon, 2006; Pondal e Del Ser, 2008) isso mostra que as participantes do presente estudo estão aptas a realizar as atividade do dia-a-dia.
Figura 5. Time up and go (tempo-seg). Média, Grupo Treinado, pré: 6,9 pós:6,6. Grupo treinado mais creatina, pré:7 pós: 6,9; p <0,05.
Apresente pesquisa mostra que os parâmetros de circunferência abdominal e IMM não sofreram alterações significativas decorrentes do uso da creatina, mesmo realizando atividades físicas duas vezes por semana. Pesquisas realizadas por RIGO, MLNR., et al. 2015 indica que envelhecimento com sucesso tem que ter a atividade física como pré-requisito, o que leva uma melhora tanto motora quanto psicossocial para os praticantes (Rigo e De Castro Teixeira, 2015) .
Segundo Williams et al. (1999), os principais efeitos que o uso de creatina causa além do aumento da concentração intramuscular são a disponibilidade de creatina fosfato, favorecendo, assim a potência de energia; aumento da taxa de ressíntese de ATP; diminuição no tempo de geração de energia rápida e aumento da massa e força muscular, elevando o nível de treinamento (Williams et al., 2000) . Porém, ainda que a creatina tenha sido utilizada de maneira sistemática, tais variações não foram evidenciadas neste trabalho, podendo ser justificado pelo curto período de tempo de uso da creatina e pelo ajuste da dose decorrentes da adaptação do protocolo de BUFORD, et al. (2007).
Além disso, cerca de 20 a 30% da população responde de forma insatisfatória ou não responde à suplementação de creatina (Bemben e Lamont, 2005).
Assim, é possível que as participantes do grupo treinado e do grupo treinado mais creatina, já estivessem com alguma dessas possíveis alterações explicando o resultado de pouca significância visto no TUG e nas outras variáveis.
Porém, vale a pena ressaltar que, seria de grande valia continuar tais observações por um período de tempo mais abrangente. Como sugestão, em estudos futuros deveria haver um controle alimentar, maior tempo de intervenção associado a uma ingestão de creatina de acordo com o protocolo sem nem um tipo de adaptação, levando em consideração que cada idosa tem sua própria história de vida e sua individualidade biológica.
4. CONCLUSÃO
O presente estudo mostrou que através da ingestão repetida de creatina foi possível notar uma discreta tendência a melhora na capacidade funcional, além de uma diminuição do percentual de gordura. Ainda que nos demais parâmetros não tenha sido observada nenhuma alteração significativa, no entanto, mostrou-se uma tendência para melhoras no desempenho físico.
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¹Laboratory of Cardiovascular Adaptations to Exercise – LACORE, University Federal of Maranhão, Physical Education Department, São Luís, Brazil
²Professor-UFMA- Physical Education Department
³Carlosaadias@hotmail.com, Telephone number: 3272-9270
⁴Laboratório CEDRO
⁵Universidade Federal do Maranhão – UFMA São Luís – MA
⁶Faculdade de Medicina – ITPAC SANTA INÊS – AFYA-
⁷Universidade Federal do Maranhão – UFMA São Luís – MA