INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS – UMA REVISÃO INTEGRATIVA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11647048


Lauana Araujo,
Elaine Ribeiro,
Stefani Camilo,
Orientadora Leyde Peder


RESUMO

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) constituem um importante problema de saúde pública global, com impactos significativos na saúde sanitária, social e econômica. Este artigo discute a prevalência, métodos de prevenção, diagnóstico e tratamento das principais ISTs, incluindo clamídia, gonorreia, sífilis, herpes genital, HPV e HIV/AIDS. Estudos revelam altas taxas de infecção em diversos segmentos populacionais no Brasil, destacando a necessidade de estratégias eficazes de educação, testagem regular e tratamento precoce. A promoção do uso de preservativos, vacinação e conscientização são cruciais para a redução da disseminação das ISTs e suas complicações a longo prazo.

Palavras-chave: IST, infecções sexualmente transmissíveis, doenças por contato sexual.

ABSTRACT

Sexually Transmitted Infections (STIs) represent a major global public health issue with significant sanitary, social, and economic impacts. This article discusses the prevalence, prevention methods, diagnosis, and treatment of major STIs, including chlamydia, gonorrhea, syphilis, genital herpes, HPV, and HIV/AIDS. Studies reveal high infection rates across various population segments in Brazil, underscoring the need for effective education strategies, regular testing, and early treatment. Promoting condom use, vaccination, and awareness are essential to reducing the spread of STIs and their long-term complications.

Keywords: STI, sexually transmitted infections, sexually transmitted diseases.

INTRODUÇÃO

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) representam um conjunto de infecções que são disseminadas principalmente através do contato sexual. A principal via de transmissão é o contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo masculino ou feminino com uma pessoa infectada. Além disso, as ISTs podem ser transmitidas da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. Embora menos comum, a transmissão também pode ocorrer por meio não sexual, através do contato de mucosas ou pele lesada com secreções corporais contaminadas.
Elas podem ser causadas por bactérias, vírus, fungos ou parasitas e afetam milhões de pessoas em todo o mundo anualmente. Este artigo busca elucidar os principais aspectos das ISTs, incluindo métodos de prevenção, diagnóstico e opções de tratamento.

OBJETIVO

Sintetizar o conhecimento existente, identificar lacunas na pesquisa e avaliar a qualidade das evidências para informar práticas clínicas e políticas públicas. Além disso, busca manter a comunidade atualizada sobre avanços e promover a educação e a conscientização sobre o combate a Infecções Sexualmente Transmissíveis. Finalmente, visa facilitar a implementação de intervenções eficazes para melhorar o          controle e tratamento das doenças.

METODOLOGIA

Esta pesquisa adotou uma metodologia de revisão bibliográfica integrativa, que consistiu na análise de artigos científicos selecionados nas bases de dados do Scielo e ResearchGate Sites/usp, no período de março a junho de 2024.

Na busca e seleção dos artigos, foram utilizadas as palavras-chave “IST ‘s”, “Infecções Sexualmente Transmissíveis” e “doenças por contato sexual”. Os critérios de inclusão consideraram artigos publicados nos anos de 1980 a 2024, além do próprio boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, assim como todo o material disponível pelo Governo Brasileiro redigidos em língua portuguesa e inglesa, que abordassem as infecções sexualmente transmissíveis.

A seleção dos artigos foi pautada pela relevância em relação ao objetivo da pesquisa, sendo excluídos aqueles que não atendiam aos critérios de inclusão ou não apresentavam dados atualizados e pertinentes.

Cabe ressaltar que, dada a natureza exclusivamente bibliográfica da pesquisa, não foi requerida a avaliação por parte de um comitê de ética.

A análise dos artigos selecionados foi conduzida de forma crítica e sistemática, visando extrair informações relevantes sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis.

Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) Fluxograma PRISMA
RESULTADOS
Identificação

Artigos identificados através da busca inicial: 43
Artigos adicionais identificados através de outras fontes: 0
Total de artigos identificados: 43

Seleção

Artigos após remoção de duplicados: 43
Artigos excluídos após leitura de títulos e resumos: 30
Artigos restantes para leitura na íntegra: 13

Elegibilidade

Artigos lidos na íntegra: 13
Artigos excluídos após leitura na íntegra: 8
Não atenderam aos critérios de inclusão: 38

Inclusão

Artigos incluídos na revisão sistemática: 5
Incluído material disponível pelo Governo Brasileiro e sites de instituições confiáveis.

Desenvolvimento

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as ISTs são uma das causas mais comuns de doenças globalmente e representam um sério problema de saúde pública com múltiplas consequências sanitárias, sociais e econômicas. A dificuldade no diagnóstico e tratamento precoce dessas infecções pode resultar em prognósticos graves, como infertilidade, perda fetal, gravidez ectópica e morte prematura, além de infecções em recém-nascidos e lactentes. (DE SOUZA ALVES, et al, 2020)

Tipos de Infecções Sexualmente Transmissíveis

1. Clamídia

A clamídia é uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) mais comuns e é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Esta bactéria pode infectar os órgãos genitais, a garganta e os olhos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sd – 10)
Muitas vezes, a clamídia não causa sintomas perceptíveis, especialmente nas fases iniciais da infecção. Quando os sintomas estão presentes, podem incluir dor ao urinar, corrimento anormal do pênis ou da vagina, dor abdominal e sangramento vaginal irregular. Se não tratada, a clamídia pode levar a complicações graves, como doença inflamatória pélvica (DIP) em mulheres, que pode resultar em infertilidade, gravidez ectópica e dor crônica na pelve. (JALIL, 2003)
O diagnóstico da clamídia geralmente envolve a realização de testes de laboratório em uma amostra de urina ou de uma amostra de tecido coletada durante um exame ginecológico ou urológico. O tratamento da clamídia é feito com antibióticos, geralmente na forma de uma única dose ou de um curso de uma a duas semanas, dependendo do tipo de antibiótico prescrito. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sd – 10)

2. Gonorreia

A gonorréia é uma doença infecciosa do trato urogenital, bacteriana, transmitida quase que exclusivamente por contato sexual ou perinatal. Neisser em 1879 descreveu o organismo e Leistikow e Loeffler o cultivaram em 1982, quando recebeu a denominação de Neisseria gonorrhoea. (HANDSFIELD, 1995)
Após o contato sexual entre o parceiro infectado e o novo hospedeiro, e após superar as barreiras naturais da mucosa, a infecção evolui para doença em um período de incubação relativamente curto (2 a 5 dias). Em alguns casos, ocorrerá um processo localizado e autolimitado sem maiores repercussões, enquanto em outros casos, podem surgir complicações no aparelho urogenital ou em outros locais, resultando em alterações sistêmicas. (HANDSFIELD, 1992)

3. Gonorreia no Homem

A uretrite aguda é a manifestação predominante nos homens. O período de incubação varia de 2 a 5 dias, podendo se estender de 1 a 10 dias. Os principais sintomas incluem corrimento uretral e disúria, geralmente sem aumento da frequência ou urgência urinária. Inicialmente, o corrimento pode ser mucoso, mas em 1 a 2 dias torna-se purulento. Comparada à uretrite não-gonocócica, a gonorreia apresenta um período de incubação menor, disúria mais comum e corrimento mais abundante e purulento. (HANDSFIELD, 1992)

4. Gonorreia na mulher

Na mulher, o local primário de infecção genital é geralmente a endocérvice. No entanto, a Neisseria gonorrhoeae também é comumente encontrada na uretra e no reto. A evolução natural da gonorreia na mulher é menos compreendida do que no homem, em parte devido à frequência de coinfecção com outros patógenos, como Chlamydia trachomatis e Trichomonas vaginalis. A maior parte das pacientes infectadas provavelmente desenvolve sintomas, mas muitas permanecem assintomáticas ou desenvolvem sintomatologia leve que não incita preocupação e busca de assistência médica. (HANDSFIELD, 1995)
Para diagnosticar a gonorreia, os médicos coletam uma amostra da secreção e a enviam para análise em laboratório. Testes altamente sensíveis podem ser realizados para detectar o DNA da Neisseria gonorrhoeae, o agente causador da gonorreia. (MSD MANUALS, sd)

5. Sífilis

É uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum e se desenvolve em três estágios: primário, secundário e terciário. Nos estágios iniciais, os sintomas são mais evidentes e a doença é altamente transmissível. Após um período de aparente cura das lesões iniciais, a infecção pode ficar latente por meses ou anos. No estágio terciário, podem surgir complicações graves, como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo levar à morte. A sífilis congênita ocorre quando o feto é infectado pela bactéria da sífilis através da placenta. Trata-se de uma condição grave que pode resultar em má formação fetal, sérios problemas de saúde para a criança ou até mesmo levar à morte. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sd – 12)

A sífilis manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais e com caroços nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sd – 12)

O tratamento mais indicado é a utilização de antibióticos, como penicilina e benzetacil. O maior problema para o tratamento é o seu diagnóstico, já que pode ser confundida com muitas outras doenças. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sd – 12)

6. Herpes Genital

O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível comum, causada pelo vírus herpes simples (HSV), que resulta em lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. Após a infecção, o vírus permanece no organismo e pode entrar em períodos de remissão, quando está inativo e não causa sintomas, e recidivas, quando os sintomas da doença reaparecem clinicamente, principalmente quando a imunidade do paciente tem uma recaída. (DIVE, sd)

Existem dois tipos: o tipo 1, que é responsável pela herpes facial, que se manifesta na boca, nariz e olhos; e o tipo 2, que é responsável pela herpes genial, que se manifesta na região genial, ânus e nádegas. (DIVE, sd)

As lesões causadas pelo vírus se apresentam como pequenas bolhas distribuídas nos órgãos genitais masculinos e femininos. Às vezes, essas lesões podem ocorrer dentro do canal uretral ou, através do contato, podem se espalhar para a área anal e perianal, especialmente se o sistema imunológico estiver enfraquecido. (DIVE, sd)

Os sintomas incluem sensação de ardor, coceira, formigamento e aumento dos gânglios linfáticos, que geralmente precedem o surgimento das erupções cutâneas. Manchas vermelhas aparecem alguns dias depois e evoluem para bolhas agrupadas semelhantes a um buquê. Posteriormente, essas bolhas cheias de líquido se rompem, formam uma crosta e cicatrizam, mas o vírus migra ao longo da raiz nervosa para se alojar em um gânglio nervoso, onde permanece inativo até a próxima recorrência. (DIVE, sd)

HPV (Papilomavírus Humano) CONDILOMA ACUMINADO

O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele ou mucosas das pessoas, provocando verrugas na região genital e ânus, podendo causar câncer, a depender do tipo de vírus, causando a infecção de nome Condiloma Acuminado. A transmissão se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal, e/ou transmissão vertical. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sd – 11)

A maioria das pessoas infectadas pela infecção não apresenta sintomas. Em alguns casos, o vírus pode permanecer inativo por meses ou até anos, sem causar sinais visíveis ou manifestações subclínicas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sd – 11)

Uma diminuição na resistência do sistema imunológico pode desencadear a multiplicação do vírus, surgindo as lesões. Os primeiros sinais da infecção pelo HPV geralmente aparecem entre dois e oito meses, mas podem levar até 20 anos para se manifestarem. As manifestações são mais comuns em gestantes e pessoas com imunidade comprometida. As lesões clínicas se apresentam como verrugas na região genital e anal, conhecidas como condilomas acuminados. Podem ser únicas ou múltiplas, variando em tamanho e aparência. Geralmente não causam outros sintomas, mas podem provocar coceira. As lesões subclínicas, que não são visíveis a olho nu, podem estar presentes nos mesmos locais das lesões clínicas e são causadas por tipos de HPV de baixo e alto risco para o câncer. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sd – 11)

A vacinação contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenir a infecção. A vacina está disponível gratuitamente pelo SUS e é recomendada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, assim como para homens e mulheres que vivem com HIV, transplantados e pacientes oncológicos entre 9 e 45 anos de idade. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sd – 11)

O diagnóstico do HPV é feito atualmente através de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesões presentes. Para lesões clínicas, o diagnóstico é realizado por meio de exames clínicos específicos, como o exame urológico para lesões no pênis, exame ginecológico para lesões na vulva, vagina e colo do útero, exame anal para lesões no ânus e região perianal, e exame dermatológico para lesões na pele. Para lesões subclínicas, o diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, como o Papanicolau (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, além de biópsias e análises histopatológicas para distinguir entre lesões benignas e malignas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sd – 11)

O tratamento é individualizado, levando em consideração características das lesões, disponibilidade de recursos e possíveis efeitos adversos. Pode   envolver tratamentos químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade, sendo aplicados em ambiente domiciliar ou ambulatorial, conforme orientação       profissional. É fundamental realizar um acompanhamento regular após o          tratamento,     pois     as            lesões  podem reaparecer. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sd – 11)

HIV/AIDS

A AIDS é a doença resultante da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, sigla em inglês). Este vírus ataca o sistema imunológico, cuja função é proteger o organismo contra doenças. As células mais afetadas são os linfócitos T CD4+. O HIV altera o DNA dessas células, produzindo cópias de si mesmo. Após a multiplicação, o vírus rompe os linfócitos e infecta outras células para continuar a propagação. (LEVI, 1985)

O diagnóstico do HIV é feito por testes que detectam anticorpos contra o vírus, antígenos virais ou o próprio RNA viral. Como o teste anti-HIV. É realizado a partir da coleta de sangue ou fluido oral. No Brasil, tem-se exames laboratoriais e testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023)

Os sintomas da AIDS variam e dependem do estágio da infecção pelo HIV e do estado geral do sistema imunológico da pessoa. A AIDS é a fase avançada da infecção pelo HIV, onde o sistema imunológico está gravemente comprometido. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023)

Fase Inicial da Infecção pelo HIV (Fase Aguda): Logo após a infecção pelo HIV, algumas pessoas podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe, que podem incluir febre, dor de cabeça, dor de garganta, linfonodos inchados (ínguas), erupção cutânea, fadiga, dores musculares e articulares.

Fase Crônica da Infecção pelo HIV (Latência): Após a fase aguda, o HIV entra em uma fase de latência, onde o vírus está ativo, mas se replica em níveis muito baixos. As pessoas podem não apresentar sintomas ou podem ter sintomas leves e inespecíficos durante esta fase, que pode durar vários anos, como por exemplo linfonodos inchados, diarreia crônica, perda de peso, febre, suores noturnos.

Fase Avançada (AIDS): Quando a infecção pelo HIV progride para AIDS, o sistema imunológico está gravemente danificado, e a pessoa se torna suscetível a infecções e alguns tipos de câncer. Os sintomas da AIDS podem incluir: perda de peso rápida, febres recorrentes ou suores noturnos intensos, fadiga extrema e inexplicável, linfonodos inchados nas axilas, virilha ou pescoço, diarréia que dura mais de uma semana, feridas na boca, ânus ou genitais, pneumonia, manchas vermelhas, marrons, rosas ou roxas sob a pele ou dentro da boca, nariz ou pálpebras, perda de memória, depressão e outros distúrbios neurológicos.

EPIDEMIOLOGIA

Estudos sobre a prevalência de ISTs no Brasil, com representatividade nacional, revelam a magnitude do problema. Em 2011, parturientes atendidas em maternidades públicas apresentaram uma prevalência de 9,8% de clamídia e 1,0% de gonorreia. Em 2005, homens que procuraram atendimento em clínicas de ISTs mostraram prevalência de 13,1% de clamídia e 18,4% de gonorreia. Em 2015, mulheres vivendo com HIV apresentaram prevalência de 2,1% de clamídia, 0,9% de gonorreia e 28,4% de HPV de alto risco. Em 2017, a prevalência de infecção por HPV foi de 25,4% no colo do útero, 36,2% na região peniana, 25,7% na região anal e 11,9% na região oral. Outro estudo nacional relatou uma prevalência de 0,6% de sífilis em conscritos. Em 2016, maiores prevalências de sífilis foram observadas em segmentos de populações-chave, como homens que fazem sexo com homens (9,9%), trabalhadoras do sexo (8,5%) e pessoas privadas de liberdade (3,8%). (MINISTÉRIO DE SAÚDE, 2017)

MEIOS DE PREVENÇÃO
  1. Uso de Preservativos Masculino: Os preservativos masculinos de látex ou poliuretano são altamente eficazes na prevenção de ISTs quando usados corretamente em todas as relações sexuais. Feminino: Os preservativos femininos também oferecem proteção eficaz contra muitas ISTs. (BRASIL, sd – 2)
  2. Realizar testes regulares para ISTs é importante, especialmente para pessoas sexualmente ativas com múltiplos parceiros. O diagnóstico precoce facilita o tratamento e reduz a transmissão. (BRASIL, sd – 2)
  3. HPV: A vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) pode prevenir as infecções por HPV que causam verrugas genitais e cânceres relacionados ao HPV. (BRASIL, sd – 2)
  4. Hepatite B: A vacinação contra a hepatite B é recomendada, pois esta doença pode ser transmitida sexualmente. (BRASIL, sd – 2)
  5. Evitar o compartilhamento de agulhas, seringas e itens pessoais que possam estar contaminados com sangue ou fluidos corporais. (BRASIL, sd – 2)
  6. Evitar comportamentos de risco, como o uso de drogas injetáveis, que podem aumentar a exposição a ISTs através do compartilhamento de agulhas contaminadas. (BRASIL, sd – 2)
  7. Educação e conscientização sobre as ISTs e suas formas de transmissão é fundamental. Conhecimento sobre como se proteger e reconhecer os sintomas pode reduzir significativamente a disseminação dessas infecções. (BRASIL, sd – 2)
  8. Buscar tratamento imediato ao suspeitar de uma infecção ou ao ser diagnosticado com uma IST. Seguir as orientações médicas e completar todo o tratamento prescrito. (BRASIL, sd – 2)

A implementação dessas práticas preventivas pode reduzir significativamente o risco de contrair ou transmitir ISTs, promovendo uma vida sexual mais saudável e segura.

CONCLUSÃO

As Infecções Sexualmente Transmissíveis continuam sendo um desafio significativo para a saúde pública global. A conscientização, a educação sexual, a prática de sexo seguro, a vacinação e a testagem regular são pilares fundamentais para a prevenção e controle dessas infecções. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado não só melhoram a qualidade de vida dos indivíduos afetados, como também desempenham um papel crucial na interrupção da cadeia de transmissão dessas doenças. A colaboração entre profissionais de saúde, educadores e a comunidade é essencial para alcançar esses objetivos e reduzir a carga global das ISTs.

REFERÊNCIAS
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