INFECÇÕES HOSPITALARES NO PÓS-PARTO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO, PREVENÇÃO E INTERVENÇÃO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202506231743


Amanda da Silva Souza1, Maria Carolline Andrade Rodrigues2, Mikaelly Duarte de Oliveira3, Natalia Martins Viana4, Suzanne Parreira Rodrigues5, Tainara Tatila Fernandes6, Fernanda da Silva Vieira7, Heloiza Dias Lopes Lago8, João Paulo Langsdorff-Serafim9


RESUMO 

As infecções pós-parto são bastante comuns e representam um sério risco à vida e à saúde materna, contribuindo significativamente para a taxa de mortalidade materna, tanto no Brasil quanto no mundo. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica para identificar os principais fatores de risco associados às infecções hospitalares no pós-parto, além de avaliar estratégias de prevenção e intervenção baseadas em evidências para melhorar a saúde materna e a qualidade dos cuidados hospitalares. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica do tipo narrativa. A busca foi realizada nas bases SciELO, LILACS, BIREME/OPAS/OMS e PubMed, além de repositórios acadêmicos e manuais do Ministério da Saúde, publicados integralmente entre 2019 e 2025. Os resultados indicam que fatores de risco como cesarianas, ruptura prolongada de membranas e práticas inadequadas de assepsia são determinantes para infecções hospitalares no pós-parto. Conclui-se que a colaboração dos profissionais da saúde na prevenção de infecções pós-parto é suma importância para desenvolver e aplicar estratégias eficazes de prevenção e implementação dessas medidas essenciais para reduzir a incidência de infecções puerperais e melhorar a saúde materna no período pós-parto.

Palavras-chave: Fatores de risco; Infecções hospitalares; Intervenção; Pós-parto. 

ABSTRACT

Postpartum infections are quite common and represent a serious risk to maternal life and health, contributing significantly to the maternal mortality rate, both in Brazil and worldwide. The objective of this study is to carry out a literature review to identify the main risk factors associated with hospital-acquired postpartum infections, in addition to evaluating evidence-based prevention and intervention strategies to improve maternal health and the quality of hospital care. This is a narrative-type bibliographic review study. The search was carried out in the SciELO, LILACS, BIREME/OPAS/OMS and PubMed databases, in addition to academic repositories and manuals from the Ministry of Health, published in full between 2019 and 2025. The results indicate that risk factors such as cesarean sections, prolonged rupture of membranes and inadequate asepsis practices are determinants of hospital infections in the postpartum period. It is concluded that the collaboration of health professionals in the prevention of postpartum infections is extremely important to develop and apply effective prevention strategies and implementation of these essential measures to reduce the incidence of puerperal infections and improve maternal health in the postpartum period.

Keywords: Risk factors; Hospital infections; Intervention; Postpartum

RESUMEN

Las infecciones posparto son bastante comunes y representan un grave riesgo para la vida y la salud materna, contribuyendo significativamente a la tasa de mortalidad materna, tanto en Brasil como en todo el mundo. El objetivo de este estudio fue realizar una revisión de la literatura para identificar los principales factores de riesgo asociados a las infecciones posparto adquiridas en el hospital, además de evaluar estrategias de prevención e intervención basadas en evidencia para mejorar la salud materna y la calidad de la atención hospitalaria. Se trata de un estudio de revisión bibliográfica de tipo narrativo. La búsqueda se realizó en las bases de datos SciELO, LILACS, BIREME/OPAS/OMS y PubMed, además de repositorios académicos y manuales del Ministerio de Salud, publicados íntegramente entre 2019 y 2025. Los resultados indican que factores de riesgo como la cesárea, los cortes, la rotura prolongada de membranas y las prácticas de asepsia inadecuadas son factores determinantes de las infecciones intrahospitalarias en el posparto. Se concluye que la colaboración de los profesionales de la salud en la prevención de las infecciones puerperales es de suma importancia para desarrollar y aplicar estrategias efectivas de prevención e implementación de estas medidas esenciales para reducir la incidencia de las infecciones puerperales y mejorar la salud materna en el posparto.

Palabras-clave: Factores de riesgo; Infecciones hospitalarias; Intervención; Posparto.

1. INTRODUÇÃO

As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são importantes causas de óbitos e morbidades, que comprometem expressivamente todo o sistema de saúde, gerando impacto negativo e repercussões sociais e econômicas (Souza et al., 2021). Possuem foco de discussões em saúde pública buscando a sua prevenção e controle no sentido de reduzir o período de permanência de pacientes nos ambientes de cuidados em saúde, minimizar custos e melhorar a qualidade da assistência prestada (Ferreira et al., 2021).

Nos Estados Unidos, são registrados anualmente aproximadamente 2 milhões de casos de IRAS, resultando em cerca de 80.000 mortes. O custo estimado do problema é entre 4,5 e 5,7 bilhões de dólares. Na Europa, 4 milhões de pessoas são infectadas a cada ano, causando cerca de 37.000 mortes e um impacto financeiro de 7 bilhões de euros. No Brasil, as IRAS afetam de 16 a 37 pacientes a cada 1.000 pacientes que recebem serviços de saúde. O Instituto Nacional de Saúde (ANVISA) estima que a taxa média de infecção hospitalar (IH) seja de 9%, e a taxa de letalidade seja de 14,35% para pacientes infectados. IH é definida como infecções que ocorrem após a hospitalização de um paciente e podem ser reveladas pós-hospitalares ou altas, relacionadas à hospitalização ou procedimentos hospitalares (Portella, 2021).

Tais infecções são de grande preocupação nos ambientes de cuidados em saúde no Brasil, especialmente quando associadas aos patógenos multirresistentes. Considerando que a múltipla resistência antimicrobiana reduz as opções de tratamento, geralmente aumenta o tempo de internação hospitalar e está diretamente vinculada ao aumento de óbitos e custos, ou seja, as IRAS são um dos problemas de saúde mais urgentes da atualidade (Prates, 2020).

Infecções hospitalares durante períodos pós-parto (IHPP) são uma preocupação significativa em todo o mundo, pois as mulheres enfrentam desafios físicos e psicológicos durante a recuperação. Essas infecções podem modificar significativamente a gravidade e afetar tanto a mãe quanto o recém-nascido, levando a morbidade e mortalidade significativas. A incidência de IHPP é influenciada por vários fatores, desde características do paciente até práticas de saúde, tornando crucial entender esses fatores para estratégias eficazes de prevenção e intervenção (Batista et al., 2019; Souza, 2022).

Fatores de risco para IHPP podem ser divididos em paciente, ambiente hospitalar e intervenção médica. Riscos relacionados ao paciente incluem imunossupressão pós-parto, presença de comorbidades como diabetes ou obesidade, ruptura prolongada de membrana, qualidade da higiene, excesso de cuidado do paciente e colonização bacteriana. Intervenções médicas invasivas como cesáreas e episiotomias também aumentam o risco de infecção (Nunes et al., 2024). 

A cesariana pode ser vista como fator que predispõe predisponente para infecção puerperal (IP), sobretudo referente a infecção no local da cirurgia, uma vez que o risco de cesariana é aumentado em até 1,5 vezes em comparação ao parto vaginal. O Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), o Brasil tem uma das mais altas taxas de cesarianas do mundo, com 57,2% (Brasil, 2022). A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que limite máximo seja de 15% do número total de cesarianas em unidades de saúde para proteger a saúde materna e/ou fetal (Almeida et al., 2020).

A prevenção da IHPP requer uma estratégia variada que trate tanto dos fatores de risco quanto das práticas institucionais específicas. As estratégias incluem práticas específicas de higiene das mãos, a utilização de antibióticos preventivos, a promoção do aleitamento materno e a adoção de cuidados de intervenções invasivas (Andrade et al., 2021).

A taxa de prevalência das IPs nos países europeus varia de 3% a 20%, com uma média de 9%. No Brasil, os dados a respeito da sepse (infecção) pós-parto ainda são limitados, baseados principalmente em estudos descritivos em determinados centros isolados. Os valores para o Brasil variam de 1% a 7,2% (Almeida et al., 2020).

O presente estudo teve como objetivo identificar os principais fatores de risco associados às IHPP através da literatura, visando à melhoria da saúde materna e da qualidade dos cuidados prestados no ambiente hospitalar. 

2. REFERENCIAL TEÓRICO 

2.1 Infecção Hospitalar

As infecções hospitalares (IH), atualmente denominadas Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), são uma das principais preocupações no campo da saúde, afetando pacientes vulneráveis em ambientes hospitalares e outros serviços de saúde. Essa mudança conceitual, destacada pela ANVISA, reflete a ampliação do foco para todos os locais de atendimento, e não apenas hospitais, considerando o impacto direto dessas infecções na saúde pública e na qualidade do cuidado prestado (Nunes et al., 2024; Hespanhol et al., 2019).  

As IRAS são adquiridas após procedimentos médicos ou internações, sendo frequentemente associadas a manifestações clínicas após o terceiro dia de internação. Sua ocorrência pode ter causas endógenas ou exógenas, ambas influenciadas por múltiplos fatores, como práticas inadequadas de higiene e falhas nos protocolos de controle de infecção (ANVISA, 2021).

Com um impacto global cada vez mais significativo, as IRAs estão associadas a altas taxas de doenças e doenças, além de mortes gerarem custos financeiros elevados para os sistemas de saúde. As estatísticas indicam que existem milhões de casos anuais nos Estados Unidos e uma taxa de até 37 casos a cada 1.000 internações no Brasil. A resistência a tratamentos é mais frequente em infecções adquiridas de fontes exógenas (Gomes & Gasparetto, 2021; Lima et al., 2022). 

A prevenção das IRAS envolve medidas simples e eficazes, como higienização das mãos, uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs) e treinamento contínuo dos profissionais de saúde. Regulamentações como a RDC nº 42/2010 da ANVISA reforçam a obrigatoriedade do uso de álcool em gel para higienização em todas as áreas de atendimento, destacando a importância da educação e da adesão às normas (ANVISA, 2019; Siegel, 2019).  

Entre as IRAS, a infecção do sítio cirúrgico (ISC) destaca-se por sua alta morbidade e mortalidade, com fatores de risco associados tanto ao paciente quanto à técnica cirúrgica. No Brasil, a ISC ocupa a terceira posição entre todas as IRAS, exigindo protocolos rigorosos de prevenção, especialmente em UTIs, onde os microrganismos resistentes são prevalentes (Araújo & Oliveira, 2023). 

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) tem um papel efetivo no combate às IRAS, implementando programas de controle e vigilância das infecções que ocorrem nos hospitais. Criada pela Portaria nº 2.616/1998, essa estrutura é de suma importância para garantir a segurança dos pacientes e a eficácia das táticas de prevenção (Ventura et al., 2020). 

As IRAS permanecem como um desafio relevante na saúde pública, exigindo esforços colaborativos, políticas padronizadas e compromisso constante com a segurança e a qualidade do cuidado para reduzir sua incidência e impacto (Allen-Bridson, 2020; Siegel et al., 2019).

2.2 Infecção puerperal

O puerpério, que se estende do primeiro ao sexagésimo dia após o parto, é dividido em fases imediato, tardio e remoto. Nesse período, a mulher está suscetível a infecções puerperais (IPs), caracterizadas por febre acima de 38ºC por dois dias consecutivos, até o décimo dia pós-parto. Essas infecções representam a terceira principal causa de mortalidade materna no Brasil, com taxa de mortalidade variando de 1 a 10% (Nunes et al., 2024).  

As IPs estão associadas a fatores como partos cesáreos, especialmente emergenciais, gestações múltiplas, ruptura prolongada de membranas, trabalho de parto prolongado e manipulações vaginais excessivas. O ambiente hospitalar contribui significativamente para o risco, embora os sintomas possam se manifestar após a alta (Ferreira et al., 2021).  

O acompanhamento pós-parto adequado é essencial, mas muitas vezes negligenciado devido à sobrecarga do sistema de saúde, que foca no cuidado com o recém-nascido. Isso aumenta o risco de IPs passarem despercebidos, destacando a necessidade de consultas que avaliem sinais de infecção e promovam o autocuidado materno (Marques et al., 2021).  

A definição de IP varia na literatura, abrangendo termos como sepse puerperal e febre puerperal. Segundo a OMS, a IP ocorre no trato reprodutivo até 42 dias pós-parto e pode envolver febre, dor pélvica, atraso na involução uterina e infecções na ferida cirúrgica (Nunes et al., 2024).  

Os principais agentes causadores incluem Streptococcus do grupo B, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus. Cesáreas apresentam um risco três vezes maior de complicações, agravadas por fatores como diabetes, obesidade, anemia e más condições de assepsia (Santos, 2023; Pacheco et al., 2023).  Estima-se que 5 a 7% das mulheres desenvolvem IPs, com progressão para sepse em 10 a 15% dos casos. No Brasil, as IPs representam 73% das mortes por causas obstétricas diretas, sendo o terceiro fator mais letal no período pós-parto (Santos, 2023).  

Além do impacto na saúde, infecções como ISC aumentam os custos hospitalares, dobram o tempo de internação e elevam em cinco vezes a probabilidade de readmissão. A alta prevalência de cesáreas no Brasil, segunda maior do mundo, reforça o risco elevado de IPs (Anderson et al., 2019). O adiamento da maternidade, juntamente com as melhores condições socioeconômicas, eleva os riscos de complicações após o parto. Detectar precocemente e tratar de forma correta são imprescindíveis para diminuir a mortalidade e as complicações associadas às IPs (Nunes et al., 2024).

2.3 Tipos de infecções hospitalares que afetam mulheres no período pós-parto

As infecções hospitalares que acometem mulheres no período pós-parto, conhecidas como infecções puerperais, incluem condições como febre puerperal, endometrite e parametrite. Essas complicações são graves e podem levar a desfechos clínicos severos, como sepse e óbito materno, caso não sejam diagnosticadas e tratadas de forma precoce e adequada (Afya, 2023; Grupo Medcof, 2023; Who, 2022)

Endometrite, é a infecção mais comum, caracterizada por inflamação no endométrio. Em casos graves, pode evoluir para endomiometrite, atingindo o miométrio. Sintomas incluem febre, dor pélvica, lóquios com odor fétido e sinais clínicos como a tríade de Bumm (útero amolecido, doloroso e hipoenvoluído). Pode levar à sepse se não tratada (Carvalho et al., 2022).

Parametrite, envolve inflamação nos tecidos adjacentes ao útero, geralmente associada a lacerações ou procedimentos cirúrgicos, com risco de progressão para abscessos. Sua prevenção exige intervenção precoce (Moldenhauer, 2022). É mencionada a probabilidade de infecção por Chlamydia trachomatis em casos de endometrite persistente, de maneira especial entre populações com risco elevado (Andrade et al., 2021). 

Figura 1: Diagnóstico Clínico das Diferentes Formas de Infecção Puerperal

tipos de infeções

Fonte: Ministério da Saúde, 2019. 

O quadro ajuda a diferenciar clinicamente os tipos de infecção pós-parto, com base em sinais e sintomas. Isso é fundamental para um diagnóstico precoce, tratamento adequado e prevenção de complicações graves como o choque séptico.

Outras infecções como Infecção de Trato Urinário (ITU), Infecção Primária de Corrente Sanguínea Laboratorial (IPCSL), durante a gestação, especialmente a ITU, representam um desafio clínico significativo, com implicações graves tanto para a mãe quanto para o bebê (Moldenhauer, 2022). A ITU é a complicação mais comum durante a gravidez, podendo levar a complicações sérias, como pielonefrite (é possível acontecer se caso bactérias da bexiga se alastrarem até os rins após o parto), frequentemente causando hospitalização (Carvalho, et al., 2022).

2.4 Intervenções utilizadas para o tratamento de infecções no período pós-parto

O tratamento de infecções no pós-parto exige intervenções rápidas e eficazes para evitar complicações. O tipo de parto a conduta, as intervenções têm tido influência negativas nas IPs, todavia, diversas instituições não se têm trabalhado em prol de uma filosofia apropriada para o com o cuidado à mulher no período puerperal (Araújo; Oliveira, 2023).

A identificação precoce de infecções, como a sepse, é de grande importância, e tem a capacidade de ser auxiliada por ferramentas como o escore de Equential Organ Failure Assessment (SOFA) e a avaliação Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS). A sepse materna pode exigir cuidados intensivos, monitoramento frequente e leitos líquidos. (Fundação Oswaldo Cruz, 2022).

A antibioticoterapia precoce é uma intervenção fundamental, principalmente em casos de endometrite e infecções em feridas cirúrgicas, devendo ser administrada o quanto antes, com escolha criteriosa do antimicrobiano para evitar resistência bacteriana. Na presença de abscessos, a drenagem minimamente invasiva é indicada para favorecer a recuperação. Os cuidados com feridas operatórias incluem manter o local limpo, seco e vigilante a sinais de infecção. As intervenções devem ser abrangentes, considerando os aspectos físicos, psicoemocionais e sociais do cuidado (Who, 2022; Brasil, 2022; Scielo, 2023; Afya, 2023; Grupo Medcof, 2023)

2.5 Protocolo de parto humanizado e cesárea

O conceito de parto humanizado transcende o local de realização do parto, focando na qualidade do atendimento que a mulher recebe durante todo o processo. Essa abordagem prioriza o protagonismo da parturiente, assegurando que suas decisões sejam respeitadas e suas preferências valorizadas. O parto humanizado é baseado em diretrizes internacionais, como as da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil, que visam garantir dignidade, segurança e bem-estar. Ele se inicia no pré-natal, passando pelo trabalho de parto e estendendo-se ao pós-parto, configurando-se como um cuidado integral e contínuo (Cunha et al., 2021).

Conforme Molina et al. (2024), o parto humanizado é assinalado por um ambiente acolhedor, intervenções exclusivamente quando estritamente imprescindíveis e valorização das preferências da mulher. Essa prática avalia o parto como um evento fisiológico natural e procura prevenir agressões físicas ou psicológicas.

A Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal, revisada em 2022, trouxe avanços significativos, enfatizando o respeito às decisões da gestante, o protagonismo da mulher e a promoção de práticas baseadas em evidências, conforme descrito no Quadro 1 (Ministério da Saúde, 2022).

Quadro 1: Recomendações da Diretriz Nacional de Assistência ao Parto humanizado

RecomendaçãoDescriçãoFontes
Foco na Humanização do Parto Atendimento que respeita a dignidade, privacidade e as decisões da mulher. Suporte contínuo e ambiente acolhedor para a gestante e sua família.
WHO,2022; BRASIL,2022
    
Apoio Contínuo e Presença de Acompanhantes:Direito da mulher de ter um acompanhante de sua escolha, que deve ser bem informado. Apoio contínuo melhora os desfechos, mas não substitui a equipe.Who,2022; Febrasgo,2023
Redução de Intervenções Desnecessárias:Reduzir práticas sem respaldo científico, como episiotomia de rotina e uso excessivo de analgésicos.Who,2022; Brasil,2022; Febrasgo,2023
Informação e ComunicaçãoAs gestantes devem receber informações claras, com participação ativa nas decisões sobre seus cuidados. Who,2022; Brasil,2022; 
Manejo da dor no trabalho de parto Informar sobre métodos farmacológicos e não farmacológicos para alívio da dor, respeitando as escolhas e preferências da mulher. Who,2022; Brasil,2022; Febrasgo,2023
Ambiente AcolhedorAmbiente deve ser seguro, confortável, com liberdade de movimentos e estrutura para assistência tanto em partos normais como cesarianas, se necessário.Who,2022; Brasil,2022
Integração da Equipe MultidisciplinarA atuação colaborativa entre médicos, enfermeiros, obstetrizes e doulas garante cuidado seguro e respeitoso e baseado na comunicação efetiva e nas boas práticas.Who,2022; Febrasgo,2023
Protagonismo da Parturiente. A mulher deve ser protagonista do parto, com consentimento verbal e, quando necessário, escrito, garantindo compreensão de todos os procedimentos e escolhas.Who,2022; Brasil,2022; Febrasgo,2023

FONTE: PRÓPRIO AUTOR

O quadro reforça a ideia de que o parto humanizado é mais do que uma técnica médica. É um cuidado centrado na mulher em que ela é respeitada como protagonista, com apoio emocional, liberdade de escolha e atendimento seguro, eficaz e acolhedor por uma equipe integrada.

Pesquisas como a de Leal et al. (2023), destacam que a autonomia feminina durante o parto é essencial para promover uma experiência humanizada. O conhecimento adquirido no pré-natal fortalece a segurança e permite que a mulher tome decisões informadas, aumentando sua satisfação com o processo de parto.

Por outro lado, o Brasil ainda enfrenta desafios, como as taxas elevadas de cesáreas, muitas vezes realizadas sem indicação clínica, contrariando as recomendações de não intervencionismo e de incentivo ao parto seguro e natural sempre que possível (Who, 2022; Brasil, 2022; Febrasgo, 2023). De acordo com Molina et al (2024), existem impedimentos como a resistência cultural de determinados profissionais e a ausência de uma infraestrutura adequada, que dificultam a adoção de práticas mais humanizadas.

O protocolo de cesárea é igualmente relevante no contexto da humanização do parto. Diretrizes específicas foram desenvolvidas para garantir que esse procedimento seja seguro e eficiente. A cesariana é indicada em situações de risco, como desproporção cefalopélvica, placenta prévia e sofrimento fetal. O preparo pré-operatório inclui avaliação clínica, exames laboratoriais e profilaxia antibiótica. Durante o procedimento, a incisão de Pfannenstiel é preferida por ser menos invasiva e reduzir complicações futuras (Araújo et al., 2019; Sena, 2023).

Além disso, iniciativas inovadoras para a humanização foram aplicadas no parto cesáreo. Recomenda-se adotar medidas como uma iluminação suave, ter acompanhamento por perto e garantir o contato pele a pele logo após o nascimento entre a mãe e o bebê. Essas práticas trazem vantagens tanto fisiológicas quanto emocionais, como a estabilização da temperatura do recém-nascido e o incentivo à amamentação precoce. (Cunha et al., 2021; Pereira, 2019).

Tanto o parto humanizado quanto a cesariana humanizada representam avanços importantes na obstetrícia, destacando a necessidade de educação continuada para os profissionais de saúde e de investimentos em infraestrutura. Essas iniciativas garantem uma assistência centrada na mulher, respeitosa e baseada em evidências, contribuindo para melhores resultados materno-infantis (Cunha et al., 2021; Ministério da Saúde, 2022).

3. METODOLOGIA

A metodologia adotada foi a revisão narrativa, que se destaca pela análise de artigos científicos já publicados anteriormente. As ferramentas de busca partiram do eixo norteador pela questão-problema: Quais os principais fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de IHPP? A busca foi realizada por acesso on-line junto as seguintes bases científicas: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Evidência científica em saúde da América Latina e Caribe (BIREME/OPAS/OMS) e PubMed. Também foram consultados os Repositórios acadêmicos e manuais do Ministério da Saúde. Os descritores utilizados foram: Infecções hospitalares; Pós-parto; Fatores de risco; Prevenção; Intervenção.

Os artigos foram selecionados por meio da análise dos títulos e resumos dos estudos encontrados, com o objetivo de identificar aqueles que atendem aos critérios de inclusão. Na sequência, os artigos escolhidos foram analisados ​​por completo e avaliados em relação à sua qualidade metodológica.

Os critérios de inclusão foram um conjunto de artigos científicos publicados integralmente em português entre 2019 e 2025, em língua portuguesa, avaliando sua qualidade, relevância, originalidade, clareza e coerência. Foi avaliado também a significância dos resultados apresentados no artigo e o impacto potencial no campo de estudo. Os artigos foram apoiados por evidências sólidas e consistentes com a literatura existente, permitindo uma avaliação mais completa e justa de um artigo acadêmico. Foram excluídos os arquivos que disponibilizam apenas resumos; aos que não apresentam uma relação direta com o tema em análise e que não correspondem com os critérios estabelecidos para avaliação dos artigos encontrados.

A coleta de dados envolveu uma revisão da literatura, na qual foram extraídas informações. Os dados passaram por uma análise qualitativa dos estudos selecionados e, depois disso, foram sintetizados para responder à questão de pesquisa, resultando em uma revisão completa da literatura.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os principais fatores de risco de infecções após o parto incluem a possibilidade de cesarianas, a presença de comorbidades como diabetes e obesidade, além da ruptura prolongada das membranas. Juntamente com práticas inadequadas de higiene e de cuidados após a cirurgia, foram apontados como elementos essenciais para o surgimento de infecção (Carvalho et al., 2022; Nunes et al., 2024). 

A literatura aponta que a infecção de sítio cirúrgico, particularmente após cesarianas, é uma das complicações mais frequentes, com a endometrite sendo a infecção mais comumente observada. Dados do Brasil indicam que a prevalência de infecções puerperais varia entre 1% a 7,2%, dependendo da qualidade dos cuidados prestados e da vigilância dos profissionais de saúde (Almeida et al., 2020; Pacheco et al., 2023). 

A adoção de estratégias preventivas, como seguir as normas institucionais de prevenção de infecções, ajudou a diminuir a ocorrência de IHPP em hospitais com elevado número de cesarianas. As estratégias de prevenção mais eficazes envolvem a adoção de protocolos de higiene das mãos e o uso adequado de antibióticos profiláticos em casos de cesarianas (ANVISA, 2019; Andrade et al., 2021).

A análise dos dados coletados indica que é possível prevenir ou reduzir as IHPP por meio da implementação de práticas rigorosas de controle de infecções, como a lavagem das mãos, a utilização de antibióticos profiláticos e o cuidado adequado com as feridas cirúrgicas. A alta taxa de cesarianas no Brasil, frequentemente realizada sem critérios adequados, é um fator significativo que contribui para o aumento das infecções após o parto (Pacheco et al., 2023; Anvisa, 2021).

A educação contínua dos profissionais de saúde e a capacitação em técnicas de prevenção de infecções são fundamentais para garantir a segurança dos pacientes. A implementação de protocolos padronizados, como o uso de álcool para a higienização das mãos, mostrou-se eficaz na redução da incidência de infecções relacionadas aos cuidados hospitalares, particularmente em unidades de saúde com alta demanda (Andrade et al., 2021; Anvisa, 2019).

A atenção humanizada se mostrou um fator crucial no manejo das infecções pós-parto. Além dos cuidados médicos, oferecer suporte emocional e psicológico à puérpera pode acelerar a recuperação e reduzir o impacto negativo das complicações pós-parto, reforçando a importância de uma abordagem holística no cuidado à saúde materna (Batista et al., 2019; Molina et al., 2024).

5. CONCLUSÃO

As IHPP são uma das principais causas de morbimortalidade materna, exigindo uma vigilância redobrada tanto de profissionais de saúde quanto de gestores de hospitais. Este estudo explorou as evidências disponíveis a respeito dos fatores de risco, as estratégias de prevenção e as intervenções mais eficazes para lidar com esse problema, destacando a relevância de ações integradas e baseadas em evidências científicas.

Identificou-se que os fatores de risco decorrem tanto de condições específicas das puérperas quanto de práticas institucionais inadequadas, como deficiências na higiene das mãos e o uso excessivo de procedimentos invasivos. A cesariana, em particular, desponta como um fator de risco significativo, o que reforça a necessidade de protocolos rigorosos de profilaxia antibiótica e cuidados especializados no período pós-operatório.

As ações preventivas mais efetivas abrangem a concepção de protocolos padronizados, o treinamento constante dos profissionais de saúde, a vigilância ativa para detectar casos de forma precoce e a promoção de um atendimento humanizado. A formação de um ambiente hospitalar seguro, combinada com essas estratégias, é fundamental para diminuir os riscos e diminuir a ocorrência de IHPP.

Conclui-se que, é fundamental expandir as pesquisas que investiguem práticas inovadoras e eficazes, o que ajudará na criação de políticas públicas mais robustas. Por meio de ações em conjunto entre gestores, profissionais de saúde e pacientes, melhorar a qualidade do atendimento materno e reduzir os índices de doenças e mortes relacionadas a infecções hospitalares no período após o parto.

REFERÊNCIAS

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1Amanda da Silva Souza. Universidade Evangélica de Goiás. E-mail: amandasoouzaq@gmail.com
2Maria Carolline Andrade Rodrigues. Universidade Evangélica de Goiás. E-mail: rmariacarollinne@gmail.com
3Mikaelly Duarte de Oliveira. Universidade Evangélica de Goiás. E-mail: mikaellyduarte123@gmail.com
4Natalia Martins Viana. Universidade Evangélica de Goiás. E-mail: natyviananaty1@gmal.com
5Suzanne Parreira Rodrigues. Universidade Evangélica de Goiás. E-mail: suzanneparreira25@gmail.com
6Tainara Tatila Fernandes. Universidade Evangélica de Goiás. E-mail: tainaratatila80@gmail.com
7Fernanda da Silva Vieira. Docente da Universidade Evangélica de Goiás. E-mail: fernanda.vieira@docente.unievangelica.edu.br
8Heloiza Dias Lopes Lago. Docente da Universidade Evangélica de Goiás. E-mail: heloiza.lago@unievangelica.edu.br
9João Paulo Langsdorff-Serafim. Docente da Universidade Evangélica de Goiás. E-mail: joaoserafim@doscente.unievangelica.edu.br