HELICOBACTER PYLORI INFECTION AND ITS CLINICAL MANIFESTATIONS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202410301125
Patricia Amorim de Oliveira¹; Paula Amorim de Oliveira²; Marcilene Maria de Almeida Fonseca³; Rosa Maria Machado Ribeiro⁴.
Resumo
A Helicobacter pylori (H. pylori) é um dos patógenos mais prevalentes em humanos, contribuindo significativamente para doenças gastroduodenais. Apesar de amplamente pesquisada, ainda há lacunas no entendimento dessa patologia. O objetivo geral deste estudo é analisar a literatura existente sobre a manifestação clínica da infecção por H. pylori em seres humanos e suas correlações epidemiológicas. O objetivo específico é a atualização de acadêmicos e profissionais de saúde sobre a epidemiologia e as manifestações clínicas da infecção por H. pylori em seres humanos. Para realizar esta revisão bibliográfica, foram consultados consensos sobre H. pylori, diretrizes e artigos científicos disponíveis nas bases de dados PubMed e SciELO. Os critérios de inclusão adotados foram: publicações de 2016 a 2024, acesso gratuito ao texto completo, ensaios clínicos, revisões sistemáticas, testes controlados e aleatórios, e redação em português, inglês e/ou espanhol. Os artigos selecionados contribuem com conceitos relevantes para delinear as ideias relacionadas ao tema deste estudo. Foram excluídos os trabalhos que não estavam alinhados com os objetivos deste estudo, e aqueles que não estavam disponíveis integralmente de forma gratuita, apenas resumos e os com metodologia inadequada ou de baixa qualidade científica. Constatou-se que estudos adicionais sobre H. pylori são imprescindíveis para elucidar inteiramente a patogênese desta infecção, contudo, há indícios de que o processo é influenciado por fatores genéticos e ambientais, os quais também carecem de mais pesquisa. Além disso, é fundamental para sensibilizar os legisladores no planejamento das políticas públicas de saúde e, assim, melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave: Infecções por Helicobacter; Gastrite; Úlcera Péptica; Neoplasias Gástricas; Dispepsia.
Abstract
Helicobacter pylori (H. pylori) is one of the most prevalent pathogens in humans, contributing significantly to gastroduodenal diseases. Despite being widely researched, there are still gaps in the understanding of this pathology. The general objective of this study is to analyze the existing literature on the clinical manifestation of H. pylori infection in humans and its epidemiological correlations. The specific objective is to update academics and health professionals on the epidemiology and clinical manifestations of H. pylori infection in humans. To carry out this bibliographic review, consensus statements on H. pylori, guidelines and scientific articles available in the PubMed and SciELO databases were consulted. The inclusion criteria adopted were: publications from 2016 to 2024, free access to the full text, clinical trials, systematic reviews, controlled and randomized tests, and writing in Portuguese, English and/or Spanish. The selected articles contribute relevant concepts to outline ideas related to the topic of this study. Works that were not aligned with the objectives of this study were excluded, and those that were not fully available free of charge, only abstracts and those with inadequate methodology or low scientific quality. It was found that additional studies on H. pylori are essential to fully elucidate the pathogenesis of this infection, however, there is evidence that the process is influenced by genetic and environmental factors, which also require further research. Furthermore, it is essential to raise awareness among legislators when planning public health policies and, thus, improve patients’ quality of life.
Keywords: Helicobacter Infections; Gastritis; Peptic Ulcer; Gastric Neoplasms; Dyspepsia.
1. INTRODUÇÃO
A Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria encontrada no estômago e é um dos patógenos humanos mais comuns. A alta prevalência e a busca contínua pelo manejo da infecção levaram a formulação de consensos e diretrizes, que fornecem orientações para a gestão e o tratamento. Conforme o IV Consenso Brasileiro, a prevalência da infecção por H. pylori é alta, podendo chegar a 70%-90% em crianças menores ou iguais a 10 anos e em adultos (Coelho et al., 2018). Algumas pessoas infectadas serão assintomáticas e nunca irão apresentar problemas de saúde, enquanto outras terão náuseas, vômitos e dor abdominal, podendo evoluir para doenças gastroduodenais, como: gastrite, úlcera péptica, câncer gástrico e dispepsia, o que afeta a qualidade de vida e interfere nas atividades diárias delas (Holmes et al., 2021). Com frequência, a colonização gástrica por H. pylori acontece na infância, porém é possível que as desordens gastrointestinais relacionadas a esta bactéria se expressem anos depois (Jalalpour et al., 2020).
O aparecimento e a evolução das lesões dependem da interação que existe entre o parasita e o hospedeiro, a qual é influenciada por diversos elementos, como: suscetibilidade genética do hospedeiro, fatores ambientais e virulência bacteriana (Oliveira et al., 2021). Apesar da H. pylori ser amplamente estudada, ainda faltam informações sobre a doença, como: modo de transmissão e interação hospedeiro-patógeno (Katelaris et al., 2023). Este artigo tem o propósito de ressaltar a importância de abordar o manejo clínico e de conhecer as características da população local, pois, a diminuição da infecção está intrinsecamente correlacionada às melhorias na higiene e no saneamento de uma população (Katelaris et al., 2023). De acordo com a IV Conferência de Consenso Brasileiro sobre infecção por Helicobacter pylori, os fatores de risco, no Brasil, são: condições de vida inapropriadas, aspectos sanitário e socioeconômico (Coelho et al., 2018).
Nesse sentido, o objetivo geral deste trabalho é analisar a literatura existente sobre a manifestação clínica da infecção por Helicobacter pylori no ser humano e suas correlações epidemiológicas. E o objetivo específico é a atualização de acadêmicos e profissionais de saúde sobre a epidemiologia e as manifestações clínicas da infecção por H. pylori em seres humanos.
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Helicobacter pylori
No ano de 1983, os pesquisadores australianos Barry Marshall e John Robin Warren descobriram uma bactéria capaz de sobreviver ao pH do estômago, chamada de Helicobacter pylori. Em 2005, eles ganharam o Prêmio Nobel de Medicina com suas pesquisas.
Helicobacter é um gênero de bacilos gram-negativos, apresentam crescimento lento, têm forma helicoidal, possuem flagelos que conferem mobilidade no meio mucoso e produzem urease, as quais são essenciais para a sobrevivência em meio ácido e para o deslocamento até um ambiente de pH neutro. H. pylori está associada à gastrite, à ulceração péptica, ao adenocarcinoma gástrico e ao linfoma gástrico de tecido linfoide associado a mucosa (MALT) (Mejia-Ortiz et al., 2021).
Ao longo dos anos, a infecção por H. pylori causa gastrite crônica atrófica (relacionada a úlceras) ou não atrófica (perda das glândulas mucosas), levando à metaplasia intestinal. A progressão da metaplasia pode resultar em displasia e, eventualmente, em adenocarcinoma. Além disso, H. pylori está associado ao MALToma, um linfoma da mucosa, onde estimula a produção da citocina APRIL, promovendo a promoção de células B (Cuyutupac, 2020).
Os fatores de virulência que contribuem para a colonização e manifestações clínicas da H. pylori são: bloqueio da produção de ácidos por uma proteína bacteriana inibidora; neutralização dos ácidos gástricos pela amônia produzida pela atividade da enzima urease; proteínas de adesão; proteínas de superfície; lesão tecidual (devido a urease, mucinase, fosfolipases e citotoxina A vacuolizante – VacA); gene associado à citotoxina (cagA), o qual estimula a produção de interleucina (IL)-8, atraindo neutrófilos (Mejia-Ortiz et al., 2021).
2.2 Epidemiologia
A relação entre H. pylori e o ser humano ainda necessita de mais pesquisas, porém, é consenso que o agente infeccioso tem como reservatório o ser humano e que a transmissão pode ser por via gastro-oral ou pela via oral-oral. Há indícios de transmissão de pessoa para pessoa, principalmente de mãe para filho. Pode ocorrer, também, a transmissão fecal-oral, mas a probabilidade desta é menor nos países desenvolvidos (Katelaris et al., 2023).
Para Ko H-J et al. (2021), a preponderância da infecção por H. pylori muda com a área geográfica, idade, etnia e situação socioeconômica, sendo maior nos países em desenvolvimento e nos que têm condições socioeconômicas precárias. A taxa de infecção na África é de 79,1%, na América Latina e na Ásia é de 54,7%. Os números são semelhantes aos encontrados por Zamani et al. (2018) que evidenciam taxa de prevalência de 59,3% na América Latina e no Caribe. Zamani et al. (2018) apontam taxa de infecção mais baixa na América do Norte (25,8%), assim como Ko H-J et al. (2021), que apontam valores de 37,1% para América do Norte e de 24,4% na Oceania.
A maior prevalência da infecção por H. pylori em regiões com menor nível socioeconômico e pior gestão da saúde, aumenta o risco de complicações, como gastrite crônica, úlceras pépticas e câncer gástrico (Keikha; Ali-Hassanzadeh; Karbalaei, 2020).
A gravidade das cepas do H. pylori, a genética do hospedeiro e do ambiente também influenciam as manifestações clínicas. Fatores de estilo de vida, como dieta, hábitos alimentares, alcoolismo e higiene, também podem afetar o estado do estômago (Keikha; AliHassanzadeh; Karbalaei, 2020).
Segundo o IV Consenso Brasileiro a infecção por H. pylori no Brasil predomina nas áreas urbanas e rurais e a infância é o período de maior risco, atingindo 50% das crianças de 2 a 5 anos, 70% a 90% das crianças menores ou iguais a 10 anos e os adultos (Coelho et al., 2018). A prevalência da infecção por H. pylori em certas localidades brasileiras é semelhante às taxas de infecção na África, as quais podem ser de 90% (Oliveira et al., 2021).
O Consenso de Toronto afirma que a escassez de informações sobre padrões locais de suscetibilidade e taxas de sucesso de erradicação influencia no tratamento do paciente (Fallone et al., 2016). A investigação epidemiológica fornece subsídios relacionados à doença a fim de que os recursos possam ser devidamente alocados para recomendação de medidas preventivas e controle da doença de uma determinada população (Awan et al., 2024).
2.3 Manifestações Clínicas
2.3.1 Gastrite
A gastrite é uma inflamação do revestimento interno do estômago, caracterizada, principalmente, por granulócitos na gastrite ativa e por células mononucleares na gastrite crônica, e é desencadeada por diversos fatores, sendo a infecção pela bactéria H. pylori a causa mais comum no mundo todo, já que coloniza a mucosa gástrica de 4,4 bilhões de pessoas (Zuo et al., 2020).
A infecção por H. pylori causa inicialmente uma resposta inflamatória aguda no estômago, que resulta em gastrite aguda e em inflamação da lâmina própria. Ela pode causar liberação de radicais livres e desencadear apoptose no epitélio colunar gástrico, que conduz à perda de células epiteliais no revestimento do estômago (Mejia-Ortiz et al., 2021).
A infecção também provoca um aumento na resposta do sistema imunológico no estômago, o que significa que mais células brancas do sangue (leucócitos) se acumulam na zona afetada. Com o tempo, essas mudanças dão lugar a uma gastrite crônica, que é uma inflamação contínua ao longo do estômago. A gastrite crônica pode evoluir para uma gastrite atrófica, que se caracteriza pela perda de glândulas gástricas no revestimento do estômago. Isso pode afetar a capacidade do estômago para produzir ácido e enzimas digestivas. Em alguns casos, a gastrite atrófica pode progredir para metaplasia intestinal. Neste processo, o tecido epitelial colunar gástrico normal é substituído por um tipo de tecido semelhante ao intestinal (Mejia-Ortiz et al., 2021). Quando a metaplasia intestinal está presente, existe um grande risco de desenvolvimento de células glandulares anormais (displasia), que pode progredir para o adenocarcinoma, uma forma de câncer gástrico (Mejia-Ortiz et al., 2021).
2.3.2 Úlcera péptica
As úlceras são lesões que ocorrem na mucosa e submucosa do trato gastrointestinal, sendo lesões como úlcera gástrica (no estômago) ou úlcera duodenal (na primeira parte do duodeno). Essas úlceras ocorrem devido a um desequilíbrio entre fatores invasivos e mecanismos de defesa do hospedeiro (Keikha; Ali-Hassanzadeh; Karbalaei, 2020). A úlcera péptica é uma doença crônica remitente-recorrente e que se não for tratada causa dor, sangramento, perfurações e morte (Katelaris et al., 2023). Fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de úlceras pépticas incluem a disfunção de ácido gástrico, de pepsina e de sais biliares, o aumento de radicais livres de oxigênio, o consumo de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e a infecção por H. pylori (Keikha; Ali-Hassanzadeh; Karbalaei, 2020). Os mecanismos naturais do corpo que protegem a mucosa gástrica são: produção de muco, bicarbonato, prostaglandina, antioxidantes e circulação sanguínea (Keikha; Ali-Hassanzadeh; Karbalaei, 2020).
Tanto a infecção por H. pylori como o uso de AINEs são considerados os principais agentes causadores de úlceras pépticas. H. pylori é especialmente proeminente, sendo isolado em 60-80% dos casos de úlcera péptica. H. pylori e AINEs, embora de forma independente, podem ter efeitos sinérgicos na indução de inflamação grave e úlceras (Keikha; Ali-Hassanzadeh; Karbalaei, 2020). Determina-se que o risco de ter úlcera péptica devido à infecção por H. pylori é de 15-20% no decorrer da vida e que a erradicação desta bactéria cura a maior parte das úlceras pépticas ativas e impede recidivas (Katelaris et al., 2023).
2.3.3 Câncer gástrico
O câncer gástrico é uma das neoplasias mais comuns globalmente, ocupando a sexta posição em termos de incidência e sendo a terceira principal causa de óbito relacionada ao câncer. Intervenções de saúde adequadas levaram a uma redução na incidência do câncer gástrico em países desenvolvidos. No entanto, nos países em desenvolvimento, as taxas de morbimortalidade continuam altas, apesar dessas intervenções (Rodrigues et al., 2021).
Em 1994, a Organização Mundial de Saúde (OMS) categorizou a bactéria H. pylori como cancerígeno do Grupo I, em razão de seu papel na carcinogênese (Oliveira et al., 2021). E de acordo com o IV Consenso Brasileiro, estudos confirmaram que H. pylori é o principal agente etiológico do câncer gástrico, sendo associado a aproximadamente 80% dos tumores malignos do estômago. A erradicação da bactéria pode diminuir o risco de câncer gástrico (Coelho et al., 2018). Desse modo, a infecção por H. pylori é um fator importante no desenvolvimento do câncer gástrico, o qual apresenta as seguintes etapas: gastrite aguda, gastrite crônica, atrofia gástrica, metaplasia intestinal e displasia (Malfertheiner et al., 2017).
Nesse sentido, DeptuⱢa et al. (2021) preconizam que H. pylori é um fator de risco para câncer gástrico, devido ao CagA e ao VacA causarem transformação neoplásica, já que desregulam as vias de sinalização intracelular do hospedeiro. CagA tem a capacidade de interagir com as proteínas do hospedeiro, desencadeando vias de sinalização adicionais que resultam na ativação das respostas inflamatórias e no aumento da proliferação celular no hospedeiro. Essa ativação da resposta imunológica, por sua vez, provoca um aumento na geração de espécies reativas de oxigênio, intensificando o estresse oxidativo que culmina em danos celulares e no DNA. Isso, por sua vez, propicia o desenvolvimento de processos carcinogênicos. Além disso, a proliferação celular descontrolada pode dar origem a mutações genéticas durante a replicação normal do DNA das células (DeptuⱢa et al., 2021).
2.3.4 Dispepsia
Segundo IV Consenso Brasileiro, dispepsia é uma condição clínica caracterizada por dor persistente e/ou recorrente ou desconforto localizado na parte central e superior do abdome, conhecida como epigástrio. Acomete em torno de 10 a 30% da população mundial e a maioria dos pacientes não apresenta evidências de problemas orgânicos que possam explicar os sintomas (Coelho et al., 2018).
De acordo com as Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gastroenterologia, a infecção por H. pylori é uma das causas de dispepsia, podendo apresentar sintomas em alguns pacientes e ser assintomática em outros. A erradicação dessa bactéria em pacientes com dispepsia funcional é indicada, principalmente, antes do surgimento de lesões na mucosa gástrica. A 11ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) reconheceu e incluiu a dispepsia associada à H. pylori e destacou que a úlcera péptica e o câncer gástrico podem ser causados pela gastrite por H. pylori, independente da sintomatologia. Além disso, outras condições foram relacionadas ao H. pylori (Katelaris et al., 2023).
Nessa perspectiva:
H. pylori também pode ter um papel na dispepsia não investigada e funcional, risco de úlcera em pacientes que tomam aspirina em baixa dose ou iniciam terapia com um medicamento anti-inflamatório não esteroidal, anemia por deficiência de ferro inexplicável e púrpura trombocitopênica idiopática (Chey et al., 2017, p. 212).
Nesse sentido, todas as diretrizes preconizam sobre a eliminação do H. pylori em pacientes com dispepsia funcional, a fim de aliviar os sintomas e evitar evolução para úlcera péptica e câncer gástrico.
3. METODOLOGIA
Este trabalho é uma revisão de literatura narrativa, realizada por duas examinadoras, durante o período de março de 2023 a março de 2024. Adotou-se uma abordagem estruturada que incorporou a análise de consensos e diretrizes, associada a artigos científicos publicados entre 2016 e 2024, que objetivam dar base teórica atualizada ao tema. Para tanto foram utilizadas as bases de dados eletrônicas PubMed e SciELO, com os seguintes critérios de inclusão: texto completo gratuito, ensaio clínico, revisão sistemática, teste controlado e aleatório e no idioma português, inglês e/ou espanhol. Inicialmente, foi acessado o portal dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da biblioteca virtual em saúde para pesquisa dos termos utilizados, com a busca dos vocábulos em português ou inglês. As seguintes palavras-chaves foram adotadas como descritores em ambas as bases de dados: infecções por Helicobacter, gastrite, úlcera péptica, neoplasias gástricas e dispepsia.
A etapa de triagem inicial foi efetuada mediante a leitura dos títulos e resumos e, com isso, todos os artigos que faziam referência a epidemiologia e as manifestações clínicas da infecção por H. pylori foram escolhidos para análise. Em seguida, todos aqueles que atendiam aos requisitos de elegibilidade foram lidos na totalidade, e foram selecionados os que satisfaziam os critérios de inclusão. Dentre os estudos escolhidos, foram consideradas todas as faixas etárias e ambos os sexos. Os resultados estatísticos apresentados foram retirados dos trabalhos consultados, publicados entre 2016 e 2024.
Foram excluídos os trabalhos não relacionados aos objetivos deste estudo, os que abordavam sobre doenças que não sejam gastroduodenais, aqueles que não estavam integralmente disponíveis de forma gratuita, apenas resumos e os com metodologia inadequada ou de baixa qualidade científica. Dessa maneira, a fim de fundamentar esta pesquisa, selecionou-se 17 trabalhos e empregou-se entendimentos pertinentes de outros autores.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após analisar os materiais encontrados nas pesquisas, foram descartados os artigos que não se encaixaram nos critérios de inclusão. Permaneceram, nesse caso, 03 consensos, 02 diretrizes e 12 artigos para integrar a discussão desse trabalho. Com o propósito de examinar o material selecionado, elaborou-se um quadro para dispor as informações obtidas, de maneira organizada, e desenvolver um banco de dados. No Quadro 01, os consensos, as diretrizes e os artigos foram arrumados de acordo com as seguintes informações: autor/ano, título, local/idioma e conteúdo.
Quadro 1 – Caracterização dos estudos selecionados segundo autor/ano, título, local/idioma e conteúdo.
Autor/Ano | Título | Local/Idioma | Conteúdo |
Awan et al. (2024) | Frequency, distribution and determinants of Helicobacter pylori infection in adults and adolescents with gastric symptoms: cross-sectional epidemiological inquiry in district Haripur, Pakistan. | Brasil, inglês | Estudo transversal que analisa a frequência, a distribuição e os determinantes da infecção por H. pylori em adultos e adolescentes com sintomas gástricos no distrito de Haripur, Paquistão. Mostrou que a infecção por H. pylori na população foi associada a sexo, nível de escolaridade, superlotação, hábitos alimentares, consumo de leite, água potável fonte e contato com animais, mas não com grupos etários. E que há necessidade de mais estudos. |
Chey et al. (2017) | ACG clinical guideline: Treatment of Helicobacter pylori infection. | EUA, inglês | A obra é uma diretriz clínica sobre o tratamento da infecção por H. pylori, feita junto com o Comitê de Parâmetros de Prática do American College of Gastroenterology. |
Coelho et al. (2018) | IV Conferência de Consenso Brasileiro sobre Infecção por Helicobacter Pylori. | Brasil, inglês | Reunião realizada com a participação de especialistas brasileiros e um internacional sobre a infecção por H. pylori, com a finalidade de debater e atualizar as recomendações sobre essa infecção na população adulta brasileira. |
Cuyutupac (2020) | Dental Biofilm, a reservoir for Helicobacter Pylori in patients with chronic gastritis. | Perú, inglês | O estudo encontrou alta prevalência do H. pylori no biofilme de pacientes com gastrite crônica e relação entre biofilme dentário e biópsia de mucosa gástrica para essa bactéria, confirmando o biofilme como potencial reservatório para reinfecção da mucosa gástrica. |
DeptuⱢa et al. (2021) | Nanomechanical Hallmarks of Helicobacter pylori Infection in Pediatric Patients. | Suíça, inglês | O artigo discorre sobre as características nanomecânicas da infecção por H. pylori em pacientes pediátricos e mostrou que as alterações celulares e no tecido sob a influência desta bactéria podem modificar respostas biológicas, induzindo processos neoplásicos. |
Fallone et al. (2016) | The Toronto Consensus for the Treatment of Helicobacter pylori Infection in Adults. | Canadá, inglês | O consenso foi composto por um grupo de profissionais com experiência no manejo de H. pylori, com a finalidade de revisar sistematicamente a literatura e fornecer orientações para a terapia de erradicação em adultos. Mostrou que o tratamento requer atenção à resistência local a antibióticos e aos padrões de erradicação, que as terapias quádruplas PAMC ou PBMT devem se destacar na erradicação da bactéria e que todos os tratamentos devem ser feitos por 14 dias. |
Holmes et al. (2021) | Predictive Effect of Helicobacter pylori in Gastric Carcinoma Development: Systematic Review and Quantitative Evidence Synthesis. | Suíça, inglês | Esta é uma meta-análise aplicada, nomeadamente, síntese de evidência quantitativa (QES), a qual mostrou relação direta do H. pylori com o carcinoma gástrico, contribuindo com a redução da infecção por H. pylori por meio de diagnóstico precoce e de terapia antimicrobiana. |
Jalalpour et al. (2020) | The H. pylori-related virulence factor CAGA influences the expression of chemokines CXCL10, CCL17, CCL20, CCl22, and their receptors by peripheral blood mononuclear cells from peptic ulcer patients. | Brasil, inglês | Este é um artigo sobre o fator de virulência relacionado ao H. pylori que influencia a expressão de quimiocinas CXCL10, CCL17, CCl20, CCL22, e seus receptores por células mononucleares de sangue periféricos de pacientes com úlceras pépticas. Os resultados mostraram que o estado CagA da bactéria influencia a expressão de quimiocinas e receptores. |
Katelaris et al. (2023) | Helicobacter pylori world gastroenterology organization global guideline. | EUA, inglês | A obra discorre sobre a história natural, transmissão, etiologia, manifestações clínicas, diagnóstico, opções de tratamento e perspectivas regionais para uma terapia de erradicação da H. pylori. |
Keikha, Ali-Hassanzadeh e Karbalaei (2020) | Association of Helicobacter pylori vacA genotypes and peptic ulcer in Iranian population: a systematic review and meta-analysis. | Irã, inglês | Essa revisão sistemática e meta-análise sobre a Associação de genótipos vacA de H. pylori e úlcera péptica na população iraniana analisou 24 artigos e demonstrou que existe uma relação significativa entre a infecção do estômago pelos genótipos m1, s1m1 e s2m1 e o desenvolvimento de úlcera péptica. |
Ko et al. (2021) | Helicobacter pylori infection and increased diabetes prevalence were the risks of colorectal adenoma for adults: A systematic review and meta-analysis (PRISMA-compliant article). | EUA, inglês | Essa revisão sistemática e meta-análise com pesquisas sistêmicas, através de banco de dados em inglês para relatórios médicos e registro da prevalência de diabetes e da prevalência de infecção por H. pylori, mostrou elevada prevalência de diabetes combinada com infecção por H. pylori, aumentando os riscos de adenoma colorretal na população adulta. |
Malfertheiner et al. (2017) | Management of Helicobacter pylori infection. The Maastricht V/ Florence Consensus. | UK, inglês | A obra é uma atualização sobre o manejo da infecção por H. pylori e contou com a colaboração de 43 especialistas de 24 países que examinaram os dados relacionados ao H. pylori em cinco workshops subdivididos: (1) Indicações/Associações, (2) Diagnóstico, (3) Tratamento, (4) Prevenção/Saúde Pública, (5) H. pylori e a Microbiota Gástrica. |
Mejia-Ortiz et al. (2021) | Estimación de la frecuencia de infección por Helicobacter pylori en pacientes con lesiones potencialmente malignas gástricas del municipio de Pasto-Nariño, 2016-2019. | Colômbia, espanhol | Estudo comparativo da frequência da infecção por H. pylori entre homens e mulheres com lesão gástrica potencialmente maligna do município de Pasto-Nariño. Detectou-se maior presença da bactéria, de gastrite atrófica crônica e metaplasia intestinal no grupo masculino do que no feminino. |
Oliveira et al. (2021) | Helicobacter pylori cagA virulence gene and severe esogastroduodenal diseases: is there na association? | Brasil, inglês | Este artigo estuda a prevalência do gene cagA entre isolados de H. pylori de pacientes com diferentes desordens gástricas, sua relação com os desfechos clínicos e investiga a estrutura filogenética das cepas de H. pylori. Mostrou que o gene cagA é muito predominante entre isolados desta bactéria de lesões gástricas em brasileiros e sua presença não foi considerada marcador de severidade das lesões esogastroduodenais. |
Rodrigues et al. (2021) | Histórico familiar de câncer gástrico em pacientes dispépticos indicados à triagem endoscópica. | Brasil, português | Estudo transversal realizado com pacientes dispépticos que tinham indicação para endoscopia digestiva alta mostrou associação independente das alterações da mucosa gástrica e a infecção por H. pylori com o histórico familiar de primeiro grau de câncer gástrico. |
Zamani et al. (2018) | Systematic review with meta-analysis: The World wide prevalence of Helicobacter pylori infection. | EUA, inglês | Essa revisão sistemática com meta-análise sobre a prevalência mundial da infecção por H. pylori mostrou que esta bactéria pode ser uma referência para o estado socioeconômico e de saúde de um país. |
Zuo et al. (2020) | Association between Helicobacter pylori infection and the risk of colorectal cancer: A systematic review and meta-analysis. | China, inglês | O artigo é uma revisão sistemática com meta-análise que demonstrou associação positiva entre a infecção por H. pylori e o risco de câncer colorretal. |
A seguir, serão apresentados os 12 trabalhos que mais se aprofundaram no tema deste estudo e nos objetivos geral e específico (epidemiologia e principais manifestações clínicas da infecção por H. pylori: gastrite, úlcera péptica, câncer gástrico e dispepsia).
No que concerne à epidemiologia, Mejia-Ortiz et al. (2021) concluíram que, entre os pacientes da cidade de Pasto, a frequência de infecção por H. pylori é maior em homens do que em mulheres (43,2% VS 31,6%, respectivamente) e que a taxa de gastrite atrófica ou metaplasia intestinal nos homens foi maior do que nas mulheres. Contudo, as mulheres portadoras da bactéria e com gastrite atrófica ou metaplasia intestinal eram mais velhas do que os homens. Também foi apontado que, em ambos os gêneros, a porcentagem de diagnósticos histopatológicos reduziu gradualmente, conforme a gravidade da lesão aumentava. Os autores reportaram ainda que mais estudos, os quais incluem fatores de risco ambientais e genéticos, são essenciais para interpretar a frequência de lesões possivelmente malignas e a aquisição e/ou persistência da infecção por H. pylori.
Nesse contexto, Awan et al. (2024) ressaltaram que, no distrito de Haripur, no Paquistão, aproximadamente metade da população de adolescentes e adultos com sintomas gástricos foram infectados por H. pylori e associaram a infecção por este patógeno a sexo, nível de escolaridade, superlotação, hábitos alimentares, consumo de leite, água potável, fonte e contato com animais, porém, neste estudo, não foi relacionada a faixa etária. Os autores não consideraram essas ligações como fatores de risco, apenas como variáveis, sem concluir qual é a exposição e qual é o desfecho da doença. Eles ainda sugeriram mais pesquisas para definir os fatores de risco e as medidas de controle e prevenção contra esta enfermidade.
A revisão sistemática de Zamani et al. (2018) ratificou que a infecção por H. pylori ocorre no mundo todo, não é autolimitada e que é prevalente em regiões em desenvolvimento. Além disso, eles aconselharam que mais pesquisas devem ser realizadas para definir se essa bactéria atinge doenças gastrointestinais superiores, para entender o modo de transmissão de um ser humano para o outro e, também, incentivaram a melhoria da qualidade da água, o saneamento, a higiene pessoal e o isolamento na fase aguda da infecção com a finalidade de evitar a infecção cruzada.
Percebe-se que condições de vida inapropriadas, aspectos sanitário e socioeconômico são agravantes para se adquirir o patógeno, já que estudos demonstraram que melhores condições de vida diminuem as taxas de prevalência de infecção por H. pylori.
Apesar de alguns trabalhos selecionados discorrerem sobre tratamento da infecção por H. pylori e esse não ser o foco deste estudo, eles fazem parte dos escolhidos, pois, também abordam assuntos relacionados ao tema. Como é o caso de Katelaris et al. (2023), os quais ressaltaram a importância de conhecer bem a resistência ao antibiótico de uma determinada região antes de propor um tratamento, visto que dependendo da localidade e do nível socioeconômico do lugar, a terapia pode não ser eficaz. Os autores também destacaram os outros obstáculos encontrados para o tratamento e para evitar taxas de recorrência, como custo da medicação, adesão às diretrizes pelos profissionais de saúde, indisponibilidade de medicamento em algumas localidades, ausência de estudos locais e funcionamento insatisfatório do sistema de saúde de certas regiões.
Chey et al. (2017) enfatizaram que os médicos são incentivados a prescreverem antibióticos baseado na resistência e disponibilidade dos mesmos e recomendaram que eles questionem na anamnese sobre a exposição prévia a antibióticos e sobre alergia à penicilina, quando as informações não forem disponibilizadas, a fim de limitar as alternativas de terapia para cada paciente. Os autores acreditam que uma vacina preventiva ou terapêutica seja a solução, em longo prazo, para conter a infecção por H. pylori.
Quanto à gastrite, Cuyutupac (2020) obteve informações valiosas sobre reinfecção da mucosa gástrica em seu estudo ao descobrir elevada prevalência de H. pylori no biofilme dental de pacientes com gastrite crônica e confirmar o biofilme dental como potencial reservatório para esta bactéria. Isso é de suma importância para os profissionais de saúde ao orientarem os pacientes sobre os procedimentos de higiene que devem ser feitos regularmente, principalmente os infectados e, com isso, ajudar no controle e na cura da doença.
No que diz respeito à úlcera péptica, Keikha, Ali-Hassanzadeh e Karbalaei (2020) demonstraram na revisão sistemática e meta-análise deles que existe uma relevante associação entre a infecção do estômago pelos genótipos m1, s1m1 e s2m1 e o desenvolvimento de úlcera péptica na população iraniana. Além disso, descobriram que os principais genótipos na evolução da infecção primária para úlcera péptica são o s1 e o m1. Esse artigo é fundamental, pois colabora no conhecimento sobre a progressão da doença e auxilia os pesquisadores e profissionais da saúde no tratamento mais adequado.
Ainda no tocante à úlcera péptica, Jalalpour et al. (2020) frisaram que o status Cag A da H. pylori interfere na expressão das quimiocinas CXCL10, CCL17, CCL20 e CCL22 e de seus receptores (CXCR3, CCR4 e CCR6) dos pacientes com esta manifestação clínica. Assim, para tentar restringir as consequências desta infecção e para erradicar a bactéria, a modulação das quimiocinas e dos receptores pode ajudar na resposta imunológica apropriada contra H. pylori.
Com relação ao câncer gástrico, Holmes et al. (2021) perceberam uma relação direta entre a exposição à H. pylori e o surgimento de câncer gástrico e frisaram a magnitude de monitoração para diminuição da infecção por este patógeno, através de diagnóstico precoce e terapia antimicrobiana, inclusive com bloqueadores H2. Eles também encorajam a OMS a disponibilizar verba para o tratamento desta infecção em determinadas localidades.
Nessa perspectiva, DeptuⱢa et al. (2021) compararam células estomacais expostas ao H. pylori e observaram que os tecidos infectados são mais macios do que os saudáveis e que as respostas mecânicas destes à infecção por esta bactéria geram respostas biológicas que, a longo prazo, podem induzir processos neoplásicos. Ademais, os autores perceberam com os resultados que a nanomecânica e parâmetros podem ser vistos como marcador da “mecanopatologia do tecido gástrico”, o que pode ser útil como exame complementar no diagnóstico de doença gástrica. Destacaram, ainda, que o mecanismo molecular do câncer gástrico estimulado por H. pylori não foi completamente esclarecido e, por isso, precisa de mais estudos.
No que se refere à dispepsia, Oliveira et al. (2021) evidenciaram que nos pacientes com essa manifestação clínica é predominante a infecção por H. pylori, na região central do Brasil e que o oncogene cagA não é tido como um marcador molecular da gravidade das lesões esogastroduodenais. Além disso, as análises filogenéticas não foram capazes de separar cepas de pacientes com e sem doenças graves. O trabalho desses autores é importante, pois é o primeiro a investigar a estrutura filogenética das cepas de H. pylori e, com isso, propicia novas visões para pesquisa entre genética e resultados clinicopatológicos.
Ainda a respeito dessa manifestação clínica, Rodrigues et al. (2021) apontaram que os pacientes com dispepsia, os quais tinham histórico familiar de câncer gástrico, apresentaram fatores de risco para o surgimento desse câncer: alteração na mucosa gástrica e infecção por H. pylori. Os autores também ressaltaram a demanda por protocolos de assistência à saúde e ações de educação em saúde a fim de ensinar e estimular sobre rastreio e prevenção do câncer gástrico.
5. CONCLUSÃO
A relevância de H. pylori para a saúde pública é particularmente acentuada em países em desenvolvimento, onde a infecção continua a representar um desafio significativo. Este estudo visou atualizar acadêmicos e profissionais de saúde sobre a epidemiologia e as manifestações clínicas associadas ao H. pylori, destacando a necessidade urgente de mais investigações para compreender plenamente a patogênese dessa infecção. Há indícios substanciais que sugerem que fatores genéticos e ambientais desempenham um papel crucial nesse processo, o que demanda, portanto, uma investigação mais aprofundada.
Em relação à importância dos determinantes sociais e econômicos na prevalência da infecção por H. pylori, melhorias nas condições de vida, incluídos aspectos sanitários e status socioeconômico, estão correlacionadas com uma redução na prevalência da infecção. Isso sublinha a necessidade de abordar questões estruturais e sociais para combater efetivamente a infecção por H. pylori e suas consequências para a saúde pública. Dessa maneira, esta pesquisa pode promover a sensibilização dos formuladores de políticas de saúde e, com isso, aprimorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes afetados por essa condição.
Embora este trabalho contribua significativamente para o conhecimento atual, existem algumas limitações. Portanto, é recomendado que futuras pesquisas explorem essas questões com mais profundidade. Espera-se que este estudo estimule discussões e inspire avanços adicionais no entendimento e manejo da infecção por H. pylori.
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¹ Graduanda em Medicina – Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA)
² Graduanda em Medicina – Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA)
³ Mestre em Ciências da Saúde e Meio Ambiente – Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA)
⁴ Graduada em Medicina – Universidade Severino Sombra.