INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DOS CUIDADOS CLÍNICOS

MYOCARDIAL INFARCTION: AN INTEGRATIVE REVIEW OF CLINICAL CARE

Medicina – Universidade Brasil – Fernandópolis/SP

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10215314


Gutho Norton Matos de Castro1 / Lucas Morais Cunha2 / Weslei Machado Speretta3 / Juliano Alexandre Freitas da Silva4 / Ingridy Ramos Possani5 / Wellington Lopes Ferreira6 / Emille Karoline do Carmo Speretta7 / Karolyne Lopes Maciel8 / Raquel de Oliveira Teixeira9 / Állef Lira Ferreira10


RESUMO

Este artigo abrange uma revisão integrativa abrangente sobre o infarto agudo do miocárdio (IAM), uma síndrome clínica de significativa morbidade e mortalidade global. Exploramos fatores de risco, diagnóstico, tratamento, qualidade de vida e custos associados a doenças cardíacas, enfatizando a necessidade de intervenções eficazes e integradas. Destacamos a importância da atuação médica em todas as fases do IAM, desde a prevenção até o acompanhamento pós-alta hospitalar. Além disso, discutimos estratégias de prevenção, controle e impactos socioeconômicos. O artigo proporciona uma visão abrangente, orientada pela síntese de evidências, visando aprimorar práticas clínicas e orientar futuras pesquisas no manejo do IAM.

Palavras-chave: Infarto Agudo do Miocárdio, Cuidados Clínicos, Fatores de Risco, Diagnóstico, Tratamento, Qualidade de Vida, Custos em Saúde.

ABSTRACT

This article provides a comprehensive integrative review on acute myocardial infarction (AMI), a clinically significant syndrome with global morbidity and mortality. We explore risk factors, diagnosis, treatment, quality of life, and costs associated with heart diseases, emphasizing the need for effective and integrated interventions. We underscore the pivotal role of medical intervention in all phases of AMI, from prevention to post-hospitalization follow-up. Additionally, we discuss strategies for prevention, control, and socio-economic impacts. The article offers a comprehensive insight, guided by evidence synthesis, aiming to enhance clinical practices and guide future research in AMI management.

Keywords: Acute Myocardial Infarction, Clinical Care, Risk Factors, Diagnosis, Treatment, Quality of Life, Health Costs.

1 INTRODUÇÃO

O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma síndrome clínica caracterizada pela necrose de uma parte do músculo cardíaco, causada pela obstrução de uma artéria coronária por um trombo ou por um espasmo. O IAM é uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo, sendo responsável por cerca de 9 milhões de óbitos anualmente. Além disso, o IAM representa um importante impacto socioeconômico, gerando custos elevados com o tratamento e a prevenção, bem como perdas de produtividade e qualidade de vida dos pacientes e seus familiares.

Diante desse cenário, é fundamental que os profissionais de saúde estejam capacitados para prestar uma assistência de qualidade aos pacientes com IAM, desde o atendimento pré-hospitalar até o acompanhamento pós-alta hospitalar. Para isso, é necessário conhecer os fatores de risco, os sinais e sintomas, os exames e procedimentos diagnósticos, as terapias farmacológicas e cirúrgicas, e as diretrizes e protocolos clínicos para o manejo do IAM. Além disso, é preciso avaliar os impactos do IAM na qualidade de vida dos pacientes e implementar estratégias de educação em saúde, apoio emocional e prevenção de complicações.

Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura sobre o IAM, com foco nos cuidados clínicos prestados pelos médicos aos pacientes com essa condição. A revisão integrativa é um método que permite a síntese de evidências sobre um determinado tema, a partir da busca, seleção, extração e análise de dados de diferentes fontes e tipos de estudos.

Nesta revisão abrangente, exploramos a paisagem multifacetada do infarto agudo do miocárdio, com o objetivo de fornecer uma análise aprofundada das práticas de cuidados clínicos. Nossa exploração abrange diversas dimensões, desde os fatores de risco subjacentes e metodologias diagnósticas até as complexidades dos cuidados médicos. Ao sintetizar descobertas de uma seleção de estudos cruciais, buscamos elucidar o panorama em evolução do manejo do infarto agudo do miocárdio.

2 FATORES DE RISCO PARA O IAM

Os fatores de risco para o IAM são aqueles que aumentam a probabilidade de ocorrência da doença, podendo ser modificáveis ou não modificáveis. Os fatores de risco modificáveis são aqueles que podem ser alterados por meio de intervenções preventivas e terapêuticas, como hábitos de vida, alimentação, controle de doenças crônicas e uso de medicamentos. Os fatores de risco não modificáveis são aqueles que não podem ser mudados, como idade, sexo, raça e histórico familiar de doença coronariana.

2.1 Fatores de Risco Modificáveis:

Os estudos revisados identificaram que os principais fatores de risco modificáveis para o IAM são: hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo, obesidade, sedentarismo e estresse . Esses fatores de risco estão relacionados à inflamação, à aterosclerose e à trombose das artérias coronárias, que podem levar à isquemia e à necrose do miocárdio. A prevenção e o controle desses fatores de risco podem reduzir a incidência e a gravidade do IAM, bem como as suas complicações e sequelas.

2.1.1 Estilo de Vida: 

Estudos, como o de Cunha et al. (2016), abordam a influência do estilo de vida no IAM destacando a importância da avaliação e modificação de hábitos como tabagismo, alimentação e atividade física. A adoção de hábitos saudáveis é uma medida significativa na redução do risco.

2.1.2 Qualidade de Vida Pré-Evento: 

Mahesh et al. (2017) exploram a relação entre a qualidade de vida pré-evento e o IAM. Compreender e melhorar os aspectos de qualidade de vida pode desempenhar um papel crucial na prevenção, considerando a influência positiva na saúde cardiovascular.

2.1.3 Fatores de Risco Emergentes: 

Silva et al. (2020) discutem fatores emergentes associados ao IAM destacando a importância de permanecer atualizado sobre os elementos de risco em evolução para uma abordagem de prevenção mais abrangente.

2.2 Fatores de Risco Não Modificáveis:

Os estudos revisados também apontaram que os principais fatores de risco não modificáveis para o IAM são: idade avançada, sexo masculino e histórico familiar de doença coronariana. Esses fatores de risco estão associados à predisposição genética, ao envelhecimento e às diferenças hormonais, que podem influenciar o metabolismo, a função endotelial e a resposta inflamatória das artérias coronárias. A identificação e o monitoramento desses fatores de risco podem auxiliar na estratificação do risco e na indicação do tratamento adequado para o IAM.

2.2.1 Predisposição Genética: 

Maier et al. (2020) enfocam a predisposição genética como um fator não modificável. Compreender a hereditariedade é crucial para a identificação de grupos de risco e a implementação de medidas preventivas específicas.

2.2.2 Tempo de Chegada do Paciente: 

O estudo de Ouchi et al. (2017) destaca o tempo de chegada do paciente como um fator não modificável crucial para o prognóstico do IAM. A rápida intervenção é essencial, destacando a importância da conscientização e prontidão.

2.3 Estratégias de Prevenção e Controle:

Como a equipe médica tem um papel fundamental na prevenção e no controle dos fatores de risco para o IAM, tanto no âmbito individual quanto coletivo, ela pode realizar ações de educação em saúde, orientando os pacientes sobre os fatores de risco, os sinais e sintomas, a adesão ao tratamento e as mudanças de estilo de vida necessárias para prevenir o IAM; bem como realizar ações de promoção da saúde, estimulando os pacientes a adotarem hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, atividade física regular, cessação do tabagismo, controle do estresse e acompanhamento médico periódico. 

2.3.1 Educação e Conscientização: 

A revisão integrativa de Silva e Passos (2020) destaca a importância da assistência médica na prevenção do IAM. Educação e conscientização são ferramentas poderosas na promoção de mudanças de estilo de vida.

2.3.2 Intervenções Cardiológicas: 

Silva et al. (2020) exploram as principais intervenções cardiológicas para a prevenção secundária do IAM, incluindo terapias farmacológicas e procedimentos de revascularização.

Além disso, a equipe médica de atendimento pode realizar ações de vigilância epidemiológica, coletando e analisando dados sobre a prevalência, a incidência e a mortalidade por IAM, bem como sobre os fatores de risco associados, visando à elaboração e à implementação de políticas públicas de prevenção e controle do IAM.

3 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO IAM 

O diagnóstico e tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) desempenham papéis cruciais na redução da mortalidade e complicações, além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O IAM é classificado em dois tipos: com supradesnível do segmento ST (IAMCSST) e sem supradesnível do segmento ST (IAMSSST).

3.1 Sinais e Sintomas:

É fundamental reconhecer os sinais e sintomas característicos do IAM, como a dor no peito, comumente descrita como pressão ou aperto, que pode irradiar para o braço esquerdo. Estudos, incluindo o de Maier et al. (2020), ressaltam a importância de considerar uma variedade de apresentações clínicas, incluindo sintomas atípicos como dispneia e sudorese.

3.2 Exames e Procedimentos Diagnósticos:

3.2.1 Eletrocardiograma (ECG):

O ECG desempenha um papel crucial no diagnóstico inicial do IAM com supra desnivelamento do segmento ST, conforme enfatizado no estudo de Aimoli e Miranda (2020). Essa ferramenta é essencial para identificar alterações isquêmicas e orientar decisões terapêuticas.

3.2.2 Marcadores Cardíacos:

Soares et al. (2018) abordam a avaliação de marcadores cardíacos, como troponinas, fornecendo insights sobre sua sensibilidade e especificidade na confirmação diagnóstica do IAM.

3.3 Terapias Farmacológicas:

3.3.1 Trombólise e Anticoagulação:

Stevens et al. (2018) discutem o papel crucial da trombólise e anticoagulação na fase aguda do IAM, destacando a importância dessas terapias na restauração do fluxo sanguíneo e prevenção de complicações trombóticas.

3.3.2 Agentes Anti-Isquêmicos:

O estudo de Maier et al. (2020) revisa agentes anti-isquêmicos, com ênfase no uso de beta-bloqueadores e inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) como parte integral da terapia medicamentosa pós-IAM.

3.4 Abordagens Cirúrgicas:

3.4.1 Intervenção Coronariana Percutânea (ICP) e Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRM):

Huguenin et al. (2016) discutem padrões de variação nos cuidados de saúde relacionados aos gastos com internações por IAM. A ICP e a CRM emergem como intervenções essenciais, com a escolha entre elas baseada na gravidade do quadro clínico.

3.5 Diretrizes e Protocolos Clínicos:

3.5.1 Recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC):

Orientações específicas da SBC, conforme mencionadas por Aimoli e Miranda (2020), fornecem um arcabouço crucial para a tomada de decisões clínicas, abrangendo desde o diagnóstico até as estratégias terapêuticas.

3.6 Tratamento do IAM e Papel dos Médicos:

O tratamento do IAM é essencial para restaurar o fluxo sanguíneo, aliviar sintomas, prevenir complicações e reduzir o risco de recorrência. Dividido em três fases, o tratamento abrange a fase pré-hospitalar, intra-hospitalar e pós-alta hospitalar.

Na fase pré-hospitalar, é crucial o atendimento rápido ao paciente com suspeita de IAM, preferencialmente em até 10 minutos após o início dos sintomas. Nesse estágio, medidas como administração de oxigênio, aspirina, nitroglicerina e morfina, juntamente com monitoramento e transporte para um serviço especializado, são fundamentais.

A fase intra-hospitalar envolve o atendimento ao paciente com diagnóstico confirmado de IAM, adaptado ao tipo de IAM e à disponibilidade de recursos. Aqui, terapias trombolíticas ou angioplastia primária são realizadas para revascularizar a artéria ocluída. Medicamentos como antiplaquetários, anticoagulantes, betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina, estatinas e antagonistas dos receptores de angiotensina II são administrados conforme a orientação médica.

A fase pós-alta hospitalar, gerida por uma equipe multidisciplinar, incluindo enfermeiros, médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais, concentra-se no acompanhamento do paciente. Orientações sobre autocuidado, reabilitação cardíaca, adesão ao tratamento e mudanças de estilo de vida são fornecidas para evitar recorrências.

Médicos desempenham papel crucial ao longo dessas fases, desde o diagnóstico inicial, classificação do tipo de IAM com base nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia e American Heart Association, até a prescrição e realização das intervenções farmacológicas, cirúrgicas e invasivas. O acompanhamento pós-alta, incluindo consultas periódicas, ajuste de medicação e encaminhamentos, é parte integrante da responsabilidade médica.

4 QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE COM IAM

A qualidade de vida do paciente com IAM é um conceito multifacetado, englobando aspectos físicos, psicológicos e sociais, juntamente com a percepção subjetiva sobre o bem-estar e a satisfação com a vida. Essa dimensão complexa é influenciada por eventos isquêmicos, tratamentos, complicações, sequelas e mudanças no estilo de vida impostas pela doença. A avaliação da qualidade de vida pode ser realizada por meio de instrumentos específicos ou genéricos, medindo domínios relacionados à saúde.

Os estudos revisados analisaram a qualidade de vida considerando os aspectos físicos, psicológicos e sociais, abordando fatores que afetam tanto a qualidade de vida pré-evento quanto pós-evento. Resultados indicam uma redução da qualidade de vida, principalmente nos domínios relacionados à saúde física, como capacidade funcional, aspectos físicos, dor e estado geral de saúde. Fatores influentes incluem tipo de IAM, sexo, idade, tempo de internação, número de enxertos, presença de complicações, estilo de vida, apoio social e suporte emocional.

A qualidade de vida do paciente com IAM é um conceito multifacetado, abrangendo aspectos físicos, psicológicos e sociais, bem como a percepção subjetiva do bem-estar e satisfação com a vida. Essa dimensão complexa é influenciada por eventos isquêmicos, tratamentos, complicações, sequelas e mudanças no estilo de vida impostas pela doença.

4.1 Aspectos Físicos: 

Dentro desse contexto, a recuperação cardíaca pós-IAM, como explorada por Mahesh et al. (2017), torna-se fundamental. A extensão da lesão cardíaca e a eficácia das intervenções têm um impacto direto na capacidade do paciente de retomar atividades físicas normais, afetando significativamente a qualidade de vida física.

4.2 Aspectos Psicológicos: 

Além disso, o diagnóstico de IAM exerce um impacto psicológico significativo, conforme destacado na revisão integrativa de Silva e Passos (2020). O choque emocional associado ao diagnóstico, juntamente com a ansiedade e depressão persistentes após o evento, pode influenciar substancialmente a qualidade de vida psicológica.

4.3 Aspectos Sociais: 

O estudo de Torres et al. (2020) aborda a importância do suporte psicossocial na recuperação pós-evento, ressaltando o papel crucial do apoio de profissionais de saúde e familiares na adaptação psicológica e na melhoria da qualidade de vida social.

Esses fatores, quando considerados em conjunto, fornecem uma visão abrangente da qualidade de vida do paciente com IAM, levando em consideração não apenas os aspectos físicos, psicológicos e sociais, mas também as interconexões entre esses domínios.

5 CUSTOS DAS DOENÇAS CARDÍACAS 

Essa análise da qualidade de vida do paciente com IAM destaca a complexidade das dimensões físicas, psicológicas e sociais afetadas por esse evento cardiovascular. Ao mesmo tempo, é imperativo reconhecer como a qualidade de vida impacta diretamente nos custos associados às doenças cardíacas. Stevens (2018) estimou que os custos totais das doenças cardíacas no Brasil foram de R$ 37,1 bilhões em 2015, representando 0,6% do Produto Interno Bruto. Esses custos elevados enfatizam a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para a prevenção e controle dessas doenças. Neste contexto, compreender e melhorar a qualidade de vida emerge como uma estratégia crucial não apenas para o bem-estar dos pacientes, mas também para a gestão econômica eficiente dessas condições.

6 CONCLUSÃO

O IAM, uma urgência médica crítica, exige uma intervenção rápida e eficiente para prevenir danos irreversíveis ao músculo cardíaco. Reconhecido como uma das principais causas de morbidade e mortalidade global, estima-se que o IAM seja responsável por aproximadamente 9 milhões de óbitos anualmente, acarretando significativos custos econômicos e sociais associados a tratamento, prevenção, reabilitação, além de impactos na produtividade e na qualidade de vida.

A assistência ao paciente com IAM compreende um conjunto de ações destinadas a diagnosticar, tratar e monitorar o paciente em conformidade com as diretrizes e protocolos clínicos. Essa assistência é estruturada em três fases – pré-hospitalar, intra-hospitalar e pós-alta hospitalar – utilizando critérios clínicos, eletrocardiográficos e bioquímicos para o diagnóstico, e aplicando intervenções farmacológicas, cirúrgicas e invasivas para o tratamento. O planejamento, execução e avaliação dessas ações devem ser conduzidos de maneira individualizada, holística, humanizada e sistematizada, visando a restauração do fluxo sanguíneo para o miocárdio, alívio dos sintomas, prevenção de complicações e redução do risco de recorrência.

Esta revisão integrativa permitiu a síntese de evidências sobre fatores de risco, diagnóstico, tratamento e qualidade de vida das pessoas portadoras de doenças cardíacas. Identificou-se, também, limitações e implicações dos estudos, além de recomendações e perspectivas para a prática e pesquisa no âmbito do IAM.

Dentre as implicações dos estudos revisados, destaca-se a necessidade de aprimorar a formação e atualização dos profissionais médicos sobre o IAM. Além disso, é crucial implementar e avaliar protocolos e diretrizes clínicas baseados em evidências, promover e monitorar a prevenção e controle dos fatores de risco, otimizar o uso de recursos e resultados do tratamento, bem como oferecer suporte emocional e social aos pacientes e seus familiares. Essas implicações demandam uma integração efetiva entre pesquisa, educação e assistência em saúde, com a participação ativa de gestores, profissionais, pacientes e sociedade.

Quanto às recomendações, destaca-se a necessidade de condução de estudos mais amplos e representativos sobre o IAM, utilizando métodos e instrumentos padronizados, válidos e confiáveis. A realização de estudos longitudinais e comparativos é preconizada para avaliar desfechos clínicos, econômicos e sociais, incluindo dados sobre adesão ao tratamento, reabilitação cardíaca e qualidade de vida dos familiares. Essas recomendações buscam ampliar o conhecimento científico e aprimorar a qualidade da assistência médica aos pacientes com IAM.

Perspectivas futuras delineiam a incorporação de novas evidências e tecnologias no diagnóstico e tratamento do IAM, a utilização de ferramentas de inteligência artificial e telemedicina, a criação de redes de atenção integrada e referência, a elaboração e implementação de políticas públicas de prevenção e controle do IAM, e a promoção de uma cultura de cuidado centrado no paciente e na família. Essas perspectivas visam inovar e aprimorar a prática clínica, a gestão em saúde e garantir os direitos e deveres dos pacientes com IAM e seus familiares.

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1 Graduando em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis/SP;
2 Graduando em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis/SP;
3 Graduando em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis/SP;
4 Graduando em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis/SP;
5 Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis/SP;
6 Graduando em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis/SP;
7 Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis/SP;
8 Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis/SP;
9 Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis/SP;
10 Graduando em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis/SP;