INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA POPULAÇÃO IDOSA DO SEXO FEMININO E ELETROESTIMULAÇÃO COMO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ALTERNATIVO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10144143


Deborah Santos Silva1
Everton Santos do Nascimento1
Victoria Maria Alves de Oliveira2
Carolaine de Souza Santos Silva2
Nathalia Pontes Valadares3
Emilly Anny Benevides de Abreu3
Mayara de Souza Miranda3
Anderson dos Santos Barbosa3


RESUMO

A incontinência urinária é um problema de saúde pública, pois encontra-se como uma das principais patologias responsáveis pela diminuição drástica da qualidade de vida no processo do envelhecimento. Ademais, o índice na população idosa feminina é muito alto, principalmente na faixa etária de 20 aos 39 anos. Sendo assim, este artigo tem como objetivo desenvolver uma revisão reflexiva sobre os fatores de risco para o desenvolvimento da incontinência urinária na população idosa do sexo feminino a efetividade da eletroestimulação como uma alternativa para o tratamento fisioterapêutico. A pesquisa foi baseada em estudos publicados nos anos de 2012 a 2023 nas principais bases de dados. Os descritores foram: eletroterapia, incontinência urinária de esforço, população idosa. Foi possível concluir a partir da análise dos trabalhos encontrados que além do processo fisiológico decorrente da senescência, ocasionar a diminuição da força dos músculos do assoalho pélvico, a quantidade de partos e as vias, destacando dessa forma o parto vaginal são determinantes para o desenvolvimento da incontinência urinária. Dessa forma a eletroestimulação isolada ou associada a outras técnicas fisioterapêuticas se apresenta como um instrumento para amenizar os sintomas provocados pela incontinência urinária, com uma estimativa de 6 a 90%, e a extinção da perda urinaria de 30 a 50%. Assim como repercute positivamente nos índices preditores da qualidade de vida das pacientes. Porém fica evidente que existe a necessidade de novos estudos acerca da utilização da eletroestimulação como uma terapêutica para mulheres que desenvolvem a incontinência urinária de esforço para otimização do processo e dos seus resultados.

Palavras-chave: Risk factors; Electro-stimulation; Stress urinary incontinence; Elderly population; Feminina.

ABSTRACT

Urinary incontinence is a public health problem, as it is one of the main pathologies responsible for the drastic decrease in quality of life during the aging process. Furthermore, the rate in the elderly female population is very high, especially in the 20 to 39 age group. Therefore, this article aims to develop a reflective review on the risk factors for the development of urinary incontinence in the elderly female population and the effectiveness of electrical stimulation as an alternative to physiotherapeutic treatment. The research was based on studies published between 2012 and 2023 in the main databases. The descriptors were: electrotherapy, stress urinary incontinence, elderly population. It was possible to conclude from the analysis of the studies found that in addition to the physiological process resulting from senescence, causing a decrease in the strength of the pelvic floor muscles, the number of births and the routes, thus highlighting vaginal birth, are decisive for the development of urinary incontinence. Thus, electrostimulation alone or associated with other physiotherapeutic techniques presents itself as an instrument to alleviate the symptoms caused by urinary incontinence, with an estimate of 6 to 90%, and the extinction of urinary loss of 30 to 50%. It also has a positive impact on the predictors of patients’ quality of life. However, there is a need for new studies on the use of electrical stimulation as a therapy for women who develop stress urinary incontinence to optimize the process and its results.

Keywords: Risk factors; Electro-stimulation; Stress urinary incontinence; Elderly population, Female.

1. INTRODUÇÃO

A incontinência urinária (IU) é um distúrbio que atualmente tem ganhado evidência, principalmente na população idosa, sendo esse período marcado pela ausência do tratamento prévio, e pelas questões biopsicossociais correlacionadas, como o constrangimento advindo da situação clínica, ou ainda pela falta de informação correta acerca do que é esperado (fisiológico) no processo de senescência (VIANA et al, 2012). Essa patologia é considerada um distúrbio de saúde pública, por ser uma patologia com diferentes causas, que repercutem em questões físicas, mentais, ocupacionais, sexuais e financeira, tendo impacto direto na qualidade de vida das pessoas que sofrem com essa patologia (LEMOS, 2023).

A Sociedade Internacional de Continência considera como incontinência urinária qualquer perda involuntária de urina, podendo ainda ser subdividida em: Incontinência urinária de esforço (IUE), hiperatividade vesical (HV), incontinência urinária mista (IUM) e incontinência urinária funcional (IUF) na qual não existe uma relação com patologias do trato urinário, está relacionada com distúrbios musculoesqueléticos, influências sociais e psíquicas (BOAS, ALBULQUERUQUE 2019). Ademais, apresenta altos índices na contemporaneidade, sendo que, 20 a 50% dos indivíduos do sexo feminino e adultas, em algum período da vida podem vir a desencadear, tendo em vista que, a cada um homem existem duas mulheres que apresentam essa disfunção, e em pessoas idosas esse número é ainda maior, nos motivando a questionar quais seriam os fatores desencadeantes e quais alternativas e medidas preventivas podem ser tomadas nesses casos (SILVA, FREITAS, SCARPELINI, 2014; JUSTINA, 2013).

Atualmente, sabe-se que, 7% das mulheres que estão na faixa etária dos 20 aos 39 anos desenvolvem a IU. No que tange à faixa etária que compreende dos 40 aos 59 anos temos um percentual equivalente a 17%. Não obstante, em se tratando de mulheres com idade entre 60 e 79 anos o percentual se eleva para o patamar de 23%; podendo alcançar um percentual ainda maior, equivalente a 32%, quando se -trata de mulheres com idade superior aos 80 anos (VIANA et al, 2012). Mediante a isto, vale salientar que, a expectativa de vida da população brasileira tem aumentado e com isso cresceu também o número de mulheres entre os quarenta e os cinquenta e cinco anos, consequentemente tornando maior a prevalência e podendo ser considerada uma síndrome geriátrica (SILVA, 2023).

A incontinência urinária de esforço (IUE) é definida como sendo a eliminação de maneira involuntária, de urina, por meio do canal uretral, na qual a constrição vesical ultrapassa a compressão uretral na sua capacidade máxima, havendo uma extinção do funcionamento do detrusor (PINHEIRO et al, 2012). Na grande maioria dos casos essa perda de urina, que ocorre involuntariamente, é decorrente de uma tosse, espirro, gargalhadas, a utilização de salto, a deambulação e até mesmo o ato de trocar de posição (SILVA, 2023). A função vesical acontece devido um conjunto de fatores que estão em perfeita harmonia, como a interação do sistema nervoso central, sistema nervoso periférico e toda a musculatura que compõe o assoalho pélvico (SOUZA, PERAZZOLLI, CESTARI,2022).

O diagnóstico exato é indispensável na avaliação e no tratamento dessas pacientes; assim como, na concretização da qualidade de vida. As mulheres que apresentam esse distúrbio, normalmente se encontram em um estado de desânimo: frustradas, impacientes e com disfunções psicológicas e como consequência tendem a se segregar do convívio social (SABOIA, 2017). Essas queixam são fatores decisivos na extinção do convívio social, desânimo, depressão, sensação de insegurança, estado de incompetência, diminuição da autoestima, sintomas responsáveis por debilitar o indivíduo (MARCOS et al, 2023). A fisioterapia, por sua vez, dispõe de diferentes possibilidades de tratamentos, tanto de forma preventiva como conservadora para IU, através de orientações em relação a funcionalidade miccional; bem como através da utilização da forma correta dos músculos que compõem o assoalho pélvico, além do conhecimento de métodos e exercícios para a obtenção da tonificação dessa musculatura (OLIVEIRA, GARCIA, 2011).

A procura por um tratamento conservador tem se tornado crescente já que as intervenções cirúrgicas são invasivas e oferecem risco durante a execução e no pós-operatório (NASCIMENTO, LUCENA, PAIVA, 2022). A cirurgia se configura como indispensável em situações de má formação, distúrbio no esfíncter e modificações na localização da bexiga. Contudo, ainda há circunstâncias em que estes sintomas persistentes antes dos cincos anos, podem ser extintos com o uso da eletroestimulação e dos exercícios perianais ou mesmo apresentarem um quadro na melhora da sintomatologia (BEUTTENERMULLER et al, 2011).

A eletroestimulação tem a capacidade de expandir a pressão intrauretral, que acontece através da excitação dos nervos eferentes para os músculos com a ampliação do fluxo sanguíneo para a musculatura do assoalho pélvico, gerando o aperfeiçoamento da funcionalidade das fibras musculares e ocasionando a hipertrofia da mesma (CAMARGO et al, 2013).A utilização desta técnica no paciente acontece por meio da colocação de eletrodos que são inseridos de acordo com o objetivo e com a individualidade de cada paciente; os quais, podem ser colocados de forma exterior, ou introduzidos tanto de forma anal como vaginal (CÉSTARI, SOUZA, SILVA, 2016).

Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver uma revisão reflexiva sobre os fatores de risco para o desenvolvimento da incontinência urinária na população idosa do sexo feminino a efetividade da eletroestimulação como uma alternativa para o tratamento fisioterapêutico, bem como de conhecer os benefícios da eletroestimulação, comparar a técnica, com outros recursos fisioterapêuticos e identificar os parâmetros utilizados, como frequência, intensidade e quantidade de sessões para um resultado satisfatória.

2. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do estudo foi realizada uma revisão de literatura para uma análise reflexiva baseada na busca sistemática de estudos já publicados sobre o tema nos anos de 2012 a 2023. Os dados foram coletados por meio de levantamento de artigos publicados nas principais bases de dados PUBMED; a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); SCIELO (Biblioteca Científica Eletrônica Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Foram utilizados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCs): fatores de risco, eletroestimulação, incontinência urinária de esforço, população idosa, associados pelo operador booliano AND.

Os critérios de inclusão escolhidos são: artigos publicados no período de 2012 a 2023, disponibilizados gratuitamente e na íntegra na rede mundial de computadores, no idioma português, inglês e espanhol, que respondessem à questão norteadora, com pelo menos dois descritores no título e no recorte temporal proposto. Foram estabelecidos os seguintes critérios de exclusão: artigos que não atendessem a questão norteadora do estudo no título e resumo, assim como as duplicidades. No caso de discordância entre os autores quanto aos critérios de inclusão e exclusão, foi realizada uma discussão específica sobre o trabalho em questão até chegar a um consenso final.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Conforme o levantamento bibliográfico realizado, foram selecionados 20 (vinte) artigos, dentre eles 7(sete) contendo estudos de caso que estão descritos no Tabela 1, publicados em bases de dados entre os anos de 2012 e 2023 sobre a aplicabilidade da eletroestimulação na incontinência urinária de esforço para melhor discussão, além de outros trabalhos com a mesma temática. Após a leitura e análise dos artigos, os principais dados foram extraídos e expostos nos tópicos a seguir.

Tabela 1 – Relação dos artigos com estudos de caso selecionados para análise.

BEUTTENMULLER (2011)
Avaliar o efeito dos exercícios perianais (EP) associados ou não à eletroterapia em mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE)Estudo longitudinal, experimental, randomizado.Os EP isolados quanto associados à eletro­terapia para fortalecimento dos MAP podem ser eficazes no tratamento da IUE, conforme as médias da AFA e do PERI encontradas no pré e no pós-tratamento, demonstrando eficá­cia na melhora clínica das pacientes.
MORAIS (2012)Verificar os efeitos da eletroestimulação por meio do aparelho Dualpex 961.
Quantitativo e experimental randomizadoFoi observado melhoras nos sintomas e domínios do questionário HQK após as 8 sessões fisioterapêuticas realizadas com a utilização da eletroestimulação através do aparelho da marca QUARK – Dualpex 961.
KNORST et al. (2013)Verificar a influência de uma intervenção fisioterapêutica semanal e de curta duração sobre a musculatura do assoalho pélvico e sobre a incontinência urinária (IU) em usuárias da rede pública de saúde.Estudo quantitativo, do tipo quase experimental.Foram avaliadas 82 mulheres com 55,1±10,9 anos e que apresentavam diferentes tipos de incontinência urinária e que já apresentavam a condição entre 3 e 10 anos. Não houve diferença, após a intervenção, nas medidas da perineometria e na manobra bidigital, já a função muscular aumentou significativamente em 88,9% dos casos.
FURST et al. (2014)Determinar a eficácia da eletroestimulação vaginal combinada com treinamento muscular do assoalho pélvico para o tratamento da Incontinência urinária de esforçoEstudo randomizadoForam avaliadas 48 mulheres em 2 grupos, sendo 24 submetidas a eletroestimulação vaginal isolada e 24 a eletroestimulação vaginal e treinamento muscular do assoalho pélvico. Os dois grupos apresentaram grau de satisfação acima de 88%, imediatamente, já com 12 foi reduzida para abaixo de 62%.
BRANDENBURG et al (2017)Analisar a eficácia de tratamento fisioterapêutico na reeducação da musculatura do assoalho pélvico de mulheres com incontinência urinária por meio da cinesioterapia versus eletroestimulaçãoQuantitativo com delineamento quase experimentalHouve melhora significativa com a eletroterapia proposta, pois duas voluntárias passaram de grau I para O de IU. Resultado semelhante foi detectado com a cinesioterapia, com melhora significativa, visto que duas mulheres passaram de grau 1 e 2 de incontinência para grau 0.
SILVA et al. (2018)Avaliar a eficácia da fisioterapia no tratamento da incontinência urinaria de esforço.Estudo de caso, observacional e descritivoHouve um aumento da força muscular da paciente que realizou o estudo indo do grau 2, para o 3, realizando a eletroestimulação associada a cinesioterapia num período de 7 semanas, com 40 minutos de duração cada sessão.
MEYER, GARCEZ, ANNA (2020)Avaliar a eficácia do uso da cinesioterapia e eletroestimulçao do nervo tibial posterior na incontinência urinária.Estudo quase experimental, realizado com 10 mulheres, com a média de idade de 52,4 anos.Conclui, após a realização de doze sessões com duração de 30 minutos, que a eletroestimulação associada a cinesioterapia, ocasionou a redução da frequência miccional e na melhoria da qualidade de vida, das pacientes submetidas ao estudo.

Fonte: Autores.

Fatores de risco para o desenvolvimento da incontinência urinária

Os fatores de risco para o desenvolvimento da incontinência urinária (IU) são subdivididos em algumas classes que nos permitem denominá-los de fatores ginecológicos, os quais estão relacionados à duração da menopausa e à utilização ou não de hormônios. Existem também os fatores obstétricos, os quais estão relacionados à quantidade de partos da mulher. Já os fatores denominados clínicos estão relacionados à averiguação da presença de comorbidades como o diabete mellitus e a hipertensão arterial sistêmica. Além destes, há ainda os fatores comportamentais, estando estes, associados à prática de exercícios físico e à hereditariedade (histórico na família de pessoas com a IU). Por fim, podemos citar os fatores antropométricos que são detectados através da averiguação do IMC do paciente, onde constata-se tratar de um indivíduo obeso (VIRTUOSO, MENEZES, MAZO, 2014).

A gestação e o parto por vias vaginais, são um dos principais causadores da IU devido as etapas que acontecem em ambos os momentos, que é um processo fisiológico do corpo da mulher, porém algumas estruturas do assoalho pélvico são prejudicadas, como os músculos e a inervação (JUSTINA, 2013). Os tipos de parto assim como a quantidade estão diretamente relacionados ao surgimento da IU, principalmente o parto vaginal, se comparado com o cesáreo (RÊGO, 2018). O parto vaginal em si não é o responsável pelo surgimento da IU; não obstante, pode resultar nesta quando ocorre atrelado a ele um dano capaz de causar impactos na musculatura do assoalho pélvico (HENKS et al, 2015). Além disso, o peso do recém-nascido tanto no período gestacional, quanto no momento do parto vaginal, leva ao crescimento da predominância da IU. A referida condição está associada ao acréscimo da pressão intra-abdominal tendo como resultado o crescimento da pressão intravesical (RÊGO, 2018).

Segundo Paiva & Frasson (2014), o número é maior em mulheres que estão no período conhecido como perimenopausa, época que antecede a menopausa propriamente dita, configura uma passagem entre a fase fértil e não fértil. Neste período, há uma alteração na estabilidade da pelve, decorrente das variações hormonais características da menopausa, onde as diminuições dos níveis de estrogênio aumentam a probabilidade de a mulher desenvolver a IU. Em relação a prevalência é notoriamente maior de acordo com a idade, sendo mais comum em indivíduos do sexo feminino correspondendo a um terço das mulheres, com idade superior a 60 anos, contudo, existem outros fatores de risco, que necessitam de uma atenção maior, sendo a obesidade um deles (SOUZA, PERAZZOLI, CESTARI, 2022).

O processo de senescência é responsável por ocasionar modificações na estrutura do assoalho pélvico e da bexiga, aumentando a probabilidade do desenvolvimento da IU. Este fato, explica o porquê da grande desproporção entre o número de mulheres incontinentes; tomando por base este princípio, observamos que, entre as mulheres com idade na faixa etária de 20 a 29 anos temos um percentual de 10,8%. Porém, no que se refere às mulheres com mais de 60 anos, esta proporção pode chegar 41,9% (RÊGO, 2018). Existe ainda uma relação entre a IU e a prática de exercícios físicos resistentes, devido as implicações e repercussões que ocasionarão na estrutura da musculatura do assoalho pélvico que suporta impactos fortes e excessivos, ocasionado o desgaste desses músculos (VIRTUOSO, MENEZES, MAZZO, 2015).

Outro fator importante é redução à prática esportiva, modificações na vida social e profissional, os quais trazem consequências negativas para a vida cotidiana e afetiva do indivíduo. Por conseguinte, há ainda um incômodo de cunho higiênico que gera constrangimento e receio frente à possibilidade de o escape da urina ocasionar mau cheiro (SABOIA, 2017). Além das repercussões físicas existem as questões relacionadas com a saúde mental dessa paciente. Tendo em vista que, a IU requer mudanças de hábitos na rotina do paciente e nas suas relações interpessoais (CARVALHO et al, 2014). Existem relatos de sintomas depressivos e grande parte das incontinentes relatam prejuízos na sua qualidade de vida (SABOIA et al, 2017).

Embora existam vários fatores de risco, e sua causa seja classificada como multifatorial, duas condições são primordiais: O bloqueio do tecido conjuntivo de sustentação da bexiga e da uretra e a diminuição da força muscular do assoalho pélvico, dos esfíncteres uretrais e do colo da bexiga (SILVA et al, 2023).

Eletroestimulação como tratamento fisioterapêutico

A eletroestimulação impulsiona a contração muscular do assoalho pélvico devolvendo a funcionalidade fisiológica do controle da contração e aumentando a força muscular. Essa técnica acontece por meio de dispositivos que emitem indicações sensoriais de quais os músculos serão acionados, de forma que aconteça uma conscientização muscular ao mesmo tempo que se fortalece essa musculatura (CAMILLATO, BARRA, JR, 2012).

Dentre os tipos de eletroestimulação temos a do assoalho pélvico; a qual, apresenta efeitos discrepantes; alguns estudos comprovam índices de cura entre 30 a 50% e uma diminuição de sintomas de 6 a 90%. Sendo isto, a consequência dos diferentes métodos e formas de avaliação que foram estabelecidos no protocolo de tratamento. Uma alternativa de tratamento é a eletroestimulação endovaginal que tem se mostrado como uma técnica que consiste em auxiliar os músculos do assoalho pélvico, apresentando resultados satisfatórios: Tanto sendo trabalhada de forma isolada, como associada a outras técnicas (FURST et al, 2014).

A eficácia positiva da utilização da eletroestimulação em diferentes âmbitos, de forma isolada ou associada a outros métodos tem sido relatada em diversos trabalhos. O estudo realizado por Cavenaghi (2020), contou com a participação de mulheres diagnosticadas com incontinência urinária, as pacientes realizaram dez sessões de fisioterapia, sendo que cada sessão durava 45 minutos, e o protocolo consistia em cinesioterapia e eletroestimulação. Parâmetros utilizados para Incontinência Urinária de Esforço: frequência de 50 Hz, tempo de 20 minutos e intensidade ajustada de acorda com o limiar do paciente.

O trabalho realizado por Morais (2012) teve como participantes quatro mulheres, com idades entre 36 e 56 anos, brancas e 75% realizaram pelo menos um parto vaginal. Foram excluídas aquelas que não tinham diagnostico de IUE, sendo que antes e após foi aplicado o questionário de qualidade de vida King’s Health Questtionnarie (KHQ), no qual ele avalia diferentes âmbitos da qualidade de vida da paciente, assim como a evolução dos sintomas antes e após a intervenção fisioterapêutica. O protocolo de tratamento foi composto por oito sessões, com duração de 30 minutos, duas vezes por semana, durante quatro semanas.

Em relação aos parâmetros elétricos: Intensidade de 12 a 53 miliamperes, respeitando o limiar de cada participante, frequência de 50HZ, duração de pulso de 700 microssegundos. As participantes eram orientadas a contrair de acordo com o estímulo dado pelo aparelho. Após a finalização do tratamento as que caracterizavam “muita” frequência urinária, houve uma regressão para “mais ou menos”. Em relação ao questionaria houve uma redução de 8 a 9 dos domínios questionados, dentre os quais apresentou uma redução satisfatória foi a limitação das atividades diárias, em segundo lugar percepção de saúde, limitação física, estado emocional, e medidas de gravidade. Ou seja, após a terapêutica aplicada houve uma melhora tanto em relação aos sintomas, quanto a qualidade de vida (MORAIS, 2012).

O protocolo de cinesioterapia acontecia da seguinte forma: Uma série de seis exercícios, dois exclusivos para a musculatura abdominal, dois específicos para o assoalho pélvico, e dois combinando contração do assoalho pélvico, musculatura adutora e glútea. Cada sessão era realizada, três repetições, sustentando a contração voluntária do assoalho pélvico por seis segundos. O protocolo de eletroestimulação utilizou um aparelho de baixa frequência, utilizando 100 (trens de pulso), frequência de 50 Hz, a duração da contração de 2 segundos, e repouso de 1, durante 20 minutos a sessão. Em relação a qualidade de vida, através do teste realizado KHQ antes e depois, a cinesioterapia se mostrou mais efetiva em relação a eletroterapia. Em relação a força de contração muscular mensurada através do perineômetro digital ambas as técnicas se mostram equivalentes. Não houve distinção entre o grupo da eletroterapia associada a cinesioterapia, em relação a cinesioterapia de forma avulsa, já que não houve uma investigação das técnicas de forma isolada (BRANDENGURG et al., 2017).

O estudo realizado por Brandengurg et al., (2017) ratifica os achados do estudo de Meyer, Garcez, Anna (2020), realizado com 10 mulheres, com idade média de 52, 4 anos, sendo que todas possuíam o diagnóstico de incontinência urinária. O tratamento proposto aconteceu da seguinte forma: Doze sessões da eletroestimulação transcutânea do nervo tibial, utilizando como parâmetros 10Hz e 200us, e a intensidade era ajustada de acordo com o limiar da paciente, duas vezes por semana, simultaneamente com os exercícios da cinesioterapia, com duração de 30 minutos. Os exercícios de cinesioterapia contavam com exercícios de kegel e respiratórios. Dessa forma aconteceu uma redução da regularidade miccional e nocturia, assim como foram notadas pequenas evoluções no que tange a qualidade de vida.

Furst et al (2014) realizou um estudou no qual contou com a participação de 48 mulheres diagnosticadas com incontinência urinária de esforço, sendo ordenadas em dois grupos: 24 participantes foram sujeitadas a estimulação elétrica vaginal (EEV) de forma isolada, as demais foram submetidas a EEV em conjunto com o treinamento muscular do assoalho pélvico (TMAP). As mulheres foram orientadas a preencher um diário miccional, no qual eram escritos a regularidade urinária, e a quantidade de ocorrência da IU e micção noturna. Os dados foram coletados uma semana antes do início do tratamento e três meses após sua finalização.

No protocolo da estimulação elétrica vaginal foi executada através de uma sonda vaginal e um equipamento de estimulação, onde aconteciam duas sessões semanais de 30 minutos de estimulação, com frequências de 4Hz (15 minutos, pulso de 1ms) e 50Hz (15 minutos, pulso de 700µs), intensidade fixa (20mA) e 4 segundos de estimulação versus 8 segundos de repouso. O TMAP resumiu-se em um programa personalizado de exercícios elaborado pelo fisioterapeuta, englobando repetições de contração e relaxamento do assoalho pélvico durante trinta minutos, acontecia duas vezes por semana, sendo intercalado com a EEV. Não houve recomendação da realização desses exercícios em casa, apenas que fosse trabalhada a musculatura acessória. Através desse estudo comprovou-se a eficácia da estimulação elétrica vaginal, associada ou não aos exercícios físicos, similar ao que demonstra a literatura em relação ao tratamento da IUE (FURST et al., 2014).

A pesquisa realizada por Knorst et al (2013) contou com a participação de 82 mulheres com o diagnóstico de IU, sendo excluídas todas aquelas que já realizavam um tratamento fisioterapêutico complementar, deram início a algum tipo de atividade física ou se submeteram ao tratamento cirúrgico. Também aquelas que possuíam patologias como: Pneumopatias, cardiopatias graves, doenças neurológicas ou oncológicas. O protocolo de tratamento acontecia até 15 sessões, uma vez por semana, com eletroestimulação transvaginal e cinesioterapia, não necessariamente todas as participantes completavam as 15 sessões, poderia acontecer a interrupção do tratamento antes, caso a mesma atingisse o grau de satisfação desejado.

Na cinesioterapia realizavam exercícios para fortalecer o MAP com o auxílio de uma bola e faixas elásticas, na qual era solicitado a realização de adução e abdução do quadril e ponte pélvica, com contrações isotônicas e isométricas mantidas por 6 segundos, com dez repetições em cada exercício. A eletroestimulação acontecia durante dez minutos com o aparelho dualpex, com um eletrodo acoplado na vagina, a intensidade era determinada de acorda com a sensibilidade da paciente, chegando a corrente máxima de 60 mA, para as pacientes que possuíam IUE as correntes aconteciam de forma intercalada, em uma semana de 10 Hz e, na outra, de 50 Hz. As 30 pacientes que possuíam IUE, 90% relataram estar satisfeita após a finalização do tratamento ou continentes. Concluindo dessa forma que além de ser eficaz o fortalecimento do MAP é de baixo custo, apresenta poucos riscos e pode ser associado a outras terapias como a eletroterapia (KNORST et al., 2013).

Ainda em seu estudo, Knorst et al (2013) as pacientes foram submetidas a um tratamento de curta duração até 15 sessões de eletroterapia e cinesioterapia, na eletroterapia alternou os parâmetros da corrente numa sessão recebiam corrente de 10 Hz e, na outra, de 50 Hz, as pacientes realizavam apenas uma sessão semanal, com 10 minutos de eletroestimulação e 15 minutos de cinesioterapia, sem a prescrição de exercícios extras. No qual houve 88,9% de satisfação das participantes, assim como também se encontravam continentes. Entretanto Brandenburguer (2017) em seu estudo propôs um tratamento de maior duração, totalizando em três meses, a eletroestimulação mantida durante 20 minutos, frequência de 50 Hz, e orientou as mesmas dos exercícios em casa: Domínio da micção e reforço perineal, 3 vezes ao dia, totalizando 60 contrações. Constatou que a cinesioterapia se apresentou como uma melhor terapêutica, por benefícios como pequeno custo, e não há necessidade de dispor de um ambulatório, assim como o custo para aquisição de equipamentos que se faz necessário na eletroterapia.

Morais (2012) em sua pesquisa através do questionário KHQ, o mesmo engloba elementos sociais, físicos e mentais. Método utilizado para mensurar a qualidade de vida das mulheres incontinentes, concluiu que após 8 sessões de eletroestimulação, houve uma melhora significativa nos domínios da qualidade de vida dessas pacientes, assim como dos sintomas.

Corroborando com o estudo de Faria e Pedrosa (2012), quando afirma que há uma diminuição da qualidade de vida das pacientes que desenvolvem a IU, assim como a relevância da fisioterapia no fortalecimento dos MAP, reestabelecendo a funcionalidade da estrutura que sustentam os órgãos pélvicos. Participaram desse estudo 70 mulheres, que foram divididas em dois grupos, um grupo de incontinentes e outro de mulheres que não tinham a IU. Para mensuração da qualidade de vida se baseou no questionário KHQ, e o Female Sexual Function Index (FSFI), para avaliação da função sexual. O grupo das participantes com IU tiveram os maiores escores para a qualidade de vida, nos domínios impacto da incontinência e medidas de gravidade, e 49% ainda relataram perturbação no momento do ato sexual, com receio que aconteça um escape durante.

Beutemuller (2011) e Furst et al (2014) corroboram em seus estudos, quando afirmam não haver distinção no resultado do tratamento das pacientes submetidas a eletroestimulação de forma isolada, em relação aos grupos que associaram esse método ao TMAP. Dessa forma respaldam o trabalho de Cavenaghi (2020), que realizou sua pesquisa através de um protocolo fisioterapêutico associando as duas técnicas, e comprovando a efetividade de ambas, tanto na redução dos sintomas, quanto na melhoria da qualidade de vida. Entretanto Brandengurger (2017) destaca em seu estudo, a cinesioterapia como o melhor método, em relação a diminuição da perda urinária, constatada através do teste do absorvente, assim como a evolução da força de contratilidade dos MAP. Fitz et al (2012) respaldam o autor em questão ao afirmar que a cinesioterapia é uma alternativa que apresenta eficácia comprovada na redução da perda urinária, impacta positivamente na qualidade de vida dos pacientes, e economicamente viável.

Para Silva et al (2014) a eletroestimulação endovaginal apresenta-se como uma alternativa de tratamento conservador com muitas perspectivas positivas para a reintegração e manutenção dos músculos do assoalho pélvico, contudo os efeitos são maiores quando em conjunto com outras técnicas. Dessa forma o autor acima supracitado, ratifica o estudo de Silva et al (2018), no qual em seu protocolo fez uso da estimulação vaginal em conjunto com os exercícios de kegel, obtendo dessa forma um aumento da força desses músculos e uma consequente melhoria no quadro de incontinência da paciente.

4. CONCLUSÃO

Diante dos estudos que foram apresentados fica evidente que a incontinência urinária, seja qual for o seu tipo e independente da faixa etária que acomete, é considerado um problema social, pela sua elevada incidência, afetando negativamente a vida das mulheres em diferentes âmbitos: Seja no ambiente de trabalho, na sua vida sexual e social. Os critérios de avalição aplicados antes e após o tratamento conservador foi imprescindível para mensurar a qualidade de vida dos pacientes. Os autores dos estudos analisados entraram em concordância quanto ao método utilizado, sendo ele o questionário King`s Health Questionnaire (KHQ), evidenciando que houve uma melhora na qualidade de vida após a aplicação das técnicas fisioterapêuticas.

Para o tratamento dessa patologia existe a intervenção cirúrgica, medicamentoso e o conservador, que são as técnicas que a fisioterapia dispõe, que podem ser utilizadas tanto como um método preventivo como também na reabilitação e fortalecimento desses músculos, restaurando a funcionalidade dos mesmos. Podemos destacar a cinesioterapia, cones vaginais e a eletroestimulação, que foi instrumento de investigação dessa patologia nesse estudo. Na construção desse trabalho os estudos selecionados apresentam algumas “falhas” em relação a padronização da quantidade de sessões, tempo de aplicação da técnica, quantidade de sessões, frequência utilizada, e o tempo de duração da contração e do repouso. Sendo assim é possível observar a necessidade de mais pesquisas na qual seja estabelecida uma normalização desses fatores, e dessa forma evidenciar como eles podem ou não interferir na terapêutica aplicada. Além disso, ficou evidente que a utilização da eletroestimulação apresenta resultados ainda mais satisfatórios quando associada às outras técnicas.

Desse modo, fica evidente que existe a necessidade de novos estudos acerca da utilização da eletroestimulação como uma terapêutica para mulheres que desenvolvem a incontinência urinária de esforço. Ademais se faz necessário uma padronização quanto as variáveis de intensidade, frequência, intervalo de uma sessão para outra, duração do tratamento, e o tempo de contração e relaxamento. Por fim esse estudo demonstrou resultados satisfatórios da técnica, para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico e consequentemente, diminuindo os sintomas da incontinência urinária.

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1 Faculdade AGES de Jacobina

2 Faculdade Santo Antônio de Alagoinhas

3 Docente da Faculdade AGES de Jacobina