INCIDÊNCIA DE SIFÍLIS GESTACIONAL EM UM MUNICÍPIO DO SUL GOIANO NOS ANOS DE 2017 A 2021

INCIDENCE OF GESTATIONAL SYPHILIS IN A MUNICIPALITY IN SOUTH GOIANO IN THE YEARS FROM 2017 TO 2021

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8345052


Bárbara Rocha Gonçalves1
Gabriel Santiago Teles Santos 2
Fernanda Tinoco Franco2
Ricardo Silva Tavares3


Resumo

INTRODUÇÃO: A Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, causada pela espiroqueta Treponema Pallidum. Essa patologia pode ser classificada como adquirida recente, tardia, primária, secundária, latente, terciária, neuro sífilis, congênita e gestacional. A Sífilis gestacional é transmitida ao feto, verticalmente, em qualquer período da gestação, podendo resultar em aborto, trabalho de parto prematuro, óbito fetal e infecção neonatal. OBJETIVO: Tendo em vista o número crescente de casos de Sífilis em gestantes, o presente estudo tem o objetivo de identificar a incidência de Sífilis gestacional e descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis em gestantes no município de Goiatuba-GO nos anos de 2017 a 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal longitudinal, retrospectivo, descritivo de casos de Sífilis em período gestacional, a partir de Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).  Para análise dos resultados foram considerados os seguintes dados sociodemográficos: raça e escolaridade. As informações foram compiladas no Microsoft Excel, com dupla checagem de dados e realização de análise descritiva: Média, mediana e valores extremos através do software PAST4. RESULTADO E DISCUSSÃO:  Assim, determinou um aumento anual da incidência de sífilis gestacional no município, cerca de 396% no período entre os anos de 2017 e 2021. Em adicional, a incidência em mulheres na faixa etária de 20-39 anos é maior (n=14), correspondendo a 68,42% dos casos confirmados. Em relação à realização do pré-natal no município, 18 (94,73%) das gestantes que receberam o diagnóstico de sífilis realizaram seu acompanhamento em Goiatuba.  CONCLUSÃO: O presente estudo demonstra que a sífilis gestacional persiste como um problema de saúde pública, apesar de existir diagnóstico e tratamento eficaz. Percebe-se que no decorrer dos anos (2017-2021), houve um aumento da incidência de sífilis gestacional, sugerindo que as medidas de prevenção e controle não estão sendo eficazes no município estudado.

PALAVRAS-CHAVE: Sífilis. Treponema Pallidum. Gestação.

1 INTRODUÇÃO

A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida sexualmente e verticalmente, raramente por transfusão sanguínea, transplante de órgãos e contato não sexual. A doença possui três fases, a primária, que se caracteriza por uma lesão indolor, com bordas bem definidas, fundo brilhante e liso normalmente se desenvolve na região genital do paciente, com possibilidade da apresentação de linfadenopatia generalizada, com período de latência entre a contaminação e o surgimento da lesão de 2 a 6 semanas. A fase secundária, ocorre a aparição de lesões mucocutâneas disseminadas e a presença de linfadenopatia generalizada. E a fase terciária ou tardia, que pode surgir de 2 a 40 anos depois do início da infecção, podendo se manifestar de formas diferentes, como a neurossífilis, a sífilis cardiovascular e a sífilis tardia benigna. Também contamos a presença da sífilis latente, aquela em que o paciente é assintomático com sorologia positiva. A infecção treponêmica pode ser transmitida de forma congênita, sífilis congênita, e pode ser transmitida em qualquer momento da gravidez (UKU et al., 2021).

Em países de baixa e média renda (LMICs), a infecção por sífilis é um problema relativamente comum que é uma fonte de morbidade substancial, incluindo resultados adversos na gravidez( NEWMAN et al., 2012) A sífilis na gestação é preocupante devido a alta chance de contaminação vertical do feto, e a sífilis congênita apresenta evolução com prognóstico ruim para a criança, podendo gerar abortos, natimortos e outras complicações durante a gestação ou neonatal como hepatomegalia na criança e placentomegalia na mãe. Determina-se a existência da chance de não haver complicações se a gestante for tratada até o segundo trimestre da gravidez. Acredita-se que a sífilis causa sintomas pela ação do sistema imunológico do indivíduo contra a bactéria causando lesões, contudo devido a dificuldade de cultura em laboratório da Treponema pallidum e suas características morfológicas não se definiu exatamente como as lesões são produzidas (TSAI., et al 2019). Logo o objetivo deste trabalho é avaliar a incidência de sífilis gestacional no município de Goiatuba-GO nos anos de janeiro 2017 a dezembro de 2021.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA

A sífilis ocorre pela infecção do indivíduo com o Treponema pallidum subespécie pallidum, bactéria espiroqueta gram-negativa (EW et al., 2017; WHO et al., 2016). O processo de transmissão acontece sexualmente, transplante de órgãos, transfusão de sangue, e verticalmente. Após a infecção, os pacientes passam por um período de incubação de aproximadamente 21 dias até o surgimento de sintomas, marcando o início da sífilis primária, com o surgimento de um ou mais lesões ulcerativas na genitália no local da infecção, juntamente com as lesões a presença de linfadenopatia regional indolor. Essas lesões cicatrizam de forma espontânea, ou com a presença do tratamento em seis semanas (GIACANI et al., 2014). Na sífilis secundária a presença de lesões ulcerativas de forma sistêmica, linfadenopatia generalizada, condilomas e mal-estar, ela se resolve em até 6 meses com ou sem tratamento. A partir disso, o paciente pode evoluir para sífilis latente, ou ele não apresenta nenhum sintoma e já está na fase latente da doença. Essa fase da doença é definida pela ausência de sintomas e presença de sorologia treponêmica e não treponêmica positivas, com divisões em sífilis latente precoce com contaminação a menos de 12 meses, e sífilis latente tardia, com contaminação a mais de 12 meses. A ocorrência da sífilis terciária se apresenta em pacientes não tratados com longos períodos de desenvolvimento da doença (15-30 anos), apresentando sintomas de inflamação de vários tecidos como a pele, sistema cardiovascular, e sistema musculoesquelético. Quando acomete o sistema nervoso central, a doença recebe o nome de neurossífilis (TUDDENHAM et al., 2018; MUSHER et al., 2016). 

Diagnóstico:

O diagnóstico da doença pode ser difícil de ser realizado, pois as lesões dermatológicas tendem a ser assintomáticas, além disso nem todos os casos os pacientes irão apresentar sintomas que os levariam ao serviço de saúde. Porém, as dificuldades não terminam apenas em relação ao paciente, a pouca disponibilidade de testes para detecção da doença e determinação da fase em que se encontra para determinação e realização do tratamento adequado.

Já, no Brasil é realizado através de testes diagnósticos com relação clínica, investigação da exposição recente e histórico de infecções passadas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016). Os testes diagnósticos disponíveis (Tabela 1) são oferecidos pelo SUS, os exames diretos, precisam provar a presença da Treponema Pallidum, os testes treponêmicos precisam provar a presença de anticorpos contra a espiroqueta, já os não treponêmicos anticorpos relacionados ao complemento, o VDRL (ÇAKMAK et al., 2019)

Tabela 1: Testes Diagnósticos Sífilis Disponíveis no Brasil

Exame diretoMicroscopia de campo escuro.Microscopia com material corado.Imunofluorescência direta.Ampliação de ácidos nucleicos (NAAT).
Testes treponêmicosTeste de anticorpos treponêmicos fluorescentes com absorção (FTAAbs) – anticorpos totaisEnsaio imunossorvente ligado à enzima – ELISATeste imunológico com revelação quimiluminescente e suas derivaçõesTestes de hemaglutinação e aglutinação
Testes não treponêmicosVDRL (Venereal Disease Research Laboratory) RPR (Rapid Plasmatic Reagin)USR (Unheated Serum Reagin)TRUST (Toluidine Red Unheated Serum Test)
Fonte: Gonçalves, et al. 2023. De acordo com Ministério da Saúde.

Outros testes são importantes para auxílio no diagnóstico da doença em situações especiais, como a neurossífilis e a sífilis ocular. Assim, é utilizado para auxiliar no diagnóstico a análise do líquido cefalorraquidiano do paciente, porém a utilização desse teste deve ser realizada apenas com indícios neurológicos ou oculares (GHANIMI et al., 2019.

Tratamento:

O tratamento recomendado para sífilis no período de gestação de acordo com um estudo realizado nos EUA é a penicilina G benzatina (BPG), que apresenta eficácia de 98,7% da infecção materna e na prevenção da sífilis congênita. No caso de pacientes não grávidas, outros antimicrobianos podem ser usados como alternativa contra o Treponema pallidum, como a doxiciclina, ceftriaxona, tetraciclina, azitromicina, amoxicilina e eritromicina. Por não existir ensaios de tratamento na gravidez que comparam os antimicrobianos alternativos com penicilina benzatina, existe uma problemática em regiões em que o fornecimento da BPG é comprometido e os antimicrobianos alternativos são a única opção disponível. Nesses casos, o tratamento alternativo tem sido associado a elevadas taxas de sífilis congênita. Por isso, até o momento, o uso de tratamento antimicrobiano alternativo na gestação não é recomendado (EPPES et al., 2017).

O tratamento da sífilis durante a gravidez é administrado de acordo com o estágio clínico, na sífilis primária é indicado BPG 2,4 milhões de unidades IM uma vez, no caso de sífilis secundária, especialistas recomendam uma segunda dose de BPG de 2,4 milhões de unidades IM, 1 semana após a primeira dose. No caso de sífilis de duração desconhecida, recomenda-se BPG de 7,2 milhões de unidades no total, administradas em 3 doses de 2,4 milhões IM, cada dose com intervalo de 1 semana, não devendo ultrapassar 9 dias de intervalo, caso ocorra, o tratamento deve ser reiniciado (EPPES et al., 2017).

Já no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda o esquema terapêutico para sífilis e controle de cura (Tabela 2). No caso de gestantes com alergia confirmada à penicilina, como não existe garantia de outros medicamentos para tratar a gestante e o feto, impõe-se a dessensibilização e o tratamento com penicilina benzatina, caso não seja possível realizar a dessensibilização durante a gravidez, a gestante deve ser tratada com Ceftriaxona. Nas situações de definição de caso e abordagem terapêutica da sífilis congênita, considera-se tratamento inadequado da mãe, por isso o RN deverá ser avaliado clínica e laboratorialmente. Ainda mais, as situações de tratamento inadequado da gestante com sífilis têm como finalidade a notificação da sífilis congênita. O tratamento da neurossífilis alternativo deve ter o seguimento do caso em intervalos menores (a cada 60 dias), devido à possibilidade de falha terapêutica, avaliando a necessidade de retratamento (HUSSAIN et al., 2022).

Diante de um indivíduo com sorologia reagente confirmada em que não é possível concluir a duração da infecção, caracteriza-se como sífilis latente tardia em que o esquema de tratamento é de 3 séries de penicilina benzatina 2,4 milhões (total de 7,2 milhões) UI (BRASIL,2015).

O tratamento da sífilis congênita em RN com sorologia agente confirmada inclui penicilina G cristalina na dose de 50 mil UI/Kg/dose IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida), durante 10 dias, ou Penicilina G procaína 50 mil UI/Kg/dose, dose única diária, IM, durante 10 dias. Se houver alteração liquórica, o tratamento deve ser feito com penicilina G cristalina 50 mil UI/Kg/dose, IV, a cada 12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e a cada 8 horas (após os 7 dias de vida), durante 10 dias (EPPES et al., 2017).

Tabela 2: Tratamentos indicados pelo Ministério da Saúde.

EstadiamentoEsquema terapêuticoAlternativa*Seguimento (teste não treponêmico – VDRL ou RPR)
Sífilis primária, secundária e latente recente (com menos de 1 ano de evolução)Penicilina G Benzatina 2,4 milhões UI, IM dose única (1,2 milhão UI em cada glúteo)Doxiciclina 100 mg, VO 2x dia por 15 dias (exceto gestantes) OU Ceftriaxona 1 g IV ou IM, 1xdia, por 8 a 10 dias para gestantes e não gestantesPopulação em geral: trimestral (primeiro ano) semestral (segundo ano). Gestante: mensal
Sífilis latente tardia (com mais de um ano de evolução) ou latente com duração ignorada e sífilis terciáriaPenicilina G benzatina 2,4 milhões UI, IM, semanal, por 3 semanas. Dose total: 7,2 milhões UI, IMDoxicilina 100 mg, VO, 2xdia, por 30 dias (exceto gestantes) OU Ceftriaxona 1 g IV ou IM, 1xdia, por 8 a 10 dias para gestantes e não gestantesPopulação em geral: trimestral (primeiro ano) semestral (segundo ano). Gestante: mensal
NeurossífilisPenicilina G cristalina 18-24 milhões UI;dia, IV, doses 3-4 milhões UI, a cada 4 horas ou por infusão contínua por 14 dias.Ceftriaxona 1g, IV, 1xdia por 10 a 14 diasExame de líquor de 6/6 meses até normalização.
Fonte: Gonçalves, et al. 2023. De acordo com Ministério da Saúde.

Prognóstico:

A sífilis foi uma doença com prognóstico ruim antes da introdução da penicilina, causando exclusão social, desfiguração, lesões ulcerativas que não cicatrizaram, dor e discriminação. O prognóstico relacionado à presença de sífilis está diretamente relacionado com o tempo de diagnóstico, fase da doença e realização do tratamento adequado. Geralmente, a evolução da doença, se tratada, não apresenta prognóstico ruim, sem riscos importantes à saúde do paciente. Contudo, a sífilis ainda é causadora de problemas sociais e psicológicos, por causar medo de discriminação, julgamento e até fim de relacionamentos (BOTTURA BR et al., 2019).

Caso não tratada, a doença possui prognóstico ruim, a partir da sua evolução, a presença de complicações oculares, neurológicas e cardiovasculares levando a desabilidades para o restante da vida do paciente ou até mesmo a morte (BOTTURA BR et al., 2019).

3 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo do tipo ecológico com base em dados secundários, a partir de registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) respeito dos casos de sífilis gestacional ocorridos no município de Goiatuba-GO nos anos de 2017 a 2021.

Os dados foram coletados no sítio virtual do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), atualizados em 01 de agosto de 2023 e disponíveis sob domínio público em endereço eletrônico (http://datasus.saude.gov.br/). Devido a isso, foi dispensada a submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP), estando de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Ressalta-se também que a pesquisa não constitui riscos, visto que envolverá a utilização de dados secundários não sendo possível a identificação dos indivíduos.

Também foram obtidas informações através das bases de dados do PUBMED, em que foram utilizados os seguintes descritores: “gestational syphilis”

Diante do município estudado, a população estimada de Goiatuba em 2022, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 35.649 habitantes (IBGE,2022)

Para o cálculo das taxas de incidência, foi tomado por numerador o número de gestantes residentes no Município de Goiatuba-GO com diagnóstico confirmado de sífilis notificado no SINAN; por denominador foi considerado o número de mulheres residentes no município, multiplicando por 100.000 para cada ano de estudo.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

No período analisado, a taxa de incidência de sífilis gestacional no município aumentou nos anos de 2019 (3,37) e 2020 (5,05) em comparação com os anos anteriores 2017(1,12) 2018 (2,66). (Figura 1). Houve um aumento de 154% na incidência de sífilis gestacional entre os anos de 2018 e 2019, e entre os anos 2019 e 2020 um aumento de 168%.

Ao relacionar a faixa etária das gestantes com diagnóstico de sífilis encontramos dados de 2017 até 2020, sendo que não foram disponibilizados os dados do ano de 2021, pelo TabNet,  ao todo coletamos dados de vinte e uma pacientes, obtendo 66,66% (n=14) encontravam-se entre 20 e 39 anos, 28,57%(n=6) 15 a 19 anos e 4,76%(n=1) 40-59 anos. As faixas etárias de <1, 1-4,5-9,10-14,60-64,65-69,70-79, 80 e + anos não apresentaram dados disponíveis sobre casos da doença.

Em relação à realização do pré-natal no município, 18 (94,73%) das gestantes que receberam o diagnóstico de sífilis realizaram seu acompanhamento em Goiatuba.

Figura 1. Incidência de sífilis gestacional no município de Goiatuba-GO nos anos de 2017 a 2021.

Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)

5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo demonstra que a sífilis gestacional persiste como um problema de saúde pública, apesar de existir diagnóstico e tratamento eficaz. Percebe-se que no decorrer dos anos (2017-2021), houve um aumento da incidência de sífilis gestacional, sugerindo que as medidas de prevenção e controle não estão sendo eficazes no município estudado.

REFERÊNCIAS

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1 Médica, Docente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário UNICERRADO Campus Goiatuba, Especialista em Saúde da Mulher na Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI). 
e-mail: drabarbararocha28@gmail.com

2 Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário UNICERRADO Campus Goiatuba.
e-mail: gabrielstsantos30@alunos.unicerrado.edu.br

3 Médico, Docente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário UNICERRADO Campus Goiatuba, Mestrando em Ciências Ambientais e Saúde na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO).
e-mail: ricardobiomd@gmail.com