INCIDÊNCIA DE SÍFILIS EM MULHERES GESTANTES NO DISTRITO FEDERAL

INCIDENCE OF SYPHILIS IN PREGNANT WOMEN IN THE FEDERAL DISTRITIC

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10792509


Juliana Oliveira de Toledo 1 3; Adriele de Macedo Istenharte 2 5; Élio Leejunfan Brito da Silva 2; Fernando Henrique Ferreira de Araujo 3; Geisy Colpo Klein 2; Glenya Gilkla da Silva Abreu 2; Juliana Aparecida da Silva 2; Luciane De Souza de Melo 2 6; Octávio Luiz Castilho de Araujo 2; Vilmara Rosa da Silva 4


RESUMO

Objetivo: O estudo tem por objetivo Levantar por meio de revisão bibliográfica e por meio de analises de dados já publicados, o quantitativo de gestantes que adquiriram sífilis nos últimos anos no Distrito Federal, principais métodos de diagnóstico e adesão ao tratamento. Metodologia: Estudo em questão foi realizado Revisão Bibliográfica. Foram realizadas buscas online em publicações como: artigos publicados em periódicos internacionais, artigos publicados em periódicos nacionais reconhecidos, teses e dissertações relacionadas, com o tema. As bases de dados utilizados foram; Scielo, PudMed, Bireme, DATASUS e alguns documentos oficiais produzidos pelo Ministério da Saúde. Resultados: Casos e Distribuição Percentual de gestantes com sífilis segundo faixa etária por ano de diagnóstico. O número de gestante com sífilis no Distrito Federal teve uma alta evolução de 2010 a 2016, com uma taxa de Detecção de 2,1 em 2010 e 7,0 em 2016. O diagnóstico de sífilis na gestante é realizado através do teste (VDRL) teste rápido para sífilis.  O percentual de Gestante que ignoraram o tratamento diminuiu de 14,2% em 2012 para 7,6% em 2016. Discussão: Os estudos descritos apresentam dados, com notável aumento da sífilis em Gestantes no Distrito Federal. Essa tendência no aumento não foi só na gestante diagnosticada com sífilis, mas consequentemente na sífilis congênita, e esse aumento se repete em todo o país. Isso pode ser explicado, pelo principal fator responsável pela elevada incidência de sífilis gestacional e congênita em todo o mundo, é a assistência ao pré-natal, diagnóstico precoce e adesão ao tratamento. Conclusão: Os resultados da analise de dados mostraram, que o número de casos e taxas de detecção de sífilis teve um aumento consideravel nos ultimos anos do estudo. Esse  aumento  pode ter sido impulsionado por uma  melhor organização nos serviços de saúde, monitoramento e notificaçao  mais contantes  dos casos de sífilis em gestantes.  

Palavras-chave: incidência, sífilis, gestante.

ABSTRACT

Objective: The study aims to raise through bibliographical review and through analysis of already published data, the number of pregnant women who acquired syphilis in recent years in the Federal District, main diagnostic methods and adherence to treatment. Methodology: Study in question was carried out Review Bibliographic. Online searches were carried out in publications such as: articles published in international journals, articles published in national journals recognized, theses and dissertations related to the topic. The databases used were; Scielo, PudMed, Bireme, DATASUS and some official documents produced by the Ministry of Health. Results: Cases and Percentage Distribution of pregnant women with syphilis according to age group and year of diagnosis. The number of pregnant women with syphilis in the Federal District had a high evolution from 2010 to 2016, with a Detection rate of 2.1 in 2010 and 7.0 in 2016. The diagnosis of syphilis in pregnant women is carried out using the rapid test (VDRL) for syphilis. The percentage of pregnant women who ignored treatment decreased from 14.2% in 2012 to 7.6% in 2016. Discussion: The studies described present data, with a notable increase of syphilis in pregnant women in the Federal District. This upward trend was not only in pregnant woman diagnosed with syphilis, but consequently congenital syphilis, and This increase is repeated across the country. This can be explained by the main factor responsible for the high incidence of gestational and congenital syphilis throughout the world, is prenatal care, early diagnosis and adherence to treatment. Conclusion: The results of the data analysis showed that the number of cases and syphilis detection rates have increased considerably in recent years. study. This increase may have been driven by better organization in health services, more constant monitoring and notification of cases of syphilis in pregnant women.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos o índice de sífilis em mulheres gestantes aumentou consideravelmente. Ponderando a atenção ao diagnóstico precoce e o tratamento da gestante, visando ou não a adesão ao tratamento.

As doenças infectocontagiosas de transmissão sexual são as principais causas de doenças no mundo, trazendo grandes consequências econômicas, sanitárias e sociais de grande repercussão em vários países. A sífilis, umas das doenças de transmissão sexual mais antiga, também conhecida como Lues, causada por uma bactéria Treponema pallidum, foi conhecida em todo o mundo no final do século XV. Mas somente na metade do século XIX, a sífilis passou a ser preocupação das autoridades, como uma grande ameaça à saúde pública. 

Houve então, neste período, um grande crescimento nos casos da doença que se destacou não só pela alta incidência e agravos, mas também passou a ser uma ameaça a vida da população que conheceu a forma mais grave da doença. Desencadeou vários estudos sobre as formas de manifestação da doença, suas manifestações clínicas, tratamento e prevenção, sobretudo a importância do controle de transmissão. Mesmo com todo esclarecimento da população, com a descoberta de cada estágio da doença, diagnóstico precoce e descoberta da penicilina, a sífilis continua sendo um problema mundial (SILVA et al, 2016). Na busca por uma Gestação segura o Ministério da Saúde tenta assegurar a atenção às gestantes dos estados e Municípios através do Sistema único de Saúde, com o intuito de minimizar os danos causados pela doença, principalmente nas mulheres com idade reprodutiva, ou seja, mulheres com chance de gestação, com isso a atenção a gestante é de fundamental importância (SILVA, et al ,2017).  Segundo a OMS (2016), nos últimos cinco anos no Brasil o aumento dos casos de sífilis foi constante. Por ser uma doença de notificação compulsória, foram notificados 37.436 casos de sífilis em gestantes em 2016. Quando se observada essas taxas por estado, só no Distrito Federal foram 325 casos confirmado (Brasil, 2017). É de extrema importância que se considere cada estágio da doença para um diagnóstico, pois cada fase possui suas particularidades, que podem interferir na escolha dos exames laboratoriais. O diagnóstico deve ser feito o mais rápido possível e de forma correta para evitar atrasar o início do tratamento e impedir a evolução da doença para a forma grave.

O diagnóstico e o tratamento da sífilis na gestante representam importantes medidas de Saúde Pública. Segundo (OLIVEIRA, FIGUEIREDO, 2011) considerando que o diagnóstico e tratamento são essenciais para impacto da incidência e que um simples exame de sangue Veneral Disease Research Laboratory (VDRL), e de fundamental importância para o diagnóstico e consequentemente para o controle da sífilis. O pré-natal tem um papel importante na aplicação de medidas adequadas e transparente, nesse controle da transmissão vertical da sífilis, com a realização de consultas periódicas, de exames laboratoriais específicos e de rotina, para a máxima redução de eventos adversos que possa comprometer ainda mais a saúde da gestante infectada, como exemplos nascimentos prematuros e abortos, considerando que quanto mais próximo do paro maior a chance de transmissão é de suma importância o diagnóstico e tratamento precoce. (MAGALHÃES et al, 2013). Entretanto VIELLAS, et al (2014) a adequação do pré-natal tem falhas, o número de consultas para gestantes que iniciaram foi relativamente muito abaixo.  

“Estimasse que 40% das mulheres grávidas com sífilis primária ou secundária não tratadas evoluem para perda fetal. Além disso, mais de 50% dos recém-nascidos filhos de mães com sífilis não tratada ou tratada de forma inadequada não manifestam sintomas da doença, podendo assim não ser diagnosticada ao nascimento com sérias consequências no futuro” (RODRIGO, GUIMARÃES, 2004, p.1).

O Ministério da Saúde vem tentando manter o controle da sífilis congênita. Com tudo é necessário um trabalho precoce com a gestante, dando o início do pré-natal, com a realização de no mínimo seis consultas, realização de exames laboratoriais, diretos e indiretos, treponêmicos e não treponêmicos, como o VDRL, RPR e FTA-ABS, indicados normalmente no primeiro trimestre da gestação, solicitado para todas as gestantes no mínimo duas vezes durante a gestação. Normalmente na primeira consulta da gestante, e outro teste em torno das 28ª semanas de gestação, visando o tratamento e segmentos adequados da gestante, a orientação do seu parceiro, abordando, casos clínicos e epidemiológicos. Nos casos comprovados de sífilis documenta-se o cartão da gestante e a notificação dos casos de sífilis congênita (SOEIRO, et al, 2014).

As provas sorológicas é um dos exames mais utilizados no diagnóstico da sífilis ele divide-se em testes treponêmicos e não treponêmicos, os testes são indicados para a redução dos casos de sífilis congênita, esses testes sorológicos devem ser feitos no período da gestação, realiza-se o primeiro no início da gestação e o segundo no terceiro trimestre da gestação (CHAVES, et al, 2014). Hoje é possível utilizar testes rápidos por tiras de imunocromatografia que é feito no consultório utilizando sangue ou gota retirada da ponta do dedo, esse método tem como vantagem a possibilidade de acesso do diagnóstico em até 20 minutos. O teste rápido é realizado em casos específicos, como o início tardio do pré-natal e a falta de laboratório para o teste não treponemo (VDRL), (JÚNIOR et al, 2016)

A pesquisa do Treponema pallidum por microscopia de campo escuro pode ser realizada nas lesões primárias e lesões secundárias da sífilis, podendo ser realizadas em adultos ou em crianças. A amostra utilizada é o exsudato seroso das lesões impostas, porque não pode ter eritrócitos, de outros organismos e de restos de tecido. O exame é muito sensível e específico, considerado um dos mais eficientes para o diagnóstico da sífilis (BENZAKEN, et AL, 2016).  

Para ABMULER, et al (2015) a maioria das o surgimento dos anticorpos anti-treponêmicos possa variar de indivíduo para indivíduo, é possível ter positividades nos testes sorológicos para sífilis, até mesmo nos primeiros dias de contaminação. Existem dois tipos de testes imunológicos para sífilis: Os testes não treponêmicos detectam anticorpos anti-cardiolipina que não são específicos para os antígenos do T.pallidum, e a sua importância será abordada na sequência. Os testes treponêmicos, por sua vez, detectam anticorpos específicos para os antígenos do T.pallidum. Testes não treponêmicos: Podem ser qualitativos ou quantitativos. O teste qualitativo indica a presença ou ausência de anticorpo na amostra. O teste quantitativo permite determinar o título de anticorpos. O título é importante para o diagnóstico e monitoramento da resposta ao tratamento. Isso porque a queda do título é indicação de sucesso do tratamento. Pacientes graves diagnosticados já na UTI o profissional médico responsável solicita provas de função hepática, RX de tórax para acompanhamento das estruturas ósseas e também, quando positivam para sífilis.

Segundo DUARTE, et al (2012), às medidas de prevenção, controles e tratamento da sífilis principalmente a congênita, consiste em ofertar a todas as gestantes uma assistência adequada, como o pré-natal. Uma das doenças de mais fácil prevenção é a sífilis congênita, pois basta à detecção, do agente infeccioso, e logo entrar com o tratamento indicado, a gestante e seu parceiro. Realizar os testes VDRL logo no primeiro trimestre da gravidez e outro no terceiro trimestre, considerar para diagnóstico as gestantes com VDRL reagente, mesmo com titulação baixa na ausência de testes confirmatórios. Prevenir também é adotar práticas de aconselhamento da gestante, quanto a sua vida sexual, associada a um pré-natal de qualidade (ARNESEN, et al 2014).

Embora o tratamento da sífilis seja simples, devido à existência de exames diagnósticos altamente sensíveis e de fácil realização, bem como tratamento eficaz e de baixo custo, ainda existe uma não adesão muito alta ao tratamento. Aproximadamente 50% das gestantes são tratadas inadequadamente, a maioria não são efetivas no tratamento, podem transmitir a doença ao concepto, levando a resultados adversos como morte fetal, morte neonatal, prematuridade, baixo peso ao nascer ou infecção congênita (NONATO, et AL, 2015). 

Embora o tratamento seja simples, ainda hoje não tem o resultado esperado, pois o tratamento deve ser feito tanto na gestante quanto no seu parceiro, em virtude de que uma mulher com vida sexual ativa pode se infectar e infectar- se novamente durante toda a gestação. Portanto as medidas de controle devem abranger todos os momentos da gestação com tratamento precoce da sífilis, garantindo também o acesso ao tratamento, como fator de evitando a qualquer momento a transmissão para o feto (MESQUITA, et AL, 2012).

A maioria dos casos de sífilis em gestantes que foram notificados, tiveram diagnóstico durante o pré-natal. Isso poderia ser explicado, em alguma medida, pela dificuldade de uso da penicilina (droga mais custo-efetivo para o tratamento das gestantes com sífilis e dos seus parceiros). Uma possível explicação é que a aversão da realização do tratamento da sífilis na maioria das vezes é do próprio parceiro da gestante, que tem resistência para o diagnóstico (SANTOS et al, 2016) 

O tratamento para a sífilis na gestante e controle de cura, é feito com penicilina que é a droga de escolha para todas as fases da sífilis. Na literatura não há relatos de resistência treponêmica à droga, é claro que as doses e intervalos devem ser rigorosamente prescritos por um profissional qualificado (MURICY, JÙNIOR, 2015). Observamos que antes do uso de outro medicamento para o tratamento da sífilis, o diagnóstico de alergia à penicilina deve ser previamente estabelecido, e o tratamento com outro medicamento durante a gestação pode ou não determinar o nascimento de uma criança com sífilis congênita. Felizmente a gestante com alergia à penicilina é um evento muito raro (FIGUEIREDO et al, 2015).

Segundo (NUNES et al, 2017) mesmo sendo um tratamento simples e na maioria das vezes eficaz, a adesão ao tratamento rotineiramente é deixada de lado, mesmo o tratamento inicial com penicilina benzatina no primeiro trimestre da gestação seja muito importante para evitar uma infecção transversal. A primeira dose indicada para o tratamento de sífilis na gestação 2,4 milhões UI de penicilina benzatina (BRASIL, 2017). O objetivo do trabalho foi reunir conhecimentos sobre o tópico e refletir sobre o atual tema, facilitando sua compreensão, justificando assim a presente pesquisa.

METODOLOGIA

Estudo em questão foi realizado Revisão Bibliográfica. Foram realizadas buscas online em publicações como: artigos publicados em periódicos internacionais e nacionais reconhecidos, teses e dissertações relacionadas com o tema. As bases de dados utilizados foram; Scielo, PudMed, Bireme, DATASUS e alguns documentos oficiais produzidos pelo Ministério da Saúde. 

A realização da busca foi entre fevereiro a maio de 2016. Após a revisão Bibliográfica, foram selecionados os artigos mais pertinentes ao objetivo do estudo. Na etapa seguinte, os artigos escolhidos foram submetidos a análise do conteúdo de cada um. O resultado da Revisão Bibliográfica será apresentado de forma descritiva.

RESULTADOS 

Casos e Distribuição Percentual de gestantes com sífilis segundo faixa etária por ano de diagnóstico. Distrito Federal – Brasília, 2010-2016.

Tabela 1 – Casos e taxa de detecção (por 1.000

Nascidos vivos) de gestantes com sífilis por ano de diagnóstico.

Fonte: SINAN http://indicadoressifilis.aids.gov.br/

O número de gestante com sífilis no Distrito Federal teve uma alta evolução de 2010 a 2016, com uma taxa de Detecção de 2,1 em 2010 e 7,0 em 2016. 

Figura 1: Fluxograma para uso de teste rápido em gestante.

Fonte: Brasil, 2019. DATASUS

O diagnóstico de sífilis na gestante é realizado através do teste Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) teste rápido para sífilis, na primeira consulta de pré-natal, que deve iniciar preferencialmente até a 20ª semana de gestação e ou deve ocorrer no início do terceiro trimestre (28ª semana). Considerando ao resultado positivo, a conduta adequada segundo (SANTOS, et al, 2017) é diagnosticar o parceiro e fazer os procedimentos adequados de tratamento. Considerando esse acesso ao teste rápido é um fator de saúde. (MS, 2021)

Tabela 2- Casos e Distribuição Percentual de gestantes com sífilis segundo esquema de Tratamento por ano de diagnóstico. Distrito Federal – Brasília, 2012-2016. 

Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites virais – dados até 30/06/2016.

O percentual de Gestante que ignoraram o tratamento diminuiu de 14,2% em 2012 para 7,6% em 2016.

DISCUSSÃO

Os estudos descritos apresentam dados, com notável aumento da sífilis em gestantes no Distrito Federal. De acordo com (SARACELI et AL, 2017), essa tendência no aumento não foi só na gestante diagnosticada com sífilis, mas consequentemente na sífilis congênita, e esse aumento se repete em todo o país. Isso pode ser explicado, pelo principal fator responsável pela elevada incidência de sífilis gestacional e congênita em todo o mundo, é a assistência ao pré-natal, diagnóstico precoce e adesão ao tratamento (ARAUJO et al 2012). Por outro lado, o número de parceiros não tratados tem uma alta relevância na prevalência da doença (GALATOIRE et al, 2012).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) teve como objetivo prioritário até o ano de 2015 a eliminação da sífilis congênita e redução da incidência da doença, adotou como meta, menos 0,5 por 1000 nascidos vivos (NONATO et AL, 2015). De acordo com (DOMINGUES et al, 2014) na prioridade de redução da sífilis congênita, foram selecionados quinze países, devido ao tamanho da população e a prevalência da sífilis na gestação o Brasil está incluído. O aumento do risco de sífilis congênita segundo (TIAGO et al, 2017), é devido a prevalência da sífilis em gestante. CRUZ et al (2017), chama à atenção para esse risco que pode resultar em inúmeras  complicações, tanto para a gestante quanto para o feto, já que encontram-se vulneráveis a uma grave infecção.

Considerando que a sífilis é uma das doenças sexualmente transmitidas que mais preocupa o serviço de saúde, por ser transmitida de mãe para filho (MESQUITA et al, 2012). Só no Distrito Federal, em 2015 foram notificados 272 casos confirmados de gestante com sífilis e 201 casos de sífilis congênita em crianças maiores de um ano de idade, e em 2016 notificaram 325 casos de sífilis gestacional e 216 casos de sífilis congênita em crianças maiores de um ano de idade, não houve redução (BRASIL, 2017).

Segundo (MOREIRA et al, 2017) e (MACEDO et al, 2017) o pré-natal é um momento muito importante para a redução do índice de sífilis na gestação, pois é onde vai garantir o diagnóstico precoce da sífilis e tratamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde a redução das taxas de sífilis gestacional é devido ao protocolo de solicitação de teste não treponêmicos (VDRL), principalmente nos primeiro e terceiro trimestre da gestação. No Distrito Federal, segundo TAVARES, et al (2012), os testes mais utilizados nas gestantes são os testes imunológicos, que na prática são os mais utilizados. São divididos em; não treponêmicos que detectam anticorpos anti-cardiolipina que não são específicos para os antígenos do T.pallidum, e a sua importância será abordada na sequência. Os testes treponêmicos, por sua vez, detectam anticorpos específicos para os antígenos do T.pallidum. Testes não treponêmicos: Podem ser qualitativos ou quantitativos. O teste qualitativo indica a presença ou ausência de anticorpo na amostra. O teste quantitativo permite determinar o título de anticorpos. O título é importante para o diagnóstico e monitoramento da resposta ao tratamento. Isso porque a queda do título é indicação de sucesso do tratamento (SILVA, et al, 2015).

Sobre o tratamento sífilis na gestação e controle da cura, e feito com penicilina benzatina que é a droga de escolha para todas as fases da sífilis por ser capaz de atravessar a barreira transplacentária e tratar ao mesmo tempo mãe e feto (MOREIRA et al 2017). Segundo LAFETÁ, et al (2016) o tratamento adequado das gestantes é feito com penicilina e foi completado 30 dias antes do parto, a dose da medicação é de acordo com o estágio da doença. A principal idéia do tratamento da grávidas e de receber o regime de penicilina apropriado para a fase de infecção, e se de alguma maneira essa dose da terapia farmacológica for perdida na fase de  latência, o tratamento foi perdido (COOPER, et al, 2016).

Porém o diagnóstico de alergia à penicilina deve ser previamente estabelecido, pois tratamento com outro medicamento durante a gestação pode ou não determinar o nascimento de uma criança com sífilis congênita. Felizmente a gestante com alergia a penicilina e um evento muito raro (BRASIL, 2015). Por outro lado (DALLÉ, et al, 2017) resulta que em caso de alergia em gestantes com sífilis, pode ser indicada a dessensibilizarão a penicilina.

Para XIMENES, et, al (2008), um tratamento realizado precocemente, e a adesão da gestante ao tratamento, bem como a realização do tratamento pelos parceiros, tendo em vista de que é uma doença de fácil diagnóstico e tratamento, as taxas de transmissão vertical podem cair de um caso por cada 1.000 nascidos vivos. Mas segundo (FRANÇA, et al, 2015), mesmo com tratamento fácil ainda é inadequado, e na maioria das vezes o parceiro não foi tratado de maneira adequada ou simplesmente ignorou o tratamento, contribuído para um tratamento indesejável.

CONCLUSÃO

Os resultados da análise de dados  mostraram, que o número de casos e taxas de detecção  de sífilis tiveram um aumento considerável nos últimos anos do estudo. Esse  aumento  pode ter sido impulsionado por uma  melhor organização nos serviços de saúde, monitoramento e notificação  mais eficientes dos casos de sífilis em gestantes.

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1Dra. Biomédica da Associação dos Biomédicos do Distrito Federal (ABMDF);
2Aluna(o) de medicina da Universidad Central del Paraguay – (UCP-CDE)
3Aluna(o) de medicina da Universidade Brasil UB São Paulo;
4Farmacêutica graduada do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF);
5Fisioterapeuta graduada pela Universidade de Cuiabá (UNIC);
6Farmacêutica graduada do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE)