INCIDENCE OF OCCUPATIONAL DISEASES IN NURSING STAFFRELATED TO THE HOSPITAL ENVIRONMENT: a review of the literature
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412061322
Sabrina Gomes Alves1
Dayane Ferreira Leal de Carvalho2
Mara Regina Pereira Viana Damasceno Feitosa3
Guilherme Antônio Lopes de Oliveira4
Gabriel Mauriz de Moura Rocha5
Flávia Samara Freitas de Andrade6
Marcos Van Basten do Nascimento Páiva7
Maria Helane Sousa Araujo8
Gilvan Pereira da Silva9
Luciana Aparecida da Silva10
Resumo
As doenças ocupacionais estão interligadas às condições de trabalho dos profissionais de saúde. Essas doenças são resultado de microtraumas que cotidianamente atingem o trabalhador, e por serem cumulativos acabam gerando riscos à saúde da equipe de enfermagem. A presente pesquisa, teve como objetivo principal identificar quais doenças que mais acometem a equipe de enfermagem no ambiente hospitalar, e como objetivos específicos: discorrer sobre os fatores que desencadeiam as doenças ocupacionais na equipe de enfermagem, no ambiente hospitalar e especificar os impactos psicossociais da equipe de enfermagem no ambiente hospitalar. Tratou-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, do tipo descritiva, onde foram utilizadas as bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrievel System (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF)e Instituto Brasileiro de Educação Saúde e Cultura (IBESC), acessadaspelo portal Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Após a inserção dos critérios de inclusão e exclusão, novos artigos foram condizentes com a pesquisa. O estudo mostrou que a equipe de enfermagem ao ser submetida a sobrecarga de trabalho, acabaram favorecendo o surgimento de problemas psicossociais, ergonômicos, riscos biológicos, além disso, a falta de planejamento organizacional, resultaram em impactos negativos na qualidade do cuidado prestado. Concluiu- se que a sobrecarga de trabalho bem como a falta de planejamento organizacional, corroboraram para incidência de doenças ocupacionais na equipe de enfermagem.
Palavras-chave: Doenças ocupacionais. Equipe de enfermagem. Ambiente hospitalar.
Abstract
Occupational illnesses are linked to the working conditions of health professionals. These diseases are the result of microtraumas that affect workers on a daily basis, and because they are cumulative, they end up generating health risks for nursing staff. The main objective of thisstudy was to identify the diseases that most affect nursing staff in the hospital environment, andthe specific objectives were: to discuss the factors that trigger occupational diseases in nursingstaff in the hospital environment and to specify the psychosocial impacts of nursing staff in thehospital environment. This was a descriptive integrative literature review, using the following databases: Medical Literature Analysis and Retrieval System (MEDLINE), Latin American andCaribbean Health Sciences Literature (LILACS), Nursing Database (BDENF) and Brazilian Institute of Health and Culture Education (IBESC), accessed through the Virtual Health Library(VHL) portal. After inserting the inclusion and exclusion criteria, nine articles were found to be consistent with the research. The study showed that the nursing team, when subjected to work overload, ended up favoring the emergence of psychosocial problems, ergonomics, biological risks, in addition, the lack of organizational planning, resulted in negative impacts on the quality of care provided. It was concluded that work overload, as well as the lack of organizational planning, contributed to the incidence of occupational diseases in the nursing team.
Keywords: Occupational illnesses; Nursing staff; Workers.
1 INTRODUÇÃO
As doenças ocupacionais são patologias que impactam diretamente na vida dos profissionais, gerando diversas complicações, afetando na qualidade de vida e consequentemente no desenvolvimento de suas funções (Brito, 2021). A equipe de enfermagemestá exposta a vários fatores que incidem na sua atuação, que colocam em risco a qualidade dotrabalho, bem como, a qualidade de vida da equipe.
A enfermagem hospitalar é aquela que lida rotineiramente com uma assistência de 24h em 7 dias da semana, ali, os enfermeiros se deparam com diversos tipos de sofrimento, dor e perda de pacientes, passando e suportando o desgaste físico e principalmente o psicológico (Varelo , 2014).
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002), considera-se transtornos queestão interligados à violência tanto psicológica quanto física, dentre estes estão: Síndrome de Burnout, depressão, irritabilidade, ansiedade, fadiga, sofrimento mental, estresse profissional, sentimento de impotência, frustração, lombalgias, doenças osteomusculares , distúrbios do sonoe alimentação, insatisfação no trabalho, sentimento de baixa autoestima e ainda, acidentes com materiais perfurocortantes, que podem resultar na transmissão de doenças crônicas e letais, como fenômenos socioambientais produzidos pelas condições de trabalho, comprometendo a saúde da equipe de enfermagem.
Considerando que os profissionais de enfermagem atuam diretamente no processo de cuidado de saúde/doença, o presente artigo tem como objetivo geral, identificar quais as doenças que mais acometem tais profissionais no ambiente hospitalar. Para alcançar esse objetivo, foram definidos dois objetivos específicos: discorrer sobre os fatores que desencadeiam as doenças ocupacionais na equipe de enfermagem no ambiente hospitalar e especificar os impactos psicossociais sofridos pelos mesmos no ambiente hospitalar.
Portanto o estudo discorre sobre a incidência de doenças ocupacionais, na equipe de enfermagem, relacionadas ao ambiente hospitalar; tendo em vista que, esses profissionais são os que estão diretamente expostos a todos os tipos de riscos ocupacionais, levando ao adoecimento, acidentes de trabalho e a redução da capacidade de produção de serviço (Freire; Santiago, 2017).
Através desse estudo, buscou-se contribuir para a implementação de medidas eficazes para o controle das doenças ocupacionais decorrentes dos serviços em ambiente hospitalar.
Com isso a relevância da temática, se deu pela necessidade de evidenciar a forma como a equipede enfermagem adoece ao longo da sua jornada de trabalho em ambiente hospitalar, tendo em vista as condições expostas as quais está sujeita.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Saúde do trabalhador
A saúde do trabalhador configura-se como um campo interdisciplinar de conhecimentos práticos e estratégicos (técnico, social, político, humanístico), multiprofissional e interinstitucional, voltado para analisar e intervir nas relações de trabalho que levam ao adoecimento e ao agravo. O seu quadro de referência é o da saúde pública, nomeadamente promoção, prevenção e vigilância (Gomez; Vasconcellos; Machado, 2018).
Conforme as responsabilidades do profissional aumentam, surge um conflito entre manter o equilíbrio e lidar com o cansaço diante de uma sobrecarga física e mental. Em decorrência do desgaste funcional, ocorrem reações fisiológicas, psicológicas ecomportamentais, que favorecem a redução da capacidade de trabalho e o desenvolvimento de doenças. Destaca-se, que a equipe de Enfermagem é o grupo predominante nos locais de saúde. Eles precisam apresentar variadas habilidades, como adaptabilidade, versatilidade e capacidadede desempenhar diferentes funções, para lidar com a diversidade e complexidade de tarefas e atividades que lhes são designadas nestes ambientes (Rodrigues et al., 2019).
É importante conhecer os pontos que podem promover o bem-estar da equipe de enfermagem em seu local de trabalho e evitar ou diminuir as consequências da baixa qualidadede vida do trabalhador, se torna significativo no cenário atual. A qualidade de vida do trabalhador está diretamente ligada às ocupações desempenhadas, no contexto laboral, influenciando sua saúde, conduta profissional, desempenho, satisfação e padrão de vida em sociedade vivido por estas pessoas (Souza et al., 2023).
O ambiente hospitalar
No contexto hospitalar, realiza-se funções que são indispensáveis para a vida, pois, é necessário assegurar à população o acesso a serviços de saúde de qualidade, porém, é onde a equipe de enfermagem está concomitantemente exposta a mais de uma carga de trabalho, com isso considera-se que, esse é um processo gradativo e simultâneo (Ascari; Schmitz; Silva,2013).
É relevante destacar que, para efetivamente existir qualidade, é fundamental a criação de políticas públicas que busquem eliminar os desafios e os riscos ocupacionais encontrados nosistema de saúde (Silva et al., 2021).
É imprescindível que o trabalho seja realizado em um ambiente que não acarrete ameaças à saúde a curto, médio e longo prazo. Com esse intuito, as empresas devem estabelecer o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), o qual, abrange diferentes categorias de riscos ocupacionais. As ações desses profissionais visam proteger a integridade física em seu ambiente de trabalho (Roloff et al., 2016).
A identificação dos riscos ocupacionais aos quais, os trabalhadores estão expostos é um aspecto que requer atenção, especialmente no ambiente hospitalar, onde eles estão sujeitosa diferentes tipos de riscos ocupacionais (Jodas; Haddad, 2009).
Riscos ocupacionais no ambiente hospitalar
A importância da Saúde Ocupacional é significativa tanto em escala global quanto nacional, principalmente devido ao impacto das doenças na vida dos trabalhadores e ao elevadoíndice de acidentes que afetam os empregados. (Dias, 2020).
Considerados os riscos físicos, as diversas formas de energia às quais os trabalhadores podem estar expostos, como ruído, vibração, pressão anormal, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, como infrassons e ondas ultrassônicas. (Sulzbacher; Fontana, 2013)
Os riscos químicos referem-se aos riscos causados por agentes químicos, ou seja, substâncias, compostos ou produtos químicos que podem penetrar no corpo humano através dasvias respiratórias sob a forma de poeira, fumo, nevoeiro, névoa, gás ou vapor, ou riscos ocasionados por causas naturais. Os efeitos da atividade e da exposição podem entrar em contato ou ser absorvidos pelo corpo através da pele ou ingestão (Gregório, 2017).
Os riscos psicossociais podem estar relacionados a fadiga e stress; perda de controle sobre o trabalho; efeitos dos turnos noturnos, turnos rotativos, horas extraordinárias, turnos duplos; trabalho subordinado; desqualificação dos trabalhadores; segmentação do trabalho através da fragmentação e duplicação de tarefas; ritmo acelerado de trabalho. (Rodrigues; Faiad; Facas, 2020).
Os riscos biológicos são representados por agentes biológicos como bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus. Esses patógenos são responsáveis pelo maior número de lesões sofridas pelos profissionais de saúde devido à natureza específica de suas tarefas e à exposição a sangue e fluidos corporais que levam à infecção, onde a contaminação pode ocorreratravés da pele, do trato respiratório ou do trato digestivo (Santos, 2021).
E por fim, fatores ergonômicos estão relacionados à adequação entre a pessoa e o trabalho, principalmente relacionados às posturas inadequadas e/ou prolongadas durante o transporte e movimentação do paciente, equipamentos, materiais e móveis não ajustáveis e pela forma de organização do trabalho que não é levada em consideração também não é levado em conta as capacidades psicológicas e fisiológicas dos trabalhadores. (Santos et al, 2021).
3 METODOLOGIA
Este estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura do tipo descritiva, um método conduzido com base nos princípios recomendados no desenvolvimento de pesquisas, seguindo etapas metodológicas que permitem a busca e avaliação de evidências em relação a um determinado problema (Mendes; Silveira; Galvão, 2008).
Para orientar e sistematizar a execução, foram utilizadas seis etapas distintas: Primeira: Tipo de estudo; Segunda: problema de pesquisa; Terceira: seleção de dados; Quarta: critérios de inclusão e exclusão; Quinta: Coleta e análise dos estudos selecionados; Sexta: apresentaçãoda revisão integrativa (Dantas et al., 2022).
A questão norteadora intitulada foi: “Qual a incidência de doenças ocupacionais na equipe de enfermagem relacionada ao ambiente hospitalar?” A busca foi realizada entre os meses de fevereiro a abril nas bases de dados a seguir: Literatura Latino- Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Sistema Online de Busca, Análise de Literatura Médica (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) (MEDLINE), Banco de dados em Enfermagem (BDENF), Instituto Brasileiro de Educação Saúde e Cultura (IBESC), por intermédio do portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
Foram utilizados os seguintes descritores de busca, com base nas Terminologias em Ciências da Saúde (DeCS Saúde) bem como os operadores booleanos: (doenças ocupacionais) AND (enfermagem) OR (profissionais de enfermagem) OR (equipe de enfermagem) AND (trabalhador) OR (trabalhadores) AND (ambiente hospitalar) OR (âmbito hospitalar). Os mesmos descritores foram utilizados para pesquisa em três idiomas: português, inglês e espanhol, com trabalhos que se adequem ao recorte temporal pré-estabelecido de cinco anos (2019-2024).
Os seguintes critérios de inclusão foram utilizados: artigos publicados em português, inglês e espanhol, trabalhos completos publicados e indexados nos bancos de dados correspondentes, relacionados a artigos de revisão, teses, dissertações, monografias e etc. Para a exclusão de artigos, foram aplicados os seguintes critérios: estudos que não estiverem de acordo com o tema proposto, duplicidade dos estudos nas respectivas bases de busca e/ou no lapso temporal estabelecido.
Os estudos foram analisados seguindo os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos.As pesquisas foram categorizadas através da extração de informações, que foram então organizadas em tabelas contendo o título, autores, ano de publicação, objetivos e principais conclusões. Esses dados foram posteriormente utilizados na discussão. Todas as diretrizes de autoria foram seguidas, com a devida referência aos autores mencionados no estudo conformeas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente trabalho inclui resultados de estudos que foram escolhidos com base nos descritores mencionados na metodologia, e as pesquisas foram conduzidas nas bases de dados apropriadas. É relevante destacar que os critérios de inclusão e exclusão foram rigorosamente seguidos. Dessa forma, foi possível selecionar 09 artigos que estão listados nos quadros a seguir para a análise da revisão integrativa, com o objetivo de proporcionar uma análise mais aprofundada dos estudos escolhidos para a discussão. Com isso, foram criados dois quadros contendo informações como, título, autor, ano de publicação (Quadro 1) e estudo, objetivos e principais achados (Quadro 2).
Quadro 2 – Referente aos estudos selecionados, objetivos e principais achados.
Nº | ESTUDOS | OBJETIVOS | PRINCIPAIS ACHADOS |
01 | Estudo observacional /Estudo de prevalência / Fatores de risco | Relacionar a dor lombar inespecífica dentro do contexto de trabalho da enfermagem com suas cargas de trabalho, processos de desgaste e os riscos de adoecimento. | Houve associação estatisticamente significativa entre as dimensões“organização do trabalho” e “condições de trabalho com a dor lombar”, que obtiveram classificação crítica, significando riscos moderados ao adoecimento profissional. |
02 | Estudo de etiologia / Estudo observacional / Estudo de prevalência / Fatores de risco | Identificar as cargas de trabalho presentes no labor da Enfermagem e a sua associação com os desgastes à saúde dos trabalhadores. | As cargas mais evidenciadas foram as biológicas. Verificou-se associação significativa entre as cargas de trabalho e a função dos trabalhadores, assim como associação significativa entre cargas de trabalho e desgastes à saúde dos trabalhadores. Os desgastes foram, dor em membros superiores, dor em região cervical e lombar, dor em membros inferiores. |
03 | Estudo observacional /Estudo de prevalência / Estudo prognóstico /Fatores de risco | Identificar a prevalência da Síndrome de Burnout em profissionais de Enfermagem de um hospital de emergência. | Revelou-se a prevalência de pontuação médianas três dimensões da Síndrome de Burnout; Exaustão Emocional; despersonalização e real ização profissional. |
04 | Estudo observacional /Estudo de prevalência / Estudo prognóstico /Pesquisa qualitativa / Fatores de risco | Verificar a prevalência de dor e adoecimento relacionados à atividade laboral e referidos pela equipe de enfermagem. | Identificou-se prevalência de 69,3% de relato de dor e de 34,2% de adoecimento relacionado à atividade laboral, destacando-se a lombalgia crônica e as varizes; houve prevalência de 19,3% de ansiedade entre os entre visitados e estes apresentaram 20 vezes mais chances de relatar dores. |
05 | Estudo de incidência /Estudo observacional / Estudo prognóstico Fatores de risco / | A prevenção de ferimentos com agulhas (NSIs) em enfermeiros, empregados em departamentos de Emergência (DEs) representa uma questão especial para organizações de saúde em todo o mundo. Condições de trabalho estressantes, falta de arranjos organizacionais e falta de apoio mútuo no trabalho podem contribuir para aumentar o risco de INE. | A ocorrência de INE detectadas após intervenções de nível organizacional foi significativamente menor do que a ocorrência observada anteriormente em tais intervenções (p<0,05). Os resultados revelaram poupanças de custos resultantes da gestão de menos INE do que no período anterior. |
06 | Estudo observacional/ Estudo de prevalência/Estudo prognóstico/ Fatores de risco/ Estudo de rastreamento | Analisar os fatores associados ao sofrimento mental de trabalhadores de saúde que atuavam na assistência a pacientes com diagnósticosuspeito ou confirmado de doença pelo coronavírus2019 (COVID-19). | Resultados predominaram em trabalhadores da equipe de enfermagem (65,0%), do sexo feminino (71,0%), da região Sudeste do país (68,6%) e sem morbidades (36,2%). A prevalência de sofrimento mental foi de 61,6%. O trabalho de alta exigência psicossocial foi informado por 24% dos participantes, e a percepção baixo percepção apoio dos colegas de trabalho foi relatada por 52,9%. O modelo de regressão múltiplo final demonstrou que o sofrimento mental estava associado ao sexo feminino (razão de chance – RC 1,93; IC95% 1,22-3,07), idade até 40 anos (RC 1,64; IC95% 1,07-2,52), jornada semanal de trabalho igual ou superiora 60 horas (RC 1,87; IC95% 1,15-3,11), trabalho de alta exigência (RC 2,45; IC95% 1,41-4,40) e baixo apoio dos colegas (RC 3,47; IC95% 2,26-5,38). |
07 | Estudo observacional/ Estudo de prevalência/Fatores de risco | Analisar os acidentes com material biológico ocorridos com profissionais de enfermagem no Estado do Paraná em 2016. | Foram analisados 2.436 casos de acidentes na equipe de enfermagem, dos quais 1.974 registrados entretécnicos e auxiliares. Houve predomínio dos acidentes em mulheres,na faixa etária de 30 a 49 anos. A forma de exposição mais frequente foi a percutânea, as circunstâncias mais referidas foram relacionadas à punção ou administração de medicação endovenosa e observou-se a redução significativa do uso de equipamento de proteção individual conforme o aumento da idade, entre profissionais do nível médio. |
08 | Estudo observacional/ Estudo de prevalência/Fatores de risco | Descrever a ocorrência de lesões musculoesqueléticas e absenteísmo doença e as condições de trabalho que levaram ao pedido de afastamento prolongado do pessoal de saúde. | 60,9% dos entrevistados eramdo sexo feminino. A média deidade foi de 35,9 anos, a moda de 39 e o desvio padrão de 9,2 anos. Lesões na parte superior e inferior das costas, pescoço e ambos os ombros prevaleceram. Em relação à satisfação com a postura corporal adotada e as condições ergonômicas do mobiliário, 73,9% relataram que era insatisfatória. |
09 | Fatores de risco | Determinar as características demográficas e laborais da equipe de enfermagem que apresenta lombalgia em um hospital público de Correntes, capital no ano de 2021. | Foram analisadas as respostas de 115 trabalhadores com lombalgia; faixa etária de 22 a 62 anos, média de 36 anos; 67% mulheres. A dor lombar foi diária em 22%, frequente em 35%, ocasional em 43%. De acordo com a intensidade, 13% relataram dor leve, 47% moderada e 40% intensa. A dor foi diária em 10% dos jovens, 20% dos adultos jovens, 45% dos adultos intermediários e 59% dos adultos tardios. Em duração, 73% sofriam agudamente e 27% cronicamente.Na localização da dor, 75% indicaram dor localizada e 25% irradiada. Principais situações que geram lombalgia, 51% ao movimentar pacientes, 23% ao ficar em pé, 18% ao movimentar objetos pesados. Na percepção do pessoal sobre o tipo de trabalho habitual, 41% indicaram pesado e 12% muito pesado. 86% dos entrevistados usaram AINEs. |
Fonte: Próprios autores, 2024.
De acordo com os estudos selecionados para a revisão integrativa, pode-se agrupar por categorias os achados encontrados. Foram selecionados 20% dos anos de 2019, 30% de 2020, 20% de 2021 e 20% de 2022. Segundo os quais foram criadas as categorias a especificar.
Doenças osteomusculares adquiridas por ocasião do trabalho no ambiente hospitalar
Os profissionais da área da saúde, em especial os da categoria de enfermagem, expõem- se a diversos tipos de riscos devido a suas cargas e jornada de trabalho, o que acaba levando aocomprometimento de sua vida e saúde. Estas cargas interagem entre si e com o corpo do trabalhador, que responde ao esforço realizado no ambiente de trabalho.
De acordo com o estudo 01, a pesquisa em enfermagem, principalmente em contexto hospitalar, é de grande interesse devido às condições desafiadoras à exposição, pois, acabam levando riscos, à saúde. Nesse estudo buscou-se relacionar a dor lombar, com o processo de trabalho, que demonstra uma alta prevalência no relato dos sintomas de desconfortos e dores especificamente na região lombar.
Ainda em relação ao estudo 01, a lombalgia ou dor lombar, ocorre na área lombar, situada entre a última costela e a dobra glútea, foram incluídos profissionais que trabalham exclusivamente na enfermagem e que exercem por, pelo menos, há um ano suas atividades. Cerca de 85% dos profissionais referiram ter experimentado ao menos um sintoma musculoesquelético. Além disso, observou-se uma prevalência significativa de dor em outras áreas do corpo.
No que diz respeito à limitação das atividades cotidianas, segundo o mesmo, devido a sintomas musculoesqueléticos na região lombar, verificou-se que, nos últimos 12 meses, 81,9%não foram afetados na região lombar. Apesar disso, a região lombar foi a mais prejudicada, com uma limitação de 18,1%, seguida pelo quadril (14,1%) e região cervical (14,1%). Vale destacar também que cerca de 48% dos trabalhadores já apresentaram algum acidente de trabalho, sendo o mais comum com objeto perfurocortante.
Altas exigências físicas ou mecânicas sobrecarregam e cansam os músculos, podendo desencadear dor lombar devido às posturas prolongadas e movimentos repetitivos. A fadiga e mau humor que são cargas de trabalho fisiológicas e psíquicas, também estão relacionadas a dor e influenciaram diretamente a capacidade para o trabalho.
Segundo o estudo 04, no ambiente hospitalar os profissionais de enfermagem prestam assistência 24h por dia sendo, atividades que envolvem contato contínuo com o cliente e a família. Tanto os técnicos quanto os enfermeiros enfrentam riscos físicos e biomecânicos ao prestar assistência direta aos pacientes. Em certos serviços, os técnicos podem estar mais expostos a esses riscos do que os enfermeiros. Por outro lado, os enfermeiros lidam mais com fatores psicossociais e demanda cognitiva, uma vez que desempenham tanto funções administrativas quanto supervisionam o trabalho da equipe.
O estudo 04 foi feito por meio de aplicação de questionário semiestruturado com o público alvo técnicos de enfermagem e enfermeiros assistenciais dos três turnos dos setores de clínica médica, clínica cirúrgica, clínica ortopédica, sala de medicação, sala de observação, sala amarela e UTI de um Hospital Universitário (HU). Relatou-se, assim, que 69,3% dos entrevistados, sentem alguma dor ou desconforto principalmente na regiãolombar e membros inferiores. Além disso, entre os profissionais entrevistados, por 34,2%, informou-se que ter adquirido alguma doença relacionada ao trabalho, sendo as varizes e a lombalgia crônica como as mais prevalentes. Relataram também adoecimento mental, como ansiedade e depressão.
O estudo 08 descreve essa situação abordando que diversas instituições hospitalares de vários países é realizado em condições ergonômicas de trabalho inadequadas onde em relação às partes do corpo mais acometidas nos profissionais de enfermagem, foram encontrados pescoço, ombros e região lombar, concluindo-se que estes riscos ergonômicos levam à lesões físicas e mentais na equipe devido à sobrecarga no sistema musculoesquelético e cognitivo exigido para desempenhar suas tarefas diárias, levando a ausências prolongadas por licenças médicas. Trata-se de um estudo composto por 23 profissionais de enfermagem da referida instituição que apresentavam licenças de longa duração. O ambiente de trabalho dos profissionais de enfermagem pesquisados foi avaliado no que diz respeito a ergonomia e riscosocupacionais.
Todos os entrevistados responderam todas as questões, revelando tanto pontos positivos quanto negativos. Aspectos positivos incluem a presença de iluminação e temperatura adequadas (95,7% e 73,9%, respectivamente ), dimensões adequadas para as atividades laborais(78,3%) e a disponibilidade de equipamentos de proteção adequados (78,3%). Por outro lado, aspectos negativos foram observados na disposição do mobiliário e equipamentos para garantir uma postura confortável (39,5%), na compatibilidade das dimensões com as atividades realizadas (47,8%) e na presença de riscos ambientais (65,2%).
De acordo com estudo 09, foram analisadas as respostas de 115 trabalhadores da en- fermagem em um hospital público de Corrientes com lombalgia. Trata-se dos fatores de risco para o aparecimento de doenças osteomusculares, o mesmo discorre que a lombalgia é uma doença ocupacional comum na enfermagem, relacionada às demandas do cargo e a múltiplas causas,como riscos biomecânicos: trabalho físico pesado, manipulação de cargas, posturas forçadas da coluna, movimentos de rotação e flexão do tronco; condições individuais, demandas organizacionais, componentes ambientais e características psicolaborais , tendo como a principal causa da lombalgia 51% ao movimentar pacientes, 23% ao ficar em pé, 18% ao movimentar objetos pesados.
Portanto, levando em consideração essas questões, cabe aos gestores um olhar mais atento voltado não só para contratar profissionais da saúde, mas também para a capacitação e especialização dos mesmos, afim de que haja uma carga de conhecimentos que visem à prevenção de acidentes e doenças de trabalho, assim como também o tratamento de enfermi- dades já instaladas.
Estressores pscicossociais em profissionais da enfermagem
Os desgastes à saúde dos trabalhadores são gerados devido as condições de carga de trabalho. Na área da Enfermagem, as demandas de trabalho estão associadas à sobrecarga, instalações físicas inadequadas, jornadas extenuantes e falta de recursos humanos, resultando em impactos negativos na qualidade do cuidado oferecido. Já as pressões psicológicas surgem de longas horas de trabalho, escassez de pessoal, ritmo intenso, constante vigilância, ausência de autonomia e falhas na comunicação durante as tarefas.
No estudo 02 desenvolvido em um Hospital Universitário (HU), no Rio Grande do Sul à população estudada foi 355 trabalhadores de enfermagem, sendo eles 83 enfermeiros, 129 técnicos em enfermagem e 143 auxiliares de enfermagem. Que as cargas de trabalho foram evidenciadas como sempre presentes no trabalho da enfermagem, considerando as biológicas, por 152 (72%) dos participantes; cargas psíquicas, por 119 (56,4%); cargas fisiológicas, por 117 (55,5%); cargas químicas, por 112 (53,1%); cargas físicas, por 105 (49,8%); e cargas mecânicas, por 75 (35,5%) trabalhadores.
Neste estudo, verificou-se associação estatisticamente significativa entre os desgastes dos trabalhadores de enfermagem e as cargas biológicas, mecânicas, psíquicas e físicas. Por fim, no que diz respeito aos estressores psicossociais, observou-se uma associação significativa com tensão prolongada, conflitos e relações interpessoais complicadas dentro da equipe, que podem surgir tanto nas interações entre o trabalhador e o paciente, quanto entre o trabalhadore os colegas de trabalho.
Vale destacar que a síndrome de Burnout é uma das cargas emocionais que afeta os profissionais de enfermagem. De acordo com o estudo 03, essa síndrome, muitas vezesconfundida com estresse, é uma condição resultante da prolongada exposição a esse último, afetando o desempenho do profissional, as relações interpessoais, a produtividade e a qualidade de vida, tanto pessoal quanto organizacional. Segundo a lista repassada pelo setor de recursoshumanos, consistia no hospital 174 profissionais entre os quais 44 são enfermeiros e 130 são técnicos/auxiliares de enfermagem, no entanto obteve uma amostra com apenas 106 profissionais, através de critérios de inclusão e exclusão para realização do questionário, sendo87 (82,1%) mulheres e 19 (17,9%) homens.
De acordo com os dados obtidos no quesito Realização profissional: 23% apresentarambaixo nível e 77% apresentaram nível moderado, nenhum apresentou alto nível. No quesito Despersonalização: nenhum profissional apresentou baixo nível, 79% apresentaram nível moderado e 21% apresentaram alto nível. No quesito Exaustão emocional 31% apresentou baixo nível, 57% apresentaram nível moderado e 12% apresentaram nívelalto. Foi notado que a maioria (79,2%) mostrou um grau moderado de despersonalização, um resultado semelhante ao de outras pesquisas, que sabidamente o nível moderado foi predominante nas três dimensõesdo Burnout, como mostra o estudo 03.
No entanto, não se pode ignorar os profissionais que apresentaram um nível elevado dedespersonalização, representando 20,8% da amostra. A despersonalização se caracteriza com osurgimento de atitudes e sentimentos negativos, falta de paciência, a vontade de largar o trabalho e o mau humor. Com isso faz com que o profissional, tenha um distanciamento afetivono seu desempenho profissional.
O estudo 05, relata que as lesões por picada de agulha acontecem de forma frequente noambiente hospitalar e acarretam grande risco para os profissionais de saúde, em especial os da equipe de enfermagem. As Condições de trabalho estressantes, falta de planejamento orga- nizacionais e falta de reciprocidade no trabalho podem contribuir para aumentar o risco de incidentes evitáveis (INE) entre profissionais de saúde. Com isso, foi realizado estudos, afim de observar a incidências desses INEs. O risco de lesão foi 60% maior para as equipes que trabalhavam em turnos >16 e ≤24 horas. E também foi relatado que, a aplicação de estraté- gias para lidar com o estresse entre 2016 e 2018, foi consideravelmente menor do que a quan- tidade total de situações registradas ao longo de 3 anos no período de 2013 a 2015. Ademais o estudo destaca que a gestão proativa, integrada e holista das características organizacionais no ambiente de trabalho traz vantagens aos colaboradores e reduz os estressores causadores da ocorrência de INEs.
O estudo 06, constatou que durante a pandemia do COVID 19, as repercussões do problema afetaram não apenas os doentes, mas também os profissionais de saúde encarregadosdo seu cuidado, que resultou em 364 mortes registradas de profissionais por infecção do COVID 19, na 49ª semana de epidemiologia em um estudo feito entre abril e junho do ano de 2020, noBrasil que os sentimentos negativos nos profissionais, da linha de frente, no período pandêmico, levaram à um maior risco de sofrer sobrecarga psicológica no combate à epidemia, com o desenvolvimento de quadros de ansiedade, depressão, insônia e estresse.
Destaca-se, que o aumento da carga de trabalho e as mudanças organizacionais, tem associação ao desgaste e ao sofrimento psicológico entre as equipes de enfermagem. A carga horária semanal de 60 horas ou mais desenvolveu a chance de fadiga no grupo estudado, além do baixo nível de apoio dos colegas de trabalho.
Observou-se que os participantes que apresentavam chances superiores a 93,0% de relatar sofrimento mental era do sexo feminino; e aqueles com idade menor que 40 anos tinhamchances 64,0% maiores de sofrimento mental do que aqueles com mais de 40 anos, ou seja, seis em cada dez profissionais de saúde, o sofrimento mental esteve presente. Com isso faz-se necessário a implementação de estratégias que preservem os profissionais de saúde desses estressores psicossociais, para ajudar a controlar as consequências negativas no bem-estar emocional e na qualidade de vida da equipe de enfermagem, conforme o estudo 06.
Acidentes com materiais biológicos
As exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados podem ocorrer de várias maneiras: por meio de picadas de agulhas, ferimentos com objetos cortantes (percutâneos), contato direto com mucosas oral, nasal ou ocular, contato com pele nãoíntegra e até mesmo por mordedura humana. Após esse tipo de contato, o indivíduo fica vulnerável a diversos agentes patogênicos com importância epidemiológica, já que podem causar doenças graves, como Hepatite B, Hepatite C e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), transmitida pelo vírus HIV.
Por sua vez, o Ministério do Trabalho criou a Norma Regulamentadora-32 (NR 32), que foi divulgada no dia 11 de novembro de 2005 através da Portaria nº 485. Recentemente, houveuma alteração feita pela Portaria nº 1.748, datada de 30 de agosto de 2011, incluindo o Anexo III que estabelece a exigência do Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes (Brasil, 2005).
Conforme o estudo 07, os acidentes com material biológicos ocorrem, constantemente entre os profissionais da saúde, principalmente entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, devido a longas horas nos estabelecimentos de saúde. A contaminação ocorre através do contato inesperado com fluídos orgânicos, como o sangue, líquido amniótico, sêmen entre outros.
Dentre as principais formas de ocorrência da contaminação com materiais biológicos, destaca-se as mais comuns, durante a punção venosa ou arterial e o descarte de seringas e agulhas. Um dos fatores pelos quais acidentes acontecem é a sobrecarga de trabalho, o que gera esgotamento físico e mental e torna os trabalhadores suscetíveis à ocorrência de acidentes comomostra o estudo 07.
Foi realizado um estudo entre os profissionais da enfermagem do estado do Paraná em 2016, com objetivo de analisar os acidentes com matérias biológicos, na pesquisa foi encontrado, que os acidentes ocorreram entre enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagemem idade com maior frequência entre 30 e 49 anos, foi observado a predominância com maior número de acidentes entre profissionais do sexo feminino, tanto em enfermeiros (88,7%)como em técnicos/auxiliares de enfermagem (89,8%) respectivamente.
Esse fato ocorre por que, muitas conciliam o trabalho com as tarefas do lar, o que gera sobrecarga de trabalho a esse grupo. Dessa forma, a qualidade da assistência prestada aos pacientes pode ser prejudicada, o que pode estar mais passível aos acidentes com materiais biológicos. Com isso, deve-se enfatizar a importância da utilização de Equipamentos de proteção individual (EPI’s) em todos os procedimentos, sobretudo naqueles com presença de sangue e secreção, situação na qual todos os pacientes devem ser vistos como potencialmente contaminados.
5 CONCLUSÃO
A partir dessa pesquisa, pode-se perceber que a equipe de enfermagem lidera as atividades no campo da saúde, especialmente no contexto do atendimento hospitalar, o que resulta no surgimento de doenças ocupacionais sendo um problema de saúde pública.
De acordo com os objetivos percebeu-se, que as doenças que mais acometem os profissionais de enfermagem foram: Lombalgias e Sindorme de burnout, visto que no ambiente hospitalar, os profissionais de saúde estão mais propensos a riscos, que são chamados de riscos ocupacionais, que os levam a terem doenças relacionadas ao trabalho.
De acordo com essa pesquisa, os fatores que desencadearam as doenças ocupacionais nesses profissionais foram, estressores psicossociais como: sobrecarga laboral, falta de planejamento organizacional, postura inadequada, principalmente aquele profissional que lida com o risco biológico e ergonômico, e isso de certa forma gera impactos psicossociais na equipe de enfermagem, visto que, os profissionais, irão ter um índice de absenteísmo maior, vão ficar mais tempo afastado do trabalho, em decorrência dessas doenças, e consequentemente irão sofrer prejuízos em sua vida profissional.
Outro ponto observado por meio do presente estudo, foi que, as doenças psicossociais como o Burnout é uma das cargas emocionais que afeta os profissionais de enfermagem e estão diretamente interligadas com os tipos de acidentes, em especial, com materiais perfurocortantes, pois o aumento da carga de trabalho, corroboram para o desgaste e sofrimentopsicológico entre as equipes de enfermagem e acabam ocasionando os acidentes.
Com isso, faz-se necessário a implantação de medidas que enfoque no quadro de funcionários para que atenda a demanda de trabalho, e que, ao mesmo tempo, não apresente sobrecarga laboral, contratando número suficiente de profissionais, e também, que capacitações e especializações sejam ofertadas aos profissionais da enfermagem, sobre as doenças ocupacionais, os acidentes e riscos em estão expostos frequentemente no ambiente laboral. Visto que, de certa forma pode futuramente embasar em trabalhos científicos e até mesmo dar subsídios para que projetos relacionados a saúde do trabalhador possam ser desenvolvidos.
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1Discente do Curso Superior de bacharelado em enfermagem da Instituição CHRISFAPI. E-mail: sabrinagalves15@gmail.com
2Discente do Curso Superior de bacharelado em enfermagem da Instituição CHRISFAPI. E -mail: day_flcarvalho@yahoo.com.br
3 Docente do Curso Superior da CHRISFAPI. Mestre em Engenharia Biomédica (Universidade Brasil-SP). E-mail:mregiviana@bol.com.br
4 Docente do Curso Superior da CHRISFAPI. E-mail: guilhermelopes@live.com
5 Docente do Curso Superior da CHRISFAPI. E-mail: mauriz45@hotmail.com
6Especialista em Análises Clínicas e Docência do Ensino Superior CHRISFAPI.. E-mail: flavia.samara.andrade@hotmail.com
7Enfermeiro graduado pela instituição CHRISFAPI. E-mail: marcosvbasten01@gmail.com
8Discente do curso superior de bacharelado em enfermagem da Instituição UNOPAR. E- mail:helanesousa8888@outlook.com
9Discente do Curso Superior de bacharelado em enfermagem da Instituição CHRISFAPI. E-mail: pgilvan99@gmail.com
10Docente do Curso Superior da CHRISFAPI. E-mail: nurselucianasilva@hotmail.com