IMPORTÂNCIA DO ÔMEGA 3 NA PREVENÇÃO DA DETERIORAÇÃO COGNITIVA DE IDOSOS

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12676593


Ane Caroline Rosa da Cruz
Orientador: Prof. Adriana Schlecht Ribeiro


RESUMO 

A deterioração cognitiva em idosos, que abrange o declínio de habilidades como memória, pensamento e atenção, é uma preocupação crescente com o envelhecimento populacional global. Esta condição pode evoluir para doenças mais graves, como demência e Alzheimer. Estudos indicam que a suplementação de ômega-3, especialmente nas formas EPA e DHA, pode ser benéfica para a saúde cerebral, ajudando a retardar o declínio cognitivo e reduzir o risco de demência. O ômega-3 possui propriedades anti-inflamatórias, é abundante nas membranas dos neurônios e promove a neurogênese e a plasticidade sináptica, contribuindo para a preservação das funções cognitivas. A pesquisa sobre a suplementação de ômega-3 é justificada pela necessidade de encontrar estratégias eficazes para o crescente problema de doenças neurodegenerativas em idosos, que impactam severamente a qualidade de vida e sobrecarregam os sistemas de saúde. Evidências sugerem que a ingestão adequada de ômega-3 pode melhorar funções cognitivas como memória, atenção e velocidade de processamento, além de reduzir o risco de Alzheimer. Para obter os benefícios cognitivos do ômega-3, recomenda-se uma ingestão diária de 250-500 mg de EPA e DHA combinados para prevenção, e doses mais altas (1000-2000 mg) para efeitos terapêuticos em indivíduos com sinais de declínio cognitivo. A inclusão de ômega-3 na dieta dos idosos, seja por meio de alimentos ricos em EPA e DHA ou suplementação, é uma estratégia eficaz e cientificamente respaldada para promover a saúde cognitiva e prevenir a deterioração cognitiva, contribuindo para um envelhecimento mais saudável e ativo. 

Palavras-chave: Ômega-3. Deteriorização Cognitiva. Prevenção. 

1. INTRODUÇÃO 

A problemática relacionada à deterioração cognitiva em idosos é uma preocupação crescente devido ao envelhecimento da população em muitos países. A deterioração cognitiva refere-se ao declínio das habilidades cognitivas, como memória, pensamento, raciocínio e atenção. Ela pode ser um sintoma normal do envelhecimento, mas em alguns casos pode progredir para condições mais sérias, como demência e Alzheimer (Araújo, 2013).  

A demência é uma síndrome caracterizada pela perda progressiva da função cognitiva, interferindo significativamente nas atividades diárias e na qualidade de vida. O Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Ambas as condições têm um impacto significativo não apenas nos indivíduos afetados, mas também em suas famílias e na sociedade como um todo (Dutra, 2022).  

Uma das principais razões pelas quais a deterioração cognitiva em idosos é problemática é o seu efeito na independência e autonomia. À medida que as habilidades cognitivas se deterioram, as pessoas podem enfrentar dificuldades para realizar tarefas diárias simples, como se vestir, se alimentar ou gerenciar suas finanças. Isso pode levar a uma dependência maior de cuidadores e à necessidade de assistência em tempo integral. Além disso, a deterioração cognitiva pode impactar negativamente a qualidade de vida dos idosos. A perda de memória e a dificuldade em se concentrar podem causar frustração e isolamento social. A capacidade de se envolver em atividades sociais, manter relacionamentos e desfrutar de hobbies pode ser prejudicada, o que pode levar a sentimentos de solidão e depressão (Maciel, França et al., 2021,2015). 

Outra questão problemática é o impacto econômico da deterioração cognitiva. O custo dos cuidados de saúde para idosos com demência é significativo, colocando um fardo financeiro tanto nas famílias quanto nos sistemas de saúde. Além disso, muitos idosos com deterioração cognitiva podem não ser capazes de continuar trabalhando, resultando em perda de renda e estabilidade financeira (Araújo, 2013).  

O papel do ômega-3 na prevenção da deterioração cognitiva em idosos assume uma importância significativa. Os estudos têm sugerido que a suplementação de ômega-3 pode ter efeitos benéficos na saúde cerebral, ajudando a retardar o declínio cognitivo e reduzir o risco de desenvolvimento de demência. No entanto, é importante ressaltar que a prevenção e o tratamento da deterioração cognitiva são complexos e multidimensionais, envolvendo uma combinação de intervenções, como uma dieta equilibrada, exercícios físicos, estimulação cognitiva e cuidados médicos adequados (Cunha; Miranda, 2022). 

Diante do objeto de pesquisa tal como aqui delimitado, tem-se como problema de pesquisa a seguinte formulação: Qual é o impacto da suplementação regular de ômega-3 na prevenção da deterioração cognitiva em idosos, e como essa intervenção influencia a melhoria das habilidades cognitivas, a redução do risco de desenvolvimento de demência e a promoção do envelhecimento saudável?  

A justificativa deste estudo é fundamentada na crescente preocupação global com o envelhecimento da população e os desafios que ele apresenta para a saúde pública. O aumento da expectativa de vida tem levado a um aumento na incidência de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e outras formas de demência, que têm um impacto devastador na qualidade de vida dos idosos e representam uma carga significativa para os sistemas de saúde. Nesse contexto, a pesquisa sobre estratégias de prevenção dessas condições se tornou crucial. 

2. MATERIAIS E MÉTODOS 

O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura realizada em seis etapas: identificação da temática da pesquisa, critérios para inclusão e exclusão ou busca na literatura, categorização dos estudos, avaliação dos estudos incluídos, interpretação dos resultados e apresentação da revisão integrativa/síntese do conhecimento composta por dados descritivos retirados de artigos científicos. Os descritores em saúde direcionados a esta pesquisa foram: Ômega-3, Deterioração cognitiva, Idosos, Prevenção, Saúde Cerebral, Envelhecimento saudável. Sendo esses tópicos facilitadores na pesquisa, contribuindo para a construção desta revisão de literatura.  

As bases de dados utilizadas na elaboração desta revisão serão: MedLine, PubMed, Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Bireme/Lilacs, O buscador acadêmico do Google (Scholar Google) também foi utilizado.  

O processo de inclusão foi estabelecido em: artigos disponíveis em língua portuguesa, espanhola e inglesa, disponíveis digitalmente, com delimitação temporal de 10 anos (2014 a 2024) que abordem sobre a temática necessária por meio de consulta nas bases de dados citadas, utilizando as palavras-chave. Como processo de exclusão, foram retirados os conteúdos que não possuem relação direta com o estudo, duplicatas, estudos não publicados oficialmente, estudos incompletos e estudos fora do recorte temporal. 

A fim de extrair e sintetizar os dados dos artigos incluídos, fez-se uso de uma tabela, com as seguintes variáveis: autor e ano de publicação, objetivo e resultados.   

Quadro 1 – Síntese das pesquisas. 

Autor/AnoObjetivoResultados
Araújo, 2014Investigar como promover o envelhecimento cognitivo saudável.Foram apresentadas evidências de que a capacidade cognitiva nos idosos foi melhorada a partir do incremento dos fatores anteriormente enunciados. Por fim, considerou-se que a estimulação cognitiva, o exercício físico e a alimentação, em parte, puderam ser capazes de modificar o declínio das funções cognitivas nos idosos.
Arruda; Koehnlein, 2022Estimar o conteúdo de polifenóis das sugestões de refeições apresentadas pelo Guia Alimentar para a População BrasileiraA partir das sugestões de refeições apresentadas pelo GABP, foi possível verificar que o café e as leguminosas (feijão-carioca, feijão-preto e lentilha) foram os alimentos que apresentaram maior contribuição para o teor de polifenóis totais, com destaque para as classes dos ácidos fenólicos e flavonoides.
Balbino, 2021Oferecer informações para melhorar a qualidade de vida de indivíduos acometidos pela doença de AlzheimerEm geral, o primeiro aspecto clínico é uma deficiência de memória recente, enquanto as lembranças remotas são preservadas até um certo estágio da doença. A doença de Alzheimer (DA) atinge grande parte da população, atingindo principalmente indivíduos a partir dos 65 anos. Pesquisas apontam que um estilo de vida mais saudável pode ajudar a reduzir o risco desta e outras demências.  
Campos, 2021Avaliar os benefícios do suplemento polivitamínico e polimineral na perda de memória de mulheres pós- menopausa.  Os resultados evidenciaram aumento estatística e clinicamente significativo do escore do fator auto eficácia do questionário MIAr e do SWCT, além disso a maioria das participantes percebeu algum grau de melhora da memória ao final do tratamento.
Campos; Rabelo, 2019Realizar uma revisão sobre a ação do ômega-3 no organismo humano como alimento com alegação de propriedades funcionais e ou de saúdeObservou-se que as quantidades de ômega 3, EPA e DHA, fornecidas em quantidades possíveis de ser consumidas diariamente, de sardinha enlatada, conseguem alcançar a recomendação diária de consumo para que haja efeito benéfico à saúde, segundo o recomendado pela maioria das referências avaliadas, o que não ocorre com  atum.
Cunha; Miranda, 2022Realizar uma revisão abrangente sobre esses fatores, procurando também elucidar as condições de nutrição dos idosos brasileirosNa realização do planejamento dietético alimentar, é imprescindível a compreensão de todas as peculiaridades inerentes às mudanças fisiológicas naturais do envelhecimento, da análise dos fatores econômicos, psicossociais e de intercorrências farmacológicas associadas às múltiplas doenças que interferem no consumo alimentar e, sobretudo, na necessidade de nutrientes.
Dutra, 2022Realizar uma revisão de literatura acerca dos efeitos da suplementação do ômega-3 em idosos com diagnóstico de Doença de Alzheimer.A partir da leitura dos estudos avaliados que a suplementação de ômega-3, principalmente o ácido docosa-hexaenoico e o ácido eicosapentaenoico, apresentaram efeitos positivos em indivíduos com Doença de Alzheimer, além disso, a associação com outras substâncias, a exemplo os carotenoides xantofilas ou vitamina B, devem ser consideradas nas estratégias nutricionais para pacientes com DA.
França et al., 2022Evidenciar a importância da nutrição adequada no tratamento e prevenção da doença de AlzheimerA partir das necessidades de nutrientes moduladores e antioxidantes para prevenção e tratamento de Alzheimer e diminuição dos fatores de risco através de uma alimentação adequada, é possível concluir que a nutrição tem papel essencial na prevenção e tratamento dessa patologia, visto que uma nutrição equilibrada além de adequar o consumo desses nutrientes, possibilita adequação do estado nutricional, reduzindo os fatores de risco para desenvolvimento e ou progressão da doença.  
Grigol et al., 2023Identificar os alimentos que possuem os maiores quantitativos de polifenóis totais consumidos pela população brasileira e o grau de processamento dos mesmos.Foi possível identificar que o milho e preparações à base de milho, laranja e arroz integral foram os alimentos que apresentaram maiores teores de PT por porção e que a maioria desses foram classificados como in natura e minimamente processados, de acordo com a classificação NOVA. Destaca-se a relevância dos alimentos in natura e minimamente 85% 5% 10% alimentos in natura/minimamente processados alimentos processados alimentos e bebidas ultraprocessados processados constituirem a base da alimentação do brasileiro, também no que diz respeito ao teor de polifenóis totais da dieta.
Maciel, 2015Identificar práticas que favoreçam a prevenção do declínio cognitivoOs resultados demonstraram que a realização de exercício físico e de treino cognitivo contribuem para prevenir o declínio cognitivo, assim como a adesão a uma alimentação saudável, o envolvimento social ativo e a prática de atividades de lazer. Igualmente importante é a manutenção de um estado emocional benéfico e o controlo dos fatores de risco cardiovascular.
Melo, 2020Analisar a importância do ômega-3 na progressão das doenças neurodegenerativas em idososFoi possível identificar as fontes de ômega 3, sua contribuição e importância para a saúde mental, manutenção das estruturas neurais e sua influência positiva na prevenção e tratamento de algumas doenças neurodegenerativas, além disso, percebe-se a necessidade de mais ensaios clínicos controlados.
Nóbrega, 2023Analisar os benefícios do uso de ômega 3 na melhoria clínica e melhoria cognitiva da pessoa com AlzheimerA suplementação com ômega 3 melhora a função cognitiva do paciente com DA e até mesmo auxiliam na prevenção do Alzheimer, contudo, há necessidade de estudos mais prolongados e com amostra maior e com padronização da suplementação do ômega 3.
Santos et al., 2020Revisar e sistematizar ensaios clínicos científicos que avaliaram os efeitos do consumo de alimentos fontes de polifenóis sobre a função endotelial.  A dilatação mediada por fluxo (FMD) foi a forma mais frequente de análise da função endotelial, presente em 81,8% das disciplinas, a presente revisão demonstra que os polifenóis presentes em alimentos desenvolvidos têm potencial de exercer um papel benéfico sobre a função endotelial, entretanto mais estudos de intervenção são necessários para elucidar essas hipóteses.
Stefanello et al., 2020Verificar o consumo de alimentos fontes de ômega 3 por participantes de grupos de convivências.Os resultados do estudo demonstraram que as mulheres idosas possuem o hábito de utilizar mais alimentos fontes de ômega 3 do que os homens, como óleos, vegetais escuros, sementes, peixes e nozes e as pessoas com maior poder aquisitivo consomem mais produtos com ômega 3.
Silva, 2014Identificar como se alcança uma longevidade em boas condições físicas, mentais e cognitivas tendo como fulcro a alimentação saudávelNo que concerne à importância do papel da alimentação pode concluir-se que esta sendo equilibrada, suficiente e adequada é fator determinante de manutenção do estado de saúde e qualidade de vida e de um envelhecimento saudável e longevo, de forma muito particular. O homem, através das possibilidades que a ciência lhe oferece e do que o desenvolvimento lhe proporciona e pelo grande poder que tem de poder optar por estilos de vida mais saudáveis dispõe de uma potente ferramenta sobre o domínio da vida e qualidade de saúde.

Fonte: Autoria própria (2024). 

3. REVISÃO DE LITERATURA 

3.1 Deterioração cognitiva em idosos 

A deterioração cognitiva em idosos é um fenômeno complexo e multifatorial que se refere ao declínio progressivo de funções cerebrais importantes, como memória, pensamento, linguagem e capacidade de julgamento. Esse processo pode variar de casos leves, muitas vezes considerados como parte do envelhecimento normal, a condições mais graves, como a doença de Alzheimer e outras formas de demência. A cognição é fundamental para a realização de atividades diárias, e sua deterioração pode afetar significativamente a qualidade de vida dos idosos, bem como a de suas famílias e cuidadores (Araújo, 2014). 

Com o avançar da idade, mudanças estruturais e funcionais no cérebro ocorrem, incluindo a redução do volume cerebral, a perda de células nervosas e a diminuição da neurotransmissão, que podem contribuir para a deterioração cognitiva. A fatores como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, estilos de vida sedentários, depressão, e até mesmo o isolamento social têm sido associados a um maior risco de declínio cognitivo (França et al., 2021). 

A identificação precoce de sinais de deterioração cognitiva é crucial para o manejo e a intervenção adequados, embora algumas mudanças cognitivas possam ser consideradas parte do envelhecimento normal. É importante diferenciar essas mudanças das que indicam um problema mais sério. Por exemplo, esquecer nomes ou compromissos ocasionalmente pode ser normal, mas dificuldades persistentes em realizar tarefas cotidianas, confusão sobre tempo e lugar, dificuldades de comunicação e alterações no humor e no comportamento podem sinalizar a necessidade de uma avaliação mais aprofundada (Dutra, 2022). 

O impacto da deterioração cognitiva estende-se além do indivíduo afetado, afetando também familiares e cuidadores, que muitas vezes assumem a responsabilidade pela assistência diária e pelo suporte emocional. Essa realidade destaca a importância de abordagens multidisciplinares para o cuidado, que podem incluir intervenções médicas, suporte psicológico, estratégias de adaptação para melhorar a qualidade de vida e, quando possível, a participação em programas de reabilitação cognitiva projetados para manter ou melhorar as funções cognitivas remanescentes (Silva, 2014). 

A deterioração cognitiva em idosos é um desafio significativo para a saúde pública, exigindo esforços contínuos em pesquisa, prevenção e tratamento para mitigar seu impacto. Reconhecer e entender esse processo é o primeiro passo para desenvolver estratégias eficazes que possam ajudar a preservar a saúde cognitiva e a autonomia dos idosos, permitindo-lhes viver com dignidade e qualidade de vida em seus anos mais avançados (Cunha; Miranda, 2022). 

3.2 Propriedades Nutricionais e fisiológicas do Ômega 3 

O Ômega 3 é um tipo de ácido graxo poli-insaturado essencial, o que significa que o corpo humano não é capaz de produzi-lo por conta própria e deve obtê-lo através da alimentação. Este nutriente desempenha um papel crucial em diversas funções fisiológicas, incluindo a manutenção da saúde do coração, a regulação dos processos inflamatórios e o suporte à saúde cerebral e cognitiva. Os ácidos graxos Ômega 3 mais estudados e conhecidos por seus benefícios à saúde são o ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosahexaenoico (DHA), encontrados principalmente em peixes de águas frias, como salmão, cavala e sardinha, além de suplementos de óleo de peixe. Uma terceira forma, o ácido alfa-linolênico (ALA), é encontrado em fontes vegetais, como linhaça, chia e nozes (Araújo, 2014). 

A importância do Ômega 3 se estende além da saúde cardiovascular, atuando também no cérebro. Cerca de 60% do cérebro é composto por gordura, e os ácidos graxos Ômega 3 são componentes críticos das membranas celulares cerebrais, influenciando a fluidez da membrana e, consequentemente, a função dos receptores localizados nessas membranas. Isso é fundamental para a transmissão de sinais entre os neurônios, afetando a memória, o humor e a cognição (Maciel, 2015). 

Além disso, o Ômega 3 possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que podem proteger o cérebro contra o dano e a inflamação que podem levar ao declínio cognitivo. O consumo adequado de Ômega 3 está associado a um risco reduzido de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. O papel do DHA é particularmente relevante nesse contexto, uma vez que é abundante no cérebro é essencial para o desenvolvimento neural e a manutenção da função cognitiva (França et al., 2021). 

A ingestão de Ômega 3 tem sido associada à melhora de aspectos da saúde mental, incluindo a redução dos sintomas de depressão, ansiedade e o risco de psicose, destacando seu papel no suporte à saúde cerebral e ao bem-estar geral. Em idosos onde a preocupação com a preservação da função cognitiva é especialmente relevante, a inclusão de fontes ricas em Ômega 3 na dieta ou, quando necessário, a suplementação, é vista como uma estratégia potencialmente valiosa na prevenção ou no retardo do início do declínio cognitivo (Maciel, 2015). 

As propriedades nutricionais e fisiológicas do Ômega 3 o tornam um componente vital de uma dieta balanceada, especialmente em relação à saúde cerebral e ao envelhecimento saudável. A pesquisa continua a explorar a extensão de seus benefícios, reforçando a importância de um consumo adequado para manter a saúde cognitiva e geral ao longo da vida (Cunha; Miranda, 2022). 

3.3 Relação entre o Ômega 3 e a prevenção de deterioração cognitiva  

A deterioração cognitiva, um desafio prevalente na população idosa, manifesta-se através da redução da capacidade de memória, atenção, linguagem e outras funções cerebrais essenciais, a busca por estratégias eficazes para prevenir ou retardar este processo levou cientistas a investigar a nutrição como um fator chave, destacando o Ômega 3 por suas propriedades únicas e seus efeitos benéficos no cérebro, a dosagem recomendada de Ômega 3 para prevenção da deterioração cognitiva varia, mas França et al (2021) sugere que uma ingestão diária de 250-500 mg de EPA e DHA combinados pode ser benéfica. 

O Ômega 3, especialmente nas formas de ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA), é fundamental para a saúde cerebral devido à sua presença abundante nas membranas celulares dos neurônios, o cérebro humano é extremamente rico em DHA, sugerindo sua importância para a função neural e a manutenção da saúde cognitiva, o Ômega 3 contribui para a saúde cerebral de várias maneiras, incluindo a promoção da neurogênese, a melhoria da plasticidade sináptica e a redução da inflamação cerebral, processos todos que são vitais para preservar a cognição e prevenir o declínio cognitivo, para efeitos terapêuticos em problemas cognitivos, Cunha e Miranda (2022) indicam que doses mais elevadas, como 1000-2000 mg de EPA e DHA combinados por dia, podem ser necessárias para observar benefícios significativos. 

A inflamação é um fator contribuinte conhecido para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, o Ômega 3, com suas propriedades anti inflamatórias, pode desempenhar um papel significativo na redução da inflamação cerebral, potencialmente atenuando o risco ou a progressão da deterioração cognitiva, além disso, a capacidade do Ômega 3 de influenciar a fluidez das membranas celulares facilita uma melhor comunicação entre os neurônios, o que é essencial para a preservação da memória e outras funções cognitivas, Silva (2014) sugere que uma dose de 1000 mg de DHA por dia pode ser particularmente eficaz na redução da inflamação cerebral e na promoção da saúde cognitiva. A evidência emergente sugere que a suplementação ou a inclusão de fontes ricas em Ômega 3 na dieta podem ter efeitos benéficos nas capacidades cognitivas dos idosos, especialmente aqueles em risco de declínio cognitivo ou já experimentando seus estágios iniciais, estudos observacionais e experimentais indicam uma associação entre o consumo elevado de Ômega 3 e um menor risco de desenvolver demência, bem como uma melhoria nos aspectos da função cognitiva, incluindo memória, atenção e velocidade de processamento, Dutra (2022) afirma que para idosos uma dose diária de 1000-2000 mg de EPA e DHA combinados deve ser recomendada para otimizar os benefícios cognitivos. 

3.4 Interação do Ômega 3 com Outros Nutrientes e Suplementos na Saúde Cognitiva  

A relação entre a saúde cognitiva e a nutrição é um campo de pesquisa em crescente desenvolvimento, especialmente no contexto do envelhecimento populacional. Dentro deste panorama, o ômega 3 se destaca como um nutriente de relevância significativa, não apenas por suas propriedades individuais, mas também por suas interações com outros nutrientes e suplementos que, em conjunto, podem potencializar seus efeitos benéficos na prevenção da deterioração cognitiva em idosos (Campos; Labelo, 2019). 

O ômega 3, particularmente os ácidos graxos eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA), desempenha um papel crucial na manutenção da integridade estrutural e funcional das membranas celulares neuronais. No entanto, seu efeito pode ser amplificado quando combinado com outros nutrientes que também promovem a saúde cerebral. Por exemplo, a interação entre o ômega 3 e antioxidantes, como as vitaminas E e C, é de grande interesse. Antioxidantes neutralizam os radicais livres e reduzem o estresse oxidativo, um dos fatores que contribuem para a degeneração neuronal. Estudos sugerem que a suplementação combinada de ômega 3 e antioxidantes pode proporcionar uma defesa sinérgica contra o dano oxidativo, promovendo a longevidade e a funcionalidade dos neurônios (Dutra, 2022). 

Além dos antioxidantes, as vitaminas do complexo B, especialmente a vitamina B12, B6 e o ácido fólico, desempenham um papel vital na manutenção da saúde cognitiva. Estas vitaminas são essenciais para a metilação do DNA e a síntese de neurotransmissores, processos críticos para a função cerebral. A deficiência dessas vitaminas tem sido associada ao aumento dos níveis de homocisteína, um aminoácido que, em níveis elevados, está correlacionado com maior risco de doenças neurodegenerativas. O ômega 3, quando consumido juntamente com vitaminas do complexo B, pode ajudar a reduzir os níveis de homocisteína, potencialmente mitigando o risco de declínio cognitivo (Stefanello et al., 2020). 

Outro nutriente que interage positivamente com o ômega 3 é a vitamina D. Evidências indicam que a vitamina D possui efeitos neuroprotetores e anti-inflamatórios. Estudos observacionais têm mostrado que a deficiência de vitamina D está associada a um risco aumentado de doenças cognitivas, incluindo a demência. A combinação de ômega 3 e vitamina D pode, portanto, atuar de maneira complementar, onde o ômega 3 contribui para a saúde das membranas neuronais e a vitamina D modula a resposta inflamatória, criando um ambiente cerebral mais saudável (Silva, 2014). 

Os polifenóis, compostos encontrados em alimentos como frutas, vegetais, chá e vinho tinto, também têm mostrado interações benéficas com o ômega 3. Polifenóis possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que podem complementar os efeitos do ômega 3 na proteção contra o estresse oxidativo e a inflamação, ambos fatores críticos na patogênese da deterioração cognitiva. Pesquisas sugerem que a ingestão combinada de polifenóis e ômega 3 pode resultar em efeitos neuroprotetores mais pronunciados do que quando consumidos isoladamente (Cunha; Miranda, 2022). 

Os polifenóis atuam diretamente na modulação de vias de sinalização celular que são fundamentais para a manutenção da homeostase neuronal. Esses compostos ajudam a neutralizar os radicais livres e a reduzir a peroxidação lipídica, processos que, quando desregulados, contribuem significativamente para a degeneração dos neurônios. Além disso, os polifenóis podem influenciar a expressão de genes relacionados à neuroproteção e à reparação celular, auxiliando na preservação da integridade das células cerebrais (Arruda; Koehnlein, 2022). 

A interação entre polifenóis e ômega 3 pode também ser explicada pelo efeito sinergético que esses nutrientes exercem sobre a inflamação crônica, um fator chave na progressão de doenças neurodegenerativas. O ômega 3, conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias, atua na redução dos níveis de citocinas pró-inflamatórias, enquanto os polifenóis podem inibir a ativação de fatores de transcrição inflamatórios, como o NF-κB. Dessa forma, a combinação desses nutrientes pode resultar em uma diminuição mais efetiva da resposta inflamatória no cérebro, contribuindo para a manutenção da saúde cognitiva em idosos (Grigol et al., 2023). 

Além das propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, os polifenóis possuem a capacidade de melhorar a plasticidade sináptica, um processo essencial para a aprendizagem e a memória. Estudos in vivo e in vitro sugerem que a exposição regular a polifenóis pode aumentar a densidade das espinhas dendríticas e a formação de novas sinapses, mecanismos que são fundamentais para o fortalecimento das conexões neuronais. Quando combinados com o ômega 3, cuja função inclui a manutenção da fluidez das membranas celulares e a promoção da neurogênese, os polifenóis podem potencializar a recuperação e a preservação das funções cognitivas em idosos (Santos et al., 2020). 

A complementaridade entre polifenóis e ômega 3 pode ser observada na modulação do metabolismo energético cerebral. Os polifenóis são conhecidos por melhorar a eficiência mitocondrial e aumentar a produção de ATP, a principal moeda energética das células, enquanto o ômega 3 contribui para a estabilização das membranas mitocondriais, prevenindo a apoptose induzida pelo estresse oxidativo. Essa sinergia entre os dois nutrientes pode proporcionar uma reserva energética mais robusta para o cérebro, auxiliando na resistência contra o declínio cognitivo associado ao envelhecimento. Portanto, a suplementação combinada de polifenóis e ômega 3 representa uma estratégia promissora para a prevenção da deterioração cognitiva em idosos (Arruda; Koehnlein, 2022). 

A colina, um nutriente essencial encontrado em alimentos como ovos e carnes, é fundamental para a síntese de acetilcolina, um neurotransmissor crucial para a memória e outras funções cognitivas. A interação entre a colina e o ômega 3 pode ser particularmente relevante, pois ambos contribuem para a estrutura e função das membranas neuronais e para a neurotransmissão eficiente (Melo, 2020). 

A colina promove a síntese de fosfatidilcolina, um componente majoritário das membranas celulares. A fosfatidilcolina contribui para a integridade e a fluidez das membranas neuronais, facilitando a comunicação sináptica e a plasticidade neuronal. O ômega 3, por sua vez, é incorporado nas membranas celulares na forma de ácidos graxos poli-insaturados, como o ácido docosa-hexaenoico (DHA). O DHA é essencial para a manutenção da fluidez e da funcionalidade das membranas, potencializando a eficiência da neurotransmissão. Assim, a colina e o ômega 3 atuam de maneira complementar na preservação das estruturas neurais e na facilitação dos processos de sinalização neuronal (Balbino, 2021). 

A colina é precursora da acetilcolina, um neurotransmissor que desempenha um papel fundamental na cognição, memória e aprendizado. A deficiência de acetilcolina está associada a várias desordens cognitivas, incluindo a doença de Alzheimer. A ingestão adequada de colina pode, portanto, contribuir para a manutenção dos níveis de acetilcolina no cérebro, promovendo a função cognitiva. O ômega 3, além de seu papel estrutural, tem sido associado à modulação da expressão de genes relacionados à neuroproteção e ao suporte da neurogênese. Quando combinados, colina e ômega 3 podem fornecer um ambiente bioquímico mais favorável para a neurotransmissão eficiente e a saúde cognitiva (Campos, 2021). 

A suplementação combinada de colina e ômega 3 pode resultar em efeitos sinérgicos na neuroproteção. Pesquisas em modelos animais indicam que essa combinação pode melhorar a memória e o desempenho cognitivo, potencialmente através da sinergia entre a colina, que aumenta a disponibilidade de acetilcolina, e o ômega 3, que melhora a integridade das membranas neuronais e reduz a inflamação cerebral. Esses achados sugerem que a suplementação concomitante pode ser uma estratégia eficaz para a prevenção e o tratamento de deficiências cognitivas em idosos (Balbino, 2021). 

A colina e o ômega 3 podem atuar juntos na redução do estresse oxidativo, um fator crucial na patogênese da deterioração cognitiva. O ômega 3 possui propriedades antioxidantes que ajudam a neutralizar os radicais livres, enquanto a colina pode contribuir para a manutenção da função mitocondrial e a proteção contra danos oxidativos. A interação entre esses nutrientes pode, portanto, proporcionar uma defesa mais robusta contra os processos degenerativos associados ao envelhecimento cerebral. Dessa maneira, a colina e o ômega 3 representam uma combinação promissora de nutrientes para a preservação da saúde cognitiva em idosos, oferecendo uma abordagem nutricional potencialmente eficaz para mitigar o risco de declínio cognitivo (Melo, 2020). 

A interação do ômega 3 com outros nutrientes e suplementos na saúde cognitiva é multifacetada e complexa. A sinergia entre esses nutrientes pode potencializar os efeitos neuroprotetores do ômega 3, oferecendo uma abordagem mais holística e eficaz na prevenção da deterioração cognitiva em idosos. Portanto, uma dieta equilibrada que inclua uma combinação adequada de ômega 3 e outros nutrientes essenciais pode ser uma estratégia promissora na promoção da saúde cerebral durante o envelhecimento (França et al., 2021). 

3.5 Recomendações Dietéticas e Práticas Nutricionais para Idosos 

A promoção da saúde cognitiva em idosos requer uma abordagem nutricional abrangente, que considere a inclusão de nutrientes essenciais e a adoção de práticas alimentares que favoreçam a manutenção das funções cerebrais, entre esses nutrientes, os ácidos graxos ômega 3 ocupam um lugar de destaque devido às suas propriedades neuroprotetoras e anti-inflamatórias, no entanto, a eficácia do ômega 3 na prevenção da deterioração cognitiva pode ser maximizada quando integrado a uma dieta equilibrada e a práticas nutricionais adequadas (Stefanello et al., 2020). 

Primeiramente, é fundamental assegurar uma ingestão adequada de ômega 3, particularmente dos ácidos eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA), que são encontrados em peixes gordurosos como salmão, sardinha, cavala e arenque. Recomenda-se o consumo de, pelo menos, duas porções de peixe gorduroso por semana para atingir níveis terapêuticos de EPA e DHA, alternativamente, para indivíduos que não consomem peixe, suplementos de óleo de peixe ou de algas podem ser utilizados como fontes concentradas de ômega 3 (Campos; Labelo, 2019). 

Além dos peixes, outras fontes alimentares de ômega 3, como sementes de linhaça, chia e nozes, contêm ácido alfa-linolênico (ALA), que é um precursor dos ácidos graxos EPA e DHA, no entanto, a conversão de ALA em EPA e DHA é limitada no organismo humano, tornando o consumo direto de EPA e DHA por meio de peixes ou suplementos mais eficiente (Silva, 2014). 

A integração de ômega 3 deve ser combinada com uma dieta rica em outros nutrientes que suportam a saúde cognitiva. Antioxidantes, como as vitaminas E e C, encontrados em frutas, vegetais e nozes, desempenham um papel crucial na proteção contra o estresse oxidativo, um fator associado à degeneração neuronal, a inclusão de alimentos como frutas cítricas, morangos, espinafre e amêndoas pode fornecer uma quantidade substancial desses antioxidantes (Dutra, 2022). 

As vitaminas do complexo B, especialmente a vitamina B12, B6 e o ácido fólico, são essenciais para a função cognitiva, auxiliando na síntese de neurotransmissores e na regulação dos níveis de homocisteína, um aminoácido que, em níveis elevados, está associado ao risco aumentado de deterioração cognitiva, fontes alimentares ricas em vitaminas do complexo B incluem carnes magras, ovos, vegetais de folhas verdes e leguminosas. A suplementação pode ser necessária em casos de deficiência, que é comum entre idosos devido à diminuição da absorção de nutrientes (França et al., 2021). 

A vitamina D também é crucial para a saúde cerebral, com estudos indicando uma correlação entre baixos níveis de vitamina D e declínio cognitivo, a exposição ao sol é a principal fonte de vitamina D, mas em regiões com baixa incidência solar ou para indivíduos com mobilidade reduzida, a suplementação pode ser necessária, alimentos como peixes gordurosos, ovos e laticínios fortificados também contribuem para a ingestão de vitamina D, adicionalmente, a colina, encontrada em alimentos como ovos, fígado e soja, é fundamental para a síntese de acetilcolina, um neurotransmissor envolvido na memória e na aprendizagem, garantir uma ingestão adequada de colina pode contribuir para a manutenção das funções cognitivas em idosos (Cunha; Miranda, 2022). 

É importante também considerar o papel dos polifenóis, compostos bioativos presentes em frutas, vegetais, chá e vinho tinto, que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, a inclusão regular de alimentos ricos em polifenóis, como berries, uvas, chá verde e chocolate amargo, pode complementar os efeitos benéficos do ômega 3, além da escolha dos alimentos, práticas alimentares adequadas são essenciais, manter uma dieta equilibrada, evitando o consumo excessivo de alimentos processados e ricos em gorduras trans e açúcares refinados, é fundamental para a saúde geral e cognitiva, a hidratação adequada também é crucial, uma vez que a desidratação pode afetar negativamente a função cerebral (Stefanello et al., 2020). 

A implementação de uma rotina alimentar que inclua refeições regulares e equilibradas, combinada com a prática de atividades físicas moderadas, contribui para a promoção de um envelhecimento saudável, a educação nutricional e o acompanhamento por profissionais de saúde, como nutricionistas e médicos, são importantes para personalizar as recomendações dietéticas e assegurar a adesão às práticas nutricionais recomendadas (Silva, 2014). 

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A importância do Ômega 3 na prevenção da deterioração cognitiva de idosos é um tema de grande relevância e promissor no campo da saúde e nutrição, este ácido graxo essencial, especialmente nas formas de EPA e DHA, tem demonstrado, através de diversas pesquisas, um papel crucial na manutenção e melhoria da saúde cerebral suas propriedades anti-inflamatórias, sua presença abundante nas membranas celulares dos neurônios e sua capacidade de promover a neurogênese e a plasticidade sináptica são fatores que contribuem significativamente para a preservação das funções cognitivas. 

A deterioração cognitiva é uma preocupação crescente com o aumento da longevidade da população, e encontrar estratégias eficazes para retardar ou prevenir este processo é essencial, o Ômega 3 surge como uma solução viável e acessível, com evidências sugerindo que a suplementação ou o aumento da ingestão de fontes dietéticas ricas em Ômega 3 podem reduzir o risco de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, e melhorar funções cognitivas como memória, atenção e velocidade de processamento. 

Para alcançar os benefícios cognitivos associados ao Ômega 3, é importante considerar a dosagem adequada, idealmente uma ingestão diária de 250-500 mg de EPA e DHA combinados pode ser preventiva, enquanto doses mais elevadas, como 1000-2000 mg, podem ser necessárias para efeitos terapêuticos em indivíduos já apresentando sinais de declínio cognitivo. 

Incorporar Ômega 3 na dieta dos idosos, seja através de alimentos ricos em EPA e DHA ou por meio de suplementação, é uma estratégia eficaz e cientificamente respaldada para promover a saúde cognitiva e prevenir a deterioração cognitiva, a conscientização sobre a importância deste nutriente e a adoção de práticas alimentares adequadas podem resultar em uma melhoria significativa na qualidade de vida dos idosos, contribuindo para um envelhecimento mais saudável e ativo. 

REFERÊNCIAS 

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GRIGOL, E.; NORONHA, L.; KOEHNLEIN, E. Quanto de polifenóis contém as refeições dos brasileiros? Uma estimativa a partir da classificação nova dos alimentos. Jornada de iniciação científica e tecnológica, v. 12, n. 1, p. 29, 2023.  

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SANTOS, G.; SILVA, A; MENEZES, G. Polifenóis dietéticos e função endotelial em adultos sem diagnóstico de doenças: Uma revisão sistemática de ensaios randomizados. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 11, p. 85320-85346, 2020.  

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SILVA, A. A importância da alimentação no envelhecimento saudável e na longevidade. 2014. 61 f. Dissertação de Mestrado em Medicina Geriátrica – Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Portugal, 2014.