IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO COM A FÍSTULA ARTERIOVENOSA EM PACIENTES DE HEMODIÁLISE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

IMPORTANCE OF SELF-CARE WITH ARTERIOVENOUS FISTULA IN HEMODIALYSIS PATIENTS: AN INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202411300602


Sâmara Sampaio Teófilo1,
Patrícia Silvestre Limeira2


RESUMO

A Doença Renal Crônica é marcada por uma diminuição lenta e progressiva da função renal, sendo a hemodiálise um tratamento essencial em estágios avançados. Para o sucesso e eficácia do tratamento de hemodiálise é necessário que exista um acesso vascular eficaz. Considerada como padrão ouro, por proporcionar um tratamento eficiente, com maior conforto e longevidade, a fístula arteriovenosa é preferível, mas sua manutenção requer práticas adequadas de autocuidado. Objetivo: Compreender como a falta do autocuidado pode impactar as complicações associadas à fístula arteriovenosa em clientes de hemodiálise. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, onde a busca dos artigos foi realizada por meio das bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) (Scielo, LILACS e Medline) e PubMed, adotando-se os cruzamentos entre os seguintes descritores em Ciências da Saúde indexados: (“self care” OR care) AND “Renal Dialysis” AND “Arteriovenous Fistula” AND Nursing. Resultados: Os resultados obtidos destacam a necessidade de intervenções educativas e práticas direcionadas ao autocuidado específico para a preservação da fístula arteriovenosa. Conclusões: Se reconhece o déficit existente no que se refere às práticas do autocuidado relacionados a fístula arteriovenosa. Reforça a relevância do profissional de enfermagem no âmbito da nefrologia, destacando-o como pilar central para a promoção do autocuidado da fístula arteriovenosa.

Palavras-chave: Doença Renal Crônica; Hemodiálise; Fístula Arteriovenosa; Autocuidado; Enfermagem em Nefrologia.

ABSTRACT

Chronic Kidney Disease is characterized by a slow and progressive decline in kidney function, with hemodialysis being an essential treatment in advanced stages. For the success and effectiveness of hemodialysis treatment, an effective vascular access is necessary. Considered the gold standard for providing efficient treatment with greater comfort and longevity, the arteriovenous fistula is preferable, but its maintenance requires proper self-care practices. Objective: To understand how the lack of self-care can impact complications associated with the arteriovenous fistula in hemodialysis patients. Method: This is an integrative review, in which articles were searched through the Virtual Health Library (VHL) databases (Scielo, Lilacs, and Medline) and PubMed, using combinations of the following indexed Health Sciences descriptors: (“self care” OR care) AND “Renal Dialysis” AND “Arteriovenous Fistula” AND Nursing. Results: The results highlight the need for educational interventions and practices aimed at specific self-care for the preservation of the arteriovenous fistula. Conclusions: A deficit in self-care practices related to the arteriovenous fistula is recognized. The relevance of the nursing professional in nephrology is emphasized, highlighting their central role in promoting self-care for the arteriovenous fistula.

Keywords: Chronic Kidney Disease; Hemodialysis; Arteriovenous Fistula; Self-care; Nephrology Nursing.

1 INTRODUÇÃO

A Doença Renal Crônica (DRC) é caracterizada por uma diminuição lenta, progressiva e irreversível da função renal, glomerular, tubular e endócrina, tornando incapaz a filtração dos resíduos metabólicos do sangue pelo sistema renal (Malkina, 2020). Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (2023), a diabetes mellitus, hipertensão arterial ou a história familiar com DRC são possíveis indicadores de risco para desenvolvimento da DRC.

A prevalência da DRC tem aumentado globalmente, o que afeta milhões de pessoas, devido ao crescimento das doenças crônicas e ao envelhecimento da população. Estudos indicam que mais de 10% da população mundial apresenta algum grau de DRC, sendo que muitos casos são diagnosticados tardiamente, o que agrava o prognóstico e limita as possibilidades de tratamento (Rodrigues; Passos, 2023).

Em estágio mais avançado da DRC, é necessário um tratamento de substituição da função renal (TSFR), como a hemodiálise (HD). A HD consiste no processo em que o sangue corporal é extraído por meio de um acesso vascular, seguindo por um circuito extracorpóreo que passa por um dispositivo chamado dialisador. Dentro do dialisador, uma membrana semipermeável facilita as trocas bidirecionais entre o sangue e o dialisante, removendo substâncias em excesso, como creatinina, ureia, potássio e água. Após a filtração, o sangue é reintroduzido na circulação sanguínea (Matos; Fazenda, 2022). Esse tratamento, embora essencial, está associado a uma série de complicações e desafios, especialmente relacionados ao acesso vascular necessário para a hemodiálise contínua e eficiente.

Para o sucesso e eficácia do tratamento de hemodiálise é necessário que exista um acesso vascular eficaz. Considerada como padrão ouro, por proporcionar um tratamento eficiente, com maior conforto e longevidade, a fístula arteriovenosa (FAV) é preferível na HD (Moura, 2022). A FAV é criada cirurgicamente, no membro superior não dominante, na zona distal, através da junção entre uma artéria a uma veia de grande calibre próximas “permitindo que o sangue arterial de alta pressão flua para dentro da veia causando o aumento e espessamento da parede” (Parosotto; Pancirova, 2015). A criação da FAV envolve também o preparo do paciente para o procedimento e o acompanhamento contínuo para prevenir complicações e garantir que o acesso vascular seja mantido em boas condições para o tratamento (Cortez et al., 2021).

Complicações relacionadas a FAV são a principal causa da morbilidade, sendo causadores de um proeminente aumento na porcentagem de internamentos associados à pacientes de HD. Algumas das complicações prevalentes relacionadas à fístula arteriovenosa são a redução do fluxo sanguíneo, hemorragias, trombose, aneurisma, estenose e infecção. Cada uma dessas complicações pode comprometer o funcionamento da FAV e, consequentemente, a eficácia do tratamento de hemodiálise, o que aumenta a carga sobre o sistema de saúde e afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes (Coutinho et al., 2022).

Além das complicações físicas associadas à FAV, os pacientes em HD enfrentam um conjunto de desafios emocionais e sociais que podem impactar significativamente sua qualidade de vida. A natureza crônica da DRC e a necessidade de tratamentos regulares podem gerar sentimentos de ansiedade, depressão e isolamento social. Estudos indicam que até 40% dos pacientes em tratamento de HD apresentam sintomas de depressão, o que não apenas afeta sua saúde mental, mas também sua adesão ao tratamento e a eficácia das intervenções médicas (Almeida; Meleiro, 2022). A abordagem multidisciplinar, que envolve profissionais da saúde como psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, torna-se fundamental para proporcionar um suporte integral, ajudando os pacientes a lidarem com os aspectos emocionais e a melhorar seu bem-estar geral.

A educação em saúde também desempenha um papel crucial na gestão da DRC e no sucesso do tratamento. O conhecimento sobre a doença, os cuidados necessários e as práticas de autocuidado capacitam os pacientes a tomarem decisões informadas e a participar ativamente de seu tratamento. Programas de educação em saúde devem ser implementados nas unidades de diálise, abordando temas como a importância da adesão ao tratamento, controle de dieta e estilo de vida, e a monitorização dos sinais de complicações relacionadas à fístula arteriovenosa (Lara et al., 2023). A promoção da saúde e a conscientização sobre a DRC, além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, podem reduzir custos com internações hospitalares, contribuindo para um sistema de saúde mais eficiente e sustentável.

De acordo com Matos e Fazenda (2022), muitos pacientes de HD não apresentam um padrão de autocuidado adequado, o que torna o trabalho educativo da equipe de enfermagem ainda mais necessário. Recentemente, pesquisas têm mostrado que a adesão ao autocuidado é fator determinante na redução das complicações relacionadas à FAV, melhorando o prognóstico e proporcionando maior bem-estar aos pacientes (Takahashi; Murayama et al. 2020). Matos e Fazenda (2022) também reforçam que a capacitação contínua dos profissionais de saúde e a promoção de programas educativos eficazes aumentam significativamente a adesão dos pacientes ao autocuidado.

Portanto, justifica-se esta pesquisa, baseando-se na relevância intrínseca de compreender como o autocuidado por parte dos pacientes pode desempenhar um papel crucial na prevenção de complicações relacionadas à FAV, contribuindo diretamente para a qualidade de vida desses pacientes.

Diante da significativa importância do tema e a necessidade de aprofundar o conhecimento e as práticas dos pacientes com DRC no que tange ao autocuidado da FAV, a presente pesquisa possui os objetivos de compreender como a falta do autocuidado pode impactar as complicações associadas à fístula arteriovenosa em clientes de hemodiálise e evidenciar a importância do enfermeiro na promoção do autocuidado. Assim, o estudo será embasado pela questão: Como a falta de práticas de autocuidado influencia o surgimento e agravamento de complicações associadas à fístula arteriovenosa em pacientes em hemodiálise?. Ao responder o questionamento, a pesquisa permitirá preencher uma lacuna no conhecimento existente e contribuir para aprimorar os cuidados de enfermagem no campo da nefrologia.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa, para sua realização foram utilizadas as seis etapas que consistem em: primeira etapa – Identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa; segunda etapa Busca e seleção dos estudos relevantes; terceira etapa – Avaliação crítica dos estudos selecionados; quarta Etapa – Análise e interpretação dos dados coletados; quinta etapa – Apresentação da revisão/síntese do conhecimento; sexta etapa – Discussão dos resultados e considerações finais. A revisão integrativa é um método de pesquisa que consiste na análise ampla da literatura, contribuindo para discussões sobre métodos e resultados de pesquisas, assim como reflexões sobre a realização de futuros estudos (Cavalcante; Oliveira; 2020).

Para a identificação do tema e seleção da questão de pesquisa foi utilizado o método PICO. O acrônimo PICO representa os seguintes componentes: P (Paciente/Problema/População) – Pacientes em hemodiálise com fístula arteriovenosa (FAV); I (Intervenção) – Promoção do autocuidado, incluindo educação e orientações sobre cuidados com a fístula arteriovenosa fornecidas por enfermeiros; C (Comparação) – Pacientes que não recebem intervenções específicas de autocuidado ou recebem cuidados padrão sem foco específico no autocuidado; O (Outcome/Resultado) – Prevenção de complicações associadas à fístula arteriovenosa, como trombose, infecção, disfunção da fístula e melhora na manutenção da fístula (Santos; Pimenta; Nobre; 2007).

Abrangendo todos os elementos do método PICO, foi elaborada de forma clara e objetiva a pergunta norteadora da pesquisa, onde buscou-se responder a seguinte questão: Como a falta de práticas de autocuidado influencia o surgimento e agravamento de complicações associadas à fístula arteriovenosa em pacientes em hemodiálise?

Para a realização da pesquisa, a definição dos descritores se deu por meio da busca em artigos previamente selecionados, onde foram pesquisados os descritores frequentemente utilizados nesses estudos. Após esta etapa os descritores que apresentaram maior frequência foram pesquisados no DeCS/MeSH e depois eleitos para a pesquisa. Também foram utilizados os operadores booleanos “AND” e “OR” para agregação no conteúdo. A busca e seleção dos estudos relevantes foi realizada nas bases de dados, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e PubMed, adotando-se os cruzamentos entre os seguintes descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH) indexados: (“self care” OR care) AND “Renal Dialysis” AND “Arteriovenous Fistula” AND Nursing.

A busca bibliográfica foi estabelecida entre os meses de março e maio de 2024. Como critérios de inclusão foram selecionados os artigos e dissertações publicados entre os anos de 2014 a 2024, com textos completos e gratuitos publicados em português, inglês ou espanhol, que se enquadrarem no tema da pesquisa e tratassem dados e a relevância do estudo para o tema proposto. O ano de 2014 foi escolhido como inicial por dificuldade em encontrar materiais, pois existem poucos estudos que incidam sobre o autocuidado da FAV. Foram excluídos os estudos publicados anteriormente ao ano de 2014, textos incompletos e pagos, textos de revisões integrativas, duplicados, que não estivessem nos idiomas português, inglês e espanhol e que não se enquadram no tema proposto.

Foram obtidos um total de 241 artigos nas bases de buscas de dados sem a aplicação dos critérios de elegibilidade. Sendo 95 artigos na PUBMED e 146 artigos na BVS (75 artigos MEDLINE; 33 artigos IBECS; 32 artigos BDENF- ENFERMAGEM e 27 artigos LILACS). Para que a pesquisa se enquadrasse nos critérios de elegibilidade foram aplicados filtros nas bases de dados de pesquisa. Na BVS foram utilizados os filtros: texto completo, idioma português, inglês e espanhol e publicados nos últimos 10 anos; já na PUBMED foram utilizados os filtros: texto completo e gratuito, publicados nos últimos 10 anos. Após a aplicação dos filtros foram encontrados 22 artigos na base de dados PUBMED, 32 artigos MEDLINE, 19 artigos IBECS, 23 BDENF- ENFERMAGEM e 15 artigos LILACS sendo 75 artigos completos via BVS, totalizando 97 artigos.

Após a seleção prévia dos artigos, desenvolveu-se a avaliação dos artigos de forma manual utilizando a ferramenta Rayyan, onde 15 artigos foram excluídos por duplicidade. Em seguida foi adotada a triagem dos artigos realizando a leitura dos títulos e resumos, sendo excluídos 55 artigos por não se enquadrarem no tema da pesquisa e 13 artigos por não se enquadrarem nos critérios de elegibilidade citados anteriormente, dos 14 artigos restantes 10 deles foram selecionados para a realização da pesquisa conforme pode ser observado no diagrama Prisma da Figura 1.

3 RESULTADOS

Para apresentar de forma clara e objetiva os resultados desta pesquisa, o Quadro 1 organiza as informações dos estudos analisados, especificando o autor, título, objetivo, método de pesquisa e resultados.

Quadro 1 – Referências distribuídas por autor, título, objetivo, método de pesquisa e resultados.

AutorTítuloObjetivoMétodoResultados
Corgozinho, et alAvaliar o conhecimento  dos pacientes com doença renal crônica terminal, quantos fatores  de  risco e complicações
associadas antes e
após uma intervenção
educativa.
Avaliar o conhecimento dos pacientes com doença renal crônica terminal, 
quantos fatores  de  risco e complicações
associadas antes e
após uma intervenção
educativa.
Estudo de intervenção,
randomizado com 101 participantes.
Revelou-se que os pacientes do grupo de intervenção    demonstraram um aumento significativo no conhecimento
sobre os fatores de risco e
complicações    associadas à fístula arteriovenosa (FAV), tornando-se mais críticos
e proativos no autocuidado.
 
Moura.Autocuidado com fístula arteriovenosa.
Relatório final de estágio (Mestre em Enfermagem
Médico Cirúrgica) – Escola Superior de
Saúde do Instituto
Politécnico de Bragança,
Bragança, 2022.
Analisar os
comportamentos de autocuidado com a fístula arteriovenosa
do doente renal
crónico em
programa de
hemodiálise e os
fatores associados.
Estudo         transversal
analítico.
Apontou-se o    enfermeiro como o
principal agente     de ensino dos cuidados relacionados à fístula arteriovenosa (FAV). Indicadores
mostram que os comportamentos de
autocuidado com a FAV são baixos na maioria dos        pacientes, mas apresentam melhores índices entre os pacientes com maior grau acadêmico.
Castro, et al.Cuidado individual
domiciliar  de  pacientes com
fístula arteriovenosa.
Revista de Enfermagem
UFPE online, v. 14, 24
abr. 2020.
Analisar  o  cuidado
individual domiciliar
de pacientes  com
fístula arteriovenosa
na prevenção de
complicações.
Estudo          qualitativo,
descritivo e
exploratório.
Abordou-se a importância 
do enfermeiro na
educação em saúde com pacientes 
em uso de fístula
arteriovenosa (FAV). 
Destaca-se também
que,  embora 
os pacientes
compreendam a     importância dos cuidados com a
FAV, suas práticas são ignoradas por
desmotivação e falta de Interesse
Graça.A intervenção do
enfermeiro no exame físico à fístula
arteriovenosa da pessoa em 
programa de
hemodiálise. Mestrado em Enfermagem na Área de Especialização em
Enfermagem
Médico-Cirúrgica, 
na Área de
Intervenção em Enfermagem Nefrológica. Escola Superior De Enfermagem De Lisboa: Lisboa, 2020
Analisar a precisão do enfermeiro na
detecção de
complicações da
fístula arteriovenosa
em pessoa em programa de
hemodiálise e
perceber as
implicações  para a
investigação e para
a prática de
enfermagem.
Revisão scoping.Enfatizou-se as principais
complicações  relacionadas  à  fístula arteriovenosa (FAV) e abordou-se
o papel
fundamental do enfermeiro
durante a punção, para a
identificação das 
complicações,     proporcionando assim melhores  
prognósticos para
esses pacientes.
Mendonça, et al.Autocuidado do paciente renal  com  fístula arteriovenosa.
Enfermagem em Foco,
v. 11, n. 04, p. 181-187, 7 abr. 2020.
Avaliar atividades de
autocuidado com a
fístula arteriovenosa
em renais periódicos.
Estudo           descritivo,
transversal, com
abordagem
quantitativa.
Constatou-se que o     autocuidado relacionado 
à fístula arteriovenosa (FAV) é
insuficiente, sendo o déficit de autocuidado         predominante em
pacientes com baixa escolaridade e idade
avançada. O estudo sugere a
implementação de ações educativas direcionadas
aos pacientes e cuidados adicionais
por parte dos profissionais
de saúde.
Fontes.Fístula  arteriovenosa
para hemodiálise: da pré-construção
à primeira punção: o papel do enfermeiro     especialista no follow up.
Relatório de Estágio
(Mestrado em Enfermagem na Área de Especialização em Enfermagem
Médico-Cirúrgica) – Escola Superior De Enfermagem de Lisboa, Lisboa, 2020.
Analisar a precisão
do enfermeiro na
detecção de
complicações da
fístula arteriovenosa
em pessoa em
programa de
hemodiálise e
perceber as implicações para a investigação e para mapeando evidência científica que
sustente a importância do follow up, numa consulta de enfermagem de acessos vasculares
Metodologia de
Revisão    Scoping do
Protocolo JBI.
Abordou-se a importância da promoção do autocuidado com a fístula arteriovenosa (FAV) pelos enfermeiros,
desde os momentos de pré-construção,
pós-construção, maturação e primeira punção. 
O autor  sugere a implementação de intervenções de
enfermagem que visem ao autocuidado, capacitando os pacientes para a detecção de alterações ou complicações com a FAV.
Pennafort, et al.Tecnologia educacional
para orientação de
idosos nos cuidados com a fístula arteriovenosa.
Enfermagem em Foco,
v. 10, p. 79-84, 15 set.
2019.
Desenvolver uma
atividade educativa
para orientar o
cuidado com fístulas
arteriovenosas, a
partir das demandas
dos pacientes renais
crônicos em
hemodiálise
Pesquisa-açãoIdentificou-se que pacientes de idade
avançada apresentam  déficit no autocuidado         com a fístula
arteriovenosa (FAV),  essencial  para
sua maturação.       Aponta-se a
necessidade de implementar projetos de extensão
nos serviços de diálise, visando à promoção do autocuidado
com a FAV por meio de    ações educativas    dirigidas a pacientes e familiares.
Clementino, et al.Pacientes em
hemodiálise: importância
do autocuidado com a fístula
arteriovenosa.
Revista de Enfermagem
UFPE Online, v. 12, n.
07, p. 1841-1852, 3 jul.
2018.
Averiguar o
conhecimento      dos pacientes            com doença renal crônica sobre o autocuidado com a fístula
arteriovenosa (FAV)
Estudo       quantitativo,
transversal,
descritivo-exploratório.
Identificou-se a      necessidade de
estímulo ao autocuidado pela equipe de enfermagem, com o fornecimento
de um maior nível de informação, visto
que a maioria dos      pacientes demonstrou lacunas no conhecimento
sobre o autocuidado com a fístula
arteriovenosa (FAV),    especialmente entre aqueles com baixa escolaridade.
Pereira.Autocuidado com a
fístula arteriovenosa da pessoa no 
programa regular
de hemodiálise.
Trabalho de Mestrado (Mestrado em Enfermagem) – Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Viana do Castelo, 2018.
Analisar os
comportamentos e
os conhecimentos
de autocuidado com a fav, na pessoa
em programa regular de hemodiálise
Estudo,
descritivo–correlacional
Observou-se neste    estudo que os
participantes da amostra possuíam um bom conhecimento sobre as ações de autocuidado     e precauções contra
possíveis complicações relacionadas à fístula arteriovenosa (FAV). O nível de conhecimento e a adoção de comportamentos de autocuidado com a FAV estão associados à idade, visto que os mais jovens demonstraram possuir maior conhecimento sobre o assunto,  quando  comparados  aos
pacientes na faixa etária dos 51-70 anos.
García; Sancho.Valorização dos
autocuidados no acesso
vascular para hemodiálise. Enfermeira Nefrológica, v. 18, n. 3,
p. 157-162,
set. 2015.
Avaliar o conhecimento que o paciente possui
sobre as necessidades de
cuidados do seu
acesso vascular.
Pesquisa quantitativaConcluiu-se neste artigo que as ações e conhecimentos sobre o autocuidado com a fístula 
arteriovenosa(FAV) apresentavam um nível elevado, mesmo entre os pacientes de idade avançada, que mostraram um nível
satisfatório de    conhecimento. Dos
pacientes, 56,14% apresentaram alto nível de 
conhecimento     sobre o autocuidado com a FAV, 40,35% nível médio, 3,5% baixo ou muito baixo, e 0% nível muito baixo.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2024).

4 DISCUSSÕES

A literatura analisada evidencia um consenso quanto à relevância das práticas de autocuidado com a FAV para pacientes em hemodiálise, com um foco central no papel da equipe de enfermagem e nas intervenções educativas para melhorar o conhecimento dos pacientes e prevenir complicações. Embora diferentes em suas metodologias, os estudos convergem ao ressaltar que o enfermeiro é fundamental na promoção do autocuidado e na capacitação dos pacientes para reconhecerem e agirem sobre possíveis complicações.

No estudo de Corgozinho et al. (2022), observou-se que uma intervenção educativa com pacientes com doença renal crônica em estágio terminal foi capaz de elevar significativamente o nível de conhecimento dos pacientes sobre os fatores de risco e as complicações associadas à FAV. Este estudo reforça a importância de intervenções estruturadas e contínuas, argumentando que o aumento do conhecimento reflete diretamente na adoção de comportamentos proativos e críticos quanto ao autocuidado. Corroborando com esta opinião, Moura (2022) destaca que os pacientes com maior escolaridade demonstram maior adesão aos cuidados, sugerindo que o conhecimento prévio sobre a FAV pode influenciar positivamente as práticas de autocuidado, alinhando-se com Corgozinho et al. (2022) ao enfatizar o valor de uma abordagem educativa.

Por outro lado, Castro et al. (2020) discutem uma dimensão menos abordada: a resistência dos pacientes em manter o autocuidado, mesmo quando entendem sua importância. Esse estudo atribui a falta de interesse e desmotivação como barreiras principais, apontando a necessidade de motivação contínua dos pacientes e apoio emocional, além das instruções técnicas. Este aspecto encontra algum contraste com os achados de Corgozinho et al., que apontaram um aumento no autocuidado após intervenções educativas, sugerindo que apenas a educação não é sempre suficiente para a mudança de comportamento, e que fatores psicológicos e motivacionais também são críticos. Em consonância com Castro et al., Fontes (2020) sugere a importância de um acompanhamento regular desde a fase de pré-construção até a maturação da FAV, assegurando que o paciente se sinta amparado e orientado ao longo do processo de adaptação ao tratamento.

Graça (2020) também enfatizam a importância do acompanhamento dos enfermeiros, focando especificamente na precisão do exame físico realizado por esses profissionais para a detecção de complicações na FAV. Os autores, que atribuem ao enfermeiro um papel investigativo e interventivo, sugerem que a identificação precoce de alterações por meio de exames físicos regulares contribui para a prevenção de complicações, corroborando a visão de Fontes (2020) sobre a importância do follow-up contínuo.

Em uma análise mais voltada para o perfil sociodemográfico dos pacientes, Mendonça et al. (2020) identificaram que pacientes de baixa escolaridade e idade avançada apresentam maiores dificuldades em aderir ao autocuidado. Esses achados sugerem que as práticas educativas devem ser personalizadas de acordo com o perfil do paciente, abordando as limitações de cada grupo. Tal conclusão é também destacada por Pennafort et al. (2019), que discutem a necessidade de intervenções educativas especificamente voltadas para idosos, considerando a vulnerabilidade deste grupo no que tange ao autocuidado com a FAV.

Nesse mesmo contexto, Clementino et al. (2018) também observa que muitos pacientes carecem de conhecimento sobre os cuidados necessários com a FAV, especialmente aqueles com baixa escolaridade. Esse estudo sustenta que é dever da equipe de enfermagem fornecer informações detalhadas e de fácil compreensão, de modo a reduzir as lacunas no conhecimento sobre o autocuidado. As conclusões de Clementino et al. reforçam o apontamento de Castro et al. sobre a necessidade de uma abordagem mais motivacional, uma vez que o conhecimento isolado pode não garantir a prática do autocuidado.

O estudo de Pereira (2018) traz uma perspectiva complementar, ao indicar que o nível de conhecimento e as práticas de autocuidado estão fortemente associados à faixa etária dos pacientes. Os pacientes mais jovens demonstraram maior familiaridade com as práticas de autocuidado, enquanto os pacientes mais velhos, apesar de conhecerem as precauções necessárias, apresentaram maior dificuldade em aplicá-las. Essa observação converge com os resultados de García e Sancho (2015), que identificaram um nível satisfatório de conhecimento sobre o autocuidado com a FAV, mesmo entre pacientes mais velhos. No entanto, os autores pontuam que, ainda que o conhecimento seja alto, há uma variabilidade considerável na capacidade de aplicação prática do autocuidado, sugerindo uma intervenção direcionada que considere as limitações físicas e cognitivas dos idosos.

A partir da análise dos estudos, observa-se um consenso entre os autores sobre a importância da educação para o autocuidado, mas com algumas diferenças quanto ao impacto na prática. Enquanto Corgozinho et al. (2022) e Moura (2022) atribuem à intervenção educativa um efeito positivo significativo na adoção de comportamentos de autocuidado, outros autores, como Castro et al. (2020) e Mendonça et al. (2020), destacam as barreiras adicionais como a desmotivação e a influência da escolaridade, sugerindo que o conhecimento adquirido por meio de intervenções educativas pode não ser suficiente por si só. Além disso, a ênfase de Graça (2020) e Fontes (2020) na detecção precoce de complicações e acompanhamento contínuo pelos enfermeiros corrobora a necessidade de um apoio mais robusto e regular.

Os estudos analisados fornecem uma visão abrangente sobre os desafios e potencialidades do autocuidado com a FAV, oferecendo uma base consistente para a aplicação de medidas educativas que integrem tanto o paciente quanto a rede de apoio familiar. As intervenções propostas não devem se restringir à transmissão de conhecimento, mas devem também abordar as barreiras motivacionais e adaptar-se ao perfil dos pacientes. Dessa forma, o papel do enfermeiro se estende além do ensino técnico, assumindo uma função de apoio e acompanhamento ao longo do tratamento, com intervenções personalizadas e sensíveis às necessidades de cada paciente.

5 CONCLUSÕES

O autocuidado e o conhecimento sobre a fístula arteriovenosa são elementos fundamentais para a saúde e bem-estar dos pacientes em hemodiálise, auxiliando na prevenção de complicações e na qualidade de vida. Observa-se que a educação voltada para esses pacientes promove um impacto positivo no entendimento dos cuidados necessários e incentiva uma postura mais ativa em relação à própria saúde.

A importância da equipe de enfermagem torna-se evidente, pois sua atuação no ensino e no acompanhamento dos pacientes é essencial para o desenvolvimento de práticas de autocuidado. Além disso, os resultados sugerem que intervenções educativas precisam ser ajustadas para atender às necessidades específicas de diferentes grupos, como idosos e pacientes com baixa escolaridade, que frequentemente apresentam um entendimento limitado dos cuidados necessários.

Recomenda-se a implementação de programas de capacitação que envolvam o acompanhamento contínuo dos pacientes, desde os primeiros momentos com a FAV até a fase de manutenção. Esses programas devem incluir estratégias de educação em saúde que promovam o autocuidado como prática constante, com enfoque na prevenção de complicações e no incentivo à autonomia dos pacientes em seu tratamento. Dessa forma, é possível otimizar a adesão ao tratamento e alcançar melhores resultados na saúde e na qualidade de vida dos pacientes em hemodiálise.

Conclui-se que o sucesso do autocuidado com a FAV depende de uma abordagem holística que envolva educação, motivação e suporte contínuo, elementos que, em conjunto, podem minimizar as complicações e aumentar a adesão dos pacientes às práticas recomendadas.

REFERÊNCIAS

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1Discente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto de Educação Superior de Brasília-IESB e-mail: samara.teofilo@iesb.edu.br

2Docente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto de Educação Superior de Brasília-IESB. Mestre em Biologia Molecular-UNB. e-mail: patricia.limeira@iesb.edu.br