IMPLANTES ZIGOMÁTICOS NA REABILITAÇÃO DE MAXILAS ATRÓFICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10993902


Laís Ribeiro Narciso¹; Bárbara Mendes de Jesus²; Penélope Danieli Sorio³; André Felype Lima Carmo4; Mirella Nicole Silva de Souza5; Breno Martins Ramos6; Sollene Martins da Rocha7; Gabriel Henrique Vieira de Nazaré8; Vitória Santos Carvalho9; Letícia Rafaella Marinho Honorato10.


RESUMO 

Os implantes zigomáticos surgem como alternativa promissora na reabilitação oral de pacientes com atrofia maxilar, oferecendo uma solução viável para casos de perda óssea severa. A atrofia maxilar, decorrente de diversos fatores, como edentulismo prolongado e eventos pós-traumáticos, apresenta desafios na inserção de implantes dentários devido à perda óssea significativa, comprometendo a estética facial e a função mastigatória. O objetivo deste estudo é revisar a literatura sobre a eficácia dos implantes zigomáticos na reabilitação de maxilas atróficas, além de analisar outras opções de tratamento disponíveis para essa condição. Utilizando bases de dados como PubMed e a Biblioteca Virtual em Saúde, foram selecionados 23 artigos para análise. Os resultados indicam que os implantes zigomáticos oferecem estabilidade e sucesso a longo prazo, superando as limitações dos procedimentos convencionais, embora sua colocação seja complexa e possa estar associada a complicações. A importância do planejamento preciso, do acompanhamento pós-operatório e do reconhecimento das complicações potenciais, como a não osseointegração adequada e a formação de fístula oroantral, é destacada. Apesar das limitações da revisão da literatura, os implantes zigomáticos são considerados uma opção valiosa para a reabilitação de maxilas atróficas, ressaltando-se a necessidade de mais estudos clínicos para validar completamente sua eficácia e segurança. Em suma, representam uma alternativa promissora para pacientes com atrofia maxilar grave, proporcionando uma solução eficaz e melhorando a qualidade de vida desses pacientes.

Palavras-chave: Implantes zigomáticos; Reabilitação oral; Maxilas atróficas; Odontologia avançada.

1 INTRODUÇÃO

A atrofia maxilar é caracterizada pela perda de osso na região da maxila, sendo esse fenômeno desencadeado por diversos fatores, tais como edentulismo prolongado, processo natural de envelhecimento, eventos pós-traumáticos ou pós-cirúrgicos – incluindo cistos e tumores-, hiperpneumatização do seio maxilar, além de infecções e doenças periodontais (JENSEN, SINDET-PEDERSEN,OLIVER, 1994; BAUTISTA et al., 2010).    

A maxila atrófica resulta em uma desproporção significativa nas dimensões lateral, ântero-posterior e vertical das arcadas maxilares, representando um desafio considerável na reabilitação oral (ERKUT, UCKAN, 2006). Além disso, essa condição compromete a inserção de implantes dentários devido à insuficiência de altura, largura e qualidade óssea adequadas (GUERRA, GÍAS, MORENO, 2009). Consequentemente, podem surgir defeitos graves na crista alveolar, dificultando a obtenção de restaurações estéticas e funcionais de forma satisfatória (RIBEIRO-FILHO et al., 2009). 

A reabilitação oral desempenha um papel crucial na restauração da função oral, estética facial e qualidade de vida em pacientes com atrofia maxilar. Além de repor dentes e tecidos moles perdidos, a reabilitação oral estabiliza e melhora a eficiência mastigatória, promovendo uma auto satisfação e satisfação interpessoal que contribuem para uma melhor integração social e proporcionam uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes (OLIVEIRA, SILVA, 2018).  

Dessa forma, é de suma importância o tratamento e reabilitação de pacientes com maxila atrófica, no entanto apresenta muitos desafios. Diferentes tipos de tratamento estão disponíveis, incluindo colocação de implantes curtos, elevação do assoalho do seio, distração osteogênica, cirurgia reconstrutiva com enxerto ósseo, lateralização do nervo alveolar e o uso de  implantes zigomáticos (SORNÍ et al., 2005). 

No entanto, cada abordagem possui suas próprias limitações, como a morbidade no local doador e limitações de disponibilidade para enxertos ósseos, risco de distúrbios neurossensoriais na lateralização do nervo alveolar e a complexidade técnica envolvida na distração osteogênica (LAURENCIN, KHAN, EL-AMIN, 2006; VETROMILLA, et al., 2014; SUHR, KREUSCH, 2004) 

Os implantes zigomáticos surgem como alternativa viável em casos de atrofia maxilar severa uma vez que demonstram uma alta taxa de sucesso e poucas complicações para a reabilitação das mesmas (BORGONOVO, et al., 2020). Os implantes zigomáticos são fixados no osso do arco zigomático, oferecendo uma reabilitação adequada e melhorando a estética em maxilares gravemente reabsorvidos (APARICIO, OUAZZANI, HATANO, 2008). Sua relevância reside na capacidade de superar as limitações dos implantes convencionais em casos de atrofia óssea severa e são uma alternativa previsível ao enxerto ósseo, oferecendo uma solução eficaz para a reabilitação oral (DAVÓ, MALEVEZ, ROJAS, 2007; APARICIO, et al., 2006). 

Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão abrangente da literatura a fim de investigar a eficácia e as vantagens dos implantes zigomáticos na reabilitação de maxilas atróficas. Além disso, pretende-se analisar as diversas opções de tratamento disponíveis para a atrofia maxilar, incluindo enxertos ósseos, distração osteogênica e o uso de implantes zigomáticos, com foco na identificação das melhores práticas e alternativas de manejo para otimizar os resultados dos procedimentos de reabilitação oral de em pacientes com atrofia maxilar severa. 

2 MATERIAIS E MÉTODOS 

Para a realização desta pesquisa, utilizou-se a base de dados PubMed. Os descritores em saúde utilizados foram selecionados de acordo com os termos mais relevantes para o tema do estudo, sendo eles: “Dental implants”, “Maxilla” e “Zygoma”. A busca foi conduzida usando a estratégia de associação dos descritores em saúde mencionados, combinados através do operador booleano “AND”. Isso garantiu que os artigos encontrados estivessem relacionados diretamente aos implantes dentários na maxila e ao uso de implantes zigomáticos. Além disso, foi aplicado um filtro para limitar os resultados apenas aos artigos que estivessem disponíveis na íntegra, em formato de texto completo. Essa medida foi adotada para garantir o acesso a todos os detalhes dos estudos encontrados, facilitando a análise e interpretação dos resultados. Após a aplicação dos critérios de busca e filtro, foi obtido um total de 57 resultados relevantes para a investigação. 

Após a leitura completa e exclusão dos artigos considerados tangenciais ao tema e os duplicados, foram selecionados 20 artigos para compor o escopo da revisão bibliográfica. A fim de complementar os resultados obtidos, foi feita uma pesquisa na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os termos e filtros acima citados. Posteriormente à leitura dos resumos, foram escolhidos 3 artigos para integrar a amostra final deste estudo. Desse modo, totalizou-se 23 trabalhos que abrangem uma esfera representativa de informações sobre o tema em questão, estabelecendo uma base sólida para análise e discussão. 

3 REVISÃO DE LITERATURA  

A atrofia maxilar é caracterizada pela severa reabsorção ou perda óssea na maxila superior, resultando em uma redução significativa na quantidade e qualidade do osso disponível  Esta condição frequentemente está associada a uma diminuição no tamanho e volume do osso maxilar, levando a uma maxila estreita e retruída (LOZADA, 2018). 

A perda óssea maxilar está correlacionada ao aumento da perda óssea marginal e à diminuição da área óssea, particularmente na região posterior, o que pode contribuir para as causas da atrofia maxilar, impactando a densidade óssea e o volume geral na área (SCHUSTER et al., 2021). 

As causas da atrofia maxilar são diversas e incluem edentulismo prolongado, uso crônico de próteses totais, hiperpneumatização do seio maxilar, processo natural de envelhecimento, eventos pós-traumáticos ou pós-cirúrgicos -incluindo cistos e tumores- , bem como infecções e doenças periodontais (BAUTISTA et al., 2010). 

Após a perda dentária, ocorre reabsorção do osso alveolar na maxila, principalmente na direção posterior/superior e lateral-medial. Isso, combinado com a pneumatização dos seios da face, pode resultar em uma limitação do volume ósseo vertical e horizontal na região posterior. A insuficiência de reabsorção óssea alveolar anterior adequada pode reduzir a viabilidade de implantes convencionais, enquanto o uso prolongado de próteses totais pode agravar a atrofia maxilar (POLIDO et al., 2023). 

Além disso, o processo de envelhecimento está associado a uma perda substancial de osso alveolar devido à diminuição progressiva da massa e densidade óssea (POLIDO et al., 2023). Pacientes oncológicos submetidos a ressecção maxilar parcial ou completa também podem apresentar atrofia maxilar (POLIDO et al., 2023). 

Ademais, condições periodontais como a periodontite agressiva, que ocorre tanto em jovens quanto em idosos, resultam em uma destruição progressiva das estruturas de suporte dentário, incluindo o osso alveolar, e, portanto, contribuem como uma das causas da atrofia maxilar (RAJAN et al., 2010).  

A reabilitação oral desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida das pessoas, indo além da busca por uma estética favorável. Seu objetivo abrange a restauração das funções orais essenciais, como deglutição, mastigação e fonação (UGURLU et al., 2013). Além disso, o edentulismo e a perda óssea são reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde como deficiências físicas, justificando a importância da reabilitação para fornecer dentes fixos, função e estética (PÉREZ et al., 2022). 

A reabilitação protética em maxilares atróficos apresenta um desafio significativo, particularmente na área posterior da maxila (VRIELINCK, BLOK, POLITIS, 2022; BEDROSSIAN et al., 2023). Isso se deve à importância do perfil do esqueleto maxilar, que desempenha papéis cruciais tanto na estética quanto na função, portanto, efeitos nessa região podem resultar em consequências funcionais e estéticas devastadoras (QU et al., 2016).  Neste contexto, são variadas as técnicas e procedimentos disponíveis para a reabilitação funcional e estética de pacientes com maxila atrófica ou defeito maxilar posterior, incluindo enxertos onlay ou inlays ósseos totais/segmentares e enxertos de aposição com ou sem osteotomia Le Fort I (UGURLU et al., 2013; AGBARA et al., 2017; GRACHER et al., 2021)  

No entanto, esses procedimentos cirúrgicos são invasivos e prolongados, exigindo um longo tempo de tratamento e podendo causar complicações no local doador durante a remoção de tecidos moles e enxertos ósseos.  Quanto ao enxerto ósseo livre, existe o risco de ocorrência imprevisível de reabsorção durante o período de cicatrização (UGURLU et al., 2013).  

Além disso, há a possibilidade de empregar enxertos ósseos microvasculares, procedimentos cirúrgicos complexos e de alto risco (UGURLU et al., 2013). A osteogênese por distração de transporte, uma técnica que envolve complexidades adicionais e riscos consideráveis, pode implicar em longos períodos de espera para a reabilitação, especialmente quando há a necessidade de colocação tardia do implante (UGURLU et al., 2013; AGBARA et al., 2017).  Outras alternativas envolvem o enxerto do seio maxilar utilizando osso autógeno ou substitutos ósseos, assim como a inserção de implantes sem a necessidade de enxerto ósseo em áreas anatômicas específicas – como frontomaxilar, fronto zigomático e abóbada palatina-. No entanto, essas opções resultam em um período de espera prolongado para a reabilitação do paciente, acarretando em maior impacto financeiro tanto para o indivíduo quanto para seu empregador, além do aumento do custo do tratamento (AGBARA et al., 2017). 

Além disso, a técnica de elevação do assoalho do seio maxilar, embora recomendada para situações de maxilas atróficas, apresenta o risco de perfuração da membrana sinusal durante o procedimento cirúrgico (ALI et al., 2014). Outras alternativas terapêuticas incluem a reconstrução cirúrgica da maxila utilizando crista ilíaca, a expansão da placa cortical e a aplicação de telas de titânio. Entretanto, é importante observar que algumas dessas opções demandam múltiplas intervenções cirúrgicas, exibem taxas de sucesso variadas e acarretam custos cirúrgicos aumentados. Adicionalmente, o tratamento de pacientes com atrofia maxilar grave pode ser considerado mais arriscado e, em certos casos, inviável sem a utilização de enxertos ósseos (GRACHER et al., 2021). 

  Dessa forma, os implantes zigomáticos (ZIs) emergem como uma alternativa de tratamento atrativa para casos de atrofia maxilar grave, sendo reconhecidos por sua segurança, com uma taxa de sucesso de cerca de 96% após 5 anos de sua inserção (PÉREZ et al., 2022).  Os implantes zigomáticos são dispositivos de titânio auto rosqueáveis com uma superfície regular, com comprimentos variados de 30 mm a 52,5 mm. Geralmente, apresentam uma cabeça única com inclinação de 45°, projetada para ajustar-se à angulação entre o zigoma e a maxila  (ROCHA, JESUS, ASSIS, 2020; AGBARA et al., 2017). 

Os ZIs são ancorados no complexo zigomático, composto pelo corpo e arco zigomático, constituindo uma estrutura óssea de anatomia simplificada. A ancoragem dos ZIs é obtida no osso zigomático, com a emergência do implante posicionada no palato ou no centro da crista alveolar reabsorvida (ROCHA, JESUS, ASSIS, 2020; AGBARA et al., 2017). Esses dispositivos permitem o suporte de uma ponte fixa permanente de arco completo ou uma prótese removível, restabelecendo tanto a estética quanto a função em pacientes com extensa reabsorção maxilar (PÉREZ et al., 2022). 

A utilização de ZIs na reconstrução de maxilas atróficas é associada a resultados altamente previsíveis. Durante a colocação, é crucial garantir a estabilização do implante tanto na crista alveolar maxilar quanto no osso zigomático, uma vez que o alvéolo maxilar desempenha um papel fundamental como suporte primário para os implantes zigomáticos em funcionamento (BEDROSSIAN et al., 2023). 

O conceito de utilizar o osso zigomático como suporte posterior para pacientes com deficiência óssea maxilar foi introduzido por PI Branemark na década de 1980. Inicialmente, os ZIs foram desenvolvidos com o objetivo de fornecer estabilidade protética em casos de grave reabsorção óssea alveolar maxilar ou perda óssea decorrente de procedimentos cirúrgicos oncológicos, em pacientes que não eram candidatos adequados para implantes dentários convencionais.(BEDROSSIAN et al., 2023; AL-NAWAS et al., 2023) 

As indicações para o uso de implantes zigomáticos evoluíram consideravelmente ao longo do tempo. Agora, essas indicações abrangem não apenas casos de reabsorção maxilar posterior grave, nos quais há insuficiência óssea para a colocação de implantes convencionais, mas também situações com falha prévia no tratamento de implantes ou enxerto ósseo. Além disso, outras condições descritas na literatura incluem deficiência maxilar secundária à fissura palatina, insucesso na terapia de implante convencional, enxerto ósseo mal sucedido ou até mesmo recusa em submeter-se a enxerto ósseo. Também é importante destacar que pacientes submetidos à maxilectomia total ou parcial devido a ressecções de tumores benignos ou malignos são frequentemente beneficiados com implantes zigomáticos, que ajudam no suporte de obturadores e/ou próteses removíveis. (AL-NAWAS et al., 2023) . 

A reabilitação com implantes zigomáticos, embora consolidada como uma opção terapêutica, apresenta desafios e possíveis complicações, exigindo habilidades cirúrgicas avançadas. Profissionais devem possuir vasta experiência cirúrgica, pois a técnica requer uma longa curva de aprendizado e familiaridade prévia com implantes convencionais (MOLINERO-MOURELLE et al., 2016). 

É importante ressaltar que a colocação de implantes zigomáticos não está isenta de riscos, devido à complexidade anatômica do local de operação (UGURLU et al., 2013). Embora ofereça vantagens significativas para pacientes selecionados, certas desvantagens estão associadas ao seu uso. A dificuldade no acesso cirúrgico, o risco de lesão orbital, problemas de fala devido à emergência palatal, sinusite pós-operatória, fístula oroantral e complicações como hematoma periorbital e conjuntival são alguns dos problemas documentados relacionados ao implante zigomático (AGBARA et al., 2017).  

A abordagem cirúrgica dos implantes zigomáticos é caracterizada por uma visibilidade intraoperatória limitada, o que a torna “semi-cega”, especialmente devido às complexidades anatômicas da região. Essa limitação pode contribuir para um aumento nas taxas de complicações transoperatórias. Entre as complicações mais comuns estão a penetração na cavidade orbital, que pode resultar em lesão extraocular, colocação intracraniana, lesão ao nervo infraorbital e parestesia do nervo zigomático-facial, além da penetração do globo ocular (WU et al., 2022). 

Além disso, a sinusite emerge como uma das complicações mais frequentes associadas aos implantes zigomáticos, com uma incidência que varia de 0% a 26,6%, podendo surgir anos após a colocação dos implantes. Outras complicações relatadas abrangem a formação de fístula oroantral, penetração e lesão orbital, déficits temporários dos nervos sensoriais e fenestração cortical vestibular (TZERBOS, et al., 2015). 

No período pós-operatório, uma série de complicações pode surgir, tais como hematoma ou edema periorbital e subconjuntival, enfisema malar subcutâneo, sangramento nasal moderado por até três dias, problemas intraorais associados aos tecidos moles, inflamação gengival, deiscência da ferida e, em casos mais graves, a eventual falha do implante. Além disso, pacientes com variações anatômicas que apresentam concavidades vestibulares pronunciadas na face lateral do seio maxilar podem enfrentar problemas ao utilizar a técnica original – trajeto intrasinusal – resultando em uma protrusão excessiva na região palatina da cabeça do implante. Isso pode levar à formação de uma ponte dentária volumosa no lado palatino, causando desconforto e dificuldades relacionadas à higiene bucal e à articulação da fala (TZERBOS, et al., 2015). 

A implantação dos Implantes Zigomáticos é um procedimento cirúrgico complexo, no entanto, suas complicações podem ser mitigadas com a adoção de algumas manobras específicas. Uma abordagem eficaz é a realização de uma incisão palpebral para expor a borda orbital inferolateral, o que evita complicações relacionadas à penetração na cavidade orbital. Adicionalmente, a inserção de calçadeira de aço no fórnice conjuntival inferior é uma medida preventiva que protege o conteúdo orbital durante o procedimento (WU et al., 2022). 

Além dessas técnicas, há a opção da colocação de implantes ZI com suporte de navegação, realizada sob anestesia local e sem retalho. Essa abordagem permite uma visualização clara e oferece soluções modificáveis instantâneas, tornando-a uma técnica viável com mínimas complicações cirúrgicas e morbidades pós-operatórias (WU et al., 2022; BHALERAO et al., 2023). 

Ademais, o planejamento digital da cirurgia também se mostra como uma ferramenta valiosa na determinação do número, comprimento e posição ideal dos implantes zigomáticos. Entretanto, é imprescindível que o cirurgião possua experiência prévia para garantir que a intervenção ocorra sem intercorrências (XING GAO et al., 2021). 

 Adicionalmente, a tomografia computadorizada 3D emerge como uma ferramenta precisa no planejamento pré-cirúrgico da fixação zigomática. Utilizada como orientação durante a implantação, essa tecnologia auxilia na escolha da melhor rota e na proteção dos nervos envolvidos no procedimento (KOSER, CAMPOS, MENDES, 2006; XU et al., 2017).  Portanto, a realização de exames de imagem e o planejamento em 3D são etapas fundamentais para garantir a segurança e o sucesso da cirurgia de implantes zigomáticos, contribuindo para uma reabilitação eficaz dos pacientes (UGURLU et al., 2013).   

 A demanda por implantes zigomáticos surge da inviabilidade de inserir implantes convencionais devido à escassez de osso residual adequado. De fato, os implantes zigomáticos representam uma resposta definitiva à deficiência óssea, viabilizando a fixação de próteses de arco completo por meio da inserção nos ossos zigomáticos. (PÉREZ, et. al, 2022) 

 Os implantes tradicionais demandam uma certa altura óssea maxilar, logo, nos casos de atrofia maxilar, a colocação de implantes convencionais torna-se inviável sem um extenso enxerto ósseo prévio, o qual apresenta menor previsibilidade e pode resultar em graus variados de reabsorção (ALEKSANDROWICZ et al., 2020). 

Adicionalmente, o enxerto ósseo requer um período de recuperação prolongado, o que estende o processo de reabilitação oral e acarreta em custos de tratamento mais elevados. Nesse contexto, a cirurgia de implante zigomático se destaca como uma opção mais vantajosa, permitindo a reabilitação com prótese provisória já 24 horas após o procedimento, proporcionando uma solução imediata que impacta positivamente na qualidade de vida dos pacientes. Além disso, os ZIs tendem a gerar sintomas ou morbidades menos graves do que o enxerto ósseo e eliminam as morbidades associadas ao local doador do enxerto (PÉREZ, et. al, 2022; PINEAU, et al., 2018).  

Os ZIs são uma alternativa eficaz e imediata em comparação com procedimentos regenerativos, como a elevação dos seios da face, que prolongam o processo de reabilitação por implantes em pelo menos 12 meses. Estes implantes possibilitam a reconstrução completa da arcada superior de forma rápida, eliminando a necessidade de tratamentos adicionais de elevação de seio (ALEKSANDROWICZ et al., 2020). 

Os ZIs também demonstram maior retenção e estabilidade quando comparados às próteses obturadoras no tratamento de defeitos maxilares. No entanto, é crucial estimar adequadamente o nível de tensão e dimensionamento das superestruturas para garantir o sucesso da reabilitação (AKAY, YALUG, 2015). 

 A reabilitação com prótese fixa sobre Implantes Zigomáticos (ZIs) revelou-se mais eficaz em termos de estabilidade, função fonética e capacidade mastigatória em comparação com uma prótese removível. A elevada satisfação dos pacientes, tanto em aspectos funcionais quanto estéticos, reflete em uma percepção positiva da qualidade de vida (PINEAU et al., 2018).  Em suma, os Implantes Zigomáticos (ZIs) representam uma solução promissora e capaz de oferecer benefícios significativos para pacientes no tratamento de maxilares atróficos, apresentando uma alta taxa de sobrevivência combinada com uma baixa incidência de complicações. Sua principal vantagem reside na aceleração do processo de reabilitação, tanto do ponto de vista técnico quanto socioeconômico, permitindo uma reintegração rápida dos pacientes à vida cotidiana (PINEAU et al., 2018). 

4 DISCUSSÃO 

A atrofia maxilar representa um desafio significativo na reabilitação oral devido à desproporção nas dimensões das arcadas maxilares e à insuficiência óssea, o que dificulta a colocação adequada de implantes dentários (ALI et al., 2014). Conforme apontado por esse autor, a falta de osso adequado compromete a fixação dos implantes, afetando sua estabilidade e suporte, tornando imperativo um planejamento preciso e uma avaliação cuidadosa para superar esses desafios. 

A atrofia maxilar não apenas dificulta a colocação adequada de implantes dentários, mas também compromete sua fixação, afetando significativamente sua estabilidade e suporte. A falta de osso adequado na região maxilar torna o processo de osseointegração mais desafiador, e aumenta o risco de complicações pós-operatórias, como deiscência de tecido mole e falhas protéticas. Portanto, é essencial realizar uma avaliação cuidadosa da estrutura óssea e personalizar o plano de tratamento de acordo com as necessidades individuais de cada paciente para garantir o sucesso da reabilitação oral (ALI et al., 2014; MOLINERO-MOURELLE et al., 2016). 

Adicionalmente, Bedrossian et al. (2023) ressalta que a falta de suporte ósseo na plataforma do implante zigomático pode resultar em estresse elevado no implante e no osso zigomático, enfatizando a necessidade de uma abordagem personalizada para cada paciente.  

Em resumo, a reabilitação oral de pacientes com atrofia maxilar demanda abordagens específicas e precisas, como afirmado por Ali et al. (2014), Molinero-Mourelle et al. (2016) e Bedrossian et al. (2023). A utilização de implantes zigomáticos, combinada com diferentes tipos de implantes e técnicas avançadas de planejamento e navegação, pode aprimorar a previsibilidade e os resultados dos tratamentos para esses pacientes. 

Implantes dentários convencionais e próteses dentárias são opções comumente utilizadas na reabilitação oral de pacientes com perda de dentes. Os implantes dentários convencionais são inseridos diretamente no osso maxilar ou mandibular, constituindo uma sustentação estável para fixação de coroas dentárias. Essa alternativa é fortemente válida em casos de ausências dentárias isoladas ou em regiões com densidade óssea ideal. Em contrapartida, as próteses dentárias removíveis, como “dentaduras”, são uma opção mais tradicional para restaurar a função mastigatória e estética. Elas são ancoradas pela mucosa oral e, em alguns casos, por implantes dentários para maior estabilidade (POLIDO et al., 2023; QU et al., 2016). 

No entanto, de acordo com Schuster et al. (2021), Qu et al. (2016) e AL-Nawas et al. (2023), ambas opções apresentam desafios em pacientes com perda óssea maxilar significativa. A reabsorção óssea, na maioria dos casos, resulta em uma ausência de suporte adequado para implantes convencionais ou próteses dentárias, levando à instabilidade da peça, desconforto, muitas vezes traumático, além de dificuldades na mastigação e fala. 

Uma solução a essa dificuldade seria a elevação do seio maxilar, também conhecida como enxerto de seio ou sinus lift, que é uma técnica frequentemente utilizada como alternativa para a reabilitação oral em pacientes com maxila atrófica. No entanto, essa abordagem não está isenta de desvantagens e riscos. Uma das principais desvantagens é o tempo necessário para a cicatrização e integração do enxerto no seio, que pode prolongar o período de tratamento. Além disso, a elevação do seio maxilar envolve uma abordagem cirúrgica invasiva, o que aumenta o risco de complicações, como perfuração da membrana sinusal, hemorragia, infecção e dor pósoperatória (AGBARA et al., 2017). 

Ademais, em alguns casos, o enxerto ósseo pode não ser bem-sucedido, resultando em reabsorção do enxerto ou falha na integração com o osso circundante. Portanto, embora a elevação do seio maxilar seja uma opção para pacientes com maxila atrófica, é importante considerar cuidadosamente as desvantagens e riscos associados antes de optar por esse procedimento (ALI et al., 2014).  

Além destes, alguns dos tratamentos reabilitadores incluem enxertos ósseos, distração osteogênica e implantes zigomáticos, sendo necessário avaliar o melhor tratamento de acordo com as particularidades de cada paciente, como sua condição clínica, expectativas, e disponibilidade de tecidos e recursos para a realização do procedimento (AGBARA et al., 2017; UGURLU et al., 2013). 

Quando a reabilitação envolve o aumento do tecido duro, o objetivo é fornecer uma base para a colocação ideal do implante e também apoiar os tecidos moles para alcançar uma estética ideal (ALI et al., 2014). Isso se deve ao fato de que o tratamento utilizando fixações e próteses em pacientes com atrofia maxilar severa possui um grau de risco mais elevado, por vezes, inviável sem a utilização de enxertos ósseos (GRACHER et al., 2021). 

Entre os diversos fatores que influenciam a compatibilidade e o sucesso do enxerto, destacam-se alguns elementos, com especial destaque para a seleção do material utilizado. Esse fator está intrinsecamente relacionado ao processo de cicatrização óssea, que compreende três fases distintas – osteogênese, osteoindução e osteocondução -, sendo os enxertos autógenos os únicos capazes de desencadear todos os três processos (ALI et al., 2014).  

Segundo Ali et al. (2014), o procedimento de enxerto demanda de cuidados meticulosos para que seja bem sucedido, principalmente para evitar infecção, o que se torna desafiador levando em consideração que o meio bucal é um ambiente contaminado.  

Portanto, medidas adicionais de controle de infecção e assepsia são essenciais para minimizar os riscos durante o processo de cicatrização, uma vez que, esses procedimentos frequentemente requerem cirurgias invasivas e prolongadas, resultando em longos períodos de tratamento e algum grau de morbidade no local doador durante a retirada do tecido a ser enxertado (UGURLU et al., 2013). 

Uma alternativa a essa morbidade são os enxertos aloplásticos, aloenxertos e xenoenxertos que possuem a capacidade de osteocondução e apresentam altas taxas de sucesso em enxertia prévia ao procedimento de implante (ALI et al., 2014). Todavia, a imprevisibilidade da reabsorção dos enxertos ósseos no geral, são frequentemente relatadas (UGURLU et al., 2013). Essa reabsorção é ainda mais significativa após a aplicação de carga dos implantes e próteses, o que requer do osso doador um volume e rigidez superiores aos exigidos pela área receptora. Isso ressalta a importância de uma cuidadosa avaliação da qualidade e quantidade de osso disponível para garantir a estabilidade e longevidade do procedimento de enxerto (ALI et al., 2014).  

Ainda no campo do aumento de tecido duro, a distração osteogênica (DO) é uma técnica amplamente utilizada  na formação óssea de regiões com carência de volume ósseo, principalmente para colocação de implantes (ALI et al., 2014; UGURLU et al., 2013). Essa formação óssea se dá no espaço entre segmentos ósseos adjacentes, em reação ao estímulo de tração aplicado pelo distrator. Esse procedimento é essencial para promover o aumento do volume ósseo, contribuindo significativamente para a regeneração e fortalecimento da estrutura óssea afetada (ALI et al., 2014). 

Entretanto, de acordo com Ali et al. (2014), ainda que a DO seja mais previsível e tenha uma taxa de sucesso alta, as estatísticas relacionadas às complicações são elevadas, não apenas abrangendo os tecidos moles e duros associados ao procedimento, mas também o próprio distrator. Frequentemente, a complexidade das complicações pode exigir uma revisão na abordagem do tratamento, incluindo a incorporação de dispositivos protéticos e ortodônticos suplementares, ou até mesmo a consideração da substituição do tipo de dispositivo de distração utilizado. 

Dessa forma, por mais segurança e conhecimento que o profissional tenha em relação a essas técnicas, alguns pacientes apresentam uma reabsorção óssea maxilar muito acentuada, o que inviabiliza diversas alternativas de tratamentos reabilitadores que se baseiam nesse princípio de aumento do tecido ósseo. Essa dificuldade não só se associa com as complexidades de cada técnica, como também da anatomia particular de cada paciente (AGBARA et al., 2017). 

Com a possibilidade inovadora de utilizar implantes zigomáticos na reabilitação de maxilas atróficas, sobretudo em casos com recessão grave, o nível de tratamento desses pacientes é elevado a um alto grau de viabilidade e eficácia (ALI et al., 2014). Isso porque o osso zigomático, que possui uma maior resistência à reabsorção, será utilizado como base para a fixação dos implantes, proporcionando uma fundação robusta e estável para suportar as próteses dentárias (GRACHER et al., 2021).  

Adicionalmente, esta técnica, quando comparada com procedimentos de enxerto, reduz significativamente o tempo de tratamento e os custos associados à reabilitação oral completa, uma vez que não há a necessidade de espera de reestruturação óssea após enxerto e o número de procedimentos cirúrgicos necessários também é reduzido. Além disso, se tem a ausência da possibilidade de morbidade do local doador e, consequentemente, a eliminação da infecção do material de enxertia (UGURLU et al., 2013).  

O sucesso dessa técnica se condiciona, em partes, à maneira com que os implantes são colocados, sendo necessário o cruzamento dos mesmos em quatro regiões de osso cortical. Isso porque o osso zigomático se constitui de osso trabecular, o que demonstra uma limitação para a fixação dos implantes (ROCHA, JESUS, ASSIS, 2020). Essa limitação não se restringe apenas ao trabeculado ósseo, abrange também a destreza e habilidade que é exigida do profissional por essa técnica (PÉREZ et al., 2022). 

Para fixação dos implantes a precisão anatômica no transoperatório é crucial, pois, além de medirem o triplo do tamanho de um implante convencional, o percurso de inserção do implante envolve a região sinusal da maxila. Um pequeno desvio no trajeto ou a mínima falha podem desencadear um dano irreversível às estruturas nobres (KOSER, CAMPOS, MENDES, 2006; PÉREZ et al., 2022). 

 Entretanto, é nítido como a utilização dos implantes zigomáticos tem evoluído significativamente, impulsionada por avanços na tecnologia e na compreensão da anatomia craniofacial. Inicialmente, os implantes zigomáticos se limitavam a casos extremos de perda óssea maxilar, sendo uma alternativa para pacientes oncológicos que não tinham volume ósseo suficiente para implantes dentários convencionais na região posterior da maxila. No entanto, com o aprimoramento das técnicas cirúrgicas e dos materiais utilizados, sua aplicação se expandiu para uma variedade maior de situações clínicas (AKAY, YALUG, 2015). 

Esse avanço significativo na utilização de implantes zigomáticos está associado ao desenvolvimento e aprimoramento das técnicas de planejamento operatório e da colocação dos implantes propriamente dita. A previsibilidade que a tecnologia das imagens 3D e tomografias computadorizadas possibilitam e agregam detalhes ao tratamento, viabilizando um planejamento eficiente e particularizado para cada caso (KOSER, CAMPOS, MENDES, 2006; AL-NAWAS et al., 2023). 

Um dos fatores que reiteram esse papel fundamental desempenhado pela tomografia computadorizada é a prevenção de lesões ao nervo zigomático durante a colocação dos implantes no zigoma. Por meio dessa tecnologia avançada de imagem, os cirurgiões obtêm uma visualização detalhada da anatomia craniofacial tridimensional do paciente, incluindo a localização milimétrica do nervo em relação aos demais tecidos adjacentes (XU et al., 2017). 

Segundo Xu et al., 2017, essa previsibilidade permite ao profissional um planejamento cirúrgico mais preciso, identificando a posição exata do nervo e avaliando a possibilidade de qualquer deformidade ou variação anatômica que possa representar um risco durante o procedimento. De posse desses dados detalhados previamente a cirurgia, os cirurgiões podem adotar medidas preventivas adequadas, como adequar a técnica de acesso ou escolher o tamanho e a orientação dos implantes, reduzindo o risco de lesão ao nervo zigomático e garantindo resultados cirúrgicos mais seguros e eficazes. 

 Variações e anomalias anatômicas são comumente encontradas em pacientes com atrofia maxilar, justamente pela reabsorção óssea, muitas vezes, se apresentar muito acentuada, demandando uma readaptação dos tecidos adjacentes (AL-NAWAS et al., 2023). Nesses casos desafiadores, a tomografia computadorizada possui uma função ainda mais crucial no planejamento dos implantes zigomáticos. Ao fornecer uma visão minuciosa das dimensões e da densidade óssea, associado a análise dos tecidos moles circundantes, a tomografia computadorizada possibilita aos cirurgiões desenvolver estratégias personalizadas para a fixação dos implantes. Isso inclui a definição precisa do tamanho, comprimento e angulação dos implantes, bem como a avaliação da viabilidade de enxertos ósseos ou procedimentos adicionais de reabilitação (PINEAU et al., 2018). 

Desse modo, a tomografia computadorizada não apenas auxilia a identificar e prever as anomalias anatômicas previamente à cirurgia, mas também orienta o planejamento cirúrgico para superar os desafios específicos relacionados à atrofia maxilar, garantindo resultados mais previsíveis e bem sucedidos (XU et al., 2017). 

Todavia, ainda que as imagens tridimensionais obtidas a partir da tomografia computadorizada permitam uma visão abrangente e detalhada da anatomia facial, é importante ressaltar que o conhecimento e a destreza do profissional são os pilares pricipais para o sucesso do procedimento. A interpretação precisa das imagens e a habilidade técnica durante a cirurgia são essenciais para garantir uma colocação exata dos implantes zigomáticos, considerando as variações anatômicas específicas de cada paciente. Além disso, a capacidade do cirurgião em antecipar e gerenciar possíveis complicações durante o procedimento é fundamental para alcançar resultados ótimos e minimizar o risco de complicações (ROCHA, JESUS, ASSIS, 2020; KOSER, CAMPOS, MENDES, 2006).   

Essa tecnologia atua também na facilitação da escolha técnica a ser executada. As técnicas intrasinusal e extrasinusal para implantes zigomáticos apresentam abordagens distintas na colocação desses dispositivos em pacientes com atrofia maxilar grave. Na técnica intrasinusal, o implante é inserido diretamente atravessando o lúmen do seio maxilar, aproveitando sua estrutura óssea como ancoragem. Essa abordagem, embora eficaz em muitos casos, pode apresentar desafios técnicos devido à proximidade com estruturas vitais, como o nervo infraorbital e o seio maxilar. Por outro lado, a técnica extrasinusal envolve a fixação dos implantes zigomáticos na região zigomática, fora do seio maxilar, oferecendo uma alternativa segura e estável, especialmente em pacientes com reabsorção óssea acentuada (ALI et al., 2014).  

Ao longo do tempo, observou-se uma evolução gradual na preferência pela técnica extrasinusal de implantes zigomáticos devido a diversos fatores. Visto que, essa abordagem oferece uma maior margem de segurança em relação à técnica intrasinusal, reduzindo o risco de complicações como lesão do nervo infraorbital ou sinusite pós-operatória. Além disso, a técnica extrasinusal permite uma estabilidade biomecânica superior, pois os implantes estão ancorados em uma região óssea mais densa e resistente, proporcionando um avanço na posição do pilar e reduzindo as chances de recessão da mucosa adjacente (ALEKSANDROWICZ et al., 2020). 

 De acordo com Aleksandrowicz et al. (2020), uma outra melhoria associada à técnica extrasinusal diz respeito ao protocolo anestésico. Enquanto na técnica intrasinusal, frequentemente é necessária anestesia geral devido à complexidade do procedimento e à proximidade com estruturas sensíveis, o que aumenta a invasividade do procedimento, a técnica extrasinusal está mudando esse panorama. Na abordagem extrasinusal, em alguns casos, a anestesia local tem se tornado uma opção viável com a crescente adoção da abordagem extrasinusal. Isso se deve à natureza menos invasiva dessa técnica, que geralmente resulta em menos traumas e desconforto para o paciente. Com a anestesia local, o paciente pode permanecer consciente durante o procedimento, reduzindo os riscos associados à anestesia geral e possibilitando uma recuperação pós-operatória mais rápida. 

A proximidade dos implantes com a região sinusal da maxila aumenta consideravelmente o risco de sinusite, uma das complicações mais comuns associadas. Esse fato requer atenção especial durante a realização de implantes zigomáticos, especialmente quando a técnica envolve proximidade com a cavidade sinusal. A possibilidade de perfuração da membrana sinusal durante a cirurgia de implante pode representar um desafio significativo, elevando o potencial para o desenvolvimento de sinusite pós-operatória (TZERBOS et al., 2015). 

 A fim de se evitar esse problema, é fundamental que o cirurgião avalie cuidadosamente a anatomia do paciente por meio de exames de imagem e adote técnicas cirúrgicas precisas, como a elevação da membrana sinusal com cuidado e a utilização de biomateriais para preservar a integridade da membrana. Além disso, a administração de terapia profilática com antibióticos antes e após o procedimento pode ajudar a reduzir o risco de infecção no seio maxilar. O acompanhamento pós-operatório regular também é essencial para detectar precocemente sinais de sinusite e iniciar o tratamento adequado, que pode incluir irrigação nasal, terapia medicamentosa e, em casos graves, drenagem cirúrgica do seio afetado (MOLINEROMOURELLE et al., 2016). 

 Além disso, Bhalerao et al. (2023) e Molinero-Mourelle et al. (2016) apresentam como potencial complicação após a colocação de implantes zigomáticos, a não osseointegração adequada. A osseointegração refere-se à integração direta entre o implante e o osso circundante, essencial para a estabilidade e o sucesso a longo prazo do implante. São fatores como qualidade óssea inadequada, carga excessiva no implante durante a cicatrização ou infecção que podem levar à falha na osseointegração. 

Para mitigar esse risco, Tzerbos et al. (2015) e XU et al. (2017), afirmam ser crucial a avaliação cuidadosa da qualidade óssea do paciente antes da colocação do implante. Técnicas avançadas de imagem, como a tomografia computadorizada, podem fornecer informações detalhadas sobre a densidade e a estrutura óssea, ajudando o cirurgião a selecionar o tamanho e o tipo de implante mais adequados. 

 Além disso, o acompanhamento pós-operatório regular, incluindo radiografias periódicas para avaliar a integração do implante com o osso circundante, é fundamental para detectar precocemente qualquer sinal de não osseointegração. Em casos onde a osseointegração não ocorre conforme o esperado, medidas corretivas podem ser necessárias, como revisão cirúrgica para remover e substituir o implante ou realizar enxertos ósseos para melhorar a qualidade óssea (AKAY, YALUG, 2015; BHALERAO et al., 2023). 

Ainda que essas sejam as complicações mais recorrentes, segundo Tzerbos et al. (2015), a formação de fístula oroantral, penetração e lesão orbital, déficits nervosos sensoriais temporários e fenestração cortical vestibular estão entre as complicações que podem surgir. No período pós-operatório, é possível que o paciente relate a ocorrência de hematomas ou edema entre a maxila e a região ocular, epistaxe moderado por até três dias, bem como alterações tecidos moles bucais, tais como gengivite e deiscência da ferida, além da falha do implante. 

Para evitar essas complicações, é fundamental uma cuidadosa avaliação pré-operatória, incluindo exames de imagem detalhados para identificar a anatomia específica do paciente e planejar a abordagem cirúrgica mais adequada. Além disso, a realização de uma minuciosa discussão dos riscos e benefícios do procedimento são essenciais. Durante a cirurgia, a utilização de técnicas precisas e delicadas, juntamente com a atenção meticulosa à anatomia circundante, ajudam a minimizar o risco de complicações. A aplicação de medidas preventivas, como terapia antimicrobiana profilática e controle cuidadoso do trauma tecidual, também é crucial para reduzir o risco de infecções e outras complicações (PÉREZ et al., 2022). 

Em contrapartida, após a ocorrência de complicações, a conduta pós-operatória deve ser adaptada de acordo com a natureza específica da complicação. Em casos de infecção, é fundamental instituir terapia antimicrobiana adequada e realizar acompanhamento frequente para monitorar a resposta ao tratamento. Para complicações como lesões nervosas ou fístulas oroantrais, uma abordagem multidisciplinar pode ser necessária, envolvendo especialistas em cirurgia oral e maxilofacial, neurologistas e otorrinolaringologistas, conforme necessário. Além disso, medidas de suporte, como analgésicos e cuidados locais, podem ser implementadas para auxiliar na recuperação e minimizar o desconforto do paciente. A comunicação aberta e a colaboração entre a equipe cirúrgica e o paciente são essenciais para garantir uma abordagem abrangente e eficaz para o manejo das complicações e promover a segurança e o bem-estar do paciente a longo prazo (MOLINERO-MOURELLE et al., 2016; PÉREZ et al., 2022; ALNAWAS et al., 2023).  

Apesar dos desafios e complicações associados à colocação de implantes zigomáticos, é importante ressaltar que esses procedimentos continuam sendo alternativas valiosas e eficazes para a reabilitação oral em pacientes com perda óssea maxilar severa. Com o avanço da tecnologia e aprimoramento das técnicas cirúrgicas, muitas das complicações podem ser prevenidas ou gerenciadas de forma eficaz (ALEKSANDROWICZ et al., 2020; WU et al., 2022).  

Em última análise, Lozada (2018) e Bautista et al. (2010) declaram que os implantes zigomáticos oferecem uma solução duradoura e estável para pacientes que enfrentam desafios significativos devido à reabsorção óssea maxilar. Quando conduzidos por especialistas capacitados e em instalações clínicas apropriadas, tais procedimentos têm o potencial de aprimorar a qualidade de vida dos pacientes, não apenas restaurando a capacidade de mastigação, mas também melhorando sua aparência e autoestima. Assim, mesmo diante das possíveis complicações, os implantes zigomáticos permanecem como uma escolha valiosa e benéfica na reabilitação oral para situações desafiadoras de perda óssea maxilar. 

Dessa forma, o uso de implantes zigomáticos tem se destacado como uma opção viável e eficaz na reabilitação de maxilas atróficas, oferecendo uma alternativa valiosa para casos de reabilitação oral complexos. Como observado por Pérez (2022), esses implantes possuem uma ampla gama de aplicações, desde situações de trauma e câncer oral até casos de falha de implantes convencionais, tornando-se uma alternativa atraente à enxertia óssea em maxilas atróficas e em casos de enxertos malsucedidos. 

A revisão conduzida por Polido et al. (2023) fornece diretrizes claras sobre as indicações para o uso de implantes zigomáticos, destacando a importância da seleção criteriosa dos pacientes e de uma avaliação precisa para garantir o sucesso do tratamento. No entanto, há desafios a serem enfrentados, como apontado por Molinero‐Mourelle et al. (2016) e Tzerbos et al. (2016), que enfatizam a necessidade de um sistema padronizado de coleta de dados para complicações, sendo a sinusite uma das mais comuns relatadas. 

Além disso, Vrielinck et al. (2022) observou que implantes com comprimento inferior a 10 mm apresentaram menor tempo de sobrevivência, destacando a importância da seleção adequada do tamanho dos implantes para resultados satisfatórios a longo prazo. Para o aprimoramento contínuo da modalidade de tratamento com implantes zigomáticos, mais estudos clínicos randomizados, como o conduzido por Bhalerao et al. (2023), que comparou abordagens sem retalho e convencionais para colocação de implantes zigomáticos, são recomendados. 

Além disso, como ressaltado por Wu et al. (2022) e Bhalerao et al. (2023), a adoção de técnicas inovadoras, como a navegação dinâmica, pode contribuir para uma colocação mais precisa dos implantes e redução de complicações. Olhando para o futuro dos implantes zigomáticos na reabilitação de maxilas atróficas, é essencial manter um foco contínuo na melhoria da precisão da colocação dos implantes, na redução de complicações e na seleção adequada dos pacientes. A integração de tecnologias avançadas, como a navegação dinâmica e a tomografia computadorizada tridimensional, pode desempenhar um papel fundamental no aprimoramento dos resultados clínicos e na garantia de tratamentos mais previsíveis e bem-sucedidos. 

Reconhecer as limitações inerentes a esta pesquisa é fundamental, dado que se baseia em uma revisão de literatura. Apesar de fornecer uma síntese abrangente das informações disponíveis sobre o uso de implantes zigomáticos na reabilitação de maxilas atróficas, é importante ressaltar que a generalização das conclusões pode ser restrita devido à natureza dos dados compilados. 

Além disso, a variação na qualidade e quantidade dos estudos analisados pode impactar a profundidade e abrangência da análise realizada. Portanto, é necessário complementar este estudo com investigações adicionais e experiências clínicas para alcançar uma compreensão mais completa e precisa do assunto em questão. 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Os implantes zigomáticos surgem como uma alternativa promissora na reabilitação oral de pacientes com atrofia maxilar, oferecendo uma solução viável para casos de perda óssea severa. 

Sua capacidade de aproveitar o osso zigomático como uma base estável para fixação pode reduzir significativamente o tempo de tratamento e os custos associados à reabilitação oral completa. No entanto, é crucial considerar os desafios e complicações potenciais, como a proximidade com estruturas sensíveis, o que aumenta o risco de complicações durante o processo de colocação e integração dos implantes. 

Apesar das possíveis complicações, as evidências destacam o papel significativo dos implantes zigomáticos na restauração da função mastigatória e estética dentária em pacientes com atrofia maxilar, tornando-os uma opção valiosa para esse grupo de pacientes. No entanto, é importante ressaltar que esta revisão de literatura apresenta algumas limitações inerentes, incluindo a falta de dados de estudos clínicos específicos. Portanto, são necessários mais estudos clínicos controlados para validar completamente a eficácia e segurança dos implantes zigomáticos como uma alternativa de tratamento confiável para pacientes com atrofia maxilar avançada. 

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1Acadêmica de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros –
laisnarcisoo@gmail.com
2Acadêmica de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros –
barbaramendes1620@gmail.com
3Acadêmica de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia-
penelopesorio1@gmail.com
4Acadêmico de Odontologia da Centro Universitário FIPMoc –
andreflc@outlook.com
5Cirurgiã-Dentista pela Universidade Cidade de São Paulo –
mirellanicoli@hotmail.com
6Acadêmico de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora –
brenex8@gmail.com
7Acadêmica de Odontologia da Universidade Iguaçu –
martinssollene@gmail.com
8Acadêmico de Odontologia do Centro Universitário FIBRA –
gabrielnazare10@gmail.com
9Acadêmico de Odontologia do Centro Universitário do Norte –
vitoriacarvalho2174@gmail.com
10Cirurgiã-Dentista pelo Centro Universitário Tabosa de Almeida –
leticiamarinhoh@hotmail.com