IMPETIGO, DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM TERAPÊUTICA, UMA OVERVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7590779


Tassia Mayara Vedovato Varoni
Larissa de Carvalho
Hayani Yuri Ferreira Outi
Lucas Augusto Monetta da Silva
Aline Ungaro
Maria Luiza da Paz Sousa
Simone Costa Oliveira
Marcos Paulo Andrade de Oliveira
Sabrina Neves Ribeiro
Tomás Costa Borges
Rodrigo Daniel Zanoni


RESUMO: 

O impetigo consiste em uma patologia infecciosa causada por dois tipos de bactérias,  Staphylococcus Aureus que acomete crianças de todas as idades, e Streptococcus do  grupo A que atinge as crianças entre tres e cinco anos de idade. Possui alta taxa de  contágio, causa o surgimento de feridas bolhosas ou não em pontos como o rosto e as  extremidades do corpo. Afeta a camada mais superficial da pele, a contaminação é feita  através do contato direto com as feridas ou gotículas da secreção nasal de pessoas já  infectadas ou ainda por contaminados como roupas pessoais, de cama e banho ou brinquedos. O padrão ouro no tratamento do impetigo é o fármaco Bactroban® de uso  topico, devendo ser aplicado de 2 a 3 vezes ao dia, nos casos em que as lesões forem  muito disseminadas ou se houver impetigo bolhoso ou ectima, o tratamento costuma ser  feito com antibioticoterapia via oral por 7 dias sendo o fármaco mais utilizado a  cefalexina. (Baddour, L. M. 2019) Apesar de possuir uma taxa de contágio alta, não se  trata de uma doença perigosa, de acordo com estatísticas recentes somente 2% do  impetigo se apresenta como uma complicação de uma glomerulonefrite estreptocócica. 

ABSTRACT: 

Impetigo consists of an infectious pathology caused by two types of bacteria,  Staphylococcus Aureus, which affects children of all ages, and Group A Streptococcus,  which affects children between three and five years of age. It has a high rate of contagion,  causes the appearance of bullous or non-bullous wounds in points such as the face and  body extremities. It affects the most superficial layer of the skin, the contamination is  made through direct contact with the wounds or droplets of the nasal secretion of people  already infected or even by contaminated personal clothes, bed and bath or toys. The gold  standard in the treatment of impetigo is the drug Bactroban® for topical use, which should  be applied 2 to 3 times a day, in cases where the lesions are very disseminated or if there  is bullous impetigo or ecthyma, treatment is usually done with oral antibiotic therapy for  7 days, the most commonly used drug being cephalexin. Despite having a high contagion  rate, it is not a dangerous disease, according to recent statistics only 2% of impetigo  presents itself as a complication of streptococcal glomerulonephritis. 

RESUMEN: 

El impétigo consiste en una patología infecciosa provocada por dos tipos de bacterias, 

Staphylococcus Aureus, que afecta a niños de todas las edades, y Streptococcus del grupo  A, que afecta a niños de entre tres y cinco años. Tiene un alto índice de contagio, provoca  la aparición de heridas ampollosas o no ampollosas en puntos como la cara y  extremidades del cuerpo. Afecta la capa más superficial de la piel, la contaminación se  realiza por contacto directo con las heridas o gotitas de secreción nasal de personas ya  infectadas o incluso por contaminados como ropa personal, cama y baño o juguetes. El  estándar de oro en el tratamiento del impétigo es el fármaco Bactroban® de uso tópico,  el cual se debe aplicar de 2 a 3 veces al día, en los casos en que las lesiones estén muy  diseminadas o si hay impétigo ampolloso o ectima, el tratamiento se suele hacer con  tratamiento antibiótico oral durante 7 días, siendo el fármaco más utilizado la cefalexina.  A pesar de tener una alta tasa de contagio, no es una enfermedad peligrosa, según  estadísticas recientes solo el 2% del impétigo se presenta como una complicación de la  glomerulonefritis estreptocócica. 

INTRODUÇÃO: 

Impetigo se manifesta através de pequenas bolhas que se assemelham a acne, quando as  lesões se rompem, forma-se uma crosta proveniente do líquido contido na bolha. Essa  patologia é causada pelas bactérias Staphylococcus e Streptococcus, e cada uma das  bactérias apresenta uma manifestação clínica dermatologica com diferenças. (FIRMINO,  I. C. L. 2010) 

Seu diagnóstico é de facil conclusão, visto que os sinais e sintomas do exame físico e a  história clínica colhida durante a anamnese já indicam a hipótese diagnostica, feito isso a  solicitação de coleta de cultura + bacterioscopia + Gram da secreção purulenta ou  exsudato confirmam a hipótese e permitem a identificação do patógeno causador. 

Quando não tratado de forma correta, a reincidência é alta, é necessario que se faça o uso  de medicação tópica para o alívio e diminuição da manifestação,  

METODOLOGIA: 

O presente estudo foi desenvolvido através da análise da literatura bibliográfica  disponivel em acervos digitais, com o objetivo de obter dados sobre as afecções  dermatológicas acerca do impetigo e suas manifestações clínicas bem como a terapêutica  adequada para essa dermatopatologia.

Antes de iniciar a busca, primeiramente, utilizou-se a plataforma MESH (Medical Subject Headings) com o objetivo de determinar os descritores a serem usados na  metodologia, de modo a selecionar os termos médicos mais abrangentes dentro do  assunto. Com isso, pode-se obter os seguintes descritores: Pediatria; Dermatoses;  Dermatologia pediátrica; manifestações clínicas; os quais foram unidos pelo operador  booleano AND. A busca consistiu em duas etapas, as quais serão descritas a seguir:  

A primeira busca foi feita na plataforma de direcionamento PubMed o qual indexa os artigos da MEDLINE (Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica), nessa  busca foram encontrados 1.380 artigos. Em seguida foram aplicados os filtros: Texto  completo disponível na íntegra e publicação nos anos de 2018 e 2022 e, com isso, foram  encontrados 393 artigos. Seguido a isso, exclui-se revisões da literatura e demais  metodologias não compatíveis com a metodologia da revisão, de modo que sobraram 9  artigos para a leitura do texto completo. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

TítuloAutor; Ano Metodologia Resultado Conclusão
Dermatoses na  infância: Perfil  dos pacientes  atendidos no  mutirão de  Dermatologia  PediátricaRenata Rolim  Sakiyama da  Silva , Kerstin  Taniguchi  Abagge – 2018Trata-se de um  estudo  retrospectivo,  transversal,  observacional e  analítico. Dos 261 pacientes,  62,5% não  apresentavam  comorbidades, e entre as  que apresentavam,  observou-se um  predomínio de doenças  atópicas: rinite em  22,6% dos casos e asma  em 15%. A maioria,  63,2%, já havia recebido  algum tipo de  tratamento. O grupo das  doenças eczematosas foi  o mais prevalente  (37,2%), seguido pelas  infecciosas (21%) e  hiperplasias e  neoplasmas benignos  (15,7%).As doenças  eczematosas foram as  mais frequentes,  seguidas pelas  infecciosas e pelo  grupo das hiperplasias  e neoplasmas benignos.  A dermatite atópica foi  a doença mais  prevalente entre os  pacientes atendidos.
Uma causa rara e  fatal de doença  bolhosa num recém-nascidoInês Barros  Rua et al – 2022Trata-se de casos de recém-nascidos  que apresentaram pústulas no  primeiro dia de  vida e,  progressivamente, desenvolveram  lesões bolhosas e  erosões.  Em face de um  agravamento  progressivo apesar de antibioterapia  endovenosa, após  suspeita inicial de  impétigo bolhoso, outros diagnósticos tiveram de  ser considerados e foi  necessária uma  abordagem  multidiscipilinar com  apoio da dermatologia. É fundamental os  pediatras identificarem  esta entidade o mais precocemente possível  no sentido de melhorar  o prognóstico.
Síndrome da pele escaldada estafilocócicaRebeca dos  Santos Veiga  do Carmo et al  – 2022Trata-se de casos  de crianças que  manifestaram  lesões na pele de  início  recente, com  hiperemia e bolhas  no tronco,  membros  superiores e face, às quais  evoluíram com  descamação, além  de edema  peripalpebral,  secreção ocular  bilateral e crostas  em região  perioralO prognóstico é  favorável e o tratamento  consiste em  antibioticoterapia  sistêmica ou oral, além  de terapia de suporte na vigência de alterações  hidroeletrolíticas e da termorregulação. O tratamento com  antibióticos traz boa resposta ao tratamento.
Manifestações  dermatológicas  de doenças  gastrointestinais  em idade  pediátricaLeonor da Silva Rodrigues – 2021Realizou-se uma  revisão da  literatura, com  recurso à base de  dados PubMed,  assim como a  obras de referência  “Dermatology – volume 1” de  Bolognia JL et al e  “Fitzpatrick’s  Color Atlas and  Synopsis of  Clinical Dermatology” de  Wolff K et al. O diagnóstico para o  impetigo envolve um  exame físico completo,  devendo ser confirmado  com a realização de  biópsias, lesional e peri lesionalEm lesões localizadas  o tratamento deve ser  feito com antibiótico  tópico, devido a  menores efeitos  adversos e menor  resistência em relação  aos antibióticos  sistêmicos. A primeira  opção é o tratamento  com mupirocina 2%,  aplicada 3 vezes ao  dia, por 5 a 7 dias. 
Dermatoses  bolhosas  autoimunes na  idade pediátrica – estudo  retrospectivoMariana  Marques  Moura  Cardoso De  Meneses – 2018Estudo  retrospetivo de  doentes com  diagnóstico de  dermatoses  bolhosas auto imunes (DBAIs),  que foram  seguidos no  Serviço de  Dermatologia e  Venereologia do  Centro Hospitalar  e Universitário de  Coimbra no  período de 2007- 2017. Nesse retrospectivo  todos realizaram  terapêutica  farmacológica com  agentes sistémicos, com  remissão das lesões Todos os doentes  envolvidos  apresentaram boa  evolução clínica, após  a implementação de  terapêutica, reforçando  o bom prognóstico  destas patologias nesta  faixa etária. Estudos adicionais serão  necessários para uma  melhor compreensão  da prevalência e  características clínicas  destas patologias na  população pediátrica  do nosso País.
Perfil  epidemiológico  das crianças  atendidas no  serviço de  dermatologia da  BWS, São Paulo  – SPMaria Luiza  Paulista de  Souza et al – 2020Verificar o perfil
epidemiológico
das crianças
atendidas na
BWS no
ano de 2017
Da amostra, 71,5% eram do sexo  feminino e a idade  média da foi de 12 anos.  Aproximadamente 69%  possuíam apenas um  diagnóstico, 24,6% pacientes  possuíam 2 diagnósticos e apenas  6,2% possuíam 3 ou mais diagnósticos.O perfil  epidemiológico das  crianças atendidas  no serviço de dermatologia da BWS,  São Paulo – SP, em 2017, foram  de meninas, com idade média de 12  anos, com apenas uma  patologia,
Impacto y manejo  de las dermatosis  exudativasEsther  Jimenez  Blazquez,  Iván Checa  Recio – 2021Relatar as  dermatoses  exsudativas com  maior frequência  na populaçãoSão muitas as  dermatoses de  diferentes etiologias que  podem se apresentar  clinicamente como  dermatoses exsudativas,  destacando-se por sua  frequência: eczema  agudo, impetigo, infecções virais pelo  vírus herpes simplex e  vírus varicela-zoster,  tinea pés, intertrigo ou  mordidas.As dermatoses  exsudativas são lesões  úmidas e seu manejo  requer dois tipos de  ações: uma primeira  voltada para a redução  da exsudação e outra  voltada para o  tratamento específico da doença.
Ações de  vigilância  sanitária em surto  de impetigo:  relato de  experiência.Fabiana Silva  Machado et al.  – 2021Identificar a  suscetibilidade  antimicrobiana de  S. aureus isolados  de lesões de  impetigo.O tratamento foi feito  com flucloxacilina em  66,1%,  amoxicilina/ácido  clavulânico 22,9%,  ácido fusídico tópico  58,6% e 4,3% com mupirocina tópica. S.  aureus foram  resistentes: 81,4% à  benzilpenicilina, 78,6%  ao ácido fusídico, 7,1%  à eritromicina, 5,7% à  clindamicina, 1,4% à  oxacilina e 1,4% à  levofloxacina. Um S.  aureus resistente à  meticilina foi  identificado nesta  amostra (1,4%).Neste estudo, a  resistência do S. aureus  ao ácido fusídico foi  mais comum em  relação ao descrito em  outros estudos, e  menos comum à  clindamicina e à  eritromicina. Um caso  de resistência à  meticilina foi  identificado
Terapêutica  Tópica em  Dermatologia  PediátricaNatividade  Rocha,  Miguel Horta,  Manuela  Selores – 2004Trata-se de uma  revisão das  principais  terapêuticas  tópicas usadas em  Dermatologia  Pediátrica,  nomeadamente  corticosteróides,  anti-infecciosos,  imunossupressores , emolientes,  esfoliantes, cremes  barreira,  adstringentes,  antissépticos, anti histaminicos,  antiacneicos,  antipsoriáticos,  anestésicos e  protectores solares.A pele da criança é  frequentemente  caracterizada de fina,  frágil, sensível, imatura  e pouco protegida. Estes  termos pretendem  evocar os riscos  inerentes à aplicação  tópica de medicamentos  e cosméticos e à sua  capacidade de defesa  face às agressões  externas. É necessário  assim ter em atenção os  aspectos particulares da  pele da criança para  prevenir e evitar os  riscos ligados ao  tratamento tópico neste  grupo etário.A pele do recém nascido é, na  globalidade,  semelhante à do adulto  (influência das  hormonas do eixo  materno-fetal),  contudo existem  alterações das suas  propriedades físico químicas as quais lhe  conferem  individualidade  própria. Uma menor  espessura da camada  córnea, um número  aumentado de folículos  “vellus” e uma relação  aumentada superfície  cutânea / peso corporal  contribuem para, por  um lado, aumentar a susceptibilidade à  irritação e, por outro,  maximizar a absorção  percutânea e daí os  riscos inerentes à  toxicidade sistémica  (1).
Afecções  Dermatológicas  Mais Prevalentes  Nas Internações  Hospitalares  Pediátricas Do  Hospital Escola  Luiz Gioseffi JannuzziDaniela de  Souza  Andrade et al  – 2018Conhecer o perfil  de afecções  dermatológicas  responsáveis por  internações de  pacientes na faixa  etária pediátrica no  Hospital Escola  Luiz Gioseffi  Januzzi (HELGJ). Identificadas 39  internações no período,  a maioria de lactentes  (43,59%). As principais  causas de internações  foram infecções de pele,  como impetigo, celulite  e abscesso. Apontada a  importância na  qualificação do  atendimento e  melhoria do acesso à  atenção primária à  saúde, uma vez que  essas afecções, quando  diagnosticadas e  tratadas precocemente,  raramente constituem se em motivo de  internação. Além  disso, seu  reconhecimento e  tratamento precoces  diminui a chance de  contágio interpessoal,  prevenindo surtos em  escolas e creches,  diminuindo a  morbidade dessas  afecções e os custos  para o sistema de  saúde.
Proposta de  intervenção para  tratamento e  controle do  impetigo no  município de  Pedra AzulMarcos  Armentano  Castro – 2014O objetivo deste  trabalho foi  estabelecer uma  proposta de  intervenção com  vistas à redução  dos casos de  impetigo,  problema  priorizado pela  equipe, na Equipe  de Saúde da  Família Esperança.Para este problema  foram definidos os  seguintes nós críticos:  (1) Atuar sobre saúde  geral da criança e,  especialmente, sobre  fatores de risco e de  complicações  relacionado ao impetigo  – Projeto “Acolher e  cuidar +”; (2) Falta de  informação da  população em relação  ao impetigo – Projeto  “Informar +” (3).
Necessidade de  atualizar conhecimentos  e estabelecer protocolo  de atenção à saúde no  tema impetigo – Projeto  “Aprender sempre”.
O tratamento consiste  em aplicar orientações  gerais, higiene  corporal, tratamento de  dermatose de base e  uso de antibiótico  tópico ou sistêmico. 
Surtos de  impetigo no  estado de Santa  Catarina em 2016Patricia  Pissaia et al – 2017Neste trabalho  visou-se realizar  uma revisão de literatura sobre  o assunto,  enfatizando os  principais aspectos  de interesse para o  cirurgião -Dentista.As lesões clínicas do  impetigo se  caracterizam  por vesículas  superficiais, formando  bolhas com conteúdo  purulento, as quais  estouram e formam  crostas. Existem duas  formas clínicas do  Impetigo, a bolhosa e  não bolhosa, que  acometem tronco e região perioral.Por ser uma doença  bacteriana, o  tratamento sugerido é  antibioticoterapia. Os  surtos de Impetigo em  cidades catarinenses  demonstraram  controvérsias, pois se acredita que os índices  elevados de casos  foram ocasionados por  varicela e,  consequentemente,  contaminação do  Impetigo.
Infecções da Pele  e Tecidos Moles  Recomendações  da Secção de  Infecciologia  PediátricaAna Leça,  Leonor  Carvalho – 2018Trata-se de um  resumo sobre as  principais afecções  de pele causadas  por  Staphylococcus  aureus,  Streptococcus  pyogenes,O Impetigo é a mais  comum das infecções da  pele. Dissemina-se por  auto-inoculação,  transmissão directa e  indirecta, por toalhas ou  roupas. Em lesões  localizadas e de  pequenas dimensões, a  remoção das crostas  com água e sabão é  muitas vezes suficiente. A infecção pode ser  uni ou polimicrobiana,  pode ficar confinada às  camadas mais  superficiais da pele ou  estender-se em  profundidade aos  tecidos moles  adjacentes e à corrente  sanguínea com  septicemia e focos  metastáticos à  distância
Interventions for  impetigoSander  Koning et al – 2012Avaliar os efeitos  dos tratamentos  para impetigo,  incluindo  intervenções não  farmacológicas e  ‘aguardando a  resolução natural’O impetigo é causado  por bactérias. É  contagiosa e geralmente  ocorre em crianças. É a  infecção bacteriana da  pele mais comum  apresentada por crianças  aos médicos de  cuidados primários. As opções de tratamento  incluem antibióticos  tópicos (cremes  antibióticos),  antibióticos orais  (antibióticos tomados  por via oral) e soluções  desinfetantes. Não  existe um tratamento  padrão geralmente  aceito, e as evidências  sobre qual intervenção  funciona melhor não  são claras.Descobrimos que o  antibiótico oral,  penicilina oral, não é  eficaz para o impetigo,  enquanto outros  antibióticos orais (por  exemplo, eritromicina  e cloxacilina) podem  ajudar. Não está claro se os antibióticos orais  são superiores aos  antibióticos tópicos  para pessoas com  impetigo extenso.  Faltam evidências que  sugiram que o uso de  soluções desinfetantes  melhore o impetigo.
Impetigo  herpetiformisOumeish  Youssef  Oumeish  MDa, Jennifer  L. Parish MD  – 2006O objetivo deste  artigo é delinear o  quadro clínico  desta doença, seu  tratamento e o efeito sobre a  mãe e o fetoO início geralmente se  apresenta no último  trimestre da gravidez; a condição pode persistir  até o parto e raramente  continua no período  pós-parto. há um  aumento na morbidade e  mortalidade da mãe e do  feto. Como resultado,  diagnóstico e tratamento  imediatos é crucialO impetigo  herpetiforme é  considerado uma  doença pustulosa rara doença desencadeada  pelos hormônios da  gravidez. Por causa de características clínicas  e histopatológicas  semelhantes, muitos  consideram ser uma variante da  psoríase pustulosa  generalizada.
Impetigo – reviewLuciana  Baptista  Pereira – 2014Este artigo discute  os fatores  microbiológicos e  de virulência dos  estreptococos β hemolíticos do  grupo A e  Staphylococcus  aureus,  características  clínicas,  complicações, bem  como a abordagem diagnóstico e  tratamento do impetigo. O impetigo é uma  infecção cutânea  comum, especialmente  prevalente em crianças.  Historicamente, o  impetigo é causado por  estreptococos β hemolíticos do grupo A  ou Staphylococcus  aureus. Atualmente, o  mais frequente patógeno isolado é S.  aureus.Antibióticos tópicos  são o tratamento de  escolha para a maioria dos  casos de impetigo.  Agentes  antimicrobiano  sistêmico são indicados quando  há envolvimento de estruturas mais  profundas (tecido  subcutâneo, fáscia  muscular), febre, linfadenopatia,  faringite, infecções perto da cavidade oral,  infecções no couro  cabeludo e/ou numerosas lesões  (mais de cinco)
Diagnosis and  Treatment of  ImpetigoCharles Cole.,  And John  Gazewood – 2007Descrever a  melhor conduta  para diagnosticar a  doença e quais os  melhores  tratamentosO diagnóstico  geralmente é feito  clinicamente, mas  raramente uma cultura  pode ser útil. Embora o  impetigo geralmente  cure espontaneamente  em duas semanas sem  deixar cicatrizes, o  tratamento ajuda a  aliviar o desconforto,  melhorar a aparência  cosmética e prevenir a  disseminação de um  organismo que pode  causar outras doenças  (por exemplo,  glomerulonefrite).Não existe um  tratamento padrão para  impetigo, e muitas  opções estão  disponíveis. Os  antibióticos tópicos  mupirocina e ácido  fusídico são eficazes e  podem ser superiores  aos antibióticos orais.  Antibióticos orais  devem ser  considerados para  pacientes com doença  extensa.

Foram encontrados 198 artigos, relatos de caso, comentários, editoriais e fóruns publicados que relacionavam as buscas ao nome impetigo, contendo 4 livros na sua  maioria de dermatologia que também citavam impetigo em algum momento. As buscas  ocorreram no SciElo (no idioma português), LILACS, Medline e no Pubmed (todos em  inglês).  

Do total descrito acima, o primeiro processamento de dados foi a exclusão de relatos de caso, comentários, editoriais e fóruns, e de artigos duplicados. Desse modo,  foram excluídas 121 publicações, restando 77 publicações para a próxima fase de análise  de dados.

No segundo processamento de dados, foram excluídos artigos que não foram  publicados anteriormente aos anos 2000, sendo excluídos 13 publicações, restando 64  publicações para a próxima fase.  

No terceiro processamento de dados, foram excluídos artigos que não estavam  publicados na íntegra, não pudessem ser acessados de forma gratuita, repetidos nas bases  de dados ou que não falavam da temática do impetigo, sendo excluídos 47 artigos,  restando 20 publicações. 

Resultando no compilado de trabalhos expostos na tabela de resultados com base  nisso, nota-se que as dermatoses, trata-se de um conjunto de manifestações com  características alérgicas, aparecem com manifestações bolhosas, escamações e coceiras.  Este termo, é utilizado amplamente e designa diversos tipos de doenças de pele, como as  patologias citadas anteriormente. 

A respeito das bactérias responsáveis pela manifestação do impetigo, tanto a  Streptococcus quanto a Staphylococcus estão presentes na pele e quase nunca causam  danos a saude, porém, através de feridas ou cortes, essas bactérias podem alcançar  camadas mais internas da pele e provocam a infecção cutânea. 

Pode-se afirmar, que as lesões causadas pelo impetigo são caracterizadas por  vesículas superficiais, que formam bolhas, com conteúdo purulento, quando as bolhas  rompem forma-se crostas, outra dermatose que tem manifestação semelhante com o  impetigo é a Dermatite eczematosa, doença cutânea que se caracteriza pela presença de  manchas eritematosas vesiculares úmidas com formação de crostas. 

Com base no que foi discorrido até aqui, nota-se dentre as patologias mais  atendidas, está a dermatite atópica, esta, é uma patologia crônica e hereditária, ocasiona  lesões cutâneas que, causam desconforto ao paciente, tanto estético quanto sensorial, os  braços são os principais membro afetados, nos membros interiores a região posterior do  joelho.  

Como já supracitado, o diagnóstico para o impetigo, envolve um exame físico  completo, e a confirmação do diagnostico deve ser feita através de biopsias lesionais ou  perilesionais. Entretanto, são diversas as dermatoses exsudativas, nos casos em que as  lesões tenham exsudato, a terapêutica deve fazer mão de ações que reduza a exsudação  da ferida e trate a patologia diretamente a doença, desta forma obtém-se um melhor prognostico. Dentre as dermatoses exsudativas estao: eczema agudo, impetigo, infecções  virais pelo vírus herpes simplex e vírus varicela-zoster, tinea pés e intertrigo. 

CONCLUSÃO: 

É interessante salientar que em alguns casos em que as patologias progridam  consideravelmente, principalmente em pacientes neonatais ou da primeira infância, a  antibioticoterapia endovenosa faz-se necessária para a evolução positiva do quadro  clínico. Dito isso, é importante lembrar que a terapêutica para as dermatoses, consiste  em antibioticoterapia sistêmica com cobertura contra Staphylococcus Aureus e o  Estreptococos, o fármaco utilizado nestes casos é a Cefalexina, quando há a  hipersensibilidade ou resistência a esse fármaco, utiliza-se a Claritromicina ou a  Eritromicina. Deve-se atentar-se as alterações hidroeletrolíticas e as alterações na  termorregulação.  

Outro ponto interessante, é que, nos casos em que as lesões localizadas, o  tratamento deve ser feito com antibióticos tópicos, uma vez que apresentam menores  efeitos adversos, e menor resistência se comparados aos antibióticos sistêmicos. O  medicamento padrão outro para ser utilizado é a mupirocina 2%, esta deve ser aplicada  3 vezes ao dia e num período entre 5 a 7 dias. Deve-se atentar a respeito dos cosméticos  utilizados na pele da criança, suspender a utilização nos casos em que a manifestação  cutânea aumentar, e sempre procurar a orientação do dermatologista pediátrico antes de  utilizar loções hidratantes na pele lesionada da criança. 

Com tudo, saber que a antibioticoterapia traz boa resposta do paciente ao  tratamento é importante para os pais, salientar que, sempre que possível deve-se fazer  mão dessa abordagem terapêutica visto que a mesma apenas traz benefícios para o quadro clínico. 

Dito isso, é importante lembrar que o conhecimento acerca dessa fisiopatologia,  é útil principalmente aos pais, visto que ao se observar qualquer alteração cutânea  condizente com as lesões já mencionadas, procurar um médico dermatologista é  importante, visto que a pele da criança é caracterizada de fina, frágil, sensível, imatura e  pouco protegida, exigindo maiores cuidados principalmente nos casos em que as lesões  estejam presentes. 

REFERÊNCIAS: 

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