IMPACTS OF GLOBAL HEALTH POLICIES ON REDUCING THE BURDEN OF INFECTIOUS DISEASES
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12710665
Allyne Patrícia Medeiros1
Joelson Angelo Victor2
Elaine Gomes do Amaral3
Leila Aparecida Kauchakje Pedrosa4
Belmon Joaquim De Souza5
Renata Soares do Nascimento6
Michelle Rocha Diniz7
Jarine Torres de Araujo8
Edgar Adolfo Freitas Costa9
Annelissa Andrade Virginio de Oliveira10
RESUMO
As políticas de saúde global frequentemente se concentram na prevenção e controle de doenças infecciosas, através de estratégias como vacinação em larga escala, educação em saúde pública, vigilância epidemiológica e resposta rápida a surtos. Essas políticas têm sido fundamentais na redução da incidência de doenças. Trata-se de um estudo descritivo, que tem como objeto- a comunicação como importante ferramenta nas orientações prestadas para profissionais de saúde de uma forma geral. Sendo assim, concluímos que as doenças infecciosas são um problema complexo e multifacetado que requer uma abordagem abrangente e holística, integrando medidas de prevenção, controle, tratamento e promoção da equidade em saúde para proteger a saúde pública e garantir o bem-estar de todas as comunidades. As políticas devem ser fundamentadas em evidências científicas sólidas e dados epidemiológicos confiáveis. Isso envolve realizar pesquisas, estudos e análises epidemiológicas para entender a prevalência, distribuição e determinantes das doenças infecciosas, bem como avaliar a eficácia de intervenções de saúde pública.
Palavras Chave: Política; Doenças Infecciosas; Saúde.
ABSTRACT
Global health policies often focus on the prevention and control of infectious diseases, through strategies such as large-scale vaccination, public health education, epidemiological surveillance, and rapid outbreak response. These policies have been fundamental in reducing the incidence of diseases. This is a descriptive study, whose objective is communication as an important tool in the guidance provided to health professionals in general. Therefore, we conclude that infectious diseases are a complex and multifaceted problem that requires a comprehensive and holistic approach, integrating prevention, control, treatment and promotion of health equity measures to protect public health and ensure the well-being of all communities. Policies must be based on solid scientific evidence and reliable epidemiological data. This involves conducting research, studies and epidemiological analyzes to understand the prevalence, distribution and determinants of infectious diseases, as well as evaluating the effectiveness of public health interventions.
Keywords: Policy; Infectious diseases; Health.
As políticas de saúde global frequentemente se concentram na prevenção e controle de doenças infecciosas, através de estratégias como vacinação em larga escala, educação em saúde pública, vigilância epidemiológica e resposta rápida a surtos. Essas políticas têm sido fundamentais na redução da incidência de doenças como sarampo, poliomielite, tuberculose e HIV/AIDS (Santos, 2022).
Políticas que visam melhorar o acesso a tratamento e cuidados de saúde para doenças infecciosas, especialmente em países de baixa e média renda, têm contribuído significativamente para a redução da morbidade e mortalidade associadas a essas doenças. Isso inclui o acesso a medicamentos antirretrovirais para HIV/AIDS, antibióticos para tuberculose e malária, e terapias antivirais para hepatite C (Chaves,2014).
As mesmas frequentemente incentivam o fortalecimento dos sistemas de saúde, incluindo infraestrutura de saúde, recursos humanos, financiamento e governança. Sistemas de saúde robustos são essenciais para detectar, diagnosticar e tratar eficazmente doenças infecciosas, além de responder a emergências de saúde pública (Cunha, 2021).
A cooperação internacional e o compartilhamento de recursos são aspectos-chave das políticas de saúde global, especialmente no que diz respeito ao combate a doenças infecciosas transfronteiriças. Isso inclui colaboração em pesquisa médica e epidemiológica, compartilhamento de vacinas e medicamentos, e assistência humanitária durante crises de saúde pública (Santos, 2022).
As políticas de saúde global cada vez mais adotam uma abordagem integrada de saúde pública, reconhecendo a interconexão entre diferentes determinantes de saúde, incluindo fatores socioeconômicos, ambientais e comportamentais. Essa abordagem holística é crucial para abordar as raízes profundas das doenças infecciosas e promover a saúde em nível populacional (Cunha, 2021).
Apesar dos avanços alcançados, ainda há desafios persistentes no combate a doenças infecciosas, como resistência antimicrobiana, surtos recorrentes de doenças negligenciadas e lacunas na cobertura vacinal. Além disso, novas ameaças, como pandemias de doenças emergentes (como a COVID-19), destacam a necessidade contínua de políticas de saúde global ágeis e adaptáveis (Chaves, 2014).
Em resumo, as políticas de saúde global desempenham um papel essencial na redução da carga de doenças infecciosas, abordando desafios como prevenção, tratamento, fortalecimento de sistemas de saúde e cooperação internacional. No entanto, é importante continuar aprimorando e adaptando essas políticas para enfrentar os desafios emergentes e garantir saúde e bem-estar para todos (Cunha, 2021).
MATERIAIS E MÉTODO
Trata-se de um estudo descritivo, que tem como objeto a comunicação como importante ferramenta nas orientações prestadas para profissionais de saúde de uma forma geral. Por tratar-se de um estudo reflexivo, na qual não foi utilizada coleta de dados em campo e nem identificação dos participantes, o presente estudo não demandou a submissão ao Comitê de Ética. Entretanto os pesquisadores seguiram os preceitos éticos contidos na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
DESENVOLVIMENTO
As doenças infecciosas têm uma distribuição geográfica variável, com algumas regiões do mundo enfrentando uma carga desproporcionalmente alta de determinadas doenças. Por exemplo, a malária é prevalente em regiões tropicais, enquanto a tuberculose é mais comum em países de baixa e média renda. A distribuição geográfica das doenças infecciosas é influenciada por fatores como clima, condições socioeconômicas, acesso a cuidados de saúde e infraestrutura sanitária (Chaves, 2014).
Muitas doenças infecciosas estão ligadas a fatores de risco específicos, como falta de acesso a água potável e saneamento básico, má nutrição, superlotação, deslocamento populacional, comportamentos de risco (como uso de drogas injetáveis ou práticas sexuais não seguras) e resistência antimicrobiana. Além disso, determinantes sociais mais amplos, como pobreza, desigualdade social, discriminação e acesso desigual a serviços de saúde, também desempenham um papel importante na transmissão e impacto das doenças infecciosas (Cunha, 2021).
As mesmas têm um impacto significativo na saúde pública, contribuindo para morbidade, mortalidade e carga econômica em todo o mundo. Elas podem causar surtos e epidemias, resultar em doenças crônicas debilitantes e complicações graves, e sobrecarregar os sistemas de saúde, especialmente em países com recursos limitados. Além disso, as doenças infecciosas têm o potencial de se espalhar rapidamente através de fronteiras nacionais e causar pandemias globais, como foi visto com a COVID-19 (Ramos et al., 2020).
Estratégias de prevenção, controle e tratamento são fundamentais para reduzir o impacto das doenças infecciosas. Isso inclui medidas como vacinação, promoção de práticas de higiene, acesso a água potável e saneamento básico, educação em saúde, diagnóstico precoce, tratamento eficaz com medicamentos e terapias antimicrobianas, vigilância epidemiológica, resposta rápida a surtos e investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas intervenções (Cunha,2021).
Além das doenças infecciosas conhecidas, novos desafios estão surgindo, incluindo o surgimento de patógenos resistentes a medicamentos, surtos de doenças emergentes (como o vírus Ebola e o vírus Zika) e ameaças à saúde pública relacionadas à mudança climática, urbanização rápida e globalização. Abordar esses desafios requer uma abordagem integrada e colaborativa que envolva governos, organizações internacionais, setor privado, academia e sociedade civil (Martins et al., 2015).
É fundamental abordar as desigualdades sociais e econômicas subjacentes que perpetuam a transmissão e o impacto das doenças infecciosas. Isso inclui garantir acesso equitativo a serviços de saúde de qualidade, abordar determinantes sociais da saúde, promover a justiça em saúde e garantir que as intervenções sejam culturalmente sensíveis e adaptadas às necessidades das populações mais vulneráveis (Santos, 2022).
CONCLUSÃO
Sendo assim, concluímos que as doenças infecciosas são um problema complexo e multifacetado que requer uma abordagem abrangente e holística, integrando medidas de prevenção, controle, tratamento e promoção da equidade em saúde para proteger a saúde pública e garantir o bem-estar de todas as comunidades. As políticas devem ser fundamentadas em evidências científicas sólidas e dados epidemiológicos confiáveis. Isso envolve realizar pesquisas, estudos e análises epidemiológicas para entender a prevalência, distribuição e determinantes das doenças infecciosas, bem como avaliar a eficácia de intervenções de saúde pública.
Assim como, priorizar medidas de prevenção primária para reduzir a incidência e transmissão de doenças infecciosas. Isso inclui promoção de vacinação, educação em saúde, promoção de práticas de higiene, acesso a água potável e saneamento básico, controle de vetores e animais reservatórios, e medidas para reduzir comportamentos de risco.
REFERÊNCIAS
CHAVES, T. do S. S. A participação de um serviço público na atenção e implementação de ações à saúde do viajante no Brasil. 2014. Tese (Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias) – Faculdade de Medicina, University of São Paulo, São Paulo, 2014. doi:10.11606/T.5.2014.tde-29102014-124515. Acesso em 13 de junho de 2024.
CUNHA, R.P. da. Anatomia de uma epidemia: migração, descaso público e a reemergência do sarampo no Amazonas (2017 a 2019). 2021. 105 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal do Amazonas, Manaus (AM), 2021. Disponível em: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8637 Acesso em 13 de junho de 2024.
FERREIRA, P.T.P.N. Panorama de desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento de doenças negligenciadas com ênfase na tuberculose: desafios e oportunidades para o SUS. 2022. 231 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) – Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56668 Acesso em 13 de junho de 2024.
MARTINS, A. P. B.; SILVA, B. da; MOLIN, D. B. D.; MENDES, G. A. Soroprevalência de doenças infecciosas em doadores de sangue do hemocentro regional de Cruz Alta-Rio Grande do Sul. Clinical and Biomedical Research, [S. l.], v. 35, n. 4, 2015. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/58832. Acesso em: 14 junho 2024.
RAMOS, . L. de P.; HORA, A. L. da; SOUZA, . T. V. de; PEREIRA, . O.; HORA, . L. da. As contribuições da epidemiologia social para a pesquisa clínica em doenças infecciosas. Revista Pan-Amazônica de Saúde, [S. l.], v. 7, n. Esp, p. 9, 2020. DOI: 10.5123/S2176-62232016000500025. Disponível em: https://ojs.iec.gov.br/index.php/rpas/article/view/677. Acesso em: 14 junho 2024.
SANTOS, L.R.dos. Comportamento, vacinação e direito à saúde: o uso de insights comportamentais como ferramenta complementar para o combate à redução vacinal infantil no Brasil. 2022. 153 f.Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022.Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/66212 Acesso em 13 de junho 2024
1 Maior Titulação: Especialista em saúde da mulher e pós-graduanda em Estratégia de Saúde da Família.
Instituição Vinculada: Prefeitura Municipal de Bayeux
E-mail: allynesarinho@gmail.com
2 Maior Titulação: Especialista pela modalidade de Residência Multiprofissional em Oncohematologia pelo Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará – HUWC/UFC/EBSERH.
Instituição Vinculada: Universidade Federal de Uberlândia/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares/EBSERH.
E-mail: Joelson.victor@ebserh.gov.br
3 Maior Titulação: Doutoranda em Atenção à Saúde Mestre em Saúde Ambiental Especialista em Biologia Forense.
Instituição Vinculada: Universidade Federal de Uberlândia
E-mail: elainegamaral@gmail.com
4 Maior Titulação: Doutorado em Enfermagem. Docente de Pós Graduação em Atenção à Saúde.
Instituição Vinculada: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
E-mail: leila.pedrosa@uftm.edu.br
5 Maior Titulação: Graduando em Medicina.
Instituição Vinculada: Centro Universitário de João Pessoa
E-mail: belmon.tdcb@gmail.com
6 Maior Titulação: Especialista em preceptoria em saúde pela UFRN
Instituição Vinculada: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
E-mail: renata.soares@live.com
7 Maior Titulação: Enfermeira assistencial na UTI materna e infectologia
Instituição Vinculada: Hospital Universitário Alcides Carneiro- HUAC/ Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
E-mail: michellerdiniz@gmail.com
8 Maior Titulação: Farmacêutica e bioquímica
Instituição Vinculada: Hospital Universitário Lauro Wanderley/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
E-mail: jarinetorres@hotmail.com
9 Maior Titulação: Mestrado em Saúde da família (Pró Saúde/ UFPB)
Instituição Vinculada: Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW)/ Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
E-mail: Edgarafcosta@hotmail.com
10 Maior Titulação: Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva (UnB).
Instituição Vinculada: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
(EBSERH)/ Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW)
E-mail: annelissa.andrade@gmail.com