IMPACTOS DA HIDROTERAPIA NA RECUPERAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DA LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: REVISÃO DE LITERATURA

EFFECTS OF HYDROTHERAPY ON POSTOPERATIVE RECOVERY OF ANTERIOR CRUCIATE LIGAMENT INJURY: A LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10250131469


Letícia Adrielly Dias Grisante¹
Marília Nanni Vieira²
Adriane Xavier de Morais³
Paola Aguiar Afonso Rosa⁴
Débora Garcia Grisante⁵


INTRODUÇÃO

A articulação do joelho desempenha um papel fundamental na mobilidade humana (Wang, 2023). No entanto, sabe-se que ela está frequentemente associada a diversas lesões musculoesqueléticas, especialmente em adultos jovens e atletas (Kraus et al., 2022) Uma das lesões mais comuns atualmente é a do Ligamento Cruzado Anterior (LCA), a ruptura dessa estrutura é a lesão ligamentar mais frequente no joelho, considerando apenas as rupturas ligamentares completas (Siebenlist e Mehl, 2024; Imhoff et al., 2020). O Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é uma estrutura essencial no joelho, desempenhando um papel crucial como restritor da instabilidade anterior e da rotação interna da tíbia, sua lesão ocorre, na maioria dos casos, durante a prática esportiva (Kohn et al., 2020). Os mecanismos mais comuns de lesão do LCA envolvem a rotação do joelho com o pé fixo no chão (Kohn et al., 2020; Siegel et al., 2012). O trauma pode resultar tanto de um contato direto com um adversário quanto de movimentos de rotação do joelho sem qualquer contato (Kaeding et al., 2017). Além disso, a hiperextensão do joelho, como ao esticar excessivamente a perna ao furar uma bola e chutar o ar, também é um mecanismo frequente de lesão (Bisciotti et al., 2019).  No entanto, é importante destacar que não apenas atletas estão sujeitos a lesões no LCA, certos movimentos do dia a dia podem igualmente provocar lesões, variando desde estiramentos leves até rupturas completas (Webster e Hewett, 2022).

O tratamento deste tipo de lesão geralmente é cirúrgico, a artroscopia é a técnica mais atual e menos invasiva, utilizada para a reconstrução (Zakieh et al., 2021). Neste caso, o ligamento lesionado é substituído por um enxerto de tendão (ou tendões), normalmente do próprio paciente (Czer et al., 2022)

A Hidroterapia é um dos recursos da Fisioterapia voltada para o tratamento e reabilitação dos mais diversos acometimentos, tendo um papel importantíssimo no pós operatório desse tipo de lesão, visto que é de extrema eficácia trazendo inúmeros benefícios por fazer uso das propriedades físicas da água, visando obter uma melhor e mais rápida recuperação do paciente, proporcionando a ele um retorno precoce as atividades, aumentando a amplitude de movimento (ADM), além do alivio da dor e melhora do quadro álgico (Hajouj et al., 2021). Por ser um método seguro na execução dos exercícios, não oferece resistência por parte dos pacientes como os exercícios realizados em solo, o que transmite confiança, uma vez que possibilita a ele executar exercícios que de outro modo não seria possível devido as limitações impostas pela fragilidade, o que é natural no processo pós cirúrgico, como a dor, uma das limitações mais comuns nas queixas dos pacientes (Tovin et al., 1994).

Há evidências que a Hidroterapia tenha um papel importante no tratamento inicial da lesão, pois promove benefícios no equilíbrio, na manutenção do trofismo, na propriocepção e na diminuição do edema e quadro álgico (Lei et al., 2024; Hajouj et al., 2021).

Diante do exposto, esta pesquisa, por meio de uma revisão de literatura, busca aprofundar o estudo sobre os principais efeitos do tratamento hidroterapêutico na fase inicial de um programa de reabilitação, com objetivo de identificar os benefícios da hidroterapia como uma abordagem terapêutica no processo de reabilitação precoce de pacientes submetidos a cirurgias de reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (LCA), utilizando uma revisão narrativa. Além disso, analisou-se os efeitos comparativos entre a hidrocinesioterapia e a cinesioterapia em programas de reabilitação para LCA, bem como identificar as principais técnicas aplicadas nos exercícios aquáticos durante a fase inicial da recuperação.

REVISÃO DE LITERATURA

O Joelho e o Ligamento Cruzado Anterior (LCA)

O joelho é uma das mais complexas e importantes articulações do corpo humano, ela pode ser descrita como gínglimo ou articulação em dobradiça, que é uma articulação de sobrecarga, que une dois ossos longos com superfícies articulares pouco congruentes, estando envolvida em articulação do joelhoinúmeras patologias e inúmeras lesões traumáticas, sendo uma das articulações mais lesadas do corpo (Kraeutler et al., 2023; Lopes et al., 2023).

Suas estruturas anatômicas como meniscos, ligamentos e cápsula articular são fundamentais para o desenvolvimento de um movimento biomecânico sem nenhuma imperfeição, onde no ato de uma biomecanica do joelho lesão de qualquer estrutura, a limitação funcional e a marcha são alteradas acometendo todo o aparelho locomotor (Aljehani et al., 2022)

O LCA é um dos principais ligamentos que une o fêmur à tíbia, não permitindo que a tíbia deslize anteriormente em relação ao fêmur e proporcionando estabilidade rotacional ao joelho; esta harmonia pode, contudo, ser interrompida pelo desgaste ou lesões deste ligamento (Rousse et al., 2021).

Os ligamentos cruzados conectam os ossos, contribuindo para a estabilidade do joelho, tendo funções de assegurar a estabilidade articular no sentido anteroposterior, permitindo os movimentos de flexão e extensão, mantendo as superfícies articulares do fêmur e da tíbia em contato e restringindo os movimentos nos planos frontais e transversal (Winkler et al., 2021, Roberts et al., 2020).

Fisiopatologia da Lesão do LCA

A lesão do LCA ocorre quando o ligamento é forçado além da sua aptidão elástica, podendo ocorrer uma ruptura parcial ou total (Kaeding et al., 2017). As lesões ligamentares se classificam em grau I, II e III, na lesão de grau I existe um estiramento, mantendo-se a estabilidade da articulação, na lesão de grau II ocorre uma ruptura parcial das fibras do ligamento, originando um ligamento frouxo, e por último, as lesões de grau III vão se caracterizar por uma ruptura total do ligamento, causando assim a instabilidade articular (Gould, 1993).

As lesões do LCA podem ocorrer por traumatismo direto ou indireto, ocorrendo habitualmente diante de uma mudança súbita de direção, paragem repentina, queda incorreta ou então por um contato direto (Rajput e Haddad, 2022).

Estas lesões ocorrem na maioria das vezes por um trauma indireto e podem ocorrer através de vários mecanismos, sendo a mais comum quando o pé está fixado ao chão, e se realiza um movimento de rotação do fêmur sobre a tíbia. Neste momento o joelho, muitas vezes, é submetido a uma força excessiva em valgo (adução), enquanto o pé está plantado ou fixo no chão, essa ação de rotação interna associada a uma adução é o principal movimento de lesão do LCA (Acevedo et al., 2014; Peterson e Krabak, 2014).

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico da lesão se baseia na história e no exame clínico do joelho. Normalmente, os pacientes portadores da lesão de LCA costumam apresentar algia, edema, sensação de instabilidade no joelho, sensibilidade ao longo da interlinha articular, desconforto ao caminhar e perda da amplitude de movimento (Peterson e Krabak, 2014).

A suspeita de lesão no LCA deve levar o médico a realizar um exame físico completo do joelho, testando todas as estruturas do joelho lesionado e comparando com o joelho saudável, podendo assim diagnosticar a maioria das lesões ligamentares. As lesões podem ser avaliadas através de vários testes específicos tais como: teste de Lachman, Pivot Shift, Mac-Intosh e Gaveta Anterior. A positividade nos testes de Mac-Intosh, Gaveta Anterior e Lachman apontam para uma lesão do LCA (Sokal et al., 2022; Coffey et al., 2023; Horvath et al., 2020).

O tratamento depende do tipo de lesão, pois pode se deparar com um ligamento estirado, uma ruptura ligamentar parcial ou uma ruptura completa do ligamento. De uma forma geral, o tratamento conservador é utilizado nas rupturas parciais, sendo que nas rupturas totais opta-se pelo método cirúrgico ou conservador (Boe, 2024; Solomin et al., 2021).

O tratamento conservador visa a analgesia e a estabilização da dinâmica do joelho, através do reforço muscular e do treino proprioceptivo. Este tipo de tratamento consiste no uso de órteses para proteger o joelho de instabilidades, exercícios para fortalecer o joelho e os músculos e mudanças no estilo de vida ou atividades, já o tratamento cirúrgico visa evitar a instabilidade do joelho e promover a restauração da função do ligamento (Boe, 2024)

O tratamento cirúrgico para essa lesão possui como objetivos a restauração da estabilidade fisiológica e da função normal articular, e são utilizados como vias de acesso ao ligamento o método artroscópico, levando à uma menor agressão cirúrgica e à maior facilidade na reabilitação do paciente no pós-operatório imediato (Roussi et al., 2021).

O tratamento deve ser individualizado e adequado à necessidade de cada paciente e aliada à cirurgia de reconstrução ligamentar a abordagem fisioterapêutica é fundamental para a melhoria funcional e, consequentemente, da sua qualidade de vida (Arundale et al., 2023)

A Hidroterapia

Dentro da fisioterapia existe uma gama diversificada de técnicas relacionadas à reabilitação, uma delas é a reabilitação em meio aquático, que é a hidroterapia, uma técnica de reabilitação utilizada a muitos anos realizada dentro da água, em piscinas especificas em uma temperatura adequada a cada patologia (Li et al., 2022).

Nos últimos anos, a hidroterapia se desenvolveu como uma forma de expandir a profundidade e abrangência das opções de tratamento por parte do fisioterapeuta e melhorar as perspectivas de recuperação para muitos indivíduos, principalmente nos indivíduos provenientes de intervenções cirúrgicas (Zhao et al., 2024).

A técnica faz o uso da água em seus diferentes estados e temperaturas, usando seus princípios físicos de flutuação, turbulência, viscosidade, densidade, empuxo e pressão hidrostática (Singh et al., 2021).

Ao longo dos anos, técnicas específicas de tratamento aquático foram evoluindo e sendo desenvolvidas, sendo elas o Watsu, como forma de relaxamento muscular, o método Halliwick para o controle do equilíbrio, método Bad Ragaz para o fortalecimento muscular e a Hidrocinesioterapia com exercícios terapêuticos na água (Schitter et al., 2020; Tapia et al., 2023)

Dos vários benefícios existentes nesse método de tratamento está em, proporcionar ao paciente uma diminuição do seu quadro álgico, relaxamento muscular, aumento da ADM e flexibilidade, restauração precoce da mobilidade articular, redução do edema, aumento do fluxo sanguíneo para os músculos, além de proporcionar uma recuperação o mais agradável possível durante todo o decorrer de seu tratamento (Waining et al., 2011).

Em uma situação em que nosso corpo está imerso em um meio aquático, ele está simultaneamente sofrendo a ação de duas forças: a força da gravidade e a do empuxo. Dentro da água a ação da gravidade é reduzida, desta maneira nos fornecem a possibilidade de realizar exercícios de uma maneira mais harmoniosa e de pouca carga sobre as articulações decorrentes do empuxo, que é a força onde atua de baixo para cima, no sentido contrário ao da força da gravidade. Já a pressão hidrostática e a resistência hídrica são de grande importância para o fortalecimento, que são situações que jamais conseguiríamos realizar fora deste ambiente aquático. Com a redução do impacto articular durante a sessão de hidroterapia, decorrente da diminuição da força gravitacional, há uma redução do quadro álgico, consequência de uma menor compressão nas articulações e uma maior liberdade de movimento, pois auxiliam no movimento das articulações em amplitudes maiores devido à diminuição da dor. Com a redução do impacto articular, permite gerar um maior ganho de amplitude de movimento (ADM) com maior facilidade e de ganho de força em função da resistência hídrica ser constante (Becker. 2009).

A Hidrocinesioterapia no Pós Operatório de LCA

A reabilitação no joelho utilizando a hidrocinesioterapia tem sido uma forte aliada no tratamento pós cirúrgico de LCA, sendo empregada com o intuito  de  iniciar,  de  forma  imediata,  os  movimentos  articulares. Estudos realizados mostraram que ao se comparar o tratamento cinesioterápico com a hidrocinesioterapia, a vantagem da execução de exercícios aquáticos em relação aos em solo é que, além de ser possível atingir benefícios nos diversos componentes da aptidão física, o meio aquático proporciona redução no impacto dos membros inferiores e maior ou menor sobrecarga cardiorrespiratória, de acordo com os movimentos realizados (Alberton e Kruel, 2007).

Os exercícios aquáticos trabalham de forma sistêmica o corpo humano, proporcionando bem estar e é uma modalidade terapêutica segura, pois possibilita os pacientes a se exercitarem na água com segurança (Moini Jazani et al., 2023).

Resultados mostram a importância da hidroterapia na manutenção e melhora do equilíbrio postural em indivíduos com determinadas limitações como é o caso do pós operatório de LCA, uma vez que as propriedades físicas da água permitem a realização de exercícios dificilmente executados em solo, essa vantagem associados à maior ADM também permitido pela água e a sua temperatura elevada, aumentam a mobilidade articular, a resistência muscular, reduzindo a dor e, assim, acelerando o processo de recuperação (Silva et al., 2010).

O programa de tratamento pode ser organizado de acordo com os objetivos, e geralmente começa-se com uma avaliação ampla e completa. Segue-se de um aquecimento, exercícios de alongamentos e fortalecimentos específicos para cada paciente, exercícios aeróbicos, atividades visando funcionalidade e período de resfriamento e relaxamento antes do término (Campion, 2000).

Dentre os principais objetivos do tratamento está a redução do tônus, o relaxamento, aumento da ADM, fortalecimento, tração, alongamento, redução da sensibilidade à dor e espasmos musculares, aumento da resistência, melhora na flexibilidade, no equilíbrio, trabalha a propriocepção, beneficia o sistema pulmonar, cardíaco e circulatório, promove uma normalização na marcha e na resposta neurofuncional, conseguindo-se assim, um treinamento da capacidade funcional como um todo (Eversden et al., 2007).

METODOLOGIA

Para a realização desta revisão de literatura, a busca foi delimitada a artigos científicos publicados entre 2008 e 2024, nos idiomas português e inglês. As bases de dados utilizadas foram PubMed, Lilacs, PEDro e SciELO. Os descritores empregados em português foram: “Ligamento Cruzado Anterior” e “Hidroterapia”, enquanto em inglês utilizaram-se: “Anterior Cruciate Ligament” e “Hydrotherapy”.

Os critérios de inclusão limitaram-se a estudos que atendiam diretamente ao objetivo proposto, enquanto artigos em idiomas diferentes do português e inglês foram excluídos. Essa abordagem buscou garantir a relevância e a qualidade das informações selecionadas para a análise.

RESULTADOS

Após a adoção dos critérios de inclusão foram selecionados 6 artigos na base de dados Scielo, PubMed e LILACS durante o período de tempo de 2008 a 2024.

Tabela 1: Artigos selecionados para demonstrar os efeitos da hidroterapia no pós operatório de Ligamento Cruzado Anterior ( LCA).

Todos os estudos investigados apresentaram delineamento metodológico baseado em ensaios clínicos qualitativos do tipo comparativo. A amostra incluiu homens e mulheres com idades entre 18 e 65 anos, sendo que a maior parte dos participantes era do sexo masculino.

As intervenções realizadas abrangeram diversas técnicas, como exercícios de fortalecimento muscular dos membros inferiores (MMII), exercícios em cadeia cinética aberta (CCA) e cadeia cinética fechada (CCF), treinamento neuromuscular, alongamento, propriocepção, mobilização patelar, massagem cicatricial, mobilidade articular, protocolo PRICE e treino de marcha. Os participantes foram divididos em dois grupos, sendo um submetido a exercícios realizados em solo e o outro a exercícios em meio aquático.

O tempo de tratamento variou entre os estudos. Um dos artigos relatou 10 sessões realizadas ao longo de 21 semanas, enquanto outro descreveu um protocolo de 6 semanas, com duas sessões semanais de 30 minutos cada. Um terceiro estudo apresentou 20 sessões distribuídas ao longo de 13 semanas, e o quarto artigo documentou um protocolo de 9 semanas, com duas sessões semanais de 50 minutos cada.

Para avaliar a evolução dos pacientes, diferentes parâmetros foram utilizados. A Escala Visual Analógica de Dor (EVA) auxiliou na aferição da intensidade da dor, permitindo uma análise mais fidedigna da evolução ao longo do tratamento. A goniometria foi empregada para medir a amplitude de movimento (ADM) dos joelhos; para isso, os pacientes eram posicionados em decúbito ventral (DV) durante os movimentos de flexão e em sedestação para os movimentos de extensão. A perimetria foi usada para mensurar o edema, utilizando uma fita métrica com a articulação do joelho como referência, enquanto os pacientes permaneciam em decúbito dorsal (DD). Além disso, o Questionário de Lysholm foi aplicado ao final do tratamento para avaliar os sintomas e a funcionalidade do joelho, com pontuações que variavam de 0 a 100, sendo 100 representativo de uma função excelente.

Essas metodologias permitiram uma avaliação abrangente e detalhada dos efeitos das intervenções propostas, contribuindo para a identificação de benefícios e para o acompanhamento da evolução dos pacientes ao longo do tratamento.

Após a intervenção, ambos os grupos apresentaram resultados positivos em relação à redução do edema e da dor, além do aumento da amplitude de movimento (ADM). No entanto, houve diferenças significativas no ganho de flexão do joelho nos pacientes do grupo 1, que receberam tratamento cinesioterápico. O artigo 2 utilizou a goniometria para medir os valores de flexão e extensão do joelho, o questionário KOOS para avaliar a percepção dos pacientes sobre o joelho em relação à dor, atividades da vida diária (AVD), função esportiva e qualidade de vida, e o TC6 para medir a distância percorrida em 6 minutos e avaliar a capacidade máxima de oxigênio em atletas.

Os resultados indicaram que, após a intervenção, os três pacientes apresentaram boa evolução durante as fases de tratamento e reabilitação. Os participantes 1 e 2 demonstraram uma melhoria geral entre 16% e 23% na capacidade de caminhada já na fase inicial. O participante 3, entretanto, apresentou menor progresso em sua capacidade de deslocamento durante essa etapa. Em termos de extensão ativa do joelho, todos os três participantes mostraram evolução significativa. O participante 1 não apresentou alterações na extensão, enquanto o participante 3 obteve uma melhoria de 45%, e o participante 2 registrou uma melhora de 66%, com a maior extensão observada ao final do estudo. Todos os participantes já apresentavam uma alta ADM inicial de flexão antes do estudo, resultando em efeitos comparativamente menores nessa variável durante o tratamento.

O terceiro artigo utilizou o teste de gaveta anterior para avaliar a integridade do LCA após a reabilitação aquática, goniometria para medir a ADM de flexão e extensão, e testes de resistência funcional realizados em academia de reabilitação. O paciente apresentou uma recuperação satisfatória com aumento do nível funcional, ausência de sintomas, estabilidade do joelho e retorno à prática esportiva sem dor ou desconforto.

O artigo 4 empregou o Teste Muscular Manual (TMM) para mensurar a força muscular, enquanto a dor foi avaliada por meio da Escala de Avaliação Numérica (NRS), que varia de zero (“sem dor”) a dez (“pior dor possível”). A ADM foi medida com goniômetro, e a circunferência muscular foi registrada para avaliar atrofia da coxa e edema articular. Os resultados mostraram que o grupo submetido à reabilitação na água apresentou maior força muscular e redução mais precoce do edema em comparação ao grupo que realizou os exercícios em solo. A circunferência muscular também apresentou melhores resultados no grupo aquático.

O artigo de número 5 foram utilizados os seguintes instrumentos de avaliação do tipo senso de posição articular (JPS), Escala Visual Analógica (VAS) e o escore do Comitê Internacional de Documentação do Joelho (IKDC). Os resultados demonstraram que ambos os grupos apresentaram melhora significativa nos índices de dor (VAS) e funcionalidade (IKDC), com o grupo submetido à hidroterapia apresentando melhores ganhos na propriocepção e maior eficiência na recuperação funcional.

No último artigo apresentado, as avaliações incluíram a escala de dispneia Borg CR10, força muscular medida pela relação entre pico de torque e peso corporal (PT/BW) e o Score de Lysholm. O grupo aquático apresentou melhores resultados na força muscular dos extensores, propriocepção e desempenho funcional do joelho em comparação ao grupo terrestre, evidenciando a eficácia do treino aquático na reabilitação após reconstrução do LCA.

No geral, todos os estudos demonstraram resultados positivos do tratamento hidroterapêutico em relação à abordagem em solo. O tratamento em meio aquático favoreceu a recuperação funcional, com melhorias significativas na ADM de flexão e extensão do joelho, redução da dor e do edema, e recuperação precoce do movimento, consolidando-se como uma estratégia eficaz para reabilitação.

DISCUSSÃO

Corroborando com o presente estudo, a pesquisa realizada por Belchior et al. comparou o efeito da hidrocinesioterapia em com a cinesioterapia no solo, mostrando que os melhores resultados foram daqueles pacientes que realizaram a hidrocinesioterapia, essa diferença considerável pode estar associada à turbulência da água que gera um ambiente de instabilidade, o que leva o paciente a ter ganhos maiores em relação à sua propriocepção então perdida após a lesão do LCA.

Tovin et al. verificaram que ao utilizarem o tratamento hidrocinesioterapêutico, após a reconstrução de LCA, acarretou em benefícios para a ADM, manutenção do trofismo muscular, maior equilíbrio da relação agonista e antagonista e aumento do pico de torque flexor. Porém, não foi constituida por completo a força muscular extensora, justificam que, provavelmente, isso tenha ocorrido pela redução da gravidade dentro da água, aspecto que é importante no fortalecimento muscular.

Segundo Vieira et al., em relação aos valores de perimetria, foi observado que ambos os grupos estudados tiveram redução de edema quando comparados os valores coletados antes e depois do tratamento. Embora, no grupo que realizou a reabilitação em meio aquático, os valores de redução tenham sido maiores, não houve diferença estatisticamente relevante. Esse acontecimento é apoiado também por Harisson et al., que relatam que a pressão da água reduz significativamente o inchaço por lesão por meio da flutuabilidade, uma das propriedades da água.

A redução do quadro álgico estava presente em ambos os grupos, não havendo diferenças estatisticamente relevantes, apesar do grupo que realizou a reabilitação na água demonstrar melhores resultados de menor intensidade álgica após a reabilitação (Caromano e Nowotny, 2002; Degani, 1998; Hall et al., 2008). Provavelmente em razão da água produzir um relaxamento muscular por conta de sua temperatura aquecida (Andrade et al., 2008).

De acordo com Ruoti et al. o simples movimento através da água juntamente com o alívio da sustentação de peso, ajudam a reduzir a dor e proporcionam a obtenção de arcos articulares maiores. Andrade et al. compararam os benefícios desencadeados pelo tratamento cinesioterapêutico e hidrocinesioterapêutico, em 12 pacientes em pós-operatório de reconstrução de LCA, observando que ambos os grupos relataram melhora nos quesitos avaliados, apresentando diferença apenas no ganho de ADM de joelho no tratamento cinesioterapeutico, o que provavelmente veio da maior facilidade de visualização e das adaptações das compensações manifestadas por eles durante as condutas de alongamentos e mobilizações, agregados à presença das turbulências no meio liquido, que promoviam movimentos rotacionais de tronco na tentativa de ficarem equilibrados nesse meio, o que dificultava, de certa forma, a ação de suas condutas.

Conforme Bates et al. a hidroterapia é um método de importante valor na reabilitação de lesões nos membros inferiores. Os exercícios aquáticos, geralmente são recomendados pela capacidade em permitir de forma precoce a volta segura do paciente para a prática esportiva e suas atividades de vida diária, sendo recomendados durante a fase inicial do programa de reabilitação, fase em que ele necessita de maior atenção; corroborando com Dorta que observou que a hidroterapia é uma ferramenta de grande contribuição para a reabilitação destes pacientes, principalmente no pós-operatório, pois vai propiciar uma reabilitação com uma carga menos agressiva, aumentando a tolerância do participante ao programa de reabilitação.

De acordo com Rios et al. a hidroterapia também é um excelente recurso para a reabilitação no pós-operatório de LCA, uma vez que promove uma menor intensidade álgica, proporciona ganho de força e tônus muscular, aumento da ADM e o retorno precoce de pacientes a suas funções diárias, e no caso de atletas, uma volta mais rápida e efetiva ao esporte.

Em comparação com outras técnicas, a hidroterapia tem se mostrado mais benéfica, pois pode ser usada mesmo quando o paciente apresenta um quadro de dor, inflamação, retração, espasmo muscular e limitação da ADM, e por fornecer a ele um ambiente controlável e apropriado para a restauração de suas habilidades funcionais (Campion, 2000).

CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos neste estudo, conclui-se que a hidroterapia se apresenta como um recurso terapêutico altamente eficaz no tratamento pós-operatório de lesões do ligamento cruzado anterior (LCA). A combinação de técnicas e exercícios aquáticos com a cinesioterapia demonstrou atender às necessidades específicas de cada paciente durante a reabilitação, promovendo uma recuperação mais segura e eficiente.

A reabilitação aquática, associada à cinesioterapia, mostrou impacto positivo em diversos sistemas orgânicos, auxiliando os profissionais na elaboração de programas de tratamento personalizados. Esses programas visam o alívio da dor, a prevenção da perda de massa muscular, a redução ou controle do edema e a melhora do equilíbrio, além de fomentar uma maior independência funcional nos pacientes.

Os achados deste estudo destacam a relevância da hidroterapia como uma abordagem terapêutica no contexto da reabilitação e reforçam sua importância tanto na prática clínica quanto no campo acadêmico. No entanto, embora os resultados sejam consistentes e promissores, novas pesquisas são recomendadas para aprofundar o entendimento sobre o tema. Estudos futuros podem explorar variáveis como o tempo ideal de tratamento, o tipo específico de lesão e a funcionalidade de cada paciente, contribuindo para o desenvolvimento de abordagens ainda mais eficazes e individualizadas na reabilitação de lesões do LCA.

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