PSYCHOLOGICAL IMPACT OF HOSPITALIZATION ON ONCOLOGICAL PATIENTS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202502280942
Luís Filipe Bonaparte Milhomem1
Resumo
Este estudo aborda o impacto psicológico da hospitalização em pacientes oncológicos, um tema que envolve desafios emocionais, sociais e contextuais. A hospitalização, ao promover uma ruptura com a rotina e inserir o paciente em um ambiente despersonalizante, intensifica sentimentos de isolamento, vulnerabilidade e incerteza. O objetivo foi analisar, por meio de uma revisão de literatura, os principais fatores psicológicos envolvidos na hospitalização oncológica, as práticas humanizadas e as estratégias de intervenção psicossocial. A metodologia baseou-se em uma revisão narrativa de literatura, com seleção de estudos publicados entre 2020 e 2024, utilizando bases de dados como SciELO, PubMed e Periódicos CAPES. Foram adotados critérios de inclusão como relevância temática e qualidade acadêmica, e os dados foram analisados qualitativamente, organizados em categorias temáticas. Os resultados evidenciaram que a hospitalização intensifica sintomas de ansiedade, depressão e estresse, com maior impacto em internações prolongadas e em pacientes pediátricos. O suporte psicológico mostrou-se essencial para mitigar os efeitos da despersonalização e promover resiliência emocional, com destaque para a psico-oncologia como abordagem integrativa. A pandemia de COVID-19 revelou a necessidade de estratégias adaptadas, como intervenções remotas. Conclui-se que o suporte psicológico, fundamentado na humanização do cuidado e na valorização da subjetividade do paciente, é indispensável para enfrentar os desafios da hospitalização oncológica. Este estudo reforça a importância de intervenções personalizadas e a necessidade de aprofundar a compreensão das dinâmicas psicossociais.
Palavras-chave: Impacto psicológico. Hospitalização oncológica. Psico-oncologia. Práticas humanizadas.
1. INTRODUÇÃO
A hospitalização de pacientes oncológicos envolve um processo complexo que transcende os aspectos biológicos da doença. Além do tratamento físico, a hospitalização apresenta desafios emocionais, sociais e psicológicos que podem impactar diretamente a qualidade de vida dos pacientes. O câncer, enquanto doença de caráter crônico e potencialmente fatal, desperta sentimentos de incerteza e medo, muitas vezes associados a um processo de hospitalização que pode agravar estados de ansiedade e depressão (Naser et al., 2021). Assim, compreender o impacto psicológico dessa experiência é essencial para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas humanizadas e integrativas.
No contexto hospitalar, a psico-oncologia surge como uma área de interseção entre psicologia e oncologia, objetivando oferecer suporte emocional aos pacientes e seus familiares (Pio e Andrade, 2020). A hospitalização, longe de ser apenas uma interrupção temporária da rotina, pode ser vivenciada como uma ruptura de identidade e autonomia. Estudos apontam que os pacientes frequentemente enfrentam sentimentos de impotência, isolamento e estresse, que podem levar ao desenvolvimento de transtornos psicológicos (Caruso e Breitbart, 2020). O apoio psicológico torna-se indispensável para ajudar o paciente a lidar com as incertezas do diagnóstico, os efeitos colaterais dos tratamentos e o impacto social da hospitalização.
A hospitalização para tratamento oncológico pode, em muitos casos, desencadear ou intensificar sintomas depressivos e ansiosos, em especial em mulheres com câncer de mama. A interação entre fatores biológicos e contextuais contribui para o aumento da vulnerabilidade emocional durante o período de internação (Barbosa et al., 2023). Além disso, as mudanças impostas pela doença e o ambiente hospitalar — caracterizado muitas vezes por uma atmosfera estéril e impessoal — podem intensificar sentimentos de desconexão e desesperança. Esses elementos ressaltam a importância de estratégias que visem ao acolhimento e ao fortalecimento emocional dos pacientes.
Em paralelo, a hospitalização durante períodos de crise sanitária, como a pandemia de COVID-19, apresentou desafios ainda maiores. A limitação de visitas, a intensificação do medo do contágio e a sobrecarga dos profissionais de saúde aumentaram o nível de estresse emocional em pacientes oncológicos (Oliveira et al., 2021). Nesse contexto, os psicólogos hospitalares enfrentaram o desafio de adaptar suas abordagens terapêuticas, promovendo intervenções que equilibrassem os cuidados presenciais e as modalidades remotas, preservando a qualidade do atendimento e o vínculo com o paciente.
A ética e o acolhimento são pilares fundamentais no tratamento humanizado dos pacientes oncológicos hospitalizados. Conforme apontado por Guimarães et al. (2023), a humanização no cuidado vai além da técnica médica, incluindo o respeito à subjetividade do paciente e o reconhecimento de suas necessidades emocionais. O atendimento humanizado promove não apenas o alívio do sofrimento psíquico, mas também fortalece a adesão ao tratamento, evidenciando a interconexão entre saúde física e mental.
Apesar do avanço nas práticas de humanização e suporte emocional, ainda existem lacunas na literatura e na prática clínica acerca dos impactos psicológicos da hospitalização oncológica. A vivência do paciente hospitalizado varia significativamente conforme fatores individuais, sociais e culturais, destacando a necessidade de estudos que aprofundem a compreensão dessas especificidades. Assim, justifica-se a realização deste estudo pelo crescente número de hospitalizações oncológicas e pela relevância do suporte psicológico no enfrentamento do câncer. A problemática central reside na investigação de como a hospitalização afeta a saúde mental dos pacientes e quais estratégias podem ser mais eficazes para minimizar os impactos negativos dessa experiência.
Dessa forma, este estudo tem como objetivo geral analisar o impacto psicológico da hospitalização em pacientes oncológicos, com foco na identificação de desafios emocionais e das estratégias de suporte psicológico mais eficazes. Especificamente, busca-se: (1) compreender os fatores emocionais mais frequentemente relatados por pacientes hospitalizados; (2) identificar os desafios enfrentados por psicólogos no manejo dessas questões; e (3) propor intervenções que promovam maior bem-estar emocional e qualidade de vida aos pacientes durante o período de hospitalização.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Aspectos Psicológicos da Hospitalização em Pacientes Oncológicos
A hospitalização é um momento marcante na trajetória do paciente oncológico, caracterizada por mudanças significativas em sua rotina, identidade e autonomia. Ao ser hospitalizado, o paciente encontra-se em um ambiente desconhecido, que frequentemente representa uma ruptura com a normalidade e a vivência cotidiana, trazendo consigo desafios emocionais e psicológicos profundos. Esses desafios estão diretamente associados ao impacto da doença e à necessidade de lidar com um contexto de vulnerabilidade e incerteza (Silva et al., 2023).
No ambiente hospitalar, a perda de controle sobre a própria vida é uma das experiências mais desafiadoras para o paciente oncológico. A dependência de terceiros para atividades básicas, associada às restrições impostas pela internação, gera sentimentos de impotência, que podem ser agravados pelo curso imprevisível da doença (Battistello e Leal-Conceição, 2022). Estudos apontam que, nesses casos, é comum o surgimento de sintomas como ansiedade, depressão e estresse, configurando um quadro de sofrimento psíquico que impacta negativamente a qualidade de vida do indivíduo (Pio e Andrade, 2020).
Além disso, a hospitalização priva o paciente de seu espaço pessoal e social, intensificando sentimentos de isolamento. Esse afastamento do convívio familiar e social frequentemente resulta em uma sensação de desconexão, o que pode comprometer o bem-estar emocional. Segundo Araújo et al. (2023), a esperança surge como um recurso importante para enfrentar essas adversidades, sendo vista como um elemento mobilizador e capaz de sustentar a resiliência do paciente ao longo do tratamento. A perspectiva de dias melhores, mesmo em meio às dificuldades, auxilia o indivíduo a manter uma visão mais positiva sobre seu futuro.
Outro aspecto relevante diz respeito à interação do paciente com o ambiente hospitalar e com a equipe de saúde. A forma como os profissionais lidam com o paciente oncológico pode ser determinante para sua experiência emocional durante a internação. Conforme Oliveira et al. (2021), a relação entre o paciente e os profissionais deve ir além da abordagem técnica, incorporando práticas de acolhimento e suporte psicológico que considerem as particularidades de cada indivíduo. O cuidado humanizado contribui para a redução do sofrimento psíquico e favorece a adesão ao tratamento.
Os fenômenos psicológicos relacionados à hospitalização também variam de acordo com o tempo de permanência no hospital. Pacientes submetidos a internações prolongadas, como frequentemente ocorre no tratamento oncológico, apresentam maior propensão ao desenvolvimento de transtornos emocionais, dada a repetição e intensidade das experiências de vulnerabilidade e incerteza (Battistello e Leal-Conceição, 2022). Essa condição reforça a importância de intervenções psicossociais que promovam não apenas o alívio dos sintomas emocionais, mas também estratégias de enfrentamento mais eficazes.
O impacto psicológico da hospitalização é ainda mais evidente quando analisado à luz da gravidade do diagnóstico oncológico. A natureza potencialmente fatal do câncer desperta sentimentos de medo e desesperança, que podem ser exacerbados pela experiência de internação. Esse cenário, segundo Pio e Andrade (2020), demanda a atuação ativa do psicólogo hospitalar, que tem o papel de mediar conflitos emocionais, fortalecer a resiliência do paciente e facilitar a aceitação do tratamento.
A pandemia de COVID-19 acrescentou novas camadas de complexidade ao impacto psicológico da hospitalização de pacientes oncológicos. As restrições de visitas, associadas ao medo de contágio e à sobrecarga dos sistemas de saúde, intensificaram o isolamento e o sofrimento emocional dos pacientes durante esse período. A adaptação das práticas psicológicas, com a inclusão de atendimentos virtuais e estratégias criativas de suporte, foi essencial para mitigar os efeitos negativos dessa conjuntura (Oliveira et al., 2021).
A hospitalização também desafia o paciente a encontrar formas de lidar com a perda de autonomia e com as incertezas do tratamento. Nesse processo, o suporte emocional oferecido pelos familiares e pela equipe de saúde desempenha papel central. Estudos ressaltam que a construção de um vínculo de confiança entre o paciente e os profissionais é fundamental para minimizar o impacto emocional da internação (Silva et al., 2023). Essa abordagem favorece o enfrentamento das adversidades e fortalece o senso de pertencimento e acolhimento.
Outro fator determinante para o impacto psicológico da hospitalização é a individualidade do paciente. Variáveis como idade, gênero, suporte social e histórico prévio de saúde mental influenciam diretamente a forma como cada indivíduo vivencia a internação e responde aos desafios emocionais associados a ela (Araújo et al., 2023). Por isso, as intervenções devem ser adaptadas às particularidades de cada caso, respeitando as diferenças individuais e culturais.
2.2 Desafios no Manejo Psicológico e o Papel do Psicólogo Hospitalar
O psicólogo hospitalar desempenha um papel fundamental na assistência a pacientes oncológicos, enfrentando desafios complexos que vão além do suporte emocional, abrangendo questões éticas, estruturais e contextuais. No contexto hospitalar, o manejo psicológico exige habilidades específicas para lidar com o sofrimento humano em um ambiente permeado por fragilidades físicas e emocionais, frequentemente exacerbadas pela gravidade do diagnóstico e pela hospitalização prolongada (Cunha et al., 2021). Essa atuação se caracteriza pela necessidade de construir estratégias que aliem conhecimentos técnicos e uma abordagem humanizada.
A hospitalização, enquanto experiência de descontinuidade com a vida cotidiana, intensifica sentimentos de impotência e vulnerabilidade, demandando do psicólogo uma abordagem que vá além do tratamento pontual. Segundo Carvalho et al. (2022), um dos maiores desafios da prática psicológica no ambiente hospitalar é a despersonalização do paciente, frequentemente reduzido a sua condição clínica e a um número de prontuário. Esse processo pode gerar um distanciamento emocional e prejudicar o vínculo terapêutico, evidenciando a importância de intervenções que resgatem a subjetividade e a dignidade do paciente.
A prática da psicologia hospitalar também enfrenta desafios estruturais, como a insuficiência de recursos humanos e materiais em muitas instituições. A sobrecarga de trabalho e a escassez de profissionais especializados limitam a capacidade de oferecer atendimento psicológico integral, comprometendo a qualidade do suporte oferecido (Souza et al., 2024). Além disso, a precarização dos sistemas de saúde em algumas regiões do Brasil aumenta a complexidade da atuação, exigindo do psicólogo hospitalar criatividade e resiliência para lidar com as adversidades.
Outro aspecto relevante diz respeito ao equilíbrio entre o apoio emocional ao paciente e o suporte à equipe multiprofissional. Os psicólogos hospitalares frequentemente assumem o papel de mediadores em situações de conflito e de educadores sobre a importância do cuidado emocional na prática clínica. Segundo Melo e César (2024), essa função demanda competências interpessoais e pedagógicas, além de uma compreensão aprofundada das dinâmicas institucionais. A construção de um ambiente colaborativo é essencial para que o cuidado psicológico seja integrado ao tratamento médico de forma efetiva.
No contexto oncológico, os desafios são ainda mais evidentes devido à carga emocional associada à gravidade da doença. Pacientes diagnosticados com câncer enfrentam medos relacionados à morte, ao sofrimento físico e às mudanças em sua identidade pessoal e social. Para o psicólogo hospitalar, o manejo dessas questões exige uma abordagem que leve em conta a singularidade de cada indivíduo, promovendo a elaboração do sofrimento e a aceitação do processo de adoecimento (Grincenkov, 2020). Esse suporte contribui para melhorar a qualidade de vida do paciente e sua adesão ao tratamento.
A pandemia de COVID-19 trouxe novos desafios para a prática da psicologia hospitalar, evidenciando a necessidade de adaptações rápidas e eficazes. O distanciamento físico, as restrições de visitas e o aumento da ansiedade coletiva impactaram profundamente o estado emocional dos pacientes hospitalizados, incluindo os oncológicos. Conforme Grincenkov (2020), os psicólogos tiveram que desenvolver estratégias inovadoras, como atendimentos remotos e intervenções em grupo mediadas por tecnologia, para minimizar o impacto dessas mudanças. Essa experiência reforçou a importância da flexibilidade e da criatividade na atuação hospitalar.
Além do manejo individual do sofrimento, o psicólogo hospitalar desempenha um papel importante na promoção da humanização do cuidado em saúde. Essa abordagem inclui ações que resgatam o protagonismo do paciente no processo terapêutico e garantem o respeito à sua subjetividade e autonomia. Cunha et al. (2021) destacam que o cuidado humanizado não é apenas um ideal ético, mas uma estratégia que tem impacto direto na eficácia do tratamento e no bem-estar do paciente. A humanização exige o reconhecimento das necessidades emocionais, sociais e culturais dos indivíduos, permitindo intervenções mais empáticas e assertivas.
A formação do psicólogo hospitalar também é um ponto de atenção, visto que a atuação nesse contexto requer habilidades específicas que nem sempre são abordadas de maneira aprofundada nos currículos de graduação. Conforme Souza et al. (2024), a integração entre ensino e prática ainda enfrenta desafios significativos no Brasil, o que reforça a necessidade de capacitações continuadas e de estágios supervisionados em ambiente hospitalar. Essa formação prática permite o desenvolvimento de competências essenciais, como a habilidade de lidar com o sofrimento e a resiliência emocional frente às adversidades.
A ética é um componente central na prática do psicólogo hospitalar, especialmente no manejo de pacientes oncológicos. Dilemas éticos frequentemente surgem no contexto hospitalar, como a comunicação de diagnósticos graves, a abordagem de questões relacionadas à terminalidade e a mediação de conflitos entre pacientes, familiares e equipe de saúde. Carvalho et al. (2022) enfatizam que o psicólogo precisa atuar com sensibilidade e profissionalismo, garantindo que o paciente tenha suas vontades respeitadas e que suas decisões sejam apoiadas de forma ética.
2.3 Práticas Humanizadas e Estratégias de Intervenção Psicossocial no Contexto Oncológico
No contexto oncológico, a humanização do cuidado e as estratégias de intervenção psicossocial são aspectos essenciais para o enfrentamento das demandas físicas e emocionais dos pacientes. A prática humanizada vai além da técnica médica, incluindo a valorização do sujeito em sua totalidade, considerando aspectos emocionais, sociais, culturais e espirituais. Nesse cenário, a psico-oncologia desempenha um papel central ao oferecer suporte psicológico que integra o cuidado clínico com intervenções voltadas para o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares (Souza et al., 2022).
A humanização do cuidado oncológico implica o reconhecimento do paciente como sujeito ativo em seu processo de tratamento. No entanto, esse princípio é frequentemente desafiado pelo ambiente hospitalar, que pode promover uma visão despersonalizada e fragmentada do indivíduo. Segundo Santana et al. (2022), a escuta psicológica torna-se uma ferramenta essencial para resgatar a subjetividade do paciente, reconhecendo-o como um ser único, com histórias e vivências que precisam ser compreendidas e acolhidas. A prática da escuta ativa permite que o paciente se sinta ouvido e validado em suas emoções, contribuindo para a construção de um vínculo de confiança com a equipe de saúde.
As intervenções psicossociais no contexto hospitalar oncológico abrangem uma variedade de estratégias, que vão desde a realização de grupos terapêuticos até abordagens individuais de suporte emocional. No caso de pacientes pediátricos, as intervenções precisam considerar a vulnerabilidade emocional e o impacto do câncer no desenvolvimento infantil. Conforme Alves e Mesquita (2024), as ações voltadas para o público infantil incluem atividades lúdicas, técnicas expressivas e suporte psicológico que ajudam a reduzir a ansiedade e promovem a compreensão do tratamento de forma adaptada à faixa etária.
Outro aspecto fundamental das práticas humanizadas é a atenção às necessidades emocionais das mulheres em tratamento oncológico, especialmente em casos de câncer de mama. Estudos apontam que esse grupo apresenta desafios emocionais específicos, como alterações na autoimagem, impacto na sexualidade e dificuldades em lidar com os papéis sociais e familiares durante o tratamento. Xavier et al. (2022) destacam que o suporte psicológico a essas pacientes deve incluir intervenções que reforcem a autoestima, promovam a resiliência e ofereçam um espaço seguro para a elaboração de medos e inseguranças.
A intervenção psicossocial no contexto oncológico também precisa considerar a rede de apoio dos pacientes, especialmente a família, que muitas vezes é diretamente afetada pelo diagnóstico e pelo tratamento. O impacto do câncer nos familiares pode variar de acordo com a dinâmica familiar, o papel desempenhado pelo paciente no grupo e as mudanças impostas pela doença no cotidiano. Segundo Santos et al. (2024), o cuidado humanizado deve incluir estratégias de suporte à família, promovendo espaços de acolhimento e escuta que permitam a expressão de emoções e a construção de estratégias de enfrentamento coletivo.
No caso de crianças e adolescentes com câncer, o impacto emocional nos cuidadores, especialmente os pais, pode ser significativo. A sobrecarga emocional e as demandas práticas impostas pelo tratamento muitas vezes geram altos níveis de estresse e ansiedade nos familiares, que precisam lidar com a incerteza do prognóstico e a adaptação a novas rotinas. Santana et al. (2022) ressaltam a importância de intervenções que ofereçam suporte emocional aos pais, ajudando-os a manter um equilíbrio entre o cuidado do filho e o autocuidado.
O cuidado paliativo é outro contexto em que as práticas humanizadas e as intervenções psicossociais se tornam fundamentais. Nessa fase do tratamento, o objetivo não é a cura, mas o alívio do sofrimento e a promoção da qualidade de vida, tanto para o paciente quanto para seus familiares. Alves e Mesquita (2024) destacam que, no cuidado paliativo infantil, é essencial promover uma comunicação aberta, respeitosa e adaptada à compreensão da criança, além de oferecer suporte psicológico contínuo para ajudar a família a lidar com o processo de terminalidade.
A psico-oncologia também destaca a importância de considerar aspectos culturais e espirituais nas práticas humanizadas. A espiritualidade frequentemente emerge como uma fonte de força e conforto para pacientes e familiares durante o enfrentamento do câncer. As intervenções psicossociais podem incluir práticas que respeitem e integrem as crenças e valores dos pacientes, promovendo um cuidado que abrange todas as dimensões do ser humano (Souza et al., 2022). Essa abordagem contribui para a ressignificação do sofrimento e para a construção de estratégias de enfrentamento mais adaptativas.
A construção de uma relação terapêutica sólida é um componente central das práticas humanizadas. Essa relação baseia-se na empatia, no respeito e na compreensão das necessidades do paciente. Xavier et al. (2022) apontam que a confiança estabelecida entre o psicólogo e o paciente favorece a expressão emocional e facilita o enfrentamento dos desafios do tratamento. Além disso, o vínculo terapêutico é uma ferramenta essencial para identificar fatores de risco para transtornos psicológicos e para planejar intervenções personalizadas.
3. METODOLOGIA
Este estudo configura-se como uma revisão de literatura, cujo objetivo é investigar o impacto psicológico da hospitalização em pacientes oncológicos, explorando aspectos relacionados às práticas humanizadas e às intervenções psicossociais. A revisão de literatura é uma metodologia que permite a análise e a síntese de estudos previamente publicados, oferecendo uma visão abrangente sobre determinado tema e contribuindo para a identificação de lacunas e tendências na área de pesquisa. A condução desta revisão foi baseada em etapas sistemáticas que garantem rigor científico e confiabilidade nas conclusões.
Para a realização da pesquisa, foram consultadas bases de dados reconhecidas pela comunidade acadêmica, como SciELO, PubMed, Google Scholar, Periódicos CAPES e ResearchGate. Essas plataformas foram selecionadas por sua ampla cobertura e acessibilidade a publicações relevantes. A busca pelos artigos foi conduzida utilizando descritores específicos, combinados por operadores booleanos como “AND”, “OR” e “NOT”, o que possibilitou refinar os resultados e garantir a pertinência das produções selecionadas. Os principais termos utilizados incluíram expressões como “Psico-oncologia AND hospitalização”, “Impacto psicológico AND pacientes oncológicos”, “Humanização do cuidado AND oncologia”, “Intervenções psicossociais AND câncer” e “Psicologia hospitalar AND suporte emocional”.
A seleção das fontes seguiu critérios rigorosos de inclusão e exclusão para assegurar a qualidade e relevância dos estudos analisados. Foram incluídos artigos publicados entre 2020 e 2024, com idioma restrito a português, inglês ou espanhol, e que abordassem diretamente os temas centrais do estudo. Apenas produções indexadas em revistas científicas de reconhecida qualidade foram consideradas. Por outro lado, estudos que não apresentassem relação direta com o tema, artigos sem acesso ao texto completo ou duplicados entre as bases de dados foram excluídos.
A análise dos dados obtidos ocorreu em três etapas principais. Na primeira, os títulos e resumos das publicações identificadas foram avaliados, a fim de verificar sua relevância inicial para o estudo. Em seguida, os textos completos dos artigos selecionados foram lidos e analisados para confirmar sua contribuição ao tema. Por fim, os dados extraídos foram organizados e categorizados conforme os objetivos do estudo, abordando aspectos psicológicos da hospitalização, os desafios enfrentados pelos psicólogos hospitalares e as práticas humanizadas no cuidado oncológico. Essa sistematização permitiu a construção de uma síntese crítica e fundamentada dos resultados.
Os dados foram tratados por meio de análise qualitativa, utilizando a técnica de análise de conteúdo, o que possibilitou a identificação de categorias temáticas emergentes. Esses temas foram organizados em torno das principais questões exploradas na revisão, incluindo o impacto emocional da hospitalização, o papel do psicólogo hospitalar e as estratégias de intervenção voltadas para a humanização do cuidado. Tal abordagem facilitou a integração das informações obtidas em diferentes estudos, promovendo uma compreensão ampla e profunda das questões envolvidas.
A revisão de literatura, por não envolver coleta de dados diretamente com seres humanos, dispensa a necessidade de submissão a um Comitê de Ética em Pesquisa. No entanto, foi garantido o cumprimento dos princípios éticos e acadêmicos, com a devida citação de todas as fontes utilizadas e respeito aos direitos autorais. Dessa forma, o estudo adere às normas de integridade científica, assegurando sua confiabilidade e contribuição para a área de conhecimento.
Ao adotar um percurso metodológico estruturado, este estudo busca proporcionar uma visão integrada sobre os desafios psicológicos e emocionais enfrentados por pacientes oncológicos durante a hospitalização. Além disso, ao destacar a importância das práticas humanizadas e das intervenções psicossociais, a pesquisa reforça a relevância da psico-oncologia como campo interdisciplinar que promove a saúde integral e a qualidade de vida dos pacientes. Por meio dessa revisão, espera-se não apenas contribuir para a literatura existente, mas também oferecer subsídios teóricos e práticos para a melhoria das abordagens terapêuticas no contexto hospitalar oncológico.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O impacto psicológico da hospitalização em pacientes oncológicos é um tema amplamente discutido na literatura, destacando a complexidade de aspectos emocionais, sociais e culturais que permeiam essa vivência. A hospitalização, ao representar uma ruptura com a vida cotidiana e inserir o paciente em um ambiente frequentemente despersonalizante, evidencia a importância de abordagens humanizadas e intervenções psicossociais que priorizem a saúde mental. Este estudo analisou diferentes publicações sobre o tema, promovendo uma discussão crítica das contribuições de cada autor e confrontando as ideias apresentadas.
Silva et al. (2023) destacam que a hospitalização de pacientes oncológicos, especialmente em unidades de terapia intensiva (UTI), intensifica o sentimento de privação do “mundo privado”. O ambiente da UTI, com sua atmosfera técnica e impessoal, despersonaliza o paciente, que frequentemente se sente reduzido à sua condição clínica. Esse contexto promove um quadro de ansiedade, estresse e perda de autonomia, exigindo intervenções que resgatem a subjetividade do indivíduo e promovam a conexão com aspectos de sua identidade. Os autores enfatizam que a presença de um suporte psicológico efetivo pode ajudar os pacientes a enfrentar esse ambiente desafiador.
Em consonância, Battistello e Leal-Conceição (2022) investigaram os fenômenos psicológicos em pacientes oncológicos submetidos a hospitalizações prolongadas. Os resultados apontam para o aumento da vulnerabilidade emocional, com destaque para sintomas depressivos e ansiosos relacionados à incerteza do tratamento e ao isolamento social. A hospitalização prolongada também foi associada à sensação de aprisionamento e à dificuldade em manter vínculos com o mundo exterior. A pesquisa sublinha a necessidade de estratégias que reduzam a sensação de isolamento e que fortaleçam o vínculo do paciente com sua rede de apoio.
Pio e Andrade (2020), ao abordar a atuação da psico-oncologia, ressaltam que o suporte psicológico no ambiente hospitalar deve ser ampliado para incluir os familiares, que muitas vezes compartilham do sofrimento emocional gerado pelo diagnóstico e pela hospitalização. Os autores argumentam que o cuidado humanizado envolve a criação de espaços seguros para a expressão emocional de pacientes e familiares, promovendo um enfrentamento mais saudável do câncer. Essa abordagem integrativa, segundo os autores, contribui para a redução do sofrimento psíquico e para a melhoria da qualidade de vida.
Araújo et al. (2023) focam na esperança como recurso de enfrentamento para pacientes oncológicos hospitalizados. O estudo demonstra que a esperança atua como um fator de proteção emocional, promovendo resiliência e ajudando os pacientes a enfrentarem os desafios do tratamento. Intervenções psicológicas que estimulam a esperança, como narrativas positivas e fortalecimento de redes de apoio, foram apontadas como estratégias eficazes para promover o bem-estar emocional durante a hospitalização.
Por outro lado, Oliveira et al. (2021) analisaram o impacto da pandemia de COVID-19 no manejo psicológico de pacientes oncológicos hospitalizados. As restrições de visitas e o aumento do medo do contágio intensificaram o sofrimento emocional dos pacientes, ampliando a sensação de isolamento. Os autores destacam que, nesse contexto, os psicólogos hospitalares tiveram que adotar práticas adaptadas, como o uso de tecnologias para suporte remoto, para garantir que o cuidado psicológico fosse mantido. Apesar das limitações, essas estratégias foram eficazes para minimizar os impactos emocionais do período.
Ao confrontar essas contribuições, é possível observar convergências significativas entre os estudos analisados. Todos enfatizam a importância do suporte psicológico no enfrentamento dos desafios emocionais impostos pela hospitalização. Silva et al. (2023) e Battistello e Leal-Conceição (2022) convergem na identificação do impacto despersonalizante do ambiente hospitalar e na necessidade de intervenções que resgatem a subjetividade do paciente. Entretanto, enquanto o primeiro estudo foca na privação do “mundo privado” na UTI, o segundo amplia a discussão para hospitalizações de longa duração, abordando o impacto cumulativo do isolamento e da incerteza.
A integração da família no cuidado psicológico, destacada por Pio e Andrade (2020), contrasta com o enfoque individualizado de outros estudos. Essa perspectiva amplia o escopo do cuidado humanizado, reconhecendo que o sofrimento oncológico é compartilhado e que os familiares também necessitam de suporte emocional. Essa ideia é complementada pela abordagem de Araújo et al. (2023), que enfatiza a esperança como um recurso de enfrentamento tanto para pacientes quanto para suas redes de apoio.
Por sua vez, Oliveira et al. (2021) oferecem uma perspectiva diferenciada ao abordar os desafios específicos impostos pela pandemia de COVID-19. Embora os autores discutam estratégias inovadoras para minimizar os impactos emocionais, o estudo também evidencia as limitações do suporte remoto e a dificuldade de manter a humanização em um contexto de crise sanitária. Essa discussão destaca a necessidade de maior flexibilidade e criatividade por parte dos psicólogos hospitalares em situações adversas.
A partir da análise dos estudos, é evidente que o impacto psicológico da hospitalização em pacientes oncológicos é multifacetado, envolvendo fatores individuais, familiares e contextuais. Embora as contribuições dos autores se complementem em diversos aspectos, também é possível identificar lacunas na integração dessas perspectivas. Por exemplo, enquanto a despersonalização do ambiente hospitalar é amplamente discutida, há pouca ênfase na relação entre essas experiências e fatores culturais ou socioeconômicos que podem influenciar a vivência da hospitalização.
Além disso, o papel dos psicólogos hospitalares é frequentemente abordado de maneira genérica, sem detalhamento das práticas específicas mais eficazes para cada perfil de paciente. As contribuições de Oliveira et al. (2021) sobre as práticas adaptadas na pandemia demonstram a necessidade de um olhar mais atento às intervenções contextuais, que podem variar de acordo com as circunstâncias e necessidades dos pacientes.
Em suma, a discussão dos resultados evidencia a relevância de estratégias integrativas que priorizem o cuidado humanizado e a subjetividade do paciente oncológico. A hospitalização é um momento crítico que exige intervenções personalizadas e sensíveis às demandas emocionais e sociais dos pacientes e seus familiares. A psico-oncologia, como campo interdisciplinar, desempenha um papel fundamental na promoção da saúde mental e na construção de um modelo de cuidado mais abrangente e eficaz.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir desta revisão de literatura, conclui-se que o impacto psicológico da hospitalização em pacientes oncológicos é uma experiência multifacetada, marcada por desafios emocionais, sociais e contextuais. A hospitalização, ao interromper a rotina e inserir o paciente em um ambiente frequentemente despersonalizante, intensifica sentimentos de vulnerabilidade, isolamento e incerteza, o que reforça a importância de intervenções que priorizem a saúde mental e o cuidado humanizado.
Os estudos analisados evidenciam que o suporte psicológico desempenha um papel central no enfrentamento das adversidades associadas à hospitalização, tanto para os pacientes quanto para seus familiares. A atuação da psico-oncologia emerge como uma abordagem essencial, promovendo estratégias que resgatam a subjetividade do paciente, fortalecem vínculos afetivos e estimulam recursos emocionais como a resiliência e a esperança. Essas intervenções, além de melhorar a qualidade de vida, favorecem a adesão ao tratamento e auxiliam na redução do sofrimento psíquico.
Destacou-se, ainda, que o papel do psicólogo hospitalar vai além do atendimento individualizado, abrangendo a mediação de conflitos emocionais e a promoção da humanização do cuidado em saúde. No entanto, desafios estruturais e contextuais, como as limitações impostas pela pandemia de COVID-19 e a sobrecarga dos sistemas de saúde, exigem criatividade e flexibilidade na prática psicológica. A integração de abordagens presenciais e remotas foi uma alternativa eficaz em cenários adversos, mas revelou lacunas na equidade do acesso e na manutenção do vínculo terapêutico.
Apesar dos avanços, permanecem lacunas na literatura e na prática clínica, especialmente em relação à diversidade cultural e às especificidades de diferentes grupos de pacientes. É fundamental que futuras pesquisas e intervenções considerem esses aspectos, ampliando a compreensão das dinâmicas psicossociais no contexto hospitalar oncológico. Assim, este estudo reafirma a necessidade de estratégias integrativas e personalizadas que reconheçam o paciente em sua totalidade, promovendo um cuidado ético, empático e centrado na dignidade humana.
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1ORCID https://orcid.org/0000-0001-6341-2385