REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202505251604
Estefânia Franciele da Silva, Ana Carolina Lima de Oliveira, Karina Aparecida da Silva, Vitoria Helena Campos de Freitas, Josiane Pinheiro Botelho, Alice Baltar Faria, Victoria Ravenny Fontes Rodrigues, Orientadora: Andreia Andrade dos Santos
Resumo
O sedentarismo é reconhecido como um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, estando associado à maior morbimortalidade global. Esta revisão narrativa teve como objetivo analisar os efeitos do comportamento sedentário na saúde cardiovascular, abordando mecanismos fisiopatológicos, dados epidemiológicos e estratégias de intervenção. Os achados da literatura reforçam a urgência de medidas educativas e políticas públicas voltadas à promoção da atividade física regular como estratégia essencial para a prevenção de doenças cardiovasculares.
Palavras-chave: Sedentarismo, Doença cardiovascular, Prevenção, Atividade física, Saúde pública.
Abstract
Sedentary behavior is recognized as a major risk factor for cardiovascular disease, associated with increased global morbidity and mortality. This narrative review aimed to analyze the effects of sedentary behavior on cardiovascular health, discussing pathophysiological mechanisms, epidemiological data, and intervention strategies. The findings highlight the urgent need for educational and public health policies to promote regular physical activity as an essential strategy for preventing cardiovascular diseases.
Keywords: Sedentary lifestyle, Cardiovascular disease, Prevention, Physical activity, Public health.
1. Introdução
As doenças cardiovasculares (DCV) permanecem como a principal causa de morte no mundo, representando cerca de 32% de todos os óbitos (WHO, 2023). O sedentarismo, caracterizado por baixos níveis de atividade física, tem sido apontado como fator de risco independente para DCV, além de contribuir para outras comorbidades como obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial (Booth et al., 2012).
2. Métodos
Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Foram selecionados artigos científicos publicados entre 2012 e 2024 nas bases PubMed, SciELO e Google Scholar, utilizando os descritores: “sedentarismo”, “doença cardiovascular”, “atividade física” e “prevenção”. Os critérios de inclusão abrangeram revisões sistemáticas, estudos de coorte e diretrizes internacionais.
3. Resultados
Diversos estudos confirmam a associação entre sedentarismo e aumento do risco cardiovascular. Booth et al. (2012) demonstraram que a inatividade física favorece alterações metabólicas e inflamatórias prejudiciais ao sistema cardiovascular. Dados da OMS (2023) indicam que 28% da população adulta mundial é insuficientemente ativa, e no Brasil, a prevalência do sedentarismo é de aproximadamente 47% (IBGE, 2021).
4. Discussão
A relação entre sedentarismo e DCV envolve múltiplos mecanismos, como disfunção endotelial, resistência à insulina e aumento da adiposidade central. Esses fatores estão associados à inflamação crônica de baixo grau e à aterosclerose precoce.
5. Conclusão
O sedentarismo é um fator de risco cardiovascular altamente prevalente e modificável. Intervenções multissetoriais e políticas públicas eficazes são fundamentais para reduzir sua incidência e, consequentemente, o impacto das doenças cardiovasculares.
Referências
BOOTH, F. W.; ROBERTS, C. K.; LAYE, M. J. Lack of exercise is a major cause of chronic diseases. Comprehensive Physiology, v. 2, n. 2, p. 1143-1211, 2012.
WHO – World Health Organization. Cardiovascular diseases (CVDs). Geneva, 2023. Disponível em: https://www.who.int/news-room/factsheets/detail/cardiovasculardiseases-(cvds)
IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde 2020: percepção do estado de saúde, estilo de vida, doenças crônicas. Rio de Janeiro: IBGE, 2021.
PIERCY, K. L. et al. The Physical Activity Guidelines for Americans. JAMA, v. 320, n. 19, p. 2020-2028, 2018.